quinta-feira, 25 de março de 2010

Em troca de caças, Saab pode construir fábrica no Brasil

CEO da empresa, Ake Svensson, diz que Brasil poderá vender aviões de transporte

O CEO da Saab, Ake Svensson, disse nesta quinta-feira (25) em São Paulo que, caso o governo brasileiro opte pelos caças Gripen NG, da Suécia, a empresa pode construir uma fábrica no Brasil. Svensson diz que a nova instalação, que seria provavelmente localizada em São Bernardo do Campo, poderia fabricar aeronaves e carros.

De acordo com o executivo, a Suécia busca um parceiro e não um cliente. Além da Saab, disputam o contrato para a venda de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) a francesa Dassault, com os caças Rafale, e a norte-americana Boeing, com os F-18 Super Hornet, numa transação que pode chegar a R$ 10 bilhões.

Para Svensson, mais do que transferência, a Suécia oferece uma oportunidade de desenvolvimento conjunto de tecnologia.

- Nossa melhor oferta foi feita. Oferecemos um pacote completo no qual não estamos apenas colocando um produto no Brasil, mas confiando no Brasil como um parceiro. Temos uma ótima proposta financeira, um produto que supera as necessidades brasileiras e a garantia de apoio do Estado da Suécia. Não podemos ser mais fortes do que isso.

Svensson disse ainda que a Aeronáutica sueca precisa de aviões de transporte, dando a entender que uma escolha brasileira pelos Gripen NG poderia facilitar uma escolha da Suécia por aviões da Embraer. A parceria poderia resultar ainda, diz Svensson, na venda de aeronaves para a África do Sul, que utiliza os caças suecos Gripen.

Svensson afirmou que o momento atual é ideal para que o Brasil e a Suécia façam um “acordo perfeito”.

- Nós queremos casar e ser felizes por muito tempo.

Como um antecedente que conta a favor da parceria, Svensson citou o Sivam (sistema de radares da Amazônia), que foi desenvolvido em conjunto pelos dois países.

Entre as vantagens da aeronave sueca estão seu preço, cerca de metade do Rafale, francês, e a transferência – ou desenvolvimento, conforme Svensson - de tecnologia, uma vez que, dizem os suecos, grande parte das aeronaves seria fabricada no Brasil. Já como desvantagens pesam o fato de o Gripen NG ter apenas um motor e utilizar componentes que não são fabricados no país, o que poderia resultar em limitações caso o Brasil queira comercializar o produto no futuro.

Svensson participou nesta quinta de um debate sobre interação de alta tecnologia entre o Brasil e a Suécia. Também presente ao evento, o rei do país europeu, Carl Gustaf, não falou sobre os caças. Amanhã, o rei deve visitar a fábrica da Embraer em São José dos Campos.

Fonte: Gabriel Mestieri (R7)

Brasil ganha nova companhia aérea: Whitejets

O Brasil vai ganhar uma nova companhia aérea. Trata-se da Whitejets, companhia aérea fundada pelo empresário José Manuel Antunes, que opera seu primeiro voo em 5 de junho entre Viracopos, no interior de São Paulo, e Varadero, em Cuba.

O segundo voo será entre Viracopos, Punta Cana e Cancun. As viagens serão feitas a bordo de um A310, com capacidade para 225 pessoas na classe econômica e 12 na executiva. O avião está desde 31 de janeiro no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, fazendo o check C e terminando detalhes de pintura.

O curioso da companhia é que ela vai operar apenas para destinos internacionais, por meio de fretamentos com operadoras – serão 14 no total. “Não vamos vender diretamente para o público final”, explicou o diretor. “Estamos entrando no mercado brasileiro e não queremos roubar o lugar de ninguém. Estamos trazendo para o Brasil e para o mundo um novo conceito para acrescentar e não dividir o mercado”, acrescentou. Em uma primeira fase a companhia aérea voará apenas para a região do Caribe, mas em 2011 estão previstos voos para Estados Unidos e Europa.

Para comercializar os voos e negociar com os operadores, José Manuel Antunes firmou uma parceria com o Grupo Omni Aviação, que defende os interesses da Whitejets Portugal, e criou a operadora Club Vip Tur (www.clubvip-tur.com). “Seremos uma empresa 100% brasileira. Até o final de 2010 chegará a nossa segunda aeronave e, em 2011, a terceira. Todos Airbus A310”, afirmou.

Fonte: Portal Panrotas

Voo 447: retomadas as buscas da caixa-preta

A terceira e provavelmente última fase de buscas das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico em 31 de maio do ano passado terá início no próximo domingo (28). Os dois navios - Anne Candies (Estados Unidos) e Seabed Worker (Noruega - foto acima) - que irão auxiliar nas investigações já estão no Recife. Segundo o Escritório de Investigações e Análise (BEA), órgão francês que investiga o acidente, o principal objetivo é encontrar a caixa-preta da aeronave. Sem o equipamento, será impossível identificar as reais causas do acidente. O avião, que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, caiu a cerca de 1.500 km do Recife, matando as 228 pessoas a bordo. Às 23h14 do dia 31 de maio, a aeronave emitiu uma mensagem automática de despressurização e pane elétrica. As últimas buscas foram interrompidas em agosto do ano passado.

Segundo Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, esta etapa é considerada a mais importante. Os dois navios trazem o que há de mais moderno em tecnologia - três robôs submersíveis teleguiados remotamente com localizadores sonares que podem fazer buscas em até quatro mil metros de profundidade. A área de busca também foi reduzida em até dez vezes, ficando restrita a dois mil quilômetros quadrados. A estimativa é de que essa fase dure cerca de 32 dias. "A área do acidente é muito acidentada, o que dificulta as buscas, mas estamos otimistas", afirmou Jean-Paul.



Especialistas internacionais estarão a bordo dos navios, entre eles técnicos da Airbus e da Air France e investigadores dos Estados Unidos, Alemanha e Noruega. Autoridades brasileiras não participarão diretamente das buscas. A nova fase custará 10 milhões de euros e será financiada em partes iguais pela Air France e pela Airbus, construtor do A330.

As causas do acidente com o voo 447 ainda são desconhecidas. O último relatório técnico, divulgado no dia 17 de dezembro, indicou falhas nas chamadas sondas pitot, que medem a velocidade das aeronaves em voo, mas descartou que o problema tenha sido a causa do acidente. De acordo com o investigador-chefe da operação, Alain Bouillard, até hoje não há registro de que a caixa-preta de um avião tenha sido encontrada tanto tempo depois do acidente. Caso o equipamento seja achado, será um episódio único. Nesse caso, o artefato será imediatamente enviado para a França.

Veja Imagens do resgate de vítimas e destroços do Voo 447.

Fonte: Inês Calado (JC Online) - Foto: Hélia Scheppa (JC Imagens)

Atribuem a erro humano acidente de aviação em Honduras

Um erro do piloto foi a causa do acidente de avião da companhia TACA ocorrido em maio de 2008 no aeroporto de Toncontín, da capital hondureña, assinala um relatório difundido hoje aqui.

O Airbus A-320, que cobria a rota San Salvador-Tegucigalpa com 124 passageiros a bordo, aterrissou a metade da pista e depois caiu em uma avenida muito transitada, com o saldo de cinco mortos e 80 feridos.

Segundo a comissão salvadorenha que pesquisou a tragédia, a responsabilidade foi do piloto César D Antonio por ter tomado a decisão de aterrissar apesar da chuva e de um denso nevoeiro.

"Ainda quando a torre de controle lhe dê uma indicação, se ele considera que as condições são demasiado perigosas, está em sua decisão não aterrissar", disse René Rodríguez, chefe da equipe que elaborou o relatório.

No acidente morreram o piloto, o copiloto, o presidente do Banco Centroamericano de Integração Econômica e outras duas pessoas que passavam pelo lugar.

O aeroporto de Toncontín é considerado um dos mais perigosos do continente por estar localizado entre colinas e devido à pouca extensão de sua pista.

Fonte: Prensa Latina

OMC: Airbus recebeu subsídios indevidos para superjumbo

A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu na terça-feira que a fabricante de aviões europeia Airbus recebeu subsídios indevidos para seu superjumbo A380, de US$ 13 bilhões, e várias outras aeronaves, prejudicando a Boeing, sua rival americana, anunciaram integrantes do setor nos Estados Unidos e Europa.

A decisão confirma o veredicto provisório de setembro de uma queixa de longa data dos Estados Unidos sobre o apoio europeu à Airbus.

A Boeing sustenta que os subsídios ajudaram a Airbus a superá-la em 2003, tornando-se a maior fabricante de aviões do mundo. A Boeing espera que a decisão possa ajudá-la a se recuperar quando seu 787 Dreamliner chegar ao mercado.

A decisão ocorreu em meio à tensão crescente de queixas europeias de protecionismo na competição do Pentágono por um contrato de cerca de US$ 35 bilhões a US$ 40 bilhões para aviões-tanque de reabastecimento da Força Aérea americana, o mais recente atrito entre as companhias.

Os líderes europeus se irritaram quando a Northrop Grumman, parceira da empresa que controla a Airbus, abandonou a licitação do avião-tanque, deixando a Boeing como aparente vencedora.

A empresa que controla a Airbus, a European Aeronautic Defense and Space Co., anunciou inicialmente que se retiraria, mas depois pediu ao Pentágono mais tempo para estudar a licitação. Do lado americano, a descoberta mais crucial foi que a maioria dos empréstimos dos governos europeus para o desenvolvimento do jato de passageiros A380 configurava subsídios proibidos. Os empréstimos, chamados de "auxílio de lançamento", são considerados indevidos se fornecidos a taxas inferiores às de mercado.

