quarta-feira, 10 de março de 2021

Cia aérea mais antiga do mundo já teve voo com 21 paradas e desfile a bordo

Tripulação da KLM em 1934. Companhia fez 100 anos em 2019 e é a mais antiga em operação no mundo (Foto: KLM)
Fundada na Holanda em outubro de 1919, a KLM é a companhia aérea em atividade mais antiga do mundo. A empresa sobreviveu à crise de 1929 e à Segunda Guerra Mundial, acompanhou os inúmeros avanços tecnológicos da aviação no século 20, foi duramente impactada pela pandemia e, atualmente, voa para mais de 150 destinos ao redor do globo, incluindo o Brasil. o longo desta trajetória de mais de 100 anos, não faltam curiosidades sobre a empresa e suas operações.

Sigla difícil


Para quem não fala holandês, a sigla KLM pode ser impronunciável: significa Koninklijke Luchtvaart Maatschappij, nome que pode ser traduzido como Companhia Aérea Real Holandesa.

Avião alugado


O primeiro voo operado pela companhia foi realizado em 1920 com um avião alugado. A viagem partiu de Londres e teve como destino o aeroporto de Schiphol, que serve Amsterdã. A bordo, havia dois jornalistas, uma carta do prefeito de Londres ao seu homólogo de Amsterdã e uma pilha de jornais.

Avião da KLM em 1921, dois anos depois da fundação da companhia aérea (Foto: Divulgação/KLM)

Voo com 21 paradas


Uma das principais razões da criação da KLM foi tornar as colônias holandesas mais acessíveis. Em 1924, por exemplo, a empresa faz sua primeira viagem entre Amsterdã e Batávia (hoje a cidade de Jacarta, na Indonésia, que, à época, estava sob domínio holandês). 

Com a presença apenas de tripulantes e carga, a jornada teve nada menos do que 21 paradas e durou 55 dias. Sua duração era para ter sido de 22 dias, mas dificuldades mudaram a agenda: a aeronave, por exemplo, teve que fazer um pouso de emergência na Bulgária, onde ficou cerca de um mês parada por problemas técnicos.

Ao longo dos anos, no entanto, o tempo da jornada entre Amsterdã e Batávia foi diminuindo. Em 1940, sua duração era de seis dias. Hoje, voar da Holanda para Jacarta pode durar menos de 14 horas.

Primeiro transporte de animal


Primeiro animal transportado pela KLM foi o boi Nico, em 1924 (Foto: KLM)
Também em 1924, a companhia realiza seu primeiro serviço de transporte de animais. A bordo do avião, leva um bovino reprodutor chamado Nico. 

Engenheiro de voo atendendo passageiros


Interior de uma aeronave da KLM em 1932 (Foto: Divulgação/KLM)
Até a metade dos anos 1930, o serviço de bordo dos aviões da KLM ficava a cargo do engenheiro de voo. É nesta época que a companhia começa a empregar comissários para atender os passageiros durante as viagens aéreas.

Chegada ao Brasil


Chegada do primeiro voo ao Brasil, em 1946
Após ficar praticamente inativa durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa começa a expandir suas rotas transatlânticas em 1946: o primeiro voo para o Brasil é realizado neste mesmo ano, aterrissando no Rio de Janeiro.

Anúncio dos voos da KLM no Brasil
No ano seguinte, a KLM instala sua primeira loja no país, na rua Santa Luzia, no centro da capital fluminense. 

Primeiro escritório da KLM no Rio de Janeiro

Sobrevivência no Polo Norte


Aeronaves da KLM em 1954
Em 1958, a KLM começa a voar entre Amsterdã e Tóquio via Polo Norte. Trata-se de uma rota mais rápida para chegar ao Japão, mas que exige cuidados próprios: os aviões decolam equipados com trajes de sobrevivência capazes de proteger os passageiros e tripulantes do clima polar, no caso de um pouso forçado na região.

Voos gratuitos


Serviço de bordo da KLM em 1966
Nos anos 1960, a NLM Cityhopper (companhia aérea de voos regionais subsidiária da KLM) começa a levar grupos de pessoas para voar gratuitamente na Holanda. O objetivo destas excursões aéreas é familiarizar as pessoas com o voo e, assim, conquistar novos passageiros.

Chegada do 747...


Nos anos 1970, a companhia começa utilizar os enormes Boeings 747, que seriam usados, por exemplo, em rotas para Nova York. O primeiro modelo adquirido pela empresa podia transportar mais de 350 passageiros. Até aquele momento, a maior aeronave da KLM (o DC-8) conseguia levar, no máximo, 175 passageiros.

Boeing 747 no transporte de cargas (Foto: Marco Spuyman)

...e sua aposentadoria


Durante a pandemia, a KLM anunciou que anteciparia a aposentadoria de seus 747, que estava prevista para 2021. Durante a crise da covid-19, entretanto, a empresa começou a usar alguns destes aviões para o transporte de itens sanitários (que incluiu mais de 85 milhões de máscaras faciais).

Concerto dentro do avião



Em 2019, membros da Orquestra Real Concertgebouw, da Holanda, realizaram uma performance musical dentro da estrutura de um dos Boeings 747-400 da KLM. A inusitada ação teve como objetivo promover a turnê que o grupo iria fazer naquele ano pelos Estados Unidos.

Desfile de moda no ar



No ano passado, comissárias de bordo da KLM realizaram um desfile de moda dentro de um dos aviões da companhia, em pleno voo entre Amsterdã e Nova York. Elas percorreram os corredores da aeronave exibindo, para os passageiros, uniformes históricos, como os utilizados nos anos 50, 60 e 70. 

Sobrevivência à pandemia


Como consequência da crise gerada pelo coronavírus, a KLM teve uma queda de 95% no número de passageiros no segundo trimestre deste ano. Com isso, seu faturamento caiu quase pela metade nos primeiros seis meses de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019.

Aeronave da KLM
Hoje, com a gradual retomada de operações, a companhia está voando para 152 destinos do mundo.

