domingo, 14 de junho de 2009

O que já dizem os corpos

As primeiras vítimas resgatadas do mar têm agora uma última e nobre missão: fornecer, através do exame de seus corpos por especialistas, informações preciosas sobre o que causou a tragédia. Como os doadores de órgãos, elas sobreviverão nas vidas que vão ajudar a salvar

RESGATADO DO MAR

Corpo de uma vítima do voo 447 chega ao aeroporto do Recife: o avião caiu com 228 pessoas a bordo - Foto: Roberto Candia (AP)

A dor irreparável das famílias das vítimas do Airbus da Air France que caiu no meio do Atlântico tem um contraponto na nobreza da derradeira missão de seus entes queridos. Resgatados do mar e examinados por especialistas, seus corpos começaram a fornecer informações preciosas sobre as circunstâncias em que se deu a tragédia do Airbus da Air France, com 228 pessoas a bordo, há duas semanas. Como ocorre em todos os desastres aéreos, essas informações vão se transformar em lições para que se construam aviões mais seguros. As vítimas do voo 447, assim como os doadores de órgãos, continuarão a viver nas vidas que ajudarão a salvar. As perguntas para as quais já se encontraram respostas, ainda que parciais, incluem algumas das que mais angustiam os parentes das vítimas. De que maneira os passageiros e tripulantes morreram? Teriam eles sofrido? Na semana passada, à medida que as equipes de resgate recolhiam do mar os corpos das vítimas e os destroços da aeronave, essas questões começaram a ser esclarecidas.

Profissionais envolvidos nas operações de resgate e de reconhecimento dos corpos já periciados do voo 447 da Air France ouvidos por VEJA dizem que, ao contrário do que se especulou inicialmente, os ferimentos sofridos pelas vítimas fazem supor que o avião não explodiu nem se desintegrou inteiramente no ar, ejetando os passageiros a grande altura sobre o oceano. É quase certo que o aparelho caiu na água, ainda com a fuselagem preservada – pelo menos em parte – e com muitos dos passageiros em seu interior. No momento da queda, todos os ocupantes do Airbus já estariam mortos por asfixia, causada pela rápida despressurização da cabine momentos antes da queda. O alerta sobre a despressurização da cabine consta das duas dezenas de mensagens automáticas enviadas para o centro de controle da Air France pela aeronave, comunicando falhas graves nos sistemas de navegação, enquanto cruzava uma tempestade. A companhia aérea confirmou a VEJA o recebimento dessa mensagem, expressa pelo código "cabin vertical speed". Com a mudança repentina de pressão dentro do avião e a consequente falta de oxigênio, os passageiros e tripulantes teriam sofrido hipóxia cerebral – falta de oxigenação – e desmaiado em menos de meio minuto. Sem a volta do fornecimento de oxigênio, todos teriam morrido rapidamente.

BUSCA PELOS NOMES - Corpos chegam a Fernando de Noronha em helicóptero da FAB: documentos e objetos pessoais vão ajudar na identificação - Foto: Marcelo Jorge Loureiro

A tese da morte por asfixia é reforçada pelo fato de os primeiros corpos periciados apresentarem o que os legistas chamam de "dentes rosados". Eles são o resultado de hemorragias junto às raízes dentárias, típicas de vítimas de sufocamento. Os exames dos órgãos internos poderiam ajudar a comprovar a tese da asfixia, mas os legistas acreditam que as lesões características dessa forma de morte, como o rompimento dos tímpanos e o inchaço dos pulmões, não poderão mais ser comprovadas por causa do estado de decomposição dos corpos. Caso eles estivessem mais bem preservados, o reconhecimento das vítimas seria mais fácil, já que nas roupas de algumas delas foram encontrados documentos, objetos pessoais e até cartões de embarque.

Os peritos apontam outras provas de que pelo menos parte do Airbus chegou ao solo inteira. Se o avião tivesse explodido ou se desintegrado no ar, os corpos estariam muito mais machucados. A maioria dos cadáveres apresenta o chamado "sinal das quatro fraturas". Essa expressão da medicina legal se aplica a vítimas com fraturas nos terços médios de pernas e braços. São lesões comuns em pessoas que se jogam de edifícios e caem em pé. O "sinal das quatro fraturas" teria sido produzido nas pernas na hora do impacto da fuselagem sobre a água. No caso dos braços, pela força da gravidade no momento de uma desaceleração violenta. Amparados nessas evidências, os legistas descartam a possibilidade de que esses corpos tenham sido lançados para fora do avião em pleno ar, como ocorreu em 2006 com o Boeing da Gol que se chocou com o jatinho Legacy na Amazônia e se fragmentou. "Serão necessários mais exames para avaliar o estado dos órgãos internos dos corpos, mas as lesões sugerem que as vítimas estavam sentadas e que o avião pode ter batido violentamente de barriga sobre o mar", diz um perito. "Se essas pessoas tivessem caído do avião ainda no ar, teriam múltiplas fraturas, além das que observamos apenas nos membros superiores e inferiores. Além disso, seus órgãos estariam destruídos", ele conclui.

Na sexta-feira passada, as equipes de resgate completaram onze dias de operações de busca numa área maior que a do estado do Acre. A Aeronáutica reconhece que nem todos os corpos poderão ser retirados do mar. Primeiro, porque as correntes marinhas continuam a espalhá-los para longe do local do acidente. Segundo, porque é possível que aqueles ainda desaparecidos estejam presos dentro da fuselagem submersa. Por fim, porque, pela data do acidente, os corpos já estão prestes a entrar na terceira fase do processo de decomposição, a chamada esqueletização. Nessa etapa, os gases que trazem os corpos para a superfície começam a escapar devido à degeneração dos tecidos e os cadáveres voltam ao fundo do mar. "A partir dessa fase, que está na iminência de começar, será impossível localizar corpos na superfície", diz Reginaldo Inojosa, professor do curso de mestrado de perícia forense da Universidade de Pernambuco.

Fotos AFP, AP e Bruno Domingos/Reuters

PEÇAS DE UM MISTÉRIO

Destroços em alto-mar: exame das peças pode fornecer informações cruciais para esclarecer as causas do acidente que derrubou o Airbus da Air France. As imagens mostram mergulhadores da Marinha recolhendo o estabilizador vertical do avião (no alto) e pedaços menores da fuselagem (à dir.). Análises preliminares dos primeiros corpos encontrados (à esq.) sugerem que os passageiros morreram por asfixia, devido à rápida despressurização da cabine

As primeiras informações fornecidas pela análise dos corpos recolhidos no mar começam a explicar as circunstâncias do desastre com o voo 447 da Air France. Falta ainda encontrar respostas para várias questões técnicas sobre a sequência de acontecimentos que levaram o Airbus a se espatifar. São elas:

O avião enfrentou uma "tempestade perfeita"?

As imagens feitas por satélite indicam que não. No jargão da meteorologia, "tempestade perfeita" é uma tormenta de magnitude descomunal, resultado de uma série de fatores improváveis e simultâneos. O furacão Katrina, que arrasou Nova Orleans em 2005, é um exemplo desse tipo de fenômeno. O aglomerado de nuvens cúmulos-nimbos (CBs) que estavam na rota do Airbus era de grande porte, mas não resultava de nenhum fenômeno meteorológico extraordinário. Nuvens de intensidade maior que a do cenário do acidente costumam ser avistadas acima da América do Sul, especialmente no verão.

Uma nuvem cúmulo-nimbo pode derrubar um avião de grande porte?

Sim. Nenhum avião é construído para resistir às condições extremas das áreas de atividade mais intensa de uma CB. Por isso, as normas de segurança aérea recomendam que não se atravessem nuvens desse tipo. Elas abrigam em seu interior ventos com diferentes direções e velocidade média de 200 quilômetros por hora, blocos de granizo do tamanho de maçãs e fortes descargas elétricas. Aglomerados de nuvens CBs, como os que estavam na rota do Airbus, são ainda mais perigosos, pois apresentam várias regiões de atividade intensa em seu interior, os chamados núcleos. Os riscos de avarias nas partes móveis, nas asas e nos vidros da aeronave são grandes. Esses danos podem desestabilizar o avião, provocar a despressurização da cabine ou comprometer sistemas vitais à navegação.

