quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Avião bate contra cerca de aeroporto em Bragança Paulista (SP) e deixa dois feridos

Acidente ocorreu enquanto a aeronave tentava decolar.

Duas pessoas ficaram feridas após o avião Beech C55 Baron (95-C55), prefixo PS-RAD, registrado para Interjet Comercio de Aeronaves Ltda., bater contra a cerca do aeroporto de Bragança Paulista (SP) na tarde desta quinta-feira (1º). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu enquanto a aeronave tentava decolar.

As duas vítimas foram socorridas para o hospital por pessoas que estavam no local, mas segundo os bombeiros, elas tiveram ferimentos leves. Equipes da Polícia Militar estão no local.


De acordo com o registro da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião é um bimotor fabricado em 1967 e com habilitação regular junto ao órgão.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai apurar a causa do acidente. 

O aeroporto foi fechado para a investigação e atendimento do caso. A rede de aeroportos Voa São Paulo informou que os dois ocupantes da aeronave passam bem e que está cooperando com as investigações.

Leia, também: sobre o prefixo "PS".

Fontes: Anac / G1 / Bragança em Pauta - Imagens: Cristiano Ambiel / Gustavo Caldeira

Princípio de incêndio atinge aeronave com candidato a prefeito no Acre

"Usamos as 5 garrafas de água mineral e só conseguimos resolver com a minha camisa, onde eu ia aparando a água", disse o candidato.

O candidato a prefeito de Marechal Thaumaturgo (AC) pelo PT, Itamar de Sá, sua esposa, filhos e outros 4 passageiros que estavam no avião Neiva EMB-720D Minuano, prefixo PT-VCY, viveram momentos de pânico no início da tarde desta quarta feira, 30. 

Itamar contou que 8 minutos depois da decolagem em Marechal Thaumaturgo, com destino à Cruzeiro do Sul, o painel central da aeronave começou a pegar fogo na frente do lugar do copiloto, onde ele estava.

“O piloto usou o extintor e não consegui apagar. Usamos as 5 garrafas de água mineral e só conseguimos resolver com a minha camisa, onde eu ia aparando a água. Abafamos as chamas e o piloto então conseguiu pousar de novo em Marechal Thaumaturgo”, contou à reportagem.

Itamar salienta que ninguém se machucou durante o ocorrido. “Só inalamos muita fumaça tóxica e estou rouco” , contou ele, já embarcando em outra aeronave que a empresa Aerobran enviou para o município, localizado já na fronteira com o Peru.


Fonte: AC24horas via rondoniaovivo.com / Anac - Foto: Divulgação

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Aconteceu em 1º de outubro de 1966: O mais misterioso acidente de avião em Oregon


No sábado, 1 de outubro de 1966, o Douglas DC-9-14, prefixo N9101, da West Coast Airlines, iria realizar o voo 956 partindo do Aeroporto de São Francisco, na Califórinia, com destino ao Aeroporto Internacional Seattle-Tacoma, em Washington‎, com escalas intermediárias em Eugene, no Oregon, e em Portland, no Oregon. 

A nova aeronave DC-9, que havia sido entregue à West Coast Airlines apenas 2 semanas antes, operou como voo 941 de Seattle para São Francisco, com paradas intermediárias em Portland e Eugene.

Após aproximadamente uma hora em solo, a aeronave e a tripulação se transformaram no voo 956, que inverteu a rota e as paradas do voo anterior. 

O voo 956 chegou no Aeroporto de Eugene, no Oregon, às 19h34 e partiu para Portland às 19h52, levando a bordo cinco tripulantes e 13 passageiros. 

O DC-9 recebeu uma autorização das Regras de Voo por Instrumentos (IFR) via Victor Airway 23 a 12.000 pés (3.700 m) de altitude.