Via Nossa Viagem/UOL -  Imagens: Divulgação/KLM

Veja quanto custa despachar bagagem em voos pelo Brasil


O momento pede cuidados redobrados com o contágio do novo coronavírus (Covid-19), a recomendação das autoridades de saúde é para ficar em casal, e se decidir viajar que seja de carro e para destinos próximos. Mas, se você já optou por viajar de avião, saiba que as tarifas para o despacho de bagagens foram atualizadas pelas companhias aéreas brasileiras.

Comum em outras partes do mundo, a cobrança por bagagens despachadas no Brasil está em vigor desde 2017. No início havia a expectativa de que as passagens fossem baratear no caso de uma viagem rápida apenas com bagagem de mão, mas quatro anos depois não é o que acontece no mercado do transporte aéreo de passageiros.

Portanto, organize sua viagem de avião pelo Brasil para pagar mais barato pela sua bagagem. A Azul Linhas Aéreas oferece a tarifa Mais Azul com uma peça de 23kg inclusa. Na tarifa Azul a cobrança é feita por peça de bagagem não sendo acumulativo de uma peça para outra.

A GOL Linhas Aéreas trabalha com quatro tipos de tarifas. A Plus, que oferece uma peça de 23KG inclusa, a MAX que dispõe de duas peças, a tarifa Promo e Light, e diferente das concorrentes, faz a cobrança do excesso por quilo excedido.

Na Latam tem a regra das 48 horas para o despacho de bagagens, e a companhia aérea oferece as tarifas Plus com uma peça e a Top com duas peças de 23KG, além das tarifas Promo e Light sem nenhuma bagagem inclusa.

Já a Passaredo (VoePass) isenta os clientes da cobrança de bagagem na hora da compra da passagem aérea para as tarifas Basic, Plus e TOP, praticamente as aplicadas em todos os voos. Toda bagagem de mão deverá estar dentro do peso e dimensões estipulados: 01 volume com até 10 kg e com dimensões máximas de até 115 cm, sendo 55cm x 40cm x 20cm.

As regras para o transporte de bagagens de mão, incluindo peso e medidas, estabelecidas pela ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), são iguais em todas as aéreas.

O excesso de bagagem é permitido até o peso de 45 kg, ultrapassando esse peso o despacho é feito somente como carga. Há a ressalva de que as bagagens de mão, aquelas que vão a bordo da aeronave com você tem algumas limitações estipuladas pela companhia de acordo com o compartimento de suas aeronaves.

Ao fazer o check-in da sua viagem, importante considerar que há diferenças de valores no despacho de malas também entre as operações no APP da empresa ou no aeroporto. Veja abaixo as tarifas cobradas pelas principais companhias aéreas que operam no Brasil:

AZUL:

Valores de bagagens entre 1 kg e 23 kg. O excesso é permitido até o peso de 45 kg, acima disso o despacho é realizado como carga

- 1 mala no APP: Entre R$ 60,00 e R$ 80,00

- 1 mala no Aeroporto: R$ 120,00

- 2 malas no APP: R$ 100,00

- 2 malas no Aeroporto: R$ 140,00

- Excesso acima de 23 kg: R$ 220,00

GOL:

Excesso acima de 23 kg é cobrado R$ 25 por quilo excedido. O excesso é pago somente no aeroporto no momento do embarque.

- 1 mala no APP: R$ 60,00

- 1 mala no Aeroporto: R$ 120,00

- 2 malas no APP: R$ 100,00

- 2 malas no Aeroporto: R$ 140,00

- 3 a 5 malas no APP: 130,00

- 3 a 5 malas no Aeroporto: R$ 220,00

LATAM:

- 1 mala no APP: Entre R$ 33,00 e R$ 110 (Mais de 48 horas antes do voo)

- 1 mala no Aeroporto: Entre R$ 84,00 a R$ 150,00 (Menos de 48 horas antes do voo)

- 2 malas no APP: R$ 124 (Mais de 48 horas antes do voo)

- 2 malas no Aeroporto: R$ 185,00 (Menos de 48 horas antes do voo)

- 3 a 5 malas no APP: R$ 124,00 (Mais de 48 horas antes do voo)

- 3 a 5 malas no Aeroporto: R$ 275 (Menos de 48 horas antes do voo)

- Excesso acima de 23 kg: R$ 175,00

- Despacho na sala de embarque: R$ 175,00

Distribuindo vacinas Covid-19: como a indústria da aviação se preparou para seu maior desafio logístico até agora

A demanda por vacinas Covid-19 fez com que as companhias aéreas explorassem anos de experiência no transporte de remessas de produtos farmacêuticos, usando tecnologia de ponta para distribuir vacinas com segurança.


O transporte de medicamentos e vacinas por via aérea não é um conceito novo. A escala, a velocidade e as instalações de transporte e armazenamento ultrafrias necessárias para entregar as vacinas Covid-19 apresentam, no entanto, desafios notáveis ​​para o setor de aviação civil.

A McKinsey estima que a vacinação de 7,8 bilhões de pessoas que constituem a população mundial exigirá até 15.000 voos para garantir cobertura global nos próximos dois anos. A International Air Transportation Association (IATA) estima que a distribuição da vacina e o fornecimento de uma única dose à população mundial exigiriam 8.000.747 aeronaves de carga.

O frete aéreo sempre desempenhou um papel essencial na distribuição de vacinas. Embora essa forma de transporte tenha sido experimentada e testada, o grande desafio está em transportar as vacinas Covid-19 em temperaturas baixas e controladas.

As companhias aéreas geralmente usam contêineres com capacidade de resfriamento para transportar produtos farmacêuticos. Infelizmente, nem todas as companhias aéreas têm os controles de temperatura necessários para proteger as vacinas de serem vulneráveis ​​a atrasos de voos e outros eventos imprevistos.

Para se preparar para o maior desafio logístico que a indústria de carga aérea já enfrentou, as companhias aéreas dedicaram vastos recursos à exploração de sistemas de distribuição inovadores, conduzindo voos experimentais para testar o processo de embarque de vacinas e treinando pessoal em terra.

