quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Número de asteroides perto da Terra é menor do que previsto, diz Nasa

Novo 'censo' foi divulgado pela agência espacial norte-americana.

Cientistas conhecem 93% dos objetos maiores que 1.000 metros.

A Nasa anunciou nesta quinta-feira (29) que a população de asteroides próximos à Terra é menor que o previsto. A agência espacial norte-americana convocou uma coletiva para comentar o novo "censo", obtidas graças às observações do telescópio espacial Wise. Os dados do projeto serão divulgados na revista científica "Astrophysical Journal".

Os astrônomos afirmam que a comunidade científica internacional já conhece 93% dos asteroides com comprimento acima de 1.000 metros. São 911 objetos descobertos contra um total 981 estimados. Nenhum deles pode cair na Terra nos próximos séculos, segundo os especialistas. Saber quem esses "gigantes" são e onde eles estão reduz as chances de um impacto com a Terra que não possa ser previsto pelos astrônomos.

Mapa da Nasa mostra a população estimada
de asteroides atual e a previsão antiga
Durante o censo, a equipe do Wise considerou os astros que orbitam o Sol a uma distância de 195 milhões de quilômetros. Isso os torna próximos à Terra, que gira ao redor da estrela a aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Já os asteroides médios (entre 100 m e 1.000 m) também são menos frequentes do que se pensava. A Nasa afirma que existam apenas 19 mil deles perto da Terra, contra os 35 mil imaginados antes dos dados do Wise serem divulgados.

Mas ainda existem 15 mil a serem descobertos e caso um deles caia no lugar errado na Terra, existe a possibilidade de destruição de uma área metropolitana inteira.

"Menos não significa nenhum", afirma Amy Mainzer, a principal investigadora do Neowise, o projeto que fez o censo dos asteroides mais completo até hoje. "É como se fosse um censo de verdade, nós pegamos um pequeno grupo de pessoas e tiramos conclusões sobre todo um país."

A Nasa comemorou ter atingido uma meta definida no Congresso dos EUA em 1998, que obrigava a agência a descobrir onde estavam 90% dos asteroides maiores que frequentam a vizinhança terrestre.

O telescópio Wise já vasculhou duas vezes todos os céus ao redor de todos os pontos da Terra - entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2011. Foram vistoriados 585 asteroides próximos ao planeta durante o projeto. Entre Marte e Júpiter, o equipamento da Nasa observou 100 mil objetos - essa região do Sistema Solar possui um "cinturão" de asteroides.

Fonte: G1 - Mapa: NASA

Nasa confirma oficialmente que satélite caiu no Oceano Pacífico

Local da reentrada na atmosfera fica perto da Samoa Americana.

Uars foi lançado em 1991 e caiu na Terra no sábado (24).


A Nasa divulgou oficialmente nesta terça-feira (27) o ponto em que o satélite Uars caiu na Terra no último sábado. Os novos dados confirmam o anúncio inicial de que o lixo espacial tinha caído no Oceano Pacífico. Local da reentrada fica na latitude 14,1º sul e na longitude 170,2º oeste, perto da Samoa Americana.

Ainda segundo a Nasa, os destroços caíram entre 480 km e 1280 km a nordeste desse ponto. Até o momento, a agência espacial norte-americana não tem notícias de que destroços tenham sido vistos na região.

“Não era uma reentrada fácil de prever por causa das forças naturais agindo sobre o satélite à medida que sua órbita decaía”, afirmou Nick Johnson, cientista-chefe da Nasa para escombros orbitais.

O satélite tinha 3 m de largura e 10 m de comprimento, tamanho parecido ao de um ônibus. Na reentrada na atmosfera, a maior parte do material se desintegrou. No entanto, 26 peças, com um peso total de cerca de 550 kg podem ter resistido e caído na Terra.

O Uars (satélite de pesquisas da atmosfera superior, na sigla em inglês) foi lançado em 1991 para estudar a composição química da atmosfera. Os dados obtidos ajudaram a determinar a quantidade de luz que nosso planeta recebe do Sol. O satélite parou de funcionar em 2005.

Fonte e arte: G1

China lança nave experimental visando futura estação espacial

'Tiangong 1' foi levada ao espaço nesta quinta-feira (29).

País não faz parte das nações que operam a Estação Espacial Internacional.


A China lançou nesta quinta-feira (29) a nave experimental Tiangong 1 com o objetivo de avançar no projeto de construir uma estação espacial nacional.

O voo aconteceu às 10h16 (horário de Brasília), a partir de um centro de lançamentos em Jiuquan, cidade na província de Gansu, no centro-norte do país.

Conhecida também como "Palácio Celestial", a nave foi ao espaço com o foguete Long March 2FT1, sob olhares atentos do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao.

Falhas durante o lançamento de um satélite experimental no mês passado deixaram os cientistas da agência espacial chinesa apreensivos antes da decolagem.

No ano passado, a China lançou a segunda nave nacional para orbitar a Lua. O país foi o terceiro na história a conseguir colocar um astronauta para "caminhar" no espaço, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia.

O país compete com as duas potências espaciais e pretende colocar em 2012 um veículo para vasculhar a superfície da Lua. Já a estação espacial deverá pesar 60 toneladas quando pronta e deve começar a funcionar em 2020. Será um pouco menor que a Estação Internacional Espacial, que é coordenada por 16 países e exclui a China.

Assista aos vídeos:



Fonte: G1 (com informações das agências de notícias Reuters e France Presse)

Observatório espacial alemão de 2,5 toneladas ameaça cair sobre a Terra

É menor que o satélite da Nasa que caiu no Oceano Pacífico. Mas tem partes blindadas com mais chance de resistir à entrada na atmosfera.


Lá vem mais lixo espacial
Depois do suspense causado pela reentrada na atmosfera do Satélite de Pesquisas da Alta Atmosfera (UARS, na sigla em inglês), que caiu no último sábado no Oceano Pacífico , as atenções se voltam agora para outro satélite atmosférico, desta vez alemão. Chamado ROSAT, ele deve atingir a superfície do planeta daqui a cerca de um mês.


Apesar de ser menor do que o UARS, pesando duas toneladas em vez seis, há mais peças no ROSAT (ilustração acima) que podem sobreviver à queda, pois os espelhos do equipamento tinham que ser protegidos do calor para poder operar. Sendo assim, especialistas calculam que as chances de alguma pessoa ser atingida são de cerca de uma em 2 mil. O risco calculado na queda do UARS era de uma para cada 3,2 mil.

O ROSAT é um satélite de raios-x lançado de Cabo Canaveral em junho de 1990. Ele foi desativado em 12 de fevereiro de 1999. O equipamento era controlado pela agência espacial alemã, a German Space Operations Center (GSOC), em Oberpfaffenhofen, Alemanha.

Fontes: O Globo / Bom Dia Brasil (TV Globo) - Imagem: Divulgação

Mãe lembra de parto dentro de avião da FAB durante buscas do voo 1907

Criança que nasceu dentro de avião da FAB completa 5 anos em outubro.

Base aérea do Cachimbo recebia corpos de 154 mortos em acidente aéreo.


Fábio de Souza Oliveira (foto acima) vai completar cinco anos no dia 07 de outubro e como toda criança aproveita o dia para se divertir. A realidade de Fábio não seria diferente de qualquer outra pessoa da faixa etária se não fosse o diferencial que ele nasceu em um momento em que o país inteiro vivia o clima de luto provocado, na época, pela maior tragédia da aviação civil brasileira: a queda de um Boeing em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso. No acidente entre um jato Legacy e um avião do voo 1907 da Gol, 154 pessoas morreram.

