domingo, 17 de janeiro de 2010

Caça francês Rafale é "grande mico", afirma analista

O sueco Gripen; "o F-18 e o Rafale são artigos de prateleira, não tem o que projetar"

O caça francês Rafale, o preferido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), é um “grande mico”, o pior disparado entre os concorrentes, na opinião de Fernando Arbache, presidente da Arbache Consultoria, doutor em Inteligência de Mercado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

De acordo com o professor, o Rafale, produzido pela Dassault, é mais caro, não oferece a possibilidade de desenvolvimento conjunto de projeto com o Brasil, e a França não pretende fornecer os códigos-fonte e o sistema de integração entre a aeronave e armas, o que deixaria a FAB totalmente dependente da França. Arbache diz ainda que, caso o Brasil passasse a fabricá-lo e quisesse vender a outros países, também poderia enfrentar o veto francês.

“[A França] quer que a gente engula uma aeronave por um preço acima do preço adquirido pela Força Aérea francesa. É um grande erro, um mico, o Rafale. É o pior de todos, em todos os níveis”, disse o analista, em entrevista ao eBand.

Para Arbache, o Brasil deve comprar o Gripen NG, da sueca Saab. O professor concorda com o relatório da FAB sobre os caças, que apresenta o avião sueco como a melhor opção. Em segundo vem o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e por último, o Rafale.

Ainda um projeto, o Gripen NG seria desenvolvido em parceria com o Brasil. A aeronave atende às necessidades da FAB, é muito mais barata e se adequa às demandas e orçamentos de diversas forças aéreas do mundo. É também a melhor opção em termos de estratégia e política, segundo Arbache.

“Exportação, melhoria do parque tecnológico, enfim, tem vários elementos que o Gripen vai trazer para nós. Em segundo lugar, seria o [americano F-18 Super] Hornet, e, por último, mas bem distante, seria o Rafale, o pior candidato disparado”, afirma.

Leia a íntegra da entrevista:

eBand - A decisão deve ser guiada por critérios político-estratégicos, ou pelos aspectos técnico-operacionais e a relação custo/benefício?

Fernando Arbache - Há que se fazer uma mistura. Tem que juntar a parte técnica com a política e estratégica. Ambos são de extrema importância. O primeiro parâmetro é o técnico, para fazer a classificação de quem não tem a mínima capacidade técnica necessária. Então você pega os finalistas e faz uma análise criteriosa em termos de estratégia e política.

Não está sendo feito dessa forma, multicriteriosa, não se está tomando a base técnica como primeiro elemento de tomada de decisão.

eBand – Seguindo essa forma de seleção, qual deveria ser escolhido?

Arbache – Fiz uma análise profunda dos três caças e concordo em número gênero e grau com a Força Aérea. Eu escolheria o primeiro, o Gripen, que é o caça que mais se adequa às necessidades brasileiras em termos de política, estratégia, sofisticação de armamentos, e principalmente, de custo.

Há uma série de benefícios que podemos ganhar com a utilização do Gripen. Exportação, melhoria do parque tecnológico, enfim, tem vários elementos que o Gripen vai trazer para nós. Em segundo lugar, seria o Hornet, e, por último, mas bem distante, seria o Rafale, o pior candidato disparado.

eBand – Quais seriam os aspectos políticos positivos de um negócio com os suecos?

Arbache – O ponto mais importante é que você teria uma diversificação de fornecedores. Estamos trabalhando com o conceito de geopolítica. No momento em que você trabalha com poucos fornecedores, cria uma dependência muito grande. E para o Brasil, que é uma pretensa grande potência econômica, ele tem de buscar diversificação, principalmente de armamento bélico - para ele poder ter capacidade de dissuasão na hora certa sem precisar da autorização de um determinado país.

Porque quando eu vou atacar um país, eu tenho de acatar, às vezes, as decisões do país que me forneceu o armamento, senão ele corta a linha de fornecimento. Por isso é muito importante a diversificação de fornecedores na área bélica.

eBand – Ao menos em dois casos – na Guerra dos Seis Dias e na Guerra das Malvinas – a França deixou clientes de seus equipamentos bélicos na mão.

Arbache – Totalmente na mão.

eBand – Corremos esse risco?

Arbache – Totalmente. Historicamente, em geral, ela acaba não cumprindo com o que promete - temos diversos momentos históricos em que podemos comprovar. Inclusive, a França teve vários conflitos com o Brasil.

Um dos mais recentes foi a Guerra das Lagostas, quando o general Charles de Gaulle disse que o Brasil não é um país sério. Então, eu não acredito que os franceses possam apoiar o Brasil como eles falam.

eBand – Sobre os caças suecos, levanta-se a questão de que há muitos componentes americanos. Isso poderia ser um empecilho, uma vez que, se o Brasil passasse a fabricá-lo, poderia enfrentar o controle americano sobre suas vendas?

Arbache – Não tenha dúvida. Se passarmos a fabricar o caça sueco, ficaremos com uma certa restrição do Pentágono. Só que tem um detalhe: isso vai ficar para uma parte do avião que podemos, inclusive, desenvolver. Se nós temos o projeto e todos os códigos-fonte, conseguimos desenvolver ou buscar alternativas, como Israel fez, como vários países já fizeram.

No caso da França, 100% da aeronave é francesa. Então, se a França falar “não”, é não para tudo. Se os EUA falarem “não”, é “não” para uma parte. Temos de pensar o seguinte: o caça sueco ainda nos dá um conceito básico que pode ser usado com diferentes fornecedores.

eBand – Então esse é o ponto negativo no negócio com os suecos, mas que seria contornável.

Arbache – Contornável. Por exemplo, o motor turbofan é GE [General Eletric, americana]. Se o Brasil quiser, pode buscar um turbofan francês, russo, que eu sei como integrar o aparelho ao produto. Eu posso buscar um turbofan Rolls Royce, inglês. Existem outras alternativas que não sejam necessariamente dos EUA para que eu possa fugir dessa regra.

No caso francês, como tudo é francês, se ele disser “não”, acabou. E ele também não vai dispor, por exemplo, o sistema de integração entre armas e aeronave. Se ele não dispõe isso, não conseguimos desenvolver outras armas para o Rafale, elas têm de ser francesas. Isso é um grande mico para nós.

eBand – E como o senhor analisa o fato de ele ser apenas um projeto? É negativo, ou é uma vantagem poder desenvolver em parceria.

Arbache – Essa é a maior vantagem. Porque o F-18 e o Rafale são artigos de prateleira, não tem o que projetar. Então não faria nem sentido dizer “vou te dar uma parte para você projetar”. Já o Gripen é um projeto que terminará de ser desenvolvido com o Brasil.

Um exemplo clássico: o maior sucesso da aeronáutica brasileira, o RJ 145, que foi o produto que gerou o Legacy e o EMB 170/190/195. Essas aeronaves só foram projetadas porque o Brasil fez com a Alenia e Aeroitália o projeto AMX. Então ele criou capacidade de projeto - só teve esse sucesso porque fez uma parceria onde ele pudesse desenvolver o projeto. Qual vai ser o nosso desenvolvimento se comprarmos o Rafale ou o F-18? Nenhum.

Não desenvolveremos absolutamente nada. Então o fato de ele ainda estar no papel é a maior vantagem que nós temos.

Temos que pensar como uma nação grande agora. Não quero um produto pronto. Quero desenvolver um produto para ter minha soberania. Esse deve ser o raciocínio do Brasil.

eBand – Então, a aeronave que atende melhor as necessidades da FAB é o Gripen?

Arbache – Sem dúvida. Em relação a preço, custo de manutenção, operacional, enfim, vários outros critérios que trazem principalmente o seguinte: é a aeronave que mais se adequa no orçamento de diversas forças aéreas. Então eu posso ainda me tornar, como país, exportador de uma aeronave de última geração. O Rafale, por exemplo, foi rejeitado por diversas forças aéreas.

eBand – Nenhum país usa o Rafale. O negócio representaria a sobrevivência do modelo e daria fôlego à Dassault. Podemos esperar uma contrapartida da França?

Arbache – Eu não acredito que a França vá dar uma contrapartida a mais do que ela promete. Ela vendeu o projeto dos submarinos, vendeu três usinas nucleares, que foi assinado às escuras, está concorrendo com o trem bala. Ela já está levando uma vantagem enorme.

Então o que, efetivamente, a França está nos dando em contrapartida? Nem ceder os códigos-fonte ela quer, nem baixar o preço. Ela quer que a gente engula uma aeronave por um preço acima do preço adquirido pela Força Aérea francesa. É um grande erro, um mico, o Rafale. É o pior de todos, em todos os níveis.

eBand – O relatório da FAB pode servir de instrumento de pressão para os franceses baixarem o preço?

Arbache – O relatório da FAB nitidamente rejeita completamente o Rafale. Ele pode ser utilizado sim pelo governo brasileiro como forma de pressionar pela redução do preço.

eBand – Então caso o Brasil decida pelo Rafale será uma decisão totalmente política?

Arbache – 100% política, não tenha dúvida.

Fonte: Fernando Serpone (eBand) - Foto: Divulgação/Saab

sábado, 16 de janeiro de 2010

Helicóptero desaparece com 2 a bordo no sul do Amazonas

Um helicóptero modelo Esquilo com duas pessoas desapareceu no final da tarde desta sexta-feira (15) quando voava de Manaus a Lábrea, no sul do Amazonas.

Segundo a empresa de táxi aéreo JVC, proprietária da aeronave, o helicóptero decolou em Manaus no início da tarde e deveria ter pousado em Lábrea por volta das 17h30. A bordo estavam o piloto e o mecânico.