O piloto pode ter entrado na tempestade devido a defeitos no radar meteorológico?

Sim. Um problema no radar ou um erro de interpretação do piloto ao avaliar os dados do equipamento pode tê-lo levado à decisão equivocada de seguir adiante e entrar numa área de atividade intensa da nuvem. Mesmo grandes jatos, como o Airbus A330-200, são dotados de uma única antena de radar, posicionada no nariz do avião. A uma velocidade de 870 quilômetros por hora, uma rajada de pedras de granizo com apenas 1 centímetro de diâmetro poderia comprometer a antena e a análise das condições meteorológicas. Outra hipótese é que o radar estivesse desregulado. Durante o voo, o piloto precisa fazer cerca de quatro ajustes no ângulo da antena do radar. Caso a regulagem não tenha sido precisa, o piloto pode não ter enxergado uma área perigosa da CB a tempo de se desviar dela.

O piloto pode ter decidido atravessar a CB para economizar combustível?

Não. Nenhum piloto economiza combustível pondo em risco a segurança do avião.

Se os computadores dos aviões mandam mensagens via satélite sobre falhas nos sistemas de bordo, por que não enviam também as conversas na cabine e outros dados que ajudariam a esclarecer acidentes?

Porque a caixa-preta já armazena uma quantidade muito grande de informações e a comunicação via satélite é muito cara.

O fato de o Airbus ter enviado alertas automáticos de panes durante quatro minutos significa que o avião levou quatro minutos para cair?

Não necessariamente. Não se sabe se a última mensagem coincide com a queda do avião. A pane que danificou vários sistemas a bordo pode ter avariado o aparelho que envia os alertas automáticos.

O pitot, peça cuja falha teria iniciado a sequência de panes no Airbus, pode derrubar um avião?

Isoladamente, não. Sem o pitot, o piloto fica sem informações sobre a velocidade da aeronave. Mas, nesse caso, há procedimentos-padrão destinados a garantir a segurança do voo. A dúvida é se a falha do pitot desencadeou ou não uma série de erros eletrônicos ou de pilotagem. Isso seria coerente com uma das raras certezas existentes sobre acidentes aéreos: a queda de um avião é sempre o resultado de uma combinação de fatores, e não de um único erro ou defeito.

Fonte: Leonardo Coutinho, com reportagem de Paula Neiva, Laura Ming, Leandro Beguoci, Leandro Narloch e Renata Moraes (Revista Veja)

Crise econômica faz setor de aviação cair em parafuso

Apertem os cintos

A crise econômica está abalando o setor da aviação e nenhuma empresa ficou imune. Os lucros das companhias aéreas estão sofrendo enquanto as encomendas de novos aviões diminuem. Não há como dizer quando a turbulência poderá terminar.

Parece uma espécie de pesadelo tubular. Randy Tinseth, diretor de marketing da Boeing, prevê que apesar dos inúmeros problemas atuais "veremos nossa indústria crescer", segundo disse no final de uma conversa por telefone. A aviação continua sendo "uma parte altamente valorizada e integral do tecido social e econômico do mundo", ele disse.

As empresas aéreas modificaram suas atitudes sobre o Airbus A380 (modelo da foto). Muitas agora acham que usar um avião tão grande é arriscado demais do ponto de vista financeiro - Foto: Luiz Carlos Marauskas (Folha Imagem)

E quando se olha 20 anos à frente a situação realmente não parece tão terrível - pelo menos quando se analisam as previsões anuais da Boeing para as próximas duas décadas. A companhia disse na quinta-feira que cerca de 29 mil novos aviões serão necessários até 2028. Antes dos prognósticos deste ano, a Boeing havia previsto novas encomendas de 29.400. A empresa calcula o valor das máquinas encomendadas em US$ 3,2 trilhões, de acordo com o número do último do ano passado.

Mas neste momento a situação econômica do setor é sombria. Nesta segunda-feira, 2.000 representantes de todo o mundo se reunirão no Aeroporto de Le Bourget em Paris para a tradicional feira de aviação. Sob circunstâncias normais, o evento teria um clima de comemoração, pois a feira marca seu 100º aniversário e a Airbus comemora seu 40º. Mas diante dos atuais problemas o clima não será nada animado.

De fato, a indústria da aviação está nas garras de sua pior crise até hoje. "A terra está tremendo, nossa indústria está abalada", explicou o chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata na sigla em inglês), Giovanni Bisignani, na reunião anual da organização. Seu grupo, que representa 230 companhias aéreas, estima que a indústria sofrerá um prejuízo total de US$ 9 bilhões em 2009. Até março, Bisignani havia falado em perdas de US$ 4,7 bilhões. "Cerca de 100 mil empregos estão ameaçados se a economia não melhorar", advertiu o economista-chefe da Iata, Brian Pearce. "Nossa indústria está lutando pela sobrevivência", disse Bisignani. "Não vejo qualquer motivo para otimismo hoje."

E mesmo quando a imagem melhorar ainda há incertezas sobre as consequências da crise em longo prazo. Segundo a Iata, o setor levou três anos para se recuperar do impacto dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Na época as vendas caíram 7% e hoje estão 15% menores.

Problemas tamanho jumbo

A queda no número de passageiros e de carga sofrida pelas companhias aéreas está atingindo duramente os fabricantes. A Airbus, em particular, sofre pressões com o prestígio de seu Superjumbo A380 abalado pela crise. Há preocupações de que as dificuldades se prolonguem demais.

Steven Udvar-Hazy, que dirige a International Lease Finance Corp (ILFC), já pensou em cancelar sua encomenda de dez aviões. As empresas aéreas modificaram suas atitudes sobre o Airbus A380, disse ele. Muitas delas agora acham que usar um avião tão grande é arriscado demais do ponto de vista financeiro.

É um duro golpe para a Airbus. A ILFC é o cliente isolado mais importante dos europeus e da Boeing. Além disso, Hazy é considerado uma espécie de guru do setor. Vários clientes do A380 já disseram que querem adiar as datas de entrega dos novos aviões. No início de maio a Airbus, mais uma vez, cortou o número de aviões A380 que pretende fabricar este ano para 14, quatro a menos do que havia planejado.

Ainda pior, a Airbus enfrenta problemas com seu avião de transporte militar A400M. O programa já está três anos atrasado. Mas a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, agora querem prorrogar o prazo, que daria à Airbus mais seis meses para acertar novas condições de contrato com seus clientes.

Mas os diretores de sua rival americana Boeing também têm poucos motivos para otimismo neste momento. No primeiro trimestre seus lucros caíram 50%, para US$ 610 milhões, levando a companhia a reduzir sua previsão de lucros para este ano. Em vez de ganhos de US$ 5,35 por ação, agora ela espera entre US$ 4,7 e US$ 5.

A companhia também anunciou que no próximo ano pretende construir cinco em vez das sete aeronaves 777 previstas. Um planejado aumento da produção dos aviões 747-8 e 767 também está sendo adiado.

Empresa anuncia que construção de boeings 777 (modelo da foto) vai diminuir em 2009 - Foto: Kevin P. Casey (AP)

Crédito secando

Os livros de encomendas da Boeing e da Airbus continuam cheios, o que significa que a produção parece garantida para os próximos anos. Mas com os mercados de crédito secando as companhias aéreas mais atingidas poderão achar difícil financiar suas compras planejadas, advertem os especialistas.

A ILFC também está em dificuldades. Ela continua rentável - mas o negócio de leasing depende de acesso ao capital. E a empresa pertence à debilitada gigante dos seguros AIG. A classificação da ILFC tem sido constantemente rebaixada, acompanhando a de sua companhia matriz, que enquanto isso foi nacionalizada. Portanto, fica ainda mais difícil conseguir crédito. De fato, um colapso completo da ILFC é uma possibilidade distante. O setor espera que a venda da ILFC logo se concretize, como foi anunciado pela AIG. Hazy falou recentemente sobre um acordo iminente com um consórcio de investidores.