O ambiente onde o garoto veio à luz em 2006 foi o interior de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que viajava entre a base aérea da Serra do Cachimbo e a capital de Mato Grosso, Cuiabá. Era na área militar para onde eram encaminhados os corpos das vítimas do acidente ocorrido em 29 de setembro do mesmo ano e o ponto de apoio a quem trabalhava no resgate.

Devido à pouca idade, Fábio não imagina qual relação há entre o episódio e sua história de vida. No entanto, o caso ganhou notoriedade quando passou a representar a celebração da vida em meio ao cenário de morte. O nome dele, Fábio, foi uma homenagem da mãe à FAB.

Parto no ar

Francisca ao lado de Fábio e John no Pará
Fábio e a mãe, Francisca Daiane dos Santos, moram em Castelo dos Sonhos, distrito localizado distante cerca de 120 quilômetros da Serra do Cachimbo. A jovem, hoje com 23 anos, lembra que o parto um tanto quanto inusitado não era esperado para aquela localidade. Contudo, as dores provocadas pela contração fizeram a mulher ser encaminhada até a base onde os militares estavam.

"Eu estava indo para Peixoto de Azevedo mas não deu para chegar lá. O ônibus me levou até a base e fomos para Cuiabá. Sentia muita dor e tinha medo de morrer pois não tinha médico", declarou. Era por volta das 23h do dia 06 de outubro quando Francisca Daiane entrou em trabalho de parto. Na época, a recomendação médica era para que ela tivesse o segundo filho por meio de cezariana.

Francisca viajava na companhia da mãe, de Castelo dos Sonhos até Peixoto de Azevedo, a 692 quilômetros de Cuiabá, onde ela seria atendida. O percurso seria de 270 quilômetros, mas Fábio veio ao mundo antes que se pudesse chegar ao destino final.

"Na base, me socorreram e disseram para não me apavorar, pois íamos chegar logo em Cuiabá e que teria um médico esperando". Ela embarcou em um avião da FAB mas não houve tempo para chegar à capital e a criança nasceu dentro da aeronave. "Foi um alívio ver o Fábio nascer e uma alegria", contou a mãe. O socorro na base aérea foi pedido porque as dores da mulher levaram o motorista do ônibus a buscar auxílio na unidade militar.

Atualmente, é em um pequeno imóvel em Castelo dos Sonhos onde a mãe mora com os dois filhos. Ao relembrar do nascimento de Fábio, Francisca comemora. "Foi uma vitória da vida. Uma alegria pelo nascimento do Fábio, mas uma tristeza por quem já tinha morrido", pontuou.

O sonho

Francisca Daiane, que estudou até a segunda série e sabe ler e escrever, conta que já sofreu para arrumar emprego e garantir a criação dos dois filhos. Ela diz ter um sonho em comum para os meninos. "Quero que meus dois filhos estudem e se formem. Sejam médico e professor e não igual a mim", salientou.

A bicicleta e o videogame são companheiros fieis do menino. O irmão John Kennedy, de 8 anos, também é presença certa na hora de procurar a diversão ideal. De falar pouco e tímido, o garoto é breve ao apontar aquilo que gosta de fazer. "Eu gosto de banana e de andar de bicicleta", disse, em entrevista ao G1.

Contato

O parto de Fábio foi feito pelo médico Ricardo Aleixo, 28 anos na época, e que na ocasião integrava o quadro de militares da Força Aérea escalados para trabalhar no resgate aos corpos do acidente com o avião da Gol. O menino nasceu om 4,7 quilos.

O último encontro entre todos que estavam no avião ocorreu após a mãe ganhar alta do hospital em Cuiabá, antes de ser levada novamente para a base aérea e seguir viagem para a residência em Castelo dos Sonhos, no Pará.

Fonte e fotos: Leandro J. Nascimento (G1)

Por erro de copiloto, avião com 117 a bordo voa quase de cabeça para baixo

Segundo conselho de segurança japonês, aeronave chegou a girar 131,7°.

Duas aeromoças ficaram feridas; força centrífuga teria diminuído impacto.


O avião Boeing 737-781, prefixo JA16AN, da companhia aérea All Nippon Airways (ANA), com 117 pessoas a bordo (112 passageiros e cinco tripulantes), chegou a voar quase de cabeça para baixo por um breve período após o erro de um copiloto no início deste mês, no dia 06 de setembro, informou nesta quarta-feira (28) o Conselho de Segurança em Transportes do Japão em coletiva divulgada pela agência Kyodo News.

O chefe do conselho de segurança, Nohirito Goto, afirmou que os dados recolhidos do Boeing 737-700 mostram que a aeronave fez uma curva à esquerda e para baixo após um copiloto acionar um comando errado.

A linha das asas da aeronave chegou a girar 131,7° em sentido anti-horário em relação ao horizonte, deixando o avião "quase com a barriga para cima", segundo o conselho.

"A força centrífuga (devido à curva que o avião estava fazendo) pode ter ajudado a diminuir o impacto nos passageiros", disse Goto.

Em outra coletiva realizada no mesmo dia, o vice-presidente executivo da ANA pediu desculpas aos passageiros pelo ocorrido. O incidente teria sido causado quando o copiloto, na intenção de abrir a porta da cabine para o comandante que voltava do descanso, confundiu um botão próximo ao leme com o botão que destrava a porta, também localizado no painel.

O voo NH-140, que ia de Naha (Okinawa) ao Aeroporto Internacional Haneda (Tóquio), conseguiu aterrissar no aeroporto de Tóquio em segurança, apesar de ter despencado 1.900 metros em apenas 30 segundos, quando se encontrava a uma altitude de 12.500 metros.

Duas comissárias de bordo ficaram levemente machucadas, e quatro passageiros reclamaram de problemas de saúde.


Fontes: Site Desastres Aéreos / G1 / The Inquisitr / Aviation Herald - Foto ilustrativa

"Estamos com o cenário de uma nova tragédia pronto", diz ex-controlador de voo da FAB

Além do sofrimento causado às famílias das 154 vítimas, a tragédia do voo 1097 da Gol, ocorrida há cinco anos, revelou ao país as falhas no sistema de controle do tráfego aéreo brasileiro, até então desconhecidas pela população, e deflagrou uma crise no setor. Entre os problemas, radares em condições precárias, buracos negros no espaço aéreo e controladores sobrecarregados.

Na avaliação de Edleuzo Cavalcante, que serviu a Força Aérea Brasileira (FAB) como controlador de voo por 23 anos, a situação não mudou desde setembro de 2006. “Estamos com o cenário de uma nova tragédia pronto. Não será surpresa para nenhum de nós [do setor] se acontecer outro acidente daqueles”, diz o ex-militar, hoje presidente da Associação Brasileira dos Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA).

O ex-militar trabalhava no Cindacta 1, em Brasília, e foi expulso da Aeronáutica em abril deste ano por indisciplina. Em junho de 2007, ele e mais 13 controladores do Cindacta 1 foram retirados do controle de tráfego após se envolverem em operações-padrão e manifestações para denunciar as condições de trabalho dos controladores.

Colega de trabalho de Cavalcante, o controlador Lucivando Tibúrcio de Alencar foi condenado, em abril deste ano, a três anos e quatro meses no regime semiaberto --pena revertida em prestação de serviços comunitários-- por não ter seguido os procedimentos recomendados diante das dificuldades de comunicação com o Legacy.

Já o controlador Jomarcelo Fernandes dos Santos, condenado na Justiça Militar, foi inocentado por ser considerado inapto para o exercício da função. Ele estava havia nove meses no Cindacta 1 e ignorou as indicações em sua tela de controle de que o Legacy estava com o transponder (sistema anticolisão) desligado e voava na contramão.

Além dos controladores, foram condenados os pilotos do jato Legacy, os norte-americanos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto, pena também revertida em prestação de serviços comunitários.