O deputado democrata Norm Dicks (Washington) disse que a organização de comércio também havia descoberto que a Europa forneceu subsídios indevidos para todas as grandes aeronaves comerciais da Airbus, inclusive cinco outras séries de jatos - A300, A310, A330 e A340.

Em nota na terça-feira, a Airbus confirmou que o painel da OMC havia entendido que os empréstimos continham "um certo elemento de subsídio". A Airbus disse que não vai deixar de usar empréstimos de governos em geral.

Mas advogados comerciais disseram que o auxílio de lançamento é legal apenas se os empréstimos forem feitos a taxas de mercado.

A organização de comércio também descobriu que o auxílio para o A380 tinha o objetivo de incentivar as exportações. Sob as regras da OMC, tais subsídios precisam ser encerrados "sem demora". Os europeus terão mais tempo para interromper qualquer auxílio sendo pago para modelos antigos. A Airbus pode entrar com recurso, e o caso, iniciado há quase seis anos, vai provavelmente se arrastar por muitos meses ainda.

A OMC também analisa uma queixa europeia de que a Boeing se beneficiou indevidamente de subsídios de seus negócios militares. A Airbus disse na nota que "a resolução será finalmente descoberta apenas em negociações transatlânticas".

A Airbus também declarou que a OMC havia rejeitado 70% dos argumentos específicos feitos pelos Estados Unidos. Mas a Boeing disse no passado que, nos pontos cruciais, apenas um dos vários argumentos precisaria ser aceito para o painel entender que houve subsídio injusto.

A Boeing espera que uma vitória nesse caso pressione a Europa a eliminar os subsídios ao A350, um grande jato de passageiros sendo desenvolvido para competir com o avião mais importante da Boeing, o novo 787 Dreamliner, feito de compostos de carbono.

A decisão da organização não se aplica formalmente aos cerca de US$ 4,3 bilhões de empréstimos europeus prometidos para o desenvolvimento do A350, já que os trabalhos na aeronave não haviam começado quando a queixa foi formalizada. A Airbus disse na terça-feira que a decisão não afetaria esse financiamento.

"É muito difícil fazer governos mudarem seus métodos", disse Richard L. Aboulafia, analista de aviação do Teal Group. "Você pode condená-los por uma coisa e eles acham um jeito diferente de alcançar o mesmo objetivo."

Mas a decisão pode armar os apoiadores da Boeing que tentam impedir no Congresso americano que o Pentágono dê mais tempo à companhia europeia na licitação do avião-tanque.

A senadora Patty Murray, democrata de Washington que liderou os esforços para iniciar o caso, disse na terça-feira que, devido à decisão, "agora não é a hora de atrasar ainda mais essa competição".

A decisão pode significar que a Airbus deverá ser obrigada a refinanciar alguns de seus empréstimos a juros baixos em termos comerciais. Sob os atuais termos, a Airbus faz pagamentos à medida que entrega os aviões aos compradores.

Brasil, Canadá, China e Japão - todos membros da Organização Mundial do Comércio com indústrias de aeronaves - observam o caso para ver se serão afetados por algum precedente estabelecido pelo julgamento. Assim como a Rússia, que negocia para entrar na organização desde 1995. Os cinco países investiram quantias significativas de dinheiro público e alguns esperam competir com a Boeing e a Airbus no mercado de jatos de 150 a 200 assentos.

Fonte: Christopher Drew e Nicola Clark (The New York Times) - Amy Traduções via Terra

Terroristas querem explodir peitos em avião

Nova técnica já estaria sendo testada por radicais siliconadas

Vale tudo para embarcar com explosivos no avião. Até dar uma turbinada no peito de militantes terroristas.

Cirurgiões plásticos do Paquistão já estariam operando suicidas dispostas a colocar um implante cheio de explosivos para arrebentar um avião, dizem especialistas.

Apenas uma pequena quantidade de tetranitrato de pentaeritrina colocado em uma prótese nos seios poderia explodir um avião.

O pior é que é quase impossível detectar este tipo de silicone do eixo do mal nos aeroportos.

Segundo o especialista Joseph Farah, em entrevista ao tabloide britânico The Sun, as mulheres dispostas a dar uma turbinada no visual e a destruir aviões já estão sendo recrutadas pela Al Qaeda.

Os cirurgiões podem também colocar explosivo nas nádegas das militantes.

O serviço de inteligência do Reino Unido já teria interceptado conversas de terroristas no Paquistão e no Iêmen acertando detalhes das cirurgias.

Fonte: R7 - Foto: Getty Images

Apesar de crise, Israel e EUA assinam acordo para compra de aviões militares

Israel e Estados Unidos assinaram um acordo para a compra de aviões militares apesar da crise política relacionada à expansão das colônias judaicas em Jerusalém Oriental, informa a edição digital do jornal "Ha'aretz".

Segundo o veículo, na terça-feira, no mesmo momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava na Casa Branca com o presidente americano, Barack Obama, o Pentágono e o Ministério da Defesa de Israel selavam o acordo.

Israel adquirirá três novos aviões C-130J Super Hercules, fabricados pela empresa americana Lockheed Martin, numa compra de US$ 210 milhões.

As aeronaves serão construídas de acordo com as necessidades israelenses em matéria de defesa e incluem um grande número de sistemas fabricados pela indústria militar israelense.

O acordo será financiado com fundos da ajuda externa americana. O Pentágono emitirá um anúncio formal sobre o mesmo ainda hoje.

Além disso, EUA e Israel ainda não chegaram a um acordo em relação à aquisição de outro avião da empresa Lockheed Martin por parte do Estado judeu.

Seria um F-35, que custa US$ 3 bilhões, mas não se sabe quando o acordo será fechado. Caso isso venha a ocorrer, Israel poderia receber o avião em 2014, segundo o "Ha'aretz".

Fonte: EFE via G1

Relatório sobre caças deve ser entregue a Lula até a Páscoa, diz Jobim

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, espera entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a Semana Santa o relatório com as indicações para a escolha do caça que vai ser usado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

" O trabalho está na consultoria jurídica do Ministério da Defesa, fazendo o exame jurídico da legalidade de todo o procedimento para que depois eu faça a exposição de motivos ao presidente. Com isso, eu creio que pela Páscoa eu terei condições de apresentar ao presidente a exposição de motivos " , disse Jobim, que participou do seminário "O cenário global de segurança", promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Jobim acrescentou que o relatório conterá a sugestão para escolha de um dos concorrentes e fixará parâmetros para o prosseguimento das negociações com o eventual escolhido.

O ministro reiterou diversas vezes que a escolha ainda não foi feita e que a principal questão envolve o pacote tecnológico envolvido no processo, com a capacitação da indústria nacional e a transferência de tecnologia.

Questionado sobre a existência de uma relação anterior com os militares franceses - que já têm um acordo para o Brasil para o desenvolvimento de submarinos -, Jobim afirmou que isso não significa a vitória francesa por antecipação na concorrência dos aviões.

" Temos experiência com eles. Isso tudo não significa que seja a decisão final " , frisou.

Além da francesa Dassault, que concorre com o caça Rafale, estão na disputa a sueca Saab, com o avião Gripen NG, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet.

Fonte: Rafael Rosas (Valor Online) via O Globo

Estreante, brasileiro é punido no treino do Mundial de corrida aérea

O brasileiro Adilson Kindlemann, 36 anos, não começou bem o primeiro treino-livre do Mundial de corrida aérea (Red Bull Air Race), nesta quinta-feira, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Ainda em adaptação, o piloto acabou desclassificado por causar uma espécie de instabilidade na aeronave.

Kindlemann participou da sessão oficial de treinos exibindo um novo visual em seu avião MXS-R, agora pintado nas cores verde e amarela. O líder da sessão foi o atual campeão mundial, o inglês Paul Bonhomme. Seu arquirrival austríaco, Hannes Arch, campeão de 2008, acabou em quarto, atrás ainda do inglês Nigel Lamb e do francês Nicolas Ivanoff.

“O circuito é apertado demais para o meu avião, que é muito rápido”, brincou o brasileiro. “Na verdade, são várias novidades para mim. Quero usar esses treinos para aprender passo-a-passo. Cada sessão é uma oportunidade para ganhar experiência, voando sempre com segurança”, completou Kindlemann.

Nesta sexta-feira, às 10h (3h em Brasília), Adilson disputa o treino de classificação que leva os 10 melhores direto para a corrida, no sábado, no mesmo horário. Os cinco eliminados na sexta-feira disputam uma repescagem no sábado pela manhã, e os dois melhores prosseguem para a disputa principal.

Antes de viajar para os Emirados Árabes, Kindlemann enfrentou uma temporada na gelada Wilkesboro, na Carolina do Norte (EUA), onde manteve uma rotina diária e pesada de treinos. “A temperatura média era de 2 ºC, com muito vento. O que mais atrapalhou o treinamento foi a turbulência”, lembrou.

A competição terá oito etapas. Depois de Abu Dhabi, o Mundial segue para Perth (Austrália) em 18 de abril, antes de chegar ao Brasil. No Rio de Janeiro, os treinos de classificação acontecem no sábado 8 de maio e a corrida no domingo, 9 de maio. Em seguida, segue para Windsor (Canadá), do dia 6 de junho e para uma inédita etapa em Nova York duas semanas depois, no dia 20 de junho.

Outra novidade será a primeira etapa disputada sobre um autódromo convencional, no dia 8 de agosto, no EuroSpeedway, em Lausitz, Alemanha. A temporada continua com o retorno a Budapeste na Hungria (20 de agosto), e será encerrada com mais um novo destino: Lisboa, em Portugal, no dia 5 de setembro.

Fonte: UOL Esporte - Foto: Red Bull Divulgação

Temporada 2010 da Red Bull Air Race começa em Abu Dhabi

Foram meses de ansiedade e espera, finalmente dissipados na tarde dessa quinta-feira (25/3) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes: o brasileiro Adilson Kindlemann, paulista de 36 anos, já faz parte oficialmente da elite de pilotos do Red Bull Air Race, o Mundial de Corrida Aérea.

