terça-feira, 22 de setembro de 2009

22 de setembro de 1980: Começa a guerra entre o Irã e o Iraque

Contra o Irã, EUA se aliaram a Saddam Hussein

Em 1980, Irã e Iraque iniciaram uma guerra sangrenta, que teve forte motivação no fundamentalismo religioso e na presença dos EUA no Oriente Médio. O conflito, que terminou no dia 20 de agosto de 1988, sem vencedores, é um fato histórico que ajuda a entender importantes conflitos posteriores no Oriente Médio, a exemplo da Guerra do Golfo (1991) e da Guerra do Iraque (2003).



Até 1979, o Irã era um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região - estratégica por abrigar a maior parte das reservas mundiais de petróleo. Neste ano, o país sofreu a Revolução Islâmica, que resultou na deposição do Xá (imperador) Reza Pahlevi e na posse do aiatolá (chefe religioso) Ruhollah Khomeini como líder máximo do país.

Xiitas no poder

O Irã deixava de ser uma monarquia alinhada ao Ocidente para se tornar uma brutal ditadura fundamentalista islâmica. O fato de a população ser de maioria xiita (islâmicos radicais) explica a maciça adesão à revolução. Khomeini defendia a expansão da revolução, o que criou atritos com outras nações do Oriente Médio, e criticava abertamente os EUA, acusando-os de corromper os valores islâmicos.

Conseqüências da Revolução Islâmica

Uma das principais conseqüências da revolução foi o rompimento do Irã com os Estados Unidos, que desde então não mantêm relações diplomáticas. Os americanos se viram sem um de seus maiores aliados. Para compensar a perda do Irã, os EUA se aproximaram do país vizinho, o Iraque, onde o jovem vice-presidente havia tomado o poder recentemente por meio de um golpe de estado. Seu nome? Saddam Hussein. Pois é. Inicialmente, o ditador iraquiano foi um aliado estratégico dos americanos no Oriente Médio.

A guerra começou em 1980 por um motivo que, teoricamente, não seria suficiente para iniciar hostilidades entre Irã e Iraque: o controle do Chatt-el-Arab, um canal que liga o Iraque ao Golfo Pérsico, por meio do qual é escoada a produção petrolífera do país. Embora a margem oriental do canal fosse controlada pelos iranianos, qualquer embarcação podia atravessá-lo sem problemas rumo ao Iraque. Mesmo assim, Saddam Hussein reivindicou o controle total do estreito. Diante da recusa iraniana em ceder seu território, tropas de Saddam invadiram o Irã e destruíram o que era então a maior refinaria de petróleo do mundo, em Abadã.


E assim dois países pobres, altamente dependentes da exportação do petróleo, mantiveram um conflito que se dava principalmente por meio de batalhas de infantaria, custando a vida de milhares de soldados e das populações das regiões fronteiriças. O Iraque, que sofreu um pesado contra-ataque iraniano em 1982, foi apoiado principalmente pelos EUA e por outras nações do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, cujas elites não viam com bons olhos a expansão do fundamentalismo islâmico, representado pelo Irã.


Massacre dos curdos

O conflito, travado majoritariamente em solo iraquiano, se caracterizou por vitórias alternadas de ambos os lados, configurando um equilíbrio entre os beligerantes, embora o Irã tivesse uma população três vezes maior. Em 1985, o Iraque teve de enfrentar a sublevação da minoria étnica dos curdos, concentrada principalmente no norte do país. Para evitar um conflito em duas frentes, Saddam resolveu liquidar os separatistas curdos, inimigo mais fraco que os iranianos, de maneira rápida e definitiva. Para isso, usou armas químicas, que mataram cerca de 5 mil habitantes da aldeia de Halabja.

Completamente esgotados, Irã e Iraque cessaram fogo em 1988, por sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas). As fronteiras permaneceram exatamente as mesmas de antes do conflito. Desta forma, é possível afirmar que as vítimas da guerra -cerca de 300 mil iraquianos e 400 mil iranianos- morreram em vão.

Depois da guerra, Saddam não obteve mais apoio logístico ou financeiro dos EUA e dos outros países árabes, que deixaram de ver o Irã como uma ameaça a seus interesses. Mesmo assim, o ditador manteve sua política agressiva para com seus vizinhos. A próxima vítima de Saddam foi o Kuait, invadido e anexado em 1990. A ação acarretou a Guerra do Golfo em 1991, opondo o Iraque a uma coalizão liderada pelos EUA, o ex-aliado. Mas essa é outra história.

Forças envolvidas

Irã: Diversas divisões de infantaria e divisões blindadas; caças F-14 Tomcat, F-4E Phantom e helicópteros de ataque AH-1 Cobra; tanques M-60 e Chieftain.

Iraque: Diversas divisões de infantaria e divisões blindadas; caças Mig-21, F-6 e F-7 (fabricados na China) e helicópteros de ataque Mil Mi-24; tanques russos T-55 e T-72.

Baixas humanas: cerca de 1.000.000 de mortos e 1.500.000 de feridos de ambos os lados.

Principais batalhas

Batalha de Majnoon, retomada da península de Faw, ataque a Kirkuk, Batalha das Cidades e a campanha final iraquiana Tawakalna Ala Allah.

Resultado final

Apesar de manter sua revolução intacta, o Irã saiu bastante enfraquecido do conflito. A balança militar do Oriente Médio pendera decisivamente para o lado do Iraque, cujo grande número de tanques, artilharia, aviões de combate e homens em armas deu a Saddam a maior força militar da região. Sentindo-se fortalecido ele iria voltar suas atenções belicistas para outros vizinhos no Golfo Pérsico.

Custo total estimado: US$ 150 bilhões

Fontes: Alexandre Bigeli (UOL Educação) / http://www.militarypower.com.br/

Bombeiros tiveram dificuldade para retirar corpos das vítimas do acidente em Arujá (SP)

Os Bombeiros dos municípios de Arujá, Mogi das Cruzes e Guarulhos tiveram dificuldade para remover os corpos dos fernandopolenses mortos em um acidente no Pico do Pouso Alegre, na região da Grande São Paulo.

O local onde caiu o avião do empresário Raimundo Macedo é de difícil acesso e as equipes de buscas tiveram dificuldade para chegar ao local do acidente.

Os corpos foram retirados e levados para uma área aberta próximo do local.

Destroços do avião monomotor Curisco Turbo de prefixo PT-RYC, já estão sendo recolhidos para serem analisados pela Anac (Agência Nacional de Avião Civil) que vai investigar as causa do acidente.

Até agora a informação é de que moradores de Arujá e Santa Isabel ouviram um estrondo e um clarão.

Na tragédia morreram o empresário de Fernandópolis Raimundo Macedo, Mirian Terra Verde e o piloto Darbijone Ferro.

Fonte: Região Noroeste - Fotos: Sidnei Jorge (JC Arujá)

Imprensa anuncia e nega queda de avião militar no Irã

A agência oficial Irna informou nesta terça-feira, pouco antes de desmentir a notícia, que um avião militar que participava no desfile anual das Forças Armadas iranianas caiu ao sul de Teerã.

"Um avião que fazia uma manobra militar durante um desfile do Exército caiu nas proximidades da cidade Vali Abad, ao sul de Teerã", informava uma nota da Irna, que não revelou detalhes do modelo da aeronave nem a causa do acidente.

Pouco depois, a agência retirou a informação do ar sem apresentar explicações. As demais agências iranianas não informaram o acidente, que não foi confirmado pelas autoridades ou por fontes independentes.

Uma esquadrilha de aviões de combate Saegheh, de fabricação iraniana, participava no desfile, que celebra a cada ano o início da guerra Irã-Iraque (1980-88).

Fonte: AFP via iG

Avião militar iraniano cai durante exibição e deixa 7 mortos

Um avião militar iraniano que participava no desfile anual das Forças Armadas do Irã caiu hoje (22) ao sul de Teerã, noticiou a agência oficial IRNA.

Sete pessoas morreram na queda, segundo a rádio estatal iraniana. Não está claro se todos os mortos no acidente estavam a bordo do avião.

A agência IRNA informou que o avião, que efetuava uma manobra militar no âmbito do desfile das Forças Armadas destinado a assinalar o início da guerra Irã-Iraque (1980-1988), caiu numa zona rural nos arredores de Teerã.