Portanto, não é uma surpresa que a Airbus só tenha fechado um décimo de suas encomendas previstas para este ano. E a Boeing, no início de maio, não tinha novas encomendas para o ano, depois de uma série de cancelamentos. Cerca de 25 pedidos foram cancelados só do novo Boeing 787 Dreamliner de longa distância.

Falando sobre a grande esperança da companhia, o jato Dreamliner, o diretor de marketing Tinseth diz que mais de 800 deles foram encomendados e que o avião deverá ajudar as empresas aéreas a lucrar em novos mercados. Enquanto isso, a Boeing está dando "grandes passos à frente", preparando-se para o voo de estreia da aeronave, que depois de grande atraso deverá ocorrer no final de junho.

O setor da aviação é um negócio cíclico, diz Tinseth, em tom de consolo. Em longo prazo o mercado se estabilizará. Na média, o número de passageiros anuais deverá aumentar 4,9% até 2028, ele explicou. Enquanto isso, no setor de carga está previsto um aumento de 5,4%. Mas sobre o xis da questão - quando ocorrerá o ponto de virada - Tinseth permanece calado.

Fonte: Anne Seith e Timo Kotowski (Der Spiegel) via UOL - Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Brasil começa a usar em agosto novo sistema de monitoramento de aviões por satélite

Os controladores do espaço aéreo brasileiro começam a utilizar, em agosto, um novo tipo de monitoramento de aeronaves. Segundo reportagem de Fábio Vasconcellos e Túlio Brandão publicada na edição deste domingo do Globo, o Automatic Dependent Surveillance-Broadcast (ADS-B) permite saber, via satélite, a posição exata dos aviões, mesmo em áreas onde não há radares terrestres, como parte da rota Rio-Paris, sobre o Oceano Atlântico, onde caiu o A330 da Air France com 228 pessoas a bordo.

A tecnologia funciona desde que o avião e os centros de controle estejam equipados. O Airbus que fazia o voo 447 tinha o ADS, o que poderia ter facilitado a sua localização, caso o sistema brasileiro já estivesse em operação.

Estima-se que aproximadamente 70% do espaço aéreo mundial não sejam cobertos pelos radares terrestres, que ajudam no monitoramento dos aviões. O novo sistema ADS, que passa a funcionar inicialmente na rota América do Sul-Europa, é parte de uma série de mudanças que estão sendo feitas pelo Brasil para aderir ao modelo mundial de controle aéreo CNS/ATM (sigla em inglês), que significa Comunicação, Navegação, Vigilância/Gerenciamento de Tráfego Aéreo.

O CNS é considerado o que há de mais moderno em controle de voo. Permite que o globo terrestre seja totalmente mapeado por uma constelação de satélites americanos e europeus. Com isso, as aeronaves serão não apenas monitoradas on-line, como também haverá troca de dados constante entre o avião e os controladores. Pelo cronograma, o CNS deverá ser implantado totalmente na Europa e nos Estados Unidos até 2023 e, no Brasil, até 2024. Outra mudança prevista para agosto na rota América do Sul-Europa, em aeronaves com a tecnologia disponível, será a troca de informações: deixa de ser apenas por voz e passa a ser por dados.

- A previsão é que até 2013 todas as aeronaves estejam adaptadas ao ADS - explica o tenente-brigadeiro do ar Ramon Borges Cardoso, diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Fonte: O Globo

MAIS

Como funciona o ADS-B

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Imagens: ADS-B Technologies

A primeira pedra a cair do muro

O Boeing 737-400, prefixo SP-LLC, da empresa LOT Polish Airlines pintado de dourado pelo artista plástico Pawel Althamer.

A aeronave saiu de Varsóvia dia 04 de junho em direção a Bruxelas e foi decorada em comemoração aos 20 anos da queda do comunismo.

A Queda do Muro de Berlim só ocorreu em novembro, mas em 4 de junho de 1989, a Polônia atirava a primeira pedra sobre o totalitarismo - e ajudava a ruir as estruturas do muro.

As eleições democráticas de 4 de junho, que elegeram o carismático Lech Walesa, do Movimento Solidariedade, mudaram o destino da Europa.

Após as eleições, foi a vez do intelectual católico e dissidente Tadeusz Mazowiecki ser nomeado em agosto como o primeiro chefe de um governo não-comunista no seio do bloco de Leste.

As cerimônias ocorreram no castelo real em Cracóvia, na Polônia, na presença de nomes como Angela Merkel, chanceler alemã, Donal Tusk, primeiro ministro polaco, e Lech Walesa, chefe histórico do sindicato e Prêmio Nobel da Paz. "O 4 de Junho trouxe uma vitória decisiva da democracia na Polónia e finalmente em toda a Europa do Leste", disse a chanceler.

Fonte: Cristiane Schmitz (Anexo Idéias) - Foto: EFE

Vampiros e diabos no deserto americano

No deserto de Mojave encontram-se dois dos esquadrões mais famosos da US Navy, com as mais possantes e letais aeronaves

Céu de brigadeiro quase o ano todo, um enorme polígono de mais de 4 bilhões de m² de deserto e um espaço aéreo sem restrições são algumas das características que fazem da Base de Armas Aeronavais China Lake um local muito especial, além de ser um dos mais secretos do mundo.

Foto de satálite da Naval Air Weapons Station China Lake, na California - Imagem: NASA - Clique sobre a imagem para ampliá-la

Conhecida como "O lago" pelos moradores locais, China Lake encontra-se a 275 km ao nordeste de Los Angeles, na extremidade ocidental do deserto de Mojave, perto do famoso Vale da Morte (com temperaturas superioes a 50ºC), e faz parte do Complexo de Testes Oeste, junto com as bases de White sands e Point Mugu.

Em China Lake, se encontra a Divisão de Armas do Centro de Guerra Aeronaval, onde a Marinha e os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desenvolveram e testaram praticamente todas as armas do seu arsenal durante os últimos 50 anos. Lá é realizado o processo completo de desenvolvimento, desde a pesquisa, passando pela fabricação do protótipo e os seus testes, até a avaliação e documentação, além do apoio à produção e às unidades que as utilizam.

Por armas, não devemos entender apenas bombas, mísseis e similares. Trata-se de novas aeronaves e qualquer equipamento ou sistema que se deseje introduzir em uma aeronave já em serviço.

O F/A-18 é o avião mais numeroso nos esquadrões de China Lake - Clique sobre a imagem para ampliá-la

Assim, as unidades de testes também trabalham em aspectos como a guerra eletrônica, a detecção de ameaças, as contramedidas, os sistemas de ataque noturno e os assentos ejetáveis.

Na base trabalham 630 militares e 3 250 civis, apoiados por outros 1 700 funcionários de diferentes empresas fornecedoras.

China Lake possui vários locais de testes independentes, muito bem equipados com radares, sistemas laser de seguimento e câmaras que permitem seguir a aeronave do pátio da base até o local de testes, ver como lança as armas e a sua volta à base.

Diagrama do Aeroporto - Imagem: FAA - Clique sobre a imagem para ampliá-la

Tudo isso de uma forma sem igual em qualquer outra base do mundo, o que atrai visitantes de outras forças aéreas, embora, além da Marinha, o Centro de Ensaios em Voo da USAF (a Base Aérea Edwards também fica no deserto de Mojave) seja o maior usuário dessas instalações.

Outro importante visitante habitual é a Força Aérea Britânica e, especialmente, os Jaguar e Tornado da Unidade de Avaliação Operacional de Jatos e Armas localizada na base de Coningsby e, mais recentemente, também da RAF, um dos novos Astor R1.

A Divisão de Armas do Centro de Guerra Aeronaval dispõe em China Lake de dois esquadrões, o VX-9 e o VX-31, cada um deles com funções diferentes dentro do programa de testes que acompanha a entrada em serviço das novas armas.

