sábado, 29 de maio de 2010

Operadores de aviões não tripulados são acusados nos EUA

Um relatório divulgado pelas forças armadas dos EUA acusa os operadores de aviões não tripulados de responsabilidade por um ataque com míssil que matou 23 civis afegãos em 21 de fevereiro deste ano. A divulgação do relatório é parte do esforço do governo dos EUA para conter as críticas que vem sofrendo devido a ataques que mataram civis no Afeganistão.

Segundo o documento, o ataque de fevereiro também deixou 12 feridos, entre eles uma mulher e três crianças. Os responsáveis seriam quatro oficiais norte-americanos, dois deles descritos como "altos oficiais".

O general Stanley McChrystal, comandante das forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, disse que "nossa missão mais importante aqui é proteger o povo afegão. Matar ou ferir civis inadvertidamente fere o coração e mina a confiança deles em nossa missão. Faremos o que pudermos para reconquistar aquela confiança".

No ataque de fevereiro, um avião não tripulado Predator controlado à distância por uma equipe na base aérea Creech, em Nevada (Centro-Oeste dos EUA), localizou três veículos que trafegavam em uma estrada na província afegã de Uruzgan, a cerca de 12 km de onde forças especiais norte-americanas faziam uma patrulha em busca de militantes do Taleban.

Suspeitando que os veículos levassem combatentes, os operadores do Predator passaram a informação a helicópteros dos EUA na área, que dispararam mísseis contra os veículos, matando os 23 civis.

Segundo o relatório, escrito pelo general Timothy McHale, os postos de comando na região "não deram ao comandante da força no local as evidências e análises que indicassem que os veículos não constituíam uma ameaça hostil, e o informe impreciso e pouco profissional da equipe do Predator privou o comandante da força no local de informações vitais. A informação de que o comboio era outra coisa, e não uma força de ataque, foi ignorada ou minimizada pela equipe do Predator". A câmera de vídeo do avião não tripulado mostrava que havia mulheres e crianças presentes.

De acordo com o contra-almirante Gregory Smith, da Marinha dos EUA, a equipe que controlava o Predator deveria ter informado sobre a presença de civis. "Eles não relataram a ambiguidade do que estavam vendo. Eles não estavam vendo claramente uma ameaça armada."

Segundo um relatório da ONU divulgado em janeiro deste ano, pelo menos 2.412 civis afegãos foram mortos em 2009, o que representa um crescimento de 14% em relação ao ano anterior, e as forças da Otan e do Exército do Afeganistão foram responsáveis por 25% delas. De todas essas mortes, 60% foram causadas por ataques aéreos.

Fonte: AP/Agência Estado - Foto: Divulgação/USAF

Avião agrícola bate em torre e mata piloto em Alagoas

Antonio Brandão ainda foi socorrido em Feliz Deserto, mas não resistiu aos ferimentos

Monomotor cai em Feliz Deserto e piloto morre. Aeronave semeava sementes de feijão em uma área agrícola da região


Uma tragédia ocorrida no início da manhã deste sábado (29), no município de Feliz Deserto (em destaque no mapa acima), vitimou um piloto de avião monomotor, que prestava serviço para a Usina Coruripe. Segundo a assessoria de imprensa da usina, o monomotor pilotado por Antônio Bezerra Brandão, de 55 anos, teria caído ao se chocar com uma torre de energia elétrica, no momento em que sobrevoava uma área agrícola daquele município.

Conforme a assessoria, o piloto era funcionário da empresa Aviação Agrícola Alagoana e tinha uma grande experiência no ramo. “Foi uma tragédia, uma fatalidade. Ele prestava serviço há dois anos para nós e tinha uma grande experiência, não sabemos ao certo ainda o que aconteceu”, contou o assessor de imprensa André Murici.

Ainda de acordo com André, o piloto participava de um programa da prefeitura de Feliz Deserto, chamado Barriga Cheia, onde o plantio do feijão era executado via aérea. Ele semeava as sementes na área no momento do acidente.

Brandão chegou a ser socorrido pela própria comunidade e encaminhado para o Hospital Carvalho Beltrão, localizado em Coruripe, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo informações de um membro da equipe médica do Hospital Carvalho Beltrão, que preferiu não ser identificado “numa primeira avaliação a impressão que se tem é que o cinto de segurança do avião pode ter sido o principal causador da morte do piloto, já que vários hematomas e cortes na região do pescoço puderam ser observados”.

De acordo com Mariozan Gonzaga, supervisor agrícola da Usina Coruripe, Brandão, que trabalhou por cerca de 20 anos como piloto da própria indústria, teria sofrido outros três acidentes de menor proporção. Ainda segundo ele, o último acidente destroçou totalmente o avião e, por conta disso, a usina preferiu contratar serviço terceirizado.

“Ele decolou do hangar, fez o voo de reconhecimento e pousou para carregar o avião com sementes de feijão. Brandão conhecia bem a área, por isso nós ficamos surpresos por ele ter se chocado com um dos cabos da torre”, lamentou Mariozan.

O corpo do piloto será velado no Campo Santo Parque das Flores. O horário e dia do sepultamento ainda serão divulgado.

Fontes: Porllanne Santos (Gazetaweb) / Jornal Correio do Povo de Alagoas - Mapa: Wikipédia - Foto: Carlos Roberto/vc repórter-Terra

Saiba mais sobre os passageiros e tripulantes que estavam no voo 1907

Confira abaixo mais informações sobre alguns dos passageiros e os tripulantes que estavam no voo 1907 da Gol, que caiu na sexta-feira (29) em Mato Grosso com 154 pessoas a bordo. Os nomes foram organizados por ordem alfabética.