Kindlemann participou da sessão oficial de treinos exibindo um novo visual em seu avião MXS-R, agora pintado nas cores verde e amarela da Petrobras. Ainda se acostumando com as desafios de voar a quase 400km/h a poucos metros de altura, e sofrendo com o vento forte na baía de Abu Dhabi, Adilson acabou desclassificado por “estolar” (manobra em que o avião perde sustentação) na sessão de treinos dessa quinta.

O líder foi o atual campeão mundial, o inglês Paul Bonhomme. Seu arquirrival austríaco, Hannes Arch, campeão de 2008, acabou em quarto, atrás ainda do inglês Nigel Lamb e do francês Nicolas Ivanoff.

“O circuito é apertado demais para o meu avião, que é muito rápido”, brincou Adilson. “Na verdade”, prosseguiu, “são várias novidades para mim. Quero usar esses treinos para aprender passo-a-passo. Cada sessão é uma oportunidade para ganhar experiência, voando sempre com segurança”.

Amanhã (sexta), Adilson disputa o treino de classificação que leva os 10 melhores direto para a corrida, no sábado. Os cinco eliminados na sexta disputam uma repescagem no sábado pela manhã, e os dois melhores prosseguem para a disputa principal.

1º Treino livre – Red Bull Air Race Abu Dhabi:

1) Paul Bonhomme, GBR, 1:12.37
2) Nigel Lamb, GBR, 1:12.68 + 0.31
3) Nicolas Ivanoff, FRA, 1:12.87 + 0.50
4) Hannes Arch, AUT, 1:13.03 + 0.66
5) Matt Hall, AUS, 1:13.35 + 0.98
6) Yoshihide Muroya, JAP, 1:13.75 + 1.38
7) Kirby Chambliss, EUA, 1:14.57 + 2.20
8) Michael Goulian, EUA, 1:14.70 + 2.33
9) Pete McLeod, CAN, 1:17.18 + 4.81
10) Matthias Dolderer, ALE, 1:18.07 + 5.70
11) Peter Besenyei, HUN, 1:18.16 + 5.79
12) Sergey Rakhmanin, RUS, 1:18.49 + 6.12
13) Martin Sonka, TCH, 1:26.48 + 14.11
14) Alejandro Maclean, ESP, DQ
15) Adilson Kindlemann, BRA, DQ

Fonte: 360 Graus - Foto: Red Bull Divulgação

Bin Laden ameaça EUA se Khaled Sheikh Mohamed for executado

O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, ameaçou matar todos os americanos capturados por sua rede se Khaled Sheikh Mohammed, principal acusados dos atentados do 11 de setembro, e seus companheiros forem executados, informou nesta quinta-feira o canal Al-Jazeera.

Em mensagem destinada ao povo americano, Bin Laden afirma que o presidente Barack Obama "sugue a mesma política que seus antecessores", notadamente no Afeganistão, e denuncia a vontade da Casa Branca de "executar os heróis" Khaled Cheikh Mohammed e seus companheiros.

"O dia em que os Estados Unidos tomarem esta decisão, também estarão tomando a decisão de que qualquer um de vocês que caírem em nossas mãos serão executados", acrecenta a mensagem.

Também denunciou a política americana para o Oriente Médio: "os políticos da Casa Branca continuam exercendo a injustiça para conosco, principalmente ao apoiar os israelenses que ocupam nossa terra, a Palestina", disse ainda.

Na mensagem anterior do chefe da Al-Qaeda, difundida em 24 de janeiro, ele reivindicou o atentado fracassado contra o avião americano no dia de Natal, ameaçando os Estados Unidos com novos ataques se continuasse apoiando Israel.

Khaled Sheikh Mohammed, cérebro confesso dos atentados que deixaram mais de 3.000 mortos nos Estados Unidos, e quatro cúmplices devem ser julgados numa data ainda não determinada num processo de direito comum ou em um tribunal militar de exceção.

Fonte: AFP

Pioneira da aviação morre aos 98 anos nos EUA

Elinor Smith ficou famosa ao voar sob pontes em Nova York aos 17 anos.

Ela pilotou pela última vez quando tinha 89 anos.

A pioneira da aviação Elinor Smith em foto em Roosevelt Field, Long Island, em foto de 1931. Elinor morrreu em 19 de março, aos 98 anos, em uma casa de repouso em Palo Alto. Ela é considerada uma das primeiras mulheres a pilotar avião, nos anos 1920, e estabeleceu vários recordos. Ela ficou famosa quando, aos 17 anos, voou sob as quatro pontes do East River, em Nova York. Ela fez seu último voo aos 89 anos.

Fonte: AP via G1 - Foto: AP

Defeitos em dois aviões no Aeroporto Tom Jobim irritam passageiros

Cancelamento de reunião de negócios, atraso na viagem de lua de mel, perda de diárias pagas em hotéis e locadoras de automóveis, calor e falta de informações foram as principais reclamações de passageiros que tiveram o voo (904 da American Airlines, do Rio para Miami) cancelado por dois dias consecutivos, na segunda e terça-feira, por problemas técnicos. O avião finalmente seguiu para Miami quarta à noite.

Na terça, outra aeronave também apresentou defeito no Aeroporto Internacional Tom Jobim: um voo da Gol com destino a Porto Alegre. Os passageiros tiveram que esperar embarcados, com as portas fechadas e sem ar-condicionado, como noticiou a coluna Gente Boa. Alguns chegaram a passar mal, como o ator Reginaldo Faria.

No voo para Porto Alegre, o ator Reginaldo Faria reclamou da forma como a Gol conduziu o problema, dizendo que os passageiros foram tratados como animais:
- Os passageiros ficaram trancados, revoltados, sem ar-condicionado, no maior calor. Comecei a passar mal. Várias pessoas também, inclusive uma cadeirante. Queríamos oxigênio. Foi um tremendo descaso da empresa, desconsideração muito grande, como se fôssemos gado, cachorro, porco.

Fonte: Cláudio Motta (O Globo)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lula diz que decisão sobre caças vai cumprir calendário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que existe um calendário de discussões sobre a compra dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) e que, diante disso, a visita do rei da Suécia, Carl Gustaf, ao Brasil hoje não "diminui nem aumenta" a dúvida sobre os caças.

"Estamos numa fase em que o ministro Jobim (ministro da Defesa, Nelson Jobim) está consultando as secretarias do próprio ministério da Defesa sobre estudo feito pela Aeronáutica. Depois disso, vai chegar às minhas mãos. Nós vamos analisar as propostas e aí eu vou tomar a decisão no momento adequado", disse o presidente.

Segundo Lula, este é um ano atípico, um ano eleitoral, e por isso é preciso "ter cuidado necessário". "Uma coisa dessa envergadura não pode ficar à mercê da especulação política. Então, é preciso ter muito cuidado, muito bom senso", disse, acrescentando que o governo quer conversar com todos os setores da sociedade.

"O ministro Jobim já tem autorização para conversar e, depois, nós vamos tomar a decisão, sem nenhum nervosismo, sem nenhum trauma". Lula ainda acrescentou que a questão da compra dos caças custa muito dinheiro e que não vai ser pago no seu governo. "Por isso, tenho de ter mais cuidado e responsabilidade".

Lobby

Durante almoço no Palácio do Itamaraty, o rei da Suécia Carl Gustaf aproveitou para reforçar o lobby da empresa sueca Saab, que é uma das interessadas em vender ao Brasil o caça Gripen. Ele disse que Brasil e Suécia têm capacidade de parcerias de alta tecnologia e inovação, especialmente na área de aeronáutica.

"Obviamente, o rei da Suécia faz o que fazem todas as pessoas que eu encontro. Eu vou encontrar o Medvedev (presidente da Rússia, Dmitri Medvedev), daqui a alguns dias, no encontro dos Brics, e o Medvedev vai me falar dos aviões russos. Eu vou encontrar daqui a pouco com o Obama (presidente dos Estados Unidos, Barack Obama) para discutir a questão nuclear, e ele vai falar do negócio dos aviões americanos. Eu vou encontrar com o Sarkozy (presidente da França, Nicola Sarkozy) e ele vai falar dos aviões. Cada um vai falando, a gente vai aprendendo. Quem sabe os preços vão caindo e quem sabe as coisas vão melhorando", disse o presidente Lula, em entrevista após o encontro com o rei da Suécia, no Itamaraty.

Lula acrescentou que o Brasil quer ter tecnologia e fabricar o avião no País. "Queremos que o Brasil seja inclusive, num futuro bem próximo, exportador desses aviões", completou. Questionado se o Brasil já tinha tomado uma decisão sobre qual caça será comprado, Lula disse: "Não, ainda não. Ainda não chegaram para mim os estudos definitivos. Então, depois de ouvir o conselho de Defesa, aí vou tomar a decisão".

Fonte: Tânia Monteiro e Leonencio Nossa (Agência Estado) - Imagem: Arquivo do Blog

Saab veicula propaganda de caça na TV

A companhia sueca Saab, que disputa a licitação por um contrato bilionário para o fornecimento de 36 caças à Força Aérea do Brasil, veiculou na noite desta quarta-feira um comercial no intervalo do Jornal Nacional, na TV Globo.

O anúncio dizia que "o Brasil vai produzir caças nacionais e exportá-los para todo o mundo", e mostrava o logotipo da empresa.

