sábado, 20 de junho de 2009

Investigação de causas da queda do voo 447 analisa até a psicologia da tripulação

G1 ouviu especialistas em acidentes aéreos para explicar o procedimento.

Nenhuma informação coletada é deixada de lado, dizem.


Sala do Centro de Coordenação da Operação da Força Aérea Brasileira, durante buscas por destroços do Airbus - Foto: Reprodução/FAB

Vinte dias depois do acidente envolvendo o voo AF 447, que ia do Rio de Janeiro a Paris com 228 pessoas a bordo, as equipes francesas de investigação dizem estar próximas de descobrir o que fez o Airbus cair no oceano. Mesmo sem as peças mais importantes deste intricado quebra-cabeça -as caixas-pretas até agora desaparecidas-, os analistas partem em busca das informações mais minuciosas para compreender as circunstâncias do desastre, indo da estrutura organizacional da empresa e do histórico da aeronave ao estado psicológico do piloto e de sua tripulação.

Veja o que diz o manual de investigação do Brasil, com base em acordo internacional.

Tudo é levado em consideração, segundo pilotos e analistas de segurança de voo ouvidos pelo G1, para apontar o que fez o avião cair: a vida do avião, a vida dos pilotos, os dados das caixas-pretas, a análise dos corpos e dos destroços, tudo é estudado. Mesmo negando-se a se envolver em especulações externas à investigação oficial, eles explicaram o processo de análise, ressaltaram que nenhum acidente acontece por uma única causa e que a investigação busca resolver problemas e evitar novas falhas, e não encontrar um culpado.

“Na investigação aeronáutica, tudo é relevante”, disse o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Elones Ribeiro. “Mesmo sem a caixa-preta, os investigadores têm uma série de informações, como as mensagens automáticas da aeronave [Acars], que ajudam a compreender o que houve. Acidentes de avião não acontecem por uma única causa. Funciona como um efeito dominó, em que cada pedra é uma causa, que desencadeia outras, em série, mas que, sozinha, não seria capaz de derrubar a aeronave. Em caso de falhas, cabe ao piloto tirar uma das peças e interromper o processo, para que não haja o acidente”, completou.

Reconstituição da trajetória do voo AF 447 divulgada pelo Escritório de Investigações e Análises da França - Foto: Reprodução/BEA

Segundo Roberto Peterka, perito em investigações de acidentes aéreos, descobrir as causas do acidente é um processo complicado e demorado, e é impossível, para quem está de fora, dizer o que pode ou não ter causado o acidente. “Mesmo para quem está investigando, é improvável que descubram logo o que ocorreu, pois são muitas informações e variáveis que precisam ser analisadas, e não há apenas uma causa que tenha determinado o acidente. Acidentes são causados por uma sequência de eventos, não por um único fato”, disse.

No caso do voo 447, explicou, nenhuma das causas apontadas até o momento como prováveis seria capaz de causar, sozinha, o acidente. “A tempestade sozinha não derrubaria, uma falha elétrica sozinha não derrubaria... É preciso uma conjunção de fatores para que o acidente tenha ocorrido. E é neste ponto que o fator humano se torna relevante, para tentar explicar como a tripulação reagiu a cada um dos problemas.”

Segundo Peterka, tudo o que está sendo apontado como procedimento da tripulação aparenta estar dentro da normalidade. “Os investigadores têm N variáveis e analisam uma a uma, descartando umas e admitindo outras. A partir dessa análise é que se percebe se o fator humano foi um fator contribuinte para o acidente ou não”, disse. Segundo Ribeiro, devemos considerar o que aconteceu com o piloto e como ele agiu, mas evitando culpá-lo. “Seria simples responsabilizar quem não pode se defender. Um piloto com experiência, como o que comandava o avião acidentado, tem controle da aeronave, e é complicado responsabilizá-lo.”

Fator humano

Segundo o piloto e agente de segurança de voo Éder Henriqson, professor e líder do Grupo de Pesquisas em Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, é difícil distinguir o que é falha mecânica e o que é falha humana, pois falhas mecânicas normalmente também são causadas por ação humana. “As falhas estão na interação entre o humano e o mecânico e procura-se entender os erros, as causas do acidente, pela relação entre o homem e a máquina”, explicou. “A análise de fator humano vai pesquisar o histórico dos tripulantes, o treinamento deles, a experiência, o que fizeram até 72 horas antes do acidente. Mas vai observar também a cultura de segurança da empresa, a forma de pensar da companhia aérea. O acidente acontece dentro de organizações, que têm uma estrutura social interna, uma cultura organizacional.”

Imagem mapeia profundidade - Foto: Departamento de Pesquisas e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França

Se, ainda assim, disse, houve realmente um problema mecânico na origem das causas do acidente, é preciso fazer engenharia reversa, juntar os pedaços do problema para entender a situação como um todo. “É preciso desconstruir cada peça, sua forma de funcionamento, para descobrir o motivo de haver falhas. O trabalho refaz os cálculos, as ações mecânicas. A investigação deve analisar as formas como cada sistema operativo falhou, entender os cálculos e buscar entender cada peça que pode ter falhado.”

Segundo Henriqson, todas as peças de uma aeronave passam por um sistema de certificação internacional, que garante que elas não podem falhar. “Os sistemas de controle do avião têm que ter uma possibilidade de falha inferior a 1 para um bilhão, e a busca é pelo mínimo risco. O problema é que pode haver falhas também nesse sistema de certificação de segurança.”

O professor explicou que dar importância ao fator humano não significa responsabilizar os profissionais que tripulavam a aeronave acidentada. Para demonstrar o que quer dizer com a análise da interação entre homem e máquina, ele relembrou o caso do acidente do avião que caiu próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 1996, quando o reverso da turbina se abriu na decolagem. “Algumas pessoas tentaram culpar o piloto, alegando que era possível controlar o avião e voar mesmo com a falha mecânica, que foi a abertura do reverso. É verdade que a abertura do reverso pode ser contornada, mas a análise por engenharia reversa e por estudo de interação de fator humano mostra que aquele piloto não sabia que tinha havido abertura de reverso, já que o avião não tinha um alerta para isso, ele não tinha treinamento para lidar com esta situação, não havia um check list, que explicasse o procedimento, e tudo foi muito rápido. O critério de certificação garantia a improbabilidade de aquilo acontecer, mas aconteceu”, disse.

Imagem mapeia a posição de cada destroço do Airbus A330 encontrado pelas equipes de busca e a última posição conhecida da aeronave em voo - Foto: Departamento de Pesquisas e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França

Por isso é preciso estudar a tripulação, explicou, pois é importante saber se ela estava preparada para lidar com a possível falha que pode ter ocorrido e que pode ser determinada pela investigação. “É uma análise de treinamento, e mesmo um piloto experiente e competente é uma vítima, que podia não ter um treinamento específico para falha pouco provável, que pode não ter sido informado da falha.”

Segundo ele, na investigação são feitas entrevistas com amigos, colegas de trabalho, familiares, tudo para traçar este perfil psicológico. É traçado um perfil psicológico e psicossocial da tripulação, investigando a forma como ele se comportou em situações de voo. Verifica-se a condição por que ele estava passando na época do acidente, para saber se havia pressões da empresa, da família, qualquer coisa que possa ter afetado suas ações durante o voo.

Lição

Sem buscar responsáveis diretos pelo acidente, os investigadores tentam achar a sequência de falhas que podem ter causado o acidente para tirar uma lição e evitar outras falhas. “O lado ‘positivo’ do desastre é que se aprende com esses erros, e a probabilidade de falha, que já é mínima, passa a ser acompanhada de treinamento e alerta para poder evitar que aconteça o mesmo”, disse Henriqson. O diretor do curso da PUC-RS concorda. “Descobrir o que deu errado é muito importante para que saia algo de positivo da tragédia, uma lição para que nada parecido volte a ocorrer. A investigação leva à prevenção, corrigindo possíveis falhas”, disse Ribeiro.

A investigação sobre o que aconteceu com a aeronave está sendo coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês). O BEA é o organismo nacional do país encarregado das investigações técnicas relacionadas com incidentes da aviação civil, com autoridade para intervir até fora da França.

A apuração feita por eles busca coletar e analisar informações e recomendações de segurança para prevenir futuros incidentes envolvendo aeronaves. O investigador encarregado pela BEA de analisar as informações relacionadas ao voo 447 é Alain Bouillard. Ele foi um dos responsáveis por suspender a licença de voo do Concorde, em 2000, após o acidente que matou 113 pessoas na França. Desde o dia do acidente, o BEA designou uma equipe de investigações para avaliar as informações coletadas pela companhia aérea e pela fabricante da aeronave. O escritório recomenda que sejam evitadas especulações sobre as causas do acidente até que haja uma apuração detalhada dos fatos.

