sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Colisões entre aviões e aves são subnotificadas, diz Cenipa

Em 2008, foram 550 choques, mas número pode chegar a 2.500.

Especialistas pedem fim de pontos de atração de aves em aeroportos.


A suspeita de que a colisão com um urubu tenha provocado o pouso de emergência de um Airbus no rio Husdon, nos Estados Unidos, na quinta (15), reacendeu o debate sobre o perigo das aves rondando a rota dos aviões. E o alerta no Brasil é de que o número de incidentes desse tipo pode ser até quatro ou cinco vezes maior do que é notificado.

Em 2008, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou 550 colisões de aviões com pássaros no país. A conta é do major Raul Moreira Neto, que coordenou até o ano passado o Programa de Controle do Perigo Aviário do Cenipa e adverte: “de cada 5 colisões, só uma é reportada. A gente estima que esse número (de batidas com aves) possa ser na verdade entre 2.000 e 2.500”. Ele defende que os pilotos comuniquem o Cenipa. “O reporte direciona a atividade de prevenção”.

Fiscalização

De acordo com o professor universitário de aviação civil e ex-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), Adalberto Febeliano, o controle de pássaros nas rotas de aviões depende muito da fiscalização que as prefeituras devem fazer para que não haja lixões, matadouros e outros locais que atraem as aves perto de aeroportos e na área de voos.

"Tem que haver o uso adequado do solo da cidade para evitar problemas", afirma.
Na avaliação do especialista, os balões representam um risco maior, pois são mais pesados que os pássaros e também maiores, podendo causar problemas sérios.

Especialista em segurança de voo e diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronaldo Jenkins, não gosta da palavra acidente. Prefere dizer que no Brasil houve "incidentes" com pássaros se chocando contra aeronaves. Segundo ele, na aviação comercial não há registro de queda de aviões por causa de aves.

"Houve dano, mas o avião não caiu. O pássaro bateu na asa, na turbina, no para-brisa. Acidente é um dano de grande monta", exeplifica Jenkis. Ele mostra que o ônus financeiro também pode ser bem grande. "Em 2007, as empresas aéreas tiveram prejuízo de US$ 1.849.438 com os pássaros".

Desmatamento na zona rural

Jenkins defende o cumprimento da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 1995, que recomenda a inexistência de pontos atrativos de aves em um raio de 20 km para aeroportos que operam com as regras de voo por instrumentos e de 13 km para os demais aeródromos – é a chamada Área de Segurança Aeroportuária (ASA). "A legislação existe, mas não é considerada". Um agravante é que o descumprimento das regras não prevê sanções.

De acordo com o Cenipa, os choques entre as aeronaves e os pássaros acontecem, na maioria das vezes, nos momentos de aproximação, como os pousos e decolagens. Jenkins aponta outro problema. "Existem pássaros que vêm para a cidade por causa do desmatamento na zona rural. O aeroporto é uma área aprazível, limpa, a grama tem semente. É um atrativo", conta o especialista.

Fonte: Carolina Iskandarian (G1)

Alagoas passa a receber voos de SP

A partir desta sexta-feira, 16, Maceió recebe voo diário proviniente de São Paulo com escala no Rio de Janeiro, da empresa aérea GOL.

A grande novidade, segundo o secretário de Turismo de Alagoas, Virginio Loureiro, é a operação do voo a partir do aeroporto de Congonhas, que há dois anos, não operava voos para o Maceió, após o caos aéreo.

O voo diário tem saídas de Congonhas às 19h10, com escala no Galeão, às 21h, e chegada no aeroporto Zumbi dos Palmares às 22h35. O voo desembarca hoje em Maceió lotado com 90% de sua capacidade, com 130 passageiros.

Já a saída de Maceió será às 00h25, com escala no Rio, às 04h20 e chegada em São Paulo às 6h. O avião utilizado será o Boeing 737 700, com capacidade para 144 passageiros.