A estratégia de propaganda coincide com a vinda de uma delegação sueca, que chegou nesta terça-feira ao Brasil, encabeçada pelo rei Carl XVI Gustaf e a rainha Silvia, e na qual também está o ministro da Defesa Sten Tolgfors, além de vários empresários. Um deles é justamente Aake Svensson, presidente executivo da Saab. Svensson disse nesta quarta-feira que é muito difícil prever o resultado da licitação. "Sempre é uma decisão política", afirmou.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa afirmou que essa é uma "questão empresarial" que não tem nada a ver com a pasta, e que as outras empresas concorrentes também "estão em campanha" e publicaram anúncios em revista.

O avião Gripen da Saab disputa a licitação dos caças com o F18 da americana Boeing e o Rafale da francesa Dassault, favorito do governo brasileiro. Na semana passada o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os caças da francesa Dassault têm vantagem sobre os outros dois do ponto de vista de transferência de tecnologia.

Segundo a assessoria do Ministério, Jobim está avaliando informações adicionais que foram solicitadas à Saab e deve entregar um relatório ao presidente Lula no mês de abril indicando sua sugestão.

Fonte: Yahoo! Notícias (com agência EFE)

Funcionário de aeroporto britânico é acusado de espiar colega nua em scanner

Ele teria visto nudez com ajuda do aparelho e comentado sobre seios dela.

Ela se incomodou, denunciou-o e aumentou polêmica sobre os scanners.

Um funcionário da segurança do aeroporto britânico de Heathrow recebeu uma repreensão da polícia e enfrenta ação disciplinar por ter supostamente 'dado uma secada' em uma colega mulher usando um scanner corporal, disseram as autoridades nesta quarta-feira (24).

O funcionário, de 25 anos, fez comentários picantes depois que sua colega, Jo Margetson, de 29, inadvertidamente passou pelo scanner, que permite a visão do corpo por baixo das roupas, segundo o tabloide 'The Sun'.

Ela relatou que ele ficou olhando cuidadosamente para o monitor do aparelho enquanto ela passava. Depois, teria feito comentários picantes sobre o que viu, referindo-se aos seis da mulher.

Jo Margetson em foto publicada pelo 'Sun'

O caso aparentemente é o primeiro do gênero desde que os scanners começaram a ser usados em aeroportos britânicos, por questão de segurança, depois da tentativa de atentado em um avião que rumava à cidade americana de Detroit em 25 de dezembro do ano passado.

Margetson disse ao jornal que ficou "traumatizada" com o que aconteceu e denunciou o colega à polícia e aos seus chefes. Um porta-voz da empresa que cuida dos scanners disse que o caso vai ser investigado e, se necessário, pode haver punição.

Um porta-voz da Polícia Metropolitana disse que o funcionário recebeu uma repreensão.

O caso promete aumentar a polêmica sobre os scanners, cujos opositores consideram intrusivos demais.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução

Brasileiro faz primeiro treino para sua etapa de estreia no Air Race

Adilson Kindlemann pilotou em Abu Dhabi, local de abertura da temporada

Adilson Kindlemann faz seu primeiro treino a bordo do avião que vai guiar durante o Air Race 2009. O brasileiro estreia na competição neste fim de semana, em Abu Dhabi.

Fonte: Globoesporte.com - Foto: Getty Image

Nos EUA, empresa de segurança está na mira do MPF

O Ministério Público Federal dos Estados Unidos denunciou dois ex-altos funcionários da empresa de segurança privada Blackwater Worldwide, sob a alegação de terem mantido estocados ilegalmente rifles automáticos na sede da empresa, na Carolina do Norte. Trata-se da maior empresa de segurança privada do mundo, e cujo foco de atuação são os dignitários. As acusações do MPF resultam de uma operação realizada por agentes federais em 2008, que apreendeu 22 armas, entre elas 17 fuzis AK-47, na sede da empresa.

Segundo o site Findlaw, o Ministério da Justiça dos EUA também já revê acusações contra o ex-presidente Gary Jackson, contra ex-advogado da Blackwater, Andrew Howell, e contra um terceiro homem que costumava trabalhar no arsenal da empresa.

A empresa ganhou as manchetes do mundo quando trocou tiros com milícias no Iraque, numa batalha que deixou 17 pessoas mortas em Bagdá, em 2007. Agora sob um novo nome, Xe, a empresa está tentando ganhar a aprovação do Departamento de Defesa para treinar a polícia no Afeganistão. O contrato pode valer até US$ 1 bilhão, e já é investigado por congressistas dos EUA.

A Blackwater é baseada no estado da Carolina do Norte e engloba cinco pequenas companhias que conversam como vasos comunicantes: o Centro de Treinamento, Sistemas de Alvos e Focos, Consultoria de Segurança, Cães Adestrados, Assuntos Aéreos e Assuntos Marítimos. O dono é Erik Prince e o ex-presidente ora acusado, Gary Jackson, tem passado lustroso na Marinha dos EUA. Ambos gostam de tirar da internet o que falam deles e já passaram a borracha várias vezes em seus perfis constantes da enciclopédia Wikipédia.

A sede da empresa é um autêntico monolito de guerra: 24 quilômetros quadrados, esparramados nos condados de Camden e Currituck. Ali se ensina tudo o que há de mais útil na arte da guerra: desde o clássico “mano a mano”, e toda a pletora de lutas, até como se tornar um franco atirador de elite.

Hoje vista como o que há de mais moderno no mercado da guerra, a Blackwater USA foi criada em 1997, no intuito de gerar suporte militar. Acabou se tornando a principal empresa se segurança contratada pelos EUA para ajudar o país na invasão do Afeganistão. A Blackwater Security Consulting foi formada em 2002 e tocada por Jamie Smith, que se tornaria o primeiro diretor da Blackwater Consultoria em Segurança. Ele acabaria deixando a Blackwater em 2002, para pular para outra empresa, a SCG International Risk, uma das 60 empresas de segurança privada contratadas na Guerra do Iraque para guardar e vigiar instalações militares, treinar a nova polícia armada do Iraque e dar apoio para as forças de ocupação.

No Oriente Médio

Em março de 2004 a empresa passou a ganhar, mais polemicamente ainda, as manchetes dos jornais: quatro contratados da Blackwater, em esquema de freelancer, encarregados de zelar por carregamentos de comida, foram atacados e mortos em Fallujah, no Iraque. Seus corpos carbonizados foram dependurados, espancados e expostos à onipresença das câmeras da imprensa mundial. Uma dessas vítimas chegara até a dispor de certo nome na mídia dos EUA, Scott Helvenston, que era estrela do reality show Missões de Combate, um sucesso nas tevês americanas.

Em abril de 2005 outros seis freelancers da Blackwater morreram no Iraque, quando o helicóptero MI-8 em que estavam foi abatido por ataque da arma RPG. Os norte-americanos eram Robert Jason Gore, Luke Adam Petrik, Jason Obert, Steve McGovern, Erick Smith e David Patterson. Os três búlgaros abatidos eram Lyubomir Kostov, Georgi Naidenov e Stoyan Anchev. Kostov sobreviveu à queda, mas como naquelas terras nada é fácil, ele acabou sendo assassinado pelo mesmo iraquiano que dera o tiro de RPG no helicóptero.

Ultimamente, o trabalho mais polêmico da Blackwater USA foi fazer a segurança da cidade de New Orleans após o martírio deixado pela Furacão Katrina, em 2005. Face sua polêmica reputação, a empresa logo soltou comunicado repelindo fofocas, na época, referindo que suas ações em Nova Orleans se atinham a “ajudar em serviços aéreos, segurança, suportes humanitários e logística de transporte”.

Em março de 2006, o vice da Blackwater USA, Cofer Black, deixou claro, ainda que nas entrelinhas, numa conferência em Amã, na Jordânia, que a empresa estava se preparando para criar exércitos armados, no tamanho de um batalhão (entre 300 e mil homens sob o comando de um tenente-coronel), para operarem em “conflitos de baixa intensidade”. Tanto bastou para que a mídia passasse a dizer que decisões políticas, assim, passavam a estar nas mãos de corporações privadas — o que colocaria os EUA sob suspeição, ainda mais em tempos em que vigora o Patriotic Act.

Em 9 de abril de 2006 um artigo publicado no The Nation revelava as ações judiciais que familiares de mortos em combate moveram contra a Blackwater. Entre os jornalistas dos EUA, o pessoal da Blackwater é chamado de mercenário, soldado da fortuna, cowboy e war lowlives (algo como “marmanjos de guerra”).

Não há dúvida que o grupo suscita o ódio onde finca suas botinas. Mas como nessas situações sempre se encontra um jeitinho, via atalhos jurídicos, no Iraque não foi diferente: lá os Blackwaters são imunes a processos, inimputáveis, graças a mazelas impostas pelo CPA, ou Coalition Provisional Authority, que foi o nome dado, pós-invasão do Iraque, à coalizão entre EUA e Inglaterra, sobretudo. Citando a Resolução do Conselho de Segurança Número 1.483, de 2003, a CPA revestiu-se dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, entre 21 de abril de 2003 e 28 de junho de 2004. Nesse período, protegidos por essas figuras da lei, os Blackwaters pintaram e bordaram em Bagdá e pra lá de Bagdá.

Treinamentos

Tony Torres, um dos treinadores da Blackwater, gosta de ver seus homens treinarem com os rostos pintados de verde e tendo com suas submetralhadoras Berettas 9 milímetros a mesma liberdade com que suas línguas conhecem suas próprias bocas. Torres é um veterano dos fuzileiros navais dos EUA. A cada dia, ônibus e ônibus lotados de neófitos da guerra deixam a Estação Naval de Norfolk para um território de 5,2 mil acres, em Moyock, na Carolina do Norte. Lá, por exemplo, no ano de 2003, o governo despejou apenas numa temporada US$ 35,7 milhões para que naqueles campos santos da Blackwater fossem treinados 10 mil marujos de Virgínia, Texas, e da Califórnia. Mas a maioria dos contratos como esse, diz o presidente da Blacwater, Gary Jackson, é protegido pelo manto do segredo de estado.

