sexta-feira, 27 de abril de 2012

Astronautas retornam à Terra após seis meses na estação espacial

Anton Shklaperov, Anatoli Ivanishin e Dan Burbank viajaram em uma Soyuz. 

Viagem da ISS até o Cazaquistão durou cerca de três horas e meia. 

Soyuz TMA-22 pousa no Cazaquistão

Três astronautas - os russos Anton Shklaperov e Anatoli Ivanishin e o americano Dan Burbank - retornaram nesta sexta-feira (27) à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), anunciou o Centro Russo de Controle dos Voos Espaciais (TSOUP). 

"Pouso de sucesso", afirma uma mensagem do TSOUP nas câmeras de controle, quando a nave espacial Soyuz tocou a terra às 8h45 (horário de Brasília, 17h45 no horário local) no Cazaquistão. 

A viagem durou cerca de três horas de meia. Pouco depois da aterrissagem, os astronautas apareceram em boa forma e sorridentes diante das câmeras. 

Depois de sair da cápsula Soyuz, os três astronautas foram envolvidos por um cobertor azul, enquanto os médicos iniciavam os primeiros exames. 

Anatoli Ivanishin é retirado da Soyuz pela equipe de apoio em terra

O russo Anton Shklaperov foi o primeiro a sair, seguido por Ivanishin e Burbank. Os três haviam decolado do cosmódromo de Baikonur para a ISS em 14 de novembro de 2011. 

A nova missão para a estação orbital decolará em 15 de maio do mesmo cosmódromo no Cazaquistão. 

Atualmente, a ISS conta com as presenças do russo Oleg Kononenko, do americano Don Pettit e do holandês André Kuipers. 

Soyuz TMA-22, poucos minutos depois de desacoplada da ISS, 
em foto feita pelo astronauta Andre Kuipers

Fonte: AFP - Fotos: Kirill Kudryatsev (AFP) / ESA/Nasa

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Programa de TV inglês cria avião movido por força humana

O apresentador Jem Stansfield foi o responsável por gerar a força necessária para que a aeronave saísse do solo. 


O apresentador britânico Jem Stansfield aceitou participar de um experimento bastante inusitado. Fazendo parte de um projeto que tentaria criar um avião movido por energia humana, ele e mais alguns designers e engenheiros criaram uma pequena aeronave capaz de decolar por meio de um pedal similar ao utilizado em bicicletas. 

Stansfield é apresentador do programa Bang Goes to Theory – especializado em mostrar que a ciência teórica pode realmente moldar o nosso mundo. Nesta experiência, foi possível realizar um voo muito rápido, sendo que a aeronave não ficou muito longe do chão por mais de alguns segundos. 

Se você ficou curioso para saber como foi o rápido voo, clique aqui para ver o vídeo pelo site oficial da BBC.

Fonte: Renan Hamann (tecmundo.com.br) - Imagem: Reprodução/BBC

O sonho da asa própria


Há exatos dez anos, o brasileiro Ekkehard Schubert levantava voo com o primeiro avião planador de concepção inteiramente brasileira, feito por ele próprio. E hoje, aos 70 anos de idade, ele ainda sonha em fabricar sua aeronave em série. O motivo? Voar está no sangue. 

Continue lendo esta matéria no site gooutside.uol.com.br.

Boeing ganha US$ 923 milhões no primeiro trimestre de 2012

O faturamento do período alcançou US$ 19,383 bilhões.

O gigante aeroespacial Boeing anunciou nesta quarta-feira que no primeiro trimestre de 2012 teve um lucro líquido de US$ 923 milhões, 58% a mais que os US$ 586 milhões do mesmo período de 2011 e que atribuiu ao aumento das vendas de aviões comerciais. 

Nos resultados trimestrais um dos dados que mais chama a atenção dos investidores americanos é o lucro líquido por título, que foi de US$ 1,22 dólares em comparação com os US$ 0,78 por ação registrados entre janeiro e março do ano anterior, e que superou as expectativas dos analistas que tinham situado esse ganho ligeiramente abaixo de US$ 1. 

Seu faturamento do primeiro trimestre do ano alcançou US$ 19,383 bilhões, 30% a mais que os US$ 14,91 bilhões dos mesmos meses de 2011. 

Seu presidente e executivo-chefe, Jim McNerney, destacou a forte evolução do gigante aeroespacial, enquanto destacou que boa parte desse crescimento aconteceu pelo aumento das vendas de aviões comerciais. 

McNerney disse que foram registradas mais de 300 ordens de seu modelo 737 MAX, além de ter chegado a um acordo com a Arábia Saudita para o abastecimento de 84 novos aviões de combate F-15.

"Nossas perspectivas para o ano continuam positivas", acrescentou o principal responsável pela empresa aeronáutica, que também se referiu a melhora no índice de produção de aviação comercial e dos prazos de entrega, assim como a melhora na posição nos mercados de defesa, espaço e segurança. 

A Boeing informou que no primeiro trimestre de 2012 entregou 137 aviões comerciais, 32% a mais que os 104 do mesmo período do ano passado, enquanto indicou sua renda nesse período cresceu 54% até US$ 10,94 bilhões. 

Seu faturamento na divisão de aeronáutica de defesa e espacial cresceu 8% até US$ 8,233 bilhões, especialmente na pasta de aviação militar, na qual o aumento foi de 27%, enquanto na de redes e sistemas espaciais registrou uma queda de 23% e na de serviços globais uma alta de 13%. 

Além do contrato com as autoridades sauditas, a empresa com sede em Chicago registrou também novos pedidos em nível nacional e internacional de seus modelos C-17 Globemaster III, um avião de transporte militar de longo alcance, e entregou sua primeira produção dos aviões P-8A Poseidon ao Exército dos Estados Unidos. 

Nas operações eletrônicas prévias à abertura da Bolsa de Nova York, as ações de Boeing subiam 2,47% até US$ 75,02 cada, enquanto neste ano as ações caíram 0,19% e 2,96% nos últimos 12 meses. 

Fonte: EFE via ultimoinstante.com.br

Embraer, Boeing e Fapesp iniciam estudos para criação de biocombustível para aviação

Discussões vão até novembro e servirão para a criação de um centro de pesquisas em São Paulo.

Empresas querem reduzir emissões de gás carbônico pela metade até 2050.


Começa nesta quarta-feira o primeiro de oito encontros realizados entre a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e as empresas de aviação Embraer e a americana Boeing, em São Paulo. A iniciativa tem um objetivo ambicioso: dar os primeiros passos para o desenvolvimento de uma indústria capaz de abastecer os aviões com biocombustível. A alternativa seria capaz de reduzir, em alguns casos, até 80% da emissão de gases que aceleram o efeito estufa. Um novo centro de pesquisa será criado no estado de São Paulo a partir dos encontros que vão até novembro e contam com o financiamento de 600.000 dólares, metade vinda da Fapesp e o restante dividido entre as duas empresas.

O encontro em São Paulo reúne cientistas e representantes da indústria da aviação, como a fabricante de motores GE (General Electric), dos Estados Unidos, e a operadora brasileira de linhas aéreas Azul. De acordo com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, a série de encontros pretende identificar os desafios para a produção do biocombustível para a aviação. Os cientistas ainda não sabem, por exemplo, se vão usar a cana-de-açúcar ou outra matéria prima.

Sem escala

O esforço para a produção do biocombustível para a aviação (Embraer, Boeing e Airbus assinaram em março um acordo de cooperação nessa área) é crescente. Vários voos experimentais foram feitos nos últimos anos utilizando uma mistura de 30% do combustível biológico com o fóssil. Por exemplo, a Boeing organizou em 2011 o primeiro voo intercontinental de uma aeronave, um Boeing 777, usando uma mistura de biocombustível. A rota escolhida foi entre a Cidade do México e Madri.

