domingo, 6 de setembro de 2009

Foto do Dia

Uma foto em baixa resolução, retirada de jornal, mas que vale a pena ser postada. O Boeing 707 da Air Zimbabwe realizando um "low pass" (rasante) no Aeroporto Charles Prince, Harare, no Zimbabwe, dia 09 de maio de 1993, durante o Air Mashonaland Flying Club Day'93.

Fonte: Righetto via aviationpics.de

Negociações para compra de caça francês estão ‘muito avançadas’, diz Lula

Em entrevista a canal de TV da França, presidente rejeita sanções ao Irã.

Presidente Nicolas Sarkozy inicia visita ao Brasil neste domingo (6).


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista veiculada neste domingo (6) pelo canal francês de televisão TV5 Monde que as negociações para a compra pelo Brasil de 36 aviões caça Rafale estão “muito avançadas”.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, estará com Lula em Brasília nesta noite para assinar acordos de cooperação militar, acertar detalhes sobre a construção de uma ponte entre o Brasil e a Guiana Francesa e acompanhar o Desfile de 7 de Setembro.

“As discussões com o presidente Sarkozy avançam muito rapidamente. Estamos no bom caminho, temos uma relação de confiança. Todo mundo sabe que uma das exigências do Brasil é ter acesso à tecnologia”, destacou Lula.

“Não podemos comprar um avião caça sem possuir a tecnologia e é justamente porque pensamos em produzir uma parte deste avião no Brasil. Temos uma importante empresa que é capaz de fazê-lo”, acrescentou o presidente, em referência à fabricante de aeronaves brasileira Embraer.

O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete em uma acirrada licitação com o Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O contrato é de US$ 4 bilhões e envolve a compra de pelo menos 36 aeronaves. A expectativa é que até o fim de outubro o governo tome uma posição sobre a compra dos caças.

Para convencer o Brasil, a França aceitou em sua oferta uma transferência tecnológica considerada sem precedentes por Paris e conta ainda que a relação especial entre os dois chefes de Estado leve o Brasil a optar pelo modelo francês. Até hoje, a fabricante Dassault não conseguiu vender para estrangeiros o caça Rafale, projeto iniciado em 1988, em operação na força aérea francesa desde 2006.

Irã

Na entrevista que foi ao ar neste domingo, Lula também defendeu que as forças ocidentais parem de condenar o Irã por causa de seu programa nuclear. Em uma campanha diplomática crescente para conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro tem adotado uma linha conciliatória quando o assunto é o Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estipulou prazo ao Irã até o final de setembro para aceitar uma oferta norte-americana em conjunto com a Rússia, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha para discutir benefícios comerciais caso Teerã deixe de lado o enriquecimento nuclear. Do contrário, o país enfrentará restrições ainda mais severas.

Lula rejeitou a ideia de novas sanções, pedindo aos líderes ocidentais que conversem com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Acho que há muitas sanções e conversas insuficientes com o Irã. Parem de condená-lo. As autoridades do terceiro nível da ONU tomam decisões que punem o país e tornam-no mais e mais isolado. Será cada vez mais difícil chegar a um acordo", disse Lula.

Opep

Ao canal francês, Lula também afirmou que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não será usado para a compra de novas ações da Petrobras. Ele também voltou a dizer que o Brasil não pretende ingressar na Opep, a organização que reúne os maiores produtores mundiais de petróleo. Parte do conteúdo da entrevista havia sido divulgada no última quarta-feira (2).

Fonte: G1 (com agências) - Imagem: Arquivo do Blog

A bomba dos Guararapes

Há 40 anos, atentado no aeroporto do Recife deixava 17 vítimas, entre elas, Sebastião, o Paraíba, "Canhão do Arruda"

A perna direita protagonizou situações marcantes e antagônicas na vida do paraibano Sebastião Tomaz de Aquino. Ainda criança, o hoje aposentado de 78 anos de idade percebeu força e habilidade na perna. Discorreu intimidade com a bola de futebol. Dos campos de várzea, traçou o sonho de se tornar jogador profissional.

Aos 78 anos, Sebastião ainda conserva uma boa memória do seu passado no Tricolor

A potência do chute o consagrou no esporte. No time do Santa Cruz, por exemplo, tornou-se o "Canhão do Arruda". Virou o sétimo maior artilheiro da história do clube pernambucano e ajudou a equipe a conquistar o primeiro supercampeonato estadual. Um dos poucos a marcar mais de cem gols com a camisa tricolor. As artimanhas do destino, no entanto, cessaram as alegrias ofertadas pela região do corpo responsável pelos maiores triunfos do ex-atleta. Sebastião foi uma das 17 vítimas do historicamente conhecido Atentado dos Guararapes. O laudo médico final causou impacto semelhante à bomba estourada no incidente do aeroporto: amputação.

"Não morri, porque não era para morrer. Tem gente que leva uma topada e morre"
Sebastião - ex-jogador

Sebastião, ou Paraíba, como era conhecido na época do Santa, sentiu as agruras do conturbado período pós-Golpe Militar de 31 de março de 1964. Três séries de três bombas alçaram Recife ao centro das guerras políticas, dois anos após o golpe. As ações terroristas praticamente se restringiram a causar danos materiais. Eis que, por volta das 8h30 do dia 25 de julho de 1966, o Aeroporto Internacional dos Guararapes virou o palco da mais violenta explosão. Sebastião - "recém-chuteiras penduradas" do futebol e guarda civil do terminal aéreo desde 1962 - visualizou uma maleta preta aparentemente esquecida no saguão de desembarque. Apanhou a valise e se dirigiu ao setor de Achados e Perdidos. Foi forçado a parar no meio do caminho. Repentinamente, o estrondo. Pânico. Correria. Instalações destruídas. Quinze feridos, dentre eles, Sebastião. Dois mortos: o jornalista e secretário do governo de Pernambuco, Édson Régis de Carvalho, e o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes.

Mais tarde, descobriu-se que o material teria comodestinatário o general Costa e Silva. A autoria da ação permanece incógnita. O escritor Raymundo Negrão Torres descreve, no livro O Fascínio dos Anos de Chumbo, o vai-e-vem de pessoas no local, momentos antes da explosão. "Além do elevado número de pessoas habitual em um grande terminal aéreo, havia muita gente que viera recepcionar o general Arthur da Costa e Silva. Poucos minutos depois das 8h, chegava a notícia de que houvera um problema no avião que conduzia o candidato e ele chegaria ao Recife por via terrestre. Muitas pessoas que o esperavam começaram a deixar o aeroporto", narra o autor.

A mudança de rota do general evitou maior número de vítimas. Para muitos, "sorte do imprevisto". O acaso, no entanto, teve contornos diferentes para o guarda civil que carregou a maleta preta munida da bomba. "Eu pedi ao meu chefe para folgar no domingo, para jogar uma 'peladinha' com os meus amigos, e ir trabalhar na segunda-feira", revelou. Foi a última partida de futebol de Sebastião. Ironicamente, a segunda-feira de serviço foi a de 25 de julho de 1966.

Pesadelo

Do exato momento do impacto da bomba, Sebastião conserva uma única lembrança. "Fui até o teto", rememora, feliz por ter sobrevivido ao incidente. "Não morri, porque não era para morrer. Tem gente que leva uma topada e morre", compara.

Casada com Sebastião há mais de 50 anos, a ex-funcionária pública Eurídice Cavalcanti de Aquino, 79 anos, não consegue se livrar das visões horrendas. "Fui ao local e me deparei com o desespero. Pessoas feridas, mutiladas. Gritos de socorro. Havia muito sangue", recorda a esposa, tentando, com movimentos bruscos e simbólicos, afastar os maus pensamentos.

A batalha do herói

Recolhido aos cuidados médicos, Sebastião demorou a dar conta do posto alcançado após a explosão. Muitos o tacharam como herói, pois acreditaram que, se a maleta tivesse permanecido no local onde foi estrategicamente abandonada, poderia ter causado ainda mais danos. Do leito do hospital, recebeu visitas ilustres. Castelo Branco, ex-presidente da República, e Pelé, Rei do Futebol, prestaram solidariedade à vítima.

Foram dias de batalha dos médicos para salvar a vida de Sebastião e meses para resguardar a perna direita. O ex-jogador escapou da morte. Mas não conseguiu evitar a amputação. "Meu marido foi atingido por uma bomba artesanal. Ela continha materiais que colaboraram para a infecção. A perna, vez por outra, ficava cheia da 'tapurus' (germes). Uma aparência horrível", relembra a esposa Eurídice.