Sob o vetor de radar do Controle de Tráfego Aéreo às 20h04min25s, o voo 956 recebeu instruções de descida do Seattle Center. O voo 956 reconheceu a transmissão para descer de 14.000 pés (4.300 m) para 9.000 pés (2.700 m). 

Aproximadamente um minuto depois, o controlador informou ao voo que a pista 28R estava em uso no Aeroporto Internacional de Portland e instruiu o voo a "virar à direita rumo a três e zero zero". 

Depois de questionar a direção da curva, a tripulação reconheceu "Curva à direita para três zero zero, entendido." 

O controlador perdeu o contato radar com a aeronave enquanto estava na curva à direita, passando por uma direção estimada de 240-260 graus. 

Às 20:09:09 a tripulação foi solicitada a se comunicar quando estivesse estabelecida em um rumo de 300 graus. 

Após repetir o pedido, a tripulação respondeu às 20:09:27 "Nove cinco seis wilco." 

Quando o alvo do radar não retornou e nenhuma outra transmissão foi ouvida do DC-9, os procedimentos de notificação de acidentes foram iniciados às 20h15.

Uma aeronave F-106 da Base Aérea McChord, a leste de Tacoma, Washington, e um HU-16 Albatross da base aérea de Portland foram despachados para tentar localizar o avião desaparecido naquela noite. 

No momento do desaparecimento, o teto de voo estava a 2.900 pés, com o clima consistindo de chuva. 

As equipes de busca encontraram o avião na tarde seguinte. A aeronave caiu em um setor despovoado da Floresta Nacional Mount Hood, a 100 km a leste da cidade de Portland . 

Os destroços estavam localizados na encosta leste de um cume de 1.250 m no Salmon Mountain Complex, a uma altitude de 1.170 m. 

No momento do impacto, a atitude da aeronave era de 30 graus para a margem direita, em uma trajetória de voo ascendente de 3-4 graus em uma proa de 265 graus. 

Depois de cortar várias árvores grandes, atingiu a encosta a 30-35 graus e deslizou para cima aproximadamente 46 metros. Os destroços principais pararam a uma altitude de 1.190 metros, e ocorreu um forte incêndio em solo.

Todas as 18 pessoas a bordo morreram no acidente.

Todas as extremidades da aeronave foram verificadas e nenhuma evidência de falha estrutural, incêndio ou explosão em voo foi encontrada. 

A aeronave estava equipada com gravador de dados de voo e gravador de voz na cabine. Embora ambos tenham sido recuperados dos destroços, apenas o gravador de dados de voo forneceu um registro utilizável. William L. Lamb, do Civil Aeronautics Board, foi o responsável pela investigação.

A causa específica do acidente nunca foi determinada pelo National Transportation Safety Board . No entanto, no processo de investigação, o NTSB fez as seguintes conclusões:

A aeronave estava em condições de aeronavegabilidade e os pilotos foram devidamente certificados.

  • Não houve falha mecânica da aeronave, seus sistemas, motores ou componentes.
  • O voo foi autorizado e confirmado para uma altitude atribuída de 9.000 pés.
  • A aeronave estava voando em piloto automático.
  • O voo desceu de maneira normal para aproximadamente 4.000 pés e nivelou-se.
  • Uma subida abrupta foi iniciada dois segundos antes do impacto.

A remota encosta arborizada ao sul de Welches, onde o voo 956 da West Coast Airlines caiu, ainda está repleta de destroços hoje, muitos deles derretidos ou distorcidos pela bola de fogo. Veja algumas fotos e vídeos:


O acidente é citado em uma música chamada "Flight 956", do cantor argentino Indio Solari.

Vídeo promocional da West Coast Airlines (1967)

Clique AQUI para acessar o Relatório Final do acidente [em inglês - em .pdf]

Fontes: ASN / Wikipedia - Fotos: offbeatoregon.com

Por dentro das cabines de lendários aviões soviéticos

Petlyakov Pe-2, bombardeiro de mergulho bimotor soviético, usado durante a Segunda Guerra Mundial
Petlyakov Pe-2, bombardeiro de mergulho bimotor soviético, usado durante a Segunda Guerra Mundial

Fotógrafo russo clicou peças raras do Museu da Força Aérea Russa cujos visitantes sequer têm acesso.