Jomarcelo foi colocado para cumprir serviços burocráticos em Brasília. Já Lucivando trabalha na torre de controle de Fortaleza. “O Jomarcelo é muito tímido. Depois do acidente, sofreu muito por dentro, não gosta de falar sobre o assunto. Já o Lucivando era apaixonado pelo tráfego aéreo, é um excelente profissional. E hoje é apontado pela morte de 154 pessoas.”

Cinco anos depois, novas denúncias

Em depoimento à Justiça, o sargento Wellington Rodrigues afirmou que o Jomarcelo foi homologado como controlador praticamente à força, após ser reprovado várias vezes nos exames. O sargento disse ainda que a imposição em colocá-lo como função era fruto do número reduzido de controladores.

Cinco anos depois, a situação se repete. A reportagem do UOL Notícias teve acesso a um documento de circulação interna no Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica), emitido em 12 de julho deste ano. Nele, o sargento Eurípedes Barsanulfo Marques, controlador e instrutor do Cindacta 1, denuncia que novamente militares sem qualificação estão sendo colocados no controle do tráfego.

“Como controlador e instrutor deste centro pude observar a péssima qualidade do processo de instrução e principalmente a concessão de habilitação técnica de controlador a pessoas sem o mínimo de conhecimento e capacidade para exercitar esta atividade tão complexa”, diz o sargento no documento.

Em seguida, ele cita o caso de dois militares que “foram considerados inaptos por todos os instrutores do curso ATM-016/2010” e que foram habilitados como controladores após passarem por um “processo de instrução onde se busca unicamente conceder habilitação de forma rápida, sem que o mínimo desempenho seja atingido materialmente”.

Marques encerra o relatório relembrando o caso do Jomarcelo: “essa situação é muito grave e também parecida a outra vivenciada no âmbito deste centro em 2006, cujo resultado todos nós conhecemos”, finaliza, relembrando a tragédia com o voo da Gol.

Controladores cada vez mais novos

Edleuzo Cavalcante diz que os exemplos citados no documento não são casos isolados. “Em 2003, no Cindcta 1, a proporção de controladores com mais de cinco anos de experiência era de 76%. Em 2007, caiu para 67%. Hoje, são 53%”, afirma.

Na avaliação do ex-controlador, o quadro se explica pela pressão para efetivar os controladores e pela falta de atrativos para os militares continuarem na função. Segundo ele, o salário inicial de um controlador é de R$ 2.500 e, em muitos casos, militares com mais de 20 anos na função ganham menos do que R$ 4.500.

“Depois de um tempo, ninguém quer continuar como controlador. Não há atrativos. É um trabalho estressante por natureza. É muito comum os controladores sofrerem com insônia, gastrite, taquicardia. Então é preciso suprir a demanda dos que saem de alguma maneira. Como não há controlador desempregado, já que a Aeronáutica tem o monopólio do setor, eles são obrigados a colocar controladores sem qualificação”, diz.

Controlador denuncia

Relatório interno encaminhado ao Cenipa em 12 de julho deste ano
(Clique na imagem para ampliá-la)
Segundo dados da associação, o tempo médio de trabalho para cada controlador era de 120 a 140 horas mensais em 2007. Hoje, subiu para 165 horas. O número de profissionais nos quatro Cindactas (Brasília, Recife, Manaus e Curitiba) subiu de 2.900 em 2006 para os 3.100 atuais –do total, 26% são trabalhadores civis.

O aumento (6,9%) é bem inferior ao aumento no volume do tráfego aéreo no Brasil nos últimos cinco anos (cerca de 50%).

Para Cavalcante, até a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 seria necessário criar cerca de 2.000 controladores com experiência para desafogar o controle do tráfego no Brasil. “Precisávamos dessa quantidade para hoje, já que eles precisam de três anos de experiência, pelo menos”, afirma.

Desmilitarização

Após o acidente de 2006, o governo e o Congresso debateram a necessidade de desmilitarizar o controle do tráfego aéreo, uma das principais reivindicações das entidades do setor. O Brasil é um dos poucos países do mundo que mantêm o controle do tráfego nas mãos dos militares, ao lado de Eritréia, Togo e Gabão.

Após o acidente entre o Boeing da Gol e o Legacy, a Argentina decidiu desmilitarizar o setor. “É um serviço público essencial. Tem que haver transparência. Controle de tráfego aéreo é diferente de controle do espaço aéreo, e não tem nada a ver com segurança nacional. Mas no Brasil ninguém mexe nisso. Eles acham que é mexer em um formigueiro”, afirma Cavalcante.

A assessoria da FAB foi contatada pelo UOL Notícias, mas, até o fechamento da reportagem, disse que não poderia responder às afirmações do ex-controlador.

Fonte: Guilherme Balza (UOL Notícias)

"A dor sempre volta", diz parente de comandante do voo 1907 da Gol

Um “moço cheio de vida”, 44 anos, "muito firme, amoroso e dedicado" e que assumiu a responsabilidade sobre a mãe depois que ela ficou viúva. E que tinha projetos para trabalhar no exterior - ele que havia dado aulas em um curso de pilotagem justamente para o presidente da Gol, o empresário Constantino Junior, e que deixou um filho de nove anos “louco por aviação”.

A descrição é a do comandante do voo 1907 da Gol, Décio Chaves Junior (foto à direita), uma das vítimas do acidente aéreo que matou as 154 pessoas a bordo há exatos cinco anos, feita pela tia dele, a dona de casa Leni Chaves Mendonça, de Uberlândia (MG).

Chaves Junior morava em Brasília com a mulher e o filho e era considerado um piloto experiente em suas mais de 40 mil horas de voo.

Leni conta que o sentimento da família não mudou sobre o caso, mesmo passados já cinco anos. “A dor sempre volta. Toda vez que alguém toca no assunto, doi muito - é uma vida que foi podada, né?”

Se os familiares acreditam em uma decisão judicial capaz de amenizar o sofrimento de cada um? A dona de casa é crítica e pouco otimista quanto a essa possibilidade.

“Acredito que houve muito descaso, muita falta de autoridade do Brasil de prender esses pilotos. Eles foram embora e ainda foram recebidos como heróis? Puxa, isso revolta. Como heróis matam 154 pessoas?”, indaga, referindo-se aos pilotos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, do jato Legacy que atingiu o Boeing do voo comandado pelo sobrinho.

“E acho mesmo que não vai acontecer nada com eles, não - se no auge daquela tristeza não aconteceu, não tenho muita esperança de que depois de tantos anos vai ter uma reversão. Mas Deus sabe o que faz, acredito nessa Justiça”, finaliza.

A reportagem do UOL Notícias conversou com a viúva do comandante do voo 1907, que ainda mora em Brasília com o filho, mas ela alegou que, por tratamento médico, preferia não comentar o assunto.

Fonte: Janaina Garcia (UOL Notícias)

Comandante das buscas do voo 1907 ainda se emociona ao lembrar da tragédia: "pensei nos meus filhos"

A entrevista transcorre sobre as buscas, as dificuldades em meio a uma área de mata fechada dominada por insetos e com precaríssimas condições de higiene e sobre as adversidades para as quais o militar é treinado – mesmo que essas adversidades impliquem em uma operação de resgate em que, de início, se tem a certeza de que há 154 mortos a serem localizados.

De repente, mesmo com o todo o preparo e os 30 anos de corporação, a palavra trava e a voz, após um silêncio, sai embargada, entrecortada pelo choro. Cinco anos depois, é essa a reação do tenente-coronel Josoé dos Santos Lubas, 45, da Força Aérea Brasileira, ao se lembrar de uma cena que dificilmente vai ser esquecida.

“Encontrei uma criança entre as vítimas. Na hora lembrei dos meus filhos, recém-nascidos, também novinhos. Até hoje eu tenho a imagem dessa criança –é algo extremamente ruim, é um sentimento enorme de perda; a gente compartilha um pouco a dor que a família está sentindo”.