Fonte: Daniel Buarque (G1)

Veja o que diz o manual brasileiro de investigação, com base internacional

O G1 teve acesso a Manual do Sistema de Prevenção do Cenipa.

Em quase 180 páginas, texto indica parametros de análise.


Destroços do Airbus resgatados pela Força Aérea Brasileira

O procedimento padrão de investigação de causas de acidentes aéreos foi organizado, no Brasil, em um manual que indica os caminhos a serem seguidos pelos pesquisadores do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Mesmo que o acidente com o voo AF 447 esteja sendo investigado pelo Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, na sigla em francês), o trabalho de investigação é ligado a tratados, convenções e atos internacionais de direito aeronáutico. O manual segue a Convenção Internacional de Aviação Civil (de Chicago), de 1944, a mesma seguida pelos investigadores franceses.

O G1 teve acesso ao Manual de Investigação do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), aprovado em 2004 para suprir os investigadores de um documento padronizando a metodologia das operações de investigação de causa do acidente. A investigação deve, diz, buscar condições que possam ameaçar a atividade aeronáutica, não a punição ou inquisição. O livro tem 178 páginas, incluindo anexos como trechos da convenção internacional e até técnicas de entrevistas a serem realizadas pelos investigadores.

O manual divide a investigação em várias fases. Na ação inicial, propõe medidas que visam preservar os indícios: investigação inicial dos destroços, coleta inicial de informações através de entrevistas, gravação e fotografias. Ele se baseia especialmente na possibilidade de o acidente acontecer em terra, permitindo a coleta de todos os destroços, assim como a marca deixada pela aeronave no solo, a posição das partes do avião, como forma de determinar o modo como o acidente aconteceu, o ângulo da queda e a velocidade, bem como a trajetória.

Em caso de acidente na água, como aconteceu com o voo 447, o manual sugere que seja avaliado o custo de localizar e recuperar os destroços submersos. Ele admite que normalmente não se consegue recuperar tudo e que há risco de corrosão

A investigação deve analisar o peso e balanceamento da aeronave, a distribuição dos passageiros e da bagagem, bem como a quantidade de combustível. Isso é feito com documentos e com testemunhas. Também se buscam as informações sobre a aeronave, seu histórico, suas inspeções. Esta ação inicial já coleta informações sobre toda a tripulação, horas voadas, histórico e formação. Para isso, a estrutura básica de equipe de investigação inclui além de estudos sobre a parte técnica e mecânica da aeronave, analistas de fator humano, tanto no aspecto operacional quanto no aspecto psicológico e médico.

Operação

A área operacional da investigação analisa as informações sobre a relação entre homem e máquina. Os investigadores estudam de forma minuciosa o operador do voo (no caso, a Air France), o histórico da tripulação, o planejamento do voo, o peso e o balanceamento da aeronave, a meteorologia, o tráfego aéreo, as comunicações, as navegações, as instalações do aeroporto, o cumprimento das normas operacionais e a manutenção da aeronave. De acordo com as informações já divulgadas a respeito do voo 447, desses itens, apenas o mau tempo enfrentado pela aeronave, o desempenho da aeronave e o cumprimento das normas operacionais aparentam poder ter algum problema, segundo pilotos e analistas de aviação ouvido pelo G1. Os investigadores levantam as informações por meio dos documentos relacionados ao voo e de entrevistas com testemunhas e pessoas relacionadas com a tripulação.

Os investigadores analisam todos os detalhes a respeito da carreira da tripulação, desde a tarefa desempenhada a bordo, a idade, o currículo profissional, registros médicos, experiência total com a aeronave, a rota e as condições de voo. Eles levam em consideração todas as atividades da tripulação até 48 horas antes do acidente, dando atenção especial ao aspecto psicológico e físico, buscando mudanças substanciais e até mesmo problemas com períodos de sono dos tripulantes.

Segundo o manual, foi nos anos 70 que se passou a ver o erro como algo inerente, não como uma falha possível de ser evitada em todas as situações. Eles observam a participação deles na preparação do voo e os períodos de revezamento que pode haver durante a viagem. Tudo com documentos e entrevistas. O objetivo é recompor o papel de cada membro da tripulação durante a viagem, bem como observar as variáveis individuais, psicossociais e mesmo organizacionais da empresa operadora.

O plano de navegação específico do voo acidentado também é de suma importância, mais de que o plano repetitivo registrado previamente. Ele é documentado junto à companhia aérea e pode trazer revelações sobre as condições em que o acidente ocorreu. Eles estudam ainda declarações e registros de comunicação durante voos anteriores.

Mau tempo

Quando a meteorologia é fator determinante no acidente, como no caso do Airbus da Air France, o manual indica que é preciso ter um analista do assunto na equipe de investigadores. Ele diz que deve-se registrar as condições do clima por diferentes fontes que revelem desde nuvens até os ventos e a visibilidade, bem como as previsões de que dispunha a tripulação.

O manual confirma que a função do controle de tráfego aéreo é evitar o choque entre aeronaves, mas diz que as informações deste setor podem ser úteis mesmo quando não se trata de um acidente deste tipo, pois ele ajuda a determinar a hora e o local do acidente, bem como outras informações sobre as condições de voo.

Para analisar o desempenho da aeronave, os investigadores estudam o manual de voo, a fim de determinar os procedimentos de padrão e de emergência para o avião acidenteado, estudando o que deveria ser feito para comparar com o que aconteceu e buscar determinar o que deu errado.

O resgate dos corpos das vítimas do acidente, por sua vez, é importante para que a determinação da causa da morte revele novas informações que ajudem a descobrir as causas do acidente.

A investigação deve fazer também uma observação detalhada de todos os equipamentos do avião, incluindo os já citados e polêmicos tubos de pitot, as turbinas, elementos mecânicos, elétricos e até bússolas. O manual traz um guia de técnica de entrevistas para os investigadores.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/FAB

Piloto que morreu a bordo de avião entre Bélgica e EUA tinha boa saúde, diz viúva

Comandante de Boeing 777 morreu de causa ainda não determinada.

Copiloto e outro piloto que estava no avião assumiram o comando.




O piloto que morreu em pleno voo na quinta-feira em um voo entre a Bélgica e os EUA estava com "saúde perfeita', e a tripulação inicialmente achou que ele tinha apenas adormecido", disse a viúva a um canal de TV do Texas.

Craig Lenell, de 60 anos, não tinha problemas cardíacos e fazia check-ups a cada seis meses, segundo sua mulher, Lynda Lenell.

"Ele era o homem mais doce e gentil que eu já conheci. Ele faria tudo por qualquer um", disse ela. "Ele me ligou sábado de Bruxelas dizendo que estava me trazendo chocolate."

O voo 61 havia partido de Bruxelas, na Bélgica, às 9h54 locais (4h54 de Brasília) rumo ao aeroporto de Newark, em Nova Jersey, com 247 pessoas a bordo, segundo a empresa.

Imagem retirada de vídeo mostra o pouso do Boeing 777 da Continental Airlines nesta quinta-feira (18) no aeroporto de Newark, em Nova Jersey - Foto: AP

O copiloto e outro piloto que estava a bordo assumiram o controle do avião depois da morte de Lenell, segundo uma porta-voz da FAA (Administração Federal de Aviação).

Eles receberam toda a assistência do aeroporto para realizar o pouso. Para facilitar o trabalho, os controladores de voo "limparam" o espaço aéreo local, desviando outras aeronaves que deveriam pousar em Newark naquela hora.

A passageira Martha Love, de Greenwich, Nova Jersey, disse que os passageiros não foram avisados do ocorrido. "Ninguém sabia", ela disse.

Ela afirmou que só ficou preocupada depois do pouso, quando notou que havia caminhões de bombeiro e carros de emergência esperando pelo avião.

Outro passageiro relatou que a tripulação perguntou se havia médicos a bordo.

De acordo com a empresa, o piloto era funcionário da companhia havia 21 anos e ficava baseado em Newark.

Outros casos

A morte de um comandante em pleno voo é um incidente raro na história da aeronáutica.

Em janeiro de 2007, o copiloto de outro avião da Continental, com 210 a bordo, que voava entre os EUA e o México, aterrissou o aparelho depois que o piloto passou mal. O piloto acabou morrendo depois do pouso.

Em 8 de maio de 2000, um avião da companhia taiuanesa China Airlines teve de voltar ao aeroporto depois que o piloto sofreu um ataque cardíaco. O copiloto conseguiu pousar, e o piloto morreu pouco depois.

