domingo, 25 de julho de 2010

Militares realizam a Operação Atlântico Dois em Angra dos Reis

Militares do Exército, Marinha e Aeronáutica realizaram neste domingo a Operação Atlântico Dois, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense.

Trata-se de um exercício de proteção às Usinas Nucleares e centrais de apoio à exploração de Petróleo e Gás no litoral da Costa Verde.

A investida é a maior já realizada no Brasil e conta com ações sociais. Hoje, médicos e dentistas estiveram atendendo de graça à população nos bairros do Frade e Parque Mambucaba. As atividades terminaram às 16 h.

Fonte: Dicler de Mello e Souza (O Globo) - Foto: FAB

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Clique aqui e veja fotos da Operação Atlântico II.

EUA e Coreia do Sul iniciam exercícios militares; Coreia do Norte protesta

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul deram início a grandes exercícios militares neste domingo como parte da política de dissuasão direcionada à Coreia do Norte, após acusarem o recluso Estado comunista de afundar uma embarcação militar sul-coreana em março.

A Coreia do Norte alertou que as manobras deixam a península à beira de uma guerra.

Navios norte-americanos, incluindo o porta-aviões nuclear USS George Washington, iniciaram os exercícios a partir de portos sul-coreanos para os quais se dirigiram na semana passada, em uma demonstração de força.

A Coreia do Norte elevou a tensão a novos patamares depois que uma equipe de investigadores liderada pelos militares do Sul acusou os vizinhos de disparar um torpedo que afundou a corveta Cheonan em março, matando 46 pessoas.

Os EUA anunciaram novas sanções contra o Norte na semana passada , congelando ativos dos líderes de Pyongyang supostamente obtidos com atividades ilegais e cortando seu fluxo de dinheiro.

A China protestou contra as manobras militares. Pequim criticou a introdução de equipamentos militares em larga escala no Mar Amarelo.

No sábado, a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte prometeu lançar uma "guerra sagrada" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul a "qualquer momento que se faça necessário" em resposta às manobras.

Fonte: Reuters via O Globo - Fotos: Agências Internacionais

Indenização por extravio de bagagem vai chegar a até R$ 27 mil

O novo texto do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) prevê ressarcimento de até R$ 27 mil para cada passageiro em caso de extravio, perda ou dano da bagagem. O valor é bem superior ao estipulado hoje - 150 Obrigações do Tesouro Nacional (OTNs), índice extinto em 1989, mas que, atualizado pela inflação, não chega a R$ 2 mil.

Além de não cobrir os prejuízos causados, a atual redação do CBA, de 1986, dá margem a dupla interpretação. O artigo seguinte ao que estabelece o valor do ressarcimento abre a possibilidade de outro enquadramento, que limita a reparação a 3 OTNs (R$ 39) por quilo de bagagem extraviada, perdida ou furtada.

"No item bagagem, a mudança do código foi nos marcos legais europeus. É pesado para a companhia aérea e benéfico para o passageiro", assinala o depurado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), relator do projeto de lei que atualiza o CBA. No mês passado, a comissão especial criada pela Câmara para analisar a reformulação da lei aprovou o texto substitutivo. Segundo Rocha Loures, o projeto deve ser levado para votação em plenário na segunda quinzena de outubro ou no início de novembro. Se aprovado, terá ainda de passar pelo Senado.

Outra novidade no texto em tramitação na Câmara é a obrigação do pagamento de uma indenização antecipada ao passageiro que tiver as bagagens extraviadas, perdidas ou danificadas. O valor deverá ser correspondente a 20% da indenização máxima, ou seja, R$ 5.400. A companhia aérea terá de providenciar a entrega do dinheiro em até 12 horas e o pagamento tem de ser feito na moeda do país em que o passageiro se encontrar.

Revisão. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também pretende reformular a regulamentação que define as regras para o transporte de bagagens. O ponto mais falho da legislação atual, como reconhecem autoridades do setor aéreo, é o que dá prazo de 30 dias para que a bagagem permaneça na condição de extraviada, quando só então a empresa deve oferecer uma indenização ao passageiro.

De acordo com a Convenção de Montreal, redigida pela Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) em 1999, uma bagagem deve ser considerada perdida após 21 dias. Embora o Brasil seja um dos signatários do acordo assinado na ocasião, a maior parte das normas que regem o contrato de prestação de serviço entre companhias e passageiros, incluindo as relativas às bagagens, ainda tem base na Convenção de Varsóvia, de 1929.