Muitas pessoas sonham em sentar na cabine de um avião. Mas e quando se trata da cabine de uma aeronave histórica? Agora é possível fazê-lo até mesmo on-line, graças ao projeto fotográfico “Comandando os Céus”, de Sasha Gentsis.

O fotógrafo russo tirou fotos incríveis do interior de aeronaves raras incluídas na coleção do Museu Central da Força Aérea Russa, e abaixo estão algumas amostras: 

Caça biplano soviético Polikarpov I-15
Caça biplano soviético Polikarpov I-15
Avião turboélice soviético Ilyushin Il-18
Avião turboélice soviético Ilyushin Il-18
Caça soviético de assento único Lavochkin La-7
Caça soviético de assento único Lavochkin La-7
Helicóptero soviético Mil V-12 (o maior já construído)
Helicóptero soviético Mil V-12 (o maior já construído)
Mil V-12
Mil V-12
Caça a jato supersônico MiG-21
Caça a jato supersônico MiG-21
Bombardeiro de reconhecimento soviético Polikarpov R-5
Bombardeiro de reconhecimento soviético Polikarpov R-5
Aeronave supersônica Sukhôi Su-24
Aeronave supersônica Sukhôi Su-24
Bombardeiro Tupolev Tu-2
Bombardeiro Tupolev Tu-2
Tupolev Tu-4
Tupolev Tu-4

Tupolev Tu-4
Tupolev Tu-4
Tupolev Tu-22, o primeiro bombardeiro supersônico a entrar em produção na URSS
Tupolev Tu-22, o primeiro bombardeiro supersônico a entrar em produção na URSS
Bombardeiro estratégico turboélice quadrimotor Tupolev Tu-95
Bombardeiro estratégico turboélice quadrimotor Tupolev Tu-95
Tupolev Tu-95
Tupolev Tu-95
Caça polivalente monomotor Yakovlev Yak-9, usado pela URSS durante a Segunda Guerra Mundial
Caça polivalente monomotor Yakovlev Yak-9, usado pela URSS durante a Segunda Guerra Mundial
Sasha Gentsis é um renomado fotógrafo paisagístico e industrial. Uma de suas séries de fotos mais famosas é “Surrealismo Socialista”, que capturou a fábrica abandonada da ZIL soviética alguns dias antes de sua demolição. Veja aqui as fotos deste projeto.

A exposição “Comandando os Céus” permanecerá em cartaz na Fundação Cultural EKATERINA até 8 de novembro.

Fonte: Russia Beyond - Fotos: Sasha Gentsis

Justiça dos EUA estipula indenização de R$ 4,8 bi para vítimas do voo da Chapecoense

Decisão em processo na Flórida é considerado passo inicial para receber o dinheiro.


Decisão do juiz Martin Zilber, da corte estadual da Flórida, nos Estados Unidos, deu procedência ao pedido de indenização das famílias de 40 vítimas do voo da Chapecoense.

As sentenças, uma para cada familiar ou sobrevivente, foram expedidas no final de agosto e vistas pela Folha. Somadas, o valor total chega a US$ 844 milhões (R$ 4,77 bilhões na cotação atual), que serão acrescidos de juros.

O número de beneficiados representa mais da metade dos 77 passageiros do voo 2933 da companhia boliviana La Mia que levava o time da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana de 2016. O avião caiu nas proximidades do aeroporto de Rionegro, em Medellín, na Colômbia, e matou 71 pessoas.

A decisão não significa que haverá pagamento imediato do valor, mas abre a porta para que o processo continue já com um parecer inicial favorável.