Segundo a JVC, um sistema de monitoramento por satélite, que transmite a posição do helicóptero a cada dez minutos, parou de enviar sinais próximo a Canutama (850 km de Manaus). Como chovia muito na região, a suspeita era de que ele havia pousado na cidade.

Neste sábado, porém, houve a confirmação de que o helicóptero estava desaparecido. A empresa acionou a autoridade aeronáutica, mas as buscas serão iniciadas somente neste domingo (17).

O Salvaero Amazônico, da Aeronáutica, será responsável por coordenar as buscas. A JVC também deslocou um helicóptero e dois aviões próprios para auxiliar nos trabalhos.

Fonte: Folha Online

Este é Mikey, de oito anos. Está na lista de terroristas dos Estados Unidos

A criança está na lista de mais de 13.500 pessoas que fazem disparar os alarmes nos aeroportos

"Eis o Mikey Hicks", diz Najlah Hicks, apresentando o filho de oito anos, escoteiro de Nova Jersey e passageiro frequente, que raramente entra num avião sem ter algum contratempo, dado que tem o mesmo nome que uma pessoa suspeita. "Não é um mito."

A Transportation Security Administration (TAS), organismo de segurança dos transportes, objeto de apertado escrutínio quanto à gestão das listas de suspeitos de terrorismo desde o atentado à bomba do mês passado, tem no site que mantém na internet uma seção de "destruição de mitos" tendente a sossegar o público. Mito: na lista de pessoas proibidas de embarcar em qualquer aeronave está o nome de um rapaz de oito anos. Desmentido do mito: Não há qualquer pessoa com oito anos na lista da TAS.

Quando a mãe de Michael Winston Hicks percebeu que havia um problema, ele era ainda um bebê. Num balcão de aeroporto onde tentava comprar bilhetes para uma viagem para a Flórida, não conseguiu arranjar lugar para Michael. Os responsáveis da companhia aérea explicaram-lhe que ele tinha o nome "na lista", recorda ela.

A primeira vez que foi revistado, no Aeroporto Internacional de Newark, Mikey tinha dois anos. Chorou.

Apesar de habituados, há anos, a grandes atrasos e demoradas esperas em balcões de aeroportos, as férias deste ano nas Bahamas abalaram muito a família. Mikey foi revistado à ida e também, de modo mais agressivo, à volta.

"Levantaram-lhe os braços, baixaram-lhe os braços, investigaram-lhe as virilhas. Vimos o nosso filho de oito anos ser apalpado como se se tratasse de um criminoso", conta Najlah Hicks. "Um terrorista pode fazer explodir a roupa de baixo e não o detectam. Mas o meu filho de oito anos não pode passar pela segurança sem ser revistado."

É verdade que Mikey não consta da lista de proibição de voar do governo federal, de que constam cerca de 2.500 pessoas, menos de 10% delas originárias dos EUA. Mas o nome dele aparece entre os cerca de 13.500 da lista, mais vasta, de pessoas "selecionadas", o que desencadeia uma triagem de segurança de mais alto nível.

Em algum momento, alguém chamado Michael Hicks, suscitou suspeitas junto do Departamento de Segurança Interna, e o pequeno Mikey ainda está pagagando por isso (o pai, também chamado Michael Hicks, foi incomodado pela primeira vez durante a viagem às Bahamas).

Ambas as listas são geridas pelo Centro de Triagem de Terroristas, que tem a colaboração do FBI. As listas são entregues à TSA, que por sua vez as remete para as companhias aéreas.

James Fotenos, porta-voz da TSA, diz que por norma "não há crianças na lista de proibição de voar nem na lista de selecionados", mas recusou-se a comentar o caso específico de Mikey.

Por cada pessoa que consta nas listas pode haver centenas de outras a serem apanhadas simplesmente por terem o mesmo nome: uma consulta rápida a uma lista telefônica dos Estados Unidos revelou 1.600 assinantes chamados Michael Hicks.

Listas

Ao longo dos últimos três anos, 81.793 passageiros frustrados solicitaram formalmente ao Departamento de Segurança Interna a remoção do seu nome da lista. Mais de 25 mil têm o seu assunto pendente; outras tomaram medidas mais drásticas.

Mário Labbe, executivo de uma empresa canadense de discos, e passageiro frequente, começou a ter problemas nos aeroportos depois de 11 de Setembro de 2001: grandes atrasos nos balcões de verificação e questões misteriosas a respeito do Japão. Em 2005 deixou de voar do Canadá para os Estados Unidos, preferindo encontrar-se com os seus clientes dos EUA na França. Um dia, em 2008, um desvio técnico do avião para Miami obrigou-o a sujeitar-se a seis horas de interrogatório.

"Qual é o nome da sua mãe? E do seu pai? Quando foi a última vez que esteve no Japão?", perguntaram a Labbe. "Sempre as mesmas perguntas, mas por outra ordem. E às vezes de maneira bastante agressiva. Não tem piada nenhuma."

Cansado, no verão de 2008 mudou o nome para François Mário Labbe. O problema desapareceu.

Vários websites, incluindo o próprio blog da TSA, estão cheios de identificações erradas e de estratégias para resolver esse problema. Alguns passageiros escrevem os nomes de propósito com erros quando compram os bilhetes, o que aparentemente é suficiente para enganar o sistema. Até o falecido senador Edward Kennedy apareceu uma vez na lista.

"Não podemos limitar-nos a lançar um monte de nomes para umas listas e chamar a isso segurança", disse Bill Pascrell, democrata e membro da Câmara dos Representantes de Nova Jersey. "Quando não conseguimos retirar um rapazinho de oito anos da lista, ela deixa de ser confiável."

Fotenos, porta-voz da TSA, prometeu melhoramentos nos próximos meses, quando o Secure Flight Program desse organismo entrar em funcionamento a 100%. Ao abrigo do novo sistema, as companhias de aviação passarão a solicitar as datas de nascimento e o sexo dos passageiros além do nome. A TSA fará a verificação cruzada de todos esses dados com as listas de vigilância. Anteriormente, eram as próprias companhias aéreas que faziam a verificação cruzada dos nomes.

Claro que a data de nascimento do Mikey, menos de um mês antes do 11 de setembro de 2001, deveria impedir que fosse tomado por terrorista.

Aluno do terceiro ano de uma escola paroquial de Clifton (Nova Jersey), Mikey recita os passos daquele calvário, como passageiro experimentado que é. Sair cedo para o aeroporto, sempre munido do passaporte. Tentar obter um cartão de embarque no balcão. Isso faz disparar um alarme. A funcionária dos bilhetes, olhando para baixo, para o minúsculo Mikey, refugiado atrás dos seus óculos, pede desculpa ou revira os olhos e chama um supervisor. Este, depois de um telefonema - ou, mais provavelmente, de uma série deles -, acaba por deixá-lo embarcar no avião. No entanto, a família é normalmente a última a escolher os lugares e a embarcar, o que significa que às vezes não podem sentar-se juntos.

Najlah Hicks, um repórter fotográfico que um dia obteve um visto dos serviços secretos para embarcar no Air Force II com o então vice-presidente Al Gore, previu o aumento do caos na sequência do episódio das cuecas-bomba. Antes de se pôr a caminho das Bahamas no dia 2 de janeiro, contactou o gabinete de Pascrell, que destacou um agente da TSA para receber a família no aeroporto. Mesmo assim, Mikey não pôde furtar-se a uma revista reforçada.

A caminho de casa na última sexta-feira, o cartão de embarque de Mikey apresentava quatro SS gigantes, no aeroporto de Nassau. "Oh, uma verificação aleatória", disse Hicks. Mikey disse à mãe que não se preocupasse e que usaria o tae kwon do - é faixa preta júnior - se necessário. Hicks diz que quis tirar fotografias do filho sendo revistado, mas que lhe foi dito que era contra o regulamento.

Mikey, que prefere falar de bicicletas BMX e dos seus troféus de tae kwon do do que conversar sobre segurança aeroportuária, continua perplexo com a lista e com os obstáculos que tem de ultrapassar. "Porque é que eles pensam que um menino é um terrorista?", perguntou Mikey à mãe a certa altura, no decurso da entrevista.

Hicks diz que a família começou por achar o engano divertido. No entanto, essa diversão depressa se transformou em aborrecimento e em raiva. Não devia ter levado sete anos para corrigir o problema, diz Hicks. Em dezembro, quando ouviu falar do programa do Departamento de Segurança Interna, a família exigiu uma compensação .

"Compreendo a necessidade de haver segurança", acrescenta, "mas isso é ridículo. É perfeitamente óbvio que ele tem oito anos e, embora possa ter tendências terroristas em casa, não as tem nos aviões."

Fonte: Lizette Alvarez (The New York Times) via i-Online (Portugal) - Fotos: Fred R. Conrad (The New York Times)

Companhias aéreas JAL e Delta fecham acordo de aliança

A companhia aérea Japan Airlines (JAL), que passa por graves dificuldades financeiras, concluiu um acordo de aliança com a americana Delta Air Lines, informa o jornal japonês Yomiuri Shimbun.

As duas empresas assinarão provavelmente de forma oficial o acordo, que autorizará voos comuns, assim que a nova direção da JAL aprovar o texto, destaca o jornal.

O acordo implica ainda que a maior companhia aérea da Ásia abandonará a aliança Oneworld para entrar no grupo SkyTeam, ao qual pertence a Delta.

A informação foi revelada depois que a American Airlines e seus sócios aumentaram a proposta da quantia que pretendiam investir na JAL - de 1,1 bilhão a 1,4 bilhão de dólares -, em uma tentativa de de superar a Delta, que também deseja comprar ações da companhia japonesa.