A Anac prefere não fixar prazo para concluir a revisão do capítulo da Portaria 676 dedicado às bagagens. Antes de aprová-la, a agência deve colocar o texto em consulta pública no seu site na internet, ocasião em que qualquer pessoa poderá encaminhar sugestões. A primeira fase das mudanças na norma entrou em vigor no mês passado, com as novas regras de assistência aos passageiros em casos de atraso e cancelamento de voos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Bruno Tavares e Filipe Vilicic (Agência Estado) - Foto via notempodosaraujos.blogspot.com

Brasileiros retomam viagens ao exterior em grande número

Um ano atrás, brasileiros estavam preocupados com a propagação do vírus H1N1, especialmente em aeroportos, aeronaves, meios de transporte em geral e outros locais e situações com grande circulação de pessoas. Muita gente deixou de viajar por causa da gripe, mais perigosa no inverno e que provocou mortes no Brasil e em outros países. Quem não se lembra das máscaras cirúrgicas e do álcool-gel, que passaram a fazer parte do nosso dia a dia?

Este ano, ao contrário, sem o fantasma do surto de gripe suína, como ficou mais conhecida, os brasileiros estão descontando. “O movimento está muito bom. Não tivemos problema, como no ano passado, quando o número de brasileiros que embarcaram para Argentina e países da América do Sul, caiu pela metade”, avalia Leonel Rossi, diretor de relações internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav).

“Estamos em plena recuperação”, acrescenta Rossi. Quem deixou curtir as férias de inverno em 2009 hoje está lotando aviões, estradas, pousadas, hotéis e restaurantes, estima o diretor da Abav. Cerca de um milhão de brasileiros estão embarcando rumo aos Estados Unidos, este mês. O mesmo número rumou para a Argentina e Chile, de acordo com previsões das agências de viagens.

Seiscentos mil passageiros foram para Portugal e cerca de um milhão para a Itália, segundo a mesma fonte. Esses dados equivalem a um crescimento de 13% na emissão de passagens aéreas para o exterior em comparação com julho de 2009. “Porém, a venda de passagens aéreas não significa que sejam todas para turismo. Cerca de metades delas são para viagens de negócios e visitas a familiares, no caso de viagens internacionais”, explica Rossi.

Em termos nacionais, sem dar ênfase aos pacotes turísticos, o movimento é sempre maior do que na área internacional, esclarece o diretor da Abav. “A venda de passagens aéreas em território nacional está 25% maior do que em julho do ano passado”, informa Rossi. Nesse caso, 70% delas geralmente são para viagens com fins de negócios e visita a parentes, de acordo com o diretor da Abav.

Fonte: DCI

Infraero multada

A ampliação do pátio de aeronaves do aeroporto de Congonhas, há três anos, deixou para trás uma derrapada que carece de correção: duas multas para a Infraero de mais de R$ 300 mil. Por não plantar 1.148 árvores no entorno do terminal.

Fonte: Sonia Racy (Direto da Fonte - O Estado de S.Paulo)

Empresa aérea é condenada a indenizar passageiro

A Japan Airlines está obrigada a indenizar um passageiro no valor correspondente a US$ 3 mil, por danos morais, acrescido de R$ 2 mil, por danos materiais. A punição foi aplicada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A empresa aérea é acusada de impedir o embarque num voo que saiu do aeroporto de Cumbica (Guarulhos) com destino a Nova York. A alegação da companhia foi a de que o cliente estava com visto irregular e passaporte falso.

Por não concordar com a condenação, a empresa entrou com recurso. A Japan Airlines pediu a modificação da decisão. A defesa argumenta que sua cliente não fez o passageiro passar por situação vexatória como é alegado por ele e que não há provas para sustentar sua condenação por danos morais e materiais.

O TJ paulista entendeu que houve dano moral. Para a turma julgadora, que reformou sentença de primeiro grau, o passaporte não era falso e a empresa aérea colocou em dúvida a validade do documento. “Está comprovado o dano moral em impedir pessoa com passaporte válido colocado em dúvida só porque era de Minas Gerais, querendo fazer confusão com os habitantes de Governador Valadares que gostam de entrar clandestinos nos Estados Unidos”, disse o relator do recurso, desembargador Ribeiro da Silva.