"Essa foi uma decisão extremamente importante paras as famílias. É uma vitória inicial, que nos habilita a questionar e cobrar a seguradora e a resseguradora, bem como a Aon, corretora, por todos os erros na avaliação do risco da apólice do seguro", diz Marcel Camilo, advogado de nove famílias.

Em paralelo, há uma ação civil pública no Brasil que une familiares dos mortos e sobreviventes. O acidente é objeto ainda de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado Federal.

No caso das ações que correm nos EUA, foi contratado o Podhurst Orseck, escritório de advocacia americano especializado em acidentes aéreos. O entendimento é que o processo pode ser aberto no país porque há troca de emails entre os acusados tratando da compra de equipamentos e combustível em Miami. Além disso, todas as empresas envolvidas têm representações comerciais no EUA.

"Esta corte se reserva ao direito jurisdicional de considerar aplicável quaisquer propostas para tributar custos ou atribuir taxas, conforme previsão legal, bem como se reserva no direito de fazer cumprir a sentença exarada e ou o acordo celebrado que deu origem a este julgamento", escreveu o juiz Martin Zilber em sua sentença.

As famílias e sobreviventes que integram o processo não teriam direito a uma divisão igual dos valores. Algumas poderiam receber US$ 30 milhões (R$ 169,5 milhões), mas haveria indenizações menores, como de US$ 18 milhões (R$ 101,7 milhões), por exemplo.

O processo foi aberto contra a LaMia, Kite Air Corporation (dona da aeronave), Marco Antonio Rocha Venegas (proprietário da Kite) e Ricardo Albacete (um dos sócios da LaMia).

Devido aos valores, a estratégia dos advogados das vítimas não é tentar receber dos donos da LaMia ou da aeronave. Os alvos de fato são as empresas Aon (responsável pela corretagem do seguro), Bisa (seguradora) e Tokio Marine Klin (resseguradora).

Pelas leis americanas, quando a empresa acusada de irregularidade não é assistida pela seguradora, torna-se possível que as vítimas acionem os responsáveis por essa apólice.

A questão do seguro é a maior batalha dos parentes das vítimas e dos sobreviventes do voo da Chapecoense. Aon, Bisa e Tokio Marine Klin afirmam que a apólice proibia que a LaMia voasse para a Colômbia e, por isso, o documento se tornou inválido.

A Tokio Marine criou o que chamou de "fundo humanitário" e ofereceu para cada família de vítima US$ 225 mil (R$ 1,27 milhão), com a condição de que esse seria o único valor devido pela empresa. Quem recebê-lo se compromete a desistir de todas ações judiciais abertas no Brasil ou em outro país.

As vítimas apontam irregularidades na apólice, que invalidariam as argumentações das empresas. Um dos documentos apresentados é uma troca de emails entre Aon, Tokio Marine Klin, os donos da LaMia e da aeronave. As mensagens mostrariam que todos tinham conhecimento de que eram realizados voos para a Colômbia.

Há também um questionamento sobre como o seguro da LaMia teve redução em US$ 276 milhões (R$ 1,55 bilhão) a partir do momento em que a companhia aérea passou a fazer voos comerciais e transportar equipes de futebol. A avaliação dos advogados é que o valor da apólice deveria subir, não cair.

"A gente espera que isso [a sentença na Flórida] tenha repercussão na ação civil pública e na CPI no Senado, para que tenhamos todas as famílias indenizadas de uma forma justa", diz Camilo.

A decisão do juiz Zilber foi dada à revelia. Os acusados não constituíram advogados para a defesa apesar de, segundo Steven C. Marks, advogado da Podhurst Orseck, eles terem manifestado interesse em fazer um acordo.

Tanto Marks quanto Camilo reconhecem que ainda existe um longo caminho a ser percorrido para receber o dinheiro, mas a sentença na Flórida se tornou uma peça importante para o desenvolvimento do caso.

