segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Negociação de caças franceses prevê venda de jato da Embraer

Comunicado conjunto de Brasil e França prevê desenvolvimento e venda de cargueiros construídos no País

O KC-390, ainda em fase de projeto

Além de confirmar a abertura das negociações para a compra, pelo governo brasileiro, de 36 caças franceses Rafale, o comunicado divulgado por ocasião da visita relâmpago ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinalou a intenção do governo francês de comprar 10 aviões de transporte militar brasileiros KC-390. A disposição assinala o compromisso entre os dois países para o desenvolvimento de uma parceria na indústria aeronáutica.

Projetado pela Embraer para substituir os veteranos KC-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB), o KC-390 é um cargueiro militar com capacidade de realizar transporte logístico e reabastecimento em voo, e será desenvolvido em regime de parcerias estratégicas, como o programa de jatos comerciais da Embraer. A produção está prevista para começar em 2015.

"Queremos desenvolver uma grande indústria aeronáutica, construir aviões em conjunto, vender aviões em conjunto", disse o presidente francês a jornalistas em Brasília, após participar das comemorações do 7 de Setembro. Sarkozy também manifestou a disposição da indústria de seu país de contribuir para o desenvolvimento do programa do KC-390.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, comemorou o acordo, que permitirá ao Brasil fabricar e vender as aeronaves a outros países da América Latina.

"A visita do presidente Sarkozy é mais que uma visita, é a consolidação de uma parceria estratégica entre dois povos que têm muita coisa em comum", destacou o presidente brasileiro. "Não é uma simples parceria comercial. A França não quer só vender ao Brasil e o Brasil não quer só vender à França. Nós queremos pensar juntos, criar juntos, construir juntos e, se for possível, vendermos juntos", acrescentou.

Lula justificou a decisão de renovar as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) citando a necessidade de o país proteger a Amazônia e as reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal.

O Rafale, fabricado pela Dassault Aviation, concorria com o F/A-18E/F Super Hornet da Boeing e com o Gripen da sueca Saab, no âmbito do consórcio FX-2.

O governo francês assegurou ao Brasil que a tecnologia para a construção dos aviões será transferida, o que teria pesado no acordo.

"Compartilhar nossa tecnologia não nos dá medo, porque nós sabemos que no século 21 os países devem falar de igual para igual", disse Sarkozy. "O tempo da colonização já acabou."

O chanceler Celso Amorim, entretanto, disse que as negociações ainda levarão tempo. "Dentro dos compromissos que foram assumidos, é de que o preço seja competitivo, seja razoável e tenha comparabilidade com o preço pago pelas próprias forças armadas francesas. Haverá condições de financiamentos que ainda serão discutidas", ponderou.

KC-390

Diferente do C-130, que usa motores turboélices, os KC-390 serão impulsionados por turbinas, o que permitirá voos até Nova York com 11 toneladas de carga.

A Embraer vê no projeto uma possibilidade de superar os reveses da crise econômica mundial, que resultou na demissão de 4,2 mil funcionários pela companhia. A empresa já teria feito contato com outros países interessados em adquirir o equipamento.

Outra novidade do projeto é a demonstração de que, pela primeira vez desde a criação das primeiras indústrias aeronáuticas no País, o governo esteja interessado em investir na indústria nacional de aeronáutica, por meio da compra de equipamentos militares nacionais.

Fonte: Estadão.com.br (com informações da Reuters)

Saiba mais: o que é a camada pré-sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo (veja figura abaixo).

Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo.

Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.

Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número.

Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.

Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

Mais dúvidas

A Petrobras, uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração profunda, porém, não sabe exatamente o quanto de óleo e gás pode ser extraído de cada campo e quando isso começaria a trazer lucros ao país.

Ainda no rol de perguntas sem respostas, a Petrobras não descarta que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam unitizadas, formando uma reserva gigantesca.

Justamente por conta do desconhecimento sobre o potencial da camada pré-sal o governo decidiu que retomará os leilões de concessões de exploração de petróleo no Brasil apenas nas áreas localizadas em terra e em águas rasas. Afinal, se a camada for única, o Brasil ainda não tem regras de como leiloaria sua exploração.

Assim, toda a região em volta do pré-sal não será leiloada até que sejam definidas as novas regras de exploração de petróleo no país (Lei do Petróleo), que voltaram a ser discutidas pelo Planalto - foi criada uma comissão interministerial para debater modelos em vigor em outros países e o destino dos recursos do óleo extraído.

Além disso, o governo considera criar uma nova estatal para administrar os megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração - isso porque os custos de exploração e extração são altíssimos. Os motivos alegados no governo para não entregar a região à exploração da Petrobras são a participação de capital privado na empresa e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais.

Opiniões

O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a discussão em torno das mudanças no marco regulatório do petróleo não levará em conta o interesse privado.

"Existem vários interesses públicos e privados envolvidos nessa questão. A Petrobras é uma empresa que tem controle governamental, mas tem acionistas privados, que têm que ser respeitados. Ao mesmo tempo, o aproveitamento dessas riquezas é questão de Estado brasileiro", reconheceu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito vários discursos em que mencionou que as reservas pertencem ao "povo brasileiro" e devem ser usadas em benefício do país, como para aplicações na educação. Lula chegou a mencionar que as reservas eram uma chance divina e deveria ser usada para reparar uma dívida com os mais pobres.

Fonte: Folha Online (31/08/2009) - Imagem: Arte Folha

Amorim justifica compras militares para 'defender pré-sal'

Ministro disse que negócio com a França é relevante porque há transferência de tecnologia para o Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta segunda-feira, 7,as aquisições de submarinos e helicópteros que o Ministério da Defesa está fazendo junto à França. O ministro, que participou da festa do 7 de Setembro, citou a descoberta de petróleo na camada do pré-sal para justificar a compra.

Segundo Amorim, é necessário equipar as Forças Armadas, porque "proteger o pré-sal é importante". O ministro disse ainda que as compras são relevantes principalmente porque há transferência de tecnologia para o Brasil.

O acordo para a compras de helicópteros e submarinos franceses será assinado neste domingo, 7, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, da França, que assistiu, nesta manhã, ao desfile comemorativo do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, como convidado especial do governo brasileiro.

Os acordos totalizam 8,6 bilhões de euros (R$ 22,6 bilhões). A compra de 36 aviões de caça para a Força Aérea Brasileira, um negócio estimado em US$ 7 bilhões, também foi anunciada pelos doi s presidentes.

Fonte: Fábio Graner (Agência Estado)

Rafale, o primeiro avião de combate polivalente da França

O Rafale, do consórcio Dassault Aviation, foi concebido nos anos 80 para ser o primeiro avião de combate francês polivalente e substituir, no longo prazo, sete aparelhos diferentes, entre os quais o Mirage 2000 e o Super Etendard.

Lançados em 1978, os pré-projetos desembocaram no primeiro voo de um protótipo em 1991. O primeiro avião destinado à força aérea saiu das fábricas em dezembro de 1998. Desde então, nenhum país estrangeiro adquiriu este aparelho.

A França prevê a aquisição de 294 Rafale, sendo 60 para a marinha. No total, 120 aparelhos foram encomendados, e quase 80 já foram entregues.

A Marinha francesa é equipada com Rafale desde junho de 2004, e a primeira unidade operacional da força aérea foi constituída em 27 de junho de 2006.

O preço de cada aparelho é avaliado em cerca de 50 milhões de euros. O custo orçamentário de cada avião (desenvolvimento, industrialização, produção em série e auxílio pós-venda) para o Estado francês chega a 96 milhões de euros.

Capaz de voar a Mach 1.8, o Rafale é fabricado pela Dassault, pelo gigante do setor eletrônico Thales e pelo fabricante de motores aeronáuticos e espaciais Snecma. Mais de 1.500 empresas francesas estão envolvidas no programa.

Este caça-bombardeiro com asas delta é um bireator polivalente que tem expectativa de vida superior a 30 anos. Concebido para a intercepção, os ataques ar-terra e ar-mar, o reconhecimento ou o bombardeio nuclear, ele deve, no longo prazo, substituir toda a frota da força aérea e da aeronáutica naval.

