domingo, 19 de julho de 2009

Relação custo-benefício lança sombra sobre futuro das missões tripuladas

Retorno à Lua não deve acontecer antes de 2020; Marte é incógnita.

Para diretor do Inpe, manter astronautas é 'dinheiro jogado fora'.


A humanidade não visita a Lua desde 1972 (é bom lembrar que as naves Apollo estiveram seis vezes lá), e o motivo não poderia ser mais prosaico: orçamento. Enquanto, em seu auge, a Nasa chegava a mordiscar 4% do Produto Interno Bruto (PIB) americano, os cortes orçamentários passaram a atingir em cheio a agência espacial - e levar uma tripulação com segurança à Lua, sem falar em Marte e outros locais do Sistema Solar, custa muito mais dinheiro do que está facilmente disponível hoje. Existe alguma chance de essa situação mudar? E, acima de tudo, vale a pena mandar seres humanos à Lua de novo?

Concepção artística de futura missão americana à Lua

Em parte, a motivação para enviar gente aos confins do espaço ainda lembra a da Guerra Fria: geopolítica pura. "O caso da China [que anunciou planos de ampliar sua capacidade de colocar astronautas em órbita da Terra e até na Lua] é bem claro: trata-se de um meio de projeção nacional. Os taikonautas [nome dado aos astronautas chineses] são heróis por lá. E não há separação, na prática, entre o programa espacial e as Forças Armadas", diz o engenheiro eletrônico Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Outra potência emergente com população na casa dos bilhões de pessoas, a Índia, também está ensaiando uma busca pela capacidade autônoma de mandar homens (e mulheres) ao espaço. "China e Índia têm motivações diferentes, mas ambas ligadas à geopolítica. Enquanto a China quer provar que não é só um potencial mercado consumidor de alta tecnologia, mas um mercado produtor de alta tecnologia, a Índia vive uma 'guerra fria particular' com o Paquistão -- e foguetes poderosos são elementos imprescindíveis tanto para um programa militar nuclear quanto para um programa espacial tripulado", afirma Salvador Nogueira, jornalista de ciência especializado na cobertura da corrida espacial e autor do livro "Rumo ao infinito - passado e futuro da aventura humana na conquista do espaço".

Embora não se passa exagerar a semelhança da situação atual com a da Guerra Fria - "a China não quer exportar sua revolução, como a União Soviética fazia", lembra Câmara -, Estados Unidos e Rússia acabam fazendo esforços, mesmo assim, para manter a hegemonia que conquistaram nos anos 1960. E, em especial nos EUA, existe também uma motivação econômica, afirma o diretor do Inpe. "É preciso lembrar que um fator muito importante nos Estados Unidos é a existência de um complexo industrial que nasceu para tocar esse tipo de programa aeroespacial. Há um esforço para preservar essa indústria, que tem um lobby muito forte no Congresso americano", diz Câmara.

Obama e o espaço

A chegada de Barack Obama à presidência americana ainda é, por enquanto, uma incógnita nesse sentido. "O Obama lembrou muito o Lula antes de virar presidente. O da campanha era um, o do governo era outro. Durante a campanha, para ficar mais afinado com a ideologia democrata, Obama falava de adiar a ida à Lua por cinco anos (passando de 2020 para 2025), e surgiram algumas especulações sobre a possibilidade de ele estender a vida útil dos ônibus espaciais além de 2010", lembra Nogueira. "Repare que, no discurso que fez para a Academia Nacional de Ciências dos EUA, Obama elogia o projeto Apollo como um marco, mas diz que os engenheiros e cientistas americanos agora têm de centrar seus esforços na busca por novas fontes de energia", ressalta Câmara.

Charles Bolden, o astronauta que hoje comanda a Nasa

Após a eleição, porém, ao menos no papel, o novo presidente americano voltou para a meta de retorno à Lua em 2020 e escolheu um ex-astronauta, Charles Frank Bolden Jr., para liderar a Nasa, o que pode ser um gesto significativo de apreço pelo programa tripulado. Câmara, no entanto, diz ser cético a esse respeito. "Acho que é só da boca para fora, sinceramente. O tempo de aposentadoria dos ônibus espaciais, o chamado 'phase-out', vai ser estendido de dez para 20 anos, e pronto", avalia.

O diretor do Inpe vê problemas estruturais sérios na maneira como a Nasa funciona, e no próprio conceito atual de programas tripulados. "Sinceramente, para mim, hoje, programa tripulado equivale a jogar dinheiro fora", diz Câmara. "O programa Apollo foi, sem dúvida, um marco fantástico. Uma história de superação, uma inspiração. Mas não tem o menor sentido repetir tudo isso só por repetir."

Para Câmara, o ponto-chave é que os programas tripulados não são mais motores de inovação tecnológica como as naves Apollo indiscutivelmente foram nos anos 1960. "O que a ISS [Estação Espacial Internacional] trouxe de avanço tecnológico? Quais foram as grandes revoluções que ela trouxe nas áreas de fármacos ou de software graças à microgravidade? Nada. Zero", afirma. Como problema adicional, diz ele, a falta de continuidade na cultura de trabalho da Nasa impede que as lições do passado sejam melhor aproveitadas. "Para você ter uma ideia, os planos do foguete Saturn V [o que carregava as naves Apollo para o espaço] simplesmente foram perdidos", critica.

Marte? Quando?

Mesmo com uma visão muito mais otimista em relação ao futuro da astronáutica, Nogueira reconhece que há sérios obstáculos para a mais ambiciosa de todas as missões: a viagem de humanos para Marte.

"Para as maiores potências espaciais, EUA, Rússia e Europa, Marte é um alvo claro para uma missão tripulada. O que não é claro para nenhuma dessas potências é quando isso vai acontecer. Se tem uma coisa que a história ensina é que, se não há um plano definido e concreto, não vale a pena esperar. Basta lembrar que a Nasa, no auge do Programa Apollo, queria fazer uma viagem a Marte até o fim dos anos 1970", conta. "Claro que o dinheiro não veio."

"George W. Bush foi mais modesto e realista em seu novo plano: 'Vamos primeiro para a Lua, até 2020, e depois a gente vê o que faz'. É nesse passo que estamos. Ninguém vai sequer cogitar estabelecer uma data ou arquitetura para a viagem a Marte antes de retornarmos à Lua, que deve acontecer, na pior das hipóteses, no início dos anos 2020. Daí depreendemos que uma data otimista para a primeira viagem tripulada a Marte seria meados dos anos 2030. Mas que vai acontecer, vai. Só não espere de pé", afirma Nogueira. O sonho de transcendência cósmica da humanidade, por enquanto, ainda depende dos problemas econômicos e políticos do chão para se concretizar.

Fonte: Reinaldo José Lopes (G1) - Imagens: NASA

A história oficial dos ÓVNIS no Brasil - Parte 4

Hoje na reserva, o brigadeiro de 67 anos foi considerado por muitos anos o guardião da chave do cofre de segredos ufológicos brasileiros. Foi ele quem ordenou o recolhimento de todo material sigiloso produzido sobre o tema espalhado em bases aéreas e aeroportos do Brasil. A papelada foi levada para o Comando de Defesa Aeroespacial (Comdabra), em Brasília, onde ele exercia a função de comandante- geral, no início da década. Mas somente no ano passado os documentos começaram a chegar ao arquivo nacional.

Revirar os porões das Forças Armadas e revelar os segredos ufológicos é uma tendência verificada em outros países (leia quadro). "Com essa abertura, a Aeronáutica reconhece a necessidade de tratar o fenômeno UFO de maneira séria, deixando de lado o tom pejorativo e irreverente que quase sempre aparece quando se levanta a plausível hipótese de estarmos recebendo a visita de seres extraterrestres", diz Ademar José Gevaerd, 47 anos, coordenador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que elaborou uma campanha em prol da liberdade de informações sobre UFOs.

Hoje, a pessoa que quiser relatar a aparição de um óvni dificilmente encontrará eco na FAB. "A Aeronáutica não dispõe de estrutura especializada para realizar investigações científicas", informou a FAB à IstoÉ. Porém, durante o funcionamento do Sioani, no IV Comar, toda testemunha era submetida a exames nos quais se avaliavam a presença de psicopatologia, o desvio de personalidade ou a tendência à mitomania. O Sioani procurava saber, ainda, a condição psicofísica da pessoa no momento da observação (em jejum, alimentado, com teor alcoólico, cansado, trabalhando ou distraído), se ela vivia tensões familiares ou políticas e qual religião seguia. O local da aparição do oani (objeto aéreo não identificado, como o óvni era chamado à época) também era esmiuçado: tipo de vegetação, umidade e temperatura aparecem citados nos relatórios.