Foram estabelecidas diretrizes para a distribuição de vacinas pela IATA, incluindo medidas que governos e companhias aéreas tiveram que implementar para garantir a preparação da indústria. Essas diretrizes incluem o restabelecimento de redes de ar para garantir que a capacidade adequada esteja disponível para a distribuição de vacinas, infraestrutura com temperatura controlada para enviar as vacinas e treinamento de pessoal para lidar com vacinas sensíveis ao tempo e à temperatura.

Países aceitam soluções de distribuição global de vacinas

Com base em muitos anos de experiência no manuseio e no transporte de remessas farmacêuticas globalmente e com base nas capacidades existentes, companhias aéreas como a Cathay Pacific não apenas transportaram com sucesso mais de 1.222.192 toneladas de carga em 2020, apesar das circunstâncias extraordinárias, mas também adaptaram e projetaram uma vacina eficaz sistema de distribuição que está de acordo com as diretrizes da IATA.

A Cathay Pacific, juntamente com suas subsidiárias Cathay Pacific Service Limited e Hong Kong Airport Service Limited receberam a recertificação em todo o aeroporto da acreditação CEIV Pharma da IATA no Aeroporto Internacional de Hong Kong e agora está usando sua rede de 20 cargueiros dedicados e barrigas de carga de aeronaves de passageiros para distribuir vacinas globalmente.

Para garantir que as vacinas sejam enviadas com segurança e eficiência, a companhia aérea usa um sistema de rastreamento e rastreamento de última geração, o primeiro de seu tipo, denominado Ultra Track. A solução totalmente operacional e funcional usa leitores Bluetooth de baixo consumo de energia para monitorar a temperatura, localização GPS e umidade das vacinas durante os voos - dando aos remetentes e despachantes visibilidade quase em tempo real das vacinas para garantir que permaneçam dentro de suas faixas de temperatura de transporte.

O sistema funciona em conjunto com o recém-criado Centro de Controle de Operações (OCC) com base em Hong Kong. Trabalhando em turnos, a equipe de OCC monitora as remessas 24 horas por dia, 7 dias por semana, e pode tomar medidas proativas para intervir caso alguma carga comece a apresentar desvios de temperatura, atrasos, mau funcionamento do equipamento ou danos no solo.

Essas medidas de segurança resultam de meses de preparação e constituem uma parte vital do transporte eficaz de remessas de vacinas, como a primeira remessa de vacinas da Cathay Pacific para Hong Kong, bem como organismos humanitários, como o UNICEF, que apresenta iniciativas para trabalhar com as principais companhias aéreas para entregar vacinas em todo o mundo.

Os embarques de vacinas ajudarão a recuperação da indústria da aviação

Embora a pandemia tenha levado ao maior declínio nas viagens de passageiros na história da aviação, a oportunidade e a capacidade de transportar vacinas em aeronaves de passageiros apoiarão o argumento comercial para novas operações de passageiros.

A capacidade das companhias aéreas de transportar vacinas com segurança e eficiência em todo o mundo é um ponto de viragem para a indústria e garante que milhões de pessoas recebam sua vacina salva-vidas.

terça-feira, 9 de março de 2021

Avião de instrução acidenta-se em aeroporto do interior de São Paulo

De acordo com informações do Portal AEROIN, um avião monomotor de instrução de voo acabou danificado em um acidente no Aeroporto Augusto de Oliveira Salvação, localizado em Americana, cidade a cerca de 150 km de São Paulo e pertencente à Região Metropolitana de Campinas.


Conforme as imagens da matéria, enviadas por leitores ao AEROIN, a aeronave envolvida é o Cessna 152 registrado sob a matrícula PR-EJR que, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), é operado pela EJ Escola de Aviação Civil, que possui unidade no aeroporto de Americana.

Os dados do RAB indicam que o Cessna estava em condições regulares de aeronavegabilidade, com sua licença válida até agosto de 2021.


Pessoas próximas às operações do aeroporto de Americana informaram ao AEROIN que o acidente aconteceu por volta das 16h30 da tarde desta terça-feira, 9 de março, e que um aluno estaria fazendo voo solo na aeronave quando ocorreu o problema.

A pista ficou impraticável ao longo do final da tarde, até que o Cessna 152 fosse removido para o hangar da escola de aviação.

Segundo caso em 10 dias


Curiosamente, este é o segundo caso no aeroporto em menos de 10 dias. No dia 28 de fevereiro, um bimotor Piper PA-27 Aztec enfrentou um pouso de barriga, também tornando a pista impraticável.


Na ocasião, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi acionado e solicitou que o Piper fosse mantido na posição até que um investigador chegasse ao local para colher informações, mantendo a pista impraticável até que tudo fosse concluído.

Segundo as informações incluídas no sistema do CENIPA, a aeronave PA-27 decolou do Aeródromo de Americana a fim de realizar um voo local, com um piloto e um passageiro a bordo, e o pouso foi realizado com todas as pernas do trem recolhidas. A aeronave teve danos leves e todos a bordo saíram ilesos.

Piloto de avião agrícola sai ileso após fazer pouso forçado em Quirinópolis (GO)

Empresa informou que parte da hélice quebrou enquanto o piloto jogava defensivos agrícolas em uma lavoura de cana-de-açúcar.


Um piloto de avião agrícola Ipanema saiu ileso após fazer um pouso de emergência na manhã desta terça-feira (9) em Quirinópolis, no sudoeste do estado. A aeronave sofreu avarias na hélice e nas asas.

Segundo um gerente da empresa que presta serviços agrícolas a fazendeiros, o piloto está bem e em casa com a família. "Foi um grande susto", disse o funcionário, que preferiu não se identificar.


A empresa informou que uma parte da hélice quebrou enquanto o piloto jogava defensivos agrícolas em uma lavoura de cana-de-açúcar.

Apesar da perda de potência no motor, o piloto conseguiu planar o avião e fazer o pouso de emergência em uma área de pastagem.

Por Rafael Oliveira, G1 GO - Fotos: Reprodução/TV Anhanguera

Vídeo: A complicada missão de resgate em um avião que caiu num pântano

Quando uma aeronave atingiu um pântano, as equipes de incêndio e resgate correram para o local. O chefe do departamento também implantou um drone para avaliar a situação, procurar derramamentos de óleo e combustível e determinar a rota de evacuação ideal. 

