O Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, completou hoje (5) 50 anos. O memorial, inaugurado em 1960, guarda os restos mortais de 462 soldados brasileiros que morreram durante as batalhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, na década de 40.O monumento poderá, em breve, ser tombado como patrimônio histórico nacional. Segundo o diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, o tombamento do conjunto arquitetônico deverá ser discutido na próxima reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reunião ainda não tem data marcada, segundo informou a assessoria de imprensa do Iphan.
“[O tombamento] favorece o monumento de várias maneiras. Primeiro, pelo reconhecimento pela nação brasileira como patrimônio nacional. Segundo, que temos alguma facilidade até mesmo em termos de recursos para a manutenção do monumento”, disse o general.
Os restos mortais dos mais de 400 soldados brasileiros que morreram na Itália permaneceram durante muitos anos no Cemitério de Pistoia, em território italiano. Em 1952, o governo brasileiro resolveu trazer os corpos para o país e construir um monumento em homenagem aos soldados.
O conjunto arquitetônico, que reúne um museu e o mausoléu, é marcado por uma plataforma, uma escultura metálica em forma de avião e um grande pórtico que guarda o túmulo de um dos 13 “soldados desconhecidos” mortos na guerra.
“O Brasil teve uma participação durante a 2ª Guerra Mundial muito importante. Nós mandamos para a Itália uma divisão expedicionária com 25 mil homens, que fizeram um trabalho operacional em defesa dos nossos princípios e dos nossos valores”, afirmou Cunha, ao lembrar que muitos desses jovens acabaram morrendo. “Eles foram e são nossos heróis, por isso temos que reverenciar a memória deles”, afirmou.
Segundo o general, apenas o corpo de um soldado permaneceu no Cemitério de Pistoia, na Itália, como um símbolo da presença brasileira em terras italianas durante a guerra.
Fonte: Vitor Abdala - Edição: Juliana Andrade (Agência Brasil) - Foto: Fernando Dall'Acqua (Flickr)
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