"Admitir a 'possibilidade' de existência do oani é atitude científica... penetrar no âmago do fenômeno, investigando- o sob os aspectos psiquiátricos, psicológicos, sociológicos, astronômicos, meteorológicos, jurídicos, etc, constitui uma necessidade. Eis a posição em que se coloca o Ministério da Aeronáutica", diz um dos dois boletins produzidos pelo Sioani, que encerrou suas atividades supostamente porque pesquisar discos voadores não interessava mais aos militares, em meio à repressão no País.

Para os ufólogos, seria fundamental a liberação das filmagens feitas na selva amazônica para um estudo mais apurado dos fenômenos. No momento, nenhuma das 16 horas de filmagens feitas em super-16 mm estão disponíveis para consulta. Poucas pessoas fora do ambiente militar tiveram acesso a esse material. Pedagoga aposentada, em Belém, Nahima Lopes de Oliveira Gonçalves assistiu às gravações. Ela é filha do brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, que era comandante do I Comar, em 1977. "Papai chegava com os rolos de filmes e ia direto para a biblioteca", conta ela, hoje, com 60 anos. "Um dia, ele deixou a gente assisti-los. Dava para ver luzes se deslocando em todos os sentidos", completa, dizendo que seu pai, morto há seis anos, sempre acreditou em óvnis.

Astrônomo do Laboratório Nacional de Astrofísica, de Itajubá (MG), Carlos Alberto Torres afirma não fazer o menor sentido a iluminação em discos voadores. "Avião tem luzes para sinalizar para os outros", diz. Para o professor de astrofísica João Steiner, da Universidade de São Paulo (USP), as histórias de avistamentos de óvnis não passam de ocorrências naturais para as quais a ciência ainda não tem explicação. O brigadeiro Pereira endossa o ceticismo: "Os fenômenos ocorrem, são investigados, tiram-se fotos e 98% dos casos a ciência explica. Agora, para os 2%, eu pergunto: cadê o ET, o pedaço da nave capturada?"

Parentes e amigos do capitão Uyrangê, que esteve à frente da Operação Prato, contam que ele teve até um contato imediato de terceiro grau na margem do rio Guajará-Mirim, no Pará, em dezembro de 1977. Ele e mais um oficial, também já morto, teriam avistado uma nave de 100 m de comprimento, no formato de uma bola de futebol americano, pousar em pé na outra margem do rio. A cerca de 70 m do local, os militares teriam visto uma porta se abrir no alto do objeto e um ET descer e flutuar sobre as águas. Após ouvir o relato dessa experiência, o comandante Protásio teria ordenado o fim da Operação Prato. Nem o contato imediato e nem o epílogo da missão constam do acervo liberado pelo Arquivo Nacional. Se vierem a público, Roswell deverá ficar a anos-luz das nossas histórias de UFOs.

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Fonte: Rodrigo Cardoso (Revista IstoÉ) - Fotos: Joédson Alves (IstoÉ) / Divulgação - Ilustração: Fernando Brum sobre foto de Frederic Jean

A história oficial dos ÓVNIS no Brasil - Parte 3

Relatos de civis

Desenhos de militares na Operação Prato retratam objetos vistos por testemunhas.

CAUDA COLORIDA

Corpo luminoso de 1,50 metro de cor amarelo-avermelhada, deslocando-se a baixa altura (5 a 10 m), de forma circular. O óvni tinha cauda multicolorida, não fazia ruído e emitiu um foco de luz azulado, segundo um morador do município de Vigia, no Pará, que o teria avistado em 16 de outubro de 1977.

O RUÍDO DO ÓVNI

O objeto de cerca de 1,40 m teria aparecido em Santo Antônio do Tauá, no Pará, em setembro de 1977, às 22h. A pessoa que o teria avistado o descreve como tendo a forma de um prato invertido com um vértice acentuado vermelho na parte inferior. Diz ainda que ele acelerou até atingir uma grande velocidade e produzia um ruído sibilante.

UFO PERFORMÁTICO

Com movimento ondulante, paradas e voltas rápidas em torno de um eixo, este óvni de forma ligeiramente cônica teria feito evoluções sobre a parte nordeste de Colares, no Pará, em 1977. A testemunha, que relatou ter observado o fenômeno às 18h30, teve a nítida impressão de o objeto ser de cor metálica.

MÉTODO - Além de relatórios (acima), o Sioani submetia a testemunha de um óvni a exames psicológicos

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Fonte: Rodrigo Cardoso (Revista IstoÉ)

A história oficial dos ÓVNIS no Brasil - Parte 2

Acabou, porém, registrando e presenciando o que até então acreditava ser ficção científica. "Meu irmão viu várias naves", contou à IstoÉ Uyranê Soares de Hollanda Lima, referindo- se ao chefe da Operação Prato, que morreu em 1997. Comissário de bordo aposentado, Uyranê lembra bem de uma ligação feita por Uyrangê, no auge das investigações. "Ele me disse: 'Hoje, um disco voador ficou a 50 metros da minha cabeça. Era do tamanho do (avião) DC-10 que você voa. Filmei e fotografei tudo.'" Para os ufólogos, o termo disco voador faz referência a objetos de vários formatos e cores que não são aviões, executam diversos tipos de manobras e aparecem em locais variados.

REVELAÇÃO - Foram liberados três lotes sobre UFOs dos anos 50, 60 e 70. Em agosto, será a vez do material da década de 80

Há diversas ocorrências documentadas. A de número 16 da pasta Registro de Observações de Óvni, por exemplo, detalha um avistamento feito pelos militares, que escrevem sobre um "corpo luminoso, emitindo lampejos azulados de intensidade" de cor "amarela (âmbar ou quartzo-iodo)" que percorria uma "trajetória de curva à direita, descendente e ascendente" a uma velocidade estimada de 800 km/h. Ele foi presenciado em Colares, às 19h do dia 1º de nov embro de 1977, pela equipe do I Coma r : "Além da luminosidade, o óvni apresentava um pequeno semicírculo avermelhado na parte superior. Sentido de deslocamento sudoeste/ nordeste. Ausência de ruído ou deslocamento de ar." Entre as informações liberadas sobre a Operação Prato, não há registro de contatos com ETs, tampouco explicação para o fenômeno do chupa-chupa.

RETRATO - 200 páginas e 100 fotos da Operação Prato tornaramse públicas: missão na selva amazônica

Os arquivos, agora públicos, trazem depoimentos de civis, trocas de correspondências entre militares sobre óvnis, recortes de jornais da época e várias conversas entre pilotos e controladores de voos sobre estranhos fenômenos no espaço aéreo nacional: "Sierra Bravo Juliete, solicitaremos que... se possível, nos fornecesse toda a performance desse objeto luminoso e faremos uma gravação de vídeo, positivo?", comunica a torre de controle de Brasília, como mostra um relatório, a uma aeronave, em 6 de dezembro de 1978. "Afirmativo, inclusive (a luminosidade) está agora a nossa direita, nos acompanhando, ela aumenta e diminui a intensidade... está... não é camada, não é nada... a gente vê que ela aumenta e diminui a intensidade", responde o piloto. Diante de fenômenos desconhecidos no céu, a FAB orienta os pilotos a preencher um formulário. Hoje, o sistema é informatizado, mas, até meados dos anos 70, o papel ficava em bases aéreas e aeroportos. Estima-se que só 10% dos pilotos façam isso.

No momento, apenas os relatórios de UFOs classificados como reservados e confidenciais da Aeronáutica tornaram- se públicos. Espera-se que o Exército e a Marinha façam o mesmo. São aguardadas, também, as páginas com os carimbos de secreto e ultrassecreto. Por lei, as que cumpriram 30 anos de ressalva deveriam ser públicas, mas na prática não é o que ocorre. "Não se quebra uma cultura de uma vez. E eu não sou a favor de divulgar documentos que ferem a privacidade das pessoas, induzem pânico à população ou colocam a segurança do País em risco", defende o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante de operações da FAB e ex-presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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Fonte: Rodrigo Cardoso (Revista IstoÉ) - Ilustração: Fernando Brum sobre foto de Frederic Jean

A história oficial dos ÓVNIS no Brasil - Parte 1

Documentos da Aeronáutica revelam a missão especial que filmou e fotografou aparições de óvnis no País e mostram como funcionava o departamento criado pelos militares para investigar os relatos sobre discos voadores.

ARQUIVO - Foto e registro feitos pela equipe da Operação Prato no Pará, em 17 de dezembro de 1977, à 0h30: "Óvni mudava de cor"

Duas dezenas de oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) estiveram envolvidos em uma missão sigilosa no meio da selva amazônica, no Pará, 30 anos atrás. Denominada Operação Prato, ela é a mais impressionante investigação de óvnis (objetos voadores não identificados) realizada pela Aeronáutica que se conhece. É uma espécie de caso Roswell brasileiro, com missões secretas, histórias e fenômenos sem explicação. Enquanto em Roswell, marco da ufologia mundial, os militares americanos primeiro admitiram a existência dos óvnis e depois negaram, os relatórios da FAB não deixam dúvidas: os oficiais do I Comando Aéreo Regional (Comar), em Belém, designados para a operação, que ocorreu nos quatro últimos meses de 1977, afirmam ter presenciado - mais de uma vez - UFOs cruzando o céu da Amazônia.