"Um avião que, segundo consta, efetuava uma manobra militar no desfile do Exército, caiu nos arredores da localidade de Vali Abad", ao sul de Teerã, de acordo com a IRNA.

Não foi informado que tipo de avião caiu, mas sabe-se que vários tipos de aviões militares iranianos participam hoje da parada, incluindo caças de combate e bombardeiros norte-americanos, bem como MiG-29 e Sukhoi 24 russos e Saeqeh (Trovão) iranianos.

Fontes: Agência Lusa via Diário de Notícias (Portugal) / AP

Aeronáutica investiga acidente com monomotor em SP

O Comando da Aeronáutica começou a investigar as causas do acidente com o monomotor, que caiu hoje no município de Santa Isabel, região metropolitana de São Paulo. A aeronave, prefixo PT-RYC, tinha três pessoas a bordo e partiu de São José dos Campos com destino a São José do Rio Preto. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o monomotor saiu do Aeroporto de São José dos Campos por volta das 10 horas e deveria ter pousado no Aeroporto de São José do Rio Preto cerca de duas horas depois.

A Polícia Civil de Santa Isabel confirmou o nome das pessoas que estavam a bordo. As vítimas foram o empresário Raimundo Verdi de Macedo, de 44 anos, sua tia Miriam Terra Verdi, de 69, e o piloto Darbijoni Ferro, 43 anos.

O avião foi localizado pelas equipes do Corpo de Bombeiros por volta das 13h30. Cerca de duas horas depois, os corpos carbonizados foram resgatados. A aeronave foi encontrada numa área de mata, no Morro Vista Verde, no bairro de Pouso Alegre. Cinco viaturas dos bombeiros permanecem no local do acidente.

Fonte: Priscila Trindade (Agência Estado) - Fotos: Reprodução/TV Vanguarda

Polícia abre inquérito para investigar morte de homem atingido por aeromodelo

Acidente ocorreu no domingo (20) em Araraquara.

Vítima de 65 anos era presidente do clube de aeromodelismo da cidade.

Local onde ocorreu o acidente

A polícia de Araraquara, a 273 km de São Paulo, abriu para apurar a responsabilidade pelo acidente que causou a morte de Milton Aliberti, de 65 anos, atingido na cabeça por um aeromodelo no domingo (20) no Aeroporto Santos Dumont, que fica na cidade.

Um homem de 33 anos pilotava um avião modelo Albatroz e atingiu Milton Aliberti quando ele atravessava a pista.

Aliberti era fundador e presidente do clube de aeromodelismo. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu em decorrência de um traumatismo craniano.

Segundo testemunhas, ele avisou que estava entrando na pista, como mandam as regras do clube, mas o rapaz que manobrava um dos aviõezinhos não conseguiu desviá-lo e ele acabou atingindo Aliberti.

O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “É investigado o aspecto da segurança do local, e as pessoas envolvidas com esse procedimento”, explicou o delegado Antônio Luiz de Andrade. O rapaz que controlava o equipamento deve ser ouvido pela polícia na próxima semana.

O aeromodelo foi apreendido, e vai ficar em poder da polícia até que o laudo da perícia sobre o acidente seja concluído. O modelo ficou com a parte da frente destruída e o motor se deslocou com o impacto.

O aparelho pesa quatro quilos e pode alcançar 120 km/h. Especialistas calculam que a essa velocidade, a violência do impacto seria de 140 quilos.

Fonte: G1 (com informações do Bom Dia São Paulo) / Jornal da Cidade de Bauru - Foto: Daniel Barreto (Tribuna Impressa)

Presidente do Clube de Aeromodelismo de Araraquara morre em acidente

O presidente do Clube de Aeromodelismo de Araraquara, Milton Aliberti, no centro do estado, foi atingido por aeromodelo neste domingo (20). Ele não resistiu e morreu no local. A causa da morte foi traumatismo craniano.



Fonte: Bom Dia São Paulo (TV Globo)

Especialista: avião que caiu em SP é ótimo em sua categoria

Modelo semelhante ao da foto teria se acidentado em São Paulo, segundo a FAB

O monomotor EMB-711ST, o Corisco, prefixo PT-RYC, que caiu nesta segunda-feira no trajeto entre São José dos Campos e São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo, é considerado um "avião muito bom em sua categoria", segundo o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), professor Elones Fernando Ribeiro. Três pessoas morreram no acidente.

"Esse avião é muito bom na categoria dele, não é de geração ultrapassada. Os aviões de treinamento são os mesmos de antigamente. É uma excelente aeronave", afirmou. O modelo que caiu em São Paulo foi construído pela Embraer na década de 70. Conforme o professor, naquela época, os aeroclubes utilizam aviões das décadas de 30 e de 40. "São aviões muito antigos, mas tendo boa manutenção, não têm problema", disse.

Ribeiro disse que modelo Corisco era utilizado nos treinamentos da Varig quando trabalhava na companhia. Depois de um tempo, a empresa vendia o modelo a aeroclubes. "O programa de voo da PUC também é baseado no Corisco, que é monomotor. Ele é considerado uma aeronave complexa. Depois, os alunos passam para o Seneca (bimotor)."

O professor disse que muitos fatores podem fazer uma aeronave cair, como falta de manutenção e inabilidade ou negligência do piloto. No momento da decolagem o tempo era nublado na região e havia uma garoa fina, o que pode ter prejudicado a visibilidade do comandante.

O avião saiu ontem do litoral paulista e pousou em São José dos Campos devido ao mau tempo. Lá, o monomotor passou a noite com autorização do aeroclube da cidade.

O empresário de Fernandópolis (SP) Raimundo Verdi de Macedo - dono da loja Dri Calçados e do supermercado Pejô - era um dos passageiros. Também estavam no voo Miriam Terra Verdi, tia de Macedo, e o piloto Darbijone Ferro, presidente do aeroclube de Fernadópolis.

Policiais no local do acidente

Fonte: Fabiana Leal (Terra) - Foto: Embraer/Divulgação

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Foto do Dia

Avião sobrevoando Boston, nos EUA

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Foto:
JubilantJilly

Pista central do Santos Dumont entra em obras

Começou nesta segunda-feira a interdição da pista principal e do pátio do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, para obras de melhoria, orçadas em R$ 1,21 milhão, com término previsto para 21 de novembro. Durante este período, os pousos e decolagens serão realizados na pista auxiliar do aeroporto, cuja reforma foi concluída em agosto passado.

Atualmente, o Santos Dumont opera um total de 290 voos por dia, o que corresponde a um aumento de 45% da demanda em relação à 2007. Em 2008, 3.630.236 passageiros passaram pelo aeroporto enquanto que, este ano, de janeiro a julho, o movimento foi de 2.584.050 passageiros.

Durante as obras, as empresas Gol e TAM vão operar ali apenas no trecho Rio-São Paulo. Seus outros voos serão provisoriamente transferidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Não estão previstas alterações em outras empresas.

Fonte: O Globo - Foto: Ana Carolina Fernandes (Folha Imagem)

Dassault entrega ao Brasil oferta final sobre aviões de combate

Data limite para apresentação das propostas havia sido fixada como 21 de setembro pelo ministro Nelson Jobim

A empresa francesa Dassault Aviation entregou ao governo brasileiro sua oferta final para a venda do avião de combate Rafaele, indicaram nesta segunda-feira, 21, fontes da companhia, segundo a agência de notícias AFP. "Entregamos um documento às autoridades brasileiras", disse um porta-voz da Dassault.

O Rafaele participa com o F18 da norte-americana Boeing e o Gripen da sueca SAAB de uma licitação para a compra de 36 caças, em uma operação estimada em U$ 7 bilhões. O ministro brasileiro da defesa, Nelson Jobim, havia fixado o dia 21 de setembro como data limite para que as empresas apresentassem formalmente sua oferta comercial.

Jobim afirmou na semana passada ao Senado que o Rafaele era a "opção" do governo brasileiro, "desde que a França cumpra seu compromisso" de transferência de tecnologia. No início do mês, durante a visita do presidente francês Nicolas Sarkozy à Brasília, o presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva anunciou a abertura das negociações com a Dassault.