A Folha não conseguiu entrar em contato com Ricardo Albacete e Marcos Rocha. A Bisa não tem mais escritórios no Brasil. A reportagem telefonou para o escritório da empresa na Bolívia, mas não obteve sucesso em falar com nenhum representante.

A Tokio Marine Klin preferiu não comentar a decisão da justiça. A Aon não respondeu até o momento.

Em respostas enviadas para outras reportagens, a Aon havia dito ter sido apenas a corretora da apólice, sem responsabilidade pelo pagamento do seguro. A Tokio Marine Klin havia argumentado que, por ter voado para a Colômbia, a LaMia havia invalidado a apólice, mas que a resseguradora havia estabelecido o fundo humanitário para ajudar as famílias das vítimas.

Fonte: Alex Sabino e João Gabriel (Folha de S.Paulo)

Leia tudo sobre a tragédia com o time da Chapeconense clicando AQUI.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Som de explosão em Paris: um avião cruza a barreira do som e assusta a população

Polícia precisou usar as redes sociais para explicar que não se tratava de explosão. Jogadores de tênis em Roland Garros interromperam partida momentaneamente.

Veja no vídeo abaixo o momento do estrondo:


Uma grande explosão soou pouco antes do meio-dia em Paris nesta quarta-feira (30). Imediatamente os franceses manifestaram preocupação nas redes sociais até que a Central de Polícia de Paris indicasse no Twitter que não houve explosão, mas que o barulho foi originado pela passagem de um caça que rompeu a barreira do som.


"Houve mais medo do que danos reais em Paris", explicou a Força Aérea francesa após uma grande detonação sonora ocorrida por volta das 12 horas desta quarta-feira (30). As reações de pânico e dúvidas nas redes sociais se multiplicaram imediatamente.

"Não houve explosão", tuitou a Central de Polícia de Paris, conclamando a população a não “obstruir as linhas de emergência”.


Um avião de combate — um Rafale (similar ao da foto acima) — decolou da base de Saint-Dizier, no leste da França, e cruzou a barreira do som, causando grande ruído. Era uma missão que tinha como objetivo ajudar uma aeronave em dificuldade, explicou a Força Aérea. O piloto do caça havia recebido autorização para ultrapassar a barreira do som para alcançar o avião em perigo o mais rápido possível.

Um ruído incomum


O ruído ouvido pelos parisienses não era de fato habitual: uma explosão, um baque ouvido em toda a região, uma espécie de detonação potente associada a um efeito de explosão, com janelas mas também as paredes que tremeram, durante alguns segundos. Até os jogadores de tênis de Roland Garros interromperam o jogo (vídeo abaixo). 


O caça cruzou a barreira do som a leste da capital francesa a uma velocidade de quase 1.900 km/h, que é o dobro da velocidade do som, daí o boom supersônico, um estrondo raramente ouvido .

A última vez que tal acontecimento ocorreu na região de Paris foi em fevereiro de 2019. Nas redes sociais, parisienses, traumatizados pelos recentes ataques terroristas, mas tranquilizados pela explicação da Força Aérea, reagiram com humor, com memes a partir de cenas de filmes famosos como Top Gun, com Tom Cruise.

Fonte: RFI via G1 - Imagem: Reprodução

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Aconteceu em 30 de setembro de 1975: A misteriosa queda do voo Malev 240 próximo a Beirute

Na terça-feira, 30 de setembro de 1975, o Tupolev Tu-154A, prefixo HA-LCI, da Malev Hungarian Airlines (foto acima), realizava o voo 240 do Aeroporto Internacional Ferihegy de Budapeste, na Hungria, em direção ao Aeroporto Internacional de Beirute, no Líbano.

A bordo da aeronave estavam 10 tripulantes e 50 passageiros.

A aeronave, um Tupolev Tu-154, decolou com grande atraso. Autoridades disseram que o avião estava esperando passageiros, mas decolou com apenas 60 passageiros a bordo. (Para referência, o Tu-154 poderia transportar 160 passageiros).