O Rafale, de um ou dois lugares, tem uma envergadura de 10,8 metros, um comprimento de 15,3 metros e um peso de dez toneladas quando vazio. Ele pode decolar de uma pista de 400 metros e possui um raio de ação em alta altitude de 1.850 km.

Construído com materiais compostos, o aparelho é considerado "discreto" com um "sinal radar" fraco.

Vários Rafale de última geração são utilizados para missões no Afeganistão, onde largam bombas americanas guiadas a laser de 250 kg para apoiar as tropas da Otan.

Entretanto, cinco anos depois de terem sido declarados operacionais, dez Rafale da primeira geração foram retirados da circulação, na espera de uma eventual modernização.

O Rafale pode conhecer novas evoluções, sobretudo se for adquirido pelos Emirados Árabes Unidos, que querem que a Snecma desenvolva motores mais potentes.

Fonte: AFP

CARACTERÍSTICAS DO RAFALE

GERAIS

Envergadura: 10,90 m (com mísseis)

Largura: 15,30 m

Altura: 5,34 m

Peso vazio: 9.400 kg (Rafale M : 9.900 kg)

Peso Máximo de Decolagem por catapulta: 21.000 kg

Peso Máximo de Decolagem: 21.500 kg

Comprimento da Pista de Decolagem: 400 a 600 m, dependendo da carga

Turbinas: 2 SNECMA M88-2 de 7,5 ton de empuxe cada, evoluindo para M88-3 de 9 ton e M88-4 de 11 ton

Velocidade Máxima: Mach 2.0 (2.125 km/h)

Combustível interno: 4.500 litros

Combustível externo: 7.500 litros

Cargas Externas: mais de 8.000 kg

Raio de Ação: 2.186 km

Altitude Máxima: 20.000 m

ARMAMENTOS

Ar-Ar: míssil Matra MICA com alcance de 50 km, míssil Matra 550 Magic 2 com alcance de 5 km, futuro míssil BVRAAM METEOR com alcance de 100 km

Ar-Terra: bombas guiadas a laser, míssil Apache, míssil AS30 L guiadoa Laser, míssil de cruzeiro SCALP-EG / Storm Shadow

Anti-Navio: míssil AM-39 Exocet

Interno: Um canhão DEFA 791 B de 30 mm com 2.500 tiros por minuto

Fonte: defesabr.com

MAIS

Veja fotos, vídeos e mais informações sobre o Rafale no Site Defesa BR.

Dassault espera concluir venda de caças ao Brasil em 2010

O construtor francês Dassault espera concluir a venda de 36 aviões Rafale ao Brasil em 2010, informou nesta segunda-feira um porta-voz da empresa, depois da decisão de princípio anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir o avião de combate francês, nunca exportado antes.

O governo brasileiro confirmou no início da tarde desta segunda-feira a intenção de começar as negociações com a França para a aquisição de 36 caças GIE Rafale, destinados à Força Aérea Brasileira (FAB). A decisão política em prol dos franceses significa que o Brasil dará preferência a esses tipos de caça em detrimento dos produzidos por fabricantes norte-americanos ou suecos. Em todo caso, o governo brasileiro evitou confirmar que os demais concorrentes estivessem automaticamente excluídos da transação.

"Há uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor. Não há a mesma decisão com relação aos outros. O projeto e a oferta que a França nos fez é uma oferta que nos satisfaz no aspecto da transferência de tecnologia, da contrapartida, da liberdade de venda e da participação em mercados", disse o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.

A preferência comercial com a França teve seus ajustes finais feitos na noite deste domingo, após o jantar entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy. Em uma espécie de contrapartida, o governo francês manifestou o interesse de adquirir 10 unidades da futura aeronave de transporte militar modelo KC-390, ainda em desenvolvimento pela Embraer. Os aviões produzidos pelo Brasil substituirão os C-130, de origem americana, utilizados pela França.

Em comunicado conjunto entre Brasil e França, o presidente da Sarkozy observou a disposição do governo francês de contribuir para o desenvolvimento da aeronave brasileira, ainda não disponível para a comercialização. "Há uma decisão de negociar a compra dos Rafales. Não é uma mera compra. Haverá construção (de aeronaves) no Brasil e a possibilidade de venda desses na America Latina. O aspecto central da oferta francesa é a efetiva transferência de tecnologia, que nos dá acesso ao conhecimento e nos permite que tenhamos um livre acesso a essas informações", disse Amorim.

Fonte: AFP via Terra

Brasil pode vender aviões de combate franceses, diz Amorim

A França ofereceu ao Brasil a possibilidade de vender na América Latina os aviões de combate Rafale, caso estes sejam escolhidos em uma licitação na qual também concorrem empresas de Suécia e Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O Governo federal anunciou hoje, por ocasião da visita oficial ao Brasil do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que negociará a aquisição de 36 aviões GIE Rafale, produzidos pela empresa francesa Dassault. A sueca Saab disputa a licitação com o modelo Gripen, enquanto a americana Boeing concorre com o F-18 Super Hornet.

Amorim disse à imprensa que "o principal atrativo da oferta francesa é a transferência real de tecnologia", o que não apenas representa "o acesso ao conhecimento, mas também o acesso livre a todo tipo de operação". O chanceler explicou que os caças franceses seriam construídos de forma conjunta no Brasil, que por sua vez poderia comercializá-los no resto da América Latina.

O resultado oficial da licitação será anunciado em outubro, mas tudo indica que o governo brasileiro deve optar pelos GIE Rafale. Em comunicado conjunto, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, destacaram que almejam transformar ambos os países em "parceiros estratégicos no domínio aeronáutico", setor no qual possuem "vantagens importantes".

Os dois chefes de Estado também firmaram hoje um acordo para a construção conjunta de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e de 50 helicópteros. Nos dois casos, são modelos franceses que serão construídos no Brasil, que vai comprar os primeiros equipamentos, mas que depois terá liberdade para comercializá-los no mercado da América Latina.

Fonte: EFE via Terra - Foto: Divulgação

Brasil e França fecham contratos para a compra de helicópteros

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarcozy, da França, fecharam hoje (7) a compra de 50 helicópteros de transporte militar. Os helicópteros serão produzidos pela Helibras, que tem entre os acionistas a francesa Eurocopter. Lula afirmou que a parceria é fundamental na estratégia de defesa brasileira."Vamos produzir conjuntamente equipamentos que reforçarão a capacidade tecnológica do Brasil de proteger e valorizar suas riquezas naturais. Esse é um componente fundamental da estratégia de defesa, que o meu governo aprovou", disse Lula.

De acordo com o presidente Lula, o Brasil aposta em um projeto de defesa voltado para a construção da paz no continente, da confiança, da integração e da construção do desenvolvimento da região.

Sobre a compra dos caças franceses Rafale, Lula disse que o mais importante é a transferência da tecnologia. "Para nós, o avião é muito importante, mas o mais importante é termos acesso à tecnologia de forma a produzirmos esse avião no Brasil. E é isso que estamos negociando agora com o ministro da Defesa Nelson Jobim e com o comandante da Aeronáutica Junite Saito ", explicou Lula.

O presidente não esclareceu se a licitação para a compra dos caças já estava fechada. Ele adiantou que vai se reunir essa semana com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Junite Saito, para discutir pormenores.

O presidente da França, Nicolas Sarcozy, disse que os dois países vão produzir junto tanto os aviões Raffele quanto os helicópteros. "As negociações estão começando", disse Sarcozy.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que falou com a imprensa após o evento, também não confirmou se a licitação para a compra dos caças estava terminada. "A decisão tomada foi a de negociar com um fornecedor e não iniciar com os outros", disse Amorim.

Também estavam na concorrência com o Rafale o avião um avião de uma empresa sueca e de uma empresa dos Estados Unidos.