Tanto o piloto quanto o passageiro do resgate sofreram apenas ferimentos leves, mas foram necessárias quinze pessoas para virar o avião e retirá-lo do pântano.

O vídeo da filmagem do drone mostra o quão complicada pode ser uma missão de resgate “simples”:

Por que a Airbus construiu o 'pequeno' A318?

O Airbus A318 é a menor aeronave comercial em comprimento do fabricante europeu que voa nos dias de hoje. Ele mede apenas 31,44 metros de comprimento, mas por que é tão pequeno? E por que a Airbus decidiu construí-lo em primeiro lugar? Vamos dar uma olhada mais de perto na história do 'Baby Bus'.

A British Airways não opera mais seus A318s de classe executiva (Foto: Vincenzo Pace)

De onde veio?


A Airbus lançou sua popular família A320 em abril de 1988 com a Air France. Ele rapidamente atraiu bastante atenção, e o A321 esticado entrou em serviço em 1994. Isso foi seguido pelo A319 de fuselagem curta, que voou pela primeira vez para a Swissair em 1996. No entanto, novos desenvolvimentos estavam por vir.

No ano seguinte, a Airbus também firmou parceria com a China e Cingapura. Seu objetivo era desenvolver uma nova aeronave com capacidade para cerca de 100 assentos. Esta nova aeronave foi batizada de AE31X. Ele teria um alcance de 3.700 km (2.000 NM) e acomodaria até 125 passageiros em uma configuração de cabine de 3-2. Curiosamente, essas especificações são bastante semelhantes a como o Airbus A220 acabou duas décadas depois.

A transportadora de bandeira romena TAROM opera atualmente quatro A318 (Foto: Getty Images)
Infelizmente, as diferenças relativas à direção do projeto chegaram ao auge. A pesquisa de mercado mostrou a demanda por uma aeronave com menos de 100 lugares, enquanto os parceiros chineses queriam 150 lugares ou mais. Isso chegaria perigosamente perto do mercado ocupado pelo A320. Como isso deixou o projeto com um caso de negócio fraco, ele foi finalmente abandonado.

Desenvolvendo sua própria aeronave


A Airbus decidiu seguir em frente com seu conceito, mas com base em sua fuselagem A320 existente. Isso foi feito reduzindo ainda mais o A319 de fuselagem curta para produzir o A318. Desta forma, conseguiu chegar aos poucos clientes que haviam demonstrado interesse no programa AE31X, mas sem a necessidade de desenvolver um design totalmente novo.

Esta versão teria algumas vantagens exclusivas além de ser construída na mesma linha do A320. Ele teria motores mais potentes e seria capaz de manter um limite de saída de 136 passageiros (embora a capacidade máxima típica de uma classe estivesse em torno da marca de 132). Também teria um aprimoramento de 5.740 km (3.100 NM).

O A318 foi desenvolvido em um momento difícil para a aviação, 
após os ataques de 11 de setembro (Foto: Getty Images)

Dando vida ao A318


Não seria tão fácil para a Airbus levar o conceito ao mercado. O desenvolvimento do Airbus A318 foi repleto de problemas. O primeiro foi a falta de demanda por aeronaves após os ataques de 11 de setembro de 2001, o que levou a uma retração no setor de aviação comercial.

Além disso, muitas das companhias aéreas que inicialmente mostraram interesse desistiram dos pedidos completos. Entre eles estavam a Air China, a British Airways e a Trans World Airlines (que encomendou 50, embora tenham sido cancelados quando a TWA foi adquirida pela American Airlines). Outras companhias aéreas atualizaram seus pedidos para os maiores A319 e A320, com o A318 aparentemente provando ser muito nicho.

Além disso, quando a aeronave estava sendo certificada pela FAA e EASA, não foi classificada como um jato regional. Isso ocorreu porque ele foi baseado na fuselagem do A320 maior. Uma consequência negativa disso foi que atraiu taxas de pouso mais altas do que os jatos regionais convencionais.

A Avianca operou no Brasil o A318 (Foto: Felipe Ferret/Planespotters)

O A318 hoje


No final, a Airbus só conseguiu vender 80 A318s. Hoje, os exemplos restantes estão espalhados por um punhado de transportadoras e operadoras privadas/governamentais, em grande parte europeias . Isso inclui a Air France, a TAROM e a companhia aérea charter Titan Airways. A Frontier Airlines introduziu o tipo comercialmente em 2003, mas todos os 11 de seus exemplos foram descartados.

A British Airways costumava operar um serviço especial A318 da cidade de Londres para o JFK de Nova York via Shannon para reabastecimento. Essa rota era popular entre os viajantes de negócios, pois eles podiam passar pela alfândega americana na Irlanda antes de pousar nos Estados Unidos como se fosse um voo doméstico.

Os A318 da BA tinham 32 poltronas reclináveis ​​da classe executiva 'Club World' a bordo (Foto: British Airways)
Os A318 foram configurados com apenas 32 poltronas reclináveis ​​da classe executiva e pegaram o icônico vôo Concorde número BA1. Infelizmente, a British Airways suspendeu temporariamente o serviço em 25 de março de 2020. Esta decisão foi tornada permanente em julho. O último A318 restante da BA voou para o aeroporto de Twente, na Holanda, para aposentadoria no mês passado.

Hoje, o tipo está se tornando cada vez mais raro. No entanto, seus próprios componentes são compatíveis com o resto da linha A320. Como tal, eles ainda são valiosos para a Airbus, e o tipo pode sobreviver dessa forma, além do número limitado de A318s ainda voando.

Aconteceu em 9 de março de 2019: Queda do DC-3 da Laser Aereo no interior da Colômbia

Em 9 de março de 2019, o Douglas DC-3HK-2494operado pela Latinoamericana de Servicios Aereo (Laser Aereo), fazia o voo doméstico na Colômbia entre o Aeroporto Jorge E. González, em San Jose del Guaviare, e o Aeroporto de Villavicencio, levando a bordo 11 passageiros e três tripulantes.