VX-31 "DUST DEVILS"

O comandante Eric Holmberg é o principal responsável por essa unidade.

Os "Dust Devils" realizam todas as pesquisas, desenvolvimentos, testes e avaliações que são feitos em China Lake, trabalhando tanto de forma independente quanto junto a fabricantes e fornecedores, os quais, em muitas ocasiões, "alugam" a unidade para que ela realize ensaios para eles, pagar esses despesas é muito mais barato que manter uma frota própria de aeronaves adequadas para os testes. Testar uma arma não é apenas pendurá-la de um avião e dispará-la.

Inicialmente, é necessário se assegurar que ela possa ser operada pelo subtipo de avião disponível. A seguir, trabalhando junto ao fabricante, o VX-31 testa exaustivamente a arma e o seu software para verificar se pode ser usada em todo o envelope de voo do avião e que os seus parâmetros e simbologia são os corretos.

Tudo isso antes de passá-la aos seus colegas do VX-9, os quais se encarregarão da avaliação operacional. Um ambiente muito complexo, e o fato de que em muitas ocasiões são exploradas novas áreas, faz com que a unidade disponha de uma grande variedade de pilotos.

O trabalho pode ser qualquer coisa menos monótono. Algumas vezes, determinados pilotos devem se encarregar exclusivamente de um projeto, mas em outras ocasiões cuidam de vários ao mesmo tempo. Sua missão é trabalhar lado a lado com os engenheiros encarregados de solucionar quaisquer problemas detectados durante os testes. De acordo com Brady Bartosh piloto chefe de testes do VX-31: "O que fazemos aqui é voar, consertar e voar".

O VX-31 dispõe de 31 aeronaves com as quais, em 2008, realizou 4 565 horas de voo. São 18 Boeing (McDonnell Douglas) F/A18 (um A+, dois B, três C, dois D, dois E e oito F), um North American T-39 Sabreliner, um Bell UH-1Z, un AH-1Y, três Sikorsky SH-60S/F, seis McDonnell Douglas Harrier (cinco AV-8B e um NAV-8B) e um Bell T-34 Mentor.

Durante o ano de 2008, a unidade substituiu seus UH-1 de diferentes modelos pelos mencionados SH-60. A missão de ambos os helicópteros é o SAR civil. Da mesma forma, trocou os dois Metro civis que eram usados para o transporte de pessoal entre China Lake e Point Mugu, por dois Gulfstream I operados pela Phoenix Air.

O Esquadrão também viu reduzida sua frota de Harrier devido à falta de aviões nas unidades de primeira linha. Finalmente, no ano passado, terminaram os trabalhos com o EA-18G Growler e o exemplar que possuía passou para o VX-9 para os testes operacionais.

A missão do T-34 Mentor é a segurança aérea. No passado, aconteceram vários acidentes devido à chamada hipnose de alvo. Em algumas ocasiões, o piloto concentrado em acertar o alvo em terra se esquece de pilotar o avião e se choca contra o solo, ou é atingido por fragmentos do alvo.

Por isso, a missão dos pilotos do T-34 é orbitar sobre os alvos e avisar o piloto caso ele se aproxime demais do solo.

VX-9 "VAMPIRES"


O comandante Ian C. Anderson é o chefe dessa unidade. Como já foi mencionado, a missão do VX-9 é testar as novas armas em condições reais.

Quando o VX-9 se encarrega de um programa, sua primeira missão é escrever os manuais e documentos de estratégia, avaliar o software do protótipo, além dos sistemas de controle de voo e armas para determinar a sua validade para os esquadrões operacionais. É o que se conhece como testes operacionais.

Isso significa que, diferentemente dos seus colegas do VX-31, o pessoal do VX-9 não tem nenhuma relação com o fabricante ou com os fornecedores.

Além disso, como a sua missão é fazer os testes em cenários o mais reais possível, não é difícil encontrá-los participando de exercícios como o Cope Thunder, no Alasca ou o Red Flag em Nellis.

A maioria dos pilotos do VX-9 é oriunda dos esquadrões operacionais, mas poucos são pilotos de testes.

O motivo é que é necessário que nos testes sejam refletidas as habilidades dos pilotos que usarão a nova arma. Antes de chegar ao VX-9, o piloto deve ter passado entre cinco e seis anos voando em uma unidade operacional.

Em muitos casos, a transferência para o Esquadrão VX-9 ocorre logo após o primeiro deslocamento embarcado do piloto com o seu esquadrão.

Normalmente, cada piloto passa três anos no VX-9, tempo durante o qual é qualificado
em vários tipos de avião.

Como em todas as unidades de testes, o trabalho no VX-9 é muito estafante. Os pilotos não devem apenas levar suas aeronaves a realizar manobras extremas, mas, ao mesmo tempo, analisar o comportamento dos sistemas e fazer anotações em cadernetas presas às pernas, para o caso de quaisquer falhas nos sistemas de gravação instalados a bordo.

Atualmente, o esquadrão dispõe de vários Boeing (McDonnell Douglas) F/A-18 de diferentes versões, como o VX-31; helicópteros Bell AH-1W, AH-1Z, UH-1Y e, quando necessário, podem usar os Harrier do VX-31 ou algum Grumman EA-6B Prowler de unidades operacionais. Diferente das aeronaves do VX-31, os aviões do VX-9 estão minimamente equipados para os testes e podem ser destinados fácil e rapidamente a uma unidade operacional, caso seja necessário.

O BOEING EA-18 GROWLER

Esse derivado do Boeing F/A-18F Super Hornet será o substituto do Grumman EA-6B Prowler da US Navy, a qual, por enquanto, planeja adquirir 85 exemplares até 2012, destinando-os a 12 esquadrões e a uma unidade de conversão operacional na Base Aeronaval de Whidbey Island, no Estado de Washington.

Boeing EA-18 Growler - United States Navy - Foto: shephard.co.uk - Clique sobre a imagem para ampliá-la

Curiosamente, os Fuzileiros Navais, usuários dos F/A-18E/F super Hornet, decidiram manter seus EA-6B até a chegada da versão de ataque eletrônico do F-35.

Em 3 de junho de 2008, o Esquadrão VAQ-129 "Vikings" de Whidbey Island aceitou oficialmente o seu primeiro Growler, assim chamado devido a um jogo de palavras entre Prowler, o avião que substituiria e a letra "G", da sétima versão do F/A-18.

Fonte: Avião Revue - Texto e fotos: Christian Beenen, VX-9, VX-31 e Hans van Dijkhuizen

Vídeos históricos de acidentes aéreos - 1

11 de julho de 1973 - Boeing 707-345C - PP-VJZ - Varig



Em um dos maiores acidentes da aviação brasileira, 123 dos 134 passageiros e tripulantes a bordo do Boeing 707 da Varig morreram. A aeronave ia do Rio de Janeiro para Paris quando o avião sofreu um incêndio a bordo e caiu menos de um minuto antes de chegar à cabeceira da pista do Aeroporto de Orly, nas imediações da capital francesa.

Fonte: G1

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 16

ACOMPANHE AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO ACIDENTE

SÁBADO (13)

22h07 - Objetos resgatados em área de busca do voo 447 chegam ao porto de Recife (PE) amanhã

20h46 - Air France emite atestados de presença no voo 447 para parentes de passageiros

18h45 - Corpos de 21 vítimas do voo 447 chegam ao IML de Recife

18h16 - Navio mercante resgata peça de Airbus e informa por e-mail

16h54 - Para especialistas, destroços do Airbus sugerem queda brusca

16h48 - Air France libera atestados de que vítimas estavam no 447

15h57 - Embaixador francês se reúne no Rio com famílias de vítimas do acidente com Airbus

14h14 - Mais três corpos do voo 447 chegam a Fernando de Noronha

12h12 - Corpos de 21 vítimas do voo 447 são transportados para IML de Recife

08h51 - Primeiros 16 corpos de ocupantes do voo 447 estão irreconhecíveis

08h49 - Destroços do Airbus não têm sinais de fogo

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Fontes: UOL Notícias / Terra

sábado, 13 de junho de 2009

As buscas no fundo do mar

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Países do Atlântico Sul: zona onde 447 caiu é 'buraco negro'

Os 12 países da Europa, América Latina e África, reunidos no Fórum Atlântico Sul, concordaram neste sábado em trabalhar em conjunto contra as ameaças à segurança na região. Na entrevista coletiva, o ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, disse que a queda do avião da Air France, que levava 228 pessoas do Rio de Janeiro para Paris, pôs em evidência o "buraco negro" que existe nesta zona, já que não foi possível obter notícias do aparelho durante as duas horas anteriores a seu desaparecimento, no meio do oceano Atlântico.