Após os ataques de 11 de setembro, os negócios da Blackwater floresceram. Sabe-se que não só ela, como também suas concorrentes, fornecem a peso de ouro guardas e seguranças particulares para o presidente do Afeganistão, constroem campos de detenção para suspeitos de terrorismo, como na baía de Guantánamo, em Cuba (a 144 km de Miami), pilotam aviões armados, de reconhecimento, que tentam erradicar plantações de cocaína na Colômbia. Também, sabe-se, operam sistemas de inteligência e de comunicações no US Northern Command, no Colorado, o comando responsável pela coordenação da resposta a eventuais ataques contra os EUA. E, com a autorização do Depto. de Estado dos EUA, a Blackwater USA, também treina soldados e reorganiza exércitos na Nigéria, Bulgária, Taiwan e Guiné Equatorial.

Esses soldados também estão espalhados, prestando serviços de guerra e segurança, no Quatar, em Doha, no Kuait. E ajudam na manutenção de grandes trunfos da aviação de guerra dos EUA, como as aeronaves B-2, F-117 Stealth, helicópteros Apache, avião tanque KC-10, avião de reconhecimento U2. Na guerra para depor Saddam Husseim, estima-se que tenham sido empregados 20 mil homens agenciados pela Blackwater — ou seja, uma média de 1 civil mercenário para cada dez soldados de carreira, o que representa um aumento de dez vezes no emprego de soldados da fortuna em exércitos dos EUA, em relação à Guerra do Golfo, no comecinho dos anos 90.

Com essa gradual privatização das Forças Armadas dos EUA, estima-se que as empresas que fabricam armas também passem a cada vez lucrar mais: já se sabe que a cada ano se gasta US$ 100 bilhões nesse negócio, a maioria dessa bolada indo para as mãos de empresas que constam das 500 maiores da lista anual da revista Fortune, como Halliburton DynCorp, Lockheed Martin, e Raytheon (que nos vendeu o Sistema Integrado da Vigilância de Amazônia, o Sivam, pela bagatela de US$ 1,4 bilhão). “O surgimento dessa privatização da guerra é desastroso para a democracia”, nota Daniel Nelson, professor do Marshall European Center for Security Studies.

Os homens do governo aplaudem esses serviços: afinal de contas, dizem, em 1992, na Somália, quando os US Marines passaram a distribuir remédios e gêneros básicos para a população, a base dessas operações teve como logística as ações da empresa Brown & Root, apenas que 11 horas depois de ter sido contactada pelo governo, já desembarcava os caminhões no Porto de Mogadishu.

Estrela de Xerife

“To be deputized” é um termo que todos julgavam morto e enterrado desde os velhos tempos do também Velho Oeste e da Tombstone do Xerife Wyatt Earp. Ledo engano: hoje podem ser tranquilamente reeditadas aquelas regras do velho oeste, pelas quais, morto o xerife (como na música de Bob Marley regravada por Eric Clapton), a autoridade máxima local pode dar a estrela para quem for valente o suficiente. “To be deputized” é isso: ganhar uma estrela de Xerife sem ser autoridade.

A Blackwater USA protagonizou uma dessas inacreditáveis cenas, ano passado, quando passou a ajudar autoridades locais, em New Orleans, quando do ataque do furacão Katrina. A imprensa local denunciou que o governador da Louisiana estaria conferindo poderes legais para os mercenários da Blackwater, para que pudessem prender ou usar da força contra saqueadores e estupradores. De fato, homens e homens da Blackwater foram vistos na cidade ostentando lustrosos emblemas dourados, conferidos pelo Estado da Louisiana, como se fossem os xerifes mais novos do pedaço. Mercenários que serviram no Iraque, e na Colômbia combatendo as Farc-Ep, estavam em New Orleans, devidamente armados e documentados pelo governo estadual. Alguns deles tinham até sido seguranças particulares, em Bagdá, do embaxador note-americano ali, no pós-queda de Saddam Husseim, John Negroponte.

Esse tipo de permissão era então inédito em território norte-americano. O temor é que, como na mais criativa ficção de Hollywood, exércitos particulares possam estar dando as cartas da legalidade em quaisquer locais do mundo em que estejam operando. Aliás, isso não é muito diferente daquilo mostrado num filme de 102 minutos, lançado em 1987, e que muito sucesso fez em todo o mundo: Robocop, dirigido por Paul Verhoeven.

O filme conta a história de Alex Murph, um policial que atuava nas ruas de Detroit. Após uma perseguição aos suspeitos de um roubo a banco, Alex é atacado pela quadrilha do maníaco Clarence Bobicker. Dado oficialmente como morto, Alex é transformado pela OCP (Omini Produtos de Consumo), uma poderosa multinacional instalada em Detroit, em um moderno e poderoso cyborg de combate ao crime, batizado de Robocop. Robocop vira o paladino da lei e da ordem nas ruas da corrupta Detroit. Na sequência do filme, a OCP vira a dona de um poder paralelo, que dá as cartas legais e comanda a corrupção. Enfim: a OCP tinha sido “deputized”.

Fonte: Claudio Julio Tognolli (Conjur) - Imagem: abcnews.com

Crise obriga Romênia a comprar caças de segunda mão

A crise econômica obrigou a Romênia a modernizar sua Força Aérea com caças F-16 de segunda mão, o que permitirá ao país economizar dinheiro para sanear as contas públicas.

Nesta terça-feira, a imprensa romena informou que o Conselho Nacional de Defesa (CSAT) aprovou a compra de 24 caças F-16 usados por aproximadamente US$ 800 milhões. A aquisição de modelos novos do mesmo avião custaria cerca de quatro vezes mais.

"A Romênia não dispõe dos recursos financeiros necessários para comprar aviões novos", explicou a Presidência em nota sobre os caças que comprados para substituir os antiquados Mig-21 de fabricação soviética.

Para que a compra seja efetivada, o Parlamento ainda terá que ratificar a decisão do CSAT.

Segundo a agência "Mediafax", um dos potenciais vendedores são os Estados Unidos, já que a Romênia já conversou com os americanos sobre a possível compra de uma pequena frota de caças de segunda mão.

Fonte: EFE via EPA

Aéreas devem ter prejuízo de US$ 2,8 bi em 2010, prevê Iata

Companhias europeias sozinhas serão responsáveis por US$ 2,2 bilhões em perdas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que a indústria aérea global terá prejuízo de US$ 2,8 bilhões neste ano. As companhias europeias sozinhas serão responsáveis por US$ 2,2 bilhões em perdas.

Segundo Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata, as empresas aéreas da América Latina foram as únicas que registraram lucro no ano passado, com ganho de cerca de US$ 800 milhões. Para ele, a região será uma entre as duas que terão resultados positivos neste ano. As companhias da região da Ásia e do Pacífico também deverão ter lucro em 2010, de cerca de US$ 900 milhões.

As companhias da América do Norte deverão ter prejuízo na faixa de US$ 1,8 bilhão neste ano, enquanto as do Oriente Médio poderão perder US$ 400 milhões, segundo Bisignani.

As empresas aéreas, que sofreram fortemente em seguida aos ataques terroristas nos EUA em setembro de 2001, foram duramente atingidas pela crise econômica global nos últimos anos. Durante a década passada, a indústria aérea global perdeu US$ 50 bilhões, de acordo com a Iata.

Conforme as economias globais se firmarem e a demanda dos passageiros aumentar, porém, o setor poderá novamente ter lucros em 2011. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

Vendas da Embraer para setor de defesa foram recorde

As vendas da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) para o setor de defesa atingiram US$ 500 milhões em 2008-2009, um nível recorde para a companhia, afirmaram dois executivos da empresa ligados a este setor durante a Feira Aeroespacial Internacional (Fidae), no Chile. Segundo Orlando Ferreira Neto e Fernando Ikedo, respectivamente o vice-presidente do segmento de Defesa e o vice-presidente de Inteligência de Mercado de Defesa da Embraer, a unidade de sistemas de defesa da companhia atualmente detém uma parcela de 9% das encomendas totais, embora originalmente a empresa tivesse como objetivo fornecer equipamentos de defesa para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Mesmo assim, nos dias de hoje, a Embraer "é maior no segmento de defesa em termos absolutos de receita", afirmou Neto. Segundo ele, o crescimento da companhia no segmento de aviação comercial foi decorrente de cortes no orçamento militar de países da América Latina entre as décadas de 1980 e 1990 e também devido à redução na regulação comercial nos EUA desde 1978, que fomentou a criação das companhias aéreas com operações regionais.

De acordo com Neto, "o setor de defesa agora mostra um cenário sustentável e favorável". Ele acrescentou que isso permitirá à divisão de defesa da Embraer aumentar sua participação nas vendas de uma taxa média de 3% para uma taxa média de 15% no longo prazo. "A Embraer está entre as 100 maiores empresas de defesa do mundo e certamente é a maior da América Latina", disse Ikedo.

O principal produto da Embraer no setor de defesa é o Super Tucano, um avião com turboélice utilizado em treinamentos avançados e em combates. A aeronave é responsável por 40% da receita da companhia com o segmento de defesa. As primeiras vendas do modelo foram feitas para a FAB, mas a partir deste ano cerca de 45% das vendas serão destinadas à exportação. O Super Tucano já foi exportado para Colômbia, Equador, Chile e República Dominicana, além de dois outros clientes que não foram revelados.

Ranking mundial

A Embraer, quarta maior fabricante de jatos do mundo, espera se tornar um dos maiores fabricantes do mercado mundial de jatos executivos até 2015, disse Breno Corrêa, vice-presidente de marketing e vendas de jatos executivos da empresa para a América Latina. A Embraer entrou nesse mercado em 2002, transformando jatos comerciais regionais em jatos executivos, e, em 2005, a companhia decidiu se tornar um grande player global na área, afirmou o executivo.