Sebastião relutou para aceitar a recomendada amputação. Só deu o sinal positivo à junta médica depois de ouvir o conselho de Amauri, ex-companheiro de profissão no Santa Cruz. "Ele me disse: 'tens amigos e uma família que te ama, e o que mais vale é a vida'. Virei para o doutor e ordenei: 'corte'. A adaptação foi horrível. Demorei a aceitar a nova condição. Hoje, no entanto, não me arrependo", garante.

Sebastião cultiva bom humor para comprovar conformismo e desapego. "Com a perna direita, fui o canhão. E acabei perdendo ela por causa de uma bomba. Engraçado. Alguém andou colocando olho gordo demais", comenta, entre risos.

Alzheimer

Os labirintos do cérebro marcam caminhos obscuros e praticamente sem saída na vida de Sebastião. Do seu passado, o ex-jogador ainda conserva boa memória. Já as lembranças recentes fogem da mente. Se em 1966, a luta foi para evitar a amputação da perna direita, a batalha atual é contra a perda gradual de neurônios. Ele sofre com a fase inicial do Mal de Alzheimer.

Falta de memória para acontecimentos recentes, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais e interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos são alguns dos sintomas de demência. Sinais evidentes no comportamento de Sebastião. "Ele está tomando uma 'túia' de remédios. O neurologista, inclusive, indicou operação para inserir válvulas na cabeça dele", informou Eurídice. No segundo contato para a entrevista, duas semanas depois do primeiro, o personagem já não se lembrava mais do repórter.

Lembrado apenas no aeroporto

Exato um ano após o Atentado dos Guararapes, o aeroporto da capital pernambucana recebeu uma placa de bronze, onde reluz frases de homenagem às vítimas: "Glorificados pelo sacrifício, seus nomes serão sempre lembrados, recordando aos pósteros o violento e trágico atentado terrorista, praticado à sorrelfa pelos inimigos da Pátria". O monumento saudou os mortos na tragédia. Já a história acabou por esquecer o papel e o legado de Sebastião Tomaz de Aquino.

Uma pesquisa na rede mundial de computadores comprova. Pouco se fala do homem a quem o destino impôs a tarefa de transferir, embora de maneira casual, o lugar da detonação da bomba. Quase nada se aborda sobre a trajetória de Sebastião no Santa Cruz. Hoje, o ex-jogador vive no anonimato, travando batalhas diárias para a sobrevivência, em uma humilde casa localizada no Ipsep, bairro da Zona Sul do Recife. Recebe salários como aposentado da Polícia Civil e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde trabalhou como auxiliar de portaria apósa amputação da perna. As despesas com tratamentos e remédios abarcam a maior fatia de um montante inferior a R$ 2 mil.

A falta de zelo do Santa Cruz com os antigos ídolos não surpreende o ex-volante tricolor Zé do Carmo. "Já cheguei a ser barrado no portão de entrada do Arruda", afirma. Fato similar ocorreu com Sebastião. Sobre o dia da solenidade de posse do atual presidente executivo coral, Fernando Bezerra Coelho, o ex-atleta lembra ter encontrado inúmeras dificuldades para conseguir liberação de acesso para o carro. "Antes de ser uma lenda no clube, ele é um deficiente físico. Os funcionários deveriam carregá-lo, para dentro, nos braços", avalia Zé do Carmo.

As poucas relíquias referentes a Sebastião e ao grupo supercampeão pernambucano em 1957 estão a ermo. Taças, medalhas, placas, recortes de jornal e materiais refentes aos 95 anos de história do clube deixaram de compor as estantes da antiga Sala de Memória - onde hoje funciona a Santa Cruz Store - e estão abandonados em um espaço úmido e sem luz nasdependências do Arruda, conforme denunciado na edição do Diario do dia 8 de julho de 2009. O clube prevê a inauguração de um novo museu até o próximo mês de janeiro. Até lá, os "tesouros" podem ser facilmente dizimados pela má condição do ambiente.

Fonte: Rodolfo Bourbon (Diário de Pernambuco) - Foto: Juliana Leitão (DP/D.A Press)

MAIS

Veja imagens do Atentado ao Aeroporto Guararapes

O Tenente-Coronel Sylvio Ferreira da Silva aguardando socorro

Destruição do saguão

O corpo do Almirante Nelson Gomes Fernandes sendo retirado do local

O guarda civil Sebastião Tomaz Aquino em estado de choque e mutilado

O jornalista Regis de Carvalho não resistiu aos ferimentos

Solidariedade com os feridos

Fotos: ternuma.com.br

Gaste bem suas milhas acumuladas

Não basta se cadastrar, é preciso acompanhar o saldo e, de preferência, utilizar parceiros das companhias, para juntar pontos

Quem costuma viajar de avião provavelmente é credenciado em algum programa de pontuação ou acúmulo de milhas aéreas. Cada trecho percorrido rende milhas, que podem ser trocadas por novos trechos.

Cada trecho percorrido rende milhas, que podem ser trocadas por passagens no programa de fidelilzação

Os programas de fidelização também oferecem descontos em alguns serviços, como restaurantes, aluguel de carro e diárias de hoteis. Entretanto, nem todos estão atentos à melhor forma de aproveitar os pontos destes "clubes". Não basta se cadastrar, é preciso acompanhar o saldo e, de preferência, utilizar os parceiros das companhias, para juntar pontos também sem viajar.

"Normalmente as pessoas sabem que têm as milhas, mas não sabem calcular quanto precisam para trocar por bilhetes aéreos. Ou mesmo que os pontos do cartão de crédito podem ser transferidos para o programa de milhagem", lembra Andreas Viemer, vice-presidente da Confidence Cambio, que colocou algumas sugestões sobre programas de milhagem no guia de turismo distribuído aos clientes.

Viemer conta um caso pessoal para exemplificar: "Eu, por exemplo, nunca tinha trocado os pontos do cartão de crédito e descobri que conseguiria ir para qualquer destino da América Latina com a minha esposa se os transferisse para a companhia aérea parceira".

Outra dica importante, é sempre apresentar o cartão de cadastro na hora de fazer o check in, para receber os créditos dos trechos voados. Uma viagem internacional, por exemplo, pode render alguns trechos nacionais, e viajar pelo programa de milhas, ajuda a aumentar a pontuação que pode contribuir para as próximas férias.

"Quanto mais a pessoa usa, mais acumula também. Mas é importante ficar atento aos prazos de validade dos pontos, perdendo os créditos já acumulados", reforça Andreas Viemer. O Confidence Guide aconselha a administrar a pontuação de modo semelhante a uma conta bancária, ficando sempre atento às promoções das companhias aéreas.

As regras para utilização destes bônus variam entre as empresas. Na TAM o cliente acumula pontos; na Gol e na Varig, as "moedas" são as milhas. Mas a lógica das duas companhias é semelhante. Se acumular o número de pontos ou milhas estipulado pelas empresas, o passageiro pode emitir trechos de viagens, marcados com uma antecedência mínima exigida e de acordo com os assentos reservados para os programas de fidelização por aeronave. Viajar entre destinos na América do Sul, pela TAM, por exemplo, podem sair a partir de 2 mil pontos ida e volta, na classe econômica. Na Varig, ida e volta entre aeroportos da América do Sul "custam" 10 mil milhas acumuladas.

Já na Azul Linhas Aéreas, o programa de fidelização dá 5% do valor pago ao cliente. A cada R$ 50 acumulados, o viajante pode escolher entre ter um desconto neste valor na próxima viagem, ou juntar os créditos para pagar um trecho inteiro.

Para as agências de viagem, o uso das milhas pelos clientes pode também ser lucrativo. Desde que outros serviços sejam comprados nas empresas. "O cliente às vezes já tem as milhas, mas não reservou hotel, nem comprou os passeios, que são oferecidos pelas agências de viagem. Não podemos interceder na confirmação dos bilhetes aéreos nestes casos, mas vendemos todos os outros serviços", diz a conselheira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em Pernambuco, Fátima Bezerra.