Os presidentes falaram ainda sobre a crise financeira internacional e afirmaram que tem posições conjuntas sobre o tema. Lula disse que o G-20 tem um papel importante na nova ordem mundial que vai surgir com a crise financeira internacional. "Já ficou claro que o mundo não vai sobreviver a uma terceira onda de especulação como essa que nós tivemos", disse Lula.

Ele também falou da necessidade de reforma de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). "O Brasil não emprestou US$ 10 bilhões ao FMI para tudo ficar como antes", disse. Para Lula, essas instituições não podem continuar emprestando dinheiro e cobrando imposições que acabam fazendo com que o país mesmo tendo dinheiro não consiga pegar um empréstimo.

"Não cabe ao emprestador impor condições para emprestar dinheiro. O que o emprestador tem que querer é garantia de que vai se ressarcido pelo empréstimo", afirmou.

Os dois presidentes também conversaram sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Sarcozy disse que apóia o Brasil no pleito a uma vaga permanente no conselho e defendeu que outros países também possam ter um assento permanente.

"As Nações Unidas devem se reformar ou correm o risco de perder a legitimidade. Estamos no século 21, não posso acreditar que a África não tenha um representante no Conselho de Segurança. Também não acredito que, no café da manhã do G-8, não possamos convidar o Brasil.", afirmou.

Lula e Sarcozy também assinaram acordos mas áreas de transporte, migração, defesa e cooperação policial.

Fonte: Agência Brasil via Terra

Governo brasileiro anuncia negociação para compra de caças franceses

Presidentes da França e do Brasil emitiram comunicado nesta segunda (7).

Sarkozy manifestou intenção de compra de aeronaves de transporte militar.




Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto nesta segunda-feira (7), em que anunciam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Os dois também assinaram acordos para o desenvolvimento compartilhado de submarinos e helicópteros.

O comunicado diz ainda que o presidente francês manifestou a intenção de seu país de adquirir 10 unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390, que será produzida pela Embraer. Os franceses também pretendem contribuir com o desenvolvimento do programa desta aeronave. Os presidentes estão em reunião privada e devem conceder uma coletiva após o encontro. .

O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.

Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.

Submarinos e helicópteros

Parceiro estratégico do presidente Lula no projeto de reaparelhamento militar das Forças Armadas Brasileiras, o presidente francês também assinou acordos que permitem o desenvolvimento do primeiro submarino nuclear produzido no país e a fabricação de 50 helicópteros de transporte.

Estes acordos preveem a finalização de contratos comerciais e de financiamento para desenvolvimento e produção compartilhados de "helicópteros de transporte do tipo EC-725", segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Além de reativar a indústria bélica nacional e colocar o Brasil na corrida armamentista da América do Sul – já deflagrada por Venezuela e Colômbia –, a aliança com os franceses, prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END), tem o objetivo de redirecionar as prioridades das Forças Armadas para os próximos 30 anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a assinatura dos acordos na área de defesa. "No lançamento do pré-sal eu disse que estávamos celebrando nossa segunda independência, que também tem que ser tecnológica. Por isso, o acordo na área de defesa. Queremos criar consórcios regionais na área da indústria de defesa, criando sinergia com nossos vizinhos. O Brasil aposta num projeto regional de defesa para a América do Sul", disse Lula.

Sarkozy disse que a França não teme compartilhar sua tecnologia com o Brasil. "Se existe um país no mundo em que há perspectiva para a tecnologia francesa é o Brasil. Nós não tememos repartir nossa tecnologia com o Brasil, porque acabou o tempo da colonização e todos os países precisam de tecnologia", argumentou.

Outros consórcios

Apesar de anunciar que abriu negociações com o governo francês para transferência de tecnologia e compra dos caças Rafale da França, nenhum membro do governo brasileiro deixou claro se a participação dos outros consórcios na concorrência foi excluída.

Durante a entrevista coletiva, os jornalistas questionaram sobre o tema o presidente Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, mas nenhum deles esclareceu se a abertura de negociações com a França impede a continuação da concorrência que conta com participação da Suécia e dos Estados Unidos.

“O que há é uma decisão de começar a negociação com um fornecedor e não há negociação com outros concorrentes. Não quero entrar em aspectos legais. Não sei se a licitação acabou, porque isso envolve questões legais e eu não tenho como responder”, disse Amorim.

Jobim e Lula foram questionados especificamente sobre qual a implicação da decisão sobre o processo de concorrência aberto pelo governo brasileiro, mas não comentaram.

Segundo Amorim, o que pesou na decisão do governo brasileiro foi o compromisso da França em transferir a tecnologia de construção dos caças Rafale. “Foi uma decisão político-tecnológica”, disse o ministro.

O assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse também que a decisão sobre a abertura de negociação com os franceses sobre os jatos Rafale foi tomada na noite de domingo (6), após o jantar entre o presidente Lula e Sarkozy.

Fonte: Jeferson Ribeiro (G1 vom Jornal Hoje)

Companhias aéreas regionais terão fundo de aval

A Medida Provisória autoriza a União a conceder subvenção econômica ao BNDES nos empréstimos contraídos até 31 de dezembro de 2009, prazo prorrogável mediante decreto federal, para produção ou compra de bens de capital e para projetos de inovação tecnológica de empresas, contribuindo para que as companhias aéreas regionais mantenham seus planos de investimentos, que são ligados diretamente a aquisição de novos equipamentos e renovação da frota, por exemplo.

O relator do texto aprovado é o Deputado Carlos Zarattini (PT-SP), vice presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aéreo Regional que tem como presidente o Deputado Vital do Rego Filho (PMDB-PB). Esta é uma das medidas capazes de estimular as indústrias aeronáutica e do transporte aéreo brasileiras.

O presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, o Lack, eufórico, avaliou os avanços das últimas semanas: “Realmente foi uma vitória para o setor do transporte aéreo e para a indústria aeronáutica brasileira, mesmo num momento de embate entre o governo e a oposição. Temos que agradecer ao Deputado Carlos Zarattini, incansável batalhador, que entende que este incentivo irá proporcionar um aumento no número de empregos e ganho de musculatura para o nosso setor”, diz.

Lack também adianta que está confirmada uma agenda de trabalho para o dia 10, próxima quinta-feira, reunindo as empresas associadas à ABETAR, representantes da indústria aeronáutica e os Deputados Carlos Zarattini e Vital do Rego Filho, na sede da CNT – Confederação Nacional do Transporte, em Brasília. O objetivo da reunião é discutir a pauta que será apresentada ao Ministro da Fazenda Guido Mantega em audiência que deve acontecer em breve.

Fonte: Aviação Brasil

Irã desenvolve sistema de defesa antimísseis

O Irã desenvolveu um sistema de defesa contra mísseis de cruzeiro, anunciou o general Ahmad Mighani, comandante da unidade de defesa antiaérea.

"O Irã conseguiu construir um sistema de defesa capaz de localizar os mísseis de cruzeiro e destrui-los", declarou Mighani, que no entanto não precisou o alcance do sistema.

"Apesar de 30 anos de sanções, as Forças Armadas iranianos dão passos importante para alcançar a autossuficiência", destacou.

Fonte: AFP

Austrália adquire aviões não tripulados para utilizar no Afeganistão

Aviões serão usados em ação liderada pela Otan no Afeganistão.

Heron será usado para reconhecimentos e investigações.


O ministro de Defesa da Austrália , John Faulkner, confirmou a aquisição de aviões não tripulados para utilizá-los no Afeganistão.

A aeronáutica já recebeu treinamento de especialistas canadenses para utilizar o Heron no marco da coalizão liderada pela Otan no Afeganistão, explica o comunicado.

O UAV Heron é um aparelho de uma tonelada de peso que tem a capacidade de realizar tarefas de reconhecimento, investigação e inteligência em tempo real, sem necessidade de pôr em risco a vida de nenhum piloto.

O plano de adquirir os aviões não tripulados foi pensado inicialmente pelo Governo da Coalizão Liberal de John Howard e abandonado em 2007, quando o partido Trabalhista de Kevin Rudd chegou ao governo.