Detalhes da Operação Prato estão em relatórios sigilosos que acabam de ser liberados pelo governo federal para consulta no Arquivo Nacional, em Brasília. Desde o ano passado, estão vindo a público documentos, alguns guardados há mais de 50 anos. Todos os arquivos secretos de UFO estão sob responsabilidade da Casa Civil desde 2005. Há 1.300 folhas de um total estimado em 25 quilos de material, com descrições, croquis e fotos de óvnis referentes a três lotes de informações da FAB. Os dois primeiros contêm relatos dos anos 50 e 60. O último, aberto em maio e do qual faz parte a Operação Prato, cobre a década seguinte. No próximo mês, será a vez do acervo dos anos 80. IstoÉ recriou em desenhos histórias contidas nos documentos.

Os arquivos também mostram que a Aeronáutica teve um departamento específico de estudos sobre UFOs entre 1969 e 1972. O Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) funcionava nas instalações do IV Comar, em São Paulo. Composto por pesquisadores civis e autoridades militares, o Sioani saía à procura de casos pelo País. O material liberado revela com detalhes a doutrina desse departamento - além de cerca de 70 casos apurados, todos retratados com desenhos feitos pelos militares.

Entre o material disponível, a Operação Prato é considerada a mais intrigante. Das cerca de duas mil páginas de relatórios, 500 fotografias e 16 horas de filmagem documentadas pelos militares do I Comar, de Belém, apenas 200 páginas e 100 fotos tornaram-se públicas. Há relatos de 130 avistamentos por militares e civis. A missão, liderada pelo capitão da Aeronáutica Uyrangê Hollanda, tinha como objetivo investigar as ocorrências provocadas por um fenômeno batizado de chupachupa, que começou a ser relatado em 1976 por moradores da região oeste do Maranhão e se espalhou por Colares, a 80 quilômetros da capital paraense, como uma epidemia.

No total, 400 pessoas teriam sido atingidas por luzes que, segundo os depoimentos, lhes sugavam o sangue. Em um dos documentos oficiais, a médica Wellaide Cecim, que tinha 24 anos na época e atendeu a maioria dos pacientes, diz que os feridos apresentavam "paresia (amortecimento parcial do corpo), cefaleia, tonturas, tremor generalizado e queimaduras de primeiro grau, bem como marcas de pequenas perfurações". Para desmistificar o fenômeno, o capitão Uyrangê, junto com sua equipe, foi designado para colher depoimentos durante o dia e ficar em vigília à noite munido de máquinas fotográficas Nikon, com teleobjetivas de 300 mm a 1000 mm, filmadoras e gravadores.

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Fonte: Rodrigo Cardoso (Revista IstoÉ) - Fotos: Joédson Alves (IstoÉ) / Divulgação - Ilustração: Fernando Brum sobre foto de Frederic Jean

Veja dicas para usufruir melhor dos programas de milhas aéreas

Apesar de trazerem vantagens para os clientes, os programas de milhas, pontos ou créditos das companhias aéreas nem sempre são bem compreendidos pelos clientes, segundo Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Pro Teste, entidade de defesa dos consumidores.

A própria assessoria de imprensa da TAM, consultada pela reportagem, não soube afirmar se, nos voos internacionais, o acúmulo de pontos depende do chamado "perfil da tarifa", ou seja, se o fato de o cliente viajar pela categoria mais cara ou mais barata da classe econômica influi nos créditos acumulados.

Depois de um leitor do UOL questionar uma informação publicada, que havia sido passada pela assessoria, o profissional que atendeu a reportagem em nome da área de comunicação da TAM disse que só poderia dirimir a dúvida na segunda-feira, com a coordenadora da sua equipe. A informação foi excluída do texto.

Leia abaixo algumas perguntas que os clientes nem sempre se lembram de fazer e que acabam gerando reclamações na Pro Teste.

Quanto é necessário viajar para obter uma passagem grátis?

Gol: Para ir a Nova York a partir de São Paulo, por exemplo, o participante acumula 9.516 milhas (ida e volta). Com 50 mil milhas, ele faz o mesmo trajeto gratuitamente, na classe econômica. Para ir à França a partir de São Paulo, o participante acumulará 11.678 milhas (ida e volta). Serão necessárias 70 mil milhas para fazer a mesma viagem de graça, também na classe econômica.

Azul: Em cada viagem, o cliente acumula um crédito equivalente a 5% do valor pago, o que significa que ele obtém uma passagem grátis depois de fazer o mesmo trajeto 20 vezes.

Webjet: A companhia ainda não tem programa de fidelidade; a previsão é lançá-lo no primeiro semestre do ano que vem.

Há limite de assentos destinados a passageiros que viajam por milhas/pontos/créditos acumulados?

TAM: Diz que não tem restrições de datas nem de assentos para os voos domésticos e dentro da América do Sul. Para outros destinos internacionais, há limite.

GOL: A companhia não informa.

Azul: Não há restrições.

Qual a validade dos pontos/milhas/créditos?

TAM: Dois anos.

GOL: Três anos.

Azul: Um ano.

A companhia avisa os clientes quando os pontos estão para vencer?

TAM: A empresa afirma que sim, por e-mail.

GOL: Não. O cliente precisa acessar o site.

Azul: A companhia diz que avisará por e-mail. Como as operações se iniciaram em dezembro do ano passado, por enquanto nenhum cliente tem créditos caducando.

As regras podem mudar no meio do jogo?

TAM: Sim. Qualquer alteração no regulamento do programa de fidelidade vale inclusive para os clientes que já estão cadastrados no programa. Eles são notificados por e-mail.

GOL: Idem.

Azul: Idem.

A empresa oferece o regulamento quando o cliente preenche o formulário impresso no aeroporto?

TAM: Não. É preciso acessar o site.

GOL: A empresa não oferece formulário impresso. O regulamento está no site.

Azul: Não tem ficha impressa. As regras estão no site.

Compartilha milha com outras empresas?

TAM: Sim, com United Airlines, TAP, Lufthansa, Lan, Air Canada e Swiss. O cliente da TAM pode usar seus pontos em passagens dessas empresas, e vice-versa.

GOL: Sim, com Air France KLM e American Airlines (esta, a partir de 1º de agosto). Milhas acumuladas pela Gol podem ser usadas em passagens dessas companhias, e vice-versa.

Azul: Não.

Fonte: Sílvio Crespo (UOL Economia)

Juntar milhas aéreas dá vantagens, mas cliente deve ter cuidados

Os programas de fidelidade ou de vantagens das companhias aéreas - de milhas, pontos ou créditos - trazem benefícios para quem viaja muito de avião, mas o consumidor precisa ter o cuidado de se informar direito para não se decepcionar (veja abaixo as principais reclamações).

Depois de fazer várias viagens pela mesma empresa, o cliente às vezes se surpreende ao não ganhar a passagem grátis que esperava, segundo a entidade de defesa do consumidor Pro Teste. Um dos motivos é que as companhias aéreas limitam o número de assentos por voo que podem ser distribuídos a participantes do programa.

"O consumidor acaba não conseguindo usufruir das milhas ou pontos que acumulou, principalmente em época de férias", afirma a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci.

Outra surpresa desagradável bastante comum é a do cliente que pensa ter muitas milhas e depois descobre que elas já perderam a validade, segundo Dolci. Ela defende que as companhias avisem os clientes sempre que as milhas estejam perto de caducar, o que nem sempre ocorre.

Há, ainda, o caso inverso, o de passageiros que detêm um grande crédito acumulado e não sabem. "As grandes empresas aéreas compartilham milhas com companhias estrangeiras, e os consumidores muitas vezes não sabem", alerta Dolci.

Quem viaja pela United AirLines, por exemplo, acumula pontos que podem ser usados em passagens da TAM. Já os que voam pela Air France KLM ganham milhas para usufruir na GOL.

Principais queixas:

Do que os clientes reclamam, segundo a Pro Teste:

- não poder usar os pontos ou milhas por haver limite do número de assentos destinados a usuários do programa de fidelidade

- mudança das regras no meio do jogo, sem a possibilidade de escolher se adere ou não às alterações

- falta de clareza do regulamento

Fonte: Sílvio Crespo (UOL Economia)

Saiba mais sobre a Lua

- A Lua tem cerca de 4,6 bilhões de anos, aproximadamente a mesma idade da Terra.

- A Lua é muito menor do que a Terra. Para se ter uma idéia, o raio da Terra (a distância que vai do centro até a superfície) tem 1.738 quilômetros, enquanto a Terra tem raio de 6.378 quilômetros.