Fonte: estadao.com.br

Ônibus espacial volta à Flórida após viagem sobre avião

O ônibus espacial Discovery, montados em macacos de nivelamento e cercado por plataformas de trabalho é preparado no NASA Dryden Flight Research Center para ser transportado em seu voo ferry para o Centro Espacial Kennedy, na Flórida - Foto: Tony Landis (NASA)

Foto: Jim Ross (NASA)

Fotos: Nick Ut (AP Photo)

O Ônibus Espacial Discovery chegou ao Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Estados Unidos acoplado a um avião 747 - Foto: AFP

Foto: Kim Shiflett (NASA)

Viajando nas costas de um Boeing 747 modificado, o ônibus espacial Discovery pousou no Centro Espacial Kennedy, da Flórida, às 13h05 desta segunda-feira, 21 (hora de Brasília), depois de uma viagem de dois dias a partir da Base Edwards da Força Aérea, na Califórnia. A nave havia pousado em Edwards no dia 11, depois de uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS).

O pouso na Califórnia foi necessário porque, ao fim da missão espacial de 11 dias, o mau tempo impediu uma descida na Flórida.

Na viagem de volta o Discovery fez uma escala em Fort Worth, Texas, e depois passou a noite de domingo em Shreveport, Louisiana. O último trecho da viagem, entre Louisiana e Cabo Canaveral, teve início 10h40 da manhã desta segunda.

A Nasa prevê realizar mais seis voos de ônibus espaciais antes da aposentadoria dessas naves, prevista para o fim de 2010.

Fontes: Estadão / Terra / A Notícia / NASA / AP

Os perigos de Marte

Astronautas poderiam usar robôs por controle remoto

O maior obstáculo à exploração de Marte pode não ser a grande distância da Terra, mas sim a radiação cósmica. Os raios cósmicos são, na verdade, prótons em alta velocidade e núcleos atômicos mais pesados que vêm de todas as direções em nosso sistema solar. Eles podem atravessar moléculas de DNA, resultando em câncer. Na Terra, a atmosfera nos protege, o que não corre em Marte.

Um estudo solicitado pela Casa Branca para revisar as atividades da Nasa sugere enviar astronautas para uma das luas de Marte, Phobos ou Deimos. De lá, os astronautas poderiam usar robôs por controle remoto para explorar a superfície marciana e obter imagens.

Fonte: Zero Hora

Grávida, Gisele Bündchen tem aulas de pilotagem

Gisele Bündchen checa helicóptero antes de aula de pilotagem

A top model brasileira, Gisele Bündchen, grávida de seis meses do primeiro filho, foi fotografada checando um helicóptero antes de sua aula de pilotagem no aeroporto de Marshfield, em Massachusetts, nessa segunda-feira (21), informa o site TMZ.

Gisele começou o curso há duas semanas e tem que somar 65 horas de vôo para ganhar o brevê de piloto de helicóptero.

O marido de Gisele, o jogador de futebol americano Tom Brady, confirmou ao canal esportivo ESPN que a modelo está grávida e que o bebê nascerá em dezembro. Tabloides afirmam ser um menino, cujo nome será Gabriel.

Ser piloto de helicóptero não é uma novidade no mundo das celebridades. A atriz Angelina Jolie e a ex-Spice Girl Geri Halliwell são algumas das famosas que têm licença para pilotar.

Fonte: Terra - Foto: TMZ/Reprodução

Infraero analisa situação do Aeroporto de Macapá para inicio das obras

Durante a tarde de quarta-feira (15/9), o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, recebeu o deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP). O parlamentar convidou o presidente para conhecer de perto a situação do Aeroporto de Macapá/ (AP) e cobrou solução para o término das obras.

Murilo reforçou a importância do Aeroporto para o Estado do Amapá e analisou as providências que estão sendo tomadas pela Infraero. “Quero dar aos passageiros o melhor, este é o meu compromisso”, disse.

Infraero ganha recurso judicial e vai poder instalar cobertura

A Infraero recebeu, também na terça-feira (15/9), a informação de que o Tribunal Regional da Primeira Região deferiu o recurso da estatal que, agora, poderá retomar a licitação para contratar empresa a fim de concluir a cobertura da obra paralisada do novo Aeroporto de Macapá. A decisão da Justiça aceitou argumento da Infraero de que a paralisação da obra causa degradação e prejuízos.

O caso dependia de decisão judicial porque a construtora que realizava a obra teve seu contrato rescidindo e acionou a Justiça logo depois que a Infraero lançou, em 23 de março último, o edital para a contratação da continuação das obras no terminal de passageiros. A construtora conseguiu liminar para suspender a nova licitação.

Atualmente, a Infraero realiza tratativas finais para contratação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para realização do projeto executivo das obras do Aeroporto. A Empresa também está contratando um módulo operacional provisório capaz de ampliar o terminal provisoriamente a fim de proporcionar mais conforto aos passageiros até o término da obras.

Fonte: Infraero via Fórum Contato Radar

TAM: maior demanda abre espaço para alta dos preços

O forte crescimento do tráfego aéreo doméstico nos últimos meses, superior a 20% em agosto e em julho comparativamente a períodos equivalentes de 2008, abre espaço para haver no setor um "pequeno reajuste de tarifas", avalia o diretor de vendas da TAM, Klaus Kühnast. Segundo ele, contribuem para a melhora dos preços das passagens a recuperação do mercado corporativo, com uma consequente melhora da ocupação de assentos da classe executiva. "A melhora do mercado executivo ajuda a aumentar a média e a recompor as receitas do setor", completa.

Na avaliação do executivo, existe espaço para aumento de yield - receita bruta de transporte de passageiros dividida pela quantidade de clientes - porque as tarifas "não estão apenas competitivas, mas muito baixas", situação provocada pela entrada de novas companhias no mercado doméstico e também pela necessidade de "encher os aviões" em tempos de crise. Kühnast calcula que a indústria brasileira de aviação esteja praticando preços 20% menores do que os verificados em 2008. "Mas aumento de preços esperado daqui por diante, que será um processo natural e depende dos outros players, não levará as passagens aos mesmos patamares de 2008", ressalva o diretor da TAM, que participou hoje de seminário na Câmara Americana de Comércio (Amcham).

No primeiro semestre, a TAM reportou um yield negativo em 8,2% para voos nacionais. Quando apresentou os dados do balanço à imprensa, no mês passado, o vice-presidente de Finanças, Gestão e TI, Líbano Miranda Barroso, informou que este indicador vinha subindo 10% entre julho e agosto, comparativamente ao segundo trimestre, o que deve levar o indicador a um valor negativo em 5% no exercício completo de 2009. A TAM não revela a projeção de yield para os voos internacionais.

Fonte: Michelly Chaves Teixeira (Agência Estado) via Abril.com

Air China oferece rota exclusiva Lhasa-Katmandu aos turistas

Passageiros podem avistar Monte Everest do avião

A Air China observou um enorme aumento de turistas chineses visitando o Nepal. Há atualmente 70 vezes mais turistas chineses visitando o país do que em 2002, ano em que o Nepal se tornou um destino turístico para o povo chinês.

A Air China é a única companhia de aviação que conecta esses dois destinos dos sonhos, com voos entre Lhasa, Tibete e Katmandu, Nepal - uma rota que existe desde 1988. Essa é a única rota que proporciona vistas do legendário Monte Everest de tirar o fôlego dos seus passageiros.

As aeronaves nessa rota são comandadas por pilotos experientes e incorporam uma tecnologia avançada, incluindo Required Navigation Performance - RNP (Desempenho de Navegação Requerido), assegurando níveis ótimos de segurança.

Passageiros de toda a China podem visitar Katmandu, com Chengdu atuando como um hub (concentrador) para várias cidades no Tibete, como também várias cidades em outras partes da China.

Fonte: PRNewswire via Yahoo Notícias

Acidente de avião mata quatro em Broward

Monomotor caiu nos Everglades

Ao que tudo indica, um problema no motor foi a causa do acidente na noite de domingo com o avião Piper PA-32R-301T Turbo Saratoga, prefixo N2467Y, nos Everglades, na Flóida, nos EUA.

A aeronave carregava quatro pessoas da mesma família, que voltavam do fim de semana em Gainesville (Centro da Flórida).

De acordo com representantes da Administração Federal de Aviação (FAA), momentos antes de perder altitude e cair no pântano, o piloto reportou problemas à torre de controle do Aeroporto Executivo de Fort Lauderdale. “Ele chegou, inclusive, a emitir um sinal de emergência”, afirmou a porta-voz da FAA, Arlene Salac.