Durante os anos de 2008 e 2009, "nós vimos um importante crescimento na participação do mercado e nas vendas de unidades", destacou Corrêa. Ao longo de 2008, a Embraer conquistou 4,1% de participação no mercado mundial de jatos executivos e, em 2009, esse número cresceu para 6,4%. A companhia vendeu 3,3% das unidades do mercado em 2008 e 14% em 2009. O executivo atribuiu o crescimento acentuado das vendas da empresa ao novo modelo Phenom 100. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Gustavo Nicoletta e Clarissa Mangueira (Agência Estado)

Embraer quer ser um dos maiores players do mercado mundial em jatos executivos até 2015

Ao longo de 2009, a Embraer conquistou 6,4% de participação no mercado internacional de jatos executivos

A Embraer, quarta maior fabricante de jatos do mundo, espera se tornar um dos maiores fabricantes do mercado mundial de jatos executivos até 2015, disse Breno Corrêa, vice-presidente de marketing e vendas de jatos executivos da empresa para a América Latina.

A Embraer entrou nesse mercado em 2002, transformando jatos comerciais regionais em jatos executivos, e, em 2005, a companhia decidiu se tornar um grande player global na área, afirmou o executivo, durante a Fidae International Air and Space Show (Feira Internacional do Ar e do Espaço), em Santiago, no Chile.

Durante os anos de 2008 e 2009, "nós vimos um importante crescimento na participação do mercado e nas vendas de unidades", destacou Corrêa. Ao longo de 2008, a Embraer conquistou 4,1% de participação no mercado mundial de jatos executivos e, em 2009, esse número cresceu para 6,4%. A companhia vendeu 3,3% das unidades do mercado em 2008 e 14% em 2009. O executivo atribuiu o crescimento acentuado das vendas da empresa ao novo modelo Phenom 100.

"Isso já coloca a Embraer na terceira posição das vendas mundiais de unidades", disse Corrêa. "Nós conseguimos isso porque tínhamos uma carteira de aviões adequada para todas as necessidades. Caso contrário, é impossível ser um grande player."

A Embraer oferece as séries Mileage e Legacy de jatos executivos para longa distância, e também a série Phenom de jatos menores, que inclui o Phenom 100, da categoria entry-level, para clientes que estão comprando seu primeiro avião. O interior do avião foi projetado pela BMW Design Works nos EUA.

Os jatos executivos responderam por 14% da receita da Embraer em 2008 e por 16% em 2009, afirmou Corrêa. "Nossa estimativa é que, em 2010, os jatos executivos irão representar 22% da receita da empresa, cerca de US$ 1,1 bilhão, de uma receita total de US$ 5 bilhões", acrescentou ele.

Excluindo a entrega de jatos para várias forças aéreas, a Embraer entregou 36 jatos executivos em 2008, 115 em 2009 e prevê entregar 137 ao longo de 2010.

Corrêa disse ainda que a América Latina é um grande mercado de jatos executivos. "O jato executivo é hoje reconhecido como uma ferramenta de negócios e não como um artigo de luxo, e temos visto uma migração do mercado dos EUA e da Europa para novos mercados não tradicionais, como a América Latina, Ásia e Oriente Médio". As informações são da Dow Jones.

Fonte: Clarissa Mangueira (Agência Estado)

TST nega adicional de periculosidade a piloto de avião

O adicional é “devido apenas aos trabalhadores envolvidos nessa atividade ou que operem na área de risco”. A Norma Reguladora 16 considera como atividade de risco toda área da operação de abastecimento

Por maioria de votos, a Seção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho - TST - entendeu que o piloto paulista de uma aeronave de porte médio do não tem direito a adicional de periculosidade, o que, na prática, mantém a decisão da Segunda Turma do TST, que isentou a empresa da condenação.

O caso chegou ao TST por meio de recurso do Shopping Centers Reunidos do Brasil contra sentença do Tribunal Regional da 2ª Região que a condenou ao pagamento do adicional. O recurso foi julgado na Segunda Turma e a condenação retirada. O aviador não concordou com a decisão e interpôs recurso de embargos na SDI-1, ao qual foi negado provimento.

De acordo com o relator na SDI-1, ministro João Batista Brito Pereira, a Segunda Turma decidiu acertadamente ao considerar que o adicional é “devido apenas aos trabalhadores envolvidos nessa atividade ou que operem na área de risco”, pois é assim que o TST tem julgado a questão, sob o fundamento de que, enquanto a aeronave é abastecida, os pilotos permanecem no seu interior e não participam diretamente da atividade.

O relator informou que a Norma Reguladora 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, aprovada pela Portaria 3.214/78, considera como atividade de risco toda área da operação de abastecimento.

Durante a sessão de julgamento, o ministro Vieira de Mello Filho, que havia pedido vista regimental do processo, concordou com o relator e esclareceu que o adicional é devido somente na situação em que os pilotos de aviões pequenos descem para acompanhar o abastecimento.

Votaram diferentemente do relator os ministros Lelio Bentes Corrêa e Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, por entenderem que o adicional é devido ao aviador.

(RR-80400-41.1999.5.02.0006)

Fonte: TST via Expresso da Notícia

Reunião da Ibéria cria expectativa de fusão iminente com BA

A espanhola Iberia realiza na quinta-feira reunião de conselho de administração, o que disparou expectativas nesta quarta-feira sobre um iminente anúncio de fusão definitiva com a British Airways.

A Iberia e a BA anunciaram um memorando de entendimentos em novembro sobre uma fusão que criará a terceira maior companhia aérea do mundo em receita.

"Esperamos que um acordo de fusão entre Iberia e British Airways seja assinado esta semana, o que pode impulsionar o preço da ação", disse Elena Fernandez, analista da Ahorro Corporación.

Ambas as companhias aéreas afirmaram anteriormente que esperavam selar um acordo de fusão no primeiro trimestre, mas um dos principais problemas é um acerto para resolver o déficit bilionário do fundo de pensão da empresa britânica.

Na semana passada, a BA fechou um entendimento com sindicatos sobre seu programa de pensão em um primeiro passo para solucionar o déficit.

As propostas ainda precisam ser aceitas por administradores e por autoridades previdenciárias. A BA deve apresentar um plano de recuperação às autoridades até o final de junho.

O presidente do conselho da Iberia, Antonio Vazquez, que será o chefe do conselho da companhia combinada, tem afirmado que está convencido de que uma aliança com a BA será aprovada apesar do déficit no fundo de pensão. A expectativa é que a nova companhia aérea comece a voar no final deste ano.

Fonte: Tracy Rucinski (Reuters) via O Globo

Anac revoga resolução que limitava voos em Pampulha

Agência ainda vai estudar infraestrutura do terminal e possível ampliação para liberar rotas

Aécio Neves se irrita com decisão e avisa que vai barrar plano de expansão

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revogou a portaria 993, de setembro de 2007, que limitava a operação de voos no Aeroporto da Pampulha para aviões turboélices de até 50 lugares. A medida abre a possibilidade da volta de voos nacionais, sem escala no interior de Minas, operados pelas médias e grandes companhias. A decisão, no entanto, não terá efeito imediato. Segundo a agência, "o movimento no aeroporto não sofrerá qualquer alteração até que a Anac realize estudos sobre a capacidade operacional do aeroporto, considerando o terminal, pista, pátio e questões de segurança. Não há prazo definido para que o estudo seja concluído e não há nenhum novo pedido de voo para aquele aeroporto", conclui a nota da agência.

Com a escolha de Belo Horizonte para ser sede da Copa de 2014, a Infraero, gestora do aeroporto, estuda ampliar o terminal. Há expectativa do mercado e até dos organizadores da Copa de que o Aeroporto da Pampulha tenha um papel estratégico durante o evento.

A revogação da portaria 993 foi tomada com base em parecer jurídico da Anac, pois contraria a lei de criação da agência. No artigo 48, a legislação assegura o direito de utilização da infraestrutura "observada exclusivamente a capacidade operacional de cada aeroporto e as normas regulamentares de prestação de serviço adequado expedidas pela Anac". A lei também estabelece que as companhias aéreas são livres para escolher as rotas, desde que seja respeitada a capacidade operacional dos aeroportos.

A medida da Anac, publicada no Diário Oficial da União, na última segunda-feira, revoltou o governador Aécio Neves. Ele acusou a agência de "desorganizar" o "processo de crescimento e desenvolvimento da aviação regional" em Minas e de atender apenas à demanda de companhias aéreas. O governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte admitem aumentar o limite de operação no Aeroporto da Pampulha para 70 a 75 passageiros, já que "existem turboélices modernos com essa capacidade", segundo o prefeito Marcio Lacerda.

Aécio reclamou da postura da presidente da Anac, Solange Vieira, e prometeu recorrer ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, "que é superior" à agência. Na quinta-feira passada, Solange Vieira participou do evento de inauguração de novo hangar do Centro de Manutenção da Gol, em Confins. No dia anterior, a presidente da Anac já havia assinado a decisão, mas não comunicou ao governador de Minas.

Companhias

A Gol Linhas Aéreas afirmou que a companhia tem interesse em operar voos comerciais no aeroporto. A empresa, no entanto, disse que aguardará as instruções necessárias dos órgãos regulatórios antes de entrar com pedido de rotas. O diretor de marketing da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco, também confirmou o interesse da companhia em operar no aeroporto central. Segundo Beting, a companhia vai aguardar ainda o fim do dilema que envolve o Aeroporto da Pampulha onde existem "os que apoiam e os que atacam a decisão". "Aí a gente vai ver se faz sentido ou não ter voo na Pampulha", informou. A reportagem procurou a Air Minas, Trip, Oceanair, TAM e Webjet, que preferiram não se manifestar.