Em 12 de março de 1997, um Airbus A320 da Gulf Air saiu da pista durante a decolagem por conta de uma crise cardíaca sofrida pelo piloto.

Leia também: Em abril, piloto de bimotor morreu, e passageiro pousou avião em segurança na Flórida.

Fonte: G1 (com agências internacionais)

Airbus recebe US$ 13 bi em encomendas na Paris Air Show

A fabricante europeia de aviões Airbus registrou encomendas e compromissos com empresas aéreas para 127 jatos, no valor total de US$ 12,9 bilhões, durante a Paris Air Show, que acontece esta semana, surpreendendo a previsão de um resultado fraco para o evento. "Estamos satisfeitos com os resultados", afirmou o diretor operacional da Airbus, John Leahy. A Airbus, controlada pela EADS, encerrou a semana fechando um acordo com a Turkish Airlines para compra de dois jatos A330 200 e cinco A330 300. No início desta sexta-feira, a Airbus recebeu uma encomenda de 10 jatos A321 da indiana Paramount Airways, junto com opções para outros 10 aviões. Os acordos para 127 aeronaves assinados durante o evento incluem 58 pedidos firmes, no valor total de US$ 6,4 bilhões, o que levou para 69 o total de pedidos firmes recebidos pela Airbus desde janeiro deste ano. Leahy afirmou que espera que os compromissos assinados no evento sejam transformados em pedidos firmes dentro de poucas semanas.

Em contrapartida, a norte-americana Boeing anunciou apenas uma encomenda de jatos comerciais durante a Paris Air Show, de dois aviões 737. Até agora este ano, a Boeing registrou 10 pedidos firmes, excluídos os cancelamentos. "Nós não estamos em um ritmo de completa recuperação, mas acho que já estamos vendo o ponto mais baixo da crise do mercado", disse Leahy. Mesmo que a meta da Airbus de registrar 300 encomendas neste ano seja cumprida, esse total será menor que a metade dos pedidos recebidos no ano passado, que totalizaram 777. As empresas aéreas estão enfrentando a queda do tráfego de passageiros e de cargas e estão se esforçando para preservar caixa e reduzir capacidade. A Airbus espera produzir aproximadamente o mesmo número de aviões que os 483 entregues no ano passado e Leahy reiterou que a companhia provavelmente vai manter a produção estável em 2010. Recentemente, a Airbus reduziu as entregas do jato A380 planejadas para este ano de 18 para 14, a terceira redução em apenas um ano. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado via Portal Exame

U$ 14 bilhões, a encomenda de motores da Etihad Airways

A Etihad Airways, empresa aérea de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, anunciou durante a feira aeronáutica de Lê Bourget, na França, encomendas de motores para aeronaves que podem chegar a US$ 14 bilhões. Serão 469 propulsores para uso em suas novas aeronaves que são 10 A380, 20 A320, 25 A350 da Airbus e em 35 aviões 787 e 10 777-300ER da Boeing, encomendados na edição do ano passado da Feira Aeronáutica de Farnborough, em um dos maiores pedidos de aeronaves da história da aviação, com um total de 205 aviões.

Foram 100 encomendas confirmadas, 55 opções e mais 50 direitos de compra, com entregas entre 2011 e 2020.

"Os pedidos firmes, para 239 motores estão avaliados em US$ 7 bilhões". Caso todas as opções e direitos de compra sejam confirmados, o número total de motores subirá para 469 e no valor de US$ 14 bilhões. Esta poderá se tornar a maior aquisição de motores da história da aviação comercial, incluindo contratos de manutenção.

Fonte: Brasilturis

Air France KLM pode perder mais 3 mil postos de trabalho este ano

O diretor-geral da companhia aérea Air France KLM, Pierre-Henri Gourgeon, deu a entender que a empresa pode perder mais três mil postos de trabalho este ano, em entrevista à rede de rádio e tevê RTL, citada nesta sexta-feira pelo site do jornal francês Le Figaro.

- Acredito que a redução deva acontecer nesta ordem, para um grupo que tem cerca de 100 mil funcionários. Tem ficado em torno de 2% a 3%, conforme observamos no ano passado. Não existe um percentual extremamente preciso ainda, mas é nosso objetivo, com base em saídas que ocorrem naturalmente - afirmou. No ano passado, o quadro da empresa perdeu 2.700 pessoas.

No ano fiscal 2008-2009, a Air France registrou um prejuízo fiscal de 824 milhões de euros, o primeiro desde a fusão com a holandesa KLM em 2003. Segundo um jornal econômico, a empresa tem negociado com a Agência Nacional de Aviação e o Ministério do Trabalho franceses medidas para lidar com a dispensa do seu pessoal.

Fonte: O Globo

Pista do Aeroporto de São Raimundo Nonato (PI) ainda é desconhecida pela Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não recebeu do Governo do Estado o projeto para a homologação da pista de pouso do Aeroporto de São Raimundo Nonato. A informação foi confirmada ontem pela Assessoria da Agência em Brasília. De acordo com a Agência a pita do aeroporto continua desconhecida. Há cerca de 20 dias o secretário de Turismo Silvio Leite, informou que a Agência faria uma analise especial do projeto com pedido de funcionamento homologado em até 72 horas antes do evento.

O Governo do Estado pediu a liberação excepcional da pista liberada para operação durante a realização do Congresso Internacional de Arte Rupestre que será sediado no município, mas até o momento não houve resposta por parte da Agência e até o final da tarde de ontem nenhum projeto tramitava para analise da Agência. O Governo divulgou ontem que a empresa Esaero Soluções Aeronáuticas foi contratada para cuidar das operações do aeroporto de neste período. De acordo com o Governo do Estado a previsão é de pelo menos 10 aviões pousem na pista do aeroporto no período de 29 de junho a 3 de julho, quando será realizado o evento.

A passagem de Teresina/São Raimundo Nonato vai custar R$ 260 e para o trecho Petrolina/São Raimundo Nonato, R$ 169. De acordo com o Governo a empresa é a mesma que administra Aeroporto de Ilhéus e tem sede em Recife. A Esaero Soluções Aeronáuticas tem sede em Recife e possui experiência na operação de aeroportos em regiões turísticas do Nordeste, sendo responsável, entre outros, pelo aeroporto da cidade de Ilhéus, uma das mais visitadas cidades turísticas do interior do Estado da Bahia, de acordo com o Governo do Estado.

O senador Mão Santa fez discurso no Senado onde falou sobre o cancelamento da inauguração do Aeroporto de São Raimundo Nonato. Em pronunciamento o Senador Mão Santa repercutiu a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) de não liberar a pista de pouso do Aeroporto de São Raimundo Nonato.A inauguração do Aeroporto estava marcada para agosto mas foi cancelada.

“Eu dizia, aqui, que tudo era mentira. O Piauí não tem aeroporto internacional. Não adianta, não é mentindo que se governa. Se governa realizando obras. Fé, sem obra, já nasce morta. Então, ele é useiro e vezeiro em botar essas maquetes feitas em computador. Isso aqui fez milhares de revistas, milhares de jornais, milhares de anúncios em televisão”, afirmou o senador.

Fonte: Diario do Povo (PI)

Avião com Schwarzenegger faz pouso de emergência após fumaça na cabine

Ninguém ficou ferido após aterrissagem na Califórnia.

'Foi uma pequena aventura', escreveu o governador no Twitter.

Foto do avião do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, postada por ele no Twitter após pouso de emergência nesta sexta-feira (19) - Foto: Reprodução

Foto: myFOXla.com

O avião NetJets Hawker 800 que levava o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, teve de fazer um pouso de emergência no aeroporto Van Nuys, em Los Angeles, às 18:23 (hora local) de sexta-feira (19), depois que uma fumaça apareceu na cabine.

O porta-voz do governador, Aaror McLear, disse que o pouso ocorreu dez minutos antes da aterrissagem inicialmente prevista para o aeroporto de Santa Monica.

O piloto disse que a fumaça saía do painel de instrumentos da aeronave, de pequeno porte. O pouso correu bem, e não houve fogo nem feridos.

O governador e ex-ator escreveu sobre o incidente no serviço de microblogs Twitter, chamando-o de "uma pequena aventura". Ele também postou uma foto do avião. "Está tudo OK agora", ele escreveu.

Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, em foto de 27 de abril - Foto: AP

Fonte: AP via G1

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 22

ACOMPANHE OUTRAS NOTÍCIAS SOBRE O ACIDENTE

SEXTA (19)


- 20h15 - Identificação difícil. Identificar vítimas do voo da Air France é mais difícil do que no acidente da TAM, diz perita

- 18h15 - Destroços. Os comandos da Marinha e da Aeronáutica informaram que foram avistados e recolhidos mais destroços do Airbus da Air France.