- A força da gravidade na Lua é seis vezes menor do que a gravidade na Terra.

- As temperaturas na superfície da Lua variam muito. Durante o dia, pode alcançar um calor de 121ºC. Durante a noite, o frio pode chegar a -157ºC.

- Para chegar até a Lua, os astronautas viajaram, em média, cerca de 380 mil quilômetros.

- A cada 28 dias (mais precisamente, 27 dias e 1/3 ), a Lua dá uma volta completa na Terra.

A Lua vista da Apolo 11

Fonte e foto: NASA

Nasa restaura filmagens de chegada do homem à Lua

Registro original foi perdido pela agência espacial.

Imagens foram divulgadas nesta quinta-feira (16).




A Nasa, a agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira (16) vídeos restaurados da missão Apollo 11. A companhia que recuperou os registros, em um projeto que gastou US$ 230 mil, é a mesma que digitalizou o clássico “Casablanca”.

Por incrível que pareça, a agência espacial americana simplesmente perdeu suas fitas originais. Após três anos procurando o material, funcionários concluíram que elas foram provavelmente apagadas.

A estratégia, então, foi trabalhar com base em registros das transmissões de TV e refinar sua qualidade. Até o momento, 40% das filmagens foram restauradas.

Os vídeos originais ficavam armazenados em imensas pilhas de bobinas de fita. Cada uma continha 15 minutos de filmagem. Nas décadas de 1970 e 1980, faltaram tapes e a Nasa apagou e reutilizou cerca de 200 mil bobinas. O destino da documentação original da missão Apollo 11 deve ter sido selado justamente neste afã de fazer economia.

A empresa de restauração, a Lowry Digital, da Califórnia, também tratou Star Wars e filmes da série 007.

Fonte: G1 (com informações da Associated Press)

Saiba o que aconteceu com os astronautas que foram à Lua

Armstrong, Aldrin e Collins ainda vivem 40 anos após jornada histórica.

Biografias oficiais dos aventureiros estão disponíveis em inglês.


Embora a Nasa tivesse um total de 17 voos em seu programa Apollo, somente seis realmente pousaram na Lua. Junto com Neil A. Armstrong, que deu o primeiro passo na superfície, outros onze homens deixaram a segurança relativa de seus módulos lunares para recolher amostras de rochas e poeira e completar os objetivos de cada missão.

Da esquerda para a direita, os astronautas da Apollo 11, Michael Collins, Neil Armstrong e Buzz Aldrin junto com o presidente George W. Bush em 2004

Em cada viagem, um dos três astronautas permanecia no módulo de comando e orbitava ao redor da Lua, até que os outros voltassem. Após o fim do programa Apollo, os astronautas buscaram diferentes atividades. Abaixo, uma atualização sobre os astronautas que viajaram à Lua na Apollo 11, em julho de 1969.

NEIL A. ARMSTRONG

Comandante. Nascido em 5 de agosto de 1930, em Wapakoneta, Ohio.

Armstrong deixou a Nasa em 1971 para se tornar professor de engenharia aeronáutica na Universidade de Cincinnati. Depois, serviu à diretoria de várias empresas privadas. Também trabalhou na Comissão Nacional do Espaço, de 1985 e 1986, e na Comissão Presidencial do Acidente da Challenger, em 1986.

Em 2005, a biografia autorizada de Armstrong, "First Man: The Life of Neil A. Armstrong", escrita por James R. Hansen, foi publicada pela Simon & Schuster. Ele hoje mora em Cincinnati.

EDWIN E. ALDRIN JR.

Piloto de módulo lunar. Nascido em 20 de janeiro de 1930, em Montclair, Nova Jersey.


Aldrin, conhecido como Buzz, deixou a Nasa em julho de 1971 e Força Aérea em 1972. Ele fundou a Starcraft Boosters, empresa de projetos de foguetes, e a Fundação ShareSpace, uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover a educação e a exploração espacial e voos espaciais acessíveis. Aldrin publicou uma autobiografia em 1973, "Return to Earth" (Random House), e outro livro de memórias neste ano, "Magnificent Desolation: The Long Journey Home from the Moon" (Harmony), no qual descreve sua batalha contra o alcoolismo e seu comprometimento contínuo com a exploração espacial. Hoje, ele mora em Los Angeles.

MICHAEL COLLINS

Piloto do módulo de comando. Nascido em 31 de outubro de 1930, em Roma.

Collins deixou a Nasa em 1970 e se tornou diretor do Museu Nacional do Ar e do Espaço, do Instituto Smithsonian, em Washington. Depois, abriu sua própria empresa de consultoria.

Ele é autor de "Carrying the Fire: An Astronaut’s Journeys" (Farrar, Straus & Giroux) e "Liftoff: The Story of America’s Adventure in Space" (Grove Press), bem como do livro infantil "Flying to the Moon and Other Strange Places" (Farrar, Straus & Giroux).

Collins é aposentado e mora no sul da Flórida.

Fonte: Sarah Arnquist (New York Times) via G1 - Foto: Nasa

Ocean Air indeniza advogados que perderam audiência por cancelamento de voo

O desembargador Cleber Ghelfesntein, da 14ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), manteve decisão que condenou a Ocean Air a indenizar, por danos morais, dois advogados que perderam uma audiência em 2007 devido ao cancelamento de um voo.

Os advogados Bruno Simões de Carvalho e Daniel Bruzzi Desidério, que receberão R$ 4.150 e ainda R$ 13,55 por danos materiais, adquiriram passagens para representar um cliente em Campos dos Goytacazes.

A aeronave viria de São José dos Campos e partiria do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, mas com o cancelamento, eles perderam o compromisso profissional.

"Trata-se de relação de consumo e como tal deve ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor, no qual é abordada a falha do serviço, tendo em vista que os autores como clientes da Ocean Air Linhas Aéreas Ltda passaram por uma série de transtornos e aborrecimentos", afirmou o desembargador relator do recurso no TJ.

Para o magistrado, está pacificado que incidentes com atraso de voos acarretam mais do que o simples aborrecimento, abalando a tranquilidade e a segurança emocional do viajante, notadamente quando não tem a certeza se conseguirão embarcar para seu destino e cumprir compromissos profissionais agendados.

A companhia aérea alegou, em sua defesa, que o cancelamento do voo foi decorrente de manutenção e problemas técnicos na aeronave, mas que não poupou esforços para atenuar eventuais transtornos, tendo oferecido, inclusive, apoio aos passageiros, custeando táxi e abrindo vagas para outra data.

No entanto, o desembargador entendeu que a empresa não cumpriu a sua obrigação de transportar os autores até o seu destino, além de ter-lhes causado vários transtornos.

Fonte: Última Instância

sábado, 18 de julho de 2009

EUA condenam ex-funcionário da Boeing por espionar para a China

Um engenheiro aposentado que trabalhou para a Boeing foi condenado nesta quinta-feira (16) por passar para o governo chinês segredos sobre aeronaves e lançamentos espaciais americanos, no primeiro julgamento de espionagem econômica nos Estados Unidos desde que a lei sobre o tema foi aprovada, em 2006. Chinês naturalizado americano, Dongfan "Greg" Chung, 73, pode ser sentenciado a até 90 anos de prisão.

Chung (foto), que mora no condado de Orange, na Califórnia trabalhava desde 1973 na Rockwell International, unidade de defesa e espaço que em 1996 foi adquirida pela Boeing e foi condenado após três semanas de julgamento por conspirar para cometer espionagem econômica, além de seis acusações de espionagem econômica em benefício de um país estrangeiro, um por atuar como agente da República Popular da China e uma por ter dado falsas declarações ao FBI.

Ele trabalhou na Rockwell e na Boeing em um programa especial e secreto espacial. Aposentou-se em 2002, mas no ano seguinte voltou à Boeing como funcionário terceirizado.

"O Sr. Chung foi um agente da República Popular da China por mais de 30 anos", escreveu o juiz Cormac Carney em um veredicto de 31páginas. "A confiança que a Boeing depositou no Sr. Chung de salvaguardar suas informações secretas de propriedade e de comércio obviamente significavam muito pouco para o Sr. Chung [...] ele deixou isso de lado para servir à República Popular da China, que ele proclamou com orgulho ser sua ' pátria mãe'. O tribunal deve, agora, fazer o Sr. Chung responsável pelos seus crimes."

Chong foi preso em 11 de setembro de 2006, depois que agentes federais fizeram buscas em sua casa e encontraram mais de 300 mil páginas de documentos relacionadas com lançamento espacial, o foguete Delta IV, os caças F-15, o bombardeiro B-52, o helicóptero CH-46/47 Chinook e outras tecnologias aeroespaciais e militares americanas. Eles também descobriram cartas, listas e diários detalhando a comunicação de Chung com funcionários do governo chinês.