Austrália é o país não membro da Aliança Atlântica com mais participação na Força Internacional de Assistência para a Segurança no Afeganistão, sob comando da Otan.

Fonte: G1 (com informações da EFE) - Foto: Australian Department of Defence

Singapura Airlines adia entrega de oito aviões

A companhia aérea Singapura Airlines adiou a entrega dos oito A380 encomendados à Airbus para entre seis a doze meses devido às dificuldades financeiras que atravessa.

A companhia registrou o seu primeiro resultado trimestral negativo em seis anos no segundo trimestre deste ano.

Até ao final deste ano está prevista a entrega de dois A380. Com o adiamento, a entrega do décimo segundo A318 da Singapura Airlines será em outubro do próximo ano, em vez de abril e do décimo nono avião em janeiro de 2012, em vez de janeiro de 2011.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)

Discovery começa último dia na Estação Espacial Internacional

Durante a última caminhada espacial da missão, no sábado, Danny Olivas e Christer Fuglesang instalado um sistema de fixação de carga e encaminhado cabos de aviônica

Os astronautas do ônibus espacial Discovery começarão o 11º dia de sua missão quando forem acordados no início da tarde desta segunda-feira, às 12h35, no horário de Brasília.

Este será o último dia que o ônibus espacial ficará atracado à Estação Espacial Internacional. A separação está prevista para a noite de amanhã e o pouso no Centro Espacial Kennedy deverá ocorrer no início da madrugada de quinta-feira.

Fazendo as malas

A principal tarefa deste último dia completo na Estação será a preparação de quase uma tonelada de experimentos científicos, peças usadas e lixo, que deverão ser trazidos de volta à terra. O material será trazido no interior do módulo de carga Leonardo.

Ainda hoje os astronautas usarão o braço robótico da Estação para desconectar o módulo de carga da Estação e colocá-lo de volta no compartimento de carga do Discovery.

Cabo solto

Praticamente todos os objetivos da missão foram completados com sucesso. A única exceção ficou por conta de um cabo de energia que deverá alimentar o novo laboratório norte-americano, chamado Tranquilidade, que deverá ser levado para a Estação Espacial no início de 2010.

O cabo não se alojou no seu conector. Os astronautas o revestiram com uma espécie de papel alumínio, para fazer seu isolamento térmico, e deixaram-no solto. O problema será verificado e uma próxima missão.

Foguetes com defeito

A parte mais tensa desses momentos finais da missão do Discovery, embora não exatamente preocupante, será a separação do ônibus espacial da Estação Espacial. Os dois foguetes de direcionamento dianteiro do Discovery apresentaram defeito. A atracação foi feita utilizando-se apenas os motores traseiros, em uma manobra do piloto Kevin Ford que foi muito comemorada. A separação deverá ser feita do mesmo modo.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Foto: NASA

Pequena explosão no aeroporto de Frankfurt deixa um ferido

Um pequeno pacote explodiu enquanto era examinado por dois oficiais no centro postal do aeroporto de Frankfurt (foto acima) nesta segunda-feira, ferindo levemente um e deixando o outro em estado de choque, informou a polícia.

"O conteúdo, assim como o remetente e o destinatário do pacote, é desconhecido", disse a polícia de Frankfurt em comunicado. O incidente aconteceu no departamento de postagens internacionais do aeroporto, o maior da Alemanha.

Fontes: Reuters via Terra / News.de - Foto: ddp

Três britânicos são condenados por ter planejado explodir aviões em 2006

Acusados atacariam voos rumo à América do Norte com explosivos líquidos.

Plano da rede terrorista da al-Qaeda tinha ramificações pelo mundo.


Três cidadãos britânicos ligados à rede terrorista da al-Qaeda foram condenados nesta segunda-feira (7) por planejar explodir aviões de passageiros com destino aos EUA e ao Canadá.

O complô, que tinha ramificações espalhadas pelo mundo, foi descoberto pelas autoridades dias antes de ser colocado em prática, em 2006.

Abdullah Ahmed Ali, Assad Sarwar e Tanvir Hussain iriam detonar explosivos líquidos durante os voos.

Quatro outros acusados foram inocentados, e o júri não chegou a um veredicto sobre um oitavo suspeito.

Abdullah Ahmed Ali, Assad Sarwar e Tanvir Hussain em foto não-datada divulgada pelas autoridades

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Foto: AFP

Queda de avião militar mata 5 na Indonésia

Cinco pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas hoje (7) na queda de um avião da Marinha da Indonésia (Tentara Nasional Indonesia-AL (Navy)) durante uma missão de reconhecimento na ilha de Bornéu, no norte do país, confirmaram autoridades locais.

O avião, um bimotor GAF Nomad N.24A, prefixo P-837, de fabricação australiana, sobrevoava a província de Bornéu Oriental entre os distritos de Raiam e Tarakan quando se acidentou, disse o porta-voz do Exército, Sagom Tamboen.

A bordo da aeronave viajavam três tripulantes militares e seis passageiros civis.

No último ano foram registrados vários acidentes que deixaram mais de 150 mortos na Indonésia, um país com umas péssimas estatísticas de segurança no setor da aviação.

A metade destes acidentes envolveu aparelhos do Exército indonésio, que se queixou diversas vezes da falta de orçamento para a manutenção de sua frota.

Em maio, um Hércules da Força Aérea caiu na ilha de Java deixando 101 mortos.

Fontes: EFE via G1 / ASN

Por que os pilotos kamikazes usavam capacete?

Curiosidade

Realmente não se espera que os pilotos kamikazes do exército japonês, que combateram durante a Segunda Guerra Mundial, estivessem muito preocupados com a sua segurança no voo que os levaria para a morte por escolha própria, mas então por que eles usavam o capacete?

Certamente os capacetes não serviam para a segurança dos kamikazes no voo que os levaria para a morte

A função principal dos capacetes na aviação não é a proteção dos pilotos, mesmo porque, em caso de acidente, eles pouco poderão ajudar. Segundo o Guia dos Curiosos, no início, como os primeiros aviões tinham cabines abertas, os capacetes - assim como as mantas - faziam parte da vestimenta que manteria os pilotos aquecidos.

Quando os aviões passaram a ser construídos com as cabines fechadas, os capacetes eram usados para comunicação dos pilotos com a base, acomodando fones de ouvidos e microfones.

E essa era a função do capacete para os kamikazes. Através dos fones acoplados, eles recebiam as informações da base a respeito dos alvos.

Fonte: Terra - Foto: Getty Images

domingo, 6 de setembro de 2009

Foto do Dia

Uma foto em baixa resolução, retirada de jornal, mas que vale a pena ser postada. O Boeing 707 da Air Zimbabwe realizando um "low pass" (rasante) no Aeroporto Charles Prince, Harare, no Zimbabwe, dia 09 de maio de 1993, durante o Air Mashonaland Flying Club Day'93.

Fonte: Righetto via aviationpics.de

Negociações para compra de caça francês estão ‘muito avançadas’, diz Lula

Em entrevista a canal de TV da França, presidente rejeita sanções ao Irã.

Presidente Nicolas Sarkozy inicia visita ao Brasil neste domingo (6).


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista veiculada neste domingo (6) pelo canal francês de televisão TV5 Monde que as negociações para a compra pelo Brasil de 36 aviões caça Rafale estão “muito avançadas”.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, estará com Lula em Brasília nesta noite para assinar acordos de cooperação militar, acertar detalhes sobre a construção de uma ponte entre o Brasil e a Guiana Francesa e acompanhar o Desfile de 7 de Setembro.

“As discussões com o presidente Sarkozy avançam muito rapidamente. Estamos no bom caminho, temos uma relação de confiança. Todo mundo sabe que uma das exigências do Brasil é ter acesso à tecnologia”, destacou Lula.

“Não podemos comprar um avião caça sem possuir a tecnologia e é justamente porque pensamos em produzir uma parte deste avião no Brasil. Temos uma importante empresa que é capaz de fazê-lo”, acrescentou o presidente, em referência à fabricante de aeronaves brasileira Embraer.