Hoje comandante do Para-Sar, o esquadrão de salvamento e resgate da FAB, o militar foi também o comandante das operações de resgate na mata e hoje é pai de quatro filhos, dois deles os gêmeos que também completam cinco anos.

Apesar das comparações com a vida pessoal que tirariam o norte das equipes, a motivação dos oficiais não esmoreceu em momento algum, garante o tenente-coronel em entrevista ao UOL Notícias. Como isso era feito, em meio a tantos elementos adversos?

“Como o avião foi despedaçado no ar e os corpos das pessoas foram lançados, não tínhamos noção de onde encontrar todo mundo. Isso nos preocupava. Mas informávamos sempre as equipes da comoção nacional que havia e o quanto seria importante para as famílias receber seus entes queridos: esse era o foco”, relembra.

O tenente-coronel relata que os oficiais acordavam às 4h, para tomar café às 4h30 e a partida era às 5h no helicóptero rumo à clareira aberta para ajudar nas buscas pelos corpos e destroços do avião. Muitos, se recorda, trabalhavam sob o forte calor e em meio a insetos e apenas à base de água. “O lugar era totalmente inóspito, com condições de higiene que não possibilitavam nem uma alimentação segura”, diz.

A sensação de dever cumprido viria apenas na segunda quinzena de novembro, quando o IML (Instituto Médico Legal) de Brasília confirmou que, entre os corpos e restos mortais resgatados, estava, sim, o de Marcelo Paixão –até então, a 154ª vítima que faltava. “Até ali era um vazio, faltava um, não era missão cumprida. Depois desse telefonema, foi um alívio geral”.

A reportagem quis saber do comandante se a revolta que é sentimento hoje de várias famílias que não viram respostas incisivas da Justiça influenciam as lembranças da tragédia. “Acredito que passamos por várias ‘justiças’, tanto a do homem quanto a de cada um. Mas a justiça maior, a do nosso Pai, que sabe exatamente quem errou, e onde, essa é a mais importante. Dessa ninguém escapa –e eu sei que tudo o que aconteceu, e da forma como aconteceu, não foi por acaso”.

Fonte: Janaina Garcia (UOL Notícias) - Foto: Divulgação/FAB

Cinco anos depois, lágrimas e revolta mantêm viva tragédia do voo 1907 da Gol

“Não é nem por briga que a gente não desiste, não, mas por amor e saudade. Levaram aquelas 154 pessoas do nosso convívio e nos querem tirar também a dignidade. Não existe ainda o fechamento dessa história; não é só no dia 29 [de setembro] que a gente quer ser lembrado. Espero mesmo que um dia isso seja respeitado”.

Cinco anos depois, ainda é com lágrimas e uma nada imperceptível revolta na voz que a empresária de Curitiba Rosane Amorim Gutiah, 53, se refere ao acidente que matou as 154 pessoas a bordo do Boeing 737-800 que fazia o voo 1907, da Gol Linhas Aéreas. Entre as vítimas estava o marido da empresária, Rolf Ferdinando Gutjahr, então com 51 anos.


Familiares de passageiros choram enquanto aguardam informações
sobre o voo 1907 da Gol, em Brasília. Foto: Denio Simões/Reuters
Assim como Rosane, outros personagens envolvidos na tragédia que chocou o país e estampou as capas de jornais em todo o mundo ainda acompanham abismados a falta de respostas –da Justiça e das autoridades brasileiras e norte-americanas– proporcionais a um acidente que, na ocasião, se apresentava como o pior na história da aviação nacional. Além da grande comoção pelas histórias de vida das 154 pessoas, o episódio também maculou definitivamente, com reflexos vistos ainda hoje, a aparentemente inviolável segurança do espaço aéreo do país.

O Boeing havia decolado de Manaus (AM) com destino ao Rio, com escala em Brasília, mas foi atingido pelo Legacy da empresa de táxi aéreo americana ExcelAire, fabricado pela Embraer, pilotado pelos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino.

A FAB (Força Aérea Brasileira) e a Polícia Federal apontaram nas investigações do acidente que Paladino e Lepore agiram com "negligência" ao voarem durante cerca de 50 minutos com o transponder (equipamento anticolisão) desligado. Mesmo assim –e a despeito de outros relatórios técnicos que apontaram uma sequência de outras imperícias dos dois pilotos–, o máximo obtido por amigos e familiares das vítimas que buscaram algum tipo de conforto nas condenações judiciais foram penas revertidas em serviços comunitários.

Cronologia do caso

29.set.2006 - O Legacy se choca com Boeing da Gol a a 37 mil pés de altitude, na região norte de Mato Grosso, próximo ao município de Peixoto de Azevedo; o Boeing cai e o Legacy consegue pousar cerca de 20 minutos depois

01.jun.2007 - Processos contra os pilotos norte-americanos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore e cinco controladores de voo são instaurados na Justiça Federal de Sinop (MT)

10.dez.2008 - relatório final do Cenipa apontou que uma série de fatores causaram o acidente, tais como o pouco conhecimento dos pilotos sobre a aeronave, ausência de planejamento de voo, falta de comunicação entre pilotos e o controle do espaço aéreo e falhas técnicas cometidas por controladores

08.dez.2008 - Juiz Federal Murilo Mendes absolveu, em primeira instância, os dois pilotos das acusações de negligência e mantêm as de imperícia; três controladores são absolvidos, e o controlador Lucivando Tibúrcio de Alencar é condenado

Fev.2009 - MPF recorre da decisão e pede que sejam mantidas as acusações contra os pilotos e controladores. A Procuradoria solicitou também que o processo fosse julgado no TRF, alegando que a Justiça de Sinop não tinha condições de julgar o processo

11.jan. 2010 - TRF suspende absolvição aos pilotos do Legacy e manteve a mesma decisão da Justiça de Sinop sobre os controladores. Processo volta à primeira instância

30.mar.2011 - Joshep Lepore e Jan Paul Paladino são interrogados pela Justiça brasileira via videoconferência

16.mai.2011 - Pilotos são condenados a mais de quatro anos de prisão em regime semiaberto; a pena foi substituída por serviços comunitários

19.mai.2011 - Justiça condena controlador Lucivando à pena de três anos e quatro meses de reclusão, substituída pela prestação de serviços comunitários e proibição do exercício da profissão

18.jul.2011 - MPF recorre da decisão, alegando que as penas não deveriam ser cumpridas com serviços comunitários

Providências à Justiça, cobranças ao governo

No próximo dia 5 de outubro, membros da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, organização criada em 18 de novembro de 2006, se reúnem com representantes do Ministério das Relações Exteriores, no Palácio do Itamaraty. O objetivo é solicitar ao governo brasileiro que sejam cobradas providências por erro grave dos dois pilotos à agência que regula a aviação civil nos EUA.

O grupo ainda tenta marcar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para entregar a ela um abaixo-assinado em que já constam aproximadamente 160 mil assinaturas com o pleito apresentado ao ministério.

Na Justiça, mês passado a associação interpôs um recurso de apelação ao juízo de segundo grau, no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, solicitando a reconsideração da decisão de primeira instância. O caso ainda não foi julgado no tribunal.

“Cinco anos após e ainda estamos começando a segunda instância dos processos criminais. O Código Penal até prevê a substituição da pena, mas não em um caso em que houve 154 mortos –isso é absolutamente desproporcional”, afirma o advogado da associação, Dante Daquino.

Para o advogado, a culpa pela tragédia, diferentemente do atestado pela Justiça a partir de posicionamento do MPF (Ministério Público Federal), não pode se estender também aos controladores de tráfego aéreo que não teriam passado as instruções corretas aos pilotos norte-americanos.