O avião estava registrado para a Gator Air Inc., uma empresa de Sea Ranch Lakes. .

Fontes: AcheiUSA / ASN - Fotos: Joe Cavaretta (Sun Sentinel)

Airbus prevê 25 mil aviões em 20 anos

Previsão de mercado da montadora aponta para a construção de 25 mil aeronaves nos próximos 20 anos, avaliadas em 3,1 trilhões de dólares

Segundo o último Global Market Forecast (Previsão de Mercado Global) da Airbus, nos próximos 20 anos, cerca de 25 mil novos aviões de passageiros e de vargas devem ser entregues.

As aeronaves são avaliadas em torno de 3,1 trilhões de dólares. Economias emergentes, as redes aéreas em evolução, a expansão das companhias de baixo custo e o aumento das cidades, assim como o crescimento do tráfego e a substituição dos aviões mais antigos e menos eficientes por aviões eco-eficientes, são fatores que devem impulsionar a demanda por novos aviões.

Segundo a Airbus, comparado com os prazos de investimento e o volume de frotas, os ciclos econômicos são relativamente curtos e existirá uma forte procura para impulsionar o setor da aviação.

Fonte: Avião Revue - Ilustração do Airbus A350: Divulgação

Justiça de SP condena colombianos por lavagem de dinheiro e confisca aviões

A Justiça Federal de São Paulo condenou à prisão três colombianos por lavagem de dinheiro do narcotráfico e confiscou dois aviões turbo-hélices, que passam a ser patrimônio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do governo do Mato Grosso do Sul.

A decisão foi tomada na última quinta-feira (17) pelo juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto De Sanctis. Os réus estão presos desde março, quando foi deflagrada a Operação Aquário, força-tarefa da Polícia Federal e da Procuradoria da República em São Paulo.

Foram condenados os colombianos Jorge Enrique Rincon Ordoñez (onze anos de reclusão), Javier Hernando Mantilla (nove anos e sete meses) e Willian Encizo Suarez (quatro anos e nove meses) e o brasileiro Carlos José Luna dos Santos (sete anos). Na mesma decisão, o juiz absolveu, por falta de provas, três denunciados pelo Ministério Público Federal.

No processo, há cópias de mandado de prisão da Corte Distrital de Miami (EUA) e pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos à Colômbia contra Ordoñez, apontado pela Polícia Federal como o líder do grupo preso no Brasil.

Ordoñez, que, segundo a denúncia do MPF, ficou preso na Colômbia de 1997 a 2005 por estelionato e falsidade documental, passou a atuar no Brasil no início de 2008. Viajou a São Paulo e ao Paraná e conversou com pilotos e donos de aviões e de hangares para criar uma empresa aérea que teria o nome de Presidential Air. Com recursos de uma conta no México, comprou, por US$ 969 mil (R$ 1,75 milhão) um avião turbo-hélice em Curitiba.

O avião ficou registrado em nome do brasileiro Luna, que, para isso, recebeu US$ 10 mil. O valor foi subfaturado no recibo da venda (US$ 650 mil). Ordoñez era dono de outro avião, apreendido em Ribeirão Preto (313 km de SP) anos atrás por problemas com a Receita Federal.

Para a PF, eram os primeiros passos na formação de uma empresa de fachada para mandar cocaína para Europa e EUA, por meio de Venezuela, Panamá e Burkina Faso, na África.

Na sentença, o juiz De Sanctis ressaltou trechos do depoimento do colombiano Suarez, que estava no Brasil havia cinco anos. Ele contou ter acompanhado viagens de Ordoñez e de Mantilla, quando teria ouvido referências ao transporte de "melcocha", o nome de um doce que, na gíria do narcotráfico, significaria cocaína.

"Javier fala para mim que a ideia é enviar 'melcocha' a Burkina Faso, porque os controles e o pessoal que chefia o aeroporto, as autoridades, estão todos envolvidos no negócio de receber o avião com tranquilidade", disse Suarez.

Em depoimento, o brasileiro Luna dos Santos contou ter ido a Bogotá, na Colômbia, no avião recém-comprado. "Andávamos em Bogotá com Javier em carros blindados e tinha outras pessoas acompanhando, algumas armadas com pistolas (...)", disse Santos.

De acordo com a decisão do juiz De Sanctis, Ordoñez e Mantilla estavam montando uma estrutura de distribuição de drogas em outros países, por meio da compra de aviões com recursos do narcotráfico.

Outro lado

Ouvidos em depoimento na Justiça Federal, os quatro acusados negaram ter cometido crimes. Ordoñez e Mantilla pediram a improcedência da acusação feita pelo Ministério Público, que teria "se baseado em provas obtidas mediantes interceptações telefônicas ilegais", pois os pedidos de prorrogação teriam sido autorizados "por ato da autoridade policial e não da autoridade judicial".

A defesa pediu a "absolvição sumária" dos acusados. O juiz De Sanctis considerou que as interceptações foram feitas por ordem judicial e o Ministério Público não observou irregularidades nos procedimentos da PF. Os réus condenados poderão recorrer da sentença de primeira instância.

Fonte: BOL Notícias

Mercado de aviação chinês pode aumentar até 7,9% em 20 anos

O mercado da aviação na China pode aumentar até 7,9% nos próximos 20 anos, segundo um relatório da empresa Airbus SAS, o maior fabricante mundial de aviões comerciais, informou nesta segunda-feira (horário de Pequim) a agência oficial "Xinhua".

A China seria assim o segundo maior mercado do mundo com um crescimento mais rápido, justamente atrás da Índia, onde se espera um aumento de 10% nas próximas duas décadas.

O relatório assinala que 25 mil novos aviões no valor de US$ 3,1 bilhões serão entregues entre 2009 e 2028 no mercado aéreo mundial.

Está previsto que Ásia e Pacífico representem nos próximos 20 anos 31% da demanda, seguidos por Europa, com 25%, e América do Norte, com 10%.

A companhia Airbus SAS prevê também que o mercado da aviação no mundo diminuirá 2% em 2009, mas no entanto vê possível um aumento de 4,6% durante o próximo ano, no meio de uma recuperação econômica.

O transporte aéreo civil da China continuou se recuperando em agosto segundo mostram os três principais indicadores das estatísticas da Administração de Aviação Civil da China.

Fonte: EFE via G1

Infraero anuncia ampliação do terminal de carga do aeroporto de João Pessoa

Ampliado para mil m² e com novos serviços

Atualmente a operação com carga doméstica está sendo executada provisoriamente em um antigo hangar


O Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de João Pessoa/Presidente Castro Pinto (PB) iniciou o mês de setembro com um novo serviço, o de carga nacional, isto é, aquela que transita apenas dentro do território nacional.

Conforme afirma o gerente Comercial do Aeroporto, André Guerra, “este ofício antes operado pelas empresas aéreas agora também é oferecido pelo Aeroporto Presidente Castro Pinto”. Já são 14 Terminais de Carga da rede Infraero que oferecem o serviço de carga nacional.

A Diretoria Comercial da Infraero criou diretrizes para incentivar o serviço em todos os aeroportos que possuem estrutura e condições de atender a demanda. Para o diretor Comercial, Fernando Nicácio, “é importante disseminar o segmento de carga nacional para os diversos aeroportos da rede a fim de fomentar os negócios em todos estados do Brasil”.

Anteriormente, o Terminal de João Pessoa funcionava somente com carga internacional, que são aquelas que entram e saem do País (importadas ou exportadas). Esse serviço foi responsável pelo movimento de 57 toneladas durante o ano de 2008.

Atualmente a operação com carga doméstica está sendo executada provisoriamente em um antigo hangar, com área de 435 m², em condições de atender a procura. Há cinco salas distintas para operações administrativas das empresas operantes.

A perspectiva é de que a partir de outubro o Terminal de Logística já esteja operando no seu espaço definitivo: uma área com mil m² a ser utilizada para os Terminais de Carga Internacional e Nacional.

O novo terminal irá contar com espaço para estacionamento, armazém e salas para conceder às empresas, a fim de que elas possam atender os clientes no local. As melhorias realizadas nas edificações estão sendo realizadas por empregados da Infraero.