Fonte: Juliana Cavalcanti (Diário de Pernambuco) - Foto: Júlio Jacobina (DP/D. A Press)

MAIS

Como aproveitar melhor os programas de milhas aéreas:

1. Lembre de levar o cartão de sócio para ser apresentado na hora do check in

2. Acompanhe a pontuação para não deixar expirar o prazo de validade das milhas acumuladas

3. Utilize parceiros das companhias aéreas (cartões de crédito, hotéis, restaurantes, outras empresas aéreas) e lembre de transferir os pontos acumulados. É uma forma de ganhar milhas sem precisar viajar.

4. Lembre que as taxas de embarque não estão incluídas nos programas de pontos. Há aeroportos com taxas elevadas

5. Obedeça os prazos para marcação dos bilhetes e tenha conhecimento sobre as regras de adiamento e cancelamento das viagens. Normalmente, os créditos não são reembolsados

Fonte: Confidence Guide (www.confidencecambio.com.br)

Grupo espanhol faz acrobacia aérea em Málaga

O grupo "Patrulla Aguila", da Força Aérea espanhola, faz acrobacias em exibição sobre a praia La Malagueta, em Málaga, na Espanha, neste domingo.

As estimativas de 200.000 espectadores no primeiro Festival Aéreo Internacional "Ciudad de Málaga", realizada hoje no Wilhelm Gustloff, foi "claramente ultrapassada", segundo a organização.

Quarenta aeronaves e 90 pilotos participaram dessa exposição por cinco horas, e ofereceram ao público diversas piruetas e acrobacias.

Málaga é o terceiro evento do Calendário Nacional de Festivais Aéreos, também celebrado em Vigo e Gijón, além de Cádis e Barcelona.

Fonte: soitu.es - Fotos: Carlos Moret

Tripulantes do Discovery se preparam para retornar à Terra

Contêinter especial trará à Terra lixo, equipamentos excedentes e resultados de experimentos

Uma foto do ônibus espacial Discovery acoplado à Estação Espacial Internacional tirada por um astronauta durante a terceira e última caminhada espacial da missão STS-128

Os astronautas abordo do ônibus espacial Discovery estão prestes a voltar para a Terra trazendo consigo uma 'van espacial' de fabricação italiana. O contêiner - um cilindro gigante - deve ser mandado de volta ao planeta na terça-feira carregando lixo, equipamentos sobressalentes e resultados de experimentos científicos.

Neste domingo, 6, os tripulantes do Discovery descansaram após uma semana de trabalho ininterrupto. O astronauta Danny Olivas, que participou das três expedições espaciais, disse planejar "tirar fotos da janela" em seu dia de folga. "Nossa missão foi muito bem sucedida", disse Olivas em uma entrevista à televisão. "Todos aqui estão bem, estamos prontos para acabar nosso trabalho e voltar para casa".

Olivas liderou a missão de levar um novo tanque refrigerador de amônia e novas antenas e unidades eletrônicas à Estação Espacial Internacional (ISS).

Um dos astronautas que retornará, Timothy Kopra, esteve a bordo da estação desde o meio de julho. Ele disse que sentirá falta do lugar, das pessoas, das vistas do espaço, e do Sol nascendo e se pondo 16 vezes ao dia. Mas Kopra se diz ansioso por ver sua esposa, seus dois filhos e "retomar a vida comum no planeta."

O Discovery, que realiza a missão STS-128, deve retornar ao Centro Espacial Kennedy, no estado americano na Flórida, na próxima quinta-feira.

Fonte: Associated Press via Estadão.com.br

Quarenta e quatro funcionários da Câmara admitiram ter participado do desvio de cotas de viagens dos parlamentares

Servidores podem ser exonerados

A investigação do escândalo das passagens aéreas na Câmara dos Deputados terá mais um capítulo nesta semana. Nove processos administrativos disciplinares serão abertos contra 44 servidores, que assumiram a culpa pelo desvio das cotas parlamentares nos gabinetes. Os investigados admitiram, durante o interrogatório feito pela comissão de sindicância, que eram responsáveis pelas irregularidades e livraram os deputados de quaisquer responsabilidades. Se continuarem assumindo a culpa durante o processo disciplinar, poderão ser demitidos e impedidos de trabalhar na administração pública durante 10 anos.

Os procedimentos disciplinares serão divididos em nove grupos, de acordo com a ligação dos servidores com cada gabinete e com o tipo de delito supostamente cometido. Para cada processo, serão designados três servidores do quadro de pessoal da Câmara. Eles receberão R$ 702 para realizar as investigações. Os funcionários terão 60 dias para apuraras irregularidades, mas o prazo pode ser prorrogado se houver justificativa. O ato constituindo as comissões de processos disciplinares está sendo elaborado pelo departamento jurídico da Casa e deve ser publicado no inicio da próxima semana.

Enquanto o processo administrativo contra servidores começa a tramitar, a Corregedoria da Câmara tenta acelerar as investigações contra os deputados Paulo Roberto (PTB-RS) e Eugênio Rabelo (PP-CE). Os dois são os únicos investigados entre 30 parlamentares citados no relatório da sindicância. O corregedor, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), entendeu que os depoimentos dos funcionários acusados apenas citavam os parlamentares, sem dar subsídios suficientes para a abertura de um processo de investigação.

O que tem efetivamente salvado os deputados citados no relatório é o fato de os servidores terem assumido a culpa pelas irregularidades. Por conta disso, o corregedor decidiu aguardar o resultado dos processos internos antes de decidir se vai incluir outros deputadosentre os investigados. Na prática, a corregedoria vai aguardar para ver se os funcionários dos parlamentares vão manter a postura de autoacusação, ou detalhar o possível envolvimento dos deputados no esquema de comercialização das passagens aéreas. Se isso acontecer, outros nomes poderão ser incluídos na apuração.

Enquanto as investigações administrativas não são concluídas, o corregedor pretende avançar nas investigações contra Paulo Roberto e Eugênio Rabelo, já que contra os dois pesa não apenas o suposto envolvimento com a máfia das passagens, mas a acusação de que eles reteriam salários de assessores.

Mesmo sem constar no relatório de sindicância elaborado pelos servidores da Câmara, outros quatro deputados são investigados pela corregedoria com base em denúncias publicadas na imprensa pelo mau uso das passagens aéreas: Márcio Junqueira (DEM-RR), Roberto Rocha (PSDB-MA), Raymundo Veloso (PMDB-BA) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). A equipe do corregedor já realizou quatro reuniões de trabalho para analisar o teor do relatório da sindicância e traçar o plano de trabalho. Não há prazo para a conclusão das investigações. Ainda é preciso ouvir testemunhas e os parlamentares.

Memória

O escândalo das passagens teve início em abril, quando o site Congresso em Foco divulgou detalhes de investigação em andamento no Ministério Público (MP) para apurar o mau uso dos bilhetes. Quase uma centena de deputados tiveram os nomes envolvidos nas suspeitas de fraudes e comércio ilegal das cotas e no uso de bilhetes bancados com dinheiro público para viagens ao exterior com parentes e amigos.

Fonte: Izabelle Torres (Diário de Pernambuco)

Atraso em voo vira tumulto no Afonso Pena (PR)

Polícia Federal foi chamada para conter os 60 passageiros

A Polícia Federal foi acionada no sábado (5) quando um tumulto instalou-se no guichê da TAM no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, em consequência do atraso de um voo da companhia que partiria para Buenos Aires às 10h20.

Cerca de 60 passageiros disseram que receberam informações desencontradas dos funcionários da companhia: primeiramente, informando que o avião não decolou por causa do tempo e, depois, que foram chamados para o embarque, mas não ouviram.

Segundo informações da assessoria da TAM, houve atraso em todo o sistema, repercutindo no Afonso Pena. Isso teria causado o problema com o voo para a Argentina. A Polícia Federal foi chamada porque os funcionários teriam temido a reação de alguns passageiros.

Ainda segundo a TAM, os passageiros seguiram para Buenos Aires em um voo fretado que decolou às 17h20.

Fonte: Edson Fonseca (Jornale)

Uma obra emperrada

MARCO ZERO

O que era para ser o símbolo da soberania americana sobre os terroristas – que ousaram atacar a nação mais poderosa do mundo – tornou-se um embaraçoso vazio de 64,7 mil metros quadrados. Oito anos depois daquele fatídico 11 de setembro de 2001, a reconstrução do local onde ficava o World Trade Center, em Nova York, ainda engatinha – e virou até motivo de rumorosos desentendimentos entre os responsáveis pelas obras.