Fonte: AFP via Correio Braziliense - Foto: wsj.net

Avião pessoal cabe dentro da garagem de casa

Jato inglês de 3,8 metros de comprimento tem capacidade para 1 pessoa e ainda está em fase de testes

Inveje os ingleses. Com o caos aéreo e tráfego insuportável das cidades daqui, são eles que estão próximos de ter um avião pessoal. Chamado de SubSonex, o minijatinho com capacidade para apenas uma pessoa e que pode ser montado em casa está em fase de testes.

Ele é desenvolvido por uma pequena empresa britânica chamada Sonex Aircraft, que produz aviões desde 1998. A companhia fabrica kits de montagens de aviões para uma comunidade de pilotos do Reino Unido que gosta de construir seus próprios veículos aéreos.

Os números do Subsonex impressionam. Feito inteiramente de alumínio rebitado, sua envergadura é de 5,5 metros e tem 3,8 metros de comprimento, podendo ter as asas retiradas para ficar mais compacto ainda. Para completar, o minijatinho
tem 150 quilos e aguenta até 340 quilos, com um tanque de 121 litros. Não é um boeing, mas já imaginou ter um desses na sua garagem?

Até agora, os testes do Subsonex só foram feitos em solo, por isso sua performance ainda está na base das especulações. Segundo a fabricante, ele poderá voar a mais de 386 km/h.

A Sonex planeja cobrar cerca de US$ 60 mil por um kit do minijatinho. A empresa não conseguiu ainda a autorização de uma organização responsável pela aviação civil para realizar os testes de vôo. Caso tudo dê certo, a fabricante espera lançar o SubSonex em dezembro deste ano. Mas, como nem tudo é moleza, o piloto precisará ser licenciado e terá que treinar muito para conseguir controlar o pequeno jato.

Fonte: Revista Galileu - Foto: Divulgação

MAIS

Veja o vídeo:

iPhone aviaozinho - tem mesmo aplicativo pra tudo neste mundo

CURIOSIDADE

Um dos mais recentes e divertidos aplicativos para iPhone está fazendo tanto sucesso que foi capaz de chamar muito mais atenção do que seus milhares de concorrentes que chegam a todo momento na App Store.

O que ele faz é, basicamente, transformar o iPhone em um avião. E o seu dono em uma criança. Para entender, veja o vídeo. A dica é do TechCrunch.




Fonte: Luciana van Deursen Loew (bluebus.com.br)

Príncipe William recebe sua insígnia de piloto de helicóptero

O príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono da Inglaterra, recebeu nesta sexta-feira sua insígnia de piloto de helicóptero, dois antes de viajar para a Nova Zelândia, em sua primeira visita oficial ao estrangeiro.

O neto da rainha Elizabeth, de 27 anos, recebeu suas "asas" de piloto das mãos de seu pai, o príncipe Charles, depois de completar em dezembro um ano de instrução acelerada como piloto de helicóptero na base da Força Aérea britânica (RAF) em Shawbury (centro da Inglaterra).

O primogênito da falecida princesa Diana, que até agora só havia voado em helicópteros Griffin, começará seu treinamento em outro modelo de aparelho, o Sea King, em uma unidade militar de busca e resgate na base RAF Valley, na ilha de Anglesey, ao norte de Gales.

O príncipe deve chegar no domingo à Nova Zelândia para sua primeira visita oficial ao exterior, que incluirá a inauguração da nova Corte Suprema na capital, Wellington.

A decisão de enviar William fez ressurgir na imprensa especulações de que ele possa suceder Elizabeth II no lugar de seu pai.

Fonte: AFP

Aeroflot anuncia a retirada do legendário Tu-154

A empresa aérea portadora da emblemática bandeira russa, a Aeroflot, anunciou que o avião de passageiros Tupolev Tu-154M "Careless" (foto acima) será retirado de serviço, após décadas de operação, segundo informou a companhia na última quinta-feira.

O Tupolev Tu-154, que fez seu último voo em 31 de dezembro de Yekaterinburg para Moscou, vai ser substituído pelo Airbus A320.

A Aeroflot tinha uma frota de 23 Tu-154S.

Isto pode não ser o fim do Tu-154 na Rússia. A porta-voz da Aeroflot, Irina Dannenberg, disse que alguns dos aviões retirados de operação poderiam ser vendidos a outras operadoras. Não se sabe quantas aeronaves ainda estão em serviço com outras companhias aéreas.

O Tu-154, um avião de médio curso trijet, foi concebido em meados dos anos 1960 e entrou em serviço em 1970.

Foi durante décadas foi a aeronave principal das companhias aéreas soviéticas e russos, transportando cerca de metade dos passageiros da Aeroflot durante a era soviética.

A aeronave foi exportada e operada por cerca de 17 companhias não-russas.

Com uma velocidade de cruzeiro de 975 km/h, o Tu-154 foi um dos mais rápidos aviões civis em operação e tinha um alcance de 5.280 km.

Com uma vida útil de 45.000 horas, mas capaz de atingir as 80.000, com alguns melhoramentos, era esperado que a aeronave durasse até 2016, embora as restrições de ruído terem reduzido os serviços para a Europa Ocidental e outras áreas nos últimos anos.

Fonte: RIA Novosti - Tradução: Jorge Tadeu da Silva (Notícias sobre Aviação) - Foto: A. Polikashin

Sorteio de slots em Congonhas não amplia competição

Ao contrário do que pretendia a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a redistribuição de slots (horários de pousos e decolagens) em Congonhas não deve fortalecer as companhias entrantes. "São poucos os slots a serem sorteados entre várias companhias. Ainda por cima, o modelo dá preferência às empresas que já operam no aeroporto", diz Paulo Sampaio, da consultoria aeronáutica Multiplan. "Apesar do esforço da Anac, a redistribuição não vai aumentar efetivamente a competição no setor."

As companhias têm até o final da tarde de hoje para entregar seus documentos à agência a fim de participar do sorteio de 381 slots em Congonhas, o aeroporto mais rentável do Brasil. A redistribuição está marcada para acontecer em 1º de fevereiro. Até agora, TAM, Gol, WebJet, Azul, Air Minas e Trip já deram entrada no processo. A OceanAir afirmou que também quer participar. Para que todas efetivamente façam parte do sorteio, seus documentos precisam ser aprovados pela Anac.

Do total de slots oferecidos, 301 já estavam disponíveis no final do ano passado, mas não atraíram interesse. Trata-se de espaços vagos nos finais de semana, entre às 14 horas de sábado e às 14 horas de domingo, período considerado de baixo tráfego. Os demais slots foram retirados de companhias aéreas que não respeitaram as regras de regularidade estabelecidas pela Anac: 19 deles pertenciam à Gol e os outros 61 eram da Pantanal, adquirida no final do ano passado pela TAM. Mais uma vez, parte dos horários disponíveis concentra-se nos finais de semana. Ao todo, apenas 60 estão entre segunda e sexta-feira - um número que não deve mudar o equilíbrio de forças no setor. Para se ter uma ideia, a Gol tem 1.448 slots em Congonhas, e a TAM, junto com a Pantanal, tem 1.539.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo - Imagem: aeronautas.org.br

Um setor que está nas alturas

Em crescimento, mercado de aviação realiza feira na Flórida com a presença de brasileiros

Nos próximos dias 21 a 24 de janeiro, a Flórida vai sediar uma das maiores feiras de aviação do mundo. Em Sebring, no centro do estado, fornecedores dos segmentos de aviação civil e comercial irão apresentar as suas novidades para compradores e público em geral, movimentando ainda mais uma indústria que foi muito pouco afetada pela crise internacional.E brasileiros estarão mostrando suas aeronaves, entre elas a Paradise Indústria Aeronáutica, que fabrica um dos campeões de venda – o modelo P1.

Esse ano é o sexto ano da feira e a expectativa é que gente de todo o mundo compareça ao Aeroporto Regional de Sebring. Uma das atrações é, sem dúvida, a aeronave brasileira da Paradise, que tem custo operacional baixissimo, bem de acordo com o momento atual de instabilidade econômica: o P1 consome somente três galões de gasolina por hora de voo e sua autonomia é de até sete horas em velocidade de cruzeiro de 130 milhas por hora. “É um modelo barato, confiável, fabricado na Bahia e ainda usa óleo de motocicleta”, ressalta Christopher Regis, filho do fundador da Paradise, Noé de Oliveira.

Outro dado interessante da empresa baiana é que a fábrica, em Feira de Santana (BA), tem um sistema de câmeras que permite ao cliente acessar e acompanhar a construção de sua aeronave de qualquer parte do mundo. Além da Paradise outras companhias brasileiras estarão representadas na feira. Vale a visita, mesmo que só por curiosidade ou por paixão pela velocidade. Por falar nisso, os brasileiros poderão até participar de um voo no P1. Mais nformações sobre a feira estão no site www.sport-aviation-expo.com.

Fonte: Acheiusa.com

Avião da FAB parte rumo ao Haiti levando médicos legistas e urnas funerárias

Um Boeing KC-137 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou no início da tarde deste sábado da Base Aérea do Galeão, na zona norte do Rio, rumo ao Haiti transportando, além de mantimentos, 18 urnas funerárias e quatro médicos legistas do Exército Brasileiro. De acordo com a Aeronáutica, o avião saiu por volta das 13h30 e seguirá direto para a capital do Haiti, Porto Príncipe, em uma viagem que deve demorar cerca de sete horas.

No total, foram na aeronave dez tripulantes e 19 passageiros, entre eles o embaixador Antonio Patriota, representantes do Ministério das Relações Exteriores e engenheiros civis. O Boeing está levando 5,3 toneladas de medicamentos, 3,1 toneladas de mantimentos, 8,8 toneladas de fardamento e roupas de cama e 20 barracas, totalizando cerca de 20 toneladas de material.