O réu, que estava solto depois de ter pagado uma fiança de US$ 250 mil (R$ 485,3 mil) durante o julgamento, foi preso após o veredicto e espera a determinação da sentença, que deve ser definida em 9 de novembro. Para cada acusação de espionagem econômica, a lei americana fixa um máximo de 15 anos de prisão mais multa de US$ 500 mil (R$ 970,6 mil), enquanto que, por atuar como agente estrangeiro, a pena pode chegar a 10 anos.

Fonte: Folha Online - Foto: Christina House (Associated Press)

TAM realiza emissão pública de R$ 600 milhões em debêntures

A TAM informou nesta sexta-feira (17) que a sua subsidiária integral, TAM Linhas Aéreas, realizará a 1ª emissão pública de 600 debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie com garantia real, com valor nominal unitário de R$ 1 milhão, perfazendo o montante total de R$ 600 milhões, em 24 de julho de 2009 e com vencimento em 24 de julho de 2013.

De acordo com o comunicado da empresa, os recursos obtidos com a emissão serão destinados para reforço do capital de giro da TAM Linhas Aéreas. As debêntures são garantidas por cessão fiduciária de recebíveis e por garantia adicional fidejussória, prestada pela companhia, em favor dos titulares das debêntures. A TAM explica ainda que o valor nominal das debêntures será amortizado em 13 parcelas trimestrais e consecutivas, sempre no 24º dia dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano, sendo a primeira parcela devida em 24 de julho de 2010. Além disso, as debêntures farão jus ao pagamento de juros remuneratórios estabelecidos com base na variação acumulada de 126,50% da Taxa DI, calculados de forma exponencial e cumulativa, pro rata temporis por dias úteis. Os juros remuneratórios serão pagos mensalmente, no 24º dia, a partir de 24 de agosto de 2009.

A Planner DTVM Ltda. é o agente fiduciário da emissão. Também foram contratados o BB-Banco de Investimento como coordenador líder desta emissão, bem como o Banco Bradesco como banco mandatário da emissão.

Fonte: Agência IN

Astronauta do ônibus Endeavour faz caminhada espacial

Operação visa a manutenção da Estação Espacial Internacional (ISS).

É a primeira de cinco caminhadas para instalação de laboratório japonês.


Imagem capturada de vídeo da agência espacial Nasa mostra o astronauta Tim Kopra, do ônibus espacial Endeavour, durante operação na Estação Espacial Internacional (ISS). É a primeira de cinco caminhadas previstas para a instalação do laboratório japonês Kobi.

Fonte: G1 - Foto: AFP/Nasa

Estação Espacial e Endeavour desviam de lixo espacial

Filmagens do tanque principal, feitas de dentro do Endeavour logo depois que os dois se separaram, permitiram a visualização das parte de onde os pedaços de espuma se soltaram

Algumas horas depois de desembarcarem na Estação Espacial Internacional (ISS), os sete astronautas da Endeavour e seus seis colegas da ISS foram alertados sobre a aproximação de detritos, conhecidos como lixo espacial, de origem não identificada e que não estavam mapeados.

Carregando a Estação

Para desviar do lixo espacial, o comandante do Endeavour Mark Polansky acionou os dois pequenos motores traseiros do ônibus espacial, que "carregou" a Estação Espacial para uma posição mais segura.

Os motores do Endeavour funcionaram durante 15 minutos, aumentando a velocidade do complexo ISS/Endeavour em cerca de 0,8 metro por segundo e tirando todos da área de passagem dos detritos.

Treze é um bom número

O ônibus espacial Endeavour acoplou-se à ISS ontem às 14h47, no horário de Brasília. O encontro das duas tripulações ocorreu às 16h43, depois da abertura da janela que permite a passagem entre os dois veículos.

"Treze é um grande número, mas nós estamos entusiasmados em estar aqui," disse o comandante Polansky durante a tradicional cerimônia de boas-vindas.

Detritos não causaram danos sérios

Antes da acoplagem, todas as câmeras da ISS se voltaram para o Endeavour, enquanto o ônibus espacial fazia uma cambalhota completa nas proximidades da Estação.

As filmagens e fotografias de alta resolução permitirão que os engenheiros da NASA façam uma nova avaliação dos efeitos do impacto de pedaços de espuma que se soltaram do tanque principal e atingiram o ônibus espacial durante a decolagem - veja Endeavour é atingido por detritos durante o lançamento.

Filmagens do tanque principal, feitas de dentro do Endeavour logo depois que os dois se separaram, permitiram a visualização das parte de onde os pedaços de espuma se soltaram.

As primeiras análises, feitas com as câmeras de varredura no braço robótico do Endeavour mostraram que o choque dos pedaços de espuma não causaram danos sérios ao ônibus espacial.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Foto: NASA

Queda de helicóptero deixa 2 mortos e 2 feridos no Iraque

MD-530/AH-6 Little Bird

A queda de um helicóptero contratado por uma empresa que trabalha para o Departamento de Estado americano matou duas pessoas e deixou outras duas feridas perto de Bagdá, informaram hoje fontes diplomáticas.

O acidente aconteceu ontem. Um porta-voz da embaixada afirmou à imprensa que a aeronave tinha sido contratada por uma companhia de segurança dos Estados Unidos que trabalha para o Departamento de Estado.

O aparelho caiu no campo militar Butler, ao leste de Bagdá, por razões desconhecidas.

O porta-voz da embaixada dos EUA não deu mais detalhes sobre o ocorrido. O funcionário limitou-se a dizer que uma investigação foi aberta para esclarecer a queda. A nacionalidade das vítimas não foi divulgada.

Fonte: EFE via G1

Chegada simultânea de voos no aeroporto Marechal Rondon (MT) provoca caos e tumulto

O aeroporto Marechal Rondon (foto), em Várzea Grande, Mato Grosso, se tornou um caos na tarde deste sábado, após a chegada simultânea de pelo menos seis voos e desembarque de dezenas de passageiros. Alguns deles estavam atrasados e o tumulto no local, provocou irritabilidade para os passageiros como até mesmo aos funcionários da Infraero e Companhias.

A passageira Núbia Dias Pereira, que veio de Goiânia em um avião da Gol, classificou a situação como falta de organização. “É uma vergonha termos que passar por isso. É exemplo de desorganização”, declarou ao site Olhar Direto enquanto aguardava as malas no saguão de desembarque.

Há informações ainda de que algumas foram extraviadas. O empresário André Von Thurony, que é um dos membros da Comissão Pro – Copa de Cuiabá e que vinha em um desses voos, lamentou a falta de infraestrutura. “O primeiro passo é ampliar a infraestrutura do Marechal Rondon urgente, porque a situação é vergonhosa”, disse.

Revoltados com a situação, clientes de várias companhias informaram que vão encaminhar denuncias para a ouvidoria da Infraero, alegando que se sentem “ultrajadas”, “indignadas” e “ofendidas moralmente” com a situação.

O fato era tão estressante que um funcionário da própria Infraero fez questão de registrar o tumulto, registrando as imagens do saguão de desembarque do celular.

Questionado pelo Olhar, ele disse que a situação já tinha se tornado insustentável. “Os problemas são diários para todos nós que vivemos a rotina do aeroporto”, enfatizou.

Já outro funcionário da Infraero, que também registrava as imagens, frisou que as cenas representavam a vergonha que eles vivem. “Não preciso declarar nada diante disso”, pontuou.

Voos

Entre os desembarques de passageiros, alguns eram de três voos realizados pela Companhia Trip, sendo do Rio de Janeiro (RJ), Ji-Paraná (RO) e Curitiba (PR). Dois são da TAM, vindos de Brasília (DF) e São Paulo (SP). O último é da companhia Cruiser, que saiu de Aripuanã (MT).

O site Olhar Direto tentou falar com a diretoria da Infraero para explicar a situação. Porém, por telefone, um funcionário informou à equipe de reportagem que não havia ninguém no local para prestar informações.

Fonte: Marcos Coutinho e Kelly Martins (Olhar Direto) - Foto: neliopox (Panoramio)

Três aeronaves desapareceram em um dia na Venezuela

As autoridades da Venezuela informaram neste sábado que ativaram a busca de três aeronaves desaparecidas desde sexta-feira nos estados de Amazonas, sul do país, e Táchira, oeste.

O comandante da base José Antonio Páez do estado de Amazonas, Kiumel Aponte, disse que um pequeno avião Cessna 206, prefixo 2807, realizava um voo de Puerto Ayacucho a La Esmeralda. Três militares estavam a bordo. Um alerta foi declarado uma hora depois de passado o tempo previsto para a aterrissagem.