O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões e envolve a compra de pelo menos 36 aeronaves. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.

Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.

Irã

Na entrevista que foi ao ar neste domingo, Lula também defendeu que as forças ocidentais parem de condenar o Irã por causa de seu programa nuclear. Em uma campanha diplomática crescente para conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro tem adotado uma linha conciliatória quando o assunto é o Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estipulou prazo ao Irã até o final de setembro para aceitar uma oferta norte-americana em conjunto com a Rússia, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha para discutir benefícios comerciais caso Teerã deixe de lado o enriquecimento nuclear. Do contrário, o país enfrentará restrições ainda mais severas.

Lula rejeitou a ideia de novas sanções, pedindo aos líderes ocidentais que conversem com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Acho que há muitas sanções e conversas insuficientes com o Irã. Parem de condená-lo. As autoridades do terceiro nível da ONU tomam decisões que punem o país e tornam-no mais e mais isolado. Será cada vez mais difícil chegar a um acordo", disse Lula.

Opep

Ao canal francês, Lula também afirmou que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não será usado para a compra de novas ações da Petrobras. Ele também voltou a dizer que o Brasil não pretende ingressar na Opep, a organização que reúne os maiores produtores mundiais de petróleo. Parte do conteúdo da entrevista havia sido divulgada no última quarta-feira (2).

Fonte: G1 (com agências) - Imagem: Arquivo do Blog

A bomba dos Guararapes

Há 40 anos, atentado no aeroporto do Recife deixava 17 vítimas, entre elas, Sebastião, o Paraíba, "Canhão do Arruda"

A perna direita protagonizou situações marcantes e antagônicas na vida do paraibano Sebastião Tomaz de Aquino. Ainda criança, o hoje aposentado de 78 anos de idade percebeu força e habilidade na perna. Discorreu intimidade com a bola de futebol. Dos campos de várzea, traçou o sonho de se tornar jogador profissional.

Aos 78 anos, Sebastião ainda conserva uma boa memória do seu passado no Tricolor

A potência do chute o consagrou no esporte. No time do Santa Cruz, por exemplo, tornou-se o "Canhão do Arruda". Virou o sétimo maior artilheiro da história do clube pernambucano e ajudou a equipe a conquistar o primeiro supercampeonato estadual. Um dos poucos a marcar mais de cem gols com a camisa tricolor. As artimanhas do destino, no entanto, cessaram as alegrias ofertadas pela região do corpo responsável pelos maiores triunfos do ex-atleta. Sebastião foi uma das 17 vítimas do historicamente conhecido Atentado dos Guararapes. O laudo médico final causou impacto semelhante à bomba estourada no incidente do aeroporto: amputação.

"Não morri, porque não era para morrer. Tem gente que leva uma topada e morre"
Sebastião - ex-jogador

Sebastião, ou Paraíba, como era conhecido na época do Santa, sentiu as agruras do conturbado período pós-Golpe Militar de 31 de março de 1964. Três séries de três bombas alçaram Recife ao centro das guerras políticas, dois anos após o golpe. As ações terroristas praticamente se restringiram a causar danos materiais. Eis que, por volta das 8h30 do dia 25 de julho de 1966, o Aeroporto Internacional dos Guararapes virou o palco da mais violenta explosão. Sebastião - "recém-chuteiras penduradas" do futebol e guarda civil do terminal aéreo desde 1962 - visualizou uma maleta preta aparentemente esquecida no saguão de desembarque. Apanhou a valise e se dirigiu ao setor de Achados e Perdidos. Foi forçado a parar no meio do caminho. Repentinamente, o estrondo. Pânico. Correria. Instalações destruídas. Quinze feridos, dentre eles, Sebastião. Dois mortos: o jornalista e secretário do governo de Pernambuco, Édson Régis de Carvalho, e o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes.

Mais tarde, descobriu-se que o material teria comodestinatário o general Costa e Silva. A autoria da ação permanece incógnita. O escritor Raymundo Negrão Torres descreve, no livro O Fascínio dos Anos de Chumbo, o vai-e-vem de pessoas no local, momentos antes da explosão. "Além do elevado número de pessoas habitual em um grande terminal aéreo, havia muita gente que viera recepcionar o general Arthur da Costa e Silva. Poucos minutos depois das 8h, chegava a notícia de que houvera um problema no avião que conduzia o candidato e ele chegaria ao Recife por via terrestre. Muitas pessoas que o esperavam começaram a deixar o aeroporto", narra o autor.

A mudança de rota do general evitou maior número de vítimas. Para muitos, "sorte do imprevisto". O acaso, no entanto, teve contornos diferentes para o guarda civil que carregou a maleta preta munida da bomba. "Eu pedi ao meu chefe para folgar no domingo, para jogar uma 'peladinha' com os meus amigos, e ir trabalhar na segunda-feira", revelou. Foi a última partida de futebol de Sebastião. Ironicamente, a segunda-feira de serviço foi a de 25 de julho de 1966.

Pesadelo

Do exato momento do impacto da bomba, Sebastião conserva uma única lembrança. "Fui até o teto", rememora, feliz por ter sobrevivido ao incidente. "Não morri, porque não era para morrer. Tem gente que leva uma topada e morre", compara.

Casada com Sebastião há mais de 50 anos, a ex-funcionária pública Eurídice Cavalcanti de Aquino, 79 anos, não consegue se livrar das visões horrendas. "Fui ao local e me deparei com o desespero. Pessoas feridas, mutiladas. Gritos de socorro. Havia muito sangue", recorda a esposa, tentando, com movimentos bruscos e simbólicos, afastar os maus pensamentos.

A batalha do herói

Recolhido aos cuidados médicos, Sebastião demorou a dar conta do posto alcançado após a explosão. Muitos o tacharam como herói, pois acreditaram que, se a maleta tivesse permanecido no local onde foi estrategicamente abandonada, poderia ter causado ainda mais danos. Do leito do hospital, recebeu visitas ilustres. Castelo Branco, ex-presidente da República, e Pelé, Rei do Futebol, prestaram solidariedade à vítima.

Foram dias de batalha dos médicos para salvar a vida de Sebastião e meses para resguardar a perna direita. O ex-jogador escapou da morte. Mas não conseguiu evitar a amputação. "Meu marido foi atingido por uma bomba artesanal. Ela continha materiais que colaboraram para a infecção. A perna, vez por outra, ficava cheia da 'tapurus' (germes). Uma aparência horrível", relembra a esposa Eurídice.

Sebastião relutou para aceitar a recomendada amputação. Só deu o sinal positivo à junta médica depois de ouvir o conselho de Amauri, ex-companheiro de profissão no Santa Cruz. "Ele me disse: 'tens amigos e uma família que te ama, e o que mais vale é a vida'. Virei para o doutor e ordenei: 'corte'. A adaptação foi horrível. Demorei a aceitar a nova condição. Hoje, no entanto, não me arrependo", garante.

Sebastião cultiva bom humor para comprovar conformismo e desapego. "Com a perna direita, fui o canhão. E acabei perdendo ela por causa de uma bomba. Engraçado. Alguém andou colocando olho gordo demais", comenta, entre risos.

Alzheimer

Os labirintos do cérebro marcam caminhos obscuros e praticamente sem saída na vida de Sebastião. Do seu passado, o ex-jogador ainda conserva boa memória. Já as lembranças recentes fogem da mente. Se em 1966, a luta foi para evitar a amputação da perna direita, a batalha atual é contra a perda gradual de neurônios. Ele sofre com a fase inicial do Mal de Alzheimer.

Falta de memória para acontecimentos recentes, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais e interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos são alguns dos sintomas de demência. Sinais evidentes no comportamento de Sebastião. "Ele está tomando uma 'túia' de remédios. O neurologista, inclusive, indicou operação para inserir válvulas na cabeça dele", informou Eurídice. No segundo contato para a entrevista, duas semanas depois do primeiro, o personagem já não se lembrava mais do repórter.