"Este é um exemplo muito gráfico, muito dramático. Esse buraco negro é o que queremos eliminar", disse Moratinos, acompanhado de seus colegas da Argentina, Jorge Taiana, e do Marrocos, Fassi Fihri.

Segundo Moratinos, chegou a hora de equilibrar o peso estratégico do Sul do Atlântico em comparação com o Norte e de aproveitar seu potencial em benefício de todos. O acordo também inclui ações contra o tráfico de drogas e de armas, a pirataria e a imigração ilegal.

A reunião contou com ministros e altos cargos do Brasil, Espanha, Portugal, França, Argentina, Uruguai, Marrocos, Angola, Cabo Verde, Camarões, Nigéria e Senegal.

O ministro anunciou que a próxima reunião acontecerá em Nova York, em setembro, aproveitando a presença de todos os membros do fórum na Assembleia Geral da ONU.

O marroquino Fihri afirmou que o valor agregado deste novo fórum é "pragmático e flexível" e que permite sua integração com outros mecanismos bilaterais de cooperação entre continentes.

O ministro marroquino destacou a importância de colaborarem juntos contra as redes de crime organizado e contra novas ameaças de pirataria. Fihri assegurou que os piratas não atuam somente na Somália, mas já ameaçam o Golfo da Guiné e que avançam para a costa nordeste da África.

Fonte: EFE via Terra

Navio mercante encontra peça em área de buscas do voo 447

Fotos de peça foram enviadas à Marinha pelo comandante de navio.

No total, 44 corpos já foram resgatados; outros seis estão em navio francês.


Um navio mercante que passava pela área de buscas do voo 447 da Air France recolheu uma peça de tamanho médio, supostamente de destroços do avião, informou neste sábado (13) o vice-almirante da Marinha, Edson Lawrence, durante entrevista coletiva.

Clique aqui e veja fotos da peça encontra neste sábado

De acordo com o vice-almirante, o navio tem bandeira de Antígua e Barbuda e partiu de Montevidéu, no Uruguai, com destino à Inglaterra. O comandante da embarcação, segundo a Marinha, tentou entrar em contato via rádio com as embarcações que fazem as buscas no local, mas não conseguiu resposta. Imagens da peça foram, então, enviadas por e-mail para a Marinha.

Análises ainda serão feitas para verificar se peça encontrada pertence ao avião da Air France - Foto: Força Aérea Brasileira/Divulgação

Vinte e um corpos das vítimas do acidente com o avião da Air France chegaram a Recife na tarde deste sábado. Eles estão no Instituto de Medicina Legal da capital pernambucana.

Segundo a Marinha, os trabalhos de busca foram prejudicados neste sábado devido ao mau tempo. As buscas aéreas foram paralisadas ainda pela manhã.

No total, 44 corpos já foram resgatados. Outros seis corpos estão a bordo do navio francês Mistral, e só poderão entrar na lista oficial quando forem levados para navios brasileiros. De acordo com o vice-almirante da Marinha, ainda não há previsão de chegadas desses corpos.

Fonte: G1

Ocupantes sobrevivem a queda de helicóptero em Portugal

Helicóptero Bell 206 Jet Ranger, prefixo CS-HFE, da empresa Helisul, cai na Serra da Estrela

Foto: A aeronave ficou imobilizada numa escarpa no maciço central da serra da Estrela. Socorro foi muito complicado devido aos difíceis acessos - Foto: Nuno André Ferreira

"Foi um milagre não terem morrido todos." O desabafo de um bombeiro espelha o sentimento geral de todos aqueles que ontem viram a forma como um helicóptero ficou preso numa escarpa, em Alvoco da Serra, Seia, em pleno maciço central da serra da Estrela. A queda da aeronave, da Helisul, provocou três feridos – o piloto e dois realizadores de uma produtora alemã que realizavam filmagens para um spot publicitário de um carro de luxo.

O acidente verificou-se às 17h50, tendo o alerta sido dado por uma patrulha da GNR que estava no local a acompanhar os trabalhos da empresa alemã. "A certa altura deixámos de ouvir o barulho do helicóptero e fomos à procura dele. Depois de algumas buscas demos com o aparelho já desligado na ribanceira", contou fonte da Unidade de Trânsito da GNR.

Ao que tudo indica, o piloto ter-se-á apercebido de qualquer anomalia na aeronave e efectuou uma aterragem de emergência. No entanto, a hipótese de queda não está afastada completamente. As causas do desastre estão a ser investigadas por técnicos do Instituto Nacional de Aviação Civil (INCAC).

Clique aqui e assista a reportagem da RTP sobre o acidente

Os feridos graves são os dois realizadores alemães, de 36 e 41 anos, enquanto o ferido ligeiro é o piloto da aeronave, de 39 anos e nacionalidade canadiana. O piloto, que terá tentado estacionar o heli na EN338, sem sucesso, foi o último a sair da máquina. "Se foi uma aterragem forçada, o piloto teve uma perícia extraordinária", referiu um militar da GNR.

Bombeiros temiam explosão

O receio de que o helicóptero resvalasse pela escarpa ou explodisse, já que ainda tinha muito combustível, obrigou a redobrado cuidado por parte dos bombeiros e dos militares da GNR.

"Foi uma operação de socorro complicada porque a aeronave ficou num local muito difícil. Além disso podia resvalar pela serra ou então incendiar-se", referiu António Alves, comandante dos Bombeiros Voluntários de Loriga.

Os feridos graves foram resgatados do local de helicóptero e levados para os Hospitais da Universidade de Coimbra e da Covilhã, onde ficaram internados.

Os restantes membros da produtora alemã, quando chegaram ao local e viram a forma em que ficou o helicóptero, não aguentaram a emoção, abraçaram-se todos e choraram.

Estrada com curvas sinuosas

O local onde se verificou o acidente fica entre a Lagoa Comprida e Alvoco da Serra, Seia, num dos locais com a paisagem mais espectacular da serra da Estrela. Não é por acaso que a produtora escolheu aquela zona para fazer o trabalho publicitário. A EN338, que está em óptimo estado, serpenteia a serra e tem centenas de curvas sinuosas e em forma de cotovelo. Sempre que há um nevão, aquela via é das primeiras a ser cortada ao trânsito. A equipa alemã andava desde manhã a fazer imagens e estava a concluir os trabalhos.

Pormenores

Os dois feridos graves sofreram vários traumatismos na coluna vertebral e fracturas nos membros, mas não correm risco de vida. Um bombeiro de Loriga ficou ferido depois de ter caído na escarpa onde estava a aeronave, na altura em que socorria uma das vítimas.

Bernardo Echeverri, director de Operações da Helisul, esteve no local do acidente.

Prestaram socorro trinta bombeiros, auxiliados por 12 veículos e dois helicópteros – um do INEM e um Kamov da Protecção Civil.

Fotos: TVI24

Fontes: Luís Oliveira (Correio da Manhã - Portugal) / ASN

Vazamento de hidrogênio adia lançamento do ônibus espacial "Endeavour"

A NASA anunciou o adiamento do lançamento do ônibus espacial Endeavour, que será responsável pela maior missão já feita à Estação Espacial Internacional (ISS), quando 13 astronautas estarão reunidos no espaço, o maior número em toda a história.