“Não entendemos que eles foram culpados: consultamos experts da área e verificamos que, pela caixa de voz, nos diálogos dos dois pilotos, a responsabilidade foi deles. Fazendo uma analogia, é como se em um acidente de trânsito com mortes, com o causador acima da velocidade permitida, na via errada e com a luz apagada, o responsável fosse o guarda de trânsito”, disse.

"Ali morreram passado, presente, planos, sonhos"

À frente nas decisões da associação, da qual é uma das diretoras –ela representa os familiares da região Sul do Brasil–, a empresária Rosane não esconde a revolta com a decisão da Justiça Federal do MT. O sentimento, diz ela, é de desolação.

“Com todas as provas técnicas de que os pilotos erraram, com caixas de voz que revelam que eles levantaram voo com o TCAS [do inglês, Traffic Collision Avoidance System, ou "Sistema Anticolisão de Tráfego"] desligado, com a falsa afirmação deles de que estavam habilitados a voar em uma distância de 1.000 pés para outra aeronave –o que o próprio Cenipa atestou depois que era mentira... Eles vieram, mataram 154 pessoas e agora querem tirar de nós também a dignidade?”, questiona. “Imagine que muitos morreram com a queda da aeronave no solo, após quase dois minutos em queda; o corpo de uma mulher estava agarrado ao filho de oito meses, alguns mal tiveram o que enterrar...”, relata.

No caso da empresária, o marido voltava de Manaus, onde a família tem negócios na área de eletrônicos na Zona Franca. Ela conta que ele estava habituado a fazer o percurso a cada 15 dias, mas mudou a frequência para uma vez por semana depois que o casal adotou uma criança –à época do acidente, com quatro anos.

“Morreram junto um passado, presente, futuro, planos, sonhos, e não só meus como de uma porção de gente. Morreram muitas coisas ali. Até há pouco tempo minha filha deixava os chinelos do pai na porta porque ela tinha esperança de que ele voltaria. E como ele disse que vinha vê-la, nesses anos todos ela achou que fosse a culpada”.

A empresária admite que o processo judicial é moroso, mas diz ter esperanças de que o governo brasileiro cobre o norte-americano com ênfase. “Qualquer um que veja as transcrições dos diálogos dos pilotos [do Legacy] entende com muito mais propriedade toda a nossa revolta. Por isso capitulamos que esse caso seja julgado como homicídio com dolo eventual [em que o autor, mesmo que sem intenção de matar, assume os riscos da prática do ato]”, pondera a empresária. “A gente espera que no TRF os juízes sejam imparciais, olhem e analisem as provas e julguem como juristas, como seres humanos, que não permitam que esse crime fique dessa forma”.


E é a prevenção a novas tragédias, diz a representante das famílias, o que norteia o abaixo-assinado que a associação espera entregar a Dilma –a qual, ainda candidata à presidência, disse no debate promovido pelo UOL e pela Folha de S.Paulo, taxativa: o choque entre as aeronaves fora por “falha humana”. “Que a presidente nos ajude a dar um fechamento nisso. Não vai nos ajudar a trazer de volta as pessoas que se foram, mas impede que se deixe um precedente aberto”.

O abaixo-assinado e todo o material compilado pela associação a respeito das investigações, nos últimos cinco anos, está no site da organização. No Facebook, o movimento busca adesões na causa "190 milhões de vítimas – voo 1907".

O que aconteceu no dia 29 de setembro de 2006



Por Janaina Garcia (UOL Notícias)

FBI prende homem por planejar atacar Pentágono e Capitólio com avião de controle remoto

O aeromodelo apreendido - F-86 Sabre
Um homem foi preso nesta quarta-feira, em Massachusetts, acusado de preparar um atentado contra o Pentágono e o Capitólio usando aviões de controle remoto equipados com armas e explosivos.

A prisão de Rezwan Ferdaus, de 26 anos, foi realizada por agentes do FBI (a polícia federal americana) na cidade de Framingham. Eles se disfarçaram para entregar o material comprado pelo jovem: granadas, seis metralhadoras e explosivos C-4, além dos aeromodelos.
Rezwan Ferdaus
Nascido nos Estados Unidos, Ferdaus disse ao FBI que a intenção era causar um impacto psicológico nos americanos, "inimigos de Alá", ao atingir o Pentágono, que segundo ele é "a cabeça e o coração da cobra".

O FBI garante que os explosivos foram controlados durante a investigação e que não houve risco de que Ferdaus levasse o plano adiante.


Fonte: O Globo - Fontos: AP / Reprodução

Vídeo: viva a emoção de estar no simulador de vôo do novíssimo Boeing 787

Mais econômico, mais leve, utilizando novos materiais e repleto de todo tipo de inovações tecnológicas, foi entregue no domingo, 6, o primeiro dos Boeing 787 “Dreamliner” para uso comercial à empresa All Nippon Airlines do Japão.

Esse birreator de última geração Boeing concebido em 2005 já é o maior sucesso da aviação comercial em todos os tempos, com mais de 700 encomendas em carteira e centenas de pré-contratos assinados.

Veja agora a pequena caixa mágica, o simulador de vôo do 787, e o espetacular que é estar dentro dela: o avião manobrando, a pista correndo sob o trem de pouso, a decolagem, os edifícios do aeroporto, a paisagem, a cidade à direita — tudo fictício, mas real a ponto de ser um indispensável meio de treinamento para pilotos:


Fonte: Coluna do Ricardo Seti (Veja.com)

Vídeos: a impressionante diferença de ruído entre os Boeing-707 e os novíssimos 787

Amigos do blog, vejam que interessante é este vídeo que compara o enorme ruído ao decolar do Boeing 707 – maravilha das maravilhas quando lançado, nos anos 50 – com o supersilencioso e novíssimo 787 Dreamliner, cuja estreia comercial se deu hoje com voos feitos pela All Nippon Airways (ANA), do Japão, primeira a receber o aparelho. (Dica preciosa do leitor fiel José Carlos Bolognese).

O novíssimo Boeing 787-8 Dreamliner (Foto: Michael Carter/Airliners.Net)
O 787 é considerada a aeronave de seu porte e categoria mais silenciosa já fabricada – capaz de carregar até 290 passageiros, seu ruído é 60% menor do que aparelhos comparáveis de fabricação recente, da própria Boeing ou da Airbus.

A construtora garante que “a aproximação do 787 é tão silenciosa que se pode ouvir pássaros cantando e os cliques de câmeras fotográficas até que o avião toque o começo da pista”. Trata-se do resultado de uma nova geração de motores das fornecedoras da Boeing, a General Electric americana e a Rolls-Royce britânica — cujas pás giratórias têm diferentes formatos e capacidade -, do emprego de novos e mais leves materiais na fuselagem e nas asas e de um desenho novo e mais aerodinâmico para as asas.

A Boeing realizou incontáveis testes em sua pista especial situada num local remoto e silencioso da pequena Glasgow, no estado de Montana, coberta de microfones ultrassensíveis, capazes de registrar alterações de décimos de decibéis, até chegar à fórmula atual. Além do mais, o novo aparelho economiza combustível.

Os 707, que continuam em operação – é o caso dos velhos “Sucatão”, que ainda realizam operações na Força Aérea Brasileira (FAB) –, foram há anos proibidos de aterrissar na maioria dos aeroportos dos países mais adiantados devido a seus níveis de ruído e poluição.