Inicialmente, a Gol havia divulgado uma lista com 155 nomes, mas nesta quinta-feira descobriu-se que um erro havia incluído o mesmo passageiro sob dois nomes, Carlos Sousa e Carlos Souza Junior. Com isso, o número caiu para 154.

A



Adair de Melo Rodrigues gerente operacional, 41, tinha um filho e morava em Brasília.

Agamenon Araújo - Funcionário de cartório, 40, morava em Manaus. Ele visitava familiares em Brasília uma vez por mês.

Alexandre dos Santos - engenheiro florestal, 34, doutor em ecologia pela Universidade de Brasília. Trabalhava no Experimento da Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia, sediado no Inpa. Coordenava um projeto em São Gabriel da Cachoeira e liderava pesquisas sobre micrometeorologia.


Ana Claudia Brito

Ana Maria Caminha Maciel Silva - médica, ela ia ver o filho, que fez aniversário no domingo, e depois viajaria para Recife, para encontrar familiares.

André Luis Carneiro da Fontoura Pereira - 31, casado, sem filhos, representante comercial.

Andreas Friendrick Kowalski - antropólogo, 48, estava no Amazonas a trabalho com comunidades indígenas.


Ângela Maria Conte Leite - bióloga, 54, tinha três filhos. Um deles, Mário Lleras, também morreu no acidente. Era de Brasília e morava em Manaus.

Antônia Carla Oliveira - babá de João Ariano, 1, que também estava no vôo. Morava em Manaus.

Antônio Jesus Armindo - cidadão português de Matosinhos.

Antonio Carlos de Mattos - engenheiro mecânico, presidente da Breitener Energética S/A, coligada do grupo Petrobras, residia no Rio.

Antônio Gregório da Costa Pessoa - empresário, 58, foi a Manaus a negócios. Morava na cidade de Americana, no interior de São Paulo.

Antonio Rodrigues Filho - era pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, 59, era casado e tinha dois filhos. Foi inaugurar uma obra missionária no Amazonas.

Átila Antônio Assad Rezende - 24, estudante de medicina da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).

Augusto Mendes - casado, 42, era gerente da Xerox na Bahia e tinha dois filhos.

C



Carlos Cruz - casado, 26, um filho, morava em Goiás.


Carlos Souza Jr.

Charlie Oliveira

Claudemir Cardoso Rosa - soldador, era casado, tinha dois filhos. Era baiano e estava em Manaus havia dois meses, a trabalho.

Cláudio Murilo Gonçalves Cardoso - capitão-de-mar-e-guerra de reserva da Marinha, 53, era casado e tinha dois filhos. Ele era diretor de segurança de voo do Aeroclube de Brasília e estava em Manaus a trabalho.

Claúdio Avanci da Rocha - piloto de helicóptero da empresa de Aeróleo Táxi Aéreo, 39, era solteiro. Ele voltava de trabalho na base da Petrobras de Urucú.

D



Daniel Lleras - 5, filho de Mário Lleras.


Daniel Silva

Divino Silva

Dornélio Prado - funcionário público do Ministério da Fazenda, 51, era casado e tinha três filhos. Ele morava em Brasília e havia viajado a trabalho.

Douglas Hancock - cidadão norte-americano.

E



Eduardo Ribeiro de Souza - gerente regional do HSBC, 41, era casado e tinha três filhos.

Élcio Luiz Gonçalves de Anchieta - tenente-coronel intendente do Exército.

Eleta Cordero Pivoto - contadora, 54, ela ocupava o cargo de chefe da Divisão de Contabilidade da Copol (Coordenação-Geral de Programação e Logística), unidade gerencial responsável pela contabilidade e administração de recursos orçamentários e materiais da Receita Federal. Ela era servidora pública havia 22 anos. Ela havia ido a Manaus (AM) para ministrar um curso para colegas de unidades daquele Estado.

Elisabeth Barbosa da Costa - 22 anos.

Emanuelle Márcia dos Santos - tinha 22 anos e estava em projeto do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia).

Ênio de Oliveira - major do Exército, 39.

Erthelviane Bortolozo Nunes - auditora ambiental, morava na Grande Vitória, no Espírito Santo.


Esdras Lucas - coordenador de relacionamento com o mercado da Infraero.

Eteuvino Lins - morador da Grande Vitória no Espírito Santo, viajou para pescar.



Eugênio Carlos Lesqueves - engenheiro agrônomo aposentado, 58, era casado e tinha duas filhas. Havia viajado com um grupo de 12 amigos para pescar em rios do Amazonas. Morava em Cachoeiro de Itapemirim, no interior do Espírito Santo.



F



Fabiana Honorato Granjeiro Calandrini - médica radiologista, 35, morava em Manaus. Era casada e viajava com o filho, João Ariano, 1.


Felipe Silva

Francielle Ferreira Mendes de Rezende - 22, estudante de medicina da Ufam. Natural de Goiânia, viajava para visitar a família.


Francisco Alves de Oliveira - chefe da Divisão de Manutenção de Rádio da Radiobrás. Era casado e tinha três filhos. Ele voltava de uma viagem para Tabatinga (AM), onde visitou uma rádio local.

Francisco Augusto Marques Garcia Júnior - Tinha 34 anos.