Fonte: Infraero

Parente diz que trio morto em queda de avião pensou em adiar viagem

Cunhado do empresário Raimundo Verdi diz que tempo ruim foi analisado.

Chefe regional do Cenipa diz que avião estava fora de plano de voo.




O monomotor que sofreu um acidente aéreo no qual três pessoas morreram nesta segunda-feira (21) estava fora da rota original prevista entre São José dos Campos e São José do Rio Preto, de acordo com o chefe de investigação do Cenipa 4, Luísa Renato Horta de Castro. A Aeronáutica vai investigar se o piloto comunicou a mudança para algum ponto de controle no interior de São Paulo.

De acordo com policiais e moradores de Arujá, na região metropolitana de São Paulo, o tempo estava chuvoso e com neblina no horário do acidente. Segundo José Paes, cunhado do empresário Raimundo Verdi de Macedo, o trio chegou a pensar em adiar a viagem por causa do mau tempo. O parente acompanhou as buscas na região e esteve com o empresário no domingo durante uma festa de aniversário.

Para o chefe do Cenipa, por enquanto é prematuro associar a queda às condições climáticas. “A única coisa que sabemos é que ele tinha um plano de voo visual”, contou o investigador da Aeronáutica. Segundo ele, ainda não há confirmação de aeroportos vizinhos sobre um possível aviso de mudança no plano de voo, que precisaria ser comunicada obrigatoriamente.

O grupo deveria chegar a São José do Rio Preto, a km de São Paulo, onde desembarcaria a tia do empresário Miriam Terra Verdi, de 58 anos. Na sequência, o avião partiria rumo a Fernandópolis, onde o empresário mantinha negócios.

Mata fechada

Nesta segunda, os técnicos da Aeronáutica não entraram na região de mata fechada contra a qual o monomotor se chocou. Os primeiros trabalhos investigativos no ponto da colisão serão feitos na terça-feira. O espaço fica a cerca de três horas de caminhada a partir de uma estrada que liga Santa Isabel a Igaratá, de acordo com os bombeiros que fizeram o resgate.

As primeiras equipes chegaram aos destroços por volta das 13h. Segundo o tenente Anônio Carlos da Silveira, ainda havia fogo. A confirmação das três mortes ocorreu por volta das 15h e os corpos só foram retirados da mata quase duas horas depois.

Fonte: Marcelo Mora (G1) com informações do Globo Notícia

Vítima de acidente aéreo é empresário de Fernandópolis

Tia dele e piloto também morrem na queda do monomotor.

Técnicos da Aeronáutica voltarão à região na terça-feira.

O delegado Carlos Alberto de Oliveira confirmou, na tarde desta segunda-feira (21), a identidade das três pessoas que morreram em um acidente aéreo em Arujá, na Grande São Paulo. Na queda, cujos motivos ainda serão investigados pela Aeronáutica, morreram o empresário Raimundo Verdi de Macedo, de 44 anos, de Fernandópolis, a tia dele Miriam Terra, de 58 anos, além do piloto Darbijoni Ferro, que não teve a idade divulgada.

O Corpo de Bombeiros encontrou os três corpos carbonizados em meio a local de mata fechada e de difícil acesso entre Santa Isabel e Igaratá. Pouco antes das 17h, os corpos foram retirados e seriam levados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Guarulhos. Parentes das vítimas acompanharam as buscas.

Segundo o capitão da Polícia Militar Elton Luís Ribeiro, tudo indica que a aeronave bateu em um morro antes de cair e explodir, no Pico do Pouso Alegre. O avião, um monomotor, ficou totalmente destruído. Partes da aeronave foram encontradas em vários pontos da região.

“A gente demorou três horas para chegar ao local e apenas com a ajuda de pessoas da região. É uma área de mata virgem, fechada. E estava chovendo muito. O lugar estava escorregadio”, disse Ribeiro.

Ainda será feita a perícia pela Polícia Técnico-Científica na área. A aeronave saiu nesta manhã de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo, com destino a São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo. A viagem costuma durar duas horas, mas ele não pousou no destino no tempo previsto.

O chefe de investigação do Cenipa IV, Luís Renato Horta de Castro, disse que técnicos das Aeronáutica retornarão ao local na manhã de terça-feira (22). Nesta tarde, as condições climáticas eram desfavoráveis e o ponto onde houve a colisão fica a cerca de uma hora e meia de caminhada a partir da estrada. Helicópteros da Polícia Civil de São Paulo chegaram a ser enviados para ajudar nas buscas, mas retornaram às bases por causa do tempo ruim na região.

Barulho e explosão

O acidente foi testemunhados por moradores da região. “Ouvi o barulho do avião e de um impacto logo em seguida. Três minutos depois, houve uma explosão", contou a caseira Rosana Ribeiro, de 21 anos. "Eu e meu patrão ligamos para o 190, mas tinha neblina e não dava para ver nada. Mas um pessoal lá embaixo [do morro] disse que viu fogo e fumaça”, disse.

Fonte: Marcelo Mora (G1) - Ilustração: Editoria de Arte/G1

Bombeiros encontram dois corpos em local de queda de avião

Aeronave ia de São José dos Campos para São José do Rio Preto.

Bombeiros prosseguem buscas; buscas são feitas em Santa Isabel.




Os bombeiros de Arujá, na região metropolitana de São Paulo, informaram ter localizado dois corpos carbonizados em uma mata de difícil acesso em Santa Isabel, também na região metropolitana, no início da tarde desta segunda-feira (21). Conforme os bombeiros, as vítimas estavam em uma aeronave de pequeno porte que desapareceu após sair nesta manhã de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo.

As buscas estavam concentradas no Pico do Pouso Alegre, em Santa Isabel. Duas outras vítimas estão sendo procuradas na região. De acordo com informações do Jornal Hoje, moradores de Arujá informaram aos bombeiros que viram um grande clarão no céu e ouviram uma explosão.

Segundo informações do controle de tráfego aéreo de São José dos Campos, o avião levava quatro passageiros e saiu da cidade às 9h45, com destino a São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo. A viagem costuma durar duas horas, mas ele não pousou no destino no tempo previsto.

Além disso, de acordo com o controle de tráfego aéreo, o piloto deveria ter entrado em contato com a torre de controle de Pirassununga, a 211 km da capital paulista, o que não ocorreu.

A assessoria de imprensa da Aeronáutica em Brasília afirmou que o serviço de controle do órgão está verificando a informação de que o avião teria sumido, mas que ainda não tem confirmação sobre o ocorrido.

Fonte: G1 - Ilustração: Editoria de Arte/G1

Avião de pequeno porte desaparece no interior de SP

Um Embraer EMB-712 Tupi, similar ao avião desaparecido

Um avião de pequeno porte que levava quatro pessoas está desaparecido desde 11h45 desta segunda-feira (21) no interior de São Paulo, segundo informações do controle de tráfego aéreo de São José dos Campos, a 97 km da capital paulista.

De acordo com as primeiras informações do controle, a aeronave, um Embraer EMB-712 Tupi, saiu da cidade às 9h45 desta segunda, com destino a São José do Rio Preto, a 438 km de são Paulo. A viagem costuma durar duas horas, mas o avião não pousou no destino no tempo previsto.

Além disso, de acordo com o controle de tráfego aéreo, o piloto deveria ter entrado em contato com a torre de controle de Pirassununga, a 211 km da capital paulista, o que não ocorreu. Com o prazo para esse contato encerrado, agora eles tentam rastrear o monomotor por meio de radares.

Segundo os bombeiros de Arujá, uma aeronave de pequeno porte teria caído no bairro Pouso Alegre, zona rural de Igaratá. Os militares tentam chegar no local a pé, já que é uma região de mata de difícil acesso.

A assessoria de imprensa da Aeronáutica em Brasília afirmou que o serviço de controle do órgão está verificando a informação de que o avião teria sumido, mas que ainda não tem confirmação sobre o ocorrido.