Fonte: Anderson Dezan (iG - com informações da Agência Estado) - Arte: AFP

Red Bull Air Race ameaça cortar acesso de aviões a Lisboa

A atual localização da prova sobrepõe-se aos corredores aéreos de aproximação do aeroporto de Lisboa. Red Bull não muda o lugar

Porto, 13 de Setembro de 2009: a equipe Breitling Jet executa manobras acrobáticas

A localização da prova está definida: "entre Alcântara e Algés", segundo a Red Bull. Este é o espaço onde os aviões da prova irão fazer acrobacias e, por coincidência, é também um ponto fulcral utilizado por aviões civis que se dirigem ao aeroporto da Portela e por embarcações marítimas que transitam no Tejo para aceder ao Porto de Lisboa. Especialistas contactos pelo i garantem que, ainda que a prova seja encostada a Algés, os aviões entram no corredor aéreo de aproximação ao aeroporto da capital e a logística da prova pode interromper o acesso ao canal de entrada no Porto de Lisboa.

No limite, a utilização deste espaço deverá obedecer a regras de segurança para "evitar acidentes", explica o comandante Cruz dos Santos. A Red Bull admite estar a trabalhar na questão da segurança "com as autoridades que controlam os tráfegos aéreos e marítimos". Fonte oficial da Navegação Aérea de Portugal (NAV) garante ao i que, até à data, não houve qualquer contacto por parte da organização da prova.

O cruzamento entre dois aviões é uma hipótese que terá de ser estudada no trajecto da prova. Um especialista em aeronáutica diz ao i que o problema existe quando os pequenos aviões da Red Bull dão a volta no percurso cronometrado - looping - e sobem a uma maior altitude. Nesse momento, cruzam o espaço aéreo de aproximação ao aeroporto.

Explica o especialista que, "nas manobras de looping, os aviões vão furar o cone aéreo dos aviões civis" e o corredor aéreo, que começa na Caparica e passa por cima da Ponte 25 de Abril, é o preferencial em 90% das vezes para as aterragens em Lisboa. Isto quando está bom tempo, condição também necessária à realização da Red Bull Air Race. Este corredor aéreo é utilizado na aproximação à pista 03 do aeroporto.

Segundo o comandante Cruz dos Santos não restam muitas opções: "Se a localização da prova for entre Belém e a Ponte 25 de Abril, como foi noticiado, ou não há aproximação de aviões por aquela pista, ou se desloca a prova, ou modifica-se o perfil da competição para que o trajecto dos aviões não irrompa o corredor aéreo."

Qualquer que seja a solução, a vida aérea da capital será condicionada. Cruz dos Santos explica: "Não é exequível não haver voos por aquela pista durante uma semana [duração da prova]. É a pista principal. Muito dificilmente esse eixo será cancelado." O especialista contactado pelo i refere que "pode haver instruções para os pilotos não subirem a mais de dada altitude, mas isso influencia a própria prova - porque o trajecto que está em causa é durante o período cronometrado."

No Porto já se tinha colocado um problema semelhante por causa do corredor aéreo de aproximação ao aeroporto Sá Carneiro. Depois da polémica da mudança do Porto para Lisboa e do financiamento da prova (ver caixa ao lado), a Red Bull Air Race depara-se com os condicionalismos da navegação aérea e marítima questão já levantada pelo deputado do CDS, Ribeiro e Castro.

A Capitania do Porto de Lisboa e a Administração do Porto de Lisboa recusaram comentar a matéria.

Fonte: i-Online (Portugal) - Foto: Reuters

Portugal: C-130 já retomou a rota para o Haiti



O avião que transporta a ajuda portuguesa para o Haiti teve uma avaria e regressou ontem a Lisboa. O voo foi retomado ao final da manhã, pelo que os portugueses deverão estar a trabalhar no cenário do sismo já amanhã.

Fonte: RTP (Portugal)

Aeroportos dominicanos são chaves para receber ajuda humanitária no Haiti

Os aeroportos da República Dominicana se transformaram na principal porta de entrada para a recepção da ajuda humanitária internacional dirigida ao Haiti, cuja capital resultou praticamente destruída pelo terremoto de 7 graus na escala Richter que ocorreu na terça-feira passada.

Missões procedentes dos Estados Unidos, Ásia, Europa e América Latina deveram tocar solo dominicano antes de voar até Porto Príncipe, uma cidade imersa na desolação mais aterrorizadora por causa do tremor, que segundo fontes oficiais do país, se teria causado mais de 50 mil mortes.

"Na manhã de hoje recebemos e autorizamos voar para o Haiti inúmeros aviões da Espanha, Peru, Venezuela, Estados Unidos e Rússia, entre outros, todos com ajuda humanitária e equipes de socorro", afirmou hoje à Agência Efe o porta-voz do Instituto Dominicano de Aviação Civil, Pedro Jiménez.

Grande parte dos voos aterrissa no aeroporto Joaquín Balaguer situado no município Santo Domingo Norte, contíguo à capital dominicana.

O funcionário afirmou que pelo menos 30 aeronaves partiram hoje com destino à capital haitiana, incluindo oito voos dominicanos.

Autoridades locais e da Organização das Nações Unidas (ONU), coordenam as operações de recepção dos aviões, providos muitos deles com cobertores, água, remédios e materiais a utilizar-se nos trabalhos de resgate.

MAIS: Lista de aeroportos da República Dominicana.

Hoje, o ministro da Saúde no Haiti, Alex Larsen, confirmou que 50 mil pessoas morreram e 250 mil ficaram feridas no terremoto.

Além disso, assinalou que segundo as primeiras estimativas da Direção de Defesa Civil, de 750 mil a 1 milhão de pessoas perderam suas casas, quem considerou prioritário a coleta de corpos para evitar as epidemias.

Por outro lado, o presidente dominicano, Leonel Fernández, quem se reuniu ontem em Porto Príncipe com seu colega haitiano, René Préval, ordenou que também a preparação do aeroporto María Montez, situado em Barahona e distante só 15 minutos de voo do Haiti, para receber aviões.

"Está se trabalhando conjuntamente com a Organização de Aviação Civil Internacional (Icao), que tenta assumir o controle do espaço aéreo haitiano diante da situação criada após o terremoto", revelou Jiménez.

O funcionário afirmou que os voos de ajuda a partir do solo dominicano caíram "consideravelmente" na tarde hoje, devido ao congestionamento do aeroporto Toussaint Louverture da capital haitiana.

Detalhou que os soldados americanos assumiram o controle do terminal aeroportuário haitiano e limitaram a aterrissagem e com isso a chegada das ajudas.

Um grupo de 23 socorristas do Taiwan que chegou a Santo Domingo, não pode empreender voo em direção ao Haiti porque não receberam autorização para isso.

"Estamos estudando a possibilidade de irmos por terra ou esperar pelo menos mais um dia mais, porque a ajuda não deve demorar mais a chegar", disse hoje à agência Efe Antonio Lee, funcionário da embaixada taiwanesa na capital dominicana.

Enquanto isso, a assistência local continua sendo ativa em direção ao Haiti com o anúncio hoje do Governo dominicano que acordou com seu colega haitiano a implementação imediata de quatro pontos destinados a agilizar o esforço internacional para atenuar a crise em Porto Príncipe.

Entre estas medidas, as autoridades locais disseram que seus socorristas trabalham no resgate das vítimas e sepultamento dos mortos em valas comuns, no restabelecimento da comunicação telefônica e do serviço de energia elétrica e na instalação de hospitais de campanha e fixos para atender à população afetada, em coordenação com o Governo brasileiro.

Por outro lado, o Governo da República Dominicana dispôs hoje de 339 milhões de pesos (US$ 11,4 milhões) para ajudar ao Haiti nos trabalhos humanitários e de reconstrução.

O terremoto de 7 graus na escala Richter ocorreu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe.

Fonte: EFE via EPA - Mapa: samana.net

TAP voará para Viracopos, três vezes por semana

O vice-presidente de Marketing e Vendas da TAP, Luiz da Gama Mór, anunciou durante entrevista, na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2010 -, que a companhia aérea terá, a partir de junho/julho, mais três voos semanais partindo de São Paulo para a capital portuguesa. A novidade é que as três novas frequências partirão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). "A melhor notícia que eu tinha a dar hoje é esta." Foi com enfâse e alegria que o vice-presidente da TAP, anunciou os novos voos, no tradicional encontro da TAP com a imprensa, dentro da Bolsa de Lisboa.

Ao justificar este novo destino, Mór destacou a importância de mercado do tráfego com o interior paulista, o desafogo do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos - não há mais possíveis liberações de voos para o aeroporto paulista - e a ousadia da TAP em relação ao sentido inovador. "São ações assim que nos fazem diferentes", disse, lembrando que a empresa parte para a renovação da atividade internacional no aeroporto que cresceu 175% em seu movimento no ano passado.

A rota entre Lisboa e São Paulo foi em 2009 o principal destino do longo curso da TAP, com 201.000 passageiros transportados.

Viracopos passará a ser uma ponte de conexões para viajantes de várias regiões como o rico interior paulista, o triângulo mineiro e o norte do Paraná. Para tal, Mor confirmou a existência de entendimentos com a Azul para um acordo operacional com a mais nova empresa brasileira, além de aumentar os já existentes com a TAM.

A data dos voos a partir de Viracopos ainda não está definida, mas será entre junho e no máximo a partir de julho. Com o incremento desta rota, a TAP passará a oferecer 17 voos por semana entre São Paulo e Lisboa.

"Neste ano, a TAP pretende transportar 9 milhões de passageiros, isto significa mais 7,1%", revelou, reiterando o ano como o de consolidação da oferta da companhia nos mercados internacionais. Em 2009, a TAP teve 31% de receitas em Portugal enquanto 68% vieram dos mercados no exterior, onde cresceu 102% nos últimos anos, quando passou a voar para 63 destinos.