O problema, contudo, é que o biocombustível para aviação ainda não pode ser produzido em escala industrial, apenas em pequenas quantidades. "O Brasil tem experiência com cana-de-açúcar para a produção de biocombustível e uma indústria viável", diz Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil. "Vamos explorar o que é aplicável ao setor da aviação."

Caminho inverso

Apesar de ser pioneiro no desenvolvimento de biocombustíveis, o exemplo brasileiro do bioetanol, fabricado a partir de cana-de-açúcar desde a década de 1970, não poderá ser seguido. "A indústria brasileira desenvolveu motores para o novo combustível", explica Alexandre Tonelli, gerente de projetos de combustíveis alternativos da Embraer. O desafio para a aviação é o contrário. "Temos que desenvolver um novo biocombustível para os motores de avião que já existem." Isso ocorre porque a vida útil dos motores de avião é bem maior que a dos carros. "Seria economicamente inviável trocar o motor das 24.000 aeronaves circulando no mundo", diz o diretor de pesquisa da Boeing, Bill Lyons. "Em média, esses motores duram 50 anos." 

De acordo com Mauro Kern, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, o novo combustível deverá se adaptar à rede de distribuição que já existe e ser capaz de se misturar com o combustível fóssil. "Isso, sem fazer com que os aviões consumam mais. Pelo contrário, a ideia é que sejam cada vez mais econômicos." 

Kern não sabe dizer quando o combustível limpo terá condições de ser produzido em escala industrial. "É um processo lento e que depende de muitas regulações", diz. "O estudo vai começar agora", diz Brito Cruz, da Fapesp.

Saiba mais

Biocombustíveis na aviação

A aviação representa, no mundo, 2% das emissões de gases que aceleram o efeito estufa. Apesar do valor relativamente baixo, o setor possui metas ousadas de redução das emissões. Até 2050, quer reduzir em 50% os níveis em relação ao ano de 2005. Os especialistas esperam que o conjunto de melhorias tanto na operação quanto no desenvolvimento de aeronaves e biocombustíveis seja o caminho para cumprir os objetivos. "Acreditamos que seja possível fazer uma economia de 80%, em alguns casos, com o biocombustível para aviação", disse Mauro Kern, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer. A parceria entre a Boeing, Embraer e Fapesp foi anunciada em outubro de 2011, em Washington, capital dos Estados Unidos. 

Fonte: Marco Túlio Pires (Veja.com) - Imagem: Divulgação

Garoto que leu 274 livros e sonha ser piloto ganha livros da Aeronáutica

Após ler 274 livros em competição, Waldir diz que adquiriu o hábito da leitura. 

Desejo de ter livros sobre o sonho de ser piloto motivaram membros da FAB. 

Waldir Chagas Sidnei de Souza, um menino de 11 anos que leu 274 livros em apenas sete meses, garante que continua sendo um leitor assíduo e que tem uma motivação a mais para praticar seu hábito preferido. “Continuo lendo muito. Eu gosto muito de ler e agora estou com livros novos”, explicou. O pequeno morador da zona rural de São Félix do Araguaia, a 1.159 quilômetros de Cuiabá, que sonha ser piloto de avião, recebeu um presente especial da Força Aérea Brasileira (FAB). 

Em dezembro do ano passado, Waldir foi o campeão de um projeto desenvolvido pela escola rural Nova Suia, com o objetivo de incentivar a leitura. Ele leu 274 obras no total, sendo que 224 eram livros e 50 eram gibis. "O projeto 'Leituras e Resumos' foi desenvolvido com os coordenadores da escola, juntamente com os pais, para motivar as crianças a ler como complemento à disciplina de língua portuguesa”, explicou a mãe e professora do menino, Renilda das Chagas, idealizadora do projeto. 

Depois de contar sonho de ser piloto, garoto visitou Destacamento em São Félix 

Em entrevista ao G1 na época da competição, Waldir disse que tinha o sonho de ser piloto, no entanto, não tinha livros sobre o assunto. “Quando eu crescer quero ser piloto da Aeronáutica. Mas ainda não achei nenhum livro sobre isso”, afirmou o garoto na época. Mas em fevereiro deste ano, Waldir teve um novo motivo para comemorar. Isso porque oficiais do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Félix do Araguaia (DTCEA-FA) o presentearam com uma coleção de obras e revistas com a temática. Waldir ganhou cerca de 40 novos livros, além de três DVDs sobre a Força Aérea Brasileira. 

O primeiro-tenente do destacamento de São Félix do Araguaia, João Luis Coelho da Silva, disse ao G1 que a história de Waldir foi descoberta pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), situado em Brasília (DF), e emocionou os funcionários da FAB. “Ficamos sabendo primeiro da reportagem do G1, da história do menino Waldir e que ele venceu o projeto Leituras e Resumos da escola do assentamento. E nos chamou atenção o que ele falou em uma das frases dele, de sonhar em ser piloto e que não tinha livros sobre isso. Aquilo nos motivou e emocionou”. 

Além dos presentes, Waldir ganhou ainda uma visita à unidade da Aeronáutica. Junto com os pais, professores e autoridades locais, ele viajou quase 100 quilômetros para conhecer as instalações e o funcionamento dos radares e sistemas de comunicação do destacamento de São Félix do Araguaia. “Eu gostei muito, principalmente do radar. É tudo muito legal lá”, disse o menino. 

De acordo com João Luis Coelho, no destacamento não há aeronaves, o que não possibilitou fazer um voo com o garoto. No entanto, o tenente garante que ficou com a certeza que Waldir gostou da visita e mantém a vontade de ser piloto. “Os olhos dele ficavam brilhando enquanto conhecia tudo. Eu abri uma revista para ele com todas as profissões que têm na Aeronáutica e disse assim 'olha Waldir, dá para você ser controlador de voo, mexer com radar...', mas na hora ele me disse 'mas eu quero ser piloto'”, recordou com bom humor. 

Waldir ganhou livros da Aeronáutica e diz que ainda mantém sonho de ser piloto

O tenente afirma ainda que a história de Waldir e a determinação do menino com a leitura e com o sonho de voar os tornaram uma pessoa melhor. “Para mim é motivo de orgulho e nostalgia ver um menino como ele, que tem uma condição social baixa, ser tão dedicado, determinado, sabendo o que quer. Isso me impulsionou para que eu fizesse mais. Me motivou mais. Vou tentar ajudar a escola do Waldir agora com computadores. Ele [Waldir] me informou que sua escola não possuía nenhum computador e neste momento, aqui em Manaus [onde o tenente estava no momento da reportagem], estou envidando esforços para conseguir realizar o seu desejo”, disse ao G1. 

João Luis Coelho relata ainda que viu em Waldir o menino que ele foi no passado. “Também vim de uma família humilde, tive sonhos, tive que lutar para conseguir chegar onde cheguei e hoje eu o vejo espelhando o que eu era no passado. Foi muito gratificante. Isso nos incentiva a fazer mais. Vi naquele menino humilde, o filme da minha própria história. Foi emocionante”, enfatizou. 

Para realizar o sonho de Waldir de voar, o tenente planeja promover um torneio de redações entre as escolas de São Félix do Araguaia e premiar os alunos com um passeio de avião. “Para o 12º aniversário do Destacamento eu estou planejando promover jogos envolvendo as escolas da cidade. E conversar com a companhia aérea que trabalha por aqui, entregar um ofício para eles, e ver se consigo uns 15 ou 20 minutos durante uma escala deles para voar com as crianças. E levá-las através de um sorteio ou concurso de redação. E eu quero incluir a escola do Waldir”, pontuou. 