Visão panorâmica da área onde ficavam as Torres Gêmeas atacadas em 2001

Segundo o site do projeto, o novo World Trade Center “criará um futuro mais iluminado e vibrante para o centro de Nova York, com muito espaço comercial, um moderno e mais conveniente sistema de transporte e mais um destino cultural”. Mas atrasos e problemas financeiros colocaram o projeto em xeque.

Um mercado de crédito em colapso, prazos descumpridos e avaliações contraditórias do potencial comercial da parte sul de Manhattan conspiraram para colocar o proprietário do terreno, a Autoridade Portuária de Nova York e New Jersey, em atritos aparentemente irreconciliáveis com o maior arrendatário, a construtora Larry Silverstein. Até mesmo o governador, o porta-voz da Assembleia e o prefeito de Nova York tentaram, em vão, resolver os entraves.

Há progressos, é verdade. O esqueleto de aço que será a base do National Sept. 11 Memorial & Museum está quase pronto. Em 12 de agosto, a última coluna que permaneceu em pé no antigo World Trade Center foi recolocada no Marco Zero, após sete anos guardada em um hangar no Aeroporto Kennedy. Principal edifício do projeto, o 1 World Trade Center – anteriormente chamado de Freedom Tower – já tem 30 metros de sua estrutura básica erguida. A construção de uma segunda torre também destinada a escritórios não está atrás.

Os quatro prédios comerciais (World Trade Center 2, 3, 4 e 5), em especial, estão correndo o risco de não saírem do papel. Quando a Autoridade Portuária liberou o terreno para as construções, com atrasos, em outubro de 2008, a crise financeira estourou. E Silverstein não conseguiu mais garantir os empréstimos.

O acordo impõe um prazo máximo de cinco anos para a Silverstein finalizar as torres – caso contrário, as perderá para a Autoridade Portuária. A contagem regressiva começou em 24 de agosto, quando foi entregue o último terreno para fazer os edifícios.

É cada vez menor a probabilidade de os prédios estarem prontos em 2011, quando os americanos esperam homenagear no local as 3 mil vítimas do ataque do 11 de Setembro.

Clique aqui e leia: Oito anos depois daquele fatídico 11 de setembro de 2001, a reconstrução do local onde ficava o World Trade Center, em Nova York, ainda engatinha (em .pdf)

Fonte: Diário Catarinense - Foto: Divulgação

Barulho de aviões em Niterói (RJ) fará parte de estudo

A Câmara dos Vereadores conseguiu fazer com que a Secretaria estadual do Ambiente incluísse Niterói no estudo de impacto ambiental para definir a rota dos aviões do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. A princípio, apenas oito bairros da Zona Sul do Rio seriam beneficiados. A decisão levará à medição do barulho provocado pelas turbinas das aeronaves, que vêm tirando o sono dos moradores da cidade.

A situação se agravou ainda mais depois que a chamada Rota 2 do aeroporto foi interditada pelo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), podendo operar apenas quando houver alterações climáticas. Com isso, o tráfego aéreo em Niterói vai aumentar. O assunto foi tema, na última quinta-feira, de uma audiência entre vereadores do município e a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos.

— Conseguimos fazer com que o governo do estado incluísse Niterói no estudo de impacto ambiental. Com isso, a partir de agora, toda restrição que houver nos bairros da Zona Sul do Rio valerá para a cidade também — afirma o vereador Rodrigo Farah (PRP).

Fonte: O Globo - Imagem: Jana Castanha

Opinião: À unha

Vista de um finger no aeroporto de Brasília: comodidade que não existe em Florianópolis
Florianópolis continua sendo a única capital do Brasil cujo aeroporto é de quarto mundo. Em Floripa, os passageiros ainda pegam avião “à unha”, caminhando por um pátio de cimento, chova ou faça sol. Aquele equipamento chamado “finger”, há quase meio século em operação nos aeroportos do mundo, por aqui ainda não foi “inventado”.

Parkinson

O novo aeroporto, que ampliará as instalações de 8 mil metros quadrados para 27,4 mil, com quatro torres de embarque, 36 balcões de check-in, estacionamento para 1820 vagas e capacidade para 2,7 milhões de passageiros/ano, continua enredado em cabeluda burocracia. O primeiro edital para obras ainda não prosperou. É 'case' emblemático de “Mal de Parkinson” na administração pública.

Fonte: Sérgio da Costa Ramos (Diário Catarinense) - Foto: Marcello Casal Jr. (Agência Brasil)

Presença de aves em áreas de aeroporto é garantia de acidentes

No Recife, onde o risco é intermediário, dez ocorrências já foram registradas, somente este ano

O choque entre aves e aviões provoca muitos acidentes no Brasil. Somente este ano, a administração do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, registrou dez ocorrências do tipo. Os pilotos sabem que ameaças desse tipo podem surgir de repente. “O urubu geralmente voa baixo e está na nossa rota, sempre”, diz o piloto Wagner Monteiro.

Esta semana, por exemplo, um avião foi atingido por um urubu logo depois de decolar do Recife. Novinho em folha, vai ter que voltar para a fábrica, porque o estrago, além de atingir a fuselagem, comprometeu alguns sistemas, inclusive o de pressurização.

As aves podem parecer inofensivas, mas numa colisão com um avião em pleno movimento, o estrago é enorme. A fuselagem é danificada e amassa como se fosse frágil; há registros de aves que rasgaram até mesmo as asas de aeronaves.

“Dependendo da quantidade de pássaros e do ponto da colisão, eles podem até derrubar a aeronave e causar um acidente como já aconteceu várias vezes”, diz o coronel João Carlos Bienick.

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), só este ano, no Brasil, foram registradas 507 colisões entre aves e aviões. Essa quantidade não revela a dimensão real do perigo: os especialistas calculam que apenas 30% das colisões são notificadas.

O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, apresenta o maior número de colisões este ano: 46; o de Guarulhos, em São Paulo, vem logo depois com 43. As dez colisões registradas este ano no aeroporto do Recife se equipara, até agora, ao número de 2008. “Recife tem um índice de colisões intermediário; não é um dos aeroportos com o maior número de colisões do Brasil, mas é significativo”, aponta o coronel Bienick.

Na capital pernambucana, o perigo tem endereço conhecido: o lixão da Muribeca. Nuvens de aves mostram centenas em plena atividade, justamente na rota mais usada pelos aviões que chegam ao Recife.

O perigo está mais perto do que se imagina. A área de segurança aeroportuária prevê um raio de 20 quilômetros de distância de qualquer fator de atração de aves, mas o lixão está a apenas 6 quilômetros do terminal aéreo.

“Por conta deste risco, a superintendência aeroportuária vem trabalhando e tentando minimizá-lo, tentando transformar a área de segurança aeroportuária em espaços não atrativos para as aves, de modo que elas não permaneçam neste local, ou que a incidência seja pelo menos eventual”, assegura Fernando Aoun, coordenador de meio ambiente da Infraero.

No aeroporto de Fernando de Noronha, o risco aos pousos e decolagens provocado pelas garças levou a uma decisão inédita: 500 garças fora eliminadas, em dezembro de 2007, com uma injeção letal. Mas a espécie invasora voltou a crescer e será necessária outra estratégia.

“Os ninhos vão ser procurados, localizados e os ovos vão ser quebrados. Como elas são migratórias, vão voltar pra ilha e aí vai ter que ter, após essa etapa de exterminação e erradicação, o monitoramento”, explica Catarina Cabral, chefe do núcleo de fauna do Ibama.

A Infraero firmou um convênio com a Fundação da Universidade de Brasília para fazer o controle de urubus no Aeroporto dos Guararapes. Os técnicos vão fazer um estudo para propor ações que reduzam o número de aves na rota dos aviões. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) deu 90 dias de prazo para que os aeroportos apresentem alternativas para resolver o problema.


Fonte: pe360graus

Astronautas completam terceira e última caminhada da missão Discovery

Astronautas concluem saída espacial sem completar tarefa

Astronautas do ônibus espacial americano Discovery concluíram neste domingo a terceira e última saída prevista, durante a qual por mais de sete horas instalaram novos equipamentos na Estação Espacial Internacional (ISS), mas sem completar todas as conexões necessárias.

O americano Danny Olivas e o sueco Christer Fuglesang, da Agência Espacial Europeia (ESA), iniciaram as manobras na tarde de sábado e retornaram à nave ao fim da noite, segundo a Nasa.

Na terceira e última saída ao espaço da missão, que envolveu várias tarefas de manutenção, os astronautas completaram os principais objetivos, mas não todos.