Todos os números apresentados na coletiva destacaram uma forte presença e importância do Brasil, como mercado crescente (com a Europa) e mais rentável (com a África), além da ascensão verificada também no programa Victoria.

Entre os objetivos anunciados para este ano de 2010, o vice-presidente da TAP destacou que a partir de julho haverá o progressivo aumento da oferta, com intensificação na agressividade comercial, além de reforçar muito o controle de custos, atento à possibilidade dos preços altos dos combustíveis.

Fonte: Antonio Euryco (Brasilturis)

Susan Boyle tem crise nervosa em aeroporto e canta com um esfregão

Susan Boyle surpreendeu os passageiros na sala de espera VIP do aeroporto de Heathrow, em Londres, ao começar a dançar e cantar com um esfregão da limpeza como microfone durante uma crise nervosa na terça-feira.

De acordo com a edição desta sexta do jornal britânico "The Sun", a cantora escocesa, de 48 anos, gritava impropérios enquanto cantava, dançava e limpava os sapatos dos outros passageiros com o esfregão.

Funcionários da companhia aérea British Airways tentaram acalmar Boyle, que saiu correndo da sala do terminal 5 gritando: "Escapei, escapei!".

Um dos passageiros disse ao jornal: "Foi um caos. Susan estava muito agitada desde o momento em que entrou na sala e imediatamente começou a fazer uma cena. Ela estava cantando e dançando pelo lugar, gritando obscenidades a plenos pulmões".

O ataque finalmente chegou ao fim depois que um funcionário da companhia aérea sentou-se com a cantora até que saísse o voo de Susan para Chicago.

Crises nervosas anteriores já geraram especulação sobre o estado mental da cantora depois que ela ficou famosa no programa de TV "Britain's Got Talent", em maio do ano passado.

Susan Boyle embarcou para os Estados Unidos para participar do programa de TV da apresentadora Oprah Winfrey que vai ao ar nesta sexta-feira. A empresa aérea British Airways confirmou o caso: "Uma passageira na sala de embarque da companhia, na terça-feira, foi convidada a moderar seu comportamento, que estava causando tumulto".

Fonte: Extra Online - Foto: US/The Sun

Cuba cede espaço aéreo para EUA ajudarem Haiti

O governo de Cuba liberou temporariamente o seu espaço aéreo para voos dos Estados Unidos possam chegar ao Haiti levando mantimentos e ajuda humanitária aos sobreviventes do terremoto de terça-feira, 12, que matou ao menos 15 mil na terça-feira.

Os cubanos têm relações cortadas com os americanos desde 1961 e seguiram a mesma medida adotada pelos próprios haitianos, que também cederam seu espaço aéreo e o aeroporto da capital Porto Príncipe para os Estados Unidos.

Fonte: eBand/AFP - Mapa: srh.noaa.gov

Substituição dos elevadores avança no Aeroporto do Galeão

O Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim vai receber ainda nesta semana mais dois novos elevadores. Eles se somarão aos outros seis já substituídos e que fazem parte das melhorias de reforma e revitalização do lterminal. Os novos equipamentos são capazes de transportar 20 pessoas ou 1,5 mil quilos e atendem às condições de acessibilidade.

A medida faz parte do trabalho da Infraero de melhorar o nível de conforto e segurança das pessoas que frequentam o aeroporto e integra o plano de substituição de todos os 32 elevadores do Terminal 1, sendo 22 para passageiros e dez para o transporte de cargas.

Ao todo, a Infraero vai substituir os 60 elevadores de todo o aeroporto, num investimento de R$ 14,78 milhões, que vai oferecer aos frequentadores do terminal uma infraestrutura mais eficiente e funcional. Além disso, a empresa trabalha nas reformas dos Terminais 1 e 2 e finalização do Terminal de Passageiros 2, cujo valor é de R$ 648,45 milhões. Esse montante inclui ainda a recuperação e revitalização do sistema de pistas e pátios, incluindo o da aviação executiva adjacente ao segundo terminal.

Fonte e foto: Infraero

Projetos de modernização do aeroporto de Teresina (PI)

O presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, recebeu na última quarta-feira a visita do governador do Piauí, Wellington Dias, para tratar do cronograma de obras do Aeroporto de Teresina / Senador Petrônio Portella.

Durante o encontro, o presidente da Infraero anunciou o avanço das ações para modernização do terminal piauiense.

Até o final de janeiro, estará concluído o processo de licitação para elaboração do projeto básico do novo terminal de passageiros do Aeroporto Senador Petrônio Portella, orçado em R$ 4,3 milhões. A expectativa é que no máximo em três anos as obras estejam concluídas. “A Infraero aposta no crescimento do Piauí e abraçou o projeto de ampliação e modernização do Aeroporto de Teresina”, destacou Murilo Barboza.

O presidente da Infraero também confirmou sua presença na inauguração da primeira etapa de obras do Aeroporto Internacional de Parnaíba / Prefeito Dr. João Silva Filho, que deve ser entregue em março. Essa primeira fase contempla a ampliação em 300 metros da pista de pouso e decolagem, que passará a ter 2.500 m. “Estamos animados com a entrega das obras em Parnaíba. É um benefício para o Estado a agradecemos a parceria da Infraero”, enfatizou o governador do Piauí, Wellington Dias.

Além da pista de pouso e decolagem, o Aeroporto Internacional de Parnaíba contará com novo pátio de aeronaves. O custo das obras está orçado em R$ 28,35 milhões. Participaram também da audiência, o assessor da Presidência, Ivan Gonçalves, e o superintendente da Regional Nordeste, Fernando Nicácio Cunha.

Fonte: JT via José Wilson (Vooz) - Foto: Vooz

Aviões do Brasil conseguem pousar no Haiti. Mortos podem chegar a 200.000

Mais cinco aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) com suprimentos e equipes médicas conseguiram aterrissar no aeroporto da capital do Haiti, Porto Príncipe, autorizados pelos Estados Unidos, que controlam o confuso tráfego aéreo a pedido do governo haitiano.

De acordo com informações da FAB divulgadas na manhã deste sábado, três aviões com suprimentos, remédios e equipes médicas que aguardavam autorização para pousar em Santo Domingo, na vizinha República Dominicana, partiram durante a madrugada de sexta-feira e já pousaram na capital haitiana. Outras duas aeronaves que aguardam em Boa Vista (RR) também já decolaram e chegaram ao local na manhã deste sábado.

Outros três aviões brasileiros já haviam levado mantimentos durante a semana. Ao todo, 140 homens e mais de 80 toneladas de carga foram transportadas para a capital haitiana desde o terremoto que devastou o Haiti na terça-feira.

Diante da dificuldade de acesso a Porto Príncipe, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, falou por telefone com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. "Mencionei o problema que está havendo de acesso da própria Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) ao aeroporto e dos próprios aviões brasileiros, inclusive alguns deles levando ajuda, e que estão com dificuldades de chegar lá", relatou Amorim. A Minustah tem 12.000 pessoas em operação no país e é liderada pelo Brasil.

Vítimas

O número de mortos pelo terremoto no Haiti pode chegar a 200.000, disse na noite desta sexta-feira à agência de notícias Reuters o ministro do Interior, Paul Antoine Bien-Aime. "Já recolhemos cerca de 50.000 corpos e achamos que haverá entre 100.000 e 200.000 mortos no total, mas talvez nunca saibamos o número exato", disse.

Horas antes, o secretário de Estado para Segurança Pública, Aramick Louis, afirmara que 40.000 corpos haviam sido enterrados e que 100.000 pessoas poderiam ter morrido no terremoto.

Ele acrescentou que grupos armados estavam tomando as ruas e que o governo temia um aumento da violência.

Milhares de pessoas que ficaram feridas ou desabrigadas por causa do terremoto imploram por água, comida e assistência médica, enquanto o mundo se apressa em enviar ajuda antes que o desespero se transforme em revolta generalizada.

A Organização Pan-Americana da Saúde estima que entre 50.000 e 100.000 pessoas tenham morrido. A Cruz Vermelha Haitiana vinha divulgando uma estimativa de 45.000 a 50.000.

Brasileiros

O ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, disse nesta sexta que não há esperança de encontrar com vida os cinco brasileiros ainda desaparecidos - quatro militares e um civil - em consequência do terremoto. Jobim elevou para 17 o número de brasileiros mortos no país - 14 militares e mais três civis, entre eles a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Crianaça, e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa.

Fonte: Veja.com

Aeroporto de João Pessoa terá investimento superior a R$ 3 milhões

O Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto (PB) receberá investimentos na ordem de R$ 3.079.990,08 ainda em 2010. Segundo o superintendente do Aeroporto, Usiel Paulo Vieira, o objetivo é "tornar o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto uma importante ferramenta que favoreça o crescimento do Turismo na Paraíba e do Brasil", afirma.

O aeroporto apresentou um movimento de 599.767 em 2009 contra 448.444 em 2008. A entrada de cinco novos voos provocou um crescimento diário de 1,4 mil no primeiro semestre para 1,9 mil passageiros no segundo semestre.

Fonte: Mercado & Eventos - Foto: Wikipédia

Nasa reduz preço dos ônibus espaciais após aposentadoria

Instituição que quiser ter um ônibus espacial para exibir precisará pagar US$ 28,8 milhões à agência

A Nasa reduziu, de US$ 42 milhões para US$ 28,8 milhões, o total que terá de ser desembolsado por qualquer organização que queira comprar e exibir um ônibus espacial, após a aposentadoria das naves. O último voo previsto de um ônibus espacial está previsto para o segundo semestre deste ano.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 15, a agência espacial informa que decidiu assumir, sem repassar ao comprador, os custos de tornar as naves seguras para exibição pública.