Lembrado apenas no aeroporto

Exato um ano após o Atentado dos Guararapes, o aeroporto da capital pernambucana recebeu uma placa de bronze, onde reluz frases de homenagem às vítimas: "Glorificados pelo sacrifício, seus nomes serão sempre lembrados, recordando aos pósteros o violento e trágico atentado terrorista, praticado à sorrelfa pelos inimigos da Pátria". O monumento saudou os mortos na tragédia. Já a história acabou por esquecer o papel e o legado de Sebastião Tomaz de Aquino.

Uma pesquisa na rede mundial de computadores comprova. Pouco se fala do homem a quem o destino impôs a tarefa de transferir, embora de maneira casual, o lugar da detonação da bomba. Quase nada se aborda sobre a trajetória de Sebastião no Santa Cruz. Hoje, o ex-jogador vive no anonimato, travando batalhas diárias para a sobrevivência, em uma humilde casa localizada no Ipsep, bairro da Zona Sul do Recife. Recebe salários como aposentado da Polícia Civil e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde trabalhou como auxiliar de portaria apósa amputação da perna. As despesas com tratamentos e remédios abarcam a maior fatia de um montante inferior a R$ 2 mil.

A falta de zelo do Santa Cruz com os antigos ídolos não surpreende o ex-volante tricolor Zé do Carmo. "Já cheguei a ser barrado no portão de entrada do Arruda", afirma. Fato similar ocorreu com Sebastião. Sobre o dia da solenidade de posse do atual presidente executivo coral, Fernando Bezerra Coelho, o ex-atleta lembra ter encontrado inúmeras dificuldades para conseguir liberação de acesso para o carro. "Antes de ser uma lenda no clube, ele é um deficiente físico. Os funcionários deveriam carregá-lo, para dentro, nos braços", avalia Zé do Carmo.

As poucas relíquias referentes a Sebastião e ao grupo supercampeão pernambucano em 1957 estão a ermo. Taças, medalhas, placas, recortes de jornal e materiais refentes aos 95 anos de história do clube deixaram de compor as estantes da antiga Sala de Memória - onde hoje funciona a Santa Cruz Store - e estão abandonados em um espaço úmido e sem luz nasdependências do Arruda, conforme denunciado na edição do Diario do dia 8 de julho de 2009. O clube prevê a inauguração de um novo museu até o próximo mês de janeiro. Até lá, os "tesouros" podem ser facilmente dizimados pela má condição do ambiente.

Fonte: Rodolfo Bourbon (Diário de Pernambuco) - Foto: Juliana Leitão (DP/D.A Press)

MAIS

Veja imagens do Atentado ao Aeroporto Guararapes

O Tenente-Coronel Sylvio Ferreira da Silva aguardando socorro

Destruição do saguão

O corpo do Almirante Nelson Gomes Fernandes sendo retirado do local

O guarda civil Sebastião Tomaz Aquino em estado de choque e mutilado

O jornalista Regis de Carvalho não resistiu aos ferimentos

Solidariedade com os feridos

Fotos: ternuma.com.br

Gaste bem suas milhas acumuladas

Não basta se cadastrar, é preciso acompanhar o saldo e, de preferência, utilizar parceiros das companhias, para juntar pontos

Quem costuma viajar de avião provavelmente é credenciado em algum programa de pontuação ou acúmulo de milhas aéreas. Cada trecho percorrido rende milhas, que podem ser trocadas por novos trechos.

Cada trecho percorrido rende milhas, que podem ser trocadas por passagens no programa de fidelilzação

Os programas de fidelização também oferecem descontos em alguns serviços, como restaurantes, aluguel de carro e diárias de hoteis. Entretanto, nem todos estão atentos à melhor forma de aproveitar os pontos destes "clubes". Não basta se cadastrar, é preciso acompanhar o saldo e, de preferência, utilizar os parceiros das companhias, para juntar pontos também sem viajar.

"Normalmente as pessoas sabem que têm as milhas, mas não sabem calcular quanto precisam para trocar por bilhetes aéreos. Ou mesmo que os pontos do cartão de crédito podem ser transferidos para o programa de milhagem", lembra Andreas Viemer, vice-presidente da Confidence Cambio, que colocou algumas sugestões sobre programas de milhagem no guia de turismo distribuído aos clientes.

Viemer conta um caso pessoal para exemplificar: "Eu, por exemplo, nunca tinha trocado os pontos do cartão de crédito e descobri que conseguiria ir para qualquer destino da América Latina com a minha esposa se os transferisse para a companhia aérea parceira".

Outra dica importante, é sempre apresentar o cartão de cadastro na hora de fazer o check in, para receber os créditos dos trechos voados. Uma viagem internacional, por exemplo, pode render alguns trechos nacionais, e viajar pelo programa de milhas, ajuda a aumentar a pontuação que pode contribuir para as próximas férias.

"Quanto mais a pessoa usa, mais acumula também. Mas é importante ficar atento aos prazos de validade dos pontos, perdendo os créditos já acumulados", reforça Andreas Viemer. O Confidence Guide aconselha a administrar a pontuação de modo semelhante a uma conta bancária, ficando sempre atento às promoções das companhias aéreas.

As regras para utilização destes bônus variam entre as empresas. Na TAM o cliente acumula pontos; na Gol e na Varig, as "moedas" são as milhas. Mas a lógica das duas companhias é semelhante. Se acumular o número de pontos ou milhas estipulado pelas empresas, o passageiro pode emitir trechos de viagens, marcados com uma antecedência mínima exigida e de acordo com os assentos reservados para os programas de fidelização por aeronave. Viajar entre destinos na América do Sul, pela TAM, por exemplo, podem sair a partir de 2 mil pontos ida e volta, na classe econômica. Na Varig, ida e volta entre aeroportos da América do Sul "custam" 10 mil milhas acumuladas.

Já na Azul Linhas Aéreas, o programa de fidelização dá 5% do valor pago ao cliente. A cada R$ 50 acumulados, o viajante pode escolher entre ter um desconto neste valor na próxima viagem, ou juntar os créditos para pagar um trecho inteiro.

Para as agências de viagem, o uso das milhas pelos clientes pode também ser lucrativo. Desde que outros serviços sejam comprados nas empresas. "O cliente às vezes já tem as milhas, mas não reservou hotel, nem comprou os passeios, que são oferecidos pelas agências de viagem. Não podemos interceder na confirmação dos bilhetes aéreos nestes casos, mas vendemos todos os outros serviços", diz a conselheira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em Pernambuco, Fátima Bezerra.

Fonte: Juliana Cavalcanti (Diário de Pernambuco) - Foto: Júlio Jacobina (DP/D. A Press)

MAIS

Como aproveitar melhor os programas de milhas aéreas:

1. Lembre de levar o cartão de sócio para ser apresentado na hora do check in

2. Acompanhe a pontuação para não deixar expirar o prazo de validade das milhas acumuladas

3. Utilize parceiros das companhias aéreas (cartões de crédito, hotéis, restaurantes, outras empresas aéreas) e lembre de transferir os pontos acumulados. É uma forma de ganhar milhas sem precisar viajar.

4. Lembre que as taxas de embarque não estão incluídas nos programas de pontos. Há aeroportos com taxas elevadas

5. Obedeça os prazos para marcação dos bilhetes e tenha conhecimento sobre as regras de adiamento e cancelamento das viagens. Normalmente, os créditos não são reembolsados

Fonte: Confidence Guide (www.confidencecambio.com.br)

Grupo espanhol faz acrobacia aérea em Málaga

O grupo "Patrulla Aguila", da Força Aérea espanhola, faz acrobacias em exibição sobre a praia La Malagueta, em Málaga, na Espanha, neste domingo.

As estimativas de 200.000 espectadores no primeiro Festival Aéreo Internacional "Ciudad de Málaga", realizada hoje no Wilhelm Gustloff, foi "claramente ultrapassada", segundo a organização.

