quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Crianças dos EUA são 'reprovadas' em história do 11 de Setembro

Sem lembrança de sete anos atrás, crianças não sabem o que aconteceu.

Livros didáticos praticamente ignoram os ataques terroristas.

Vista das torres gêmeas do World Trade Center após atentados de 11 de setembro de 2001

“Terroristas árabes que não gostam dos Estados Unidos atacaram as torres gêmeas em Nova York, mas a população do país se uniu com heroísmo e entrou em guerra com o Iraque para proteger o país.” É assim que crianças norte-americanas que ainda não eram nascidas à época, ou que eram muito novas para terem lembranças do drama vivido em Nova York e Washington, descrevem os atentados terroristas que completam sete anos nesta quinta-feira (11).

“Eles não sabem muito”, diz o professor Robert Peterson, que ensina a crianças de 10 a 12 anos na quinta série de uma escola em Milwaukee. “Eles sabem apenas que houve um ataque com aviões, que atingiram as torres gêmeas. Muitos acham que foi realizado pelos iraquianos, e por isso estamos em guerra com o país.”

A pedido do G1, Peterson perguntou a seus alunos, que tinham em média 3 anos quando os Estados Unidos sofreram o maior ataque de sua história, o que eles sabiam sobre o assunto. “Dois terços deles não sabiam nenhum detalhe, e tudo o que eles sabem vem de filmes e notícias na TV enfocando o heroísmo e a luta pela sobrevivência no dia do ataque – falando de bombeiros e voluntários”, disse o professor.

“Eu não sei muito, mas sei que aviões bateram nas torres gêmeas. Muitas pessoas ficaram desesperadas tentando escapar e a polícia usou cachorros para procurar pessoas”, respondeu um dos alunos dele. “Os iraquianos atacaram os Estados Unidos”, arriscou um outro. “Osama bin Laden e o governo da Arábia Saudita realizaram os ataques”, segundo uma terceira criança.

Somente um aluno, de uma turma de 24 crianças, sabia que o ataque não havia sido realizado pelos iraquianos, relatou o professor. E a resposta sobre o motivo de os ataques terem acontecido foi quase unânime: “Porque eles não gostam dos Estados Unidos”.



Ensino

Vencedor de um concurso de projetos sobre a forma de ensinar crianças sobre o que aconteceu no 11 de Setembro e co-editor do livro “Rethinking globalization” (repensando a globalização), Peterson critica a forma como o conteúdo da história recente é apresentado aos estudantes.

De fato, o assunto é quase totalmente ignorado pelos livros didáticos usados pelas escolas de ensino básico dos Estados Unidos. “O assunto é evitado, pois os livros preferem não entrar em polêmicas”, disse Gilbert Sewall, diretor do American Textbook Council, organização norte-americana responsável pela análise dos livros escolares usados para ensinar história no país.

Segundo Sewall, todos livros são superficiais e preconceituosos. “É muito comum associar de forma direta e simplificada o terrorismo com islã”, disse.

Segundo o professor Peterson, em um livro de 800 páginas usado para ensinar a história do país, os ataques de 11 de Setembro têm quase nenhum espaço. “O tom do livro é todo muito patriótico, apontando o país como a única superpotência do mundo, e trata o 11 de Setembro com foco no heroísmo dos bombeiros, na união do país contra o terrorismo”, disse Peterson.

“Eles dizem apenas que ‘os terroristas’, de forma bem genérica, ‘jogaram dois aviões contra as torres gêmeas. O povo reagiu de forma corajosa e o governo, junto com os militares, começou imediatamente a trabalhar em formas de combater o terrorismo e evitar novos ataques’”, disse. “Toda a abordagem dá a impressão de que todo o país se uniu e quis entrar em guerra, o que não é verdade.”

Contra a guerra

Em sua escola, Peterson diz que aborda o tema de forma mais crítica. “Tento fazer as crianças pensarem no que acontece no mundo, e eles se solidarizam com os outros países. As crianças normalmente se mostram interessadas neste tipo de aula em que há debate, em que há questionamentos em vez de apenas terem que decorar nomes e datas.”

Esta participação dos alunos fez com que elas se empolgassem a criar um movimento próprio, o Kids Against the War (crianças contra a guerra), com discussões e confecção de cartazes para mobilizar as pessoas. “É um trabalho que é feito fora da sala de aula, nos intervalos, e que envolve crianças interessadas em fazer valer a democracia”, diz Peterson.

Fontes: G1 / Globonews - Foto: Reprodução (Creative Commons)

Avião cai no mar, na costa da Califórnia, nos EUA

Um Cessna T210N Centurion, prefixo N6278C, registrado para a empresa JA MAR Industries Inc, caiu na Baia de São Francisco, em Oakland, na Califórnia (EUA) pouco antes das 13:50 (hora local) de quarta-feira (10).

Informação preliminar indica que o motor do avião apresentou problemas pouco antes de ele cair na baía, informou Ian Gregor, porta-voz da FAA (Federal Aviation Administration).

O piloto do avião não se feriu, informou Gregor.

Fonte: CBS2

Nasa aprova desenvolvimento do substituto dos ônibus espaciais

A Nasa aprovou nesta quarta-feira (10) o desenvolvimento do foguete Ares, o sistema de lançamento que vai substituir o ônibus espacial a partir de 2015, e que deve levar os americanos de volta à Lua até 2020.

O anúncio foi feito ao fim de uma análise detalhada do projeto do foguete. As autoridades da agência espacial americana indicaram que confiam no Ares para cumprir todas as condições técnicas e de segurança necessárias, assim como no orçamento determinado.