Agora, veja o vídeo. Em seguida, o vídeo mostrando testes na pista de Montana e a aproximação de fato surpreendentemente pouco barulhenta do bichão. É tudo em inglês, mas as imagens são autoexplicativas:



Fonte: Coluna do Ricardo Seti (Veja.com)

Novas tecnologias transformam Boeing 787 em 'avião dos sonhos'

Principal inovação foi o uso de materiais compostos, o que permitiu a fabricação de uma aeronave mais leve, mais resistente e mais econômica

O Boeing 787 batizado Dreamliner aterrissa pela primeira vez fora dos Estados Unidos,
em Farnborough, perto de Londres (Ben Stansall/AFP)
O Boeing 787, que chegou ao mercado oficialmente nesta segunda-feira, é o tipo de lançamento que só se vê a cada 50 anos. A aeronave representa a primeira mudança drástica desde o Boeing 747, lançado na década de 1960. É mais leve, polui menos, é mais econômico, consegue voar mais longe e faz menos barulho. Nada modesta, a empresa decidiu batizá-lo de Dreamliner, ou avião dos sonhos, um trocadilho com a palavra airliner (termo em inglês para aviões comerciais).

A nova aeronave da Boeing consegue avançar em várias áreas graças ao material utilizado na construção (veja gráfico abaixo), aos motores de última geração e a uma série de novos recursos eletrônicos. De acordo com Fernando Catalano, chefe do departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), a utilização de materiais compostos, como a fibra de carbono, para a construção da fuselagem do avião, causou um efeito em cascata.

"Como o avião é 20% mais leve e tão resistente quanto os da geração anterior, construídos basicamente com alumínio, ele consegue carregar mais peso e economizar combustível, além de permitir mudanças na aerodinâmica", explica em entrevista ao site de VEJA. Por causa dos materiais compostos, os engenheiros conseguiram fazer com que a ponta da asa do 787 fosse curvada para cima. "Em velocidade de cruzeiro, esse formato deixa a nave mais rápida e economiza combustível", afirma Catalano.

Outra inovação que aumenta a economia da aeronave é a quantidade de novos componentes eletrônicos. "Eles permitem que sejam usados menos sistemas hidráulicos e pneumáticos e faz com que o próprio avião possa produzir energia durante o voo", explica o engenheiro. "Além disso, os circuitos eletrônicos ajudam a reduzir a emissão de poluentes."

A Boeing também apresentou motores mais silenciosos e mais econômicos no 787. Catalano explica que as turbinas do novo avião são dotadas de algo chamado caixa de redução, um dispositivo que reduz a velocidade das hélices. "Como elas são muito grandes, as lâminas da turbina podem superar a velocidade do som", disse o professor. As caixas de redução ajudam a diminuir essa velocidade, reduzindo o consumo de combustível e o barulho da turbina.



Uso militar

Apesar de serem novidade no setor comercial, as novas tecnologias já vêm sendo usadas pelos militares há algum tempo, segundo Catalano. "Como a aviação civil requer cuidados extras, todas as novidades precisam ser provadas e comprovadas ao longo de anos." Agora que a Boeing abriu o caminho, outras empresas e governos terão uma base de dados para certificar, comprar e fabricar os novos componentes.

O especialista acredita que outros gigantes do setor irão seguir o mesmo caminho da Boeing. A europeia Airbus já utiliza uma mistura de alumínio e fibra de vidro para a fabricação de um material mais leve na construção do 'superjumbo' A380, o maior do mundo, capaz de levar até 853 passageiros. A Bombardier também estuda projetos que utilizam materiais compostos para a construção de aviões. Fabricante de aviões de menor porte, a japonesa Kawasaki já anunciou que vai lançar uma aeronave que também utiliza materiais mais leves. A ideia é competir com a brasileira Embraer, que possui laboratórios de materiais compostos em São José dos Campos, no interior de São Paulo e em Portugal.
 
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Saiba mais

Materiais compostos

Feitos principalmente de plástico reforçado com fibra de carbono, os materiais compostos são mais leves que o alumínio, mas tão resistentes quanto ele. Permitem mais liberdade no desenho das aeronaves, deixando-as mais leves, econômicas e seguras.

Opinião do especialista

"Como o avião é 20% mais leve e tão resistente quanto à geração anterior, construída basicamente com alumínio, ele consegue carregar mais peso, economizar combustível e permite mudanças na aerodinâmica." - Fernando Catalano (Chefe do departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP))

Fonte: Marco Túlio Pires (Veja.com)

Indonésia busca sobreviventes após queda de avião com 18 a bordo

Um avião pequeno com 18 pessoas a bordo caiu na região montanhosa de Sumatra, na Indonésia, nesta quinta-feira, e equipes locais iniciaram buscas por sobreviventes, informou uma porta-voz do Ministério dos Transportes.

O avião Cassa 212, da companhia local Nusantara Buana Air, levava 18 passageiros e tripulantes, disse Bambang Ervan. Dois bebês e duas crianças estavam no avião, acrescentou o porta-voz.

A equipe de resgate foi enviada para chegar na área remota de Bahorok, na regência Langkat do Norte, para procurar qualquer sobrevivente do avião, que voava da cidade de Medan para Kutacane, na província de Aceh.

Quando estava por volta da metade do voo de 30 minutos, o avião saiu do radar e um sinal de emergência foi detectado por outro avião, explicou Ervan. "As asas continuam presas ao corpo da aeronave, mas ainda não sabemos a condição das pessoas a bordo," acrescentou.

O arquipélago indonésio depende fortemente do transporte por céu e mar, mas a fraca infraestrutura provoca acidentes de transporte frequentes. Foi o quarto acidente aéreo no país este mês.

Fonte: Karima Anjani (Reuters) via Terra

Avião com 18 pessoas a bordo cai na Indonésia

Antes da queda piloto emitiu um sinal de emergência.


Um avião com 18 pessoas a bordo caiu hoje (29) em uma região montanhosa no oeste da Indonésia, segundo informações do governo.

Equipes de resgate estão se dirigindo para a cidade de Bahorok, no norte da ilha de Sumatra, local onde a aeronave estava quando perdeu contato com o controle de tráfego aéreo.

Pouco antes, o piloto do CASA/Nurtanio NC-212 Aviocar 200, prefixo PK-TLF, operado pela Nusantara Buana Air, havia emitido um sinal de emergência.

Segundo o chefe de aviação do Ministério do Transporte, Herry Bakti, o avião com 15 passageiros e três tripulantes voava entre as províncias de Sumatra do Norte e Aceh. A Indonésia teve outros acidentes aéreos recentemente.

A aeronave havia decolado da cidade de Medan, norte de Sumatra, às 7H18 locais (21H18 de Brasília) e deveria pousar menos de uma hora depois na província vizinha de Aceh.

"O avião caiu entre 7H28 e 8H05 perto da montanha de Bohorok, ao noroeste de Medan", afirmou Herry Bakti.

Em maio, 27 pessoas morreram quando um avião de passageiros caiu no mar a leste da província de Papua Ocidental. Já em fevereiro, cinco tripulantes morreram depois que outro CASA C-212 caiu durante um voo teste.

Fontes: BBC Brasil via iG / AFP / ASN

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nazismo na Amazônia

Que nos anos 30, do século passado, mais exatamente na segunda metade daquela década, às vésperas da 2ª Grande Guerra, a Amazônia foi visitada, percorrida e pesquisada por uma expedição alemã não constitui uma revelação inédita, bombástica.

Embora restrita, praticamente desconhecida pelo país, revelação mesmo é a existência de um longa-metragem, contando os feitos, nada venturosos, dessa expedição.

Um hidroavião, “Água Marítima”, se despedaçou no meio de toras de madeira em pleno rio Jari; um barco imenso conduzindo câmeras, armas potentes, material de cartografia, provisões, alimentos, afundou durante as enchentes de inverno; e, finalmente, um dos líderes dessa odisséia, Joseph Greiner, terminou, fulminado por uma malária, tendo os pés enterrados à frente da cachoeira de Santo Antônio, em verdade uma das mais belas cataratas de toda a Amazônia brasileira.