Francisco Cavalcante

Francisco das Chagas Moura Loiola - gerente regional do HSBC, 44. Era casado e tinha três filhos.

Francisco Carlos Nart - docente do Instituto de Química da USP em São Carlos, 48, foi contratado pela universidade em 1987. Viajou com destino a Manaus para participar de avaliação de programas de pós-graduação. Era pai de dois filhos.

Francisco Anderson Geraldi de Farias - diretor financeiro da Breitener Energética S/A, administrador de empresas, diretor da Skanska Infra-Structure Development (Brasil) e residia em Sorocaba, interior de São Paulo.

Frederick Michel - gerente da H.Stern, 36, era casado e tinha duas filhas.

G



Gilcley Silva da Costa - técnico de informática, 27, seguia para Brasília para pedir a namorada, Ana Carolina da Silva Gomes de Sá, em casamento.

Gilson Iglesias Azeveredo - casado, tinha uma filha e trabalhava no Ministério do Planejamento.

Glécio Morais - casado, 24, uma filha, morava em Goiânia.


Gustavo Cabrerizo - piloto de helicóptero da empresa Aeróleo Taxi Aéreo, 40, era casado e tinha dois filhos. Voltava de trabalho na base da Petrobras em Urucú.

H



Hamilton Vianna de Almeida Júnior - Tinha 47 anos.

Helen Cristina Corrêa Garcia - empresária de Manaus, 35, era casada com Mario Braule Silva e mãe de Pedro, que também estavam no voo.

Hélio Antônio Godoy - dono de um loja de caça e pesca, 50, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.


Henrique Dias Barbosa - primeiro-sargento do Exército.

Huederfidel Viana - médico anestesista, 46, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha dois filhos.


Hugo Otto Beyer - professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 45, morava em Porto Alegre (RS). Voltaria sábado de uma palestra, mas antecipou o retorno. Era casado e tinha dois filhos.

I



Inez Marques

Ismar Rezende - microempresário de Goiânia, 57, era casado com Maria Rezende, que também estava no voo. O casal tinha dois filhos.

Ivan Copat - gerente de uma transportadora, 38, morava em Bento Gonçalves (RS). Estava no Amazonas, na matriz da empresa, havia 20 dias. Era casado e tinha filhos.

Izélia Monteiro de Melo - Tinha 59 anos.

J



Jaques Acker - gerente comercial de uma empresa de transportes, estava a trabalho no Amazonas e retornava para Bento Gonçalves (RS).


Janine Padilha - psicóloga, 30, moradora de Recife.

Joana D'Arc Ribeiro - pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 53, era doutora em ecologia e ministrava aulas na Universidade do Estado do Amazonas. Tinha três filhos.

Joana Batalha Ignácio - agente da Polícia Federal, trabalhava em Manaus.

João Ariano Granjeiro Calandrini - filho de Fabiana Calandrini, 1.

João Eloi Ramos - casado, 49, dois filhos, prestador de serviços de Osasco.

João Leal - sócio-proprietário da agência Pantanal Turismo, João Leal era o responsável pela excursão que levou o grupo de pesca do Espírito Santo ao Amazonas.


José Barato

José Luis Coelho - Tinha 43 anos.

José Inácio Ferreira Trindade - analista de finanças do Tesouro Nacional.

Josenilda Ferreira Costa - casada, tinha uma filha e era musicoterapeuta. Trabalhava no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia e foi a Manaus fazer palestras para um programa de combate ao tráfico de seres humanos.

Joseane Falcão - analista de sistemas, 29, morava em Manaus, era casada e tinha um filho. Ela era coordenadora de teste de alta tecnologia da Quality Software Ltda., com unidades em Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.


Júlio Guidi - empresário do setor de mármore e granito, 39, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha dois filhos.

Júlio Mendes

Juvêncio da Silva - funcionário da Infraero, trabalhava como tesoureiro. Estava com o grupo de funcionários da empresa.

K



Karla Rejane de Almeida Neres - técnica, 29, trabalhava havia dois anos na Copol (Coordenação-Geral de Programação e Logística), unidade gerencial responsável pela contabilidade e administração de recursos orçamentários e materiais da Receita Federal. Ela havia ido a Manaus (AM) para ministrar um curso para colegas de unidades daquele Estado.

Keila Bressan - médica, 31, ia se casar com Oscar de Jesus, que também estava no voo.

Kelison Branco - engenheiro, 45, era casado e tinha uma filha.

L



Lavoisier de Souza Maia - segurança, 30, era casado e tinha um filho. Ele era irmão de Maria Zilda Maia, que também estava no voo.

Lazaro Gonçalves Sobrinho - engenheiro eletrônico, era professor da Universidade do Estado do Amazonas e tinha quatro filhos.

Leonardo Rodrigues Alves - casado, 44, dois filhos, trabalhava no Ministério da Defesa.

Lourdes Balbinotte Panizzi - comerciante, 53, era de Passo Fundo (RS) e foi a Manaus acompanhar a gravidez da filha.

Luana Freixo - consultora, Luana Freixo, 23, solteira, morava em São Gonçalo, no Rio, com os pais e a irmã de 27 anos. Formada em administração de empresas, estava em Manaus a trabalho para uma empresa multinacional. Luana fazia auditoria externa.



Lucas Lemos - primeiro-tenente do Exército, lecionava química no Colégio Militar de Manaus. Era casado, tinha uma filha e ia a Brasília ver a família.