- 13h58 - Imagens. Veja mais imagens dos destroços

- 12h05 - Memorial. Air France estuda criar memorial para vítimas de voo 447

- 11h57 - Tubos de Pitot. A Agência Europeia de Segurança Aérea afirmou que ainda não dispõe de elementos suficientes para exigir a substituição obrigatória dos sensores de velocidade tubos de Pitot, que poderiam ter apresentado problemas no voo 447.

- 10h35 - Garrafa - Comandante: na busca pelo AF 447, recolhíamos até garrafa

- 09h30 - Corveta. A Corveta Cabloco chegou ao Recife na manhã desta sexta. A embarcação transporta destroços e bagagens do voo. O material deverá ser entregue a técnicos franceses, responsáveis pela investigação.

- 03h32 - Buscas. Buscas por destroços do voo 447 continuarão por tempo indeterminado

Resumo anterior:

Clique aqui para ler o resumo das notícias anteriores - 21

Fontes: G1 / UOL Notícias / Terra

TV boliviana passa imagens da série "Lost" e afirma ser da queda do Airbus da Air France, diz jornal

Um jornal da emissora de TV boliviana PAT exibiu fotos do suposto momento em que o Airbus da Air France se partiu antes de cair no Oceano Atlântico, segundo o jornal peruano El Comercio. No entanto, as imagens eram da série de TV "Lost". Para aumentar ainda mais a confusão, a apresentadora do jornal cita a Serra do Cachimbo, uma referência ao acidente da Gol em 2006.



A PAT Noticias teria transmitido ao vivo as imagens. Em uma das fotos, aparece um enorme buraco na fuselagem do avião através do qual se pode ver parte da cauda do avião. Na segunda imagem, um dos passageiros é arrastado para fora do avião pelo buraco.

Na verdade, essas supostas imagens do acidente pertencem a uma das cenas da série de televisão "Lost", que conta a história de um grupo de sobreviventes de um acidente aéreo em uma ilha.

Aparentemente, a emissora boliviana foi vítima de uma série de e-mails que circula desde o acidente do voo AF 447, que desapareceu no último dia 31 de maio. Segundo o texto do e-mail, as imagens foram encontradas em uma câmera digital Casio Z750. A apresentadora diz que a câmera teria sido encontrada na Serra do Cachimbo, no Pará.

A apresentadora do programa identificou o dono da câmera. "Ao investigar o número da série da câmera, o proprietário pôde ser identificado como Paulo G. Muller, um ator de teatro infantil conhecido nos arredores de Porto Alegre", disse.

Segundo um blog brasileiro, essas imagens teriam sido criadas em 2006 por uma pessoa identificada como "Cardoso" como "um 'experimento social que testaria a falta de senso crítico do internauta médio' à época do acidente da Gol". Por isso, a apresentadora cita no vídeo a Serra do Cachimbo, região onde o avião da Gol caiu em 2006.

Os responsáveis do noticiário não notaram que o acidente do Airbus da Air France aconteceu de madrugada, mas as imagens transmitidas mostram um acidente que ocorreu de dia.

Fonte: UOL Notícias (com informações do jornal El Comercio)

Não faltarão rivais para a Embraer e a Bombardier

Russos, chineses e japoneses vão entrar no mercado de jatos regionais de médio porte. Eles devem incomodar, mas não terão vida fácil

O mercado de fabricação de aviões civis segue, por tradição, uma lógica duopolista. Da mesma forma que a americana Boeing e a europeia Airbus dividem o segmento de aeronaves grandes, a brasileira Embraer e a canadense Bombardier praticamente só competem entre si pelas encomendas globais de aviões comerciais de médio porte. E esse é um mercado que tem as dimensões de um Jumbo. Segundo estimativas da própria Embraer, nos próximos 20 anos serão vendidos em todo o mundo 6.750 jatos com capacidade de transporte de 30 a 120 passageiros. Essa imensa frota custará algo em torno de 220 bilhões de dólares - um valor superior a duas vezes o PIB anual da Argentina.

Tanto dinheiro chamou a atenção de importantes centros de engenharia aeronáutica. Já estão se movimentando para abocanhar fatias desse bolo empresas da Rússia, China e Japão. Não que exista alguma ameaça imediata à posição de dominância da Embraer e da Bombardier. Mas é possível que o céu de brigadeiro que tem clareado o caminho das duas empresas nos últimos anos dê lugar a rotas muito mais turbulentas no futuro.

Sukhoi Superjet 100 - Foto: divulgação

A desafiante mais recente é a Sukhoi - uma referência russa na área de aviação de defesa. A empresa lançou nesta semana na Paris Air Show o primeiro modelo para o segmento comercial desde o fim da União Soviética: o Superjet 100. O avião vai competir no segmento dos regionais que possuem de 75 a 110 assentos. Segundo a fabricante, já foram feitas mais de 120 encomendas pelas companhias aéreas Malev (da Hungria), Avia (da Rússia) e Gadair (da Espanha). Só com a Malev, o acordo alcançaria 1 bilhão de dólares.

ARJ-21 - Foto: China Photos/Getty Images

Já o consórcio chinês AVIC 1 inspirou-se no jato ERJ-145 da Embraer para desenvolver o ARJ-21. Voltado à categoria de jatos comerciais de até cem assentos, o jato começará a ser entregue no início de 2011. Como é tradicional em se tratando de produtos chineses, o diferencial será o preço. O ARJ-21 deverá custar, em média, 20% menos que os valores cobrados por Embraer e Bombardier.

Mitsubishi MRJ90 - Yoshikazu/AFP/Getty Images

A japonesa Mitsubishi, por sua vez, aposta no acabamento refinado. Com capacidade de 78 a 98 passageiros, o MRJ90 terá grande comodidade, telas e controles de climatização individuais e mais espaço para bagagens. As primeiras entregas devem acontecer até 2014. Essas são algumas mordomias que fazem o modelo japonês ser apontado por consultores ouvidos pelo Portal EXAME como o novo principal rival da família de jatos regionais da Embraer.

Bombardier Q400 - Foto: divulgação

Bombardier CRJ1000 - Foto: divulgação

Já a Bombardier tem seus passos monitorados de perto pela Embraer devido ao desenvolvimento de um novo avião turboélice. Com um design antiquado, os turboélices perderam espaço nos últimos anos, mas agora, em tempos de petróleo caro, voltam a atrair a atenção por gastarem menos combustível. A Bombardier recentemente encerrou a produção dos turboélices Q200 e Q300 e aposta na atualização do Q400 NextGen, que possui de 70 a 80 assentos.

Reação

É lógico que Embraer não está de braços cruzados esperando o ataque dos novos concorrentes. Tanto a empresa brasileira quanto a Bombardier investem milhões de dólares por ano para atualizar e melhorar seus atuais modelos. A Embraer aposta que a empresa que obtiver o maior ganho no desenvolvimento de um motor mais econômico e menos poluente será a vitoriosa nesse jogo.

Atualmente os motores do tipo "turbofan" são os mais usados na aviação comercial. Tanto a GE - que produz os motores dos jatos regionais da Embraer - quanto a Rolls-Royce apostam no sistema conhecido como "advanced turbofan" para reduzir de forma significativa o consumo de combustível, a emissão de gases poluentes, os ruídos e os custos de manutenção. No entanto, as duas principais concorrentes da Embraer - a Bombardier e a Mitsubishi - veem mais potencial nos motores que estão sendo desenvolvidos pela Praat & Whitney Canada e que entram em operação até 2014. Esses motores serão menores, o que vai reduzir o peso das aeronaves e facilitar a navegabilidade.

A Embraer ainda avalia qual tecnologia usará e sabe da importância de fazer a escolha certa. "Ainda não sabemos qual será a tecnologia em desenvolvimento que vai trazer os maiores ganhos, mas não podemos reagir aos nossos concorrentes de forma prematura", disse ao Portal EXAME o vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial, Mauro Kern.

ERJ-145 - Foto: divulgação

ERJ-170 - Foto: divulgação

ERJ-190 - Foto: divulgação

ERJ-195 - Foto: divulgação

Barreiras

Segundo especialistas, a situação não é preocupante para a Embraer no curto prazo porque há barreiras de mercado que ainda protegerão a empresa brasileira por muito tempo. A Embraer foi pioneira no segmento de jatos comerciais de até 120 assentos e soube construir uma marca forte e confiável - o que lhe renderá frutos nos próximos anos. "A Embraer construiu uma imagem de solidez, inovação e credibilidade ao interpretar o mercado como nenhuma outra", afirma o consultor e especialista em transporte aéreo, Mauro Ricardo Nascimento Martins.