"Durante a conexão de um dos dois grupos de cabos da aviônica do Nodo 3, não conseguiram ligar um dos conectores", explicou a Nasa. Eles envolveram o cabo e o conector em uma capa para proteção.

Nas saídas anteriores, os astronautas substiuíram um tanque por outro de amoníaco, que serve como refrigerador para os sistemas de aviônica da ISS.




Fontes: AFP / Globo News

sábado, 5 de setembro de 2009

Foto do Dia

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Boeing 737-8EH, prefixo PR-GGJ, da GOL,
em voo sobre o Brasil em 05 de agosto de 2009

Foto: Bruno Pereira (Airliners)

Queda de pequeno avião em Oklahoma deixa 5 mortos

Cinco pessoas morreram hoje (5) após a queda de um pequeno avião, no nordeste do estado americano de Oklahoma, devido a um forte nevoeiro, informou a Polícia.

Fotos: James Gibbard (Tulsa World)

Laura, Steve, Dana e Christina Lester morreram na manhã deste sábado quando seu avião caiu no Chandler Park. Eles estavam a caminho da Universidade de Oklahoma para assistir a um jogo de futebol. Também morreu no acidente o Dr. Ken Veteto - Foto: Cortesia

Fotos: Reprodução da TV (NewsOn6.com)

O avião Piper PA-32R-300 (Saratoga), prefixo N1228H, viajava rumo à cidade de Dallas, no estado americano do Texas, quando caiu no parque Chandler, próximo a um campo de beisebol na cidade de Tulsa (Oklahoma).

Os investigadores disseram que o pequeno avião, com capacidade para seis passageiros, pode ter se chocado contra um cabo de uma torre de comunicações que não estava visível devido ao nevoeiro.

As vítimas são o Dr. Stephen Lester, 48; sua esposa Dana, 48; as filhas Laura, 16, e Christina, 13; e o Dr. Ken Veteto, 50. Todos eram de Tulsa. Ninguém se feriu no solo.

O pequeno avião caiu meia hora depois de decolar do Aeroporto Jones Riverside, em Tulsa.

Os registros da FAA indicam que a aeronave foi fabricada em 1976 e está registrada para o Dr. Stephen Lester.

Fontes: EFE via G1 / ASN / AP

Busca por hidroavião do explorador polar Amundsen encerrada sem êxito

A expedição naval norueguesa que partiu a 24 de agosto para o mar de Barents com o objetivo de encontrar o hidroavião em que o célebre explorador Roald Amundsen (foto) perdeu a vida regressou hoje à Noruega com a certeza de que os destroços da aeronave Latham 47 não se encontram no local onde teria caído em 1928.

“Não encontramos nada. A conclusão é que o avião não está na área. Isso é cem por cento certo”, disse à AFP Lena Kamprolf, uma jornalista norueguesa que acompanhou a expedição.

O avião que transportava Amundsen, o primeiro homem a chegar ao Pólo Sul, em 1911, e o primeiro a atravessar a Passagem do Noroeste, no continente norte-americano (1903-1906) caiu naquele mar a 18 de Junho de 1928, após ter decolado de Tromsö, no norte da Noruega.

Amundsen partiu em sua última viagem em um avião Latham 47

Quarenta marinheiros e dez civis participaram na operação a bordo dos navios KNM Tyr e KNM Harstad. Uma avaria técnica no primeiro destes navios obrigou a antecipar o fim da missão ao fim de cinco dias.

Mapa indicando Bjørnøya - Bear Island localizado no caminho entre a Noruega e Svalbard (território ártico norueguês)

O objetivo era pesquisar uma área de 120 quilômetros quadrados ao largo da ilha de Bjoernoeya, a 500 quilômetros do extremo Norte da Noruega. Um robô submarino, o Hugin 100 (foto abaixo), equipado com sonar, pesquisou o fundo do mar na zona onde o avião de Amundsen caiu.

O Hugin 100

O explorador norueguês e outras cinco pessoas, incluindo quatro pilotos franceses, participava de uma operação de busca de outro explorador, o italiano Umberto Nobile, que sobrevoara o Pólo Norte. Nobile e os seus companheiros acabariam por ser encontrados posteriormente, à deriva num bloco de gelo.

A tripulação do Latham 47

Fontes: Público (Portugal) - Fotos: Site da Expedição

MAIS

Site da expedição: http://www.searchforamundsen.com/cms/

Saiba mais: 70 anos da II Guerra Mundial


Confira o especial do Site Terra sobre o início da Segunda Guerra

Veja imagens das máquinas de guerra alemãs

Especial II Guerra Mundial - Revista Veja

70 anos do começo da Segunda Guerra Mundial (fotos - 1)

70 anos do começo da Segunda Guerra Mundial (fotos - 2)

70 anos da II Guerra Mundial: Há 30 anos, americano se dedica à caça de criminosos nazistas

Eli M. Rosenbaum caça nazistas há 30 anos e é diretor do Serviço de Investigações Especiais do Departamento da Justiça

Há 30 anos Eli Rosenbaum vem perseguindo criminosos de guerra nazistas. Os últimos deles podem estar morrendo, mas ainda assim ele não desiste de sua missão.

"Ainda há tempo para levar algumas dessas pessoas à justiça, e não devemos desistir de fazê-lo", declarou Rosenbaum, diretor do Serviço de Investigações Especiais do Departamento da Justiça. Ele começou sua carreira profissional na organização em 1979, o ano em que ela foi criada, como estagiário em um período de férias universitárias, e se tornou seu diretor em 1995.

Ainda que no passado a missão da agência fosse perseguir apenas criminosos de guerras nazistas e dos países aliados da Alemanha, uma lei aprovada em 2004 expandiu suas tarefas para abarcar modernos criminosos de guerra em lugares como Bósnia e Ruanda. O trabalho do serviço é detectar suspeitos de crimes de guerra que estejam vivendo nos Estados Unidos, processá-los nos termos das leis de imigração - para revogar as cidadanias daqueles que se tenham naturalizado norte-americanos - e deportá-los, de preferência a países nos quais possam ser julgados pelos crimes de que são suspeitos.

Rosenbaum afirma que, no momento, existem cerca de 30 pessoas nos Estados Unidos que podem ter um passado nazista e estão sob investigação, bem como 80 outros possíveis criminosos de guerra em conflitos mais recentes.

Cerca de metade dos esforços recentes de processo do serviço envolveram suspeitos nazistas, entre os quais John Demjanjuk, acusado de atrocidades quando era guarda de um campo de concentração na Polônia. Demjanjuk foi deportado para a Alemanha em maio.

"Teremos de trabalhar mais alguns anos", afirmou Rosenbaum sobre a caçada aos nazistas remanescentes. "Não creio que esse departamento venha a declarar em breve que o nosso trabalho acabou, os casos estão todos concluídos".

Mas a redução inevitável no número de suspeitos de nazismo resultou em mudanças no Serviço de Investigações Especiais. Entre outras coisas, os historiadores da casa, que no passado pesquisavam apenas a Segunda Guerra Mundial, agora se tornaram especialistas em crimes de guerra modernos.

O rabino Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal, elogiou a expansão das funções do serviço, afirmando que era essencial que criminosos de guerra fossem perseguidos o mais rápido possível.

"Creio que seja muito importante, porque todos sabemos que o mal não se esgotou com o Holocausto nazista", afirma Hier. "A maior tragédia é que o serviço não tenha sido criado em 1945, e sim apenas mais de três décadas posteriormente".

A investigação de crimes de guerra modernos requereu uma nova abordagem. Enquanto os casos da Segunda Guerra Mundial se baseiam em documentos recolhidos pelos historiadores do serviço, os casos modernos se baseiam em depoimentos de testemunhas.

E Rosenbaum os considera especialmente comoventes. "Fui apresentado a muitas pessoas que realizaram coisas heróicas na Segunda Guerra Mundial", diz. "Mas jamais havia tido a experiência de conversar com pessoas estavam fazendo coisas heróicas, arriscando suas vidas, no momento mesmo em que nos reuníamos - pessoas que estavam correndo risco simplesmente porque decidiram conversar conosco".

Rosenbaum recentemente se encontrou com Gladys Monterroso, mulher de Sergio Morales, o ombudsman dos direitos humanos na Guatemala. Monterroso foi torturada durante um breve sequestro, em março, um dia depois que seu marido divulgou um relatório sobre abusos contra os direitos humanos acontecidos durante os 35 anos de guerra civil na Guatemala, encerrados em 1996.