Segundo o cliente, na hora de fazer o check-in, o funcionário da Japan Airlines em tom grosseiro disse que o visto era irregular e o passaporte falso. Impedido de viajar, o passageiro teve que passar pela Polícia Federal e depois pelo Consulado dos Estados Unidos para revalidar o documento.

Ouvido em depoimento, o funcionário da Japan Airlines se defendeu. Disse que negou o embarque porque havia problema no visto, em relação à impressão do símbolo (águia americana). Segundo ele, o símbolo estava desfigurado.

Fonte: Fernando Porfírio (Conjur)

A atribulada existência do "Concordski" soviético e os novos projetos

Tupolev Tu-144 "Charger"


O Tupolev TU-144 foi primeiro avião comercial supersônico a levantar voo, em 31 de dezembro de 1968, antecipando-se ao Concorde em dois meses. A este sucesso, ainda que em velocidade subsônica, sucederam-se uma série de atribulações e dois acidentes. O primeiro, em junho de 1973, durante o grande evento de Le Bourget, na França, e o segundo, em maio de 1978, num voo comercial entre Moscou e o Cazaquistão. Semelhante exteriormente ao Concorde - dai a designação ‘Concordski’ - era considerado tecnologicamente menos sofisticado. Os voos foram suspensos após o acidente de 1978.


Curiosamente, a NASA assinou um acordo com a Tupolev em 1995 com o objetivo de relançar o projeto do TU-144. Ainda que tenha sido abandonado logo em seguida, sem quaisquer resultado práticos, em alguns meios da indústria aeronáutica foi sugerido que o real objetivo americano era o de obter conhecimentos na área dos voos comerciais supersônicos, setor em que todos os projetos até então ou tinham sido cancelados ou não passaram do estado de protótipos.


No total foram construídos 16 aeronaves Tupolev TU-144.

Mais longe, mais rápido e mais ecológico

Futuro

Não faltam projetos para novos aviões supersônicos, aproveitando-se dos enormes avanços em matéria tecnológica verificados desde a época do Concorde. Projetos esses em que foi acrescentada a preocupação ecológica.

Um destes projetos é parceria entre a NASA e a Lockheed Martin conhecida como a Supersonic Green Machine (A Máquina Ecológica Supersônica - imagem acima) em que a aerodinâmica foi estudada para reduzir o ruído quando da passagem para a velocidade supersônica e aumentar a eficácia energética.

Outro projeto em desenvolvimento é o A2 (imagem acima), este na Europa, a cargo da Agência Europeia Espacial. O objetivo é criar um aparelho com capacidade para 300 passageiros e que alcance até cinco vezes a velocidade do som (Mach 5), ou cinco mil quilômetros por hora, "capaz de viajar entre Bruxelas e Sydney em menos de seis horas", informava na passada semana um dos responsáveis do projeto.

A eficiência energética está também no centro de um projeto desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology, o N+3 (D “double bubble” - imagem acima), com capacidade para 350 passageiros, que poderia reduzir até 70% o consumo de combustível e até 75% as emissões de gases poluentes. O N+3 voaria, contudo, a velocidade subsônica.

Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações do DN Economia) - Fotos: Reprodução / MIT / EAS

Dez anos depois do acidente do Concorde, que conclusões tiramos da catástrofe?

Bernard Bourdon responsável pelo inquérito da Agência Europeia da Segurança Aérea, com sede em Colônia, na Alemanha, concedeu entrevista a 'euronews'.

Anne Devinaux (euronews): O inquérito sobre o acidente colocou em evidência várias lacunas a nível da manutenção dos aparelhos, tanto o Concorde da Air France como do DC-10 da Continental Airlines. Tiramos lições do acidente?

Bernard Bourdon (Agência Europeia de Segurança Aérea): Exato, a nível de organização mudamos consideravelmente a responsabilidade das diferentes organizações, foi mesmo aprovada uma organização de manutenção. Isto quer dizer que todos os envolvidos, desde a manutenção à exploração de um transporte público, têm de ter estruturas de gestão do risco, para o identificar, corrigir, e informar as pessoas. É verdadeiramente um processo de qualidade desenvolvido a partir dos anos 90, digamos, que atinge, agora, a maturidade.

euronews: Durante o processo, houve importantes críticas ao modo como foi conduzida a investigação, à falta de independência dos peritos, à pouca transparência. Que diz sobre o assunto?