O DC-3 da Laser Aereo envolvido no acidente (Foto: Luis C. Zurita/JetPhotos)
A aeronave havia sido construída em 1945 para a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF) como um Douglas TC-47B-DK (USAAF 44-76773), e convertido em Douglas R4D-7 (99826) para a Marinha dos EUA em 14 de maio de 1945. Depois, foi redesignado como Douglas TC-47K em 1962 e foi transferido para a Universidade do Texas em Austin em 8 de outubro de 1971 com o registro civil N87611, antes de passar a Sadelca - Servicio Aereo del Caquetá e, posteriormente, a Laser Aereo.

Enquanto a aeronave estava em cruzeiro, o motor esquerdo sofreu uma falha, o que desativou o sistema de óleo daquele motor. A tripulação então comunicou pelo rádio em um mayday e começou um desvio para pousar em uma pista em La Rinconada. 

Durante a descida, a tripulação não conseguia embandeirar a hélice do motor como era necessário e, então, começaram a perder velocidade conforme o motor girava, criando arrasto. 

Às 10h31, horário local, a tripulação fez a transmissão final informando que tinha a pista à vista. Testemunhas de solo na área disseram que viram a aeronave fazendo várias curvas durante a descida. 


A aeronave então caiu nas proximidades de uma estrada, perto de San Carlos de Guaroa, pegando fogo em seguida.

Os trabalhadores de uma plantação na localidade correram para ajudar, mas não encontraram sobreviventes. Todas as 14 pessoas a bordo morreram no acidente.


A investigação determinou que o acidente foi causado pelas seguintes causas prováveis:
  • Perda de controle em voo como consequência da diminuição da velocidade mínima de controle em voo e arrasto gerado pela impossibilidade de realizar o embandeiramento da hélice do motor nº 1 em a face da falha do motor.
  • Mau funcionamento do sistema de lubrificação do motor nº 1, evidente no abundante vazamento de óleo do motor, em voo, e no regulador da hélice esquerda; embora tenham sido encontradas discrepâncias na manutenção da linha de pressão do embandeiramento da hélice, não foi possível determinar a origem do vazamento de óleo.
  • Fraquezas nos procedimentos operacionais do Operador da aeronave, faltando um padrão que facilitasse a tomada de decisão da tripulação para atuar em caso de falhas críticas, em questões como fazer um pouso de emergência em campo despreparado ou a seleção de um aeródromo alternativo.

Fatores que contribuíram:
  • Deficiências nas práticas de manutenção padrão durante os reparos realizados na linha de pressão de óleo da hélice da hélice do motor nº 1.
  • Não cumprimento de um programa de manutenção eficaz e confiável, que não verificou as condições de operação dos componentes da aeronave; não foi possível apurar o cumprimento do serviço das últimas 50 horas, Fase A, para o motor nº 1 de acordo com o programa de manutenção da empresa, uma vez que não há registro desse serviço no Diário de Voo.
  • Ineficiente sistema de gestão da segurança do Operador por não detectar erros nos processos de manutenção e na condução e controle das operações.
O caminho do impacto (Imagem via Aviation Herald)
Por Jorge Tadeu (com ASN, Wikipedia e baaa-acro.com)

Aconteceu em 9 de março de 1967: Voo TWA 553 - Colisão aérea no céu de Ohio

Em 9 de março de 1967, o voo 553 era uma rota doméstica regular de passageiros de Nova York a Chicago, em Illinois, com escalas em Harrisburg, Pittsburgh, Pensilvânia, e Dayton, em Ohio.


O voo, operado pelo jato McDonnell Douglas DC-9-15, prefixo N1063T, da TWA - Trans World Airlines (foto acima), partiu de Pittsburgh para Dayton às 11h25 horas, horário padrão do leste, levando a bordo 21 passageiros e quatro tripulantes, em um plano de voo IFR e foi operado sob vigilância por radar. Conforme o voo se aproximava da área do terminal de Dayton, foi autorizado a descer do FL 200, sua altitude de cruzeiro, para 5.000 pés.

Nesse momento, uma transferência do controle do radar do Centro de Controle de Tráfego da Rota Aérea de Indianápolis (ARTCC) para a instalação de Controle de Aproximação por Radar de Dayton (RAPCON) foi feito quando o voo estava a aproximadamente 8 milhas a nordeste da Intersecção Urbana na Victor Airway 12 North. 

O controlador de aproximação Dayton RAPCON estabeleceu contato de rádio com o voo às 11h52:36s. O voo foi novamente liberado para 5.000 pés, instruído a tomar um rumo de 240° para um vetor para o curso de aproximação final (ILS) e relatar a saída de 6.000 pés. 

Às 11h53:22s, o controlador autorizou o voo para descer para e manter 3.000 pés e virar à esquerda para um rumo de 230°. Isso foi corretamente reconhecido pelo piloto em comando às 11h53:28s. 

Imediatamente após a emissão desta autorização, o controlador observou pela primeira vez um alvo de radar não identificado à frente e ligeiramente à direita do voo e emitiu às 11h53:32s o seguinte aviso de tráfego: "TWA cinco cinquenta e três, entendido, e tráfego em doze e trinta, uma milha, rumo ao sul, movimento lento." 

Isso foi reconhecido pelo piloto em comando às 11h53:36s. Aproximadamente 14 segundos depois, o voo e o alvo radar não identificado se fundiram, mudando de forma na tela do radar e depois o avião desapareceu.

Às 11h54:02s, o controlador informou ao voo que não havia tráfego, mas nenhuma resposta foi recebida. Os esforços subsequentes para estabelecer contato com o voo 533 foram malsucedidos. 


O retorno de radar não identificado foi de um Beechcraft Baron B-55 em um voo de negócios da empresa, a caminho de Detroit, Michigan, para Springfield, em Ohio. A aeronave partiu do Aeroporto da Cidade de Detroit às 11h01 em uma autorização especial VFR para deixar a zona de controle a 5 milhas do aeroporto. Nenhum plano de voo havia sido arquivado, nem exigido. 