O Controle de Tráfego Aéreo em Beirute nunca recebeu uma chamada de emergência da aeronave da Malev. O avião desceu a 6.000 pés antes de desaparecer do radar. A aeronave caiu no mar enquanto se aproximava de Beirute. O localizador ILS estava inutilizável no momento do acidente.

Um piloto da Real Força Aérea Britânica - que estava de serviço em Chipre - viu as luzes das aeronaves enquanto caíam rapidamente. O piloto então viu uma bola de fogo e observou as peças em chamas caírem no oceano.

Todas as 60 pessoas a bordo morreram no acidente.

A tripulação do voo MA240

O governo húngaro encobriu o acidente. O acidente não foi revelado por dias, e os detalhes foram mantidos em segredo por décadas.

Testemunhas relatam que os controladores ordenaram que o MA240 desse a volta durante a aproximação final, mas que o avião não se moveu a tempo. A Royal Air Force confirmou que o avião foi atingido por dois mísseis.

Como os destroços da aeronave foram encontrados em uma pequena área, é improvável que a aeronave tenha sido abatida por mísseis, mas seria possível caso o míssil atingisse apenas a parte de trás do avião, como relatou a Royal Air Force.

Embora ainda não haja uma confirmação oficial disso, presumivelmente, armas de guerra (Kalashnikovs entre outras) estavam sendo transportadas ilegalmente a bordo da aeronave e se destinam a uma (ou mais) partes da guerra civil no Líbano, provavelmente para a OLP.

Isso também é corroborado pelo fato de que, de acordo com informantes dos círculos de aviação húngaros, o avião ficou estacionado em uma posição particularmente remota no aeroporto naquela noite. Os ex-funcionários da Malev confirmaram posteriormente aos jornalistas que esses transportes de armas em aviões civis eram normais na época.

Resgate dos destroços da aeronave

Os parentes da tripulação e dos passageiros nunca souberam toda a verdade. Eles não tiveram a chance de ver ou enterrar a maioria dos corpos. Na verdade, apenas as vítimas muçulmanas foram devidamente sepultadas. As vítimas húngaras e finlandesas estão em enterradas em uma vala comum em Beirute, sob um conjunto habitacional. Os parentes não receberam indenização e não puderam organizar uma cerimônia no memorial em Budapeste.

Fontes: ASN / aeronauticsonline.com / austrianwings.info - Imagens: ASN / Reprodução

Caça F-35 colide no ar com avião de reabastecimento na Califórnia

Um caça stealth F-35B Lightning II caiu na tarde de terça-feira (29) após colidir com um reabastecedor aéreo na Califórnia, de acordo com a Estação Aérea dos Fuzileiros Navais de Yuma, Arizona (EUA).

O F-35B fez contato com um Lockheed KC-130J Hercules, matrícula 5565, da Marinha dos EUA, durante uma operação de reabastecimento ar-ar, resultando na queda do jato de combate por volta das 16h, anunciou a estação aérea em um comunicado à imprensa.

O piloto do F-35B se ejetou com segurança da aeronave, que caiu no Condado de Imperial (foto acima), de acordo com o comunicado.

O KC-130J fez uma aterrissagem forçada em um campo de cenouras perto de Thermal, na Califórnia (foto acima), com oito pessoas a bordo e estava vazando combustível.

Fotos da aeronave mostram danos substanciais aos motores 3 e 4; todas as pás da hélice se separaram. O pod de reabastecimento montado entre os motores nº 3 e 4, também havia se separado.

A causa do acidente está sob investigação.