Entre os anos 1935/1937 essa expedição permaneceu no rio Jari, na foz do Amazonas, portanto num dos pontos mais estratégicos, senão o mais, de acesso à região amazônica.

A expedição, como de resto outros feitos da Alemanha nazista, ambiciosa, ciente de que dominaria o mundo, levada pelo sentimento e certeza de raça superior, terminou afogada em delírios de poder.

Seus principais líderes foram: Gerd Kahle, chefiando o grupo; Joseph Greiner, responsável pela ordem interna da expedição; Otto Schulz-Kampfhenkel, aviador, amigo de Hermann Göring, ministro da Aeronáutica de Hitler.

Hermann Göring, em verdade, foi quem patrocinou toda a expedição, que de científica é difícil se provar. Havia também Gerhard Krause, mecânico de avião e operador de som.

Não menos curioso é que o pai da antropologia brasileira, Curt Nimuendaju, alemão que vivia em Belém trabalhando para o SPI (Serviço de Proteção aos Índios), atual FUNAI, e considerado o pai da Antropologia brasileira – Darcy Ribeiro dizia ser ele o seu criador – foi convidado a participar. Recusou. Odiava tudo o que cheirava a nazismo.

Um outro capítulo não menos interessante, senão patético, dessa incursão, é que a potência mais poderosa do mundo, que rasgou tratados internacionais invadindo a Checoslováquia, Áustria, Polônia, França e Rússia, entre outros, recorria aos aborígenes mais primitivos, dos que sobraram na América do Sul, para conduzir a expedição.

Estamos falando dos índios Aparaí, habitantes da bacia do Jari, que vemos nas imagens do filme, ciceroneando a expedição, conduzindo alegremente as bandeiras nazistas, índios esses que àquela época eram absolutamente ignorados pelo estado brasileiro.

Se judeus, ciganos, negros e mestiços eram vistos como raça inferior, o que dizer desses selvagens, em plena idade da pedra, ágrafos, separados do chamado processo civilizatório há 10 mil anos, mergulhados num mundo sobrenatural, que não questionavam, não viviam a dúvida?

A expedição era robusta e nada modesta. Além dos Aparaí, foram contratados 30 mateiros, caboclos conhecedores da selva, desbravadores de rios, e que circulavam com naturalidade num meio hostil, dominado por cobras, malária, arraias, mosquitos e animais altamente predadores.

Vivíamos uma verdadeira lua de mel com a ideologia nazista. Getúlio Vargas, e de resto uma parcela importante de nossas forças armadas, não escondiam a simpatia pela Alemanha de Hitler.

O país, através de Getúlio Vargas, ora adulava a Alemanha, ora os Estados Unidos. E assim caminhávamos, no fio da navalha, às vésperas da 2ª Guerra Mundial.

Tanto isso é verdade que a expedição, ao impactar os líderes e a população da Amazônia, tal era a tecnologia exibida, foi festivamente recebida e certamente ajudada pelo Governador do Pará, José Carneiro da Gama Malcher, e pelo General Manuel de Cerqueira Daltro Filho.

A Alemanha de Hitler – tudo sinalizava – era a bola da vez para dominar o mundo.

Não custa informar que a ideologia alemã tinha simpatizantes nas nossas forças armadas – Eurico Dutra, ministro da Guerra e futuro Presidente da República, Góis Monteiro, também ministro da Guerra, Filinto Müller, de triste memória.

Havia também intelectuais e religiosos ilustres, robustos, como se diria hoje, simpatizantes do 3º Reich: Dom Helder Câmera, San Tiago Dantas, Augusto Frederico Schmidt, Adonias Filho, Câmara Cascudo, José Lins do Rego, Miguel Reale e tantos outros.

Tudo, ou quase tudo, nessa incursão namora o bizarro. Senão vejamos: apesar de toda a busca pela pureza racial, Otto Schulz-Kampfhenkel, membro do Partido Nazista, terminou vivendo uma paixão tórrida, pela bela Macarrani, filha do cacique Aparaí, disso resultando um cruzamento da “superior” raça alemã com uma selvagem. A carne é fraca.

Nascia, nos idos de 1937/38, a caboclinha batizada Cessé, de olhos estonteantemente azuis, e que passou a ser chamada, pelos seus contemporâneos, de “alemoa”. Ah... Se Hitler ganha a guerra!...

E vai agora mais uma curiosidade: 30 anos após a permanência da turma de Hitler, no mesmo local, no mesmo rio Jari e na mesma foz do Amazonas, o Governo militar, saído do golpe de 1964, cede essa região ao milionário norte-americano Daniel Keith Ludwig.

É criado, portanto, o polêmico e famoso Projeto Jari. Ludwig foi levado à presença de Castelo Branco, nos idos de 1967, pelas mãos de Roberto Campos, e seu projeto produziu uma imensa polêmica nacional envolvendo forças armadas, intelectuais, comunistas e nacionalistas.

Dizia-se que o Brasil estava entregando a Amazônia ao capital estrangeiro. O nacionalismo sempre foi paranóico, heróico e ridículo.

Diante de todo esse histórico, podemos até dizer, ampliando no possível as teorias conspiratórias, que ali, nas margens do vale do Jari, foz do Amazonas, tem coisa.


Edilson Martins, é jornalista, documentarista e escritor. Trabalha há 40 anos na região amazônica, principalmente com temas sociais, ambientais e indígenas. Recentemente dirigiu a Série “AmazôniAdentro”, exibida na TVBrasil.

Fonte: Blog do Noblat

TAM irá comercializar avião de US$ 4,1 milhões a partir de 2013

TAM Aviação Executiva será a representante no Brasil da Cessna Aircraft

O Citation M2
A companhia Cessna Aircraft apresentou nesta terça-feira, nos Estados Unidos, o modelo Citation M2. O avião, que tem capacidade para dois pilotos e até seis passageiros, custará US$ 4,195 milhões e será comercializado a partir do segundo semestre de 2013, pois ainda necessita da certificação da Federal Aviation Administration (FAA). No Brasil, a empresa é representada pela TAM Aviação Executiva.



"Pesquisas com operadores e proprietários indicaram que há mercado para um Citation com o tamanho, velocidade e alcance projetados para o M2. Acreditamos que o novo avião atrairá tanto novos clientes da família Citation como proprietários de Mustang desejosos por um upgrade e operadores do CJ1+ e de turboélices", afirmou em nota o diretor Comercial da TAM Aviação Executiva, Leonardo Fiuza.

Equipado com duas turbinas, o modelo atinge uma velocidade máxima de cruzeiro 741 km/h, tendo um alcance de 2.408 km e poderá pousar em pistas de 789 m. Para os passageiros, o Citation M2 oferece um espaço de 3,3 m de comprimento, 1,47 m de largura e 1,45 m de altura, com quatro janelas de cada lado.

Fonte: Terra via Jornal do Brasil - Imagem: Divulgação

FAB começa a operar com novo avião para patrulha e defesa marítima

P-3 será usado para vigiar e abater submarinos e embarcações invasores.

Avião, com alcance de 9 mil km, opera após o dia 30 na proteção do pré-sal.

Novo avião P-3 será usado para patrulha e
defesa do litoral do país
A Força Aérea Brasileira (FAB) começa a operar na próxima sexta-feira (30) com uma nova aeronave para patrulha e defesa marítima. O avião P-3AM é a versão militar do comercial Lockheed Electra II, que ficou conhecido no Brasil como o avião utilizado na ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo de 1975 até 1991.

Comprado da Marinha dos Estados Unidos, a aeronave é especializada em patrulhamento marítimo e guerra antissubmarina, capaz de abater qualquer submarino ou embarcação que invadir as águas territoriais brasileiras.