Aproximadamente dois minutos após a decolagem, o piloto relatou avistar fumaça e neblina e então deixou a frequência da torre de Detroit. Nenhum registro de qualquer comunicação posterior com qualquer instalação de comunicação da FAA ou instalação de controle de tráfego aéreo pode ser encontrada relacionada ao Beechcraft, nem foi necessária tal comunicação. 

O operador da Springfield Aviation Inc., no aeroporto de Springfield, testemunhou que aproximadamente às 11h54 horas o piloto do Beechcraft estabeleceu contato por rádio com seu escritório e solicitou um carro de cortesia. Durante essa conversa, o piloto afirmou que pousaria em breve. Não houve registro de qualquer contato de rádio subsequente com a aeronave. 

Beechcraft colidiu com o DC-9 da TWA às 11h53:50s, em plena luz do dia, aproximadamente 25 NM a nordeste do Aeroporto Municipal de Dayton a uma altitude de cerca de 4.525 pés AMSL, e ambas as aeronaves caíram perto de Urbana, em Ohio.

Os destroços do DC-9 foram encontrados em uma área arborizada. Todos os 25 ocupantes do DC-9 e o piloto do avião de pequeno porte morreram no acidente.


O Conselho determinou que a causa provável deste acidente foi a falha da tripulação do DC-9 em ver e evitar o Beechcraft. Contribuíram para essa causa as condições fisiológicas e ambientais e a velocidade excessiva do DC-9, que reduziram a capacidade de detecção visual em um sistema de controle de tráfego aéreo que não foi projetado ou equipado para separar uma mistura de tráfego controlado e não controlado.

Por Jorge Tadeu (com baaa-acro.com, ASN e springfieldnewssun.com)

United sofre ação coletiva por falha no motor do 777

Em uma ação coletiva movida por um tribunal do Colorado há dois dias, um dos passageiros a bordo do voo UA328 da United Airlines afirma ter sofrido problemas emocionais como resultado da falha do motor de alto perfil. O advogado do demandante afirma que o incidente, surpreendentemente semelhante ao de 2018, poderia ter sido evitado se o United tivesse inspecionado as pás do ventilador do motor adequadamente.


Quase não escapou a ninguém remotamente interessado na aviação que, em 20 de fevereiro, um Boeing 777 da United Airlines com o registro N772UA sofreu uma espetacular falha de motor logo após a decolagem de Denver, Colorado.

O motor Pratt & Whitney PW4077 do lado direito do 777-200 pegou fogo, fazendo com que os detritos da capota se espalhassem pelos subúrbios da cidade, felizmente sem causar ferimentos em vidas ou membros. Felizmente, a aeronave pousou com segurança, sem causar danos a nenhum de seus 231 passageiros ou dez membros da tripulação.

Reivindicações de sofrimento previsível e grave


No entanto, isso não significa que nenhum dano foi feito, diz uma ação coletiva movida por um passageiro a bordo do voo UA328, submetida ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Colorado em 7 de março. A representação legal do queixoso afirma no processo que os passageiros foram deixados a 'temer pelas suas vidas' durante 20 minutos, causando um sofrimento emocional grave e previsível.

Distress, que o advogado Jonathon Corbett afirma ser o resultado direto da falha da United em 'inspecionar e manter adequadamente suas aeronaves'. A ação, vista pela Simple Flying, afirma que o autor, um residente de Carmel, Indiana, e outros a bordo sofreram sintomas físicos incluindo náuseas, sintomas de choque e, após a fuga, insônia.

“Ninguém deveria ter que passar por isso como resultado da recusa de uma companhia aérea em cuidar adequadamente de seus aviões e clientes, e estou ansioso para forçar a United a fazer isso da melhor maneira possível” , disse Corbett à Fox News no site Segunda-feira.


A United Airlines não estava imediatamente disponível para um pedido de comentário no momento da redação. No entanto, um porta-voz da operadora compartilhou com a Fox que, “a segurança continua sendo nossa maior prioridade - para nossos funcionários e clientes. Temos orgulho do cuidado de nossos funcionários com nossos clientes e da dedicação inabalável à segurança em nossas operações diárias e em resposta a este incidente.

“Foi esse profissionalismo que levou a maioria dos passageiros do voo 328 a embarcar em outro voo para Honolulu mais tarde naquela noite. Continuamos a trabalhar com as agências federais que investigam este incidente e, devido à investigação em curso, não poderemos fornecer mais comentários neste momento.”

NTSB encontrou fratura por fadiga


O National Transportation Safety Board (NTSB) publicou uma atualização investigativa sobre o incidente em 5 de março. A agência disse que encontrou várias origens de fratura por fadiga em uma lâmina de ventilador que foi fraturada 7,5 polegadas acima da base na borda de fuga.

A lâmina passou por 2.979 ciclos de voo (decolagens e pousos) desde sua última inspeção termoacústica em 2016. Essas imagens foram reexaminadas após um incidente muito semelhante com um Boeing 777-200 da United em 2018.


O NTSB divulgou uma atualização investigativa sobre o incidente na semana passada (Foto: NTSB)
Coincidentemente, essa falha de motor envolveu o mesmo avião, N773UA, que a United usou como aeronave de substituição para o voo de Denver para Honolulu no mês passado. Este fato não passou despercebido pelo conselho jurídico por trás da ação coletiva agora movida contra a companhia aérea. O processo afirma que,

“A falha da UNITED em garantir que o que aconteceu em 2018 não aconteça novamente em 2021 é uma falha impressionante de práticas de segurança razoáveis ​​por qualquer padrão.”

Embora nenhuma quantia específica tenha sido solicitada, o processo diz que o valor esperado provavelmente ultrapassará US $ 5 milhões.

Via Simple Flying

Quase 10 anos depois, avião de Gaddafi continua parado num aeródromo da França

O ex-ditador líbio Muammar al-Gaddafi
Quase uma década depois de ter aterrado em solo francês, o avião presidencial do ex-ditador líbio continua parado num aeródromo no sul do país, estando no meio de vários processos judiciais que parecem não ter fim.

Em agosto de 2011, as imagens captadas no Aeroporto Internacional de Trípoli, na Líbia, tornaram-se prova da queda do regime de Muammar al-Gaddafi, ditador que governou o país durante mais de 40 anos.