Outra ação que a Embraer adotou para manter a liderança foi o programa contínuo de melhoria dos jatos comerciais regionais que já estão no mercado. "Dar assistência técnica de qualidade aos jatos foi muito importante, uma vez que o ciclo de vida de um avião é bastante longo. A presença forte no pré e no pós-venda são formas de a Embraer manter a competitividade", afirma o especialista em setor aéreo da consultoria Bain & Company, André Castellini.

Já as empresas da China, Rússia e Japão terão de construir uma marca e uma tradição de confiabilidade - o que leva tempo. "Os russos têm tecnologia, mas carecem de confiabilidade dos operadores ocidentais. A imagem da Sukhoi, fabricante que acaba de lançar o Superjet 100, ainda está muito associada ao segmento militar ", afirma o consultor Martins.

Da mesma forma, o jato chinês teria, em um primeiro momento, a imagem associada a um produto de segunda linha. "Mas, isso tende a mudar. Primeiro porque o ARJ-21 foi inspirado em um modelo da Embraer, durante o período em que a brasileira manteve uma joint-venture no país asiático. Segundo porque os chineses de ontem prometem ser os japoneses de amanhã", afirma o engenheiro aeronáutico e ex-chefe de gabinete da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Jorge Leal Medeiros.

Especialistas acreditam que as maiores vantagens comerciais de russos e chineses em relação à Embraer será vista nos mercados domésticos - devido à possível ajuda de medidas nacionalistas dos governos da Rússia e da China. Mauro Kern, da Embraer, diz, no entanto, que isso vai dificultar, mas não vai impedir a empresa de fechar negócios nos dois países. Prova disso é que a Embraer está em processo de entrega de 55 jatos ERJ-190 para a China.

Gigante estratégico

A China, por sinal, é estratégica para a Embraer e para qualquer outra empresa de avião que deseje se manter grande. O país asiático é hoje o terceiro principal mercado para aviação comercial - atrás dos Estados Unidos, que tem aproximadamente 40% de participação, e da Europa, com 20%. Mas a Embraer, a Bombardier e os consultores ouvidos por EXAME apostam que o país será um dos principais pilares para a retomada do crescimento da aviação nos próximos 20 anos. Uma prova de que a representatividade dos Estados Unidos no mix das fabricantes está em declínio é que até 2005 o país respondia por 60% das vendas da Embraer, enquanto hoje a participação é de apenas 38%.

Os jatos comerciais regionais são cada vez mais procurados devido à relação custo/benefício e a possibilidade de flexibilização de frota, de forma a alternar modelos de maior capacidade em rotas de grande fluxo com jatos de menor capacidade em trajetos e horários com procura inferior. Esse é um diferencial importante em tempos de crise, uma vez que, em geral, um voo só é lucrativo caso a companhia aérea garanta a ocupação de pelo menos 60% dos assentos. Além disso, aeronaves para até 120 passageiros gastam menos combustível e são peças-chave no processo de renovação das frotas. Por todas essas vantagens é que há cada vez mais gente de olho nesse mercado.

Fonte: Gisele Cabrini (Portal Exame)

Morte de pilotos em pleno voo é comum, afirma analista

Passageiros do voo da Continental 61 embarcam em ônibus no aeroporto de Newark, em Nova Jersey

Casos como o do piloto da Continental Airlines que morreu em pleno voo entre a Bélgica e os Estados Unidos na última quinta-feira são mais comuns do que se imagina, segundo o escritor e piloto Ivan Sant'Anna. "Pilotos vivem sob estresse e podem ter problemas cardíacos, que às vezes não são detectados com antecedência", disse em entrevista ao Terra.

Na própria Continental há relato de um incidente semelhante, registrado em janeiro de 2007, quando um piloto do voo 757 entre Houston e Puerto Vallarta, no México, morreu após a decolagem, com 210 passageiros a bordo. O avião aterrissou a salvo em um aeroporto do Texas.

Em fevereiro de 2008, um avião da British Airways que tinha saído de Manchester, no Reino Unido, e se dirigia a Paphos, no Chipre, foi desviado a Istambul quando um dos pilotos morreu. A aeronave aterrissou normalmente sem que nenhum dos 156 passageiros ficasse ferido.

Apesar dos instantes de preocupação pelos quais passaram os 247 passageiros a bordo do voo 61 da Continetal Airlines quando um integrante da tripulação questionou sobre a presença de um médico no avião, eles não correram nenhum risco após a morte do comandante de 60 anos que pilotava o Boeing 777. Conforme explicou Sant'Anna, "os copilotos têm formação suficiente para voar sozinhos".

Autoridades federais americanas foram notificadas sobre a emergência no voo por voltas das 10h30 (11h30 de Brasília). Segundo Sant'Anna, se houvesse qualquer risco, os copilotos poderiam ter retornado ao país de origem em vez de seguir viagem até o destino final. "Ninguém correu risco. O avião cumpriu seu plano de voo exatamente como deveria", disse.

A aeronave da Continental Airlines pousou no Aeroporto Internacional de Newark, um dos três que prestam serviço internacional a Nova York. Para Sant'Anna, o fato de o pouso ter ocorrido em um aeroporto movimentado prova que não houve qualquer risco.

Embora admita que a morte de um piloto durante o pouso ou a decolagem poderia ter resultados bem mais graves, Sant'Anna diz que nunca ouviu falar de um caso do tipo. Para o escritor, o tempo gasto em tais procedimentos é curto e seria bastante improvável que o comandante morresse justamente neste momento.

Além de contar com copilotos capacitados para conduzir as aeronaves em situações como a que ocorreu com o vôo 61 da Continental, em emergências, as companhias aéreas deslocam seus melhores profissionais para orientar a tripulação a bordo do avião. De acordo com Sant'Anna, assim que comunicam o incidente, os copilotos recebem as orientações adequadas para garantir a segurança dos passageiros no restante do voo.

Fonte: Ana Ávila (Terra) - Foto: AFP

Seis sobrevivem a queda de avião na Colômbia

Acidente ocorreu próximo a aeroporto em Medellín.

Aeronave vinha de Cali teve problemas durante o pouso.


Bombeiros observam destroços do avião Piper PA-34 Seneca , prefixo HK-4423-P que caiu na manhã desta sexta-feira (19) próximo ao aeroporto Olaya Herrera, na cidade colombiana de Medellín.

A aeronave, vinda de Cali, teve problemas ao tentar pousar. O piloto e os cinco passageiros sobreviveram.

Fonte: G1 - Foto: AP

Sondas partem em busca de água e local de pouso na Lua

Visão artística das sondas lunares, logo após o lançamento. A LRO está na parte superior, tendo se separado da LCROSS e do foguete Centauro cerca de 3 horas após o lançamento

A NASA lançou no final da tarde desta quinta-feira um foguete Atlas levando a bordo as sondas espaciais LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) e LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite).

Sozinha, a LRO coletará mais informações da Lua do que todas as missões Apollo juntas. As duas sondas representarão a maior pesquisa da Lua feita desde o fim dos voos tripulados e o passo final necessário para o retorno do homem à Lua, planejado para o início da próxima década.

Encontrando locais de pouso

A LRO chegará na Lua na terça-feira, às 6h43, no horário de Brasília. A sonda entrará em uma órbita elíptica (30 km x 216 km) para ativação e checagem dos instrumentos. Seis dias depois, ela entrará em uma órbita circular polar de baixa altitude (50 km) para começar sua missão, com a primeira etapa prioritária prevista para durar 12 meses. Na sequência, ela continuará coletando dados científicos por mais três anos.

Os sete instrumentos científicos da LRO fornecerão dados essenciais para o retorno do homem à Lua, incluindo o primeiro mapeamento tridimensional do relevo lunar, com a indicação dos pontos de pouso mais seguros e mais promissores para novas pesquisas científicas. A localização de recursos minerais, inclusive água, que poderão ser úteis às futuras missões e o mapeamento da radiação ambiental também estão os objetivos prioritários da missão.

Existe mesmo água congelada na Lua?

Já a missão principal da LCROSS será responder a uma pergunta essencial: existirá de fato água congelada em algum lugar na Lua? Para tentar encontrar uma resposta, o último estágio do foguete Atlas, chamado Centauro, será usado como um projétil que deverá alvejar uma cratera no lado escuro da Lua.

O choque deverá acontecer no dia 9 de Outubro.