Luiz Albano Vieira Custódio - dentista aposentado, 68, era casado e tinha cinco filhos. Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



Luiz Antônio Pereira de Carvalho - empresário, 53, era casado e tinha dois filhos. Ele era sócio da empresa Petcon de Brasília.

Luiz Fabiano Bonaroski - programador do Banco ABN Amro, 33, era solteiro e não tinha filhos. Estava de mudança de Manaus para Curitiba, depois de ser transferido da empresa a pedido. Ficou um ano em Manaus.

Luiz Felipe Raphael dos Santos

Luiz Rogério Benedito Lobato - empresário da concessionária da Volkswagen, separado, três filhos. Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



M



Marcelo Artur Madureira Azevedo - Tinha 45 anos.

Marcelo Ferreira Machado - morador da Grande Vitória (ES). Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.

Marcelo Lopes - casado, 25, tinha uma filha e morava em Anápolis (GO).


Marcelo Eduardo Fontes Lopes - Tinha 35 anos.

Marcelo Paixão Lopes - supervisor de negócios do HSBC, 29, solteiro.

Marcelo Rigueira Torres - funcionário de um laboratório farmacêutico, morava em Recife (PE). Deixou três filhos.

Marcio Aquino de Oliveira - empresário, 56, era casado e tinha dois filhos.

Maria Auxiliadora Cardoso Macena - Tinha 60 anos.

Maria das Graças Rickly - casada, 58, duas filhas, consultora, viajou a trabalho.

Maria José de Oliveira Rodrigues - 35, era babá de Pedro Henrique Garcia.

Maria das Dores Machado de Rezende - professora aposentada de Goiânia (GO), 57. Ela viajava com o marido, Ismar Rezende.

Maria Terezinha Benjamim - consultora de recursos humanos, 64, estava havia uma semana em Manaus, ministrando cursos. Ligou na sexta de manhã dizendo que chegaria ao Rio às 19h. Morava no Rio de Janeiro, era casada e tinha dois filhos.

Maria Valéria Cruz - especialista em qualidade total na Saúde, trabalhava na Fundação Osvaldo Cruz, no INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), órgão de referência nacional para as questões tecnológicas. Junto com o colega Nilo Duarte Doria, passou a semana trabalhando em Manaus, dando consultoria a um laboratório da Secretaria de Saúde do Amazonas.

Maria Zilda Maia - autônoma, 41, tinha dois filhos. Ela viajava com o irmão, Lavoisier Maia.

Marilene Leão Alves Bovi - engenheira agrônoma do Instituto Agronômico de Campinas, 58, estava em Manaus para participar de uma banca acadêmica. Chegou à cidade na quinta e voltaria no sábado, mas antecipou o voo. Morava em Campinas (SP).



Marina Padilha da Motta Mendes - Tinha 24 anos.

Mário Braule Silva - casado, 46, dois filhos, procurador-chefe do Incra. Seu filho Pedro também estava no voo.



Mário André Leite Lleras - publicitário, viajava com o filho, Daniel, e com a mãe, Ângela Leite.



Mário Malafaia - engenheiro agrônomo, 68, estava trabalhando em Manaus e costumava viajar para Brasília (DF) para ficar com a família. Era casado e tinha três filhos.

Marlon Machado - secretário Municipal de Serviços Urbanos de Cachoeiro do Itapemirim, 44, estava no grupo de pesca que foi ao rio Madeirinha.



Mauro Romano - casado, 50, engenheiro, fazia auditoria na Panasonic, em Manaus.

Michel Guimarães Rondini - consultor, 25, estava em Manaus a trabalho. Era de Hortolândia (125 km a noroeste de São Paulo).

Mozart Sant'Anna Junior - radiologista, 56, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



N



Nelson Colognese

Nilo Duarte Doria - sanitarista, 47, era funcionário da Fundação Osvaldo Cruz e prestava consultoria a um laboratório da Secretaria de Saúde do Amazonas junto da colega Maria Valéria Cruz. Dória era especialista em hemodiálise.

O



Olga Macedo Tinha 76 anos.

Oscar de Jesus - dono de uma empresa de transportes em Manaus, ia a um casamento no Rio com a noiva, Keila.

Osman de Oliveira Mello - chefe do Departamento de Manutenção de Rádio da Radiobrás, 50. Ele voltava de uma viagem para Tabatinga (AM), onde montou uma rádio local. Era casado e tinha dois filhos.

Otto Bernard Witt Azevedo - primeiro-sargento da Aeronáutica, tinha sido transferido recentemente para o setor de resgate e salvamento da FAB. Era solteiro e não tinha filhos.

P



Patrícia Moreira

Paulo Cesar Felippe

Paulo Santos

Pedro Henrique Garcia - 3, filho de Helen Garcia e Mario Braule Silva, que também estavam no voo.

Pedro Magalhães Peixoto - 3, filho de Rosana Magalhães.

Plínio Luiz de Siqueira Júnior - executivo da Bombardier em Campinas, 38, viajava a cada duas semanas para tratar de negócios. Tinha filhos.



Q



Quezia Moreira - participava de projeto do Inmetro.

R



Rafael Barreto - técnico em informática, 28, estava noivo.

Rayssa Geovana Costa Naranjo - Tinha 2 anos.

Regina Gomes

Ricardo Leandro de Souza - dono da revista Sociedade Capixaba, 33, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.