Bernard Bourdon: Passamos de uma gestão baseada na participação dos Estados à transferência de responsabilidades. O que tem uma enorme vantagem: é uma agência europeia, a EASA, que é submetida a controlo da comissão típica parlamentar, e temos um dever de transparência sobre as nossas actividades. Quanto à informação, o que mudou muito, em relação ao Concorde, foi a rapidez que ganhou. Quer dizer, se não há comunicação a nível de inquérito, os jornalistas e as diferentes fontes de informação como a internet, vão comunicar mais depressa. Por isso é um imperativo comunicar.

euronews: Podemos dizer que o céu, hoje, é mais seguro do que há 10 anos?

Bernard Bourdon: Continuamos com crescimento de tráfego, mesmo com a crise, por isso, estamos sem problemas em relação ao aumento do número de aviões que voam no espaço aéreo europeu, a estabilizar o número de acidentes. O progresso é evidente em termos de segurança. O progresso é permanente, pois a técnica evolui: ha cada vez mais segurança nos aviões com os desenvolvimentos tecnológicos mas também através da rede de informação e de uma melhor organização internacional. Vêmo-lo na Europa, pelos países que colocam o melhor do próprio potencial numa organização única.

Fonte: euronews - Imagem: AFP

Veja imagens do acidente com o Concorde


Fonte: Blog Notícias sobre Aviação - Imagens: Reprodução

Há dez anos acidente com o Concorde deixava 113 mortos

10º aniversário da queda do Concorde ainda sem sentença nos tribunais

Uma cerimônia discreta marcou neste domingo, nos arredores de Paris, o décimo aniversário da queda do avião Concorde.

No dia 25 de julho de 2000, o aparelho supersônico caiu sobre a localidade de Gonesse, na França, vitimando 109 passageiros e 4 ocupantes de um hotel da região.

Os familiares das vítimas, a maioria de nacionalidade alemã, participaram numa cerimônia religiosa, no início da tarde, num momento em que aguardam ainda a sentença dos tribunais sobre a responsabilidade do acidente.

A aeronave, que percorria 37 quilômetros em um minuto, teve um encontro antecipado com o seu epílogo no dia desse acidente.

O 'beijo da morte' foi dado neste dia por uma fortuita peça de titânio oriunda de um avião comercial subsônico.

Mas o 'Concorde' pode voltar a voar em 2012, na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres, 36 anos após o primeiro voo comercial.

Uma placa de titânio com 40 centímetros de comprimento pôs fim aos voos comerciais supersônicos, quando o Concorde, que realizava o voo 4590 da Air France para Nova Iorque, caiu após a decolagem do Aeroporto Charles de Gaulle, chocando-se num pequeno hotel na cidade de Gonesse, nos arredores de Paris. Era 25 de julho de 2000 e a frota Concorde tinha ainda pela frente, pelo menos, mais cinco a dez anos de vida útil.

"Está pegando fogo, a parte traseira do avião está pegando fogo", gritara momentos antes um controlador de voo do Charles de Gaulle.

"Está pegando fogo, mas não tenho a certeza que seja do motor", exclama em seguida.

O seu tom de voz anuncia os acontecimentos seguintes: a queda do avião, a morte das 109 pessoas a bordo, mais quatro no solo.

Era o fim trágico de um sonho nascido 50 anos antes, quando a possibilidade de voos supersônicos povoava o imaginário da época. Embora o derradeiro voo de um Concorde tivesse ocorrido em outubro de 2003 (com passagens ao custo de 9.700,00 dólares pela cotação atual), com os 113 mortos da tragédia de Gonesse morria também a carreira de um avião que, até então, não tivera qualquer acidente.

Os voos foram retomados em julho de 2001, realizando-se até 2003, quando a Air France (AF) e a British Airways (BA) - as companhias que operavam a aeronave – alegaram razões econômicas para a suspensão dos voos.

Essencialmente, as brutais imagens do acidente de Gonesse na memória das pessoas e, o 11 de setembro, aceleraram o fim do Concorde, o avião que atravessava os céus à velocidade Mach 2, ou seja, duas vezes superior à velocidade do som.