A LCROSS é formada pelo conjunto Centauro e a sonda propriamente dita, chamada Shepherding (pastor). As duas irão se separar 9h40 antes do impacto, em uma manobra que também dirigirá os instrumentos da sonda na direção do choque.

Duas crateras artificiais na Lua

A própria Shepherding se chocará com a Lua, cerca de quatro minutos depois do Centauro. Com isto, seus instrumentos poderão analisar o choque com grande proximidade. São dois espectrômetros na faixa do infravermelho próximo, um espectrômetro na faixa visível e ultravioleta, duas câmeras de infravermelho médio, duas câmeras de infravermelho próximo, uma câmera visível e um fotômetro de alta velocidade na faixa da luz visível.

Com seus 12 metros de comprimento por três de diâmetro e 2.249 quilogramas, o Centauro se chocará com o solo lunar a 9.000 km/h, num ângulo de inclinação entre 60 e 70 graus. Calcula-se que a cratera resultante medirá 4 metros de largura por 20 metros de comprimento e 2 metros de profundidade, levantando 350 toneladas de poeira e rochas que poderão atingir uma altitude de 50 km.

Depois de capturar todas as informações do primeiro impacto e transmiti-las para a Terra, a Shepherding, com seus 2.305 quilogramas, fará a sua própria cratera, levantando um pouco menos de poeira, alguma coisa próxima a 150 toneladas.

Com a análise à distância dessas nuvens de poeira, os cientistas esperam obter mais informações do que as disponibilizadas pelos 382 quilogramas de rochas lunares trazidas pela missão Apollo.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagem: NASA

Perita que atuou em acidente da TAM ajudará perícia do 447

Armário foi a maior parte do Airbus encontrada entre os destroços

A Secretaria Nacional de Segurança Pública solicitou a colaboração de São Paulo para identificar as vítimas do vôo da Air France que caiu no Oceano Atlântico. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado (SSP-SP), a perita criminal Cristina Lekiche Gonzzales, que participou da identificação dos corpos no acidente com o Airbus da TAM, em julho de 2007, foi enviada a Brasília para ajudar.

Especializada em DNA há mais de dez anos, ela trabalhará no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Na ocasião do acidente da TAM, São Paulo identificou 195 dos 199 mortos.

Fonte: Terra - Foto: Ana Lima Freitas (especial para o Terra)

TAM inicia hoje segundo voo diário para Montevidéu

A Tam inicia hoje (19/06) a operação do segundo voo diário para Montevidéu, no Uruguai. O novo serviço permitirá aos passageiros viajar de São Paulo para Montevidéu em horário noturno e fazer o percurso inverso no início da manhã. A rota será operada com aeronaves Airbus A320, configuradas com 12 assentos na classe Executiva e 144 na Econômica.

O voo JJ 8044 decolará de São Paulo (Aeroporto Internacional de Guarulhos) às 20h00 e chegará a Montevidéu (Aeroporto Internacional de Carrasco) às 22h35. No sentindo inverso, o voo JJ 8045 partirá da capital do Uruguai às 6h00 e pousará em São Paulo às 8h30. Este trecho terá início no dia 20 de junho.

Além desse novo serviço, a Tam continuará a oferecer uma frequência diária para Montevidéu, com partida no período da manhã. O voo JJ 8046 decola de São Paulo(Guarulhos) às 9h15 e chega a Montevidéu às 11h50. O percurso inverso é realizado no voo JJ 8047, partindo de Montevidéu às 14h15 e chegando a São Paulo às 16h45.

Fonte: Mercados & Eventos

Câmaras frias do terminal de cargas do Aeroporto de Brasília ganham monitoramento

O Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino Kubitschek (DF) recebeu um novo sistema de monitoramento de temperatura para câmaras frias. É um software desenvolvido por funcionários da Infraero que faz medições constantes da quantidade de calor ou frio no ambiente de armazenamento.

Cerca de 30% da carga movimentada no Terminal de Logística de Carga do Aeroporto de Brasília necessita ser manuseada em condições especiais, em ambiente refrigerado. São medicamentos destinados a programas sociais do Governo Federal, como material para pesquisa e remédios para AIDS, dentre outros.

A solução garante mais segurança e eficiência no controle das câmaras. Alarmes e mensagens por e-mail avisam as ocorrências de variações de temperaturas fora da faixa de tolerância, decorrentes de pane no equipamento. As temperaturas são monitoradas nas faixas de 2 a 8°C, no caso das câmaras de refrigeração e de -15 a -20°C nas câmaras de congelamento. Qualquer valor acima ou abaixo dos parâmetros disparará o alarme.

O software permite monitorar as oscilações das câmaras individualmente e possibilita a visualização das oscilações de temperatura em tempo real. O sistema também possui um gerador de banco de dados para armazenamento das leituras e gera relatórios nos períodos desejados, em texto e em gráficos.

Fonte: Mercado & Eventos

Acidente da Gol é o que tem mais parentes sem acordo

Os parentes de 63 vítimas das outras duas maiores tragédias aéreas brasileiras ainda não conseguiram acordo de indenização com as companhias. O número corresponde a 17,8% dos mortos no acidente com o Airbus A 320 da TAM em 2007 (199 vítimas) e com o voo 1907 da Gol (154) no ano anterior. Há também centenas de processos nas Justiças brasileira e americana para reparação dos danos.

A maior parte dos acordos em aberto diz respeito à indenização de familiares das vítimas do voo 1907 da Gol, que caiu na Floresta Amazônica após se chocar com um jato Legacy, em setembro de 2006. A companhia afirma ter concluído as negociações com parentes de 112 passageiros. No entanto, pessoas ligadas aos outros 42 ainda aguardam um desfecho.

Mesmo os parentes que já conseguiram acordo com a companhia lutam na Justiça por valores maiores. "A Gol se aproveitou de um momento difícil e realizou alguns acordos com valores baixos em troca de esses familiares desistirem do direito de acioná-los judicialmente", diz o advogado da associação de vítimas da tragédia, Dante D?Aquino. Houve indenizações de R$ 20 mil pagas às vítimas e por isso há questionamentos. "Além dos valores de seguro, precisa ser avaliado o lucro cessante, que é o que a pessoa deixou de ganhar. E isso precisa ser revertido para as famílias."

A TAM fechou acordo com famílias de 178 vítimas do acidente de julho de 2007 no Aeroporto de Congonhas. Na ocasião, 199 pessoas morreram. A companhia afirma que está em fase de conclusão da negociação com parentes dos outros 21 mortos. Além disso, há dez ações na Justiça do Brasil movidas por familiares e aproximadamente 110 nos Estados Unidos contra a TAM e as fabricantes do avião e de seus equipamentos. "Estamos indo depor nos Estados Unidos e esperamos que o julgamento seja em outubro do ano que vem. Acho que somente lá teremos um acordo final", diz Archelau de Arruda Xavier, vice-presidente da associação de vítimas.

Fonte: estadão.com.br

Air France adiantará 17,5 mil euros por vítima do voo AF447

A companhia aérea franco-holandesa Air France-KLM anunciou nesta sexta-feira que adiantará uma compensação de "cerca de 17,5 mil euros" (cerca de R$ 46 mil) aos familiares de cada uma das 228 vítimas do voo AF447, que caiu quando fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris.

"Na fase atual estaremos concentrados no primeiro adiantamento que será entregue por cada vítima, de cerca de 17,5 mil euros", declarou à emissora RTL o diretor-geral da companhia aérea, Pierre-Henri Gourgeon.

Em relação às críticas recebidas pela companhia aérea sobre a falta de informação aos parentes, Gourgeon assegurou que toda a companhia está mobilizada e que desde o início "se habilitaram todos os meios para estar em contato com as famílias e pessoas próximas às vítimas".

"Em cada país temos um representante para as 32 nacionalidades diferentes envolvidas", acrescentou o responsável da Air France-KLM, afirmando que "não há limite nos meios".

Fonte: EFE via Terra

Pantanal ingressa na Abetar

A Pantanal Linhas Aéreas é a nova associada da Abetar, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional. O ingresso foi oficializado hoje (18), e recebido com satisfação pelo presidente da entidade. Apostole Lazaro Chryssafidis. Lak atesta que a chegada da empresa vem fortalecer as iniciativas e os planos de fortalecimento da aviação regional no país e a necessidade da implantação de uma política para o setor, com planos e metas para a ampliação da malha aérea e melhorias na infraestrutura, entre outros pontos. "A vinda da Pantanal vai nos ajudar ainda mais na conquista dos objetivos", afirmou o dirigente.