Fonte: G1 - Fotos: Divulgação/FAB

Cão é perseguido por 10 minutos ao fugir de gaiola em aeroporto de NY

Cena ocorreu no aeroporto de LaGuardia.

Fuga provocou a interrupção do tráfego aéreo.

Um cão escapou nesta quarta-feira (25) de sua gaiola durante o transporte para um avião no aeroporto de LaGuardia, em Nova York (EUA). 

O cachorro foi capturado depois de aproximadamente dez minutos. A fuga, no entanto, provocou a interrupção do tráfego aéreo no aeroporto enquanto funcionários perseguiam o animal. 

Homem tenta capturar cão que fugiu de gaiola no aeroporto de LaGuardia

Fuga provocou a interrupção do tráfego aéreo no aeroporto enquanto
funcionários perseguiam o animal

Fonte: G1 - Fotos: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Avião faz pouso de emergência após ser atingido por gansos nos EUA

Aves chocaram-se contra a janela da cabine logo após decolagem em NY.

Aeronave conseguiu pousar em segurança, e ninguém se machucou. 

Um avião da companhia JetBlue teve de fazer um pouso de emergência em um aeroporto de Nova York após dois gansos-do-Canadá terem atingido o limpador de parabrisas do vidro da cabine. 

O incidente ocorreu às 18h45 de terça-feira (24) com o voo 571, que havia acabado de decolar do aeroporto do condado de Westchester, na cidade de White Plains, segundo Jim Peters, porta-voz da Agência Federal de Aviação. 

O avião Embraer ERJ-190, prefixo N178JB, estava levando 54 passageiros e quatro tripulantes para West Palm Beach, na Flórida (voo B6-571). 

"Temos de voltar. Batemos em dois pássaros grandes", teria dito um piloto aos controladores de voo, segundo o "New York Post". "Estamos declarando emergência." 

Foto feita após o pouso mostra os restos de um dos gansos atingidos
pelo avião nesta terça-feira (24) - Foto: AP

O avião pousou sem problemas por volta das 19h, e ninguém ficou machucado, segundo as autoridades. 

Uma vistoria foi feita para averiguar possíveis danos à estrutura. 

Os passageiros embarcaram em outro avião e seguiram viagem para a Flórida. 

Mecânicos fazem vistoria após o acidente nesta terça-feira (24) 
no aeroporto de White Plains - Foto: AP

Fonte: G1

Piloto de MT que atuou com os Villas- Bôas recorda o que viveu no Xingu

Piloto auxiliou sertanistas em expedição que fez contato com índios isolados.

Décadas depois, mato-grossense relembra as dificuldades vividas na mata. 


Ele acompanhou de perto a saga dos irmãos Villas-Bôas durante a expedição Roncador-Xingu, que culminou com a criação do Parque Nacional do Xingu em 1961, em Mato Grosso. O piloto mato-grossense Lisardo Fernandes deu assistência direta aos índios e aos expedicionários que realizavam a “marcha para o oeste”, promovida pelo governo de Getúlio Vargas, no início dos anos 40. À reportagem, Fernandes relembrou a aventura dos três irmãos rumo ao interior do Brasil. A expedição voltou à tona com o recém-lançado filme Xingu, do diretor Cao Hamburguer. 

A expedição tinha por objetivo promover a interiorização do Brasil, a partir do desbravamento de terras ainda desconhecidas na época. A demarcação das terras teve início com a abertura de estradas e com a construção de campos de pouso de emergência para as aeronaves, que eram indispensáveis à manutenção da expedição. 

Tudo o que parecia ser um conflito violento entre os índios que habitavam a região se tornou um contato amistoso, que levou ao conhecimento das etnias e de suas necessidades, como a proteção às terras, à saúde e à cultura dos índios. 

A região às margens do rio Xingu abriga atualmente cerca de 16 etnias, no entorno do municípios de Nova Xavantina, cidade localizada a 651 km de Cuiabá. Contratado pela Funai de Mato Grosso, somente Lisardo era autorizado a sobrevoar as regiões de reserva indígena, protegidas pelo governo federal. 

Durante a década de 70, com apenas 25 anos de idade, Lisardo fazia voos diários para a região norte de Mato Grosso, com o objetivo de transportar alimentos e medicamentos às aldeias, mas sua atuação teve um papel fundamental da manutenção da expedição e na sobrevivência dos xinguanos durante o período de epidemia de sarampo que acometeu grande parte da população indígena naquela época.

“O avião era gênero de primeira necessidade e era o único contato com a civilização. Aquele tempo a aviação tinha seus riscos, porque não tínhamos o GPS e a navegação era feita via cronômetro", disse. 

O piloto aposentado contou ainda os desafios vividos pelos expedicionários, que mantinham contato por meio de um clareira, para que os alimentos fossem atirados do avião. 

Durante o período da expedição, Lisardo conheceu os irmãos Leonardo, Orlando e Claúdio Villas-Bôas, quando eles tentavam contato com os índios da etnia panará. "Eles traziam consigo vários índios xinguanos que auxiliavam na comunicação" revelou. 

Da convivência com os irmãos Villas-Bôas ele pôde confirmar vários episódios que foram retratados no filme Xingu e resaltou a dedicação dos irmãos, que tinham como lema a “proteção total aos índios”. 

Registro histórico 

Um imagem feita pelo fotógrafo Pedro Martinelli mostra o avião de Lisardo rodeado pelos índios. O registro fotográfico ocorreu logo após um pouso na reserva indígena em que os índios, curiosos com o meio de transporte, acreditavam que a aeronave se tratava de uma estrela cadente. Diante da curiosidade, Lisardo realizou um sobrevoo com os indígenas sobre as aldeias, o que causou espanto e deslumbramento entre os nativos. 

Índios panarás assustados com aeronave de Lisandro - Foto: Arquivo pessoal

"Eles começaram a subir no teto e na asa do avião. Nesse dia fui fazer o sobrevoo para mostrar onde era a aldeia deles. Eles ficaram assustados e não entendiam como levavam um dia inteiro para chegar nas aldeias", recordou. 

Em Cuiabá, a esposa de Lisardo, Verenice Fernandes e duas filhas ficavam à espera do marido durante as viagens até o norte de Mato Grosso. “Ele saia para fazer o voo e na volta se chovia, tinha que permanecer no local até que o tempo melhorasse. A gente tinha muita fé de que nada ia acontecer, que tudo daria certo e que ele ia voltar com vida”, relembrou. 

Para Lisardo só restaram vastas lembranças, que hoje podem ser recordadas. Anos depois, o piloto aposentado se diz orgulhoso por ter contribuído com um projeto que se tornou o marco de proteção aos direitos indígenas. “Para mim era uma satisfação poder contar a história e pensar : Eu vi aquela história, eu estava lá”, afirmou. 

Fonte: G1

Homem que inspirou filme 'Área Q' ensinou filho a se proteger de óvnis

O pai de Francisco Barroso disse ter sido abduzido em Quixadá, no CE.

Caso foi estudado por ufólogos e foi base para filme rodado na cidade.

Filho de homem cuja história inspirou o filme "Área Q" diz que aprendeu a se proteger de abduções
Foto: Elias Bruno/G1

A rotina do comerciante Francisco Leonardo Barroso, filho do agricultor que disse ter sido abduzido por extraterrestres no sertão do Ceará nos anos 1970, parece não ter mudado após a estreia de “Área Q”, filme inspirado em histórias de contatos extraterrenos contadas na região. O comerciante conta que o pai morto há 19 anos ensinou a ele e aos irmãos como se defender e evitar que fossem levados por objetos voadores não identificados (óvnis).