Fontes: G1 / VNews - Foto: Junior JUMBO - Grupo Ases do Céu (Planepictures.net)

domingo, 20 de setembro de 2009

UPS em alta velocidade

Um mergulho no impressionante centro logístico da UPS, que funciona 24 horas por dia e movimenta 6% do PIB americano

No coração do worldport: mais de 300 mil pacotes percorrem os 240 quilômetros de esteiras a cada hora. Ninguém toca neles, é tudo automático

Todas as noites, infalivelmente às 23h, os céus se abrem sobre a cidade de Louisville, no Estado americano de Kentucky. O movimento é preciso, no exato ponto de encontro entre a latitude 38°09' Norte e a longitude 85°44' Oeste. Começa, então, uma diferente revoada. Pássaros metálicos gigantes, de corpo branco e cauda marrom, decolam e pousam às centenas até o amanhecer seguinte, num ritmo cadenciado: um a cada 90 segundos. Chegando ou partindo, estão sempre carregados. Em terra, descansam alinhados enquanto alimentam um imenso ninho, com o tamanho equivalente a 40 campos de futebol, e dão vida a uma frenética atividade em plena madrugada. Naquele pedaço de 371 mil metros quadrados encravado dentro dos limites do aeroporto internacional de Louisville não se dorme nunca. Dali, a UPS, uma das maiores empresas de logística do mundo, se conecta com sua frota de mais de 260 aviões a mais de 200 países em todos os continentes. Naquele período, o espaço aéreo pertence apenas às aeronaves de carga da empresa (que, em número, a tornam a nona maior companhia aérea do planeta). E, a partir dos milhares de contêineres que elas despejam todas as noites, tem início uma operação quase invisível, mas de proporções impressionantes. A cada hora, 304 mil pacotes e caixas de todos os tamanhos passam por ali, numa conexão entre o seu ponto de partida e o seu destino final. São tocados apenas duas vezes, ao serem desembarcados na chegada e reembarcados na saída, embora seis mil pessoas estejam trabalhando simultaneamente em meio a uma incrível teia de esteiras rolantes de alta velocidade. Em termos de volume e automação, não há nada que se compare ao que acontece no Worldport, o maior centro de operações da UPS, uma potência de 102 anos de existência e US$ 51 bilhões de faturamento global.

Erguido a partir de 1982, com sucessivas expansões, a um custo de US$ 1 bilhão, o Worldport colocou uma tranquila cidade interiorana no mapa da economia mundial. Por que Louisville? A geografia e a meteorologia têm a resposta. O clima da região, mais estável que em outros pontos do país, é perfeito para quem depende de pistas de pouso permanentemente abertas. Estrategicamente localizada no centro da metade mais densamente povoada dos Estados Unidos, dali se pode alcançar, de caminhão, 80% da população americana em menos de 48 horas. Embora a companhia seja hoje global, a demanda doméstica ainda é crucial para seus negócios. "A UPS transporta 6% do PIB americano", resume Stephen Flowers, presidente da companhia para as Américas. Numa conta rápida, cerca de US$ 850 bilhões em encomendas vão e vêm por ano nos aviões e nos caminhões marrons da empresa - e o entroncamento de Louisville tem tudo a ver com esse movimento todo. O Worldport, assim, vira também um indicador da atividade econômica do país. O clima recessivo diminuiu, de fato, a revoada noturna e o trânsito incrivelmente organizado de pacotes pelos 240 quilômetros de esteiras automatizadas do centro de operações. "É nessas horas que faz diferença ser uma empresa internacional", afirma Flowers à DINHEIRO . "O movimento cai aqui, mas aumenta em outras regiões, como entre Brasil e Europa ou China."

Mais que o orgulho de uma empresa centenária, o Worldport é o principal cartão de visita da UPS na captação de clientes para suas outras áreas de atuação. A eficiente complexidade daquela cidade de vias superpostas atesta a capacidade da empresa, que nasceu com dois telefones e uma bicicleta na cidade de Seattle, em assumir tarefas grandiosas e com alta exigência tecnológica. A UPS investe US$ 1 bilhão ao ano em pesquisa e desenvolvimento - e parar, por alguns minutos, a observar um simples envelope com documentos viajar pelo Worldport permite entender como esse dinheiro é gasto. No trajeto entre a entrada e a saída do centro, cada encomenda permanece em média apenas de 12 a 15 minutos trafegando a uma velocidade de 55 quilômetros por hora. Num sobe e desce aparentemente desordenado, passa por seis leitores ópticos, que, automaticamente, definem o trajeto a ser percorrido até o contêiner que o levará ao seu destino final. Hoje, em 24 segundos, duas mil encomendas são processadas no Worldport. Quando tudo começou, em 1982, levava-se uma noite inteira para fazer o mesmo trabalho.

Dentro e no entorno do aeroporto, o tráfego de veículos com a cor e o logo da companhia é incessante. A frota total da empresa, em todo o mundo, está prestes a chegar aos 100 mil veículos. No Brasil, são apenas 80, retrato da dimensão dos negócios da companhia no País. A operação brasileira é recente. Antes focada quase exclusivamente em remessas internacionais, somente há quatro meses a empresa iniciou um serviço doméstico de entrega de pacotes e documentos - e ainda restrito a 98 cidades de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Sob o comando da executiva Nadir Moreno, a filial enxerga mais perspectivas na sua divisão de serviços de Supply Chain, através da qual assume, como terceirizada, operações que vão do controle de estoque à assistência técnica de equipamentos eletrônicos fabricados por seus clientes. Dentro de uma das sedes da empresa em São Paulo, por exemplo, trabalham há um ano 50 pessoas voltadas apenas para reparar aparelhos celulares da marca Sony Ericsson. A fabricante contratou a UPS para fazer toda a operação de pós-venda de seus celulares, incluindo atendimento ao cliente, recolhimento, conserto e devolução do aparelho ao usuário. "O Brasil é crucial para nossa área de logística. Nosso desafio hoje é convencer o governo a investir mais em infraestrutura e na redução da burocracia alfandegária", afirma Jose Garcia, gerente de operações para a América Latina.

Áreas exclusivas destinadas aos clientes são encontradas cada vez com mais frequência nos grandes armazéns da UPS mundo afora. Em Louisville, próximo ao Worldport, a Toshiba tem um centro de reparos de notebooks erguido dentro do mesmo complexo em que a Embraer mantém um estoque de peças para reposição no mercado americano. No grande corredor da companhia brasileira, uma grande faixa diz: "Não é um pacote, é um passageiro." Próximo dali, enormes galpões com temperatura controlada concentram estoques e até áreas para manipulação de medicamentos, destinadas para empresas do setor farmacêutico. A divisão de Saúde é a mais recente aposta da UPS em propiciar serviços cada vez mais especializados e com valor agregado. Novas unidades destinadas ao segmento foram abertas em Porto Rico e em Singapura. Em 2010, a divisão deve voltar sua expansão para a América do Sul - e o Brasil pode receber novo investimento. O lema da área é: "Não é um pacote, é um paciente." Passageiro ou paciente, é provável que ele participe da revoada diária de Louisville.

Fonte: Luiz Fernando Sá (IstoÉ Dinheiro)

Sonda da Nasa acha depósitos de água na Lua

Arte mostra a sonda mapeando a Lua

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta sexta-feira (18) a descoberta da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter de indícios de água em crateras da Lua. A nave identificou traços de nêutrons que indicam a possibilidade de depósitos de gelo no pólo sul lunar.

A missão da LRO é achar água no satélite, o que poderia ajudar a possibilitar e baratear a construção de bases habitadas. As crateras profundas na superfície lunar são promissoras para encontrar o elemento por serem permanentemente cobertas por sombras (por isso mesmo, também, são invisíveis da Terra), impedindo a evaporação de depósitos de gelo.

De acordo com a Nasa, a missão detectou que a temperatura dentro das crateras chega a -204°C, "mais do que suficiente para armazenar gelo de água ou hidrogênio por bilhões de anos". A agência planeja, no futuro, utilizar tais depósitos para abastecer as bases, que podem separar os elementos e conseguir hidrogênio e oxigênio para foguetes.

Fonte: eBand - Imagem: NASA

Narcotráfico: Chávez estuda a derrubada de aeronaves suspeitas e ignora relatório dos EUA

Venezuela e Bolívia reprovados na guerra às drogas pelo país de maior consumo: EUA

Ontem, durante entrevista coletiva, o presidente venezuelano Hugo Chávez, contrariado, não quis comentar o relatório dos EUA sobre drogas ilícitas, no que toca à Venezuela.

Pelo relatório, a Venezuela está entre os países que menos contribuíram na luta contra o narcotráfico. E os EUA usam o relatório para pressionar Chávez a dotar o seu país, como acontece com a Colômbia, Peru e Brasil, com legislação que autorize o abate de aeronaves sob suspeita de carregamento de drogas proibidas.