Além de capturarem o próprio Gaddafi, que acabaria por ser morto em outubro desse mesmo ano, as forças opositoras assumiram o controlo do aeroporto e ainda conquistaram um “prêmio”, um dos maiores símbolos de poder do ditador.

O Airbus A340 com o registro 5A-ONE que pertencia a Gaddafi (Foto: R. Bexten)
Estamos falando do seu avião presidencial, o Airbus A340-200 que, embora do lado de fora se parecesse com mais um avião da companhia aérea líbia Afriqiyah Airways, no seu interior possuía, entre outros luxos, uma banheira de hidromassagem e até um cinema.

Tal como recorda a CNN, as novas autoridades do país viram-se a braços com um dilema: qual o destino a dar a esta luxuosa aeronave que, no fundo, representava tão intimamente os excessos do falecido ditador.

Foi então que, em 2012, o avião voou para as instalações da EAS Industries (atual Sabena Technics), uma empresa de manutenção de aeronaves subcontratada pela Air France, sediada no sul de França. A aeronave foi reparada e, um ano depois, estava pronta para ser usada novamente, tendo ficado na posse do Governo líbio para uso próprio.


Mas, de acordo com a mesma cadeia televisiva, essa acabou por ser uma viagem curta. Em março de 2014, e com a situação do país a deteriorar-se novamente, o avião voltou a solo francês. Desta vez, a sua chegada marcou o início de um imbróglio judicial internacional que o mantém parado até hoje, sete anos depois.

O Airbus A340 foi comprado por Gaddafi, em 2006, por cerca de 100 milhões de euros. No mesmo ano desta aquisição, o Governo líbio assinou um acordo com o grupo Al Kharafi, empresa com sede no Kuwait, para desenvolver um resort em Tajura, perto de Trípoli.

Não demorou muito para o negócio começar a ir por água abaixo e, em 2010, foi cancelado por parte do Executivo. O grupo privado respondeu, tendo processado o país num tribunal do Cairo, no Egito, que, em 2013, decidiu que a empresa devia ser indemnizada em quase 800 milhões de euros.

O grupo Al Kharafi também processou o estado líbio em França, por isso, quando o avião aterrou, houve uma tentativa de apreensão. Porém, em 2015, um tribunal francês decidiu que a aeronave pertencia a uma nação soberana e, por isso, gozava de imunidade para uma ação judicial desta natureza. A empresa recorreu desta decisão, os anos foram passando e o avião continuou abandonado à sua sorte.

Sala de conferências acima das nuvens (Foto: Spiegel Online)
Em 2016, os custos de manutenção do Airbus A340 já ascendiam a quase três milhões de euros, o que fez com que a Air France também se tornasse parte do processo judicial, dando uma nova complexidade ao caso.

Apesar de tudo, parece que a aeronave continua a ser cuidada. No ano passado, observadores locais viram os seus motores a trabalhar, um procedimento regular entre aviões que estão parados há muito tempo. Contudo, no meio de vários processos judiciais que parecem não ter fim à vista, é difícil dizer o que o futuro lhe reserva.

Via Filipa Mesquita (ZAP)

Darpa busca uma aplicação prática para jetpacks


A DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency / Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa) está procurando maneiras de os combatentes individuais usarem um sistema de mobilidade aérea pessoal portátil para voar de e para as missões.

A DARPA quer ouvir de empreendedores e startups que podem desenvolver e demonstrar sistemas de mobilidade no campo de batalha - como jetpacks, planadores motorizados, wingsuits motorizados ou parafoils motorizados - que permitiriam aos operadores se transportarem por via aérea.

Esses sistemas leves e de baixo custo seriam úteis em combate urbano, interdição marítima e infiltração e exfiltração por forças de operações especiais que operam em território hostil, disse a DARPA em sua solicitação. Warfighters poderiam ser implantados do ar ou se lançarem do solo para maior mobilidade off-road sem depender de helicópteros.

A DARPA espera que tal sistema venha equipado com controles assistidos por computador e interfaces intuitivas para operação simples e configuração rápida e sem equipamento. O sistema fácil de usar deve levar menos de 10 minutos para ser montado sem o uso de ferramentas, e alguém não familiarizado com a plataforma deve ser capaz de aprender a pilotá-la com segurança com relativamente pouco treinamento.


Com um alcance de pelo menos 5 km em altitude baixa a média, o sistema de mobilidade aérea pessoal pode alavancar tecnologias emergentes de propulsão elétrica, células de combustível de hidrogênio ou sistemas convencionais de propulsão de combustível pesado. 

Não deve ser necessário nenhum outro equipamento ou auxílio do vento ou do ambiente (ou seja, um penhasco) para o lançamento ou recuperação. As plataformas podem ser projetadas para uso único ou reutilizáveis ​​com ações mínimas de reembalagem / reimplantação, desde que ofereçam suporte adequado aos casos de uso previstos.

A DARPA disse que está particularmente interessada em sistemas com designs que os tornam difíceis de detectar e apresentam baixa audição e assinaturas de infravermelho.

As propostas para o programa de Pesquisa de Inovação para Pequenas Empresas / Transferência de Tecnologia para Pequenas Empresas vencem em 20 de abril.

Via N+1

Será que o WheelTug, um dispositivo de ré de aeronave, pode economizar dinheiro para as companhias aéreas?

A roda do nariz do 737 com o dispositivo WheelTug. Por uma câmera de TV, o piloto comanda o táxi
A história da indústria da aviação é de inovação, às vezes interrompida por tragédias como 11 de setembro, o Boeing 737 MAX bate e a pandemia de COVID-19. No entanto, os inovadores inovam. A mais recente inovação da aviação é o WheelTug, uma roda do nariz motorizada que 'coloca o piloto no comando' do demorado procedimento de pushback no solo.

Muitos de nós já assistimos ao balé do aeroporto com a equipe de solo conectando um avião a um trator e lentamente rebocando-o até um portão ou hangar. Mas e se os aviões tivessem um motor elétrico acoplado à roda do nariz para que os pilotos pudessem “colocá-los” na posição, economizando tempo e, portanto, dinheiro?