O ônibus espacial Atlantis, uma das duas naves disponíveis para venda com entrega em 2011

As instituições interessadas em adquirir uma das naves devem enviar suas propostas à Nasa até a meia-noite de 19 de fevereiro. Das três naves restantes da frota, o ônibus espacial Discovery será entregue ao Museu Nacional de Ar e Espaço dos EUA.

Com isso, ficam disponíveis para outras instituições o Endeavour e o Atlantis. A entrega das naves não deve ocorrer antes de meados de 2011.

Fonte: estadao.com.br - Foto: NASA

Até junho, aviões da TAM terão serviço de telefonia

A companhia aérea TAM anunciou ontem que vai oferecer o uso de celular e internet a bordo das aeronaves até junho. A companhia já havia firmado, em outubro de 2008, uma parceria com a empresa suíça de tecnologia OnAir. Duas aeronaves da TAM já foram adaptadas para permitir a utilização de telefonia móvel, e outras duas ainda passarão pelo mesmo processo. Para que o serviço seja oferecido, falta ainda a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Anatel precisa autorizar a atuação da OnAir no Brasil e certificar seus equipamentos. Já a Anac precisa avaliar se o sistema pode provocar algum prejuízo à operação dos aviões. Além disso, será necessário alterar a atual legislação, que autoriza o uso de celulares apenas quando os aviões estão em solo e com as portas abertas.

O sistema desenvolvido pela OnAir permite o funcionamento de 12 celulares por avião ao mesmo tempo. Os passageiros poderão fazer e receber ligações, enviar mensagens SMS, acessar e-mails via smartphone e ainda utilizar a internet por meio de laptops equipados com aparelhos de modem. O uso desses serviços será cobrado diretamente da conta de telefone dos passageiros.

A empresa ainda não definiu quais rotas receberão o serviço. A ideia é testar a aceitação dos passageiros apenas nos voos domésticos. Os sistema de telefonia celular a bordo já é utilizado em países da Europa, mas foi proibido nos Estados Unidos, sob o argumento de que o sinal emitido pode interferir nos controles das aeronaves.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo - Foto: zoomdigital.org

Haiti, uma história de paradoxos e excessos

O verdadeiro terremoto do Haiti foi a sua própria história, agora, evidenciada mundialmente pelo sinistro geológico. Porto Príncipe, a capital do Haiti situa-se no departamento de Quest, um dos dez do país, que tem cerca de nove milhões de habitantes e faz fronteira, na ilha Hispaniola, com a República Dominicana.

Cedido pela Espanha à França em 1697, quando se chamava Saint-Domingue, suas terras – há muito inférteis – tornaram-no uma das mais ricas colônias das Américas. Produzia um dos melhores acúcares do mundo, batendo, no século XVIII, o Brasil em exportações nesse campo.

Hoje, sua renda per capita é bastante menor do que a do bairro de Higienópolis, em São Paulo: em média, um haitiano vive com dois reais ao dia. Como lembra Juan Jesús Aznárez o Haiti é exemplo vivo da Lei do engenheiro aeroespacial americano (Edward) Murphy: qualquer situação, por pior que seja, está sujeita a agravamentos.

O que transformou o Haiti no país mais pobre das Américas? O processo ininterrupto de “colonização” (usurpação), que não se findou, paradoxalmente, com sua independência, inovadora e sui generis, em 1804, a segunda do continente (a primeira foi a dos Estados Unidos, em 1776) e a primeira liderada exclusivamente por negros, que conquistaram sua liberdade, em 1794 – ao contrário dos negros brasileiros, que foram “alforriados” quase cem anos depois.

O Haiti, disputado pela Espanha e França, antes de sua independência, não teve ao menos os benefícios secundários de uma colonização como a brasileira. Na verdade, sua independência política consistiu num abandono de território. As plantações de cana de açúcar francesas, que fizeram a riqueza de Paris, haviam esgotado o solo, quando Napoleão entregou a ilha à sua própria sorte.

A República negra sofreu boicotes desde seu início e tornou-se um “encrave negro”. O sismo do dia 12 de janeiro, 35 vezes mais forte do que a bomba atômica lançada sobre Hioshima no final da Segunda Guerra, deu-se, na verdade, quando Colombo chegou na ilha em 1492.

À deriva desde sua independência

As terras haitianas já eram parcialmente inférteis no começo do século 19. A jovem Revolução Industrial, àquela altura, substituía, passo a passo, o trabalho humano pela máquina, a agricultura e o artesanato pelo manufatura. Sem terras férteis, sem possibilidade para cultivar suas possíveis matérias primas, a república negra seguiu à deriva, de crise política em crise política.

O jovem capitalismo industrial, baseado igualmente na exploração dos escravos, radicalizou as relações de produções, adicionando a elas, então, o racismo e os conflitos raciais, um instrumento econômico, que perpetuou os negros como seres inferiores – mesmo depois de suas alforrias.

Os conflitos raciais entre brancos e mulatos e os negros (a maioria do país) inviabilizaram o Haiti. O país fechou-se em si mesmo, cumprindo sua vocação de ilha. Fechou-se nos conflitos raciais legados pelos colonizadores franceses e espanhóis, fechou-se no passado, em sua impotância, em sua psique tribal reprimida.

Sua localização geográfica não o ajuda: situa-se entre a Venezuela e os Estados Unidos, ao lado de Cuba. É um lugar de passagem. E, com a doutrina Monroe (de James Monroe, lançada em 1823, “A América é dos americanos”), tornou-se “propriedade” implícita dos Estados Unidos.

Uma viagem de avião de Porto Princípe a Miami não chega a três horas. Da segunda metade do século 19 ao começo do século 20, vinte governantes alternaram-se no poder e, dentre eles, 16 foram depostos e/ou assassinados.

No século 20, o Haiti experimentou uma sequência ainda mais alucinada de crises políticas, a confirmar que o colonizador não lhe deixou – como herança – os princípios iluministas da Revolução Francesa e tampouco um Estado de Direito, com Executivo, Judiciário e Legislativo, mesmo que incipientes, legando-o apenas a deterioção do passado tribal africano, que talvez lhe desse alguma unidade.

Em 1902, houve um guerra civil. De 1902 a 1908, a ditadura de Nord Alexis. De 1915 a 1934 foi ocupado pelos Estados Unidos (a mando inicial de seu presidente Woodrow Wilson), sob o pretexto de que seu governo não havia pago uma dívida contraída junto ao City Bank e ainda que as corporações estadunidenses, lá instaladas, estavam sob risco, impondo-se a pacificação das cidades e, sobretudo, para revogar o artigo da Constituição que proibía a venda de cana de açúcar aos estrangeiros. A riqueza do Haiti (o acúçar) foi o germe de sua destruição, à mingua de uma sociedade civil minimamente organizada.

Tortura e vodu

Os civis ocupam o poder de 1934 a 1957, como sempre, de crise em crise. Em 1957, François Duvalier – o Papa Doc – elegeu-se presidente e, com o apoio dos americanos, sob o signo da Guerra Fria e da Revolução cubana de 1958, declarou-se presidente vitalício em 1964.

Papa Doc implantou uma ditadura feroz, baseada no terror dos “tontons macoutes” (bichos-papões) e – ressignificando a origem africana – no vodu. Sua principal obra foi exterminar o pouco de sociedade civil que ainda havia no país e também a Igreja Católica que, àquela altura, ensaiva os primeiros passos da teologia da libertação na América Latina.

Papa Doc, um Napoleão de hospício e presídio, desflorestou o país na fronteira com a República Dominicana para ter os inimigos sob sua mira. Haitianos e dominicanos se odeiam, na ilha ou em Miami ou Nova Iorque, para onde inúmeros imigraram. O terremoto é fruto também de política predatória – crônica – em relação ao meio ambiente. O país perdeu 98% de suas florestas. Nada se pode cobrar, entretanto: o país nunca existiu de fato.

François Duvalier foi sucedido pelo seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, em 1971. Baby Doc permaneceu no poder até 1986, três anos antes da Queda do Muro de Berlim. A França lhe deu asilo político.

A ditadura dos Doc fez o país regredir 200 anos, deixando-o em estado colonial, agora, em plena terceira Revolução Industrial, e sem o acúçar, seu ouro branco. Leslie Manigat governou o Haiti de fevereiro a junho de 1988, depois de ele ser controlado pelo general Henri Namphy, de veia doquiana, por ano e meio como sucessor de Jean-Claude.

Seguiram-se golpes de Estado, liderados pelos doquistas até que o padre, de esquerda, Jean-Bertrand Aristide elegeu-se em 1990, renovando o sonho de 1804, o sonho da República negra dos ex-escravos Toussaint Louverture e Jacques Dessalines – país da independência.

As forças doquianas ou as forças que Doc encarnou – autoritárias – permaneciam vivas e Aristide foi deposto, em 1991, pelo general Raul Cedras – a ONU e a OEA, como sempre, impuseram “sanções econômicas” ao país. No fundo, os Estados Unidos e a Europa foram, ao longo do século 20, esvaziando qualquer possibilidade de nação para o Haiti e as sanções econômicas são prova disso.

A imigração tornou-se uma rotina, acentuada pela crise de Aritide/Cedras. O Conselho de Segurança da ONU decretou, em 1994, bloqueio total ao país. Uma Junta Militar empossou Émile Jonassaint, o que bastou para os americanos intesificarem as sanções. Em 1994, Aristide foi reempossado por uma força militar norte-americana. Em 2004, foi deposto.

Para controlar a situação tensa, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o envio de uma força de mantenedores de paz, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Liderada pelo Brasil, a força tem atualmente 7 mil homens, entre eles 1.266 brasileiros. Além desses neo-piratas abrigados em ONGs.