Ricardo Radesca - engenheiro, 49, morava no Rio de Janeiro. Era casado e tinha um filho.

Ricardo Luis Bastos Tarifa - engenheiro agrônomo, era especialista em Floresta do Banco Mundial e viajava freqüentemente para Manaus para acompanhar um projeto-piloto de proteção de florestas tropicais. Mestre em Floresta e Meio Ambiente pela universidade de Yale (EUA), ele trabalhou durante cinco anos no Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, período em que morou na Amazônia e realizou pesquisas. Não tinha filhos.


Rogério Barboza da Silva - Tinha 32 anos.

Rolf Ferdinando Giutjhar - diretor da GK & B Indústria e Componentes da Amazônia, 50, morava em Curitiba (PR). Ia freqüentemente a Manaus a trabalho. Era casado e tinha uma filha.

Ronaldo Noé - proprietário de uma ótica, 53, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha três filhos.



Ronivon Alves - funcionário da Yamaha, 29, foi a uma convenção da empresa em Manaus.

Rosana Karine Campos Magalhães - natural de Goiânia (GO), 27, era residente de medicina em Manaus, no Hospital Universitário Getúlio Vargas.

Rossana Raimondi Cavalcante

Ruth de Jesus - Natural de Teresópolis, era mãe de Oscar de Jesus, que também estava no voo.

S



Salustiano Rocha - Tinha 47 anos, era casado e tinha dois filhos.

Samantha Xavier Reis - psicóloga do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia, 31, foi a Manaus fazer palestras para um programa de combate ao tráfico de seres humanos. Era casada e tinha um filho.

T



Thalita Lima

Tiago dos Santos Eustáquio - empregado da empresa Imunotec, 31, viajou para montar um equipamento da empresa.



V



Valdinei Roberto Barbero - bancário, morava em Monte Azul Paulista, no interior de São Paulo. Era casado e tinha filhos.



Valdomiro Henrique Machado - 61, consultor aposentado da Eletronorte.

Vandemir Ferreira de Oliveira - geofísico, gerente da Tecnologia da Informação. Entrou na Petrobras em 1977. Foi gerente, gerente-geral e chefe de divisões da empresa.

Vanessa Colli

Viviane Rossetti Carvalho - 22, estudante de medicina da Ufam.

W



Walter Pimentel

Tripulantes


Décio Chaves Júnior - comandante do voo 1907 da Gol, Décio Chaves Júnior, 44, registra 15 mil horas de vôo, segundo a Gol. Apenas pilotando Boeing 737 são 4.000 horas, de acordo com o vice-presidente técnico da Gol, David Barioni. Chaves ingressou na Gol em 22 de outubro de 2001. Ele iniciou sua carreira em 1980 e já foi piloto da Transbrasil. Chaves também assumiu o posto de instrutor da empresa.

Thiago Jordão Cruso - copiloto do avião, Tiago Jordão, 29, iniciou sua carreira em 1999 e ingressou na Gol em 2002. Ele registra 4.000 horas de voo como copiloto.


Renata Souza Fernandes - comissária - admitida na Gol no dia 1º de janeiro de 2001.

Rodrigo de Paula Lima - comissário - admitido na Gol em 12 de setembro de 2005, ele morava em Colombo (região metropolitana de Curitiba - PR) e fazia seu último voo antes das férias.


Sandra da Silva Martins - comissária - admitida na empresa no dia 13 de outubro de 2004.

Nerisvan Dackson Canuto da Silva - comissário - admitido na empresa em 15 de fevereiro de 2006.


Fonte: Folha de S.Paulo

Leia a conversa dos pilotos do Legacy no momento da colisão

Diálogos mostram erros na queda do Boeing

Transcrições das conversas mostram dificuldades de comunicação e mal-entendidos que levaram à morte de 154 pessoas


Os pilotos do Legacy, 26 minutos após o choque, admitem um para o outro a possibilidade de terem batido em outro avião

As 290 páginas com as transcrições das conversas dos pilotos do jato Legacy e dos controladores brasileiros reforçam que uma sucessão de erros, mal-entendidos e uma certa inexperiência ou incompetência causaram o maior acidente da história da aviação brasileira: a queda do Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado, com 154 pessoas a bordo.

São três blocos: 112 páginas da caixa-preta do Legacy, com os diálogos entre os pilotos e outros passageiros, e o restante dividido entre as conversas da torre de São José dos Campos (SP) e a nervosa tentativa do Cindacta-1 (centro de controle de Brasília) e do Cindacta-4 (de Manaus) para tentar entender o que acontecera com o Boeing.

As transcrições confirmam a informação publicada pela Folha em 2 de novembro de 2006 de que o controlador de São José, de onde decolou o jato, liberou o vôo citando 37 mil pés, sem detalhar as três altitudes previstas no plano de vôo original.

Vistas no conjunto, as transcrições deixam evidente que os pilotos e o controlador de São José, suboficial João Batista da Silva, cujo nome não é citado, tiveram dificuldades de comunicação. Ele falou em 37 mil pés e os pilotos tentaram três vezes esclarecer, sem sucesso.

Em depoimento à Polícia Federal, Silva disse que sabia que o plano de vôo previa três altitudes, mas se limitou a orientar o Legacy "nos exatos termos" que recebeu do centro de Brasília: "Autorizado o nível 370 na proa de Poços de Caldas".