WheelTug é um novo conceito projetado para economizar tempo das companhias aéreas comerciais em operações terrestres, que também têm um alto potencial de causar danos às aeronaves. O título de um gráfico no PowerPoint do WheelTug diz simplesmente: “Operações terrestres mais rápidas = mais lucro”. Essa é a promessa do WheelTug para as companhias aéreas que tentam se recuperar financeiramente de uma pandemia ainda violenta.

De acordo com o CEO e criador Isaiah Cox, WheelTug é uma roda de nariz de substituição motorizada para aviões de passageiros estreitos, como as variantes Airbus A321 e Boeing 737. O WheelTug voa com o avião, mas é usado no solo. O 'molho secreto' é seu motor elétrico embutido e várias câmeras que permitem ao piloto dirigir a aeronave para frente ou para trás no solo. (O sistema não requer bateria, pois funciona fora do sistema elétrico da aeronave). Cox diz que a WheelTug usa a primeira roda de titânio de produção do setor.

O potente motor elétrico (Cox não disse quão potente, a não ser que ele puxará uma aeronave de 185.000 libras) tem menos de 7 centímetros de largura, então cabe facilmente no compartimento da roda do nariz. A roda de titânio, motor, câmeras e outros componentes somam menos de 300 libras, de acordo com Cox.

Como uma roda elétrica integrada com câmeras, o WheelTug permite que o piloto conduza a aeronave para frente ou para trás no solo. Segundo a empresa, isso pode eliminar a necessidade de trator e diminuir a necessidade de pessoal de terra.

Roda dianteira de aeronave com WheelTug mostrada com as luzes noturnas acesas
Mas Cox diz que a ideia principal do WheelTug é tornar a aeronave mais autônoma no solo, economizando até 20 minutos por voo por meio da redução do tempo em solo e de partidas mais confiáveis. Uma melhor utilização da aeronave leva a uma programação de rede otimizada para mais cidades, mais voos As eficiências obtidas podem ajudar uma companhia aérea a eliminar outro voo da mesma aeronave.

A WheelTug cita um estudo da Deloitte que afirma uma economia de $ 300 a $ 2500 por voo, ou meio milhão a seis milhões de dólares por avião por ano. Cox diz: “A parte mais lenta e menos eficiente do vôo está no movimento do solo.”

“Temos pedidos pendentes com 26 companhias aéreas para 2.200 unidades”, diz Cox, que afirma que o WheelTug é essencialmente gratuito para as companhias aéreas, pois é alugado para elas com base em 'potência por hora'. “Eles só pagarão à medida que economizem, não há necessidade de despesas de capital.”

O 737-800 emprestado da Albastar usado nos 'test-drives'
O treinamento gratuito está incluído no aluguel do WheelTug; Cox diz que leva 45 minutos para aprender em um computador; “O sistema possui apenas três botões. Em muitos aspectos, é como dirigir um carrinho de golfe. É o sistema mais simples e estúpido possível.”

A WheelTug está em processo de certificação agora com a FAA. A empresa afirma que ele deve estar em operação até o final de 2021.

Cox diz que o WheelTug beneficiará tanto os pilotos quanto as companhias aéreas. “Os pilotos gostam de certeza e controle. [As câmeras] dá ao piloto um conhecimento que ele não tinha antes. Eles adoram ser capazes de ver sob e ao redor da aeronave. ”

Ele acrescenta que os pilotos odeiam o processo de pushback do portão, acrescentando que o motorista de trator de pushback médio é surpreendentemente inexperiente, durando apenas uma média de seis meses em seus empregos nos EUA. WheelTug diz que reduz o processo de pushback para 60 segundos confiáveis de 5 a 15 minutos estressantes.

Cox desenvolveu originalmente o motor elétrico quando era estudante na Universidade de Princeton. Um inventor autodidata que já solicitou quase 100 patentes, ele não era um engenheiro em Princeton, mas um estudante de estudos medievais. "Eu sou ruim em matemática."

A roda dianteira com o WheelTug, a câmera e o indicador aceso da aeronave
Patentes como essa detidas por Cox parecem se aplicar ao conceito de WheelTug. “Um projeto de roda com capacidade de gerenciamento de calor é fornecido para uma roda de trem de pouso de aeronave que é especificamente configurada para maximizar o espaço disponível dentro de um poço de roda de trem de pouso para suportar um conjunto de motor redutor que aciona a roda da aeronave quando a aeronave está no solo. ”

A WheelTug foi fundada em 2005. Empresa privada com centenas de investidores. O conceito se tornou tão popular, afirma Cox, que há até uma boa chance do Microsoft Flight Simulator poder adicionar o WheelTug a edições futuras.

Existem, é claro, obstáculos a serem superados na direção de um futuro WheelTug. Os contratos de trabalho existentes podem ter que ser modificados se o piloto "dirigir" um avião em terra (um dos motivos pelos quais o WheelTug ainda não assinou com um cliente dos EUA).

Cox diz que um executivo de uma companhia aérea de bandeira dos Estados Unidos disse a ele "Não me importa o quão bom seja, mesmo que me economize um milhão de dólares por avião por ano, não vou renegociar meus contratos [de trabalho]."

O duopólio dos fabricantes de aeronaves, Boeing e Airbus, também não são fãs. Em alguns casos, eles desencorajam ativamente as companhias aéreas de tentar o WheelTug, de acordo com Cox. Além de "não ser inventado aqui", ele sugere que os fabricantes de aeronaves não gostam do WheelTug porque se dedicam principalmente à venda de novos aviões. “As companhias aéreas vão aposentar primeiro os aviões antigos ou os novos que não querem comprar?”

Em contraste, Cox diz: “O WheelTug torna as aeronaves antigas muito mais eficientes. É bom para agregar valor à frota que você já possui. ” Com a crise causada pela pandemia, esta pode não ser uma mensagem que os fabricantes de aeronaves querem ouvir, já que muitos novos pedidos de aeronaves foram cancelados

Mas, para as companhias aéreas que buscam um caminho para a lucratividade, Cox diz: “Se você fizer sua aeronave voar mais, poderá ganhar mais dinheiro”.


Via Forbes