Sob o governo do Minustah, deu-se o terremoto físico, há tanto experimentado continuamente na vida social. Como observa Aznárez, com pertinência, a história do Haiti é excessiva, desde o chicote colonial francês até os dias de hoje.

Esse país, entretanto, legou à humanidade um pintor do nível de Hector Hyppolite (1894-1948), descoberto pelo poeta francês André Breton (1896-1966), líder do movimento surrealista, que morou na ilha em 1944, e poetas de primeira plana como Rene Depestre (n. 1926).

Depestre afirma, com pertinência, que os processos coloniais estão mais do que vivos. Ele acrescenta que houve uma espécie de descolonização “institucional” e uma das relações internacionais, em nível protocolar, sem descolonização das mentes e corações.

O Haiti é o produto mais cruel desses processos coloniais europeus (e americanos), sob a etiqueta “globalização”: ela não incluiu, como aduz Depestre, a totalidade dos valores das diversas civilizações e culturas, mas, ao contrário, impôs um padrão único, causando o yhadismo, o terorismo, a pobreza etc.

O Haiti é a vítima da hora. Ele, apesar da comoção mundial que provoca, será ainda palco de disputa geopolítica áspera, onde o que menos importa é sua população, confirmando a Lei de Murphy.

Fonte: Régis Bonvicino (Último Segundo - iG)

Haiti: a ajuda internacional às vítimas

A ajuda de emergência prossegue afluindo nesta sexta-feira, três dias depois do terremoto que atingiu o Haiti. Segue uma lista dos principais países ou organizações que manifestaram solidariedade:

. ONU - A ONU lançou um apelo à comunidade internacional para arrecadar 560 milhões de dólares para o Haiti, anunciou seu responsável para assuntos humanitários, John Holmes. O apelo foi feito formalmente às 16H00 (19H00 de Brasília), e o dinheiro será destinado ao fornecimento de água, alimentos, barracas e medicamentos aos haitianos, destacou Holmes.

. BANCO MUNDIAL E FMI - Cada instituição fornece uma ajuda financeira de 100 milhões de dólares.

. EUA - Ajuda imediata de 100 milhões de dólares e deslocamento de uma brigada de até 10.000 soldados americanos para participar dos esforços humanitários e a ajudar a manter a segurança. Envio do porta-aviões nuclear Carl Vinson e outros navios. O gigante americano Google anunciou um donativo de um milhão de dólares e a Cruz Vermelha americana reuniu 8 milhões de dólares através de SMS.

. G20 - O Grupo dos 20 maiores países industrializados e emergentes do planeta anunciou uma ajuda num montante ainda não estabelecido.

. A Organização de Estados americanos (OEA) já recolheu mais de 170 milhões de dólares

. AUSTRÁLIA - 9 milhões de dólares

. BRASIL - 15 milhões e dólares e envio de oito aviões com ajuda humanitária.

. CANADÁ - Ajuda urgente de 4,8 milhões de dólares e um auxílio futuro de até 100 milhões de dólares canadenses. O país enviou dois navios de guerra, helicópteros e aviões.

. UE - Ajuda de 3 milhões de euros

. GRÃ-BRETANHA - 6,87 milhões de euros. Envio de 71 especialistas em socorro de emergência e 10 toneladas de equipamento. Os britânicos doaram 2,3 milhões de euros a várias ONGs, essencialmente pela internet.

. FRANÇA - 200 bombeiros e militares com material de busca a desaparecidos e um hospital de campanha. Próximo envio de dois navios de guerra, um deles com equipamentos cirúrgicos.

. ESPANHA - 3 milhões de euros e cinco aviões transportanto equipes de socorro e mateial.

. ITÁLIA - Um milhão de euros de ajuda de urgência; um avião com especialistas em logística e um C-130 militar transportando um hospital de campanha e 20 cirurgiões.

. ALEMANHA - 1,5 milhão de euros.

. NORUEGA - 2,7 milhões de euros.

. DINAMARCA - 6,7 milhões de euros.

. BÉLGIQUE - Envio de um hospital de campanha.

. HOLANDA - 2,91 milhões de dólares

. PORTUGAL - Envio de um C-130 das forças aéreas e 32 agentes da defesa civil.

. FINLÂNDIA - 1,8 milhão de dólares

. SUÍÇA - 1,9 milhão de dólares

. TURQUIA - Envio de um hospital de campanha com equipe médica de 20 pessoas assim como 10 toneladas de medicamentos, além de barracas e alimentos.

. RÚSSIA - Envio de um avião Il-76 com 20 médicos e um hospital de campanha.

. CARIBE - GuIana e Trinidá e Tobago oferecem dois milhões de dólares. Cuba enviou uma ajuda médica de urgência.

. CHILE - Envio de um avião militar levando 40 toneladas de ajuda.

. PERU - Dois aviões militares com 40 toneladas de ajuda (medicamentos e víveres).

. BOLÍVIA : 500 litros de sangue, 5 toneladas de alimentos e outras 5 de medicamentos

. GABÃO: um milhão de dólares

. MARROCOS - um milhão de dólares

. GUINÉ EQUATORIAL: 1,38 milhão de euros

. JORDÂNIA - Envio de avião transportando médicos e toneladas de ajuda alimentar e médica.

. ISRAEL - Envio de dois aviões transportando equipamento médico.

. CHINA - 1 milhão de dólares.

. COREIA DO SUL - Um milhão de dólares e equipe de socorristas.

. JAPÃO - 5 milhões de dólares, assim como produtos de primeira necessidade, num valor de 230.000 euros.

. INDONÉSIA - Envio de equipe de 75 socorristas.

. PAM - O Programa Alimentar Mundial prevê assistência de emergência para 2 milhões de haitianos.

Fonte: AFP

Aviões militares brasileiros ainda não conseguiram pousar no Haiti

Cinco aviões das Forças Armadas Brasileiras que levam ajuda humanitária ao Haiti ainda não conseguiram pousar no país.



São toneladas de água, alimentos e equipamentos parados.

Dois aviões Hércules não podem decolar da base aérea de Roraima enquanto não conseguir autorização para pousar no Haiti. O espaço aéreo do país está sendo controlado pelos Estados Unidos.

“Agora mesmo acabei de falar com a Secretária de Estado Hilary Clinton, porque estava tendo um pequeno mal entendido em relação àquestão do aeroporto, à sequência dos aviões. Se as forças da Minustad, especialmente as brasileiras, não estiveram abastecidas, elas não podem cumprir a função pela qual elas estão lá”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Desde quarta-feira, as forças armadas enviaram oito aviões para ajudar as vítimas da tragédia. Três conseguiram pousar na capital, Porto Príncipe, e já voltaram ao Brasil. Outros três estão parados na República Dominicana e dois esperam em Boa Vista.

O primeiro Hércules que pousou aqui já vai completar 24 horas parado e não há previsão para decolagem. Depois que o piloto receber a autorização de vôo, vão ser mais quatro horas e meia até Porto Príncipe, a capital do Haiti.

A tenente Adriana Reis é uma das oficiais da equipe médica que espera pelo voo. É a primeira missão dela em um país estrangeiro.

"Quando a gente chega tem um "baque" emocional, mas não tem como. A gente vai para ajudar o máximo possível”, oficial dentista tenente Adriana Reis.

Fonte: Jornal da Globo

Nasa tenta descobrir se sonda sobreviveu em Marte

O dia D da Phoenix é esta segunda-feira (18)

Na mitologia, a fênix (em inglês, “phoenix”) é uma ave do tamanho de uma águia que simboliza a perpetuação. Conta a mitologia grega que ela vive na Arábia, em um oásis. Desperta a cada manhã com um belo canto. Durante os aproximadamente 500 anos de vida de uma fênix, ela reina sozinha, como a única da espécie. Quando chega sua hora, consome-se em chamas. Mas outra fênix renasce das cinzas.

Phoenix também é a sonda lançada pela Nasa que desde maio de 2008 está na região polar norte de Marte. Sua missão estava prevista para durar 3 meses, mas ela conseguiu trabalhar por 5 meses durante o verão marciano. Como sua inspiradora, a Phoenix marciana nasceu das “cinzas” de outros dois projetos, a Mars Polar Lander, que não chegou a Marte por causa de um erro grotesco de conversão de unidades, e a Mars Surveyor 2001 Lander, que acabou cancelada.

Desde que chegou, a Phoenix passou pelo verão, outono, inverno e parte da primavera, mas seus equipamentos não foram projetados para suportar as baixas temperaturas, nem mesmo a carga de gelo que deve ter se formado sobre ela. Ninguém sabe ao certo suas condições atuais.

Dia 18 agora, segunda-feira, o orbitador Mars Odyssey vai tentar um contato com a Phoenix, na esperança que ela tenha sobrevivido. Os computadores à bordo da Phoenix foram programados para tentar estabelecer comunicação com a Terra de maneira periódica, assim que seus painéis solares conseguirem produzir energia suficiente para reativar os sistemas. Durante essas tentativas a Phoenix deverá usar suas duas antenas e seus dois rádios para tentar se comunicar com qualquer orbitador, mas a Odyssey terá papel de destaque. A partir do dia 18 e durante 3 dias consecutivos ela passará exatamente por sobre a Phoenix umas dez vezes por dia.

A quantidade de luz solar incidente sobre os painéis da Phoenix atualmente é a mesma de quando ela se comunicou pela última vez, em novembro de 2008, por umas 17 horas. As tentativas de comunicação vão continuar até que o Sol esteja visível durante todo o dia marciano, o que é possível, pois ela está na região polar de Marte. Após restabelecer as comunicações, os engenheiros na Terra vão fazer um check up das condições de todo o equipamento a bordo para só depois decidir se será possível conduzir algum experimento científico.