“Para você se livrar, só se for com um pé (sic) de árvore. Você tem que ir para debaixo porque, com a árvore, o aparelho deles (os extraterrestres) perde o contato”, explica. Barroso diz que o pai ficou com a pele avermelhada e com retardo mental depois de ser levado por óvnis.

O agricultor Luis Fernandes Barroso, segundo o filho, 'teve um contato bem próximo' com os extraterrestres nos anos 1970. “Uma vez por semana, ele ia para a fazenda olhar o rebanho e gostava de sair de madrugada, por volta de 2h da manhã. Um dia, quando voltava de carroça, ele disse que teve contato com algo que parecia um avião, mas que desceu, ficou perto dele e jogou uma luz muito forte, quase de cegar”, diz.

“Não só acredito, como já vi”, afirma Barroso sobre crença em aparições de óvnis na cidade de Quixadá. Dono de um armazém que vende de tudo no barulhento centro do município, ele segue trabalhando na loja até o meio-dia e, depois, vai para a fazenda na zona rural, local da suposta abdução do pai. Francisco Leonardo é o único filho de Barroso que ainda mora em Quixadá. A mãe dele também faleceu, o irmão mora no Piauí e a irmã em outro município do sertão cearense.

Médicos e ufólogos acompanharam e estudaram de perto o "Caso Barroso" em Quixadá
Foto: Reginaldo de Athayde/ Divulgação

Efeitos da suposta abdução

Após o contato, o comerciante afirma ter visto mudanças físicas e psicológicas no pai, que apareceu com a pele vermelha “como se tivesse queimada” e um retardo mental depois do suposto contato com extraterrestres, fazendo com que os filhos se tornassem responsáveis pelos negócios da família. O caso chamou a atenção de ufólogos de vários países, como Portugal, Itália e Espanha, que visitaram a fazenda para estudar os sintomas e os relatos de Barroso.

“Meu pai passou também por muitos hospitais de Fortaleza e disseram que a mente dele estava como se fosse de uma criança”, conta Francisco Leonardo. O pai dele morreu na fazenda no ano de 1973 com, segundo o filho, o aspecto da pele não correspondia com a idade. “Era como se ele tivesse ficado mais novo”, afirma.

A situação quase foi vivida também pelo filho de Barroso, quando este fazia o mesmo trajeto do pai a caminho da fazenda. “Estava de moto e vi um objeto que emitiu uma luz bem forte. Desviei o olhar para não cegar com aquela luz e desacelerei. Lembrei dos conselhos de meu pai: 'Não se amedronte e não fique nervoso'”, conta. Depois disso, as aparições viraram comuns na vida do comerciante que afirma não haver problema “depois que você se acostuma”.

“Não guardo mágoas dos extraterrestres porque aconteceram outros casos iguais aos do meu pai. É um imprevisto, pode acontecer comigo, com você ou com qualquer um”, diz. O comerciante ainda não assistiu ao filme, mas gosta de saber que o pai serviu de inspiração. “Meu pai foi um dos primeiros que passou por isso. Ver essa história no filme é de se admirar porque ele realmente entrou para a história”, afirma.

Caso não tem solução, diz ufólogo

O ufólogo cearense Reginaldo de Athayde acompanhou o “Caso Barroso” desde o momento em que agricultor teria sido abduzido até a sua morte. “Durante 17 anos, eu e outros pesquisadores íamos uma vez por mês a Quixadá para visitar Barroso”, diz. O contato pessoal foi documentado no livro “ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol” (2000), no qual Athayde relata também outros casos envolvendo contatos extraterrestres em municípios do interior do Ceará.

O ufólogo também contou ao G1 que houve tentativas de prosseguir na investigação do caso após a morte de Barroso, mas os filhos do agricultor não concordaram com a autópsia no corpo do pai. “Acreditamos que esse caso nunca seja solucionado, pois fizemos o que podíamos nos 17 anos de acompanhamento”, afirma.

No filme, o agricultor João Batista desaparece após ser abduzido enquanto andava de 
carroça na zona rural de Quixadá - Foto: Área Q/ Divulgação

Filme

O cineasta cearense Halder Gomes foi o responsável por trazer as locações de “Área Q”, previsto para ser rodado no Arizona, Estados Unidos, ao município de Quixadá. “Em março de 2009, propus ao diretor Gerson Sanginitto abordar esse tema da ufologia de uma outra forma, baseado nas histórias e relatos que cresci ouvindo”, diz Gomes, que nasceu no município de Senador Pompeu, também no sertão Cearense. A terra natal dele fica a poucos quilômetros de Quixadá, cidade conhecida por formações rochosas exuberantes conhecidas como monólitos e que serviram de cenário para o filme.

Halder Gomes, produtor executivo de 'Área Q', no set de gravação do filme
Foto: Área Q/ Divulgação

Produtor executivo do filme, Halder Gomes diz que o trabalho de pesquisa levantou casos não só do agricultor Luis Fernandes Barroso, mas também do relato de luzes vistas pelos moradores dessa região do Ceará. “Criamos uma história totalmente ficcional, mas alguns personagens podem ser associados, como fizeram com o Caso Barroso, que é bastante conhecido. Os relatos da escritora quixadaense Raquel de Queiroz foram usados para definir as cores das luzes emitidas pelos óvnis”, explica.

O filme conta a história de um jornalista norte-americano escalado para investigar casos de aparições de objetos não-identificados em Quixadá, cidade que ficou conhecida internacionalmente após relatos de abduções extraterrestres, como o “Caso Barroso”. O longa que estreou na última sexta-feira (13) em 14 capitais com cenas gravadas também em Los Angeles e foi dirigido por Gerson Sanginitto. No elenco, está o ator norte-americano Isaiah Washington, além dos brasileiros Murilo Rosa, Tânia Khalil, Ricardo Conti e Karla Karenina.

Assista ao trailer do filme:

   

Fonte: Elias Bruno (G1 - O repórter viajou para Quixadá a convite da produção do filme)

Aeronave criada por alunos da UFMG vai disputar competição nos EUA

Avião é feito de madeira e alumínio e é movido por combustível.

Equipe de 11 alunos e o piloto venceram competição brasileira.


Uma aeronave a controle remoto e movida por combustível feita por alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai disputar uma competição nos Estados Unidos, entre esta sexta-feira (27) e o domingo (29). A equipe formada por 11 alunos da universidade e um piloto ganhou uma competição nacional, em outubro de 2011, e vai embarcar nesta quarta-feira (25) para Marietta, na Georgia.

O avião não tripulado é feito basicamente de madeira, alumínio e náilon e tem 3,20 metros de envergadura; 1,5 metro de comprimento e 40 centímetros de altura. De acordo com Bruno Arruda Alves, um dos integrantes da equipe, após a vitória no campeonato nacional, outro modelo de avião foi desenvolvido. “As regras nos Estados Unidos são diferentes. Fizemos outro projeto. O que vale na competição lá [EUA] é o quanto de peso que a aeronave pode carregar”, disse.

Alves explica ainda que a diferença desta aeronave para um avião de controle remoto comum é conseguir chegar ao extremo da potência e da aerodinâmica. “A competição tem um limite de potência. O avião de controle remoto comum tem muita potência, mas carrega pouco peso”, afirmou.

Os integrantes batizaram a aeronave ganhadora como “Triton”. O nome surgiu pelo fato do avião ter na cauda estabilizadores triplos que se assemelham a um tridente.