Quarenta aeronaves e 90 pilotos participaram dessa exposição por cinco horas, e ofereceram ao público diversas piruetas e acrobacias.

Málaga é o terceiro evento do Calendário Nacional de Festivais Aéreos, também celebrado em Vigo e Gijón, além de Cádis e Barcelona.

Fonte: soitu.es - Fotos: Carlos Moret

Tripulantes do Discovery se preparam para retornar à Terra

Contêinter especial trará à Terra lixo, equipamentos excedentes e resultados de experimentos

Uma foto do ônibus espacial Discovery acoplado à Estação Espacial Internacional tirada por um astronauta durante a terceira e última caminhada espacial da missão STS-128

Os astronautas abordo do ônibus espacial Discovery estão prestes a voltar para a Terra trazendo consigo uma 'van espacial' de fabricação italiana. O contêiner - um cilindro gigante - deve ser mandado de volta ao planeta na terça-feira carregando lixo, equipamentos sobressalentes e resultados de experimentos científicos.

Neste domingo, 6, os tripulantes do Discovery descansaram após uma semana de trabalho ininterrupto. O astronauta Danny Olivas, que participou das três expedições espaciais, disse planejar "tirar fotos da janela" em seu dia de folga. "Nossa missão foi muito bem sucedida", disse Olivas em uma entrevista à televisão. "Todos aqui estão bem, estamos prontos para acabar nosso trabalho e voltar para casa".

Olivas liderou a missão de levar um novo tanque refrigerador de amônia e novas antenas e unidades eletrônicas à Estação Espacial Internacional (ISS).

Um dos astronautas que retornará, Timothy Kopra, esteve a bordo da estação desde o meio de julho. Ele disse que sentirá falta do lugar, das pessoas, das vistas do espaço, e do Sol nascendo e se pondo 16 vezes ao dia. Mas Kopra se diz ansioso por ver sua esposa, seus dois filhos e "retomar a vida comum no planeta."

O Discovery, que realiza a missão STS-128, deve retornar ao Centro Espacial Kennedy, no estado americano na Flórida, na próxima quinta-feira.

Fonte: Associated Press via Estadão.com.br

Quarenta e quatro funcionários da Câmara admitiram ter participado do desvio de cotas de viagens dos parlamentares

Servidores podem ser exonerados

A investigação do escândalo das passagens aéreas na Câmara dos Deputados terá mais um capítulo nesta semana. Nove processos administrativos disciplinares serão abertos contra 44 servidores, que assumiram a culpa pelo desvio das cotas parlamentares nos gabinetes. Os investigados admitiram, durante o interrogatório feito pela comissão de sindicância, que eram responsáveis pelas irregularidades e livraram os deputados de quaisquer responsabilidades. Se continuarem assumindo a culpa durante o processo disciplinar, poderão ser demitidos e impedidos de trabalhar na administração pública durante 10 anos.

Os procedimentos disciplinares serão divididos em nove grupos, de acordo com a ligação dos servidores com cada gabinete e com o tipo de delito supostamente cometido. Para cada processo, serão designados três servidores do quadro de pessoal da Câmara. Eles receberão R$ 702 para realizar as investigações. Os funcionários terão 60 dias para apuraras irregularidades, mas o prazo pode ser prorrogado se houver justificativa. O ato constituindo as comissões de processos disciplinares está sendo elaborado pelo departamento jurídico da Casa e deve ser publicado no inicio da próxima semana.

Enquanto o processo administrativo contra servidores começa a tramitar, a Corregedoria da Câmara tenta acelerar as investigações contra os deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE). Os dois são os únicos investigados entre 30 parlamentares citados no relatório da sindicância. O corregedor, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), entendeu que os depoimentos dos funcionários acusados apenas citavam os parlamentares, sem dar subsídios suficientes para a abertura de um processo de investigação.

O que tem efetivamente salvado os deputados citados no relatório é o fato de os servidores terem assumido a culpa pelas irregularidades. Por conta disso, o corregedor decidiu aguardar o resultado dos processos internos antes de decidir se vai incluir outros deputadosentre os investigados. Na prática, a corregedoria vai aguardar para ver se os funcionários dos parlamentares vão manter a postura de autoacusação, ou detalhar o possível envolvimento dos deputados no esquema de comercialização das passagens aéreas. Se isso acontecer, outros nomes poderão ser incluídos na apuração.

Enquanto as investigações administrativas não são concluídas, o corregedor pretende avançar nas investigações contra Paulo Roberto e Eugênio Rabelo, já que contra os dois pesa não apenas o suposto envolvimento com a máfia das passagens, mas a acusação de que eles reteriam salários de assessores.

Mesmo sem constar no relatório de sindicância elaborado pelos servidores da Câmara, outros quatro deputados são investigados pela corregedoria com base em denúncias publicadas na imprensa pelo mau uso das passagens aéreas: Márcio Junqueira (DEM-RR), Roberto Rocha (PSDB-MA), Raymundo Veloso (PMDB-BA) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). A equipe do corregedor já realizou quatro reuniões de trabalho para analisar o teor do relatório da sindicância e traçar o plano de trabalho. Não há prazo para a conclusão das investigações. Ainda é preciso ouvir testemunhas e os parlamentares.

Memória

O escândalo das passagens teve início em abril, quando o site Congresso em Foco divulgou detalhes de investigação em andamento no Ministério Público (MP) para apurar o mau uso dos bilhetes. Quase uma centena de deputados tiveram os nomes envolvidos nas suspeitas de fraudes e comércio ilegal das cotas e no uso de bilhetes bancados com dinheiro público para viagens ao exterior com parentes e amigos.

Fonte: Izabelle Torres (Diário de Pernambuco)

Atraso em voo vira tumulto no Afonso Pena (PR)

Polícia Federal foi chamada para conter os 60 passageiros

A Polícia Federal foi acionada no sábado (5) quando um tumulto instalou-se no guichê da TAM no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, em consequência do atraso de um voo da companhia que partiria para Buenos Aires às 10h20.

Cerca de 60 passageiros disseram que receberam informações desencontradas dos funcionários da companhia: primeiramente, informando que o avião não decolou por causa do tempo e, depois, que foram chamados para o embarque, mas não ouviram.

Segundo informações da assessoria da TAM, houve atraso em todo o sistema, repercutindo no Afonso Pena. Isso teria causado o problema com o voo para a Argentina. A Polícia Federal foi chamada porque os funcionários teriam temido a reação de alguns passageiros.

Ainda segundo a TAM, os passageiros seguiram para Buenos Aires em um voo fretado que decolou às 17h20.

Fonte: Edson Fonseca (Jornale)

Uma obra emperrada

MARCO ZERO

O que era para ser o símbolo da soberania americana sobre os terroristas – que ousaram atacar a nação mais poderosa do mundo – tornou-se um embaraçoso vazio de 64,7 mil metros quadrados. Oito anos depois daquele fatídico 11 de setembro de 2001, a reconstrução do local onde ficava o World Trade Center, em Nova York, ainda engatinha – e virou até motivo de rumorosos desentendimentos entre os responsáveis pelas obras.

Visão panorâmica da área onde ficavam as Torres Gêmeas atacadas em 2001

Segundo o site do projeto, o novo World Trade Center “criará um futuro mais iluminado e vibrante para o centro de Nova York, com muito espaço comercial, um moderno e mais conveniente sistema de transporte e mais um destino cultural”. Mas atrasos e problemas financeiros colocaram o projeto em xeque.

Um mercado de crédito em colapso, prazos descumpridos e avaliações contraditórias do potencial comercial da parte sul de Manhattan conspiraram para colocar o proprietário do terreno, a Autoridade Portuária de Nova York e New Jersey, em atritos aparentemente irreconciliáveis com o maior arrendatário, a construtora Larry Silverstein. Até mesmo o governador, o porta-voz da Assembleia e o prefeito de Nova York tentaram, em vão, resolver os entraves.