A Venezuela foi reprovada pelo governo dos EUA e, no relatório que foi enviado ao Congresso norte-americano, aparece ao lado da Bolívia e da Birmânia (Mianmar), esta última uma velha e conhecida narcoditadura militar. Apesar da reprovação, não haverá sanção econômica para a Venezuela, ao contrário da Birmânia, que, há mais de dez anos, aparece nos relatórios e, por especialistas internacionais, é considerada um narcoestado.

Na coletiva, Chávez disse, apenas, que estuda, à luz do direito internacional, legislações, como a brasileira, que autorizam o abate de aeronaves sob suspeita e cujos pilotos não atendem ordens para aterrar. Sobre tráfico de drogas, lembrou Chávez que os norte-americanos são os maiores consumidores do planeta e o governo dos EUA não consegue reduzir a demanda.

A lei brasileira, no particular, consagra a pena de morte. É inconstitucional. No Brasil, foi objeto de pressão norte-americana. A lei, não sancionada por Fernando Henrique que preferiu engaveta-la, acabou recebendo a aprovação de Lula, apesar da flagrante inconstitucionalidade.

Fora isso tudo, uma aeronave pode ser perseguida, até aterrar.

A autonomia de vôo é limitada. No caso de prisão do piloto, ele poderá se tornar um colaborador de Justiça e fazer revelações importantes. Como todos os céus, a lua e as estrelas sabem, o potente narcotraficante nunca estará na aeronave, mas em terra.

O Brasil mantém, com relação ao tráfico de drogas, cooperação com todos os países das Américas. Portanto, por meio de cooperação, o avião suspeito, caso deixe o espaço aéreo brasileiro, poderá ser perseguido por avião de país amigo.

Convém frisar que o sistema operado pelos EUA, por meio do Comando Sul, detecta e avisa sobre aeronaves suspeitas e coloca os países que estariam na rota da aeronave em alerta.

Assim, não haveria risco de se perder de vista a aeronave suspeita, que, frise-se, poderia ser bombardeada com tinta, isto para ser identificada de forma induvidosa ao aterrar.

No Peru, um avião suspeito já foi bombardeado, com trágico resultado. No seu interior estava uma religiosa com o filho de poucos meses. A mãe e o filho morreram em razão da queda do pequeno avião. Mais ainda, não havia, no avião abatido, drogas ou vestígios delas. No caso, o piloto era inexperiente e se assustou, situação essa agravada pelo fato de o equipamento de rádio não funcionar.

PANO RÁPIDO

A Venezuela entrou na lista norte-americana dos países que não colaboram na luta contra as drogas proibidas por mera represália.

No ano de 2005, o presidente Chávez expulsou agentes da agência norte-americana de drogas (DEA), por bisbilhotagem política: a DEA é conhecida por se dedicar a espionagem no campo político e os seus agentes chegam aos países a título de cooperação na luta contra o tráfico de drogas.

Agentes da DEA, do FBI e da CIA, no Brasil, já bisbilhotaram. À época, o presidente era Fernando Henrique Cardoso.

Um ex-agente do serviço de espionagem da embaixada norte-americana, Carlos Costa, fez revelação sobre a atuação dos espiões e destacou como eram feitos os grampos realizados no palácio do Planalto.

Fonte: Wálter Fanganiello Maierovitch (Blog Sem Fronteiras)

11/09: Uma impostora em meio à tragédia

ESCOMBRO DE MENTIRAS

Documentário conta como espanhola se passou por sobrevivente dos atentados de 11 de Setembro


– Eu estava na Torre Sul e perdi meu noivo. Era assim que Tania Head se apresentava em frente às câmeras em reportagens sobre o 11 de Setembro e prendia a atenção de todos durante as visitas guiadas que conduzia no local em que se situavam as Torres Gêmeas. Sua história foi considerada como “a mais trágica” entre as dos sobreviventes dos atentados terroristas de 2001. Mas tudo era uma farsa.

Alicia (de branco), de Barcelona, conduziu visitas guiadas no Marco Zero até para o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani

O documentário A Impostora do 11/9 (The 9/11 Faker) – produzido pelo Channel 4, da Grã-Bretanha, no ano passado, e exibido no Brasil pelo canal de TV a cabo GNT nas duas últimas semanas – mostra como a espanhola Alicia Esteve Head, seu verdadeiro nome, chegou a presidir a World Trade Center Survivors’ Network, uma associação que reúne e dá apoio a sobreviventes das Torres Gêmeas. Porém, ao que tudo indica, ela sequer estava em Nova York no dia dos atentados.

Na versão repetida para jornalistas, familiares e até para políticos como o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, Alicia estava no 78º piso da Torre Sul, sendo uma dos 19 sobreviventes dos andares acima do ponto de impacto do avião. Com queimaduras nos braços, encontrou forças em meio aos escombros e corpos de vítimas ao pensar no vestido de noiva com o qual se casaria com Dave, que estava na outra torre e sucumbiu na tragédia.

– O que testemunhei lá, jamais esquecerei. Foram muitas mortes e destruição, mas também vi esperança – afirmou em um evento, em 2006.

Inspiração para as vítimas reais

Durante a fuga do prédio atingido, teria encontrado ainda um homem que, agonizante, pediu para entregar a aliança à esposa. Cinco dias depois, a suposta sobrevivente teria acordado em um hospital. Como não se envolver e se sensibilizar com esse relato de coragem e romance?

– A história dela era a mais trágica e a mais triunfante de todas – declara uma entrevistada no documentário A Impostora do 11/9.

Em reportagens de TV postadas no YouTube, é possível ver Alicia interpretando o papel de Tania em visitas guiadas ao local da tragédia e se encontrando com autoridades como o então governador George Pataki. Para seu sucessor na presidência da associação, Richard Zimbler, Alicia serviu como inspiração para muitos.

Partes da história que contava, porém, não se encaixavam.

Fonte: Zero Hora

MAIS

Outras farsas (em .pdf)

Acordo sobre caças pode ir contra tendência do Exército, diz analista

A preferência do governo brasileiro pela França em mais um acordo bélico pode limitar a diversificação de fontes de armamentos, destoando da tendência atual das Forças Armadas. É a opinião de Geraldo Cavagnari, docente do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e ex-professor da Escola de Estado Maior. “O Brasil tem que beber em vários centros que estão mais desenvolvidos em termos militares. Mas esse imbróglio da França deixou esse processo conturbado”, disse em entrevista ao eBand.

O caça F-18 Super Hornet, da americana Boeing, é o preferido da Aeronáutica, segundo Cavagnari

No último dia 7, os presidentes do Brasil e da França, Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, assinaram o maior acordo militar da história recente do país, no valor de R$ 22,5 bilhões. Na ocasião, os dois anunciaram ainda a abertura de negociação para a compra de 36 caças Rafale, da francesa Dassault.

No dia seguinte, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o processo de licitação dos aviões não está concluído. A Aeronáutica ainda irá apresentar um relatório técnico sobre os três concorrentes – o francês Rafale, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing. Na quarta-feira (16), Jobim reconheceu que há uma opção política pela França. "Basta que eles façam cumprir a transferência de tecnologia e o valor final", afirmou o ministro.

Segundo o professor, o país não quer ser influenciado militarmente pela França ou EUA, mas sim uma cooperação. Cavagnari ressaltou ainda que o governo pode optar por uma posição política em detrimento da técnica, mas deve justificar a decisão. “A situação é que vai dizer se a decisão deve ser política ou técnica, a não ser que exista um equilíbrio entre as duas posições”, afirmou.

Veja abaixo a íntegra da entrevista na qual o especialista também fala a respeito da relação militar entre Brasil, França e EUA.

eBand - Por que Lula se antecipou em anunciar as negociações com a França?

Geraldo Cavagnari - Pode ter sido por mau assessoramento ou por falta de informação ao presidente. Mas surpreendeu o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica. Todo mundo começou a fazer relações, a tirar conclusões sobre o que está acontecendo, como se a compra do Rafale já estivesse decidida. No entanto, a questão não está encerrada. Os americanos estão vindo com toda força, porque eles querem vender o produto da Boeing. Tem de haver responsabilidade do governo nas negociações. Ou ele firma uma posição puramente técnica ou política, mas tem que dizer por quê.

eBand - Apesar de ter sido anunciada agora, desde julho corria a informação da intenção da compra dos 36 caças da França.