Mais espaço

Pistas

Outro indicativo de que a Anac pretende trazer os voos para Pampulha e ampliar o terminal é a mudança para Lagoa Santa do centro de formação de oficiais da Aeronáutica, que funciona ao lado.

Armas

Meio ambiente tenta barrar

A arma do governo Aécio Neves para impedir a abertura do Aeroporto da Pampulha é o Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema). A ideia é impor uma série de condições para impedir a ampliação dos voos. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Smad) informou que a Infraero foi notificada ontem para que não descumpra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em outubro do ano passado. Pelo termo, só está autorizado "o trânsito de aeronaves movidas a jato com capacidade até 75 passageiros". Segundo o órgão, qualquer alteração na infra-estrutura do Aeroporto da Pampulha deve ser objeto de comunicação prévia à secretaria, para análise de seus impactos ambientais.

O TAC impõe uma série de condições para a ampliação das operações no aeroporto. Na sexta-feira passada, Aécio Neves se encontrou com o ministro Jobim, em Itajubá. Na ocasião ele cobrou do ministro agilidade para o início das obras de ampliação do aeroporto de Confins, saturado há dois anos. O governador chegou a entregar ao ministro um dossiê com imagens do terminal de passageiros do Aeroporto da Pampulha totalmente alagado, em função da chuva que castigou a cidade em fevereiro.

Entidades são contra

A presidente da Associação Pró-Civitas, Juliana Renault Vaz, disse que recebeu a notícia com tristeza. "Nos preocupa a questão da segurança, do trânsito e a poluição sonora", afirmou. Já o coordenador da Associação Nacional dos Aeroviários (ANA), Walter de Assis Aguiar, também lamentou a decisão da Anac.

Segundo ele, a Infraero precisa apresentar um plano consistente de ampliação do Aeroporto da Pampulha.

Fonte: Zu Moreira (O Tempo) - Foto: Cristiano Trad

Aeroporto da Pampulha exige obras para receber aviões maiores

Para que o aeroporto da Pampulha opere com maior número de voos e aeronaves com capacidade para transportar mais de 50 pessoas, como prevê a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a estrutura do terminal terá que sofrer profundas mudanças. Especialistas apontam a necessidade de intervenções que garantam mais segurança a tripulantes, passageiros e moradores da região, enquanto usuários se queixam da precariedade dos banheiros, ineficiência do sistema de ar-condicionado na acanhada sala de embarque e falta de esteira rolante para bagagens. Quando chove forte, os alagamentos no hall de entrada são comuns. O impacto no trânsito é outro problema que demandará correções: vagas de estacionamento precisarão ser criadas, assim como soluções viárias para evitar retenções em pontos como encontro das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, entre a Lagoa da Pampulha e a cabeceira da pista.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o aeroporto da Pampulha tem capacidade para receber 1,5 milhão de passageiros por ano, o equivalente a 125 mil por mês. Em fevereiro, passaram pelo terminal 102.334 pessoas, em 9.437 aeronaves, média de 58 voos por dia, de segunda a sexta-feira. Para o especialista em segurança de voo Carlos Conrado Pinto Coelho, a atual estrutura não é adequada para pousos e decolagens de aviões maiores. Ele ressalta que faltam equipamentos de segurança, como o moderno ILS, instrumento que permite aos pilotos verificar a direção da pista e o ângulo de descida. "Esse aparelho é instalado nas cabeceiras das pistas e, no caso da Pampulha, a barragem impossibilita seu uso", observa.

O especialista afirma que o aparelho de aproximação por instrumento usado no aeroporto, chamado VOR, é insuficiente para garantir segurança. "Não bastasse a falta do instrumento, a pista para taxiamento das aeronaves é limitada. Outro problema é o local para estacionamento de aviões, que não comportaria, por exemplo, mais de seis aeronaves maiores", alerta.

A professora Edna Helenice Almeida, de 43 anos, destaca que a segurança deve ser prioridade. “Chegar à capital pela Pampulha é muito mais cômodo. Porém, o aeroporto é cercado de áreas residenciais. Se for para colocar a vida das pessoas em risco, é melhor manter como está”, disse, enquanto aguardava para embarcar para Montes Claros, no Norte de Minas.

Outro problema apontado por Carlos Conrado diz respeito à falta de conforto dos passageiros. As salas de embarque e desembarque, ressalta, não comportariam um volume maior de pessoas. "Desde que foram transferidos voos para o aeroporto de Confins, há mais de quatro anos, o terminal da Pampulha não recebeu nenhuma obra de ampliação por parte da Infraero.” A mesma reclamação foi feita pelo gerente comercial Waldemar Sattin, de 56, que desembarca na Pampulha quando vem à capital. “Se querem aumentar o número de voos e colocar aviões maiores, é preciso melhorar as dependências do aeroporto. Os banheiros são ruins e o ar-condicionado da sala de embarque não funciona”, critica.

Trânsito

Em nota, a BHTrans informou que está preparada para promover as adequações para melhor atender as necessidades de deslocamento até o aeroporto da Pampulha. “Contudo, é necessário saber qual será o percentual de usuários a mais que o terminal vai receber para elaboração de um estudo de impacto na Avenida Antônio Carlos e nas vias que dão acesso ao aeroporto”, diz o texto. Ainda segundo a empresa municipal, com o aumento da demanda será necessário reestudar a área disponível no terminal para os táxis.

A Infraero informou que só vai se pronunciar sobre as intervenções necessárias após analisar o impacto gerado pela portaria da Anac. Em setembro, o Estado de Minas mostrou que o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), que funciona num terreno de 258 mil metros quadrados, anexo ao aeroporto, será transferido, em meados de 2011, para Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte. De acordo com o Ciaar, o espaço será incorporado pela Infraero, que vai aumentar a pista de taxiamento aéreo e o espaço para aeronaves.

Fonte: Daniel Antunes e Ernesto Braga (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Beto Novaes (EM/DA Press)

Regulação do transporte aéreo

O setor aéreo alia a característica de ser de trabalho intensivo com a de também ser atividade de capital intensivo

O Brasil é um país de dimensões continentais onde o transporte aéreo constitui verdadeira necessidade.

O irônico, ao se rever a história desse meio de locomoção entre nós, brasileiros, é que o número de cidades servidas por aviões diminuiu em relação aos prevalecentes na década dos sessenta do século passado.

Essa redução se deveu a vários fatores, dentre eles o aumento da malha rodoviária. Mas um dos mais importantes motivos foi o da ausência (ou inadequação) de aeroportos, e o custo das passagens.

A indústria aérea apresenta enorme complexidade. Para que um avião decole e chegue com segurança no lugar de destino, um verdadeiro exército de pessoas se faz necessário, desde os que vendem passagens, os que atendem nos aeroportos, os que cuidam do abastecimento, da alimentação a bordo, da segurança do tráfego aéreo, para não dizer da tripulação e da sofisticação tecnológica do avião em si mesmo.

Sendo indústria de ponta com esse nível de exigências, ela é altamente suscetível a crises, a começar com o aumento do querosene, dependente do volátil mercado do petróleo.

Trata-se de setor que alia a característica de ser trabalho intensivo com a de também ser capital intensivo, com grande faturamento, mas com pequena lucratividade, que pode ser afetada por um sem número de fatores.

O Brasil não tem mostrado uma política pública adequada para com o segmento aéreo ao longo dos últimos anos.

As autoridades reguladoras têm um comportamento dúbio quanto à própria natureza jurídica da relação entre Estado e companhias aéreas. Existe uma resistência delas em reconhecer que se trata de uma verdadeira atividade dependente do "nada obsta" da autoridade para começar a atuar e conferir a isso todas as suas consequências.

Obtida essa permissão (aqui usada em seu sentido leigo), a companhia deve submeter-se às normas e regras do transporte tal como colocadas por essa mesma autoridade -dentre as quais uma das mais importantes é a de poder aterrissar em determinados horários e a de poder decolar em outros- deve atender aos princípios do direito do consumidor e deve pagar as taxas aeroportuárias que lhe forem impostas.

Não há hipótese jurídica de que uma companhia comece as suas atividades sem que se submeta a todo esse conjunto de obrigações.

Portanto, não se trata de atividade liberada para a livre iniciativa, mas de verdadeiro serviço público.

Apesar disso, em alguns aspectos cruciais para a indústria aérea as autoridades se omitem e não conferem todas as consequências ao fato de que a atividade se insere naquelas que constituem serviço público.

Citemos dois exemplos flagrantes.

Com as altas taxas de juros praticadas no Brasil, com reflexo na obtenção de empréstimos externos, o financiamento de aeronaves para companhias brasileiras é muito mais caro do que para as internacionais.

Acrescente-se a isso que no Brasil, por ter uma das cargas tributárias mais altas do mundo, o ônus fiscal sobre a atividade reduz substancialmente a competitividade das empresas nacionais. Esses dois fatores, facilmente comprováveis, têm sido ignorados quando as autoridades exigem das empresas um ambiente competitivo, quer entre elas, quer entre elas e suas congêneres externas, como se fossem empresas "privadas" normais a atuar em segmento sem regulação. Ou seja, ainda que serviço de interesse público, seu tratamento em nada difere daquele dispensado a atividades privadas.

A próxima consequência dessa dubiedade consiste na indução de que as companhias mantenham uma estrutura tarifária "barata" mediante o estímulo a que novas empresas atuem no setor. Atrás dessa política estão idéias como a de "popularizar" o transporte aéreo e exigir das companhias um constante ambiente de "competição" entre elas.

Disso resultam as seguidas "guerras tarifárias" que redundam em pesados prejuízos, e necessidades constantes de capitalização.