Há progressos, é verdade. O esqueleto de aço que será a base do National Sept. 11 Memorial & Museum está quase pronto. Em 12 de agosto, a última coluna que permaneceu em pé no antigo World Trade Center foi recolocada no Marco Zero, após sete anos guardada em um hangar no Aeroporto Kennedy. Principal edifício do projeto, o 1 World Trade Center – anteriormente chamado de Freedom Tower – já tem 30 metros de sua estrutura básica erguida. A construção de uma segunda torre também destinada a escritórios não está atrás.

Os quatro prédios comerciais (World Trade Center 2, 3, 4 e 5), em especial, estão correndo o risco de não saírem do papel. Quando a Autoridade Portuária liberou o terreno para as construções, com atrasos, em outubro de 2008, a crise financeira estourou. E Silverstein não conseguiu mais garantir os empréstimos.

O acordo impõe um prazo máximo de cinco anos para a Silverstein finalizar as torres – caso contrário, as perderá para a Autoridade Portuária. A contagem regressiva começou em 24 de agosto, quando foi entregue o último terreno para fazer os edifícios.

É cada vez menor a probabilidade de os prédios estarem prontos em 2011, quando os americanos esperam homenagear no local as 3 mil vítimas do ataque do 11 de Setembro.

Clique aqui e leia: Oito anos depois daquele fatídico 11 de setembro de 2001, a reconstrução do local onde ficava o World Trade Center, em Nova York, ainda engatinha (em .pdf)

Fonte: Diário Catarinense - Foto: Divulgação

Barulho de aviões em Niterói (RJ) fará parte de estudo

A Câmara dos Vereadores conseguiu fazer com que a Secretaria estadual do Ambiente incluísse Niterói no estudo de impacto ambiental para definir a rota dos aviões do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. A princípio, apenas oito bairros da Zona Sul do Rio seriam beneficiados. A decisão levará à medição do barulho provocado pelas turbinas das aeronaves, que vêm tirando o sono dos moradores da cidade.

A situação se agravou ainda mais depois que a chamada Rota 2 do aeroporto foi interditada pelo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), podendo operar apenas quando houver alterações climáticas. Com isso, o tráfego aéreo em Niterói vai aumentar. O assunto foi tema, na última quinta-feira, de uma audiência entre vereadores do município e a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos.

— Conseguimos fazer com que o governo do estado incluísse Niterói no estudo de impacto ambiental. Com isso, a partir de agora, toda restrição que houver nos bairros da Zona Sul do Rio valerá para a cidade também — afirma o vereador Rodrigo Farah (PRP).

Fonte: O Globo - Imagem: Jana Castanha

Opinião: À unha

Vista de um finger no aeroporto de Brasília: comodidade que não existe em Florianópolis
Florianópolis continua sendo a única capital do Brasil cujo aeroporto é de quarto mundo. Em Floripa, os passageiros ainda pegam avião “à unha”, caminhando por um pátio de cimento, chova ou faça sol. Aquele equipamento chamado “finger”, há quase meio século em operação nos aeroportos do mundo, por aqui ainda não foi “inventado”.

Parkinson

O novo aeroporto, que ampliará as instalações de 8 mil metros quadrados para 27,4 mil, com quatro torres de embarque, 36 balcões de check-in, estacionamento para 1820 vagas e capacidade para 2,7 milhões de passageiros/ano, continua enredado em cabeluda burocracia. O primeiro edital para obras ainda não prosperou. É 'case' emblemático de “Mal de Parkinson” na administração pública.

Fonte: Sérgio da Costa Ramos (Diário Catarinense) - Foto: Marcello Casal Jr. (Agência Brasil)

Presença de aves em áreas de aeroporto é garantia de acidentes

No Recife, onde o risco é intermediário, dez ocorrências já foram registradas, somente este ano

O choque entre aves e aviões provoca muitos acidentes no Brasil. Somente este ano, a administração do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, registrou dez ocorrências do tipo. Os pilotos sabem que ameaças desse tipo podem surgir de repente. “O urubu geralmente voa baixo e está na nossa rota, sempre”, diz o piloto Wagner Monteiro.

Esta semana, por exemplo, um avião foi atingido por um urubu logo depois de decolar do Recife. Novinho em folha, vai ter que voltar para a fábrica, porque o estrago, além de atingir a fuselagem, comprometeu alguns sistemas, inclusive o de pressurização.

As aves podem parecer inofensivas, mas numa colisão com um avião em pleno movimento, o estrago é enorme. A fuselagem é danificada e amassa como se fosse frágil; há registros de aves que rasgaram até mesmo as asas de aeronaves.

“Dependendo da quantidade de pássaros e do ponto da colisão, eles podem até derrubar a aeronave e causar um acidente como já aconteceu várias vezes”, diz o coronel João Carlos Bienick.

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), só este ano, no Brasil, foram registradas 507 colisões entre aves e aviões. Essa quantidade não revela a dimensão real do perigo: os especialistas calculam que apenas 30% das colisões são notificadas.

O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, apresenta o maior número de colisões este ano: 46; o de Guarulhos, em São Paulo, vem logo depois com 43. As dez colisões registradas este ano no aeroporto do Recife se equipara, até agora, ao número de 2008. “Recife tem um índice de colisões intermediário; não é um dos aeroportos com o maior número de colisões do Brasil, mas é significativo”, aponta o coronel Bienick.

Na capital pernambucana, o perigo tem endereço conhecido: o lixão da Muribeca. Nuvens de aves mostram centenas em plena atividade, justamente na rota mais usada pelos aviões que chegam ao Recife.

O perigo está mais perto do que se imagina. A área de segurança aeroportuária prevê um raio de 20 quilômetros de distância de qualquer fator de atração de aves, mas o lixão está a apenas 6 quilômetros do terminal aéreo.

“Por conta deste risco, a superintendência aeroportuária vem trabalhando e tentando minimizá-lo, tentando transformar a área de segurança aeroportuária em espaços não atrativos para as aves, de modo que elas não permaneçam neste local, ou que a incidência seja pelo menos eventual”, assegura Fernando Aoun, coordenador de meio ambiente da Infraero.

No aeroporto de Fernando de Noronha, o risco aos pousos e decolagens provocado pelas garças levou a uma decisão inédita: 500 garças fora eliminadas, em dezembro de 2007, com uma injeção letal. Mas a espécie invasora voltou a crescer e será necessária outra estratégia.

“Os ninhos vão ser procurados, localizados e os ovos vão ser quebrados. Como elas são migratórias, vão voltar pra ilha e aí vai ter que ter, após essa etapa de exterminação e erradicação, o monitoramento”, explica Catarina Cabral, chefe do núcleo de fauna do Ibama.

A Infraero firmou um convênio com a Fundação da Universidade de Brasília para fazer o controle de urubus no Aeroporto dos Guararapes. Os técnicos vão fazer um estudo para propor ações que reduzam o número de aves na rota dos aviões. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) deu 90 dias de prazo para que os aeroportos apresentem alternativas para resolver o problema.


Fonte: pe360graus

Astronautas completam terceira e última caminhada da missão Discovery

Astronautas concluem saída espacial sem completar tarefa

Astronautas do ônibus espacial americano Discovery concluíram neste domingo a terceira e última saída prevista, durante a qual por mais de sete horas instalaram novos equipamentos na Estação Espacial Internacional (ISS), mas sem completar todas as conexões necessárias.

O americano Danny Olivas e o sueco Christer Fuglesang, da Agência Espacial Europeia (ESA), iniciaram as manobras na tarde de sábado e retornaram à nave ao fim da noite, segundo a Nasa.

Na terceira e última saída ao espaço da missão, que envolveu várias tarefas de manutenção, os astronautas completaram os principais objetivos, mas não todos.

"Durante a conexão de um dos dois grupos de cabos da aviônica do Nodo 3, não conseguiram ligar um dos conectores", explicou a Nasa. Eles envolveram o cabo e o conector em uma capa para proteção.

Nas saídas anteriores, os astronautas substiuíram um tanque por outro de amoníaco, que serve como refrigerador para os sistemas de aviônica da ISS.




Fontes: AFP / Globo News