Fonte: Alagoas 24 horas

Os três maiores aeroportos brasileiros registram quase oito incidentes entre aviões e aves a cada mês

O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, lidera a lista de aeronaves que se chocam com pássaros. Em 2008, foram 50 registros. Aparecem, em seguida, os Aeroportos Internacionais de Guarulhos, com 25, e de Congonhas, com 16, ambos em São Paulo. Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

De acordo com o diretor técnico do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, incidentes com aves aumentam a cada ano devido, principalmente, ao crescimento do tráfego aéreo e ao desmatamento, que gera um deslocamento das aves para áreas com maior fluxo de ar, como os aeroportos. Os lixões e a ocupação irregular também são empecilhos para a segurança.

Esse foi o motivo pelo qual o piloto da aeronave da US Airways, com 155 pessoas a bordo, teve que fazer um pouso de emergência nas águas geladas do rio Hudson, em Manhattan, Nova York, nessa quinta-feira(15). Urubus teriam se chocado com as turbinas.

“Infelizmente, os aeroportos se tornam atrativos para as aves. Por outro lado, há a ocupação irregular do solo nas imediações dos aeroportos, embora exista uma legislação, resolução Conama nº 4, que trata da restrição de ocupação de área no entorno dos aeroportos e que criou a área de segurança aeroportuária. Apesar disso, ainda temos lixões, matadouros, curtume, vazadouros de lixo, atividades que atraem aves, explica Ronaldo Jenkins.

Para tentar diminuir o número de acidentes aéreos foi formada a Comissão do Perigo Aviário, que é uma entidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da qual fazem parte órgãos governamentais, como Ibama e Infraero e também empresas aéreas. Ronaldo Jenkins informou que os registros de incidentes são encaminhados para a Comissão, mas ainda é limitada a redução de impactos com aves.

Fonte: Agência Brasil via DCI

Após "o milagre do Hudson River", piloto do Airbus é festejado como herói

No dia seguinte ao milagre do Hudson River, o piloto do Airbus que evitou uma catástrofe em Nova York foi festejado como um verdadeiro herói nesta sexta-feira, por ter conseguido de forma espetacular pousar o avião na água gelada e assim salvar seus 155 ocupantes.

O piloto Chesley B. "Sully" Sullenberger III, o herói que salvou a vida de 155 pessoas ao pousar Airbus da US Airways no rio Hudson

"O herói do Hudson", escreveu o New York Daily News em sua página na internet, elogiando, como o fizem o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e os passageiros, o sangue frio do piloto, um ex-membro da US Air Force de 57 anos.

O acidente, que aconteceu minutos após a decolagem do Airbus A320 da US Airways do aeroporto de La Guardia, sem dúvida foi provocado por uma colisão com pássaros, segundo as primeiras conclusões da Aviação civil americana (FAA).

O avião havia acabado de decolar com destino a Charlotte (Carolina do Norte), e os dois motores pararam, um deles aparentemente em chamas. O piloto pediu então aos passageiros que apertassem os cintos e se preparassem para o impacto.

"O avião ficou em silêncio. As pessoas começaram a rezar", contou Fred Baretta, um sobrevivente entrevistado pelo canal de televisão CNN.

"De repente, o comandante começou a falar e pediu que nos preparássemos sem dúvida para alguma coisa muito violenta", contou um outro passageiro, Jeff Kolodjay.

Na CNN, o passageiro Alberto Panero declarou que ouviu um estouro logo após a decolagem. "De repente, o piloto disse 'peprarem-se para um choque' e aí entendemos que iríamos tocar a água", disse.

Minutos mais tarde, Troy Keitt, um técnico de 46 anos entrevistado pela AFP, constava do cais de Nova York: "Eu estava no cais 84 catando lixo e quando olhei, vi um avião boiando. AChei que estava num filme".

O piloto, Chesley Sullenberger, conseguiu, apesar de nervoso, pensar numa estratégia, controlar avião e conduzir com maestria a manobra que o levou a pousar o aparelho no rio, evitando assim uma catástrofe em plena cidade.

Muito rapidamente, enquanto o avião começava a afundar na água, a equipe de bordo conseguiu tirar os 150 passageiros, logo em seguida resgatados por barcos que navegavam no Hudson e correram a ajudar no resgate.