Fundada em abril de 1993, a Pantanal opera com uma frota de 06 (seis) aeronaves ATR42, aviões turbo-hélices fabricados pela Aerospatiale (França) – e Alenia (Itália), participantes do consórcio Airbus. São aviões reconfigurados pela empresa para transportar 45 passageiros. Todas as poltronas são reclináveis e revestidas em couro legítimo.

Com operações a partir do aeroporto de Congonhas, na capital paulista, a Pantanal voa regularmente para as cidades de Araçatuba, Bauru, Marília e Presidente Prudente, todas no interior paulista (onde disponibiliza sala Vip nestes aeroportos), e para Juiz de Fora/MG e Maringá/PR.

Fonte: Brasilturis

Rússia ressurge com esperança no mercado de aeronaves comerciais

Décadas após ser deixado para trás pelos concorrentes do ocidente, a Rússia está buscando encenar uma volta no mercado de aeronaves civis com um novo avião de passageiros.

Sukhoi, a companhia muito mais conhecida por seus aviões militares, introduziu seu primeiro jato regional, o Superjet 100, no Paris Air Show nesta semana, tirando a maior vantagem do fato de que nenhum dos fabricantes de aviões mais conceituados do mundo tinha um novo produto voando diante o público.

Se a Sukhoi ficou desapontada por que a festa de inauguração da Superjet foi prejudicada pela persistente crise econômica global, o chefe-executivo da companhia, Mikhail A. Pogosyan, não estava demonstrando.

Da mesma forma que um suave protótipo de avião de 100 assentos decola sobre os stands no aeroporto de Le Bourget, Pogosyan insistia que as nuvens que pairava sobre a indústria da aviação eram prateadas.

“Eu gosto de crise”, disse um sorridente Pogosyan aos jornalistas nesta semana. “Eu gosto de trabalhar em tempo de crise porque aqueles que são fortes ficam mais fortes e aqueles que são fracos ficam mais fracos”.

“Até o fim da crise, o Superjet 100 estará em operação e será um produto comprovado”, disse.

Sukhoi diz esperar entregar seus quatro primeiros Superjets a dois clientes, a Aeroflot e uma companhia aérea da Armênia, Armavia, neste ano. Esses aviões devem entrar em serviço comercial no primeiro trimestre de 2010.

Sukhoi tem ambições muito maiores do que uma pequena linha de produtos proporia. O Superjet é seu único produto comercial. A companhia pretende vender cerca de mil aviões, o que listam cerca de US$ 30 milhões, em 15 ou 20 anos. Além disso, ela espera vender 70% deles fora da Rússia.

“Essa é uma aeronave mundial”, disse Pogosyan. “Com o progresso do programa, podemos começar a visar o ocidente. O Superjet é um produto de cooperação global, por isso esperamos que tenha um bom potencial”.

Em 15 anos, disse ele, a Sukhoi espera ter 20% do mercado mundial de jatos na categoria de 100 assentos.

No momento, os pedidos internacionais por Superjets parecem decisivamente menores. De 122 empresas que pediram o avião, 85 são clientes russos, incluindo um pedido por 24 aviões nesta terça-feira, feito pela companhia de aluguel de jatos AviaLeasing.

Com o Superjet, a Sukhoi está tentando entrar no mercado que já é dominado pela Embraer do Brasil e Bombardier do Canadá. A Mitsubishi do Japão também está desenvolvendo um modelo de 100 assentos, como também está fazendo o fabricante de avião chinês, AVIC.

“Eu acho que eles estão sendo ambiciosos demais em esperar qualquer número de dois dígitos no sentido de participação de mercado”, disse Doug McVitie, diretor de controle da Arran Aerospace em Dinan, na França.

A Bombadier e a Embraer, de acordo com ele, já têm 60% do mercado. A Mitsubishi pode, eventualmente, obter 20%, enquanto “as chinesas e russas terão de brigar pelo restante”, disse McVitie.

Sukhoi também estará brigando por negócios em um mercado que está diminuindo.

Em sua previsão mais recente de longo prazo, a Boeing prevê que o mercado mundial para jatos regionais contrairia aos poucos nos próximos 20 anos, em parte porque as preocupações sobre a economia e ambiental estão forçando as companhias aéreas a comprar aviões maiores.

Em seu panorama anual, a Boeing também prevê que a participação de mercado de jatos regionais cairia para 6% em 2028, de 16% em 2008.

“Eles estão entrando no pior mercado de aviação”, disse Richard L. Aboulafia, analista de aeroespaço do Teal Group em Fairfax, na Virginia, referindo-se a Surkhoi. “Jatos regionais são o único segmento que não cresceu nos anos favoráveis de 2002 a 2008”, disse Aboulafia.

Para ganhar clientes no exterior, analistas dizem que a Sukhoi deve também superar seu problema de imagem que assola muitas companhias russas: de que eles frequentemente têm falta de suporte técnico disponível e rápido para seus produtos depois da venda.

“Eu acho que não há palavras em russo para ‘assistência técnica’”, disse McVitie.

Pogosyan reconheceu o caso.

“Esse é um problema que permanece”, disse. Mas ele apontou que a Alenia Aeronáutica, subsidiária da Finmeccanica da Itália, é uma parceira industrial no projeto do Superjet. A Alenia tem uma forte reputação internacional e um histórico de longa data.

Sukhoi disse que desenhou para a Superjet uma rede de suporte ao consumidor do zero, apoiada extensivamente em uma rede de manutenção de três partes e companhias de serviços para aeronaves. Ela também assinou acordos com centros de manutenção na Índia, Cingapura, Finlância, Hungria, Alemanha e Canadá.

A empresa também tem um acordo com a Logística Técnica da Lufthansa em Frankfurt, para controlar a distribuição global de peças sobressalentes.

“Eu acho que somos capazes de oferecer qualidade no suporte pós-venda”, disse Pogosyan.

Fonte: Nicola Clark (The New York Times) via Último Segundo - IG

Oceanair lança nova promoção de passagens

Ficou mais fácil viajar da Cidade Maravilhosa à capital mineira, e vice-versa. A partir de hoje até o dia 30, os passageiros da OceanAir poderão pagar pelos seus bilhetes aéreos a tarifa mínima de R$ 67 por trecho nos voos diários que ligam a cidade do Rio de Janeiro (Santos Dumont) a Belo Horizonte – aeroporto de Confins.

As tarifas promocionais são lançadas em meio ao período da super promoção da companhia, que oferece condições especiais de pagamento. “Com promoções sempre especiais, nossos passageiros percebem o quanto são especiais para a empresa”, afirma o diretor executivo da OceanAir, Renato Pascowitch.

Fonte: Brasilturis

Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato (PI) terá voos diários durante Global Rock Art

O Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato vai realizar uma média de dez operações por dia durante o período do Global Rock Art - Congresso Internacional de Arte Rupestre, que se realiza na cidade a partir do próximo dia 29, promovido pela Federação Internacional de Organizações de Arte Rupestre (Ifrao), com o apoio do Governo do Piauí.

O Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato vai realizar uma média de dez operações

Para o período de 29 de junho a 3 de julho, estão confirmados voos diretos em aviões do tipo Bandeirantes de Teresina e da cidade pernambucana de Petrolina com destino a São Raimundo Nonato. “Entre pousos e decolagens, nossa previsão é de que teremos um total de dez operações diariamente”, diz Antônio Mesquita, da Esaero Soluções Aeronáuticas, empresa contratada pelo governo para cuidar das operações do aeroporto de São Raimundo Nonato neste período. A passagem Teresina-São Raimundo Nonato vai custar R$ 260 e para o trecho Petrolina-São Raimundo Nonato, R$ 169.

A Esaero Soluções Aeronáuticas tem sede em Recife e possui experiência na operação de aeroportos em regiões turísticas do Nordeste, sendo responsável, entre outros, pelo aeroporto da cidade de Ilhéus, uma das mais visitadas cidades turísticas do interior do Estado da Bahia.

Na última segunda-feira (15), foram iniciadas as obras de montagem da infraestrutura provisória que vai funcionar como casa de passageiros no Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato. Estão sendo montadas uma área receptiva com 400 metros quadrados, sala de operacionalização e salas para companhias aéreas. O projeto inclui ainda uma sala vip de 36 metros quadrados, banheiros, bebedouros e sinalização da área.

A estrutura vai funcionar até o próximo ano, quando deverá ficar pronta a casa de passageiros definitiva, cujas obras já foram autorizadas pelo governador Wellington Dias em sua última visita ao município, no início desta semana. A casa de passageiros vai custar cerca de R$ 8,3 milhões. Também foi autorizado o início das obras de ampliação da pista do aeroporto, que vai passar dos atuais 1,6 mil para 2,5 mil metros de extensão, podendo receber qualquer tipo de aeronave. Os 850 metros de pista da segunda etapa da obra terão um investimento de R$ 10,3 milhões.