A UFMG já participou da competição nos Estados Unidos por duas outras vezes. Em 2006, a equipe da universidade voltou com a medalha de ouro e, em 2009, ficou em segundo lugar. Os vencedores recebem troféu e prêmios em dinheiro divididos em categorias. Os participantes são julgados em três quesitos: quantidade de peso que aeronave pode carregar durante um voo; relatório que explica a construção da aeronave e apresentação oral.

De acordo com Alves, a UFMG ajuda a equipe com o conhecimento, o espaço para trabalhar e uma parte financeira. “Tivemos que correr atrás de patrocínio. O custo total do projeto, com o avião e a viagem, vai ficar em torno de R$ 60 mil”, falou. Outro integrante da equipe, Rodrigo Amorim Torres, explicou que o projeto é de extrema importância para a aplicação do conhecimento adquirido ao longo do curso. “A teoria é aplicada para construir a aeronave. O projeto é praticamente igual à construção de uma aeronave tripulada”, falou o aluno, que disse ter aprendido bastante com o projeto.

Os alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Aeroespacial dizem que já estão preparando uma nova aeronave para a competição nacional, que volta a acontecer em outubro deste ano.

Fonte: Pedro Triginelli e Pedro Cunha (G1) - Foto: Reprodução

Avião da Webjet é alvo de ameaça falsa de bomba no Recife

Uma falsa ameaça de bomba forçou um avião da Webjet a voltar para o portão de embarque momentos antes de decolar do Recife na noite de segunda-feira (22) e dois passageiros foram impedidos pela Polícia Federal de continuar a viagem. 

A aeronave seguia para o aeroporto Antonio Carlos Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro, às 19h40, quando recebeu um pedido da torre de controle para abortar a decolagem e voltar ao terminal do aeroporto internacional da capital pernambucana, informou a companhia aérea em comunicado. 

"Os clientes foram desembarcados e, após procedimento de segurança executado pela Polícia Federal, dois passageiros tiveram seu embarque restringido, sendo o voo liberado em seguida", afirmou a Webjet. 

A Polícia Federal em Pernambuco confirmou o incidente, mas não deu mais detalhes da operação. 

"Houve uma ameaça de bomba a bordo que se mostrou falsa", disse à Reuters um oficial da Polícia Federal que preferiu não ser identificado. "A suspeita era de que esses dois passageiros tinham ligação com a denúncia". 

A companhia aérea informou ainda que o voo decolou às 22h35 para o Rio de Janeiro e que todos os clientes receberam assistência das equipes a bordo e no aeroporto. 

A Webjet foi comprada pela Gol em 8 de julho do ano passado por 96 milhões de reais. Juntas, as companhias possuem participação de mercado doméstico de 41,15 por cento, segundo dados de março da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 

Fonte: Carolina Marcondes e de Bruno Marfinati (Reuters) via G1

Feira mostra tecnologias que podem melhorar problemas nos aeroportos

Um equipamento exibido na feira em SP detecta a presença de moléculas de explosivos e de drogas em qualquer superfície.


Na lista de problemas na infraestrutura de transportes do Brasil, os aeroportos são lembrados logo. Todo mundo que embarcou em um avião ou foi buscar um parente chegando de viagem já passou por alguma dificuldade. Em São Paulo, foi aberta uma feira com novidades que poderiam ajudar muita a melhorar essa situação. 

As máquinas estão enxergando cada vez melhor. A bolsa passa na esteira e o que tem dentro fica nítido para o fiscal. Em uma feira de infraestrutura aeroportuária, está claro que as novas tecnologias querem tornar a vida dos passageiros mais fácil e mais segura. Eles estão cada vez mais numerosos nos aeroportos brasileiros. Em 2011, foram quase 180 milhões de pessoas, 16% mais que em 2010. 

Vigiar tanta gente sem provocar atrasos, só com ajuda da tecnologia. Uma máquina emite ondas, e não mais raio-x, e reproduz a pessoa na tela em forma de desenho, mostrando tudo o que ela tem nos bolsos ou colado ao corpo. 

Um sistema presente na feira já está facilitando a vida de passageiros em alguns países da Europa. Ele faz o reconhecimento da pessoa pela íris. O passageiro faz o cadastro uma vez só no equipamento, em geral instalado ao lado do balcão da companhia. No check-in, a empresa aérea confirma que o passageiro comprou uma passagem e vai embarcar em determinado voo. Na sala de embarque, quando for chamado para entrar no avião, ele não terá mais que mostrar passaporte ou carteira de identidade, nem o cartão de embarque. Basta olhar para a máquina, que vai reconhecer a íris, já cadastrada. Um recibo é emitido com o número do assento. 

“No caso de Viena, o tempo total do passageiro do check-in ao embarque, que era de 45 minutos, foi reduzido para 25 minutos com a implantação dessa tecnologia”, revela o diretor de vendas Elbson Quadros. 

Outro equipamento é para a polícia: ele detecta a presença de moléculas de explosivos e de drogas em qualquer superfície. 

E a bendita mala, que às vezes viaja para onde o passageiro não foi, agora pode ser acompanhada por meio de um chip. O passageiro recebe no celular a informação de onde ela está. 

“Eu acredito, principalmente com a proximidade dos grandes eventos, Olimpíadas e Copa, que muitos desses equipamentos serão utilizados. A gente espera que facilite bem a nossa vida”, diz a diretora da feira, Paula Faria.

Fonte: Jornal Nacional - Imagem: Reprodução

terça-feira, 24 de abril de 2012

Avião de pequeno porte apresenta problema e sai da pista em Guarulhos

Quatro pessoas estavam na aeronave, mas ninguém ficou ferido.

Avião teria tido problema no trem de pouso, segundo a Infraero.


A aeronave de pequeno porte Beech 58 Baron, prefixo PR-JHM, apresentou um problema durante a aterrissagem no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 13h40 desta terça-feira (24). De acordo com a Infraero, o avião teria apresentado um problema no trem de pouso e acabou deixando saindo da pista. 

Quatro pessoas estavam na aeronave, mas ninguém ficou ferido, ainda segundo a Infraero. Por volta das 15h, a pista onde aconteceu o acidente seguia interditada, mas a outra continuava operando normalmente e não atrapalhava o movimento no aeroporto. 

A Fretax, empresa de táxi aéreo proprietária da aeronave, informou que o avião vinha de Belo Horizonte. 

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/TV Globo

Sucata de mais quatro aviões da Vasp deve ir a leilão


A sucata de mais quatro aviões da Vasp irá a leilão, ainda sem data marcada, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo publicadas nesta terça-feira. Conforme a publicação, a Infraero foi contratada pelo Conselho Nacional de Justiça para agilizar o processo de falência da empresa e abrir espaço no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A empresa parou com as operações em 2005 e decretou a falência em 2008.

Os aviões estão estacionados no aeroporto há sete anos e a Infraero deixa de ganhar R$ 100 mil ao mês com a locação da área, segundo o jornal. Outras quatro aeronaves foram leiloadas em agosto de 2011 e arrecadaram R$ 291 mil. Espera-se que o novo leilão some cerca de R$ 30 mil, valor inferior ao gasto para transformar cada avião em sucata (cerca de R$ 35 mil), diz o jornal.

Fonte: Terra - Foto: Reinaldo Marques/Terra

Famílias de vítimas de acidente aéreo no Recife questionam indenizações

Reunião mensal dos parentes discutiu assunto na segunda-feira. 

Cancelamento do apoio psicológico também foi debatido. 