Esse foi o primeiro de uma série de erros, como a displicência dos controladores de Brasília e o desconforto dos pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino com o novo jato e com as condições de vôo no Brasil. Num trecho da caixa-preta, um dos pilotos assume: "Eu preciso aprender essa porra internacional. Merda".

E em dois trechos das gravações entre os centros de Brasília e de Manaus fica evidente que o Cindacta-1 estava convencido de que o Legacy voava em 36 mil pés, não em 37 mil, como de fato estava.

Depois do impacto, que foi exatamente às 16:56:54 (hora de Brasília), um piloto do Legacy pergunta ao outro: "Que diabos foi isso?" Só 26 minutos depois, Lepore e Paladino admitiram um para o outro a possibilidade -na verdade, a única- de terem batido num outro avião. "Nós batemos em outro avião. Eu não sei de onde essa porra veio." Em entrevista à Folha em Nova York, em dezembro, eles declararam que só tiveram essa certeza depois do pouso de emergência.

Para os controladores, a descoberta foi lenta. "O piloto falou que ele colidiu com alguma coisa que não sabe o que foi", diz o controlador de Manaus. "Ih. Carai", reage o de Brasília. A tragédia ficava evidente.

Fonte: Eliane Cantanhêde (Folha de S.Paulo)

Juíza do caso do voo 1907 da Gol luta contra o tempo

Choque com jato em 2006

"Não trabalho com a ideia de prescrição", diz juíza que assumiu caso do acidente da Gol

A juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques, que assumiu há três semanas os processos criminais envolvendo os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, do jato Legacy que se chocou com o Boeing que fazia o voo 1907 da Gol, em 2006, afirmou em entrevista ao UOL Notícias que está trabalhando para concluir o caso o antes possível com o objetivo de evitar que os crimes prescrevam.

“Na verdade, nem trabalho com a ideia de prescrição dos crimes. Não quero que isso aconteça. Para isso estou trabalhando em busca de uma solução rápida para este caso, que teve tamanha repercussão”, afirmou a juíza.

Na avaliação da magistrada, a extinção da punibilidade ocorreria em quatro anos, considerando que os réus sejam condenados à pena mínima, que seria de dois anos. Neste caso, como a denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em maio de 2007, os crimes prescreveriam no mês de maio do ano que vem. Se o juiz decidir por uma pena maior, o prazo para a prescrição seria outro.

Gasques, porém, fez questão de frisar que a vontade de acelerar o caso não significa que não serão respeitados todos os passos do processo. “Quero que o caso ande rápido, mas sempre respeitando as regras, como a garantia de defesa, por exemplo”, afirmou.

“Este não é um processo fácil, é um caso de altíssima complexidade técnica. Nós dependemos de peritos especializados em aeronáutica, que deverão nos explicar o que aconteceu no dia do acidente.”

Jan Paladino (esquerda) e Joseph Lepore, que pilotavam o jato Legacy que se chocou no ar contra o Boeing da Gol, continuam voando normalmente nos Estados Unidos

Já o advogado da Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante D'Aquino, não descarta a possibilidade de prescrição dos crimes.

"É difícil estimarmos se vai levar muito tempo (até a conclusão do caso). A causa é complexa, envolve várias partes, envolve muitas testemunhas, e o risco da prescrição é o risco real, portanto nós estamos atentos e tentando ao máximo possível evitar manobras que possam conduzir o caso à prescrição", afirmou o advogado em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional, em janeiro deste ano.

Substituta

A magistrada, substituta da 3ª Vara Federal de Mato Grosso, assumiu os processos que tramitam na subseção da Justiça Federal de Sinop (MT) após o afastamento, por motivos de saúde, do juiz Murilo Mendes.

Ela deve cuidar do caso até outubro, quando vence a licença de Mendes. Esse prazo, porém, pode ser estendido caso o magistrado não esteja em condições de retornar ao trabalho.

Gasques negou que a substituição dos juízes possa prejudicar o andamento do processo. “O ideal é que o juiz leve o caso do começo ao fim, pois assim ele acompanha de perto tudo o que foi produzido desde o início, desde a fase de investigação. Mas isso não chega a prejudicar o processo, não acredito em um julgamento injusto por conta disso. Eu acredito na Justiça”, reponde.

Atuação

A primeira decisão de Gasques ao assumir o caso foi negar, na última terça-feira (25), a absolvição sumária dos dois pilotos.

Na decisão, a juíza afirmou que "os elementos de convicção até aqui colecionados não permitem dizer que os fatos imputados [aos pilotos] não constituem crime. Pelo contrário, há indícios de autoria e materialidade".

Em dezembro de 2008, o juiz Murilo Mendes absolveu os pilotos de algumas das condutas imputadas contra eles: negligência na adoção de procedimentos de emergência e eventual falha de comunicação com o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo).

O Ministério Público Federal e o assistente de acusação recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra a decisão de absolvição.

Além disso, a juíza determinou também a expedição de mandado de busca e apreensão dos equipamentos do Legacy, que estavam com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) de Brasília e foram entregues ao representante da empresa dos pilotos.

De acordo com a juíza, o mandado já foi cumprido e os equipamentos estão à disposição da Polícia Federal para nova perícia caso haja necessidade.

A última decisão tomada pela magistrada foi a intimação da defesa dos controladores de voo, também réus no processo, a comprovar e explicar a necessidade de produção de prova técnica.

A defesa dos pilotos também foi intimada para explicar a importância de serem ouvidas as testemunhas arroladas que estão fora do país.