"É uma dessas reuniões que mudam para sempre as pessoas que têm a oportunidade de participar", disse Rosenbaum. "Era possível ver as marcas de queimaduras com cigarros em seus braços e pernas, as marcas das cordas com que seus braços e tornozelos foram amarrados. Não tivemos experiências como essas em nossos casos da Segunda Guerra Mundial".

A despeito de dezenas de investigações, o serviço só promoveu alguns processos nos últimos anos. Mas Rosenbaum considera que a importância do trabalho que realiza é demonstrar que o governo norte-americano está investigando suspeitos de crimes de guerra mesmo que esses inquéritos não resultem em condenações.

"Acredito que isso tenha um valor especial", diz, "ao demonstrar aos possíveis praticantes de crime de guerra que, se ousarem perpetrá-los, existe a chance de que sejam perseguidos pelo resto da vida, mesmo que se refugiem em lugares milhares de quilômetros distantes dos cenários de seus crimes".

Fonte: Andrea Fuller (The New York Times) via Terra - Tradução: Paulo Migliacci - Foto: The New York Times

70 anos da II Guerra Mundial: O setembro negro de 1939 - As origens da 2ª Guerra Mundial

Pôster do exército alemão promove o ideal de Hitler: "enquanto nós lutamos você também deve trabalhar pela vitória"

Na madrugada do dia 1º de setembro de 1939, um milhão e meio de soldados alemães, fortemente apoiados pela aviação e por divisões mecanizadas, adentraram pelas fronteiras da Polônia e, em pouco tempo, colocaram as forças armadas daquele pequeno país europeu fora de combate.

Deram início, com aquela invasão, à mais pavorosa das guerras até então vistas pela humanidade. Uma tragédia que se estendeu por seis anos até a capitulação final do Terceiro Reich e de seus aliados entre maio e agosto de 1945.

A Grande Catástrofe

A Segunda Guerra mundial foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história. Envolveu 72 nações e foi travada em todos os continentes direta ou indiretamente. O número de mortos é de cerca de 70 milhões, havendo ainda uns 28 milhões de mutilados.

É difícil calcular quantos outros milhões saíram do conflito vivos, mas completamente inutilizados devido aos traumatismos psíquicos a que foram submetidos - bombardeios aéreos, torturas, fome e medo permanente. Outra de suas características, talvez a mais devastadora, foi a supressão da diferença - até então existente e respeitada - entre aqueles que combateram no front de guerra e a população civil na retaguarda.

Ela não isentou ninguém, foi brutal com todos. Como disse Joseph Goebbels, no seu famoso discurso pronunciado no Sport Palace de Berlim em 18 de fevereiro de 1943, o conflito transformou-se numa "totaler krige", ou "guerra total", visto que, conforme o choque foi se prolongando, nenhum dos envolvidos selecionou seus objetivos militares excluindo os civis.

Atacar a retaguarda do inimigo, suas cidades, suas indústrias, suas estradas de ferro e de rodagem, seus hospitais e casas de repouso, suas usinas e reservatórios de água, matar suas mulheres, crianças e velhos passou a fazer parte daquilo que os estrategistas eufemisticamente classificavam como "guerra psicológica" ou "guerra de desgaste".

Naturalmente que a evolução da aviação e das armas autopropulsoras permitiu que a antiga separação entre linha de frente e retaguarda se visse na prática abolida.

Custo e mobilização

Se a Primeira Guerra Mundial causou um custo de US$ 208 bilhões, a de 1939-1945 atingiu a impressionante cifra de US$ 1,5 trilhão de dólares, quantia que, se investida no combate à miséria humana, teria sumido da face da terra. Aproximadamente 110 milhões de homens e mulheres foram mobilizados, dos quais apenas 30 % não sofreram morte ou ferimento.

Como em nenhuma outra, o engenho humano foi mobilizado integralmente para criar instrumentos cada vez mais mortíferos, sendo empregada a bomba de fósforo, o napalm e, finalmente, a bomba atômica (lançada sobre as cidades nipônicas de Hiroshima e Nagasaki). Como nunca em qualquer outro conflito generalizado, estabeleceu-se uma política de genocídio em massa construindo-se campos especiais para tal fim.

Como bem disse o historiador R.A.C. Parker: "o conceito que a humanidade tinha de si nunca voltará a ser o mesmo".

O cenário que levou à catástrofe

Quase todos os historiadores concordam que a causa diplomática mais profunda da Segunda Guerra Mundial tem sua origem nos Tratados de Paris, assinados entre as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial (EUA, Inglaterra e França) e as vencidas (Alemanha e Áustria) em Versalhes.

A Alemanha se viu despojada da Alsácia-Lorena (que havia conquistado na guerra franco-prussiana de 1870), como teve de ceder à Polônia uma faixa de território que lhe dava acesso ao Mar Báltico. A cidade alemã de Danzig passaria ao controle da Liga das Nações e o território do Sarre, rico em carvão foi cedido por um período de 15 anos à França.

Também foi vedado à Alemanha possuir um exercito superior a 100 mil homens; exigindo-se a desmilitarização da Renânia, região fronteiriça com a França, assim como o desmantelamento das fortificações situadas a 50 km do rio Reno. A outrora grande potência da Europa viu-se compelida a entregar todos os navios mercantes cujo peso ultrapassasse a 1,6 tonelada, assim como ceder gado, carvão, locomotivas, vagões cabos submarinos.

Sua dívida sonante para com os aliados foi fixada na Conferencia de Bolonha, em 21 de junho de 1920, em 269 bilhões de marcos-ouro a serem pagos em 42 parcelas anuais.

Não poderia, por igual, desenvolver pesquisas bélicas, possuir submarinos ou realizar projetos militares. Enquanto isto, o velho Império Austro-Hungaro foi desmembrado pelo tratado de Paz de St. Germain-em-Laye, tendo que entregar o Tirol do Sul para a Itália e reconhecer a independência da Hungria, Checoslováquia, Polônia e Iugoslávia, além de lhe ser vedado a união com a Alemanha. A república austríaca, proclamada em 1918, viu-se proibida de possuir um exercito superior a 30 mil homens.

Estas sanções aplicadas pelos vencedores tornaram-se fonte de amargos rancores que facilmente foram explorados pela extrema direita nacionalista, os nazistas e capacetes-de-aço, que começaram a proliferar na Alemanha em 1919.

O grande erro do Tratado de Versalhes foi ter ferido profundamente o sentimento nacional dos alemães, e, por outro lado, não lhes ter suprimido o potencial industrial. Com 65 milhões de habitantes, e tendo um enorme parque fabril à disposição, era inevitável que a Alemanha, mais cedo ou mais tarde, voltasse a querer ocupar o seu lugar no rol das potencias européias.

Os diplomatas de 1919 se esqueceram da lição do Congresso de Viena, realizado em 1815, quando os vencedores de Napoleão procuravam não humilhar a França, a nação mais povoada da Europa Ocidental naquela época, para que um espírito de vingança não criasse raízes no coração dos seus cidadãos de então.

Esta contradição entre potencial demográfico e industrial, e o não-reconhecimento diplomático de um estatuto privilegiado para a Alemanha, terminou por fazer com que a ascensão de Hitler fosse possível.

O resultado direto das perdas territoriais impostas pelo Tratado de Versalhes fez com que a Alemanha perdesse 14,6% de suas terras aráveis, 74,5% de suas reservas de ferro, 68,1% do seu zinco e 26% dos seus recursos carboníferos.

Perdas territoriais da Alemanha em 1919:

Eupen-Malmedy - entregue à Bélgica
Renânia - desmilitarizada
Bacia carbonífera do Sarre - entregue à França
Alsácia e Lorena - devolvida à França
Schleswig - entregue à Dinamarca
Danzig - controlada por Polônia e Liga das Nações
Prússia - entregue à Polônia
Memel - controlada pela Liga das Nações
Silésia Superior - explorada pela Polônia

Um cordão de ferro ao redor da Alemanha

Os aliados ocidentais, principalmente a França, ao estimularem o surgimento de novos Estados nacionais na Europa Centro-Oriental, visavam substituir a Rússia - então em plena guerra civil - como um fator de dissuasão para qualquer tentativa alemã de agressão.