Parentes e amigos das vítimas do acidente com o avião da Noar Linhas Aéreas, que caiu no Recife em julho do ano passado, informaram que nove famílias ainda não receberam qualquer indenização por parte da empresa. Eles questionam a informação dada pela Noar anteriormente: a de que catorze parentes já haviam recebidos os valores. 

A Associação de Familiares, Amigos e Vítimas do Voo Noar 4896 (Afav) se reúne uma vez por mês. No último encontro, realizado na segunda-feira (23), a principal conversa foi sobre as indenizações. De acordo com o presidente da Afav, Geyson Soares, a informação deixa dúvidas porque a maioria das famílias – as nove que fazem parte da associação – não recebeu a indenização. 

“Nós temos famílias que não foram nem chamadas e não receberam nenhuma proposta da Noar. Entretanto, outras famílias foram chamadas e escutaram propostas muito aquém do que se deveria, até por uma indenização de pessoas que tinham cargos e níveis altos”, comentou. 

A assessoria de imprensa de Noar informou que a empresa pretende pagar a todas as dezesseis famílias o mais rápido possível e está disponível para realizar acordos. 

Psicológico 

As famílias das vítimas estão convivendo com mais uma preocupação: eles podem perder a ajuda do apoio psicológico. O tratamento deve ser interrompido daqui a dois meses. “É necessário que esse tratamento tenha continuidade, e que não tenha o prazo determinado, porque as dores são diferenciadas”, falou a professora Rosiane Oliveira. 

Segundo os parentes, a demora na solução do caso não é algo fácil de se lidar. “Além de você ter que conviver com a dor, você tem toda essa burocracia que dificulta inclusive você caminhar sozinha. Ele queria realmente que eu enfrentasse e resolvesse as coisas, e está sendo assim”, disse Ana Maria Beltrão, que perdeu o companheiro no voo depois de 40 anos de uma vida em comum. 

A Noar informou que, perante a lei, não tem obrigação de prestar o serviço psicológico por mais tempo. 

Acidente 

A tragédia está prestes a completar um ano, no dia 13 de julho. Às 7h, o avião bimotor modelo Let 40 deixou o Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. O comandante percebeu problemas na aeronave e tentou voltar ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, na capital pernambucana. 

Sem conseguir realizar a manobra, o avião terminou caindo, apenas quatro minutos após a decolagem, em um terreno baldio na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Pelo menos três explosões foram ouvidas. Catorze passageiros, o piloto e o copiloto morreram na hora. Os voos da companhia permanecem suspensos. 

Fonte: G1

O avião não-tripulado de reconhecimento da CIA que voava a Mach 3 — ou mais de 3.500 km/h


A fracassada missão de Gary Power na União Soviética na década de 1960 fez com que os militares norte-americanos gastassem na busca por alternativas não-tripuladas para desempenhar trabalhos de reconhecimento em território hostil. O avião não-tripulado D-21 foi a solução da Lockheed — lançado de um A-12 modificado, ele espiou a China comunista a mais de 3.500 km/h. 

A Lockheed começou a trabalhar no final de 1962 em uma aeronave não-tripulada para grandes altitudes e em alta velocidade. A princípio batizado de Q-21, o avião foi construído para voar a Mach 3,3~3,5 nas costas de um motor ramjet Marquardt RJ-43 por mais de 5500 km a uma altitude de pelo menos 26,5 km. O avião tinha 13,1 metros de comprimento, 1,8m de altura e pesava 5 toneladas com uma uma asa em delta de 5,8 metros sobre um quadro de titânio. Ele também foi desenhado para fazer apenas uma viagem. O D-21 podia carregar uma câmera de alta-resolução em um plano de voo programado e, então, ejetar a câmera, que abriria um paraquedas no meio da queda para ser recolhida em pleno ar, se auto-destruindo depois disso. Pelo menos, era assim que ele devia funcionar. 

O D-21 foi carregado e lançado das costas de um A-12 modificado (o M-21 — a “mãe”; o D-21 era designado como “filha”). A aeronave foi lançada com sucesso de sua plataforma em 1966, mas os três lançamentos de teste subsequentes tiveram resultados mistos com o teste final terminando em um A-12 batido e um Oficial de Controle de Lançamento afogado. Após o acidente fatal durante o teste, a Lockheed rapidamente redesenhou o avião para lançá-lo da parte inferior da asa de um B-52 Stratofortress (empregando um foguete de combustível puro para dar partida no motor ramjet). No geral, o D-21 viu pouca ação nos campos de combate, trabalhando em apenas quatro missões na República Popular da China como parte da Operação Senior Bowl enquanto espiava a região de testes nucleares Lop Nor. 

Justificando com os tímidos resultados e melhoras no relacionamento com a China, o então presidente dos EUA Richard Nixon cancelou o programa em 1971 em favor da nova tecnologia de espionagem por satélites. Os 38 aviões não-tripulados produzidos durante o tempo em que o programa esteve ativo estão agora espalhados por vários museus de aviação ao redor do mundo. Dois deles, inclusive, em museus chineses próximos dos locais onde caíram.

A-12

ASAS B-52

B-52

D-21

D-21-1

D-21-2

Fonte: Andrew Tarantola (gizmodo.com.br) - [Wikipedia - SR-71 - FAS - Amarc Experience - Spyflight - Museum of Flight]

90 anos da travessia de avião do Atlântico Sul

Três toques de corneta assinalaram o começo da cerimónia: um de silêncio, outro de homenagem aos mortos e outro de alvorada. Duas coroas de flores foram então depositadas na réplica em aço do Santa Cruz, perto da Torre de Belém, avião que descolou a 30 de março de 1922 com Sacadura Cabral e Gago Coutinho para a primeira travessia aérea do Atlântico sul. A cerimónia celebrou os 90 anos da viagem e também o reconhecimento, pela UNESCO, da necessidade de preservação dos diários de bordo dos dois aviadores.


Junto à réplica do avião juntaram-se vários militares, de entre os quais se destacavam o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, General piloto-aviador Luís Araújo, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Araújo Pinheiro e o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Saldanha Lopes, assim como antigos Comandantes de Estado Maior das Forças Armadas. 

Também no local para a homenagem estiveram familiares de Artur Sacadura Cabral, como o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas e a sua mãe, Helena de Sacadura Cabral, sobrinha do piloto. 

 Faltavam os cigarros 

O caminho do monumento para o Museu da Marinha fez-se rapidamente e foi no Pavilhão das Galeotas que decorreu o «evento de justificada relevância, pelo patriotismo dos seus intervenientes», disse o comandante Cirne de Castro, antigo Secretário-Geral da Academia de Marinha, que aproveitou para contar um pouco mais a história deste feito de cariz mundial.

«Foi um acontecimento excecional de duas pessoas memoráveis. Em 1922, Artur de Sacadura Cabral falou com Gago Coutinho para que tentassem atravessar o Atlântico sul de avião, usando técnicas da navegação em avião, tendo em conta a velocidade do meio de transporte e a influência do vento», começou por dizer o comandante. «Na altura ofereceram-se 20 conto para quem conseguisse o feito de atravessar de avião entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Os brasileiros desistiram da ideia e sobraram os portugueses. Por em Fernando de Noronha, no Brasil, não haver local para aterrar, escolheu-se um hidroavião... monomotor, porque os fundos da tutela não davam para mais», continuou. 

Até que 60 horas após a partida de Lisboa, no Cais do Bom Sucesso, o Santa Cruz aterrou na Baía de Guanabara. «Sacadura Cabral previra 60 horas de voo. Mas foram 60 horas e 14 minutos. Era realmente um homem genial», sentenciou Cirne de Castro. Sacadura Cabral só se queixou de uma coisa: «da falta de cigarros». 