Fontes: ASN / stripes.com - Fotos: Reprodução

História: 30 de setembro de 1968, o primeiro Boeing 747 é lançado na fábrica da Boeing em Everett, Washington


Em 30 de setembro de 1968, o primeiro Boeing 747, batizado de "City of Everett", foi lançado na fábrica da Boeing em Everett, Washington, nos EUA. Foi registrado como N7470 e carregava o número de série da Boeing, 20235. Identificado internamente como RA001, o Boeing 747-121 foi o primeiro “jato jumbo”.

A série 747-100 foi a primeira versão do Boeing 747 a ser construída. Era operado por uma tripulação de três pessoas e projetado para transportar de 366 a 452 passageiros. 

Tem 231 pés e 10,2 polegadas (70,668 metros) de comprimento com uma envergadura de 195 pés e 8 polegadas (59,639 metros) e altura total de 63 pés e 5 polegadas (19,329 metros). 

A largura interna da cabine é de 6,096 metros (20 pés), o que dá a ela o nome de "corpo largo". O peso vazio do avião é 370.816 libras (168.199 quilos) e o Peso Máximo de Decolagem (MTOW) é 735.000 libras (333.390 quilogramas).

O 747-100 é equipado com quatro motores turbofan Pratt & Whitney JT9D-7A de alto bypass. Estes podem produzir 46.150 libras de empuxo (205,29 quilonewtons) cada, ou 47.670 libras de empuxo (212,05 quilonewtons) com injeção de água (2½ minutos).

O Boeing 747-100 tem uma velocidade de cruzeiro de 0,84 Mach (555 milhas por hora, 893 quilômetros por hora) a 35.000 pés (10.668 metros) e sua velocidade máxima é de 0,89 Mach (594 milhas por hora / 893 quilômetros por hora). O alcance máximo no MTOW é de 6.100 milhas (9.817 quilômetros).

O Boeing 747 está em produção há 52 anos. Mais de 1.550 foram construídos. 250 deles eram da série 747-100. Relatórios recentes indicam que a produção terminará no início de 2021, com a conclusão de dezesseis cargueiros 747-8F atualmente encomendados.

O N7470 fez seu primeiro voo em 9 de fevereiro de 1969. Ele voou pela última vez em 1995. O "Cidade de Everett" está em exibição estática no Museu do Voo, Boeing Field, em Seattle, Washington.

Avião sai de SP e faz pouso forçado em fazenda de MS

Piloto seria médico e teve ferimentos leves. Segundo uma testemunha, o avião saiu de Araçatuba (SP) e estava à caminho de Cáceres (MT). Ele estava ocupado somente pelo piloto.

O avião bimotor Beechcraft Bonanza A-36, prefixo PT-LST, que caiu na zona rural de Camapuã na por volta das 7h30 da manhã desta quarta-feira (30) era ocupado apenas pelo piloto, médico e fazendeiro Donato Lemos Beraldo, de 65 anos, de Araçatuba (SP) que viajava com destino a Cáceres, no Mato Grosso, segundo moradores da Fazenda Vale do Rio Verde.

Beraldo (foto acima) foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o hospital da cidade. Ele estava consciente.

Piloto é transferido em UTI aérea para interior de São Paulo. — Foto: Lundersson Oliveira/Imagem

A aeronave de pequeno porte caiu na área de pasto localizada na região conhecida como dos Galdinos, também nas proximidades da Pontinha do Cocho, a cerca de 50 km do centro de Camapuã – cidade a 133 km de Campo Grande.

O capataz da propriedade acionou a Polícia Militar. Além da equipe da PM, guarnições do Corpo de Bombeiros da Capital também foram deslocadas. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.

Ana Lucia, esposa do capataz, conta que o marido viu o momento da queda do avião, a cerca de 2 km da casa deles na fazenda, e correu para prestar os primeiros socorros. “Graças a Deus não explodiu. O piloto estava com dores, mas estava bem”.

Fontes: jornaldoestadoms.com / campograndenews.com.br / 018news.com.br Fotos: Redes Sociais / Divulgação (Atualizado às 17h46, com modelo da aeronave e o nome do piloto)