A Checoslováquia e a Polônia assinaram tratados de defesa mútua com a França e com a Inglaterra. Esperava-se que estes dois países obrigassem os alemães a lutar em duas frentes - como ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial - caso tentassem repetir o erro de 1914.

Tinham em mente a imagem de um cordão de ferro passado ao redor das fronteiras alemãs. A França, por sua vez, numa falsa avaliação da guerra de trincheiras, iniciou a construção da Linha Maginot, um complexo sistema defensivo que partia da fronteira suíça até a Bélgica.

Desta forma, esperava evitar um ataque de supresa por parte de seu poderoso vizinho. No entanto, os efeitos morais e psicológicos desta atitude defensiva tiraram do exército francês qualquer alternativa ofensiva, limitando-se a ter que agir caso os alemães o fizessem primeiro.

A Inglaterra, no período entre-guerras, tornou-se cada vez mais apaziguadora, segura de sua situação estratégica e de possuir a mais poderosa frota naval do mundo, dando-lhe a proteção suficiente caso houvesse um novo conflito.

Os EUA - governados por uma série de presidentes republicanos - voltaram, nos anos 20, a adotar a política do isolacionismo, não querendo envolver-se nas querelas dos países europeus. Estas ambigüidades e contradições dos vencedores de 1918 foram habilmente exploradas por Hitler na década dos anos 30.

Causas econômicas

A crise econômica que se abateu sobre o sistema capitalista mundial, a partir de outubro de 1929, foi o fator mais poderoso para que um novo rearranjo do poder em escala mundial fosse ambicionado. A depressão econômica da década de trinta levou os paises capitalistas a tomar medidas protecionistas, visando a salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária.

A produção mundial reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%. O desemprego atingiu, com força, os principais países industrializados: 11 milhões perderam o trabalho nos EUA, 6 milhões na Alemanha, 2,5 milhões na Inglaterra, e um número um pouco superior na França. Não está longe da verdade o fato de ter provocado a aflição e o desemprego em mais de 70 milhões de pessoas, contando-se os seus dependentes.

Como a economia já estava suficientemente internacionalizada - com exceção da URSS, que se lançava nos chamados planos qüinqüenais - todos os continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego ao redor do mundo. A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% suas importações e sofreu uma queda de 17% em suas exportações.

É nesse contexto caótico que a Alemanha, no ocidente, e o Japão, no oriente, dominadas pela retórica hiper-nacionalista, tentaram explorar o debilitamento de seus rivais, todos grandes impérios coloniais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.

Causas políticas

A conjuntura externa caótica, e a situação interna de desespero, conduzem Hitler ao poder na Alemanha em janeiro de 1933. Atuando implacavelmente, em menos de um ano sufocou todos os movimentos oposicionistas (sociais-democratas, comunistas e liberais), dando inicio à Revolução Nacional-Socialista, que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência europeia.

Naturalmente que para tal era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do "espaço vital" como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendiam-se necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha.

Para evitar a má vontade das potências ocidentais, Hitler colocou-se como campeão do anticomunismo em nível mundial, assinou com o Japão, em novembro de 1936, e com a Itália, em janeiro de 1937, o Pacto Anti-Comintern, cujo objetivo era ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, invadi-la.

O Japão, que igualmente passou por convulsões internas graves, deu inicio, em 1931, a uma política externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica.

Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, começando deste modo o longo conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses americanos nas Filipinas, e levar à guerra contra os EUA.

A Polônia destruída

Às 4h40 da madrugada do dia 1º de setembro, uma colossal força de guerra alemã, partindo de três pontos da fronteira polonesa, rumou rapidamente para a região central do país.

Ela obedecia ao comunicado expresso por Hitler um dia antes que afirmava: "por ordem do Führer e do Supremo Comando da Wehrmacht, as forças armadas alemãs assumiram a defesa ativa do Reich. Dando cumprimento à sua missão de resistir à ameaça polonesa, tropas do exército alemão lançaram, hoje cedo, um contra-ataque. Simultaneamente, esquadrões da força aérea voam em direção à Polônia com a ordem de esmagar objetivos militares."

O governo polonês, do presidente Ienacy Móscicki, havia disposto suas forças militares bem próximas à fronteira ocidental com a Alemanha, numa inútil tentativa de deter a máquina militar que se movia célere contra as defesas do seu país.

Divididos em dois grandes grupos - o do norte, com 630 mil soldados, e o do Sul, com 882 mil, ambos sob comando do general Walther Von Brauchitsch - e apoiados por 2,4 tanques distribuídos entre 14 divisões mecanizadas, e com o céu coberto pelos bombardeios convencionais e de pique que decolavam em massa dos aeroportos alemães, os exércitos invasores não tiveram muita dificuldade em cercar e aniquilar os poloneses dentro do espírito do que os altos-comandos germânicos chamavam de "vernichtungsgedanke", ou operação de aniquilação.

Quatro dias depois do ataque inicial, a guerra estava praticamente decidia. Os alemães registram 45 mil baixas (entre mortos, feridos e desaparecidos), menos de 3% das tropas usadas na Operação Fall Weiss.

No dia 27 de setembro, a capital Varsóvia negociou sua capitulação com o comando vencedor. As esperanças que os poloneses guardavam de receber algum tipo de apoio da Grã-Bretanha ou da França se esvaíram totalmente. Para cumulo da infelicidade deles, obediente à clausula secreta do Pacto Germano-Soviético de agosto de 1939, a URSS, vinda do Leste, também atacou a Polônia apenas 17 dias depois dela ter sido invadida pela Alemanha nazista.

Em menos de trinta dias, a república da Polônia deixara de existir, vítima da maior batalha de cerco e aniquilação até então conhecida na história moderna.

Por tudo isto, o mês de setembro de 1939 revelou-se uma data negra na história da humanidade, um momento infeliz que deu a largada para o destroçar de grande parte do patrimônio cultural e civilizatória das nações envolvidas pela guerra.

Fonte: Voltarie Schilling (especial para o Site Terra, é historiador e escreve regularmente para o Terra na seção História do site de Educação) - Imagem: Reprodução

70 anos da II Guerra Mundial: Ataque-relâmpago foi trunfo da máquina de guerra nazista

Soldados britânicos inspecionam três blindados alemães controlados à distância e carregados com grandes explosivos, na França, em junho de 1944

Derrotada na Primeira Guerra Mundial (1914-18), o mundo viu a Alemanha renascer sob o domínio nazista e se transformar em uma verdadeira máquina de guerra, temida pelos Aliados. O exército de Hitler, apesar de contar com pouca matéria-prima para cobrir os custos de um conflito de alcance global, inovou as estratégias de combate armado e introduziu o conceito da chamada blitzkrieg (ou guerra relâmpago) durante a Segunda Guerra (1939-45). Os países acreditavam que trincheiras eram o suficiente para garantir soberania nacional. Foram derrotados pelos nazistas.

"O grande diferencial da Alemanha Nazista foi a opção por uma guerra mecanizada, através da criação da divisão de blindados Panzer. Na Primeira Guerra, os tanques eram usados pela infantaria, apenas para dar apoio. Os alemães passaram, então, a usar uma estratégia baseada na guerra rápida", diz o historiador Voltaire Schilling. "Primeiro, a aviação bombardeava os alvos, depois os blindados cercavam o adversário e, com o avanço de carros de combate que carregavam soldados, os inimigos acabavam se rendendo."

A nova tática de combate traçada pelos estrategistas militares alemães fazia com que as pesadas fortificações na fronteira dos países fossem destruídas com maior facilidade e rapidez. O maior exemplo deste tipo de ofensiva foi durante a invasão da França, em junho de 1940. As super trincheiras com a Alemanha, chamadas de Linha Maginot, eram tidas como imbatíveis pelos franceses.

"A própria propaganda do governo afirmava, na época, que as fortificações tinham a capacidade de resistir a um ataque de um exército moderno. Por isso, os franceses não investiram na modernização do exército, pois ficaram seduzidos pela idéia de que a Maginot dava a segurança necessária ao país. Isso terminou como um desastre para a França", afirma Schilling.

A expansão por recursos

Além dos blindados Panzer, outro importante fator que contribuiu para a expansão alemã no início da primeira guerra foi a bem treinada força aérea, a Luftwaffe. Após ter sido desmantelada com a derrota na Primeira Guerra Mundial, a aviação alemã começou a ser rescontruída em 1935, para quatro anos depois ser ferramenta fundamental para a criação do conceito blitzkrieg.