O P-3, como é conhecido comercialmente, tem capacidade de voo de até 16 horas e alcance de até 9 quilômetros de distância, partindo de Recife e podendo chegar à África, diz a FAB. A aeronave carrega cerca de 9 toneladas de armamento, entre bombas, torpedos, foguetes e minas antinavio, operando em todo o litoral brasileiro com o objetivo de vigiar a fronteira e proteger as riquezas brasileiras, como o pré-sal.

P-3 tem alcance de 9 mil quilômetros e irá atuar na proteção do pré-sal
Outra função do avião será atuar em missões de busca e salvamento de aeronaves que caírem em alto mar, como foi o caso do AF 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 2009, além de identificar embarcações pesqueiras irregulares, submarinos invasores e também navios petroleiros que estejam despejando petróleo no mar brasileiro.

Desde a década de 80 que o Brasil não possuía uma aeronave com tal poder de patrulha no litoral. Até então, era usado para isso um modelo militar do Bandeirantes, com menor capacidade de voo e alcance de detecção. O P-3 poderá lançar sensores sobre a água e detectar até mesmo submarinos que estejam em alta profundidade.

A aeronave passa a operar a partir de sexta-feira, quando será apresentada oficialmente em um evento na base aérea de Salvador com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim. Entre os países que já empregam o P-3 na área militar estão Estados Unidos, Chile, Canadá, Japão, China, Austrália e Espanha, dentre outros.

Fonte: Tahiane Stochero (G1) - Fotos: Airbus Military/FAB/Divulgação

Líbia poderá investigar novos possíveis suspeitos por Lockerbie


O ministro da Justiça interino da Líbia, Mohammed al-Alagi, disse na quarta-feira que está pronto para trabalhar com as autoridades escocesas para investigar o possível envolvimento de outras pessoas no ataque de Lockerbie, além do único líbio condenado pelo ataque.

A declaração dele numa entrevista coletiva representou uma mudança de posição com relação a segunda-feira, quando disse que, no que dizia respeito à Líbia, estava fechado o caso do avião com destino aos EUA que caiu sobre o vilarejo escocês de Lockerbie, matando 270 pessoas.

Promotores escoceses haviam pedido que o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia lhes desse acesso a documentos ou testemunhas que pudessem implicar mais suspeitos no ataque, possivelmente incluindo o líder deposto Muammar Gaddafi.

Questionado na quarta sobre sua resposta à essa solicitação, ele disse por meio de um intérprete: 'Gostaria de confirmar que aceitamos quaisquer fatos que possam surgir a esse respeito, se houver qualquer suspeita sobre outra pessoa'.

E acrescentou: 'Vamos cooperar com quem quer que seja que tenha outros fatos, de acordo com os tratados internacionais.'

Fonte: William Maclean (Reuters) via G1

Combatentes tribais derrubam avião militar no Iêmen

Piloto foi capturado na região montanhosa de Naham.

Na capital, manifestantes foram às ruas protestar contra volta do presidente.


Dezenas de milhares de pessoas protestaram em Sanaa, no Iêmen, nesta quarta-feira (28), contra o retorno do presidente Ali Abdullah Saleh da Arábia Saudita, enquanto homens tribais da oposição derrubaram a tiros um avião de guerra Sukhoi Su-22 da Força Aérea do Iêmen fora da capital, em Beit Azar, próximo a Arhab, cerca de 40 quilômetros ap norte de Sanaa, e capturaram o piloto.

Carregando bandeiras e fazendo sinais de paz, os manifestantes pediam a saída de Saleh e marchavam a partir da 'Praça da Mudança' gritando 'Morte, morte'.

'A questão é, se não podemos viver uma vida decente e digna, preferimos morrer', afirmou Khaled al-Mandi.

Os manifestantes disseram estar cansados da crescente pobreza, corrupção e falta de lei em um país onde duas em cada três pessoas sobrevivem com menos de US$ 2 por dia.

O retorno de Saleh enfureceu muitos cidadãos que acreditavam terem visto o líder pela última vez quando uma tentativa de assassinato em junho o forçou a voar para a vizinha Arábia Saudita em busca de tratamento médico. Mas ele retornou a Sanaa na sexta-feira 'carregando a pomba da paz e o galho de oliveira'.

Antes do retorno dele, manifestantes tentando expandir o acampamento precário em Sanaa foram pegos em uma batalha entre forças de Saleh e soldados leais a um general dissidente. Ao menos 100 pessoas, principalmente manifestantes, foram mortas.

Embora a violência tenha diminuído desde o retorno de Saleh, as tensões ainda estão elevadas e muitos temem que a calmaria eventualmente dará lugar a um confronto ainda mais sangrento, senão uma guerra civil.

Na terça-feira, organizadores dos protestos tentaram aumentar o número de manifestantes planejando rotas menos arriscadas pela capital, depois que a violência acabou afastando algumas pessoas das ruas.

A Arábia Saudita e os Estados Unidos apoiaram Saleh no passado para conter um braço ativo da rede terrorista da al-Qaeda que se enraizou no Iêmen, mas a crescente falta de leis gera temores de uma guerra civil que pode sacudir uma das nações que mais produzem petróleo no mundo.

Fora de Sanaa, homens tribais derrubaram um avião de guerra a tiros e capturaram o piloto na região montanhosa de Naham, onde a força aérea estava bombardeando tribais armados da oposição, disse uma fonte tribal.

Uma autoridade militar disse que o avião, um jato de combate Sukhoi feito na Rússia, foi derrubado quando realizava uma missão de rotina.

A fonte tribal informou que os homens atacaram o jato com armas anti-aéreas e prenderam o piloto, que havia sobrevivido. Mais cedo nesta semana, um general e três homens tribais foram mortos em um confronto na base militar em Naham.

Fonte: Reuters via G1 - Arte: AFP

Jato comercial 'mais avançado do mundo' pousa no Japão

Primeiro 787 Dreamliner foi entregue à All Nippon Airways.


Fabricante diz tratar-se do modelo mais avançado de todos os tempos.


O avião 787 Dreamliner, da americana Boeing, pousou na manhã desta quarta-feira (28) no aeroporto de Tóquio, em um evento acompanhado pelos meios de comunicação, empresários e por fãs da aeronáutica. Foi a primeira entrega desse modelo de avião.

A aeronave foi pintada com as cores da companhia All Nippon Airways (ANA), a primeira a receber o modelo, com mais de três anos de atraso.

A Boeing afirma que seu novo avião, que pode transportar entrr 210 e 250 passageiros, consome 20% a menos que os aparelhos do mesmo tamanho no mercado, um critério fundamental para companhias cada vez mais confrontadas com a alta nos preços dos combustíveis (veja outras características do avião no site da Boeing, em inglês).

A produção do 787 foi marcada por vários problemas técnicos, que custaram bilhões de dólares a Boeing e provocaram muitos cancelamentos.

A ANA, que fez um pedido de 55 aparelhos, esperava receber seu primeiro avião antes dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

O primeiro Boeing 787 Dreamliner aterissa no aeroporto de Tóquio
O diretor-geral da ANA, Shinichiro Ito, reafirmou nesta quarta-feira que o Boeing 787 terá um "papel-chave" na frota do grupo e em sua expansão internacional.

A primeira rota internacional do 787 será entre Tóquio e Hong Kong, seguida por Tóquio-Pequim, no final do ano, e por Tóquio-Frankfurt, no início de 2012.

A aeronave de longo alcance custa US$ 200 milhões e tem um elegante design. A Boeing vendeu mais de 800 Dreamliners, que competirão com o futuro Airbus A350, que ficará pronto provavelmente em meados desta década.

A Boeing espera elevar a produção do 787 para 10 unidades por mês até o final de 2013, enquanto acelera a produção do 737, que passou por uma atualização, e se prepara para montagem do cargueiro 767 para a força aérea dos Estados Unidos.


Fontes: G1, com informações de agências / Jornal Globo News - Foto: AFP