A abertura da estrutura rotativa (à esquerda) na rampa de lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, revela que o ônibus espacial Endeavour já se preparava para o lançamento na missão STS-127 - Clique na foto para ampliá-la

Vazamento de hidrogênio. De novo.

A causa do adiamento foi um vazamento de hidrogênio na estrutura responsável pelo abastecimento do tanque principal do Endeavour. O problema foi o mesmo que adiou o lançamento do Discovery em Março deste ano, elevando a estatística para duas ocorrências em três lançamentos.

O ônibus espacial Atlantis voou há poucas semanas para consertar o Telescópio Espacial Hubble, mas não apresentou o problema.

Agora o tanque principal, que já estava 98% cheio quando o problema foi detectado, terá que ser totalmente esvaziado, o que levará pelo menos 24 horas. Só depois é que os técnicos poderão verificar o problema e tentar encontrar uma solução.

Na verdade, nem mesmo o problema foi identificado quando o lançamento do Discovery foi adiado. "Não encontramos nada errado. Mas alguma coisa está acontecendo, porque a fuga ocorreu duas vezes em três lançamentos", disse Mike Moses, coordenador da missão, em entrevista coletiva sobre o adiamento.

O adiamento foi feito, em princípio, por 4 dias. Mas poderá ser mais longo, porque a próxima janela de lançamento do Endeavour acontecerá em 17 de Junho, a mesma data do lançamento das missões LRO e LCROSS para a Lua - veja Próxima parada: a Lua.

Válvula de suspiro

O vazamento de hidrogênio, que aconteceu fora dos tanques do ônibus espacial, foi verificado no conjunto de válvula e encanamento que conecta uma estrutura de serviço fixa na torre de lançamento a uma seção intermediária do tanque externo do ônibus espacial.

A válvula é uma espécie de respiro que retira excesso de hidrogênio do tanque, evitando um aumento exagerado na pressão, e o leva por meio de um encanamento fixo para um local onde ele é queimado em segurança. O que ocorreu foi que a válvula deixou escapar hidrogênio demais pelo respiro.

O enchimento dos tanques começa poucas horas antes do lançamento devido à necessidade de sua manutenção em temperaturas baixíssimas. Os técnicos perceberam o vazamento assim que começou o abastecimento, que transfere 1,8 milhão de litros de oxigênio e hidrogênio para o interior dos tanques.

O vazamento de hidrogênio aconteceu fora dos tanques do ônibus espacial, no conjunto de válvula e encanamento que conecta uma estrutura de serviço fixa na torre de lançamento a uma seção intermediária do tanque externo do ônibus espacial - Clique na foto para ampliá-la

Missão

A nave tinha previsto entregar e instalar os últimos módulos do laboratório científico Kibo, levar novos equipamentos ao complexo e substituir um dos ocupantes da ISS.

O astronauta que será substituído é o engenheiro japonês Koichi Wakata, que voltará à Terra como tripulante do ônibus espacial após permanecer quatro meses na estação espacial.

A missão de 16 dias é uma das mais longas entre as realizadas pelas naves, cujos sete tripulantes devem fazer cinco caminhadas em torno do complexo.

A tripulação do "Endeavour" será comandada por Mark Polansky, que terá como piloto o astronauta Doug Hurley e contará com os astronautas especialistas Tim Kopra, Tom Marshburn, Dave Wolf, Christopher Cassidy e Julie Payette, da Agência Espacial do Canadá.

Kopra substituirá Wakata na ISS, o que transformará a estação em uma reunião de astronautas americanos, japoneses, canadenses e cosmonautas russos.

As atividades extraveiculares (EVA) serão realizadas por Wolf, Kopra, Marshburn e Cassidy.

Durante essas caminhadas, os tripulantes do "Endeavour", além de instalar as peças finais do laboratório Kibo, adicionarão duas plataformas ao módulo japonês.

Uma ficará instalada permanentemente no complexo e será usada em experiências científicas, enquanto a outra voltará à Terra no compartimento de carga do ônibus espacial.

Os astronautas também levarão reposições às equipes da estação espacial, incluindo uma antena, um dispositivo de bombeamento, além de seis baterias para o painel solar mais antigo do complexo.

Também renovarão o fornecimento de água na estação espacial.

A Nasa prevê realizar outras sete missões à ISS, após as quais as naves serão retiradas em 2010 para ser substituídas a partir de 2015 pelas do programa Constellation.

Fontes: Site Inovação Tecnológica / EFE via G1 - Imagens: NASA

Beija-flor 'voa mais rápido do que um avião caça', diz estudo

CURIOSIDADE

Pesquisador dos EUA disse que ave cobre quase 400 vezes o comprimento de seu corpo em um segundo, enquanto caça cobre 150 vezes.

Um estudo da Universidade Berkeley, no Estado americano da Califórnia, revelou que o beija-flor macho atinge uma velocidade proporcionalmente "maior do que a de aviões caça" quando mergulha durante um voo para impressionar as fêmeas.

O pesquisador americano Christopher Clark usou fêmeas de beija-flor empalhadas para induzir os pássaros a fazerem uma exibição impressionante, que ele registrou com câmeras especiais para capturar objetos em alta velocidade. As câmeras capturavam imagens de 500 quadros por segundo.

As aves da espécie conhecida como Anna, que vivem no sudoeste dos Estados Unidos, atingiram velocidades que cobrem um trajeto 383 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

De acordo com Clark, o espaço percorrido medido, levando-se em conta o comprimento do corpo da ave e a velocidade máxima atingida pelo animal, foi "maior do que a de um avião caça com sua câmara de combustão auxiliar ligada (o que ajuda a aumentar a velocidade) ou do ônibus espacial durante a reentrada na atmosfera".

O caça pode chegar a cobrir 150 vezes a medida do seu comprimento em um segundo, e o ônibus espacial, 207 vezes.

Mas os caças têm capacidade de acelerar mais e ultrapassar os beija-flores.

Nos últimos estágios de seu mergulho, quando as aves abrem as asas para um voo ascendente, "a aceleração instantânea dos beija-flores é maior do que a de qualquer organismo de que se registrou previamente manobras aéreas", disse Clark.

E ele atinge essa velocidade sem a ajuda de um poderoso motor de jato, acrescenta.

O especialista diz que o estudo é um exemplo de como tais exibições, realizadas com a intenção de atrair uma parceira para o acasalamento, podem ser observadas para verificar os limites das habilidades dos animais.

O mergulho do beija-flor da espécie Anna é mais veloz do que a do falcão peregrino, cuja velocidade máxima chega a cobrir 200 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

O trabalho foi divulgado na revista "Proceedings of the Royal Society B".

Fontes: BBC Brasil via G1 / National Geographic - Foto: Nararé Varela

Projeto Aeroporto Florianópolis - Aeroporto Internacional Hercílio Luz

Características do projeto:

Área do terminal de passageiros: de 8.440 m² para 33.800 m²

Balcões de Check-in: 36

Pontes de embarque: de zero para 04

Novo pátio de aeronaves: de 20.187 m² para 141.700 m²

Capacidade de aeronaves: de 05 para 12

Novo estacionamento de veículos: de 500 vagas para 1.850 vagas - 4.900 m²

Capacidade prevista do terminal de passageiros: 2.700.000 passageiros por ano

Capacidade instalada do terminal de passageiros: 980.000 passageiros por ano

Movimento de passageiros em 2006: 1.630.141 passageiros

Imagens do projeto do novo Aeroporto Internacional Hercílio Luz (Florianópolis/SC):


Fontes: Infraero / Eduardo Alba (SkyscraperCity)

Infraero abre licitação para o Aeroporto Hercílio Luz (SC) dia 27 de julho

Mesmo sem ter sido uma das cidades escolhidas para a Copa 2014, Florianópolis está na planificação prioritária da Infraero.O Aeroporto Internacional Hercílio Luz (SC) continuará com o ritmo de melhorias, já apresentado para recepcionar o Fórum Mundial do WTTC, em maio. A estatal publicou edital de licitação dos projetos básico e executivo do novo Terminal de Passageiros (TPS) com data de abertura das propostas agendada para 27 de julho próximo.