Por sua vez, o chefe da Proteção Civil de Táchira, Alfredo Jazcko, disse que há duas aeronaves desaparecidas nessa região. Os aviões de pequeno porte partiram da Colômbia. Um deles fazia a rota Bogotá - Valência e o outro Arauca-Cúcuta. "Ontem recebemos a informação por parte do aeroporto de Cúcuta sobre o desaparecimento de uma aeronave de Arauca a Cúcuta. Ela entrou em território venezuelano pelos convênios existentes mas não tivemos mais notícias dela. Todos os organismos foram notificados", informou o canal Globovisión.

A outra aeronave, foi relatada pela última vez em território venezuelano, mas não chegou a Valencia. Ela pode ter aterrissado em alguma pista rural, de acordo com as informações recebidas.

Fonte: ANSA Latina

81 mil concorrem a 365 vagas na Anac neste domingo

Cargos são de nível médio e superior e salário chega a R$ 9,5 mil.

Provas serão aplicadas nos 26 estados e DF.


Aeroporto de Congonhas, em SP

As provas para 365 vagas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) serão aplicadas neste domingo (19). Estão concorrendo 81 mil candidatos, de acordo com o Cespe/UnB, organizadora do concurso. As vagas são de nível médio e superior para estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal - clique aqui para ver.

As provas serão aplicadas nos 26 estados brasileiros e no DF.

Para nível superior, as provas objetivas e a prova discursiva está prevista para o período da manhã. Para nível médio, no turno da tarde.

São 265 vagas de nível superior e 100 de nível médio - confira abaixo lista de cargos, requisitos e salários. O salário chega a R$ 9.552,00 - clique aqui para ver o edital original.

O andamento deve ser acompanhado no site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB).

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/TV Globo

Anac estuda criar selo certificador para assentos de aviões

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer implementar um selo que indique as dimensões das poltronas dos aviões comerciais. Concebida a partir de uma pesquisa sobre o espaço interno dos aviões, a ideia é criar, com base nos dados disponibilizados pelas próprias empresas, um quadro semelhante ao usado para indicar o nível de consumo energético de eletrodomésticos, informando as distâncias entre as fileiras.

"Estamos pensando em colocar algo que possa ser facilmente identificável pelo usuário na hora dele comprar sua passagem. O selo é uma coisa simples para que as pessoas pesquisem seu significado", explicou o superintendente de Segurança Operacional da Anac, Carlos Eduardo Pelegrino.

Segundo ele, o selo será uma referência a mais para que os usuários possam avaliar a qualidade dos serviços. "A informação é importante porque, com base nela, na hora em que você vai comprar sua passagem você pode decidir com qual companhia viajar . O que é confortável para mim, que tenho 1,87 m, pode ser diferente para quem tem 2 m", afirmou, explicando que o selo não servirá como referência para outros aspectos que influenciam na percepção do conforto, como os serviços de bordo.

Pelegrino disse que os técnicos da Anac ainda estão finalizando a proposta, que não tem data para entrar em vigor e, antes, deve ser discutida com os representantes das companhias aéreas.

"Estamos fazendo força para lançá-lo ainda este ano. Não é nada para perder de vista, embora eu prefira não fechar uma data porque ainda estamos trabalhando nisso e precisamos envolver as empresas aéreas e outros institutos que queremos que conheçam nossa idéia para validá-la."

Ele explica que as empresas são livres para definir o tamanho de suas poltronas, desde que a configuração final atenda às regras internacionais de segurança, certificada por meio de um teste que checa o tempo que os passageiros e a tripulação levam para deixar a aeronave em caso de emergência.

"Todo mundo tem que abandonar a aeronave em 90 segundos. Sem a distância adequada entre as poltronas, as pessoas vão ter dificuldades para sair de seus assentos", disse Pelegrino, assegurando que, hoje, todas as empresas aéreas brasileiras atendem a esse requisito de segurança.

Sobre a pesquisa, realizada no ano passado, o superintendente afirmou que o resultado final demonstrou que a distância entre as poltronas é suficiente para acomodar confortavelmente a maioria dos passageiros brasileiros, mas a distância lateral é "desconfortável". "Muitas vezes, se dois ou três homens sentam numa mesma fileira, eles têm que se sentar meio de lado, mudando constantemente de posição."

Fonte: Agência Brasil via Terra

Queda de caça norte-americano no leste do Afeganistão mata 2 pilotos

Exército descarta que avião tenha sido derrubado por 'fogo inimigo'.

Identidade dos mortos não foi divulgada.

Dois pilotos norte-americanos morreram neste sábado (18) na queda de um caça F-15E (McDonnell Douglas/Boeing F-15E Strike Eagle) no leste do Afeganistão, anunciou o Centro de Operações Aéreas das Forças Armadas americanas em Doha.

A queda ocorreu às 3h15 (19h45 desta sexta-feira, horário de Brasília), na Província de Ghazni, na região leste do país.

As autoridades dizem que o acidente "não foi causado por disparos hostis". A identidade dos pilotos só será revelada depois que as família forem avisadas.

O comando americano informou que iniciará uma investigação sobre o caso.

Acidentes com caças-bombardeiros como o F-15E, considerados sofisticados e utilizados especialmente na região sudeste do país em operações contra a insurgência talibã, são pouco frequentes.

Leia também: G1 conta a história do Talibã

A geografia afegã e o número limitado de tropas de terra obrigaram as forças internacionais a recorrer aos ataques aéreos com frequência nos últimos anos.

Em 7 de julho, dois soldados canadenses e um britânico, enquadrados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) morreram na queda do helicóptero no qual viajavam no sul do Afeganistão.

Clique sobre a imagem para ver o Infográfico

Fonte: G1 / Reuters

Veja como era dentro da Apollo 11

Neste vídeo você confere os momentos dos astronautas durante a viagem à Lua: ajustando computador, fazendo barba, descansando.



Fonte: Especial Globo News

Os sete principais argumentos da teoria da conspiração

1 - O céu aparece nas fotos sem estrelas

O que diz a teoria da conspiração: Por não existir atmosfera no satélite da Terra, as estrelas deveriam ser mais brilhantes

O que dizem cientistas: Mesmo as fotos do céu à noite na Terra não mostrarão estrelas, a menos que sejam expostas por vários segundos - algo que não se pode fazer na Lua porque as imagens de Armstrong e Aldrin foram tiradas quando o Sol estava alto. E com a velocidade do diafragma utilizada nessas imagens, é impossível ver estrelas, seja na Terra ou na Lua.

2 - Construção das naves

O que diz a teoria da conspiração: Como poderiam construir naves tão rápido em 1969 se com a tecnologia atual demoramos 13 anos para construir uma?

O que dizem cientistas: Por analogia, um automóvel modelo Ford T, em 1913 era fabricado em uma hora e meia. Atualmente, com toda a tecnologia presente nos automóveis, um automóvel, em média, demora 25 horas para ser fabricado, e nem por isso podemos afirmar que era impossível fabricar carros, no início do século passado, em tão pouco tempo. Santos Dumont demorou bem menos tempo para fabricar seu 14-BIS do que se demora hoje para fabricar um Boeing 747. Resumindo, tempo de produção não poder ser usado neste tipo de comparação.

3 - Filme fotográfico

O que diz a teoria da conspiração: Um filme fotográfico não suportaria altas temperaturas da Luaque pode passar tranqüilamente de 100°C durante o dia lunar. Isso se deve à falta de atmosfera para filtrar os raios solares do satélite da Terra.

O que dizem cientistas: Exatamente para evitar às altas temperaturas, os astronautas da Nasa não foram à Lua com o Sol a pino, mas em uma manhã lunar (lembrando que o dia lunar dura duas semanas terrestres), com a temperatura bem mais baixa, que não danificaria o filme utilizado.

4 - As sombras nas fotos

O que diz a teoria da conspiração: As sombras não eram paralelas, e como a única fonte de luz era o Sol, deveriam ser. Logo, presume-se que tenha existido mais de uma fonte de iluminação do “cenário”.

O que dizem cientistas: Pode-se rejeitar a teoria das múltiplas fontes luminosas sem muita dificuldade. Os astronautas estão em sintonia um com os outros no que diz respeito à fonte luminosa. Se houvessem duas fontes luminosas, cada astronauta lançaria duas sombras, uma de cada fonte de luz. Além disso, esse argumento da teoria da conspiração pressupõe um nível superfície plana sobre a qual são geradas as sombras. A superfície lunar não é plana, é acidentada e com inúmeras variações de nível.

5 - Foto com a bandeira tremulando na Lua

O que diz a teoria da conspiração: Se não existe vento lunar, como a bandeira poderia aparecer ‘tremulando’ nas fotos?

O que dizem cientistas: O aparente movimento nas fotos é formado pelas rugas ainda remanescentes da bandeira quando estava embalada. Pela gravidade da terra, o peso do tecido em si é muitas vezes suficiente para desfazer essas rugas. A bandeira foi feita de um nylon muito leve e ele é ainda mais leve na gravidade lunar. Logo, a força das rugas supera a força da gravidade sobre o material.