As imagens espetaculares deste socoro mostram alguns dos passageiros esperando sobre uma das asas do avião, ao nível da água, e subindo nos barcos. Na quinta-feira, a temperatura do ar em Nova York era de 7ºC negativos e a da água, 6ºC.

O piloto deixou o avião por último. "Podemos dizer que ele deu um golpe de mestre ao pousar no rio, além de esperar que todo mundo saísse", afirmou o prefeito de Nova York.

"Falei durante muito tempo com o piloto. Ele percorreu o avião duas vezes depois que todo mundo saiu. Ele se certificou que não havia mais ninguém a bordo", disse Bloomberg.

"Um milagre aconteceu no Hudson", afirmou o governador do Estado de Nova York, David Paterson, enquanto o presidente George W. Bush cumprimentava "a conduta e o heroísmo da equipe".

Ao cair da noite, o avião foi rebocado até o cais do Hudson e ancorado por cabos. A imagem do Airbus dentro do rio, com os arranha-céus iluminados do oeste de Manhattan ao fundo, era impressionante.

A foto do piloto foi difundida diversas vezes pelos canais de televisão americanos.

Sexta-feira, o consórcio europeu Airbus se recusou a comentar as causas do acidente. A Airbus anunciou que uma equipe de técnicos, assim como membros do Escritório de Investigação e Análises, vão ser enviados a Nova York para ajudar na investigação.

Fonte: AFP

Para especialistas, pássaros causaram pouso forçado do avião em Nova York

Segundo controladores, 'choque com pássaros' foi reportado pelo piloto.

Autoridade de aviação diz que houve um pouso forçado, não uma queda.

Ainda não são conhecidas as causas do pouso de emergência feito pela aeronave da US Airways com 155 pessoas a bordo nas águas geladas do rio Hudson, em Manhattan, Nova York, na tarde desta quinta-feira (15).

No entanto, segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Associated Press, o choque com pássaros pode ser o motivo.

Veja simulação do pouso de emergência no Rio Hudson


Segundo a agência, o piloto do voo 1549 reportou aos controladores um "duplo choque com pássaros" momentos depois da decolagem, e disse que perdeu força propulsora nos dois motores, afirmou Alex Caldwell, porta-voz da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo. Segundo ele, tecnicamente isso significa que o avião foi atingido por dois pássaros.

Mas o presidente da Associação de Pilotos de Linha Aérea afirmou à agência Associated Press que a mensagem do piloto pode ter significado que não é fácil saber quantos pássaros atingiram o avião.

De 1990 a 2007, cerca de 80 mil incidentes com pássaros foram reportados na aviação civil, quase um choque para cada 10 mil voos, de acordo com a FAA e o Departamento de Agricultura.

No incidente com o avião da US Airways, todos os passageiros foram resgatados com vida, segundo a Administração Federal da Aviação Civil americana (FAA).

Fontes: G1 / Bom Dia Brasil (TV Globo)

Equipe da Airbus vai examinar o avião que fez um pouso forçado em rio de Nova York

A companhia do fabricante europeu Airbus informou, nesta sexta-feira, que enviará uma equipe de investigadores a Nova york para examinar a aeronave A320, que fez um pouso forçado sobre o rio Hdson, na quinta-feira.

"A investigação é responsabilidade absoluta das autoridades relevantes e seria inapropriado que Airbus entrasse em qualquer tipo de especulação sobre a causa do acidente", informou a empresa em nota.

Ainda de acordo com o comunicado, Airbus enviará uma equipe de especialistas para prestar "assistência técnica total" à Junta Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (NTSB, sigla me inglês)e à Oficina francesa de Investigaciones e Análises, encargados de esclarecer as causas do incidente.

A habilidade do piloto do voo 1549 da companhia aérea U. S. Airways evitou uma catástrofe em Nova York devido a sua habilidade de manobra para pousar o avião no Hudson e salvar a vida dos 155 ocupantes. De acordo com a mídia local, pássaros na turbina teriam provocado a queda do avião.