Fontes: TV Canal 13 / CCOM

Associação francesa de vítimas do acidente com o voo 447 quer contato com brasileiros

Criada na França há menos de uma semana, a Associação pela Verdade e pela Defesa do Direito das Vítimas já reúne 45 famílias de passageiros - a maior parte franceses - do voo 447 e tem uma missão: agregar o maior número possível de parentes de vítimas, inclusive brasileiros, para aumentar o poder de reivindicação do grupo.

"Precisamos estar unidos. Temos a mesma dor, as mesmas preocupações. O ideal é termos uma só associação e que ela seja forte", avalia Pérola Milman, que mora em Paris há oito anos e perdeu o marido, francês, no acidente com o voo 447, no último dia 31. A aeronave caiu sobre o Atlântico, próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha, quando fazia a rota Rio-Paris.

Segundo ela, a criação da associação foi a primeira boa notícia em sua vida desde o acidente. "Tem sido bom estar em contato com outras famílias e tentar fazer alguma coisa contra essa sensação de injustiça." A ideia da associação é se preparar da melhor maneira possível para os processos judiciais que as famílias terão de participar.

A exemplo de vários parentes de vítimas em Paris, Pérola também se queixa da falta de apoio por parte da Air France. Ela relata que foi procurada, na terça-feira, por uma pessoa da companhia perguntando se estava bem. "Mas informação, mesmo, não nos passam nada", queixa-se a mulher, que busca informações simples, como o estágio em que se encontra a identificação dos corpos e que objetos pessoais foram encontrados até agora, por exemplo. "Contamos mais com o governo brasileiro, que tem sido mais aberto e passado mais informações, talvez justamente por estar menos implicado na situação", analisa.

No Brasil, Sandra Assali, da Associação Brasileira dos Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), afirma ter recebido muitos contatos de parentes dos passageiros do voo 447 nos últimos dias. Uma reunião com pelo menos 25 famílias está marcada para o próximo sábado, no Rio de Janeiro.

A associação francesa colocou um endereço de e-mail à disposição dos familiares brasileiros das vítimas: victimesaf447@gmail.com

Fonte: Carolina Nogueira (especial para EBC) via UOL Notícias

Mapa mostra relevo submarino da região de buscas pelos destroços do voo 447

A pedido do G1, Marinha elaborou imagem 3D da área.

Profundidade do mar no local é desafio para equipes.

A região onde estão concentradas as buscas por destroços e corpos de vítimas do acidente do voo 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico depois de decolar do Rio de Janeiro em 31 de maio, desafia as equipes da Marinha e da Aeronáutica, entre vários motivos, por ser de grande profundidade. A pedido do G1, a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil preparou um mapa em três dimensões que mostra o relevo da área em detalhes.

Nesta semana, o Departamento de Pesquisas e Análises (BEA, na sigla em francês) para a Segurança da Aviação Civil da França também divulgou mapas sobre a topografia da área e sobre a localização dos destroços até agora encontrados. Confira todas essas imagens abaixo e clique sobre elas para ampliá-las.

Imagem mostra topografia da região onde se concentram as buscas pelos destroços do acidenteImagem: Marinha do Brasil/Diretoria de Hidrografia e Navegação e Editoria de Arte/G1

A mesma imagem da foto acima, vista de um novo ângulo
Imagem: Marinha do Brasil/Diretoria de Hidrografia e Navegação

Uma terceira visão da região
Imagem: Marinha do Brasil/Diretoria de Hidrografia e Navegação

Imagens mostram os diferentes lugares em que os destroços foram encontrados a cada dia, de 6 a 10 de junho, provavelmente movimentados pelas correntes marítimas
Imagem: Departamento de Pesquisas e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França

Imagem mapeia a posição de cada destroço do Airbus A330 encontrado pelas equipes de busca e a última posição conhecida da aeronave em voo
Imagem: Departamento de Pesquisas e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França

Imagem divulgada em relatório preliminar mostra a formação do fundo do mar no local onde foram encontrados destroços do Airbus da Air France. O texto ressalta que não foram encontrados vestígios do acidente nos primeiros dias, que não havia dados de radar e que o ambiente é desfavorável
Imagem: Departamento de Pesquisas e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França


O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo, de número 447, deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris em 31 de maio, às 19h30 (horário de Brasília), e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.

Se preferir, baixe as imagens fornecidas pela Marinha aqui.

Fonte: G1

Embarcação com destroços e bagagens do voo 447 chega ao Recife

Corveta Caboclo levava material que será entregue a técnicos franceses.

No IML da capital pernambucana, 49 corpos passam por perícia.



A Corveta Cabloco chegou ao Recife na manhã desta sexta-feira (19). A embarcação transporta destroços e bagagens do voo 477. O material deverá ser entregue a técnicos franceses, responsáveis pela investigação das causas do acidente aéreo.

O trabalho de buscas continua. A Fragata Bosísio, da Marinha brasileira, retorna para a área de buscas nesta sexta. O navio estava em Natal para manutenção de rotina.

Nota divulgada pelos centros de comunicação da Marinha e da Aeronáutica afirma que "não estão satisfatórias" as condições meteorológicas na área onde acontecem as buscas.

No total, foram resgatados 50 corpos. Quarenta e nove deles já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal do Recife e passam pelo processo de identificação. Segundo a Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, quatro técnicos franceses acompanham os trabalhos.

O capitão Giucemar Tabosa, da Marinha, disse ao G1 que um corpo e despojos estão no Navio-Tanque Gastão Motta, que permanece na região das buscas. Não há previsão de quando o material será levado até o continente.

Em nota publicada no domingo (14), os comandos da Marinha e da Aeronáutica informaram que, a partir desta data, devem usar o termo "despojo mortal" e não mais corpo para contabilizar o que for encontrado no oceano, por causa "da impossibilidade de se verificar apenas por contato visual o estado dos corpos".

O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo, de número 447, deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris em 31 de maio, às 19h30 (horário de Brasília), e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.

Fonte: G1

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 21

ACOMPANHE OUTRAS NOTÍCIAS SOBRE O ACIDENTE

QUINTA (18)

- 18h21 - Despojos encontrados por navio francês foram transferidos para embarcação brasileira, diz Marinha

- 18h06 - Mais destroços. A Fragata Bosísio retorna na sexta (19) à área de buscas. O navio estava em Natal para manutenção de rotina. Nas buscas desta quinta, foram avistados e recolhidos apenas destroços.

- 18h01 - Leia íntegra de bate-papo com repórteres da Agência Folha sobre o voo 447

- 13h11 - Buscas do voo 447 continuam por tempo indeterminado, diz FAB

- 11h59 - Congresso francês vai fiscalizar indenizações do voo AF447

- 9h38 - Convenção. A indenização às famílias dos passageiros do voo 447 deverá ser feita segundo a convenção internacional de aviação civil. A declaração foi dada pelo presidente do Senado francês Gérard Larcher, em entrevista coletiva à imprensa.

Resumo anterior:

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Fontes: G1 / UOL Notícias / Terra

Trip anuncia interesse em ampliar rotas aéreas em Mato Grosso

A Trip Linhas aéreas prtende ampliar o número de voos regionais dentro do Estado de Mato Grosso. Nesta quinta feira (18.06), o presidente da companhia, José Mario Caprioli, esteve reunido com a secretária adjunta de Desenvolvimento do Turismo, Vanice Marques, para discutir a readequação da malha aérea da empresa.

A nova malha aérea, segundo Caprioli, terá a intenção de estimular o transporte aéreo local com ligações que fortaleçam o turismo, ligando, por exemplo, Cuiabá a outras capitais.

A empresa vai apresentar seu projeto de expansão a outros setores da sociedade local e pretende, em breve, divulgar suas novas rotas como, por exemplo, as que ligam Cuiabá a Manaus, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Seguro (BA).

Em abril de 2009, a Trip Linhas aéreas assinou com o Governo do Estado um protocolo para receber isenção de 50% do ICMS sobre o combustível para as aeronaves. A Trip iniciou as operações em Cuiabá desde 2000 e já soma voos para 36 destinos brasileiros.

Segundo Vanice Marques, é muito importante o aumento da malha regional no Estado, não só para oferecer um número maior de rotas aos turistas. “Além de consolidar Mato Grosso como um dos principais destinos turísticos do país, o setor econômico também serão beneficiado”, disse a secretária adjunta.

Fonte: 24 Horas News