6 - Vídeo com a bandeira tremulando

O que diz a teoria da conspiração: E como, no vídeo, por momentos ela aparece se movendo?

O que dizem cientistas: Nos vídeos da viagem do homem à Lua fica bem claro que quando os astronautas seguram na haste da bandeira ela tremula e quando não estão segurando a haste, ela não tremula. O movimento era realizado por força humana e não por força do vento. Portando a contestação de que o vídeo era falso porque havia vento no local é infundada.

7 - Pegadas dos astronautas

O que diz a teoria da conspiração: As pegadas dos astronautas não poderiam aparecer, ou serem nítidas, pois a areia da Lua não tem umidade.

O que dizem cientistas: Qualquer pegada em um material particulado irá deslocar o material para todos os lados, independente da existência de umidade. O deslocamento é bem visível na fotografia em forma de uma crista levantada em torno da impressão; da mesma forma que ocorre com as bordas de crateras resultantes de choques.

As perguntas foram respondidas pelo astrônomo americano Phil Plait, o professor de física brasileiro Paulo Lee e pelo site http://www.clavius.org, dedicado à desvendar mitos sobre as missões Apollo.

Fonte: Terra

Teorias da Conspiração

Desembarque na Lua foi uma fraude, dizem estudiosos da teoria da conspiração

Passados 40 anos da chegada do homem à Lua, correntes céticas alimentam a “teoria da conspiração” e defendem que o ser humano nunca esteve em solo lunar. Eles consideram uma farsa o que o mundo todo acompanhou na época – imagens do astronauta americano Neil Armstrong se tornando o primeiro homem a descer na Lua. Após avaliarem materiais sobre o assunto, principalmente da Nasa, esses pesquisadores defendem que conquista da Lua foi inviabilizada por fatores tecnológicos e físicos.

O administrador André Basílio, que se define como uma pessoa que “detesta mentiras e que procura saber a verdade sobre as coisas”, defende esta teoria desde 2001, quando viu um documentário que contestava vários fatores sobre a ida do homem à Lua e começou a investigar o assunto mais a fundo.

“Aproveitei as férias para analisar mais de 2 mil fotos da Nasa. Em 2003, criei o site www.afraudedoseculo.com.br e publiquei as evidências lá”, diz. Basílio garante que recebe 100 visitas diárias no endereço eletrônico, que tem lugar destinado a comentários dos internautas. “Recebo apoio de muita gente, assim como recebo críticas.”

Para o jovem curioso, que nasceu em 1972, o principal ponto que o faz descrer que o homem pisou na Lua é a questão da radiação solar. “Na Lua, pela ausência da atmosfera, que não filtra os raios solares, a radiação é emitida com um rigor muito grande. E essa radiação seria letal ao ser humano. A própria Nasa fala que uma pessoa conseguira suportar 5 REM (Roentgen Equivalent for Man), que é a quantidade de qualquer radiação, por ano. Na Lua, a radiação é de 7 mil REM por minuto.

Outra questão levantada por Basílio que justificaria a “fraude” foram as conversas transmitidas em tempo real. “Até hoje não se consegue conversar em tempo real nem dentro do próprio planeta Terra”.

O advogado Fernando Toscano, formado em processamento de dados e que estuda o assunto, também é convicto de que o homem não foi à Lua em 1969. Para ele, dois motivos principais sustentam sua posição. “Primeiro, a questão do filme fotográfico – que não suportaria calor nem frio tão intensos, conforme a própria kodak afirmou (ao Basílio). E a segunda, o homem não tinha tecnologia na época para construir uma aeronave em um ano, já que hoje se levam 13 anos”, diz.

Toscano denomina a ida do homem à Lua como uma “invenção americana” e que ocorreu devido as “guerras armamentista e Fria – entre Estados Unidos e (a então) União Soviética”. Ele afirma que falou com muitos especialistas na aérea e que eles conseguiram comprovar apenas alguns pontos que sustentariam a ida do homem à Lua em 1969, mas outros ficaram sem explicação. “Conversei com físicos que apresentaram cálculos, mas ninguém conseguiu comprovar tudo. Conversei com muita gente. Mandei correspondências para a Nasa e para o governo americano. Uns, eles responderam, outros não.”

Após pesquisar o assunto desde 2001, Basílio confessa que sua visão sobre a corrida espacial mudou. Inicialmente, ele admitia apenas que o homem teria ficado na órbita terrestre. Hoje, ele já aceita que o homem foi mais longe e chegou à órbita da Lua. Porém continua taxativo no ponto de que o homem nunca pousou na Lua. “Foi uma farsa dos Estados Unidos tal qual já fizeram em várias ocasiões.”

Fonte: Fabiana Leal (Terra)

Teóricos da conspiração sobre ida à Lua soltam o verbo nos EUA

Cineasta americano diz ter sido perseguido por negar viagem ao astro.

Astronauta que fez a jornada diz que falha está na educação.

Eles estão entre nós. Aparentemente, são iguais a mim e a você. Muitas vezes, você nunca conhece a verdadeira natureza deles – exceto quando, ocasionalmente, eles se sentem obrigados a falar. Pegue um exemplo do Lens, o blog de fotografia do "New York Times". Um post recente, "Dateline: Space", mostrava imagens incríveis da Nasa, incluindo a foto icônica de Neil Armstrong sobre a superfície lunar. O segundo comentário sobre o post dizia, simplesmente: "O homem nunca chegou à Lua". O autor do comentário, Nicolas Marino, disse ainda: "Acho que a mídia deveria parar, de uma vez por todas, de divulgar algo que foi uma fraude completa e começar a documentar como eles mentiram descaradamente para o mundo todo".

Neil Armstrong e Buzz Aldrin procuram rochas no Texas em 1969, como preparação de sua ida ao espaço

Quarenta anos depois de que o homem tocou, pela primeira vez, a poeira sem vida da Lua – eles pisaram. Juro. É verdade –, pesquisas consistentemente sugerem que 6% dos americanos acreditam que esses pousos foram forjados e que não poderiam ter acontecido. A série de aterrissagens, uma das maiores apostas da raça humana, foi um truque elaborado para aumentar o orgulho nacional, insistem muitas pessoas.

Eles examinam fotos de missões, em busca de sinais que indiquem falsificações em estúdios. Essas pessoas argumentam que a bandeira americana estava balançando no que deveria ser o vácuo do espaço. Eles exageram nos riscos à saúde de se realizar uma viagem através dos cinturões de radiação que circundam nosso planeta; entendem a destreza tecnológica do programa espacial americano; e alegam assassinato por trás de todas as mortes do programa, relacionando-as a uma conspiração maior.

Não existem evidências críveis para respaldar essa visão. A clara improbabilidade do sucesso num esquema tão grandioso, e o fato de mantê-lo em segredo durante quatro décadas, confunde nossa imaginação. Apesar disso, esses contestadores continuam a acumular acusações até hoje. Eles são apoiador por filmes como um documentário, exibido na Fox em 2001, e "A Funny Thing Happened on the Way to the Moon" (em tradução livre, "Algo Engraçado Que Me Aconteceu No Caminho Para a Lua"), de Bart Sibrel, cineasta de Nashville, Tennessee.

"Eles são pessoas normais, inteligentes, que compraram essa ideia de teorias da conspiração", disse Philip Plait, astrônomo e autor que contesta teóricos conspiracionistas ponto a ponto, e o faz de maneira severa em seu site, o "Bad Astronomy". Ele é uma das várias pessoas que se juntam à luta para afirmar que "isso aconteceu". Um esforço conjunto, sediado no endereço www.clavius.org, ridiculariza os opositores com gosto; seu principal autor, Jay Windley, deu o nome ao site em homenagem à base lunar do clássico de Arthur C. Clarke, "2001: Uma Odisseia no Espaço".

Embora as chamadas provas dos conspiracionistas possam ser claramente contestadas, disse Plait, entendê-las pode exigir um conhecimento de história e fotografia, além de ciência e suas metodologias. "Você tem de fazer o trabalho; tem de trabalhar duro", ele disse, "e a maioria das pessoas não faz o trabalho. Então, essas lendas progridem".

Argentino

Marino, autor do comentário no blog Lens, é um arquiteto de 31 anos nascido na Argentina. Em entrevista por e-mail, ele afirmou que a corrupção política durante os anos de ditadura em seu país moldou sua forma de pensar: "Comecei a perceber como opera a corrupção política e como se comporta o interesse dos poucos que estão no poder".