“Após a apresentação das provas, nós iremos analisá-las e decidir se são necessárias ou não para a conclusão do caso”, disse Gasques.

Os dois pilotos norte-americanos também respondem a um segundo processo criminal, iniciado em 2009, após a conclusão da perícia de Roberto Peterka, que aponta conduta imprópria e negligência por parte dos acusados.

O acidente

Em 29 de setembro de 2006, o Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio de Janeiro (RJ), com previsão de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região Norte do país, ele colidiu com o Legacy da empresa de táxi aéreo americana ExcelAire.

O Boeing caiu em uma mata fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Os 154 ocupantes morreram. Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).

Pilotos norte-americanos continuam voando normalmente nos EUA

A agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA) negou o pedido de cassação dos dois pilotos americanos envolvidos no acidente do voo 1907 da Gol, no qual 154 pessoas morreram em setembro de 2006, segundo informações divulgadas nesta semana. Em carta datada do dia 27 de abril, a FAA afirma que, após análise dos pedidos e das perícias técnicas, não encontrou indícios de responsabilidade dos pilotos para pedir o início de um processo administrativo. A associação dos familiares das vítimas do acidente pretende agora levar a questão para a Corte Interamericana de Justiça, na Costa Rica.

Fonte: Raquel Maldonado (UOL Notícias - com informações da Folha.com e da Agência Brasil) - Foto: Claudio Versiani (Folha Imagem)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ação contra pilotos do Legacy é mantida

Dois pilotos americanos e quatro controladores de voo são réus em acidente que matou 153

A Justiça Federal em Mato Grosso decidiu pelo seguimento da ação e da etapa de produção de provas da acusação e defesa, atendendo ao pedido feito pelo Ministério Publico Federal na segunda denúncia contra os pilotos americanos do jato Legacy que, no dia 29 setembro de 2006, bateu na ponta da asa de um Boeing da Gol, provocando a queda da aeronave e a morte das 153 pessoas que estavam a bordo.

O acidente aconteceu a 37 mil pés de altitude, na região norte de Mato Grosso, próximo ao município de Peixoto de Azevedo. O avião da Gol fazia o voo 1907, de Manaus (AM) a Brasília (DF), e o Legacy ia de São José dos Campos (SP) em direção a Manaus, onde pousaria para, no dia seguinte, partir rumo ao exterior.

A decisão da juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques é do dia 19 de maio e foi divulgada hoje no site do MPF-MT. Na denúncia, a procuradora da República Analícia Ortega Hartz Trindade e o procurador Thiago Lemos de Andrade pedem o julgamento dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino também por mais duas condutas identificadas em dois laudos periciais produzidos a pedido de familiares das vítimas do Boeing da Gol. Os laudos apontaram que os pilotos omitiram a informação de que o jato não possuía autorização para voar em uma área tida como espaço aéreo especial e que os pilotos americanos não ligaram em nenhum momento do voo o sistema anticolisão (TCAS) do Legacy.

Segundo o MPF-MT, nesta etapa do andamento processual a juíza poderia se decidir pela absolvição sumária dos pilotos por essas duas novas condutas ou pelo seguimento da ação e produção de provas para julgamento. Em decisão, a juíza afirma que há indícios de autoria e materialidade, tendo em vista especialmente o relatório final do Cenipa (Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre a realização de diversos testes do transponder e TCAS da aeronave, que não apontaram a existência de qualquer problema que poderia ser atribuído à causa do não acionamento do segundo equipamento. Segundo a juíza, no momento não estão presentes hipóteses que justifiquem absolvição sumária.

Para a procuradora Analícia, essa decisão pela continuidade da segunda ação é um passo importante para a atuação do Ministério Público Federal que, juntamente com a colaboração dos familiares das vítimas e a assistência da acusação, busca a condenação dos seis denunciados como responsáveis pelo acidente.

Mas a procuradora manifestou sua preocupação com a morosidade do andamento do processo, uma vez que as condutas imputadas aos controladores de voo e aos pilotos americanos na primeira denúncia prescrevem em quatro anos desde o recebimento da peça acusatória, em junho de 2007. "Considerando que quase três anos já se passaram desde o recebimento da denúncia, se não houver sentença final até junho de 2011 terá sido como se não tivesse ocorrido qualquer conduta criminosa, ou seja, mais um caso de impunidade em um crime com consequências tão desastrosas."

Os dois pilotos americanos e quatro controladores de voo são réus em ações do MPF pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo nacional. As duas ações tramitam na Justiça Federal em Sinop (MT): a primeira ação foi proposta em maio de 2007 e a segunda - contra os dois pilotos apenas - em maio de 2009. A pena prevista para o crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo varia entre um ano e quatro meses e cinco anos e quatro meses

Os pilotos do jato Legacy Joseph Lepore e Jan Paul Paladino e os controladores de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar, Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos Reis respondem na Justiça por crime culposo (sem intenção). O quarto controlador, Jomarcelo Fernandes dos Santos, denunciado por crime doloso, foi absolvido do dolo, mas continua a responder pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo. Todos os controladores de voo são sargentos da Aeronáutica lotados no Cindacta 1, em Brasília.

Fonte: Venilson Ferreira (O Estado de S. Paulo)

Tentativa de furto de avião em Pimenta Bueno (RO) pode ter relação com tráfico Internacional

Um roubo no aeroporto de Pimenta Bueno (município em destaque no mapa acima), em Rondônia, pode estar relacionado com as quadrilhas internacionais de traficantes que levam aeronaves brasileiras para atender o comércio ilegal de drogas na Bolívia.