Estabelecidas as responsabilidades num julgamento que terminou no final de maio, mas cuja sentença só será conhecida em 6 de dezembro (dois mecânicos da companhia Continental Airlines e o responsável do projeto do Concorde foram acusados pelo tribunal como responsáveis pelo acidente) algumas entidades britânicas e francesas apostam em devolver o Concorde aos céus a tempo da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres em 2012.

Se assim for, terão passado 36 anos desde aquele dia 21 de janeiro de 1976, quando se realizou o primeiro voo comercial do Concorde, entre Heathrow, em Londres, e o aeroporto do Bahrain.

O primeiro voo para os EUA - rota que se iria tornar um emblema para o avião, operado pela BA para Nova Iorque e, pela AF, a Washington - realizou-se em novembro de 1977, para Nova Iorque.

"A uma média de 37 quilômetros por minuto e uma altitude duas vezes superior ao Evereste [ou seja, mais de 16 mil metros]", anunciava um folheto distribuído a bordo.

Os 37 km por minuto, equivalem a mais de dois mil quilômetros por hora.

O pedaço de titânio caído na pista, oriundo de um "tradicional" McDonnell Douglas DC-10, da Continental Airlines (a companhia sustentou no julgamento que o fogo iniciou-se no Concorde antes de os pneus se romperem em contato com a placa), ao pôr fim à carreira de um dos dois únicos aparelhos supersônicos comerciais , abriu um debate sobre um avião que alguns consideravam já anacrônico.

Estava previsto para o período entre 2005 e 2010 a substituição da frotas de aeronaves em uso quando se deu o acidente de Gonesse.

Outros o consideravam um luxo desnecessário: o Concorde ligava as duas margens do Atlântico em três horas, mas transportando apenas cem passageiros, enquanto um avião subsônico levava o triplo, em sete horas. O custo da passagem era inversamente proporcional à duração da viagem.

Se a travessia do Atlântico era rápida, o processo que permitiu a sua concretização foi lento. Começou a ser preparado em 1962, quando a francesa Aérospatiale e a britânica British Aircraft Corporation assinaram um convênio para a construção de dois protótipos em 1965, após os Governos de Londres e Paris terem celebrado um acordo para o desenvolvimento de um avião de passageiros supersônico.

Após quatro anos de testes em terra, o protótipo francês levantou voo a 2 de março de 1969, tendo esse primeiro Concorde alcançando a maior velocidade supersônica para esse tipo de aeronave até hoje, em 1 de outubro daquele ano.

Ao todo, os dois protótipos realizaram mais de cinco mil horas de voo em velocidade supersônica no período de testes.

Apesar de várias companhias e países se mostrarem inicialmente interessados na aquisição do novo aparelho, este acabara por equipar apenas as frotas da BA e AF. No total, foram construídos 20 aviões, incluindo os protótipos. Na época do acidente estavam operacionais apenas 14.

Um projeto americano semelhante, o Boeing 2707 (foto acima), foi cancelado pouco depois dos primeiros voos supersônicos com sucesso do avião franco-britânico.

O Concorde foi inicialmente proibido de sobrevoar os EUA devido ao ruído produzido ao atingir velocidades supersônicas e originou muitos debates em torno de questões ambientais. Tão ou mais intenso quanto o que se desenvolveu na opinião pública da França e da Grã-Bretanha sobre o seu nome de batismo, com ou sem "e" final. Esta vogal irá permanecer como sinônimo de "entente", referência ao acordo e à aliança franco-britânica na Grande Guerra.

Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações do DN Economia e Euronews) - Remy De La Mauviniere / AP

Problemas com bagagem já atinge mesmo nível de 2009

Os brasileiros nunca voaram tanto. Mas, ao mesmo tempo em que descobrem as facilidades do transporte aéreo, passageiros se deparam com as agruras do setor. Mais do que aeroportos lotados e atrasos, são os problemas com bagagem que têm atormentado a vida de quem viaja de avião. Neste ano, tanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quanto o Procon-SP registraram aumento de queixas.

Em 2009, o serviço de atendimento da Anac recebeu 3.572 "manifestações" sobre bagagens - a maioria de extravio e furto de objetos de dentro das malas. Só nos seis primeiros meses deste ano, a agência já contabilizou quase a mesma quantidade: 3.518 - uma média de 500 por mês, ante as 300 registradas no ano passado. O item "bagagens", que em 2009 era terceiro no ranking de queixas recebidas pela Anac, subiu para segundo. Só perde para as reclamações sobre o atendimento de funcionários públicos e empresas aéreas.