UNESCO protege diários

Na cerimónia foi também entregue uma placa que simboliza o compromisso da UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na proteção dos diários de bordo de Sacadura Cabral e Gago Coutinho. Estes serão mantidos no registo de memória da organização de forma a perdurar o feito de ambos os pilotos. 


Fonte: Bruno Abreu (A Bola - Portugal) - Foto: Alexandre Pona/ASF

Robôs voadores criam um espaço temporário de compartilhamento de arquivo

Conversamos com o criador do projeto “Eletronic Countermesures, responsável pelos “drones piratas” 

Um dos drones do projeto em ação

É um pásssaro? Um avião? Não, é um drone: uma estrutura robótica voadora, controlada por GPS, normalmente usada em operações militares, mas que, nesse caso, serve para auxiliar no compartilhamento de músicas, fotos e todo o tipo de conteúdo. Em outras palavras, um host móvel e temporário. 

Através de uma frota desses drones o público poderia baixar arquivos tranquilamente e se comunicar com pessoas conectadas na mesma estrutura, ao mesmo tempo em que os aparelhos sobrevoam o espaço público da cidade. Se eles são detectadas pelas autoridades, automaticamente, dispersam e se reúnem em outro lugar.  

Parece absurdo? Pois saiba que o famoso site PirateBay já anunciou que está pensando em usar um sistema assim. E ele não é, exatamente, uma novidade. Liam Young, co-fundador da organização Tomorrow Toughts Today, criou o projeto chamado “Electronic Countermeasures”, inspirado pelas revoltas do Oriente Médio que fizeram com que governos derrubassem a internet em seus países. A ideia é promover uma alternativa de comunicação e compartilhamento barata e, praticamente, autônoma. 

Galileu conversou com Young sobre pirataria, tecnologia e, claro, os drones de seu projeto. 

Confira a entrevista e matéria completa CLICANDO AQUI

Fonte: Revista Galileu

Após 127 mortos em desastre aéreo, peças de avião caído viram brinquedo

Aeronave se acidentou na sexta-feira (20) em Islamabad, no Paquistão.


Peças ficaram expostas no local; autoridades prometeram investigação. 

Três dias após o desastre aéreo que deixou 127 mortos em Islamabad, no Paquistão, os destroços do Boeing 737 acidentado seguem abandonados no local aberto, com curiosos observando e até crianças brincando sobre peças de metal.

 No sábado (21), um dia após o acidente, as autoridades prometeram uma investigação completa sobre a causa da tragédia, avaliando possibilidades que vão de falhas técnicas até a idade da aeronave, que era da companhia Bhoja Air.

Crianças brincam sobre pedaço da asa do avião, acidentado em Islamabad 

Fonte: G1, com Reuters - Foto: Faisal Mahmood/Reuters

Avião da Gol faz pouso brusco e assusta passageiros em Rondônia

Passageiros que partiram do aeroporto JK, em Brasília, no voo 1910 da empresa Gol, contam que ficaram assustados com as más condições da aeronave.


Segundo o relato de um dos passageiros, o músico André Porto, 33 anos, no momento da aterrissagem em Rondônia, o piloto pousou bruscamente na pista do aeroporto internacional Jorge Teixeira (RO), o que provocou a queda de cinco placas que guardam as máscaras de oxigênio. 

“O avião deu uma pancada no solo e o pedaço de ferro com cerca de 15 a 20 kg quase acertou a cabeça da minha filha de quatro anos. Se eu não tivesse colocado a mão não sei o que poderia ter acontecido”, desabafa André.

Ainda segundo o passageiro, antes da decolagem em Brasília, o piloto já estava realizando movimentos bruscos fora de normal, na pista do aeroporto. “Quando ele desceu em Porto Velho foi em alta velocidade. Muitas pessoas começaram a chorar por causa da situação. Todo mundo ficou perplexo”, conta. 

Conforme André, todos os passageiros notaram que a aeronave estava ultrapassada. Entretanto para o passageiro, o pior de tudo foi que o comandante não pediu desculpas as dezenas de pessoas que estavam viajando. 

Esta não é a primeira vez que o passageiro enfrenta problemas com a Gol. Ano passado em Manaus, passou também por uma experiência desagradável. “O avião quase caiu na cidade”, diz. André disse que consultará um advogado para saber como vai agir contra a empresa aérea. 

De acordo com assessoria da Gol, a aeronave sofreu vibração no momento de pousar o que provocou o grande impacto no avião. 

Ainda de acordo com a empresa, a aeronave estava em condições de realizar o voo. Após o acontecido, o avião foi encaminhado para o centro de manutenção da empresa. A equipe de reportagem do Diário tentou entrar em contato com a superintendência do aeroporto do Jorge Teixeira, mas não obteve resposta. 

Fonte: Rondoniaovivo via NaHoraOnline.com

Fortaleza vai sediar competição de 'avião inusitado' que voa mais longe

Terceira edição brasileira da competição inusitada ocorre em Fortaleza.

Vence o avião criativo que voar mais longe após decolar de uma rampa.


Fortaleza vai sediar no dia 27 de maio a terceira edição brasileira da competição que elege o projeto que voar mais longe sobre um rio. O 3º Red Bull Flugtag selecionou 40 ideias de "aviões" criativos e inusitados para a competição. Os concorrentes devem criar um modelo de avião sem motor, correr sobre uma rampa de seis metros de altura e flutuar até a máxima distância que conseguirem. Vence que atingir a maior distância. 

O evento teve inscrições abertas durante 30 dias e mais de 1.000 projetos concorreram. De acordo com a organização do evento, os critérios para escolha dos projeto são criatividade e capacidade de impressionar os juízes. Entre os concorrentes estão pessoas de Belém, São Luís, Salvador, Recife, Natal, Manaus e trinta de Fortaleza. 

Entre os participantes da capital cearense, um dos projetos homenageia o humorista Chico Anysio, com um "avião" que lembra a sala de aula do Professor Raimundo, um dos personagens mais conhecidos do ator falecido neste ano. Outro projeto cearense faz referência ao jumento, animal símbolo do estado. Na competição, o jumento ganha asas e tem o apelido de "jégasus", uma mistura de jegue com pégasus, cavalo mitológico alado. 

O Flugtag foi criado em 1992 e já tem mais de 100 eventos realizados no mundo, segundo a organização. No Brasil, esta será a terceira edição. As outras duas aconteceram em São Paulo, em 2006 e 2009, no Parque do Carmo e Parque Ecológico do Tietê, respectivamente. 

Um dos projetos que vai disputar em Fortaleza faz homenagem ao humorista Chico Anysio

Fonte: André Teixeira (G1) - Imagens: Marcelo Maragni/Divulgação e Reprodução/Red Bull Flugtag

Veja vídeo sobre o acidente na Guatemala

Veja mais fotos do acidente na Guatemala





Fotos: Reprodução

Avião cai em zoológico de Guatemala e mata 3 pessoas

A queda de um pequeno avião no último sábado (21), o Piper PA-23-250 Aztec, prefixo TG-VCH, em um zoológico da Cidade da Guatemala deixou três pessoas mortas e uma com queimaduras graves, informaram fontes do Bombeiros. 

"As vítimas mortais foram o piloto, o copiloto e um passageiro da aeronave. Enquanto isso, um empregado do zoológico sofreu queimaduras graves, mas se encontra estável", disse à agência Efe um porta-voz dos Bombeiros Municipal. 