O investimento estimado é da ordem de R$ 295 milhões. As obras devem ser iniciadas em agosto de 2010, com conclusão prevista para junho de 2012. Com o novo TPS, a capacidade do aeroporto irá passar dos atuais 980 mil para 2,7 milhões de passageiros por ano.

Serão implantadas cinco pontes, que vão possibilitar o embarque e desembarque de passageiros com maior rapidez, mais conforto e condições ideais de segurança e acessibilidade. A capacidade do pátio de aeronaves será elevada de cinco para 12 posições de estacionamento. O número de pontos comerciais do aeroporto também aumentará, de 41 para 64. O estacionamento do aeroporto será ampliado de 500 para 1096 vagas. Além disso, haverá vagas para ônibus de turismo.

Como obra complementar, será construido um prédio de apoio à área comercial e uma Central de Utilidades com uma estrutura para trabalho das empresas prestadoras de serviço às companhias aéreas que atuam no Hercílio Luz.

Fonte: Brasilturis - Foto: farm1.static.flickr.com

Organização Mundial de Saúde declara pandemia da nova gripe

Comitê de emergência se reuniu na quinta-feira (11).

Porta-voz: 'Isso não significa que o vírus tenha se tornado mais grave'.




A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quinta-feira (11) que a nova gripe A (H1N1) encontra-se em situação de pandemia, declarou um oficial norte-americano. O comitê de emergência da OMS se reuniu por teleconferência e decidiu aumentar o nível de alerta para o mais alto, da fase 5 para a 6, o que significa que o vírus está provocando a primeira epidemia global de gripe em 41 anos.

A decisão foi motivada pelo aumento dos casos de infecção pelo vírus nos EUA, Europa, Austrália, América do Sul e em outros lugares. Mais cedo, o governo da Suécia já havia informado a imprensa da decisão da OMS.

"Neste estágio inicial, a pandemia pode ser caracterizada como sendo moderada em sua severidade" diz o comunicado enviado aos seus membros, em que a OMS informou que o nível de alerta para a gripe suína foi elevado da fase 5 para 6, o topo da escala, já que há um surto global do vírus. A organização pediu que as nações não fechem suas fronteiras nem restrinjam viagens e comércio. "Continuamos em diálogo com os produtores de vacina contra gripe", disse.

A fase seis, que se traduz em que uma epidemia global está em andamento, significa que já há focos que se contagiam em nível comunitário em pelo menos outro país de uma região da OMS diferente da primeira na qual foi detectado, no caso, o vírus A(H1N1).

Até agora, um total de 27.737casos foram comunicados à OMS por parte de 74 países, com 141 mortes. O país que lidera a lista de atingidos é os Estados Unidos, com 13 mil casos; seguido pelo México - onde houve os primeiros casos -, com cerca de 6 mil; o Canadá, com mais de 2 mil; e a Austrália, que já superou mil casos. Os outros Estados com maior número de casos são Espanha, Japão, Reino Unido e Chile.

Vírus

Na quarta-feira (10), a diretora-geral da OMS, Margaret Chan conversou com os ministros de saúde dos países mais afetados pelo vírus. Segundo a porta-voz da OMS, Fadela Chaib, Chan consultou "os ministros dos sete ou oito países mais afetados".

A OMS havia reconhecido nesta semana que a declaração de uma pandemia era iminente, e disse que ainda não havia ocorrido porque era preciso preparar o mundo para que entenda esse passo corretamente.

"O vírus continua se estendendo pelo mundo, e a atividade do mesmo está aumentando em diferentes países. Estamos cada vez mais perto de uma situação pandêmica, mas a OMS está trabalhando duro para preparar os países e as pessoas", disse o diretor-geral adjunto, Keiji Fukuda.

"Queremos que seja muito bem entendida a mensagem se declaramos a fase 6 de pandemia, isso significa que o vírus se estende e que há contágios estáveis em comunidades em países de várias regiões", assinalou Fukuda.

Porém ele esclareceu que "isso não significa que o vírus tenha se tornado mais grave, que a doença seja mais séria e que a taxa de mortalidade tenha aumentado".

Fonte: G1 (com agências)

Ministério da Saúde registra mais quatro casos da nova gripe no país

Um paciente foi diagnosticado no DF e outros três em São Paulo.

Com anúncio, número de infectados no Brasil sobe para 58.

Levantamento divulgado neste sábado (13) pelo Ministério da Saúde confirma o registro de mais quatro casos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil. Um paciente foi diagnosticado no Distrito Federal e três em São Paulo. Com as ocorrências, o número de infectados pelo vírus no país subiu de 54 para 58 pessoas.

"Dois pacientes (um de SP e outro do DF) foram infectados pelo vírus A (H1N1) no exterior. Os outros dois casos (ambos de SP) foram infectados por contato direto com pessoa que já havia sido diagnosticada com a doença e que a contraiu também no exterior. Todos os pacientes estão em tratamento e passam bem", informou o Ministério da Saúde.

Do total de casos confirmados, 14 são de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional), todos com vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. "Desse modo, a transmissão no Brasil é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus da Influenza A (H1N1)", informou o governo.

O Ministério da Saúde acompanha 73 casos suspeitos de Influenza no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Além disso, 462 casos foram descartados até o momento.

Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até às 9h30 desta sexta-feira (12). Apesar do aumento nos casos e do anúncio de “pandemia”, feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quinta-feira (11), o Ministério da Saúde afirma que a situação no país é tranquila.

Fonte: G1

Suspeita de gripe suína barra avião em Florianópolis

Aeronave que seguia para Brasília ficou parada por cerca de uma hora por causa de passageira que poderia estar infectada

Um avião da companhia aérea Gol ficou parado cerca de uma hora no pátio do Aeroporto Internacional de Florianópolis por causa de uma passageira com sintomas de influenza A (H1N1) – gripe suína. A aeronave seguia de Buenos Aires, na Argentina, para Brasília, com 97 passageiros a bordo, e tinha escala prevista na capital de Santa Catarina.

Segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levou a passageira, uma brasileira, a um hospital de referência para fazer exames.

Os passageiros que estavam no voo foram retirados para que a aeronave passasse por um processo de desinfecção. Das 97 pessoas a bordo, 45 ficaram em Florianópolis e o restante embarcou, por volta das 12h30 para Guarulhos, em São Paulo, onde estava prevista a próxima escala.

Fonte: Abril.com (com Agência Brasil)

TAM já alterou todos os sensores nos equipamentos Airbus

Os sensores de velocidade dos 124 aviões Airbus da TAM Linhas Aéreas já foram modificados, seguindo a recomendação feita pelo consórcio europeu fabricante das aeronaves. A reafirmação foi feita pelo presidente da empresa, David Barioni, durante um encontro com lideres empresariais, em São Paulo. Na frota da TAM, são 16 os equipamentos A330.

Da mesma forma, o vice-presidente comercial Paulo Castello Branco, havia garantido que as alterações já haviam sido processadas, durante a apresentação do TOP TAM, realizada no início da semana.

O Ministério Público do Rio de Janeiro, em decisão anunciada ontem, determinou um prazo de seis meses para que a TAM e a Air France, substituam os sensores de velocidade de seus aviões. O promotor Rodrigo Terra, da Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Rio de Janeiro, afirmou que o Ministério Público verificou que o sensor de velocidade está no centro das investigações da França sobre o desastre ocorrido no último dia 31 com o Airbus A330-200 da Air France, que fazia a rota Rio-Paris.

Ele tomou por base as declarações do secretário francês de Transporte, Dominique Bussereau, de que as investigações sobre as causas da tragédia concentram-se atualmente em uma série de erros de leitura da velocidade enviados pelo avião durante os últimos minutos do voo.