Cavagnari - Exatamente. Mas no âmbito do Ministério da Defesa, mais precisamente do Comando da Aeronáutica, a proposta vencedora, tudo indica, seria a americana porque os americanos se abriram muito, por exemplo, a parte de tecnologia, senão eles iriam perder.

No caso do Super Tucano [da Embraer], um dos itens no pacote tecnológico que compramos dos EUA permitiu que evoluíssemos do Tucano para o Super Tucano. Mas [o pacote] dizia também que caberia aos EUA o papel de árbitro na venda, para evitar que prejudicasse seus interesses estratégicos. E a venda estava acertada entre Brasil e Venezuela. Os EUA a bloquearam e não pudemos vender. Até do papel de árbitro eles abriram mão nessa proposta nova.

Tem de se pesar as vantagens ou desvantagens políticas ou técnicas. A situação é que vai dizer se a decisão deve ser política ou técnica, a não ser que exista um equilíbrio entre as duas posições. Aquela proposta que fundamenta uma decisão política pode ser aceitável em termos técnicos. Uma proposta pode, de certo modo, secundarizar uma questão técnica.

eBand - Para o senhor, qual deveria ser priorizada: a questão técnica ou política?

Cavagnari - O pacote francês é irrecusável, mas a proposta americana é boa também. Na minha visão, – no momento, fora do governo e das Forças Armadas – o que se deve é abrir o guarda-chuva no campo comercial de compras de armamento. Se o Brasil tem uma proposta francesa muito boa e tem sido um cliente dos EUA, não existe a obrigação de fazer uma compra nos EUA, pode diversificar.

Desde a Segunda Guerra Mundial [1939-1945], depois durante todo o período da Guerra Fria até recentemente, sempre fomos clientes de material bélico dos EUA. É hora de abrir o Brasil para outros países. Nós já tivemos um momento de abertura: quando compramos os Mirage da França. Foi o início da abertura do mercado francês para o Brasil. Devemos cultivar esse mercado, como devemos também continuar cultivando o mercado americano e, se aparecer um produto melhor no Japão ou na Alemanha, que se compre. Aliás, conseguimos modernizar nossa primeira frota submarina com a Alemanha.

Mas isto tudo é teórico, a realidade política é outra, está tudo embaralhado. A desculpa que Marco Aurélio Garcia [assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais] deu para a tomada de decisão pelo francês é que os americanos embutem algumas travas nos pacotes. Mas nós o conhecemos, ele é totalmente anti-americano. Então, a posição dele é profundamente ideológica. Mas posições ideológicas não podem envenenar as negociações.

eBand - Este é o ano da França no Brasil. Quais os motivos para a aproximação entre os dois países?

Cavagnari - Há um motivo político, porque o Brasil quer cortar certas amarras com os EUA. No século 19, tivemos uma grande aproximação com a Europa. Mandamos militares fazer estágio na Alemanha e oficiais navais à Inglaterra. Depois da 1ª Guerra Mundial [1914-1918], da qual a França saiu vencedora, continuamos enviando oficiais para a Grã Bretanha e passamos a mandar os do Exército para a França.

O resultado deste intercâmbio do Exército brasileiro com o francês foi a criação de uma missão militar francesa que ficou de 1919 a 1939, quando a França foi invadida pela Alemanha. Essa missão veio dentro de um pacote que pretendia modernizar as Forças Armadas e esteve nas escolas militares avançadas - as escolas de aperfeiçoamento dos oficias - e também na Escola de Estado Maior. Os franceses eram tutores nesse período. Então, a influência francesa, no Exército, e inglesa, na Marinha, se enfraqueceram durante a 2º Guerra Mundial, quando aconteceu nossa aproximação com os EUA. Na guerra, já estávamos operando dentro da doutrina militar americana.

Então, a importância dos EUA nesse relacionamento é muito grande e mais recente - e a importância da França é histórica. O que nós queremos não é ter uma influência francesa novamente, nem continuar com a americana. Queremos uma relação de igual para igual com os dois países na área militar. O Brasil tem que beber em vários centros que estão mais desenvolvidos em termos militares. Mas esse imbróglio da França deixou esse processo conturbado.

As Forças Armadas hoje ampliaram o horizonte de aproximação [aos outros países], tendo em vista o conhecimento e o campo operacional e tático. Deve-se discutir algo que vem de fora com o que aqui se produz. Também em termos de reequipamento das Forças Armadas que estão saindo agora de um processo de desmonte que vem desde 1990.

eBand - A escolha pela França estaria relacionada à preocupação brasileira com o equilíbrio internacional?

Cavagnari - Envolve outras variáveis. Primeiro, o aspecto ideológico da política brasileira. A própria diplomacia do país está agindo ideologicamente. A única instituição que não esta agindo ideologicamente são as Forças Armadas. Isso não é bom.

Há uma postura ideológica desse governo em relação à política internacional. Não há um choque com os EUA, mas as posições não estão muito bem definidas. Haja vista a aproximação do Brasil com a Venezuela. O país pode se relacionar com quem quiser, mas não podemos brigar desnecessariamente com a maior potência do hemisfério.

A Unasul [União das Nações Sul-Americanas], por exemplo, é uma ideia do [presidente da Venezuela, Hugo] Chávez, que o Brasil encampou. Em seguida, o Brasil deu a ideia do Conselho Sul-Americano de Defesa. Então, foi criada a Unasul como se fosse um afastamento, uma expulsão da OEA [Organização dos Estados Americanos] da América do Sul. Duas instituições regionais que atendem a interesses estratégicos dos países e querem marcar uma postura de independência em relação aos interesses americanos. Um fórum que tem apenas os países da região e nenhuma potência de fora, o Conselho Sul-Americano, vai ter muito mais relevância, na visão desses países que o criaram, do que a [Junta] Interamericana de Defesa, em Washington.

Só que os EUA balançaram isso. Eles mostraram que ainda são a potência hegemônica do hemisfério. Recriaram a Quarta Frota, que foi desativada na Guerra Fria, logo depois que o Brasil e a Argentina tomaram a iniciativa de transformar o Atlântico Sul em zona de paz e cooperação, o que foi feito por resolução da ONU (Organização das Nações Unidas). Com isso, esperava-se que nenhuma potência estrangeira entrasse na região. Agora, bases foram criadas na Colômbia, integralmente alinhada com os EUA. É um sinal para o Brasil de que os EUA ainda podem agir na América do Sul em função de seus interesses estratégicos.

eBand - Mas o governo anterior também era ideológico, não?

Cavagnari - Sim, anticomunista. Há uma posição desse governo em relação ao americano diferente dos governos anteriores. Há um tempero de esquerdismo. O governo do Fernando Henrique Cardoso [1995-2003] não era anticomunista, mas tinha ciência do que eram os Estados Unidos no hemisfério e teve uma diplomacia muito controlada, com muita precaução – este, não. O problema é para nós, não para eles. Quem está se sentindo incomodado com a Quarta Frota e com as bases é este governo. Não somos nós, o povo não está nem aí.

eBand - O Brasil tem mais chance de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança (CS) da ONU após aumentar seu poderio militar?

Cavagnari - Claro. Para ser membro permanente do CS tem que ser reconhecido como potência militar. Os EUA são uma grande potência mundial, e o restante são potências regionais. O Brasil caminha para isso. Quando se atinge o status de grande potência é porque também é potência militar, seja mundial ou regional. Tem que ter força e voz. E a voz para resolver conflitos é a voz das armas também.

eBand - O acordo pode incentivar uma corrida armamentista na América Latina?

Cavagnari - Não vejo uma corrida, mas existe, sim, um rearmamento da América Latina. O Chile sempre comprou e renovou esse material e tem um Exército relativamente moderno. A Colômbia, a mesma coisa, por força do narcotráfico. A Venezuela está se armando. Agora, o Brasil tem um perfil elevado político, tecnológico e econômico, mas o perfil militar não está alinhado. E a indústria bélica, quanto mais se desenvolver, produz riqueza. Gera emprego de mão-de-obra altamente qualificada.

Fonte: eBand - Foto: Divulgação/Boeing