Por outro lado, no começo a entrada de novas empresas é sempre mais fácil, já que podem se endividar para o financiamento dos primeiros aviões, ou usados ou com prazos de carência, sem a sobrecarga de manterem uma malha aérea mais ampla, consistente e cumpridora de todas as exigências de pontualidade, segurança e eficiência.

Esse continuar de empresas combalidas sucedidas por outras, que ocupam o seu lugar, e assim por diante, é o que tem acontecido, infelizmente, no mercado.

Esse modelo, em qualquer outro serviço público -como energia, água, transporte urbano etc.-, levaria a uma situação de incerteza, cujo prejudicado final acaba sendo o usuário, aquele exatamente que se busca proteger.

Isso também ocorre com o transporte aéreo, e a melhor prova disso está na sobrevida das empresas do setor, que tem sido bastante breve ou tem sido pontilhada de sucessivas atuações de socorro financeiro.

No momento atual, depois da falência de várias empresas, assistimos a um momento raro de estabilidade no setor, com duas grandes e sólidas companhias que têm-se esforçado para atender a todas as exigências e que têm dado mostras de profissionalismo e seriedade, além de outras que se dedicam a linhas regionais, ou de menor porte.

Seria uma pena novamente ignorar a complexidade do setor, estimulando uma artificial e impossível competição no setor.

Barreiras de entrada, desde que conjugadas com exigências de eficiência e produtividade, constituem a solução ideal para preservar o setor de aventuras (que não decorrem dos participantes, mas das condições nas quais são obrigados a sobreviver).

Oxalá essas idéias prevaleçam agora que se discute um novo marco de regulação para o transporte aéreo.

Fonte: DCI

Ataques matam 27 membros do Taleban no Paquistão

Dois ataques perpetrados hoje contra o Taleban mataram pelo menos 27 militantes no Paquistão.

Primeiro, um avião não tripulado dos Estados Unidos disparou dois mísseis em um complexo no Waziristão do Norte, perto da fronteira afegã, matando ao menos seis supostos militantes. Depois, as Forças Armadas do país lançaram um ataque a esconderijos do Taleban no cinturão tribal do noroeste do país, matando pelo menos 21 militantes em confrontos e ataques com bombas, segundo funcionários.

As tropas paramilitares do Paquistão iniciaram as operações pouco depois da meia-noite de hoje (hora local) nas proximidades da principal cidade do distrito tribal, Orakzai, de acordo com altos funcionários do setor de segurança da região. Helicópteros também efetuaram disparos contra militantes na área de Orakzai, parte do instável cinturão tribal infestado de extremistas do Taleban e da Al-Qaeda.

"Nós temos informações de que 21 terroristas foram mortos na área de Anjani", perto de Orakzai, disse um alto oficial militar, na cidade de Peshawar, noroeste do país. "Um bunker, um depósito de munição e um centro de treinamento dos terroristas também foram destruídos pelas forças de segurança."

O major Fazal-ur-Rehman, porta-voz dos paramilitares, confirmou os confrontos na região de Orakzai e também a ocorrência de mortes de militantes, mas sem citar números. Um funcionário de inteligência em Peshawar citou um número ainda maior de mortos, afirmando que 12 militantes do Taleban foram mortos no confronto com tropas do Paquistão, enquanto 11 militantes morreram com o ataque do helicóptero.

Ações

Pressionado pelos EUA, o Paquistão aumentou desde o ano passado as ações contra militantes no noroeste do país, incluindo o cinturão tribal. A área tornou-se um refúgio para centenas de extremistas, que deixaram o Afeganistão após a invasão liderada pelos EUA no país.

Washington afirma que os militantes usam o cinturão tribal semiautônomo para tramar ataques contra as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) posicionadas no Afeganistão. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

euroAtlantic sai de Portugal e desloca operações para França

A transportadora aérea euroAtlantic, do grupo Pestana, anunciou esta noite que vai sair de Portugal, deslocalizando as suas operações para França, nomeadamente para a aeroporto de Châteauroux, infra-estrutura para onde já foi enviado um B767-300 Cargo da companhia aérea liderada por Tomaz Metello.

A companhia, em comunicado, atribuiu a sua decisão a “uma controversa decisão da ANA – Aeroportos de Portugal, que aumentou a meio de um exercício anual as tarifas dos serviços de assistência em escala, quarenta vezes”, acusam. Tal medida “obrigou companhias como a euroAtlantic (…) a sair da Portela, base da companhia nos últimos dezasseis anos”.

“Iniciámos o processo de deslocalização”, refere ainda Tomaz Metello, “para o aeroporto de Châteauroux, uma antiga base da força aérea americana que está a ser adaptada a um pólo de carga e charters”. Este local dista 250 quilómetros de Paris e, sublinha a companhia aérea, está “numa bela paisagem de 400 castelos familiares”. Quanto aos trabalhadores da euroAtlantic, cerca de 300 pessoas, alguns já rumaram à região francesa e, segundo a transportadora, “estão agradados com a tranquilidade da região e o custo de vida”.

Este aeroporto francês nasceu em homenagem a Marcel Dassault, fundador de uma fabricante de aviões francesa, cujo ex-libris reside no Mirage e que foi ainda responsável pelo Dassault Mercure, avião que acumulou 360 mil horas de voo, 44 milhões de passageiros e 440 mil voos, além de nenhum acidente. Esta aeronave esteve em serviço de Maio de 1971 a Abril de 1995.

Fonte: Filipe Paiva Cardoso (i-Online - Portugal)

terça-feira, 23 de março de 2010

Colisão entre dois aviões britânicos de acrobacia fere piloto na Grécia

Acidente ocorreu durante treinamento na ilha de Creta.

Aeronave do esquadrão Red Arrows ficou destruída.


Um piloto do esquadrão Red Arrow da RAF (Royal Air Force), ficou ferido após uma colisão no ar entre dois aviões de exibição BAE Systems Hawk T1A em um exercício de treinamento na base aérea de Kastelli, na ilha grega de Creta.

Militares da aeronáutica analisam destroços de avião do esquadrão britânico Red Arrows

O Tenente Mike Ling caiu de paraquedas no chão após ejetar-se de seu avião de 5 milhões de libras, a uma altura de 300 metros, momentos antes de a aeronave cair e ficar "totalmente destruída".

A polícia da ilha grega, disse que o Tenente Ling escapou com apenas um ombro deslocado.

Escapou: o Tenente Mike Ling, com sangue escorrendo de suas feridas, é levado às pressas para um hospital de Creta, com o pescoço imobilizado depois de sobreviver a queda de paraquedas de seu jato

Horror: um homem, que se acredita ser um engenheiro da RAF, examina os destroços do avião

As cenas dramáticas ocorreram nesta terça-feira (23) quando a equipe acrobática da RAF realizava treino em sua pré-temporada anual.

Testemunhas relataram que o avião pareceu tocar a ponta da asa de outro avião do esquadrão britânico Red Arrows antes de cair sobre a pista do aeroporto militar Kastelli.

O piloto do segundo avião, o Tenente Dave Montenegro, pousou em segurança ao lado de outros sete aviões do esquadrão no Aeroporto de Heraklion - cerca de 22 quilômetros do local do acidente.

O esquadrão é formado por 11 pilotos, dos quais nove, voam no famosa formação "Diamond Nine", que já foi realizada mais de 4.200 vez.

A primeira mulher a voar com as "setas vermelhas", a tenente Kirsty Moore, ingressou na equipe este ano.

Durante os últimos quatro meses, a equipe de acrobacia esteve envolvida no treinamento intensivo para a temporada de show aéreo.

O esquadrão é geralmente baseado em Scampton, em Lincolnshire. Sua formação no exterior é chamada de "Operação Springhawk" e é dividida entre as Bases de Creta e Akrotiri, no Chipre.

Danos: O outro jato Hawk que sobreviveu ao acidente. A ponta da cauda e a ponta da asa traseira parecem ter sido arrancadas

Paramédicos levam o piloto para o hospital. Ele escapou com um ombro deslocado

O grupo estava na Grécia para apenas três dias de treinamento quando o acidente aconteceu e não retornaria para o Reino Unido até 25 de maio.

Um funcionário da embaixada britânica disse inicialmente que especialistas gregos e britânicos da Força Aérea acreditavam que o avião tinha caído devido a falha do motor. No entanto, a rádio grega alegou que testemunhas disseram que o acidente foi causado quando dois aviões tocaram as asas.

A suposta colisão pode ter sido registrada em câmera, já que as sessões de treinamento do "Red Arrows" são muitas vezes filmadas para ajudá-los a aprimorar sua exibição antes da intensa temporada de verão.

Sorte em escapar: o tenente Mike Ling, esquerda, sofreu uma luxação no ombro durante o acidente, enquanto o tenente David Montenegro pousou em segurança, sem ferimentos

Perigo no ar: o Esquadrão Acrobático Red Arrows da British Royal Air Force realizando treinamento na segunda-feira em Creta

Uma comissão de inquérito será convocada para identificar a causa do acidente.

O Red Arrows, incluindo a primeira mulher piloto Kirsty Moore, posam para uma foto em Creta, antes do acidente

O "Red Arrows", foi formado em 1965, e completou mais de 4.000 exibições em 53 países e são famosos por suas acrobacias espetaculares.

Muitos pilotos do "Red Arrows" e pessoal de apoio retornaram recentemente de operações no Afeganistão e no Iraque.

O grupo de acrobacias aéreas costuma passar horas afiando sua exibição antes que ela seja vista por centenas de milhares de pessoas a cada verão.

A equipe ostenta o lema 'Eclat", do francês "excelência".

Na véspera (foto), o esquadrão havia feito uma apresentação para jornalistas na base

Fontes: Daily Mail / G1 / AP - Fotos: AP / Reuters / D Legakls / AFP