A falta de matérias-primas no território alemão para sustentar os custos de produção de um conflito do porte de uma Guerra Mundial foi o que motivou a campanha expansionista dos nazistas. O plano era conquistar territórios com rapidez para gastar o mínimo de recursos materiais e humanos, dessa maneira, as matérias-primas das regiões conquistas seriam reinvestidas na máquina de guerra para alimentar a expansão militar.

Assim, cresceu o interesse em territórios do Cáucaso, ricos em petróleo. "A Alemanha gerava combustível através da compressão de carvão, um método extremamente caro para obter gasolina e óleo. É pela falta de matérias-primas que o país tinha uma indústria química tão desenvolvida", defende Schilling.

Nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha se viu diante de um conflito de enorme dimensão geográfica. A derrota para os russos em Stalingrado, em 1943, e o constante bombardeio dos Aliados ao território alemão fizeram com que os nazistas sentissem mais o peso da falta recursos para sustentar a guerra. As baixas aumentaram significativamente até que em 7 de maio de 1945, com os tanques soviéticos ocupando Berlim e após o suicídio de Hitler, a Alemanha se rendeu.

Fonte: Marcos Chavarria (Terra) - Getty Images

70 anos da II Guerra Mundial: Polonesa forçada a trabalhar para nazistas relembra invasão

O encouraçado alemão Schleswig-Holstein abre fogo contra posições de defesa posicionadas na península de Westerplatte

Há 70 anos, às 4h45 do dia 1º de setembro de 1939, o encouraçado alemão Schleswig-Holstein, ancorado havia dias na costa da cidade polonesa de Gdansk, no Mar do Norte, abriu fogo contra uma fortificação de defesa posicionada na península de Westerplatte. O ataque foi seguido pelo avanço do exército nazista, que cruzou as fronteiras oeste e sul, enquanto a força aérea alemã, a Luftwaffe, já controlava os céus da Polônia, bombardeando as principais cidades. Eram os primeiros ataques da Segunda Guerra Mundial.

Naquela noite, a polonesa Helena Malinowska, hoje com 82 anos, estava em casa, em Gdynia, cidade vizinha a Gdansk (Danzig, em alemão). À época, com 12 anos, não sabia bem o que estava acontecendo, mas lembra do medo que tomou conta de toda sua família. Do seu esconderijo de dentro do sofá, ouviu as primeiras explosões. Nas semanas seguintes, com o domínio das tropas de Hitler, a situação se deteriorou. Seguiram-se meses de fome e sofrimento. Privada da adolescência, Helena teve de trabalhar para os nazistas. A única preocupação era manter-se viva.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail com exclusividade ao Terra, Helena conta alguns detalhes da madrugada em que a Polônia foi invadida, e como o domínio nazista durante a Segunda Guerra transformou a rotina dela - e da maioria dos poloneses - em um horror.

Quando jovem, a senhora sentiu algo sobre o clima de guerra em toda a Europa? Seus pais disseram alguma coisa a esse respeito?

Tínhamos só o conhecimento básico de que algo estava errado e de que nossa vida mudaria de alguma forma. Éramos pequenas demais para saber detalhes. É claro que sabíamos algo sobre a Primeira Guerra Mundial, porque meu pai havia combatido no front.

Como era sua rotina antes da invasão?

Os tempos eram felizes antes da guerra, era possível comprar doces e pães nas lojas. Lembro que me divertia brincando com meus amigos na rua. A Polônia tinha conseguido se libertar depois de 123 anos de ocupação - foi em 1918. Assim, até a Segunda Guerra, era um bom lugar, tranquilo. Um lugar feliz.

Como foi a invasão para a senhora? Onde a senhora estava?

Estávamos em casa, porque meus pais haviam ouvido boatos de uma invasão, mas ninguém acreditava que fosse mesmo acontecer. A Primeira Guerra Mundial ainda estava, digamos, muito fresca na memória, e havia sido uma péssima experiência. Por isso meus pais não esperavam que algo parecido voltasse a acontecer em suas vidas. Mas estávamos mentalmente preparados.

Qual foi a sua primeira reação?

Medo. O que mais posso dizer? Um estrondo enorme, explosões. Westerplatte (palco das primeiras batalhas) não ficava assim tão perto de Gdynia, mas ainda assim era quase visível. Como crianças pequenas, tínhamos nosso esconderijo dentro do sofá. As coisas eram assim. Passamos dois dias em casa, sem sair.

A senhora ouviu tiros, explosões? Lembra de alguma coisa a respeito?

O tempo todo. Precisávamos tomar muito cuidado de dia, mas é claro que recebíamos algumas informações informais, de boca a boca, de que explosões aconteceriam em certos lugares, etc. Alguns dos boatos eram verdadeiros. Estávamos assustados, mas éramos cuidadosos, e tínhamos o toque de recolher, o que quer dizer que, à noite (o horário exato era explicado nos regulamentos), o povo polonês era instruído a se manter em casa até o amanhecer. Se não, você poderia ser morto a tiros sem aviso. Além disso, à noite, as janelas precisavam ser cobertas com uma cartolina preta especial e as pessoas eram forçadas a ficar em casa. Podia haver buscas em uma casa a qualquer momento. Tivemos três buscas inesperadas pelos nazistas.

A senhora viu algum combate? Viu os soldados nazistas entrando em sua cidade?

Sim, vi. Eu observava os soldados a cada dia, porque fui forçada a trabalhar para eles na cozinha do exército. Quando a guerra começou, o horário de escola se reduziu muito. Como eu era boa aluna, logo me tornei fluente em alemão e eles me tiraram da escola para trabalhar pesado. E os combates... Sim, (vi) muitas vezes. É difícil falar a respeito. Alguns de meus amigos foram mortos. Não quero tocar muito nesse assunto. Lamento.

Como as coisas mudaram depois de 1° de setembro de 1939? Quais eram as principais dificuldades?

Tudo mudou, não é fácil explicar em poucas palavras. Pode-se escrever um livro todo para explicar o que perdemos. Não tivemos infância depois daquilo. Como eu expliquei, os alemães queriam que as crianças polonesas fossem úteis. Assim, aquelas que podiam trabalhar, trabalhavam. Outras enfrentaram mais dificuldades. Eles nos batiam na escola se errássemos as respostas, se não acertássemos a resposta em alemão. Tínhamos tanto medo que aprendíamos rápido. Não tínhamos vida, não podíamos visitar amigos. Todo mundo estava concentrado em sobreviver, e, por causa do toque de recolher, as pessoas não saíam à noite. Os bares e lojas eram reservados aos alemães. Havia também alguns informantes, traidores, mas eles não tinham vida do lado polonês, ninguém falava com eles. Ocasionalmente eles sofriam represálias - uma morte por uma morte. A vida toda era uma dificuldade. Éramos pobres, estávamos deprimidos. Não tínhamos quase direito algum em nossa própria terra. Por três vezes escapamos quando outras pessoas foram levadas a campos de concentração. Por alguma coincidência inexplicável ou pela ação da providência.

A senhora continuou indo à escola, brincando, praticando esportes?

Escola, um pouco. Mas como eu disse não havia escola para nós, poloneses. E era proibido falar nossa língua nas ruas e lugares públicos.

A vida cotidiana foi se tornando mais difícil durante a guerra?

Sim, a cada dia. Depois de 1944, melhorou um pouco. Pois algumas "notícias" do Ocidente diziam que as coisas seriam mais difíceis para Hitler.

Havia comida suficiente?

Não, nós sonhávamos com comida, mas felizmente minha mãe tinha família fora da cidade e, por isso, no começo, acho que duas vezes, recebemos alguma carne da fazenda. Era proibido, poderíamos ter morrido por isso. Uma vez houve uma revista quando tínhamos carne em casa, e Deus sabe o que aconteceria. O chefe alemão viu e disse à minha mãe, que estava morta de medo : "com esse estoque você pode sobreviver à guerra". Mas quando seu colega ouviu alguma coisa e pediu explicações, o chefe, que tinha patente mais alta, disse: "não vi nada aqui, não precisamos continuar". Bons alemães. Não encontrei muitos deles, mas para dizer a verdade, nem todos eles concordavam com Hitler.

A senhora perdeu familiares no primeiro mês da guerra?

Sim.

Fonte: Moreno Osório (Terra) - Foto: Getty Images