Os atendimentos no Procon-SP também dispararam. Em 2009, foram 30. Neste ano, já são 42. "Mas o baixo número não reflete nem de longe o problema", assinala Valéria Cunha, do Procon-SP. Segundo ela, muitos recorrem ao órgão apenas para conseguir uma resposta das companhias. "Há quem tenha a mala extraviada e passe dias sem retorno. E, como o ressarcimento oferecido pelas empresas costuma ficar aquém do prejuízo, a maioria vai à Justiça pedir reparação."

Os juizados especiais inaugurados na sexta-feira nos cinco maiores aeroportos do País - Cumbica, Congonhas, Santos Dumont, Galeão e JK - buscam reverter esse quadro, mas têm prazo inicial de funcionamento de apenas seis meses.

Relatório de 2008 da Sociedade Internacional de Comunicações Aeronáuticas (Sita, em francês) apontou que, no ano anterior, 42 milhões de bagagens haviam sido extraviadas ou danificadas no mundo. Desse total, 1,2 milhão - ou uma a cada 2 mil passageiros - jamais foi recuperado. A Sita estima que, pelo crescimento da procura por viagens aéreas (dobrou na última década), 70 milhões de malas devem ter igual destino em 2019.

No Brasil, além do aumento de passageiros há uma agravante: a precariedade dos aeroportos. O de Cumbica, em Guarulhos, terminal mais movimentado do País, é o melhor exemplo. "A estrutura é a mesma de 20 anos atrás", afirma Rubens Pereira Leitão Filho, gerente-geral da Orbital, empresa que transporta as bagagens nos terminais brasileiros. O Estado apurou que, nos horários de pico, bagagens de até 20 voos têm de ser triadas em apenas duas esteiras. "O risco de um funcionário errar é muito maior", diz Leitão Filho.

Embora já exista tecnologia capaz de rastrear bagagens, nenhum aeroporto ou companhia aérea nacional dispõe desses equipamentos. O intrincado processo de triagem das malas, do check-in aos porões do avião, é feito manualmente. Se um desses funcionários falha, uma bagagem que ia para Recife acaba na Europa.

Uma empresa aérea de grande porte gasta, em média, R$ 400 por voo com o manejo de bagagens em rotas domésticas. É pouco perto dos cerca de R$ 2.700 desembolsados por companhias estrangeiras ou pelas nacionais que fazem voos internacionais.

O motivo dessa discrepância está nas regras a que as estrangeiras são submetidas. Enquanto a legislação brasileira deixa o serviço a critério das companhias, em outros países o controle é rigoroso. As malas têm de passar por raio X e todo o vaivém no aeroporto deve ser supervisionado para evitar furtos.

"A bagagem é a coisa mais íntima que um passageiro carrega. Temos de tomar cuidado", diz Mônica Thomaz Capelli, da Puma Air, que opera rotas a partir de Cumbica. TAM e Gol, líderes do mercado doméstico, não quiseram manifestar-se nem divulgar seus dados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Bruno Tavares e Filipe Vilicic (Agência Estado) - Imagem: spintravel.blogtv.uol.com.br

Ataque de avião não-tripulado dos EUA mata quatro no Paquistão

Base de supostos militantes foi atingida em zona tribal do noroeste do país.

No sábado, ataques semelhantes na mesma região mataram 12 pessoas.

Quatro supostos rebeldes morreram atingidos por dois mísseis disparados neste domingo (25) por um avião sem piloto (drone) americano contra um complexo utilizado pelos combatentes islamitas em uma zona tribal do noroeste do Paquistão, anunciaram autoridades de segurança.

Os mísseis atingiram um complexo situado na região de Shaktoi, no Waziristão do Sul, afirmou uma autoridade de segurança paquistanesa, que pediu para não ser identificada.

"O drone americano disparou dois mísseis contra o complexo de Shaktoi e temos informações de que morreram quatro militantes", afirmou.

Membros dos serviços secretos e uma autoridade local confirmaram o ataque.

No sábado, dois drones americanos dispararam quatro mísseis na mesma área tribal, matando pelo menos 12 militantes, segundo autoridades paquistanesas.

O Waziristão do Sul, considerado um bastião dos insurgentes, foi cenário de uma grande ofensiva do Exército paquistanês no ano passado.

Fonte: AFP via Estadão