A Air France, anunciou nesta semana que vai acelerar a troca de todos os aviões da frota de de A330 e A340. Nos A320 a troca já havia sido providenciado a troca anteriormente.

Fonte: Brasilturis

Três morrem em acidente de avião na Irlanda do Norte

Três pessoas morrreram nesta sexta-feira (12) em um acidente de avião em Kilkeel, no Condado de Down, na Irlanda do Norte.

Foto de destroços do avião acidentado cobertos pelos bombeiros - Foto: Sky News

O avião Jodel DR.1050, prefixo G-ATGE, caiu ao lado de uma estrada e explodiu em chamas, matando o piloto e os dois passageiros. Sabe-se que tinham decolado na Ilha de Man.

Mapa do local do acidente, Kilkeel - Imagem: BBC

Foto do avião antes do acidente, em 10/03/2003 - Foto: Paul Chandler

Moradores do local informaram que o clima no momento da queda era de baixa visibilidade, pois o céu estava muito nublado. É o segundo acidente aéreo na área em uma quinzena. No anterior um homem morreu e outro ficou ferido.

Clique aqui e assista a reportagem sobre o acidente (em inglês).

Fontes: BBC / ASN / Sky News

Três corpos chegam a Noronha em fragata da Marinha

Outros 21 corpos devem chegar a capital pernambucana neste sábado.

No total, 44 corpos foram retirados do oceano na área de buscas.




Os três corpos das vítimas do acidente com o avião da Air France que estavam a bordo da Fragata Constituição chegaram a Fernando de Noronha às 11h30 deste sábado (13). As três vítimas do acidente com o voo 447 foram resgatadas na última quinta-feira (11).

Os militares informaram ainda que a aeronave Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) já está posicionada para trazer ao Recife 21 dos 25 corpos que passaram por perícia preliminar em Fernando de Noronha.

Depois de chegar à Base Aérea, eles serão levados para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. Os outros quatro corpos ainda não têm previsão de chegada.

Na contagem oficial, são 44 corpos encontrados, mas na última sexta-feira (12) o navio anfíbio Mistral, da França, recolheu outros seis corpos. A Marinha informou que só vai considerá-los na contagem oficial quando eles estiverem em embarcações brasileiras. Outros 16 corpos já passaram por perícia no IML.

Conversa com familiares das vítimas

O embaixador francês encarregado dos contatos com as famílias das vítimas do voo 447 da Air France, Pierre-Jean Vandoorne, chegou ao Rio na manhã deste sábado. Segundo o cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Hughes Goisbault, o embaixador está no Hotel Guanabara, no Centro do Rio, onde conversará com os parentes de passageiros, após encontro com autoridades militares e representantes da Air France.

Fonte: G1

Empresas aéreas não disputarão aeroportos

Liberdade de participação de capital estrangeiro, veto às companhias aéreas, prazos e formas de disputa são algumas das regras já delineadas para o marco regulatório da concessão de aeroportos, que será concluído até o fim de julho. A informação é do diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.

As normas valerão para os aeroportos de Viracopos (Campinas), o Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), o de São Gonçalo de Amarante (Natal) e um terceiro da região metropolitana de São Paulo. A forma de disputa e administração desses quatro terminais vai guiar a concessão dos demais aeroportos do País.

"Não estamos prevendo nenhuma limitação ao capital estrangeiro ou necessidade de haver empresas brasileiras", afirma Guaranys. Ele acrescenta que uma empresa estrangeira terá liberdade para criar uma subsidiária no País e administrar sozinha um determinado aeroporto.

Mas o marco regulatório deverá vetar a participação de companhias aéreas, afirma o diretor da Anac - apesar de empresas como TAM e Azul terem interesse em investir em terminais próprios de passageiros. "É uma questão concorrencial. Se a agência permite a participação de uma empresa que tem interesse direto na administração do aeroporto, a gente pode estar fazendo com que ela feche o mercado para novas empresas entrarem."

O prazo de concessão não será fixo e igual para todos os aeroportos. Vai depender do intervalo de tempo necessário para a consolidação dos investimentos em cada terminal. A disputa será determinada com base em dois formatos principais. O primeiro é o de outorga onerosa, pela qual o investidor pagará um valor para remunerar o Tesouro pelos investimentos realizados pelo governo em aeroportos já existentes.

A segunda alternativa será conceder o aeroporto para quem oferecer a menor tarifa aeroportuária. Isso se traduzirá em menos gastos aos consumidores, pois as companhias aéreas repassam aos passageiros o que pagam pela utilização dos aeroportos. Dependendo do terminal, poderá haver um modelo misto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Alberto Komatsu (Agência Estado)

Greve de dez dias dos pilotos da Portugália chega ao fim

Presidente da TAP perdeu a paciência com os profissionais

Os pilotos da Portugália concluem este sábado uma greve de dez dias. Um período que rendeu polémica entre o presidente da TAP, Fernando Pinto, e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

A paralisação começou a 4 de Junho (quinta-feira) e só vai acabar esta noite, um minuto antes de soarem as doze badaladas.

Fernando Pinto chegou a afirmar que as greves dos pilotos da Portugália punham em causa a viabilidade da empresa e recentemente acabou por dizer que estava perdida a paciência com os pilotos da Portugália, que estavam a ultrapassar todos os limites, e que nenhuma empresa resiste a tantas paragens. O presidente disse também, numa entrevista à Lusa, que a Portugália «pode ser para vender», como está para a acontecer com a Groundforce.

Os pilotos da PGA, que já tinham parado durante seis dias este ano, reivindicam a adopção de um Regulamento de Utilização num contexto «seguro e sustentável, através da instituição dos mecanismos de dissipação da fadiga recomendados».

Fonte: IOL Diário (Portugal) - Foto: Divulgação

Internautas fazem piadas de humor negro em site

Apesar da comoção mundial em torno do acidente do Airbus da Air France, que culminou com a morte das 228 pessoas a bordo, o site de relacionamentos Orkut tem servido de palco para humor negro e até mesmo para ofensas gratuitas a perfis de vítimas do voo. A comunidade “Voo AF447 – Destino ao além” contava, até a noite dessa sexta (5), com 1.278 membros. Em três dias, 22 tópicos foram abertos com piadas e paródias sobre o maior desastre aéreo da história do Brasil. Num dos tópicos, um membro diz: “Aí, galera, vocês que estão aí em cima, curtam sua nova vida aí no céu”. Em seguida, outro responde: “Otário, eles estão no fundo do oceano”.

Num outro fórum de mau gosto, uma enquete chegou a ser feita sobre o possível paradeiro da aeronave e 58% dos membros votaram que o Airbus “foi abduzido”. Internautas com perfis falsos também criaram a comunidade “Voo 447 está na Ilha de Lost”, em referência ao seriado de televisão americano.

Perfil

Não bastassem as piadas, fakes invadiram o perfil de uma das vítimas do acidente, o oceanógrafo capixaba Leonardo Veloso Dardengo, 31 anos, para ofender o jovem, causando revolta em amigos do rapaz no Orkut e em pessoas que nem conheciam Dardengo, mas postaram recados de pesar pela morte do capixaba. Entre as provocações feitas, estavam postagens como “descanse com os tubarões”, “bem feito” e “está muito gelada a água?”.

Ofensas à parte, a maioria dos quase 2,7 mil recados deixados na página da vítima são mensagens positivas e orações, na maioria de desconhecidos sensibilizados com a tragédia. “Não te conhecia, mas espero que esteja em paz! Ainda há esperança! Vamos ter fé em Deus”, escreveu uma jovem. Outra internauta completou: “O País inteiro está triste. Força para todos. Deus sabe o que faz”. Além disso, das 374 comunidades criadas sobre o voo 447, a maioria presta solidariedade às vítimas.

Fonte: JC Online

Nota do Autor:

O mesmo ocorreu nos acidentes com o voo 1907 da GOL, com o voo 3054 da TAM, com a morte da menina Isabella Nardoni e por aí vai. A insensibilidade e idiotice de alguns não tem limite.