Após quatro meses de audiência, o processo acabou com o argumento do advogado defensor da companhia aérea Continental Airlines, baseado em uma lâmina metálica que se soltou de um de seus aparelhos, o que, segundo os investigadores, pode ter provocado o acidente do avião supersônico no dia 25 de julho de 2000.
"Esse avião nunca devia ter decolado. E se decolou não é por culpa do construtor nem do certificador. A responsabilidade é dos que não respeitaram as regras", disse o advogado Olivier Metzner, referindo-se à companhia Air France, proprietária do aparelho.
Metzner acusou a Air France de ter provas ocultas que mostravam que o Concorde tinha sobrecarga no dia do acidente.
Com esse argumento ele pretende contrariar a tese de que a lâmina que o avião da Continental perdeu foi a causa do acidente, ao fazer explodir um dos depósitos de combustível.
O processo se transformou em um duelo entre as duas companhias, que inclusive se denunciaram mutuamente por algumas das coisas ditas no tribunal.
A Promotoria, por sua parte, pediu na sexta-feira dois anos de prisão isentos de cumprimento para o ex-diretor do programa do Concorde, Henri Perrier, e uma multa de 175 mil euros para a Continental Airlines.
Fonte: EFE via Terra - Foto: AFP
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