Fonte: EFE via O Globo

Relação dos principais acidentes aéreos da última década nos EUA

Abaixo, a lista dos principais acidentes aéreos ocorridos nos EUA na última década:

2001

- 28 de janeiro: Dez pessoas, entre elas oito membros de uma equipe universitária de basquete de Oklahoma, morrem no acidente de um Beechcraft King Air 200 Catpass, que cai perto de Denver, no Colorado.

- 12 de agosto: Helicóptero cai sobre o Grand Canyon, no Colorado, e mata seis de seus sete ocupantes.

2003

- 7 de junho: Quatro pessoas morrem e sete ficam feridas na queda de um pequeno avião em um prédio de apartamentos em Los Angeles.

- 4 de agosto: Morrem duas pessoas na queda, em Groton, em Connecticut, de um pequeno avião procedente de Long Island, em Nova York.

2005

- 2 de fevereiro: Onze ocupantes de um avião bimotor que bate contra um edifício após sair da pista no aeroporto da cidade americana de Teterboro (Nova Jersey) sobrevivem.

- 14 de junho: Helicóptero cai no rio East, no sul do bairro nova-iorquino de Manhattan, devido a uma falha mecânica, sem deixar vítimas.

- 17 de junho: Helicóptero se precipita no rio que percorre o lado leste de Manhattan, o East, perto do edifício das Nações Unidas, sem que nenhum de seus oito ocupantes ficasse ferido com gravidade.

- 27 de junho: John Walton, herdeiro da cadeia de lojas Wal-Mart, morre quando o pequeno avião que pilotava cai pouco após decolar do aeroporto de Jackson Hole, no Wyoming.

2006

- 2 de janeiro: Polícia e Guarda Costeira dos EUA resgatam dois ocupantes de um pequeno avião que caiu no rio Hudson, entre Nova York e New Jersey.

- 11 de outubro: Pequeno avião pilotado pelo jogador de beisebol Cory Lidle, do New York Yankees, cai em prédio de apartamentos em Manhattan, em Nova York, matando duas pessoas, entre elas o atleta.

2007

- 3 de setembro: Desaparece pequeno avião do aventureiro e multimilionário Steve Fossett, após decolar de um aeroporto de Nevada. Um ano mais tarde seus restos foram encontrados na Califórnia.

- 14 de setembro: Associação de Corridas Aéreas de Reno, em Nevada, suspende provas após a morte de três pilotos de competição em menos de quatro dias.

- 5 de outubro: Pequeno avião bate em estrada nas montanhas da Califórnia, matando piloto e causando grandes problemas de trafico.

- 8 de dezembro: Dois aviões se chocam no ar e caem sobre o parque nacional Everglades, no sudoeste de Miami (Flórida). Morrem os dois pilotos.

2008

- 6 de janeiro: Seis pessoas morrem e outras quatro ficam feridas na queda, no mar, de um pequeno avião a poucos metros do porto de Kodiak, no Alasca.

- 15 de setembro: Pequeno avião da Comissão Internacional de Limites e Águas (Cila) dos EUA e do México cai no Texas e morrem seus quatro ocupantes.

2009

- 15 de janeiro: Airbus A320 da US Airways cai nas águas do rio Hudson, depois de ter perdido dois motores devido ao choque com aves. Todos os seus 156 ocupantes sobrevivem.

Fonte: EFE via G1

Veja mais fotos do acidente com o Airbus em Nova York


Fotos: Agências Internacionais

Pássaros já causaram 668 acidentes aéreos nos EUA

Acidentes envolvendo aves deixaram, ao todo, 54 feridos e um morto nos últimos 30 anos

Os pássaros, que nesta quinta-feira obrigaram um avião a fazer um pouso de emergência no Rio Hudson, em Nova York, causaram 668 acidentes aéreos nos Estados Unidos nas últimas três décadas, segundo dados da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) do país.

Os registros da agência de aviação civil americana, que datam de 1978, indicam que nem todos os acidentes tiveram a mesma gravidade.

Em 140 casos, os aviões envolvidos não sofreram danos, ao passo que em 494 as avarias foram menores. Só em 34 vezes as aeronaves sofreram danos substanciais.