Segundo a Direção Geral de Aeronáutica Civil, a aeronave, um pequeno avião bimotor privado, tinha acabado de decolar do aeroporto internacional "La Aurora", quando avançou sobre o zoológico, por razões desconhecidas. 



Embora o avião tenha caído na área de jogos do zoológico, não causou danos às centenas de visitantes que no momento do acidente se encontravam no local, em sua maioria crianças. 

Somente um empregado da instituição, de 18 anos, sofreu queimaduras e ferimentos ao ser atingido por uma das asas em chamas do avião. Já os três passageiros morreram carbonizados após o incêndio da aeronave ao tocar a terra. 

 As equipes de socorro trabalharam rapidamente para sufocar o incêndio e resgatar os mortos, enquanto as autoridades iniciaram as investigações para determinar o motivo do acidente.

Fonte: Folha Online - Fotos: Reprodução 

História: Ilhas Malvinas: Brasil apoiou tráfico de armas para Argentina

As nuvens prenunciavam chuva forte em Brasília na noite da sexta-feira 9 de abril de 1982. O chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro assistia ao "Jornal Nacional", quando recebeu um telefonema do brigadeiro Saulo de Mattos Macedo, chefe do Comando Aéreo Regional: um avião cubano invadira o espaço aéreo brasileiro. 


No mundo da Guerra Fria, Brasil e Cuba não mantinham relações diplomáticas. Por esse motivo, pela manhã, o Itamaraty negara permissão a um voo da Cubana de Aviación rumo a Buenos Aires. Às 20h40m, o chanceler telefonou para o presidente da República, general João Figueiredo. Minutos depois, dois caças decolaram da base de Anápolis — com alguma dificuldade porque a iluminação da pista fora afetada por raios — em direção ao ponto indicado pelos radares, 300 quilômetros a oeste de Brasília. 

Seguiu-se um tenso balé noturno a oito mil metros de altitude. Durou tensos 82 minutos. Só acabou quando os pilotos brasileiros anunciaram a decisão de atirar. 

O jato russo Ilyushin II 62-M, matrícula CUT-1225, aterrissou em Brasília às 22h12m. Impressionou agentes da Aeronáutica por um detalhe: tinha capacidade para decolar com 165 toneladas de peso e 180 passageiros, mas na cabine estavam apenas três pessoas — o diplomata cubano Emilio Aragonés Navarro, mulher e neto. Só puderam seguir viagem depois de seis horas de negociações entre os governos do Brasil e da Argentina. Nada se sabe sobre a carga. 

Navarro chegou a Buenos Aires por volta das 7h de sábado, 10 de abril, com uma mensagem do líder cubano Fidel Castro para o presidente argentino, general Leopoldo Galtieri: oferta de armas e tecnologia de informações, sob patrocínio da União Soviética, para o conflito com o Reino Unido. 

Começava uma operação de suprimento clandestino de armas para a Argentina, montada pela URSS, negociada por Cuba, e com participação do Brasil, Peru, Líbia e Angola. 

Foi um episódio singular na lógica da Guerra Fria. Os russos mobilizaram Fidel para socorrer uma ditadura militar ferozmente anticomunista, que confrontava o principal aliado dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — o sistema de defesa criado para conter uma eventual invasão soviética na Europa. 

Uma semana antes, na madrugada de 2 de abril, os militares argentinos haviam desafiado o Reino Unido invadindo o arquipélago Malvinas, a 500 quilômetros da costa. Pressupondo o apoio dos EUA, Galtieri contara ao embaixador norte-americano, Harry Schlaudemann, sua pretensão de ficar no poder por mais cinco anos, no mínimo. Só não calculara a reação determinada da primeira-ministra Margareth Tatcher — "o homem forte do Reino Unido" aos olhos do presidente Ronald Reagan. 

Tatcher recebera em Londres o secretário de Estado dos EUA, Alexander Haig, na noite anterior à interceptação do avião cubano em Brasília. "A menos que impeçamos os argentinos de ter êxito, todos somos vulneráveis", ela comentou, conforme registros oficiais. Haig confortou-a: "Estou seguro de que a senhora sabe que não somos imparciais". 

Ela despachara uma frota para as Malvinas, a 13 mil quilômetros de distância. Na conversa, agradeceu o suporte norte-americano, a partir da base da Ilha de Ascensão. Instaladas a 2,7 mil quilômetros da costa brasileira, na altura de Pernambuco, as antenas ali plantadas são os "ouvidos eletrônicos" de Washington no Atlântico Sul. 

Antes de se despedir de Haig, Tatcher o conduziu a uma sala da residência oficial. E "deliberadamente" mostrou-lhe retratos de heróis britânicos das guerras napoleônicas, o almirante Horatio Nelson e o general Duque de Wellington — descreveu Haig, impressionado, em telegrama enviado à Casa Branca durante o voo de Londres para Buenos Aires. 

Haig fez uma escala em Recife para reabastecer seu avião. Encontrou-se com o então governador de Pernambuco, Marco Maciel, a quem contou que aconselharia aos argentinos negociar, pois seriam vencidos por Tatcher com a ajuda dos EUA. 

No dia seguinte reuniu-se com Galtieri. Ouviu do general, que já conversara com o emissário de Fidel, menção às "ofertas de ajuda militar de países não-ocidentais". 

A União Soviética redicionara parte dos seus satélites Cosmos para vigilância no Atlântico Sul, onde também mantinha 25 barcos "pesqueiros". A CIA considerava "inusual" esse nível de cobertura soviética na região, mas arriscou um palpite em telegrama a Haig na manhã daquele 9 de abril: "A atividade militar soviética provavelmente ficará restrita aos dados de localização (da frota britânica)". 

A Argentina enfrentava um bloqueio financeiro, comercial e militar europeu. Não tinha dinheiro, apenas US$ 400 milhões em reservas. Também não tinha as armas necessárias. Pagara à França por 14 caças Super Étendard e recebera apenas cinco, com cinco modernos mísseis Exocet. Sem informação de satélites, não poderia localizar navios inimigos — submarinos, nem pensar. 

Os britânicos, ao contrário, já recebiam do Pentágono os códigos militares argentinos, imagens diárias e detalhadas das bases e do movimento em Port Stanley (agora Puerto Argentino, capital das Malvinas). Mandaram dois submarinos nucleares para a região, inspirando medo no chefe da Armada, almirante Jorge Anaya, o mais radical da Junta Militar. Desde 1978, Anaya carregava um manuscrito com seu próprio plano para invasão das Malvinas. Na hora da batalha, recolheu a frota aos portos do sul. E não a deixou navegar até o fim da guerra. 

Quando Haig voltou a Londres, um Boeing 707 da Aerolíneas Argentinas aterrissou no Rio. Vinha de Tel Aviv, Israel, com destino à base de El Palomar, na periferia de Buenos Aires. Foi conduzido para reabastecimento ao lado de aeronaves civis no aeroporto do Galeão, apesar do porão estar lotado com uma carga de bombas e minas terrestres. 

"Gradualmente" — registrou o Conselho de Segurança Nacional em memorando ao presidente Figueiredo—-, a Argentina estreitava "seus contatos com o Brasil, em graus diversos de formalidade". E requeria "cooperação em termos mais concretos". 

Brasília começou a receber lista de pedidos: créditos e facilidades para operações triangulares de comércio com a Europa; aviões para entrega imediata; bombas incendiárias e munição para fuzis; sistemas de radar e querosene de aviação, entre outras coisas. 

O Itamaraty recomendava "tratamento favorável" a quase tudo, enquanto a tensão aumentava no ritmo da marcha da frota britânica pelo Atlântico Sul. 

Fonte: O Globo