Ninguém está otimista. Na verdade, os engenheiros não esperam qualquer comunicação da Phoenix. Mas quem sabe essa fênix marciana não nos dá uma bela surpresa e renasce do gelo? Vamos aguardar!

Leia também: Diário de um robô persistente

Fonte: Cássio Leandro Dal Ri Barbosa (Blog Observatório - G1) - Imagem: NASA

Pequeno avião faz pouso de emergência durante voo no evento de um ano do acidente no rio Hudson

Um pequeno avião voando com uma bandeira comemorativa do aniversário de um ano após a amerrissagem de emergência no Rio Hudson, em Nova York, fez um pouso de emergência em um aterro nas proximidades do local.

A polícia disse ontem que o piloto, Jaime Saint, saiu da aeronave em segurança. O avião de dois lugares não tinha outro ocupante a bordo.

O avião pousou às 12h35 (hora local) no aterro sanitário de Fresh Kills Staten Island após enfrentar problemas no motor. A polícia informou que ele veio de Nova Jersey e estava voando com um banner em homenagem ao voo 1549 da US Airways.

O aterro está fechado e mantém destroços do ataque de 11 de setembro. Na aterrissagem de emergência, o avião não atingiu nenhum dos escombros.

O Piper PA-18-150 Super Cub, prefixo N4615Y, está registrado para Smoketown Banners LLC de New Holland, Pensilvânia.

Fonte: AP/Los Angeles Times - Fotos: Reprodução NY1 News e Fox News

Sobreviventes do "milagre do Rio Hudson" reúnem-se um ano depois do acidente

O local onde um avião acidentado lentamente afundou há um ano, no frígido rio Hudson, em meio a pânico, heroísmo, terror e euforia, transformou-se nesta sexta-feira (15) em um local de celebração.

A tripulação e os passageiros do voo 1549 da US Airways se juntaram com seus salvadores e levantaram um brinde a sua improvável sobrevivência.

Levantaram os brindes às 15:31 (hora local), no exato momento do impacto, em uma das balsas que os tirou da água. Eles fizeram um brinde no local aproximado onde o avião caiu, após uma amerrissagem milagrosa em que todos a bordo sobreviveram.

Pelo menos alguns dos passageiros havia planejado fazer o brinde com a vodka Grey Goose - aparentemente um aceno irônico ao bando de gansos que desativou o motor do Airbus A320 no dia 15 de janeiro de 2009.

Cerca de 100 pessoas aplaudiram no início da manhã, durante um café da manhã, o capitão Chesley "Sully" Sullenberger, sorridente e vestindo seu uniforme de piloto, um desconhecido até o momento em que habilmente trouxe o avião para baixo em segurança.

"Estamos muito felizes de ter muito o que comemorar", disse ele. "Temos muito a agradecer", disse ele.

Algumas horas mais tarde, passageiros, tripulantes e equipes de resgate se reuniram em um terminal de ferry no West Side de Manhattan para embarcar na balsa. Assim como foi um ano atrás, o clima estava frio, e algumas pessoas estavam preocupadas em ir para o rio.

"Um pouco nervoso", disse a assistente de voo Doreen Welsh, que desenvolveu um medo de água depois de ficar submersa até o queixo no avião inundado. Ela disse que começou a chorar quando uma outra aeromoça assinalou o ponto no terminal onde ela tinha deitado em uma maca após ser resgatada.

"Ela trouxe tudo de volta", disse ela.

Quarenta e oito dos passageiros do voo 1549 participaram em eventos durante o dia, incluindo Laura Zych e Ben Bostic de Charlotte, que começaram a namorar após o aniversário de seis meses da amerrissagem.

A vida, disse Bostic, está "muito melhor. Estou mais aberto a oportunidades. Compreendo tudo."

"Nós não temos nada garantido. Comemoramos o aniversário de um mês, dois, três, quatro. Estávamos esperando por este dia", disse Zych.

Bostic disse que ainda sente "um pouco de ansiedade" ao voar. Mas, tendo Zych com ele, disse, torna-se mais fácil.

Sullenberger disse que, até agora, ele conheceu dois terços dos passageiros e esperava conhecer, eventualmente, todos eles, No terminal da balsa, ele foi cercado por várias pessoas, inclusive uma chorosa Hannah Acton, cujo marido, Patrick, estava no voo.

"Muito obrigado", disse ela, segurando uma cópia do livro de Sullenberger em seu peito.

Mais tarde, ela lembrou o pavor que sentiu depois de receber um telefonema informando que o avião de seu marido tinha caido, ficando por 23 minutos sem saber se ele estava vivo ou morto, enquanto observava o resgate na televisão.

"Eu estava histérica", disse ela. "Eu pensei, 'Oh meu Deus, agora eu estou vendo o meu marido morrer".

Theresa Bischoff, diretora executiva da Cruz Vermelha Americana da Grande Nova York, introduziu o governador David Paterson no evento, creditando-lhe ter cunhado a frase "Miracle on the Hudson."

"Foi o dia mais feliz que passei como governador", disse Paterson.

O co-piloto de Sullenberger, Jeffrey Skiles, chamou todos os salvadores, bombeiros, pessoal do departamento de polícia e os operadores de ferry boat, de "os verdadeiros heróis desse dia."

Skiles, em seguida, fez uma doação de 5.000 dólares para a Cruz Vermelha Americana para seus esforços junto ao terremoto no Haiti. Ele fez o check-in com o nome das vítimas do acidente fatal da Continental Connection, voo 3407, ocorrido em Búfalo, em fevereiro passado.

O Bank of America, que tinha 20 funcionários no voo, fez a Cruz Vermelha uma doação de $ 21.549 para auxílio do Haiti.

O regresso à água trouxe à tona sentimentos diferentes, para alguns dos sobreviventes. Mas muitos estavam ansiosos para se reunir com os outros que compartilharam da experiência angustiante. Alguns dizem que consideram o grupo como uma espécie de família.

"Isso traz de volta memórias de estar lá e do que passamos", disse Bostic anteriormente. "Mas, essas lembranças, também reforça a gratidão que temos."

Fonte: Associated Press/USA Today - Tradução: Jorge Tadeu da Silva (Blog Notícias sobre Aviação) - Fotos: Richard Drew(AP) / Chris McGrath (Getty Images)

Terroristas podem ser detectados pelo cheiro

Cientistas alemães testaram narizes eletrônicos com Forças Armadas e conseguiram detectar explosivos

Depois do atentado falho de Detroit, no qual o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab conseguiu entrar num avião com explosivos escondidos na roupa no dia de Natal, a ciência não poupa meios para encontrar sistemas de segurança cada vez mais sofisticados para equipar os aeroportos.

Na Alemanha, investigadores do Instituto de Comunicação, Processamento de Informação e Ergonomia Fraunhofer estão desenvolvendo narizes electrônicos que, dissimulados nas paredes dos aeroportos, conseguem cheirar indivíduos com explosivos.

Baptizado de HAMLeT (Hazardous Material Localization And Person Tracking - Localização de Materiais Perigosos e Rastreamento de Pessoas), trata-se de uma rede de sensores de cheiro altamente sensível, capaz de seguir o rastro de um explosivo.

Os sensores contêm cristais que oscilam e, sempre que detectam moléculas químicas, a frequência da oscilação varia conforme a substância cheirada. O alerta é dado ao pessoal de segurança e uma segunda rede de sensores entra em ação: processa dados empregando algoritmos complexos que, ao traçar o percurso do cheiro, o relacionam a um indivíduo específico.

"O verdadeiro avanço do HAMLeT é a capacidade de reunir todos os dados e convertê-los numa imagem global clara e precisa", esclarece o líder da investigação, Wolfgang Koch. Num teste realizado com as Forças Armadas alemãs, o sistema detectou cinco "terroristas" com explosivos escondidos. O protótipo de algoritmos está agora sendo aperfeiçoado para reduzir falsos alarmes.

Fonte: Sandra Pereira (i-Online - Portugal) - Imagem ilustrativa: NIST

Queda de avião na Inglaterra mata duas pessoas

Duas pessoas morreram na tarde desta sexta-feira (15) na sequência da queda de uma aeronave perto do aeroporto de Oxford, em Kidlington, Oxfordshire, na Inglaterra.

A aeronave de dois lugares Piper PA-31 Navajo caiu envolta em chamas por volta das 14:00 (hora local). Equipes de bombeiros se dirigiram ao local para apagar o fogo que envolvia os destroços do avião.

Maffi Moushkila, uma testemunha no local, descreveu a queda à BBC: "Ouvi o motor parar e cerca de dois segundos depois, houve uma explosão. 20 segundos depois houve outra explosão. Poucos minutos mais tarde, o alarme do aeroporto disparou."

Fontes: i-Online (Portugal) / ASN - Foto: Getty

Americano é preso depois de alerta de bomba em avião


Um norte-americano de 28 anos, originário da Califórnia, foi detido nesta sexta-feira (15) depois de ter se trancado no banheiro de um avião da companhia United Airlines com destino a Michigan (norte) afirmando que tinha uma bomba, segundo a imprensa local.

O homem foi preso depois da aterrissagem do avião Bombardier CRJ-200, com 11 passageiros e três tripulantes a bordo, em Traverse City (Michigan). Todos os passageiros estão sãos e salvos, indicou a rede de televisão WBPN em seu site.

Um cão especialista em detecção de explosivos foi levado para o avião, acrescentou o canal de televisão.

O alerta no voo 6036 da United levou as autoridades a fecharem o aeroporto Cherry Capital de Traverse City às 10 horas locais (12h00 de Brasília) e o homem foi preso menos de uma hora depois, segundo o jornal Traverse City Record Eagle.

Fontes: AFP / Washington Post - Imagem e foto: AP