Os mais de 600 acidentes registrados envolvendo pássaros deixaram, ao todo, 54 feridos e um morto.

No ano passado, segundo os dados da FAA, cerca de 20 aviões foram atingidos por pombas, corujas, gaivotas e gansos.

Hoje, um Airbus 320 da companhia US Airways caiu no Rio Hudson depois que um bando de pássaros passou em frente ao avião minutos após a decolagem.

Fonte: EFE via Diário Catarinense - Imagem: Arquivo do Blog

Piloto do Airbus comunicou choque com ave logo após a decolagem

O piloto da companhia aérea US Airways comunicou um duplo ataque de pássaros menos de um minuto após a decolagem do avião que quinta-feira caiu no Rio Hudson com 155 ocupantes a bordo, segundo um porta-voz dos controladores aéreos.

O piloto do Airbus 320 encontrava-se a 1.500 pés de altitude quando informou que o aparelho tinha sido atingido por uma ave, 30 a 45 segundos após uma decolagem normal do aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, adiantou o porta-voz da Associação Nacional dos Controladores de Tráfego Aéreo, Doug Church.

Este responsável disse que o piloto referiu que os pássaros tinham atingido os motores do aparelho e solicitou de imediato autorização para aterrissar.

Depois de amarar no Rio Hudson, o piloto certificou-se de que todos os passageiros tinham sido resgatados.

Fontes oficiais disseram que os 155 ocupantes do aparelho foram retirados e que, destes, um quebrou as duas pernas. Os paramédicos trataram 78 pessoas, a maioria relacionada com pequenos ferimentos.

O prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, um piloto experiente, disse que o piloto do Airbus A320 fez um "trabalho magistral ao amarar no rio e a assegurar-se que todas as pessoas conseguiam sair".

Fonte: Agência Lusa via Expresso.pt (Portugal)

Especialista afirma que piloto do Airbus fez pouso genial

O especialista em aviação comercial Ernesto Klotzel classificou o pouso do avião da companhia US Airways no rio Hudson como "genial". "É muito difícil pousar na água porque ela vira uma parede de concreto nessas situações. Tem que pousar em um ângulo certo e com controle absoluto. Não pode descer a asa primeiro, de bico, como se estivesse pousando (em uma pista)", disse. A equipe que resgatou a aeronave falou em "milagre", uma vez que todos os 155 ocupantes do vôo (150 passageiros e cinco tripulantes) escaparam ilesos.

A aeronave da US Airways, vôo 1549, caiu nesta tarde perto da Ilha de Manhattan, em Nova York. As causas do acidente ainda são desconhecidas. De acordo com a companhia, o Airbus A320 decolou do aeroporto de LaGuardia e viajava em direção a Charlotte, no Estado da Carolina do Norte.

Uma multidão se forma em frente e em toda sua extensão do rio Hudson no bairro de Chelsea para acompanhar o resgate. Além dos curiosos, muitos barcos, inclusive particulares, ajudaram no rastreamento por vítimas. A principal preocupação era a temperatura da água. Nevou por toda a manhã na cidade e a sensação térmica era de - 8° Celsius. O trânsito foi bloqueado para não prejudicar os trabalhos.

Klotzel acredita que o impacto do avião com a água não causou danos graves à fuselagem, porque, do contrário, a aeronave teria rapidamente afundado no rio. "O avião é fechado, só entra água se há algum dano. Uma aeronave pode boiar por anos", afirmou.

Segundo um porta-voz da Administração Federal da Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA), uma testemunha disse que "muitos pássaros" passavam em frente à aeronave antes da queda. Klotzel afirmou que a presença de aves como gaivotas, pelicanos e albatrozes é comum próxima a rios. "Hoje em dia as empresas (que fabricam aeronaves) fazem testes com pássaros e é difícil que algum destrua totalmente a turbina, mas conforme o peso da ave pode provocar sérios danos", disse.

O especialista destacou que a aviação comercial dos Estados Unidos não registra mortes há 2 anos.

Fonte: Terra - Foto: Agências