Na madrugada de quinta-feira (27), homens não identificados arrombaram o hangar onde estava estacionado o avião Piper Matrix, prefixo PT–TOR, de propriedade da empresa Ciclo Cairu. Após estourarem o cadeado do portão do hangar, arrombaram o pequeno monomotor. Do escritório do local, roubaram a chave da aeronave, porém, por motivo desconhecido, abortaram o furto.

Para não “perderem a viagem”, levaram um notebook, uma máquina fotográfica e a caixa de ferramentas do avião. A polícia técnica esteve no local. A suspeita de tentativa de furto do avião é grande. Foi registrado o Boletim de Ocorrência na delegacia de Pimenta Bueno com o nº 1807/2010.

Fonte: Rondoniaovivo.com - Mapa: Franklin Silveira Baldo (Wikipédia)

Prefeitura de Cachoeira do Sul (RS) vai ceder área para empresa de Aviação Agrícola

O prefeito de Cachoeira do Sul (RS) (em destaque no mapa acima) Sergio Ghignatti remeteu nesta sexta-feira para o Legislativo, Projeto de Lei solicitando autorização para ceder o Lote n0. 7, com 4.200 m², junto ao Aeroporto Municipal, para a DPA Aviação Agrícola Ltda.

O prazo para uso será de 15 anos renovável por mais 15 anos. A empresa se compromete em gerar até 15 empregos em cinco anos.

Fonte: Rádio Fandango - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu - Foto: DPA

Líder de associação de moradores promete lutar contra helicópteros 24 horas em Congonhas

Para Lígia Horta, helicópteros fazem mais barulho do que aviões

A ideia do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de estender para 24 horas o horário dos pousos e decolagens de helicópteros no aeroporto de Congonhas não repercutiu bem no bairro de Moema. Lígia Horta, líder da associação de moradores do bairro, que fica na zona sul, prometeu em entrevista ao R7 que vai lutar contra isso.

Segundo ela, o chamado repouso noturno, que faz o aeroporto fechar entre as 23h e as 6h, foi uma conquista dos moradores adquirida depois de dois anos de protestos entre 1987 e 1989.

– De jeito, nenhum [os helicópteros operarão 24 horas]. Somos absolutamente contra. Preciso ver com o pessoal para ver que providências a gente vai tomar. Nessas horas, a gente tem sempre que acionar vereador, deputado.

Para Lígia, helicópteros fazem mais barulho que avião, pois “ficam rondando, passeando perto das casas antes de pousar”. A mudança prejudicaria mais de 80 mil pessoas, segundo a líder comunitária.

Durante os 11 minutos em que falou com a reportagem por telefone, a conversa foi interrompida duas vezes pelo barulho de aviões. De acordo com Lígia, a casa estava totalmente fechada.

Fonte: João Varella (R7)

Feira busca novos pilotos; formação custa mais de R$ 45 mil

A 3ª edição da Feira Nacional de Aviação Civil, que teve início na manhã desta sexta-feira, próximo ao aeroporto de Congonhas, tem o objetivo de incentivar o interesse das crianças pela aviação. Por este motivo, escolas públicas foram convidadas para participar do evento (foto abaixo). O Projeto Kero Voar é uma das atrações da Feira. "As crianças entram nos aviões e sentem que estão voando, isso desperta um interesse", explicou o Comandante Massuia, responsável pelo projeto.

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, Solange Paiva Vieira, afirmou durante a abertura do evento que a Anac "quer fazer nascer nas crianças brasileiras a paixão pela aviação".

Segundo o piloto Luis Felipe Jotz, o setor aéreo vive um bom momento, "o mercado está aquecido para nós e as maiores empresas do setor estão contratando", disse. Para ele, a tendência é "só melhorar", já que o Brasil vai sediar a copa e a demanda de voos, "sem dúvida vai aumentar". O crescimento anual do setor é de "mais de 10%".

Mas, a formação de um piloto não é tão simples e acessível. De acordo com o piloto Luis Felipe Jotz, "a aviação é elitizada" e o gasto ultrapassa R$ 45 mil. "Cada hora de voo, a mais barata, sair por mais ou menos 300 reais", disse ele. De acordo com Jotz, para a entrada em uma grande companhia aérea são necessárias, "no mínimo mil horas de voo".

Pensando nisso, a Anac desenvolve um programa de bolsas a alunos que desejam ingressar no setor aéreo e se formar como piloto. Segundo o engenheiro, especialista em regulação da Agência, Rogério Pucci Filho, o programa pré-seleciona os interessados e oferece uma bolsa de estudos para a formação de piloto. "É difícil, não é impossível e a Anac tenta ajudar", disse ele.

O programa cobre os valores de 75% das horas de voo, em 19 aeroclubes de oito Estados do País. Em 2010, foram oferecidas 213 bolsas para 405 candidatos inscritos. De acordo com a ANAC se a formação for paga, diretamente, pelo aluno, a formação prática como Piloto Privado - primeira etapa antes de iniciar na carreira - custa cerca de R$ 14 mil e, como Piloto Comercial - que já pode exercer a profissão - até superar R$ 70 mil.

A 3ª edição da Feira Nacional de Aviação Civil acontece até o dia 30 de maio das 9h às 17h.

Fonte: Thaís Sabino (Terra) - Foto: Ivan Pacheco/Terra