Em suas viagens pelo mundo – ele hoje vive e trabalha na China –, Marino leu livros afirmando que as aterrissagens na Lua foram forjadas e assistiu a documentários, incluindo o de Sibrel, disse ele, que mostram um retrato obscuro da manipulação política durante a administração de Nixon e, de alguma forma, relaciona a Guerra do Vietnã, o Titanic e a Torre de Babel, antes mesmo de chegar às supostas provas fotográficas do engodo lunar. Sibrel, que vende seus filmes online, perseguiu os astronautas da Apollo com a Bíblia na mão, insistindo que eles jurassem diante das câmeras que tinham caminhado sobre a Lua. Ele irritou tanto o astronauta Buzz Aldrin, em 2002 – assediando-o com a Bíblia e o chamando de "covarde, mentiroso e ladrão" –, que Aldrin deu um soco no rosto do cineasta. Autoridades policiais se recusaram a abrir processos contra Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua.

Em entrevista, Sibrel disse que seus esforços para provar que o homem nunca caminhou sobre a Lua custaram caro. "Só sofri perseguições e perdas financeiras", disse ele. "Perdi o direito de visitar meu filho. Fui expulso de igrejas. Tudo isso porque acredito que os pousos na Lua são fraudes".

Ted Goertzel, professor de sociologia da Rutgers University e estudioso sobre teóricos da conspiração, disse que "existe um tipo similar de lógica por trás de todos esses grupos". Na maior parte das vezes, ele explicou, "eles não tentam provar que seu ponto de vista está correto" tanto quanto tentam "encontrar falhas no que o outro lado está dizendo". Assim, disse ele, o argumento é uma questão de acumulação, não de persuasão. "Eles acham que, se tiverem mais fatos que o outro lado, isso mostraria que estão corretos."

Mark Fenster, professor da University of Florida Levin College of Law e autor profícuo sobre teorias da conspiração, afirmou enxergar similaridades entre pessoas que argumentam que os pousos na Lua nunca aconteceram e aquelas que insistem que os ataques do 11 de setembro foram planejados pelo governo, e que a certidão de nascimento do presidente Barack Obama é falsa: no fundo, disse ele, a polarização é tão profunda que as pessoas acabam com a crença solidificada de que aqueles no poder "simplesmente não merecem nossa confiança".

O surgimento da internet como meio de comunicação, observou o estudioso, torna possível para que os conspiracionistas, antes espalhados, possam encontrar uns aos outros. "Isso faz com que a teoria continue a existir, continue disponível – não é apenas mais um livro empoeirado na prateleira dos títulos com 50% de desconto".

Adam Savage, coautor do programa de televisão "MythBusters", passou um episódio inteiro desmentindo boatos sobre a chegada do homem à Lua, ponto a ponto, de forma divertida e convincente. Os teóricos conspiracionistas, observou ele, nunca desistem. "Eles dizem que você tem de manter a mente aberta", disse ele, "mas rejeitam qualquer prova que não seja coerente com a tese deles". Para aqueles que realmente foram à Lua – mencionei que os astronautas chegaram, sim, à Lua? Seis vezes? – as teorias de conspiração são simplesmente irritantes.

Harrison Schmitt, piloto do aterrissador lunar durante a última missão da Apollo, que tempos depois se tornou senador dos Estados Unidos, disse em entrevista que o péssimo estado nas escolas do país tem tido resultados previsíveis. "Se as pessoas decidem que vão negar os fatos da História, da ciência e da tecnologia, não há muito o que fazer com eles", disse Schmitt. "Por grande parte deles, eu só sinto muito por termos falhado em sua educação."

Fonte: John Schwartz (New York Times) via G1 - Foto: NASA (The New York Times)

O homem foi mesmo à Lua?

Para quem vive no meio científico e tecnológico talvez seja muito fácil reconhecer que de fato o homem foi à Lua pela primeira vez em 1969, mas para quem tem outra orientação profissional e experiência diária é de fato por vezes mais sensato pensar que essa viagem não aconteceu, afinal imagens são apenas imagens (não provam muita coisa).

Alguns aspectos devem ser colocados em perspectiva para elucidar essa questão. Um deles é sobre a dificuldade do voo espacial feito fora da atmosfera (no vácuo sideral) em comparação com aquele realizado pelos foguetes enquanto ainda viajando pela atmosfera terrestre. No vácuo os movimentos das naves são feitos também por foguetes, num ambiente onde não há resistência do ar nem turbulências. Para ir de um ponto ao outro o foguete é disparado por um breve período de tempo e isso basta para colocar em marcha a nave, que viaja então sem auxílio de qualquer motor até que, no ponto de destino, os foguetes são novamente acionados no sentido contrário ao movimento para parar a nave. Enquanto a situação é esta para o vôo no vácuo, a situação é totalmente diferente no caso do vôo saindo do chão e alcançando velocidades de até 35 mil Km/h, necessários para entrar em órbita da Terra em apenas 8 minutos de duração. Nesse breve período, a turbulência provocada pelo ar é incrível e a potência requerida enorme para dar este impulso fantástico a toneladas de carga útil. Quem já viajou em aviões comerciais a quase 900 Km/h e já experimentou turbulências, pode talvez imaginar o que seria cruzar a atmosfera a velocidades 20 ou 30 vezes maiores.

De fato, como qualquer engenheiro ou cientista sabe afirmar com segurança, o voo pela atmosfera com tanta aceleração, peso e volume representa um desafio muito além daquele que é o do movimento no vácuo. E isto é interessante: na parte mais crítica do voo à Lua, que é este de sair do chão com milhares de toneladas de equipamento que deveriam estar em órbita poucos minutos mais tarde a velocidades tão altas, mais de um milhão de pessoas presenciaram o lançamento do gigantesco foguete Saturno V em Cabo Kennedy - e mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta pela TV no dia 16 de Julho de 1969.

Como dissemos, uma vez no espaço, no vácuo sideral, a viagem é muito diferente: depois de terem saído da superfície terrestre e entrado em órbita, os astronautas da Apollo 11 ligaram os motores do terceiro estágio por alguns poucos minutos para então desligá-los e deixar a inércia levá-los em total silêncio e suavidade até a Lua, numa jornada de quase 4 dias. Descer na Lua requereu um pequeno motor para frenar uma pequena nave - o Módulo Lunar - e pousar suavemente no nosso satélite. Foi preciso um motor muito menor e muito mais simples para esta fase do vôo porque na Lua não há atmosfera e sua gravidade é 6 vezes menor do que a da Terra.

Outro aspecto interessante é sobre a tecnologia disponível nos anos 60. É importante saber que hoje em dia pouco ou quase nada mudou em relação à tecnologia utilizada na época no que tange aos motores de foguete. O que mudou muito foram os computadores e os aplicativos de software que servem para controle e navegação nesses voos. Mais interessante ainda é que os foguetes atuais, que utilizam a maioria da tecnologia dos anos 60, têm potência muito menor do que a do Saturno V que levou o homem à Lua. Questões de economia e prioridade de investimentos focaram em manter o voo tripulado nas cercanias da Terra. Aquilo que é nosso dia-a-dia tecnológico hoje estava sendo criado para o Programa Apollo nos anos 60, e estava então disponível apenas para o Programa Espacial, sendo transferido definitivamente para a indústria nos anos subseqüentes.

Nós fomos à Lua. Para quem quiser ver ou provar isso hoje, é na verdade exeqüível e até muito fácil: em 20 de Julho de 1969 Neil Armstrong instalou um espelho refletor de luz laser próximo ao local de pouso do Eagle (Módulo Lunar) no Mar da Tranqüilidade. Existem vários laboratórios no mundo com fontes de luz laser capazes de alcançar a Lua com um feixe coerente. Se este espelho estiver mesmo lá no local onde Armstrong e Aldrin dizem que pousaram, esta luz seria, se apontada para lá, refletida de volta à Terra e mostraria a distância conhecida da Terra à Lua. Pois bem, isto é feito milhares de vezes por dia (todos os dias, inclusive hoje, neste mesmo momento em que você está lendo este texto) exatamente como se esperava, apontando o laser para aquele local do pouso. Basta ir a um desses laboratórios e comprovar - ou melhor ainda, acessar os dados pela internet, esse mecanismo de comunicação global, fruto direto da exploração espacial dos anos 60.

Dario Sassi Thober
Diretor do Centro Wernher von Braun
Consultor do projeto especial “40 anos do Homem na Lua” da Globo News

Viemos em paz

Entre as missões da tripulação que pousou na Lua, estava a de instalar uma placa com uma mensagem em nome da humanidade.



Fonte: Especial Globo News

Primeiro episódio do especial “40 anos do homem na Lua”

Há 40 anos quase 1 bilhão de pessoas conferiram ao mesmo tempo algo que nunca havia acontecido na história. Um homem chegava pela primeira vez a um outro mundo, estava pisando na Lua. Neste primeiro episódio, você vai descobrir como foi possível a conquista do espaço e da Lua pelo homem. Entrevistamos os astronautas, engenheiros e chefes dessa missão. Veja abaixo a primeira reportagem deste especial.



Fonte: Especial Globo News