Fonte: AP - Imagem: NASA

Aviões viram ferro-velho no aeroporto do Recife

Dois Boeings da Vasp aguardam decisão da Justiça para deixar pátio do Aeroporto Internacional do Recife

Estacionadas há mais de três anos no pátio do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, no Recife, duas aeronaves da Vasp esperam um destino. Com pneus murchos, lataria empoeirada e interior completamente deteriorado, o Boeing 737-200, de passageiros, e o Boeing 727-200, cargueiro, fazem parte de uma frota composta de 28 aviões, que estão espalhados em pelo menos dez aeroportos do país.

Aeroviário há 25 anos, e hoje membro da Comissão de Intervenção Trabalhista da Vasp no Recife, Gilmar Dória explica que o destino do ferro-velho depende da Justiça. “Um gestor responsável pela massa falida da empresa é quem vai decidir o que fazer com tudo isso. Uma das alternativas é leiloar as aeronaves para poder pagar os credores”, disse.

Outro problema é a dívida que a empresa tem que pagar a Infraero pela estadia das aeronaves no pátio do aeroporto. Segundo o superintendente da Infraero no Recife, Lauro Fernandes, cada avião que pousa tem três horas de isenção. No entanto, se ultrapassar esse tempo, a empresa aérea deve pagar um valor por cada hora que ficar em solo. “O preço que a Vasp tem que pagar é incalculável. São mais três anos que aviões estão estacionados aqui”, afirmou.

Falência

Mergulhada em uma crise, que começou em 1992, quando os funcionários apontavam falta de pagamento, a Vasp decidiu sair do mercado de vôos internacionais oito anos depois. Em 2005, diante de uma grave situação financeira, a empresa deixou de operar. Os aviões ficaram parados onde estavam. Um no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, dez em Congonhas e três em Guarulhos, em São Paulo.

Na última quinta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a falência da empresa. De acordo com a Justiça, a Vasp não teve condições de implementar o plano de recuperação judicial. O plano previa a venda de ativos e a retomada dos vôos.

História

Fundada em 1933, a Vasp foi comandada pelo governo de São Paulo até 1990, quando foi privatizada. O consórcio Voe Canhedo, do grupo Canhedo, adquiriu 60% das ações da empresa. Nessa época, a Vasp tinha 32 aeronaves e 7.300 funcionários. Com o apoio dos trabalhadores, a empresa cresceu e a frota passou para 58 aviões. Com isso, aumentou também a dívida, que hoje somam R$ 3,5 bilhões. Depois de privatizada, houve a criação de uma CPI, para investigar a suspeita de que o valor da empresa havia sido subvalorizado.

Fonte: Diário de Pernambuco Imagem: Edilson Segundo (DP/D.A Press)

Aviões ainda na mira da al-Qaeda

O setor da aviação continua vulnerável ao terrorismo, disse o secretário da Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Chertoff, em vésperas do aniversário dos atentados de 11 de setembro.

"Al-Qaeda continua a concentrar-se na aviação, uma área que continua a ter como objetivo", disse Michael Chertoff, assegurando no entanto que a América está mais protegida do que há sete anos: "Não creio que haja qualquer dúvida de que estamos mais seguro agora", acrescentou.

"Al-Qaeda no Iraque está enfraquecer duramente", disse Chertoff, que falava perante o Clube Nacional de Imprensa, em Washington. A organização terrorista "sofre de uma perda de reputação no mundo árabe”, disse.

Chertoff enumerou as principais medidas de segurança tomadas desde 11 de setembro. "Há sete anos, não tínhamos o sistema biométrico", que é usado para identificar quem entra nos EUA. Apesar de dizer que a América está mais segura, o secretário da Segurança Interna disse que não se podia voltar ao "espírito do 10 de setembro", ou seja, ao tempo de “complacência” com o terroristo.

Entre as potenciais ameaças, Chertoff foi citado Hezbollah, grupo radical islâmico no poder na Palestina. "Um grupo bem armado que representa um desafio sério", disse. As FARC ou gangues originários da América Latina, como o MS-13, foram também citados como perigosos.

Quanto aos meios a serem utilizados para combater o terrorismo, Chertoff explicou que "renunciar à opção militar e lidar com terroristas é como regressar ao pré-setembro 11".

Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)

SP comprará avião para operações especiais da PM

O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, anunciou ontem (10) a compra de um avião modelo King Air, que será utilizado em operações especiais da Polícia Militar. A aeronave faz parte de um pacote que inclui outros dois helicópteros adquiridos recentemente e mais um terceiro que será comprado. Marzagão esteve em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, inaugurando um hangar de rádiopatrulhamento da PM.

De acordo com Marzagão, o avião King Air será um grande reforço. "Nós temos investido muito não só em meios materiais. Entendemos que a inteligência deve substituir a força", disse o secretário.

O avião será utilizado para transportar células do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), especializadas em negociações e desarme de explosivos.

Além disso, a intenção é usar o avião em operações de salvamento do Corpo de Bombeiros em locais de difícil acesso. O King Air é uma aeronave bimotor pressurizada de pequeno porte e propulsão do tipo turboélice com capacidade para cinco ou sete passageiros. O valor da compra e prazos para o fechamento do negócio não foram detalhados.

Marzagão citou a compra de dois helicópteros entregues à PM no mês passado. As duas aeronaves foram adquiridas pelo Estado por R$ 9 milhões e tem capacidade para seis pessoas cada uma. Com elas, o grupamento chega a 15 helicópteros Águias. A Polícia Civil também vai ganhar um helicóptero conhecido como Pelicano. O modelo é o mesmo já utilizado.

O secretário esteve em Ribeirão Preto para inaugurar as novas instalações do Hangar de Radiopatrulha Aérea no Aeroporto Luiz Leite. O Hangar foi criado em março de 2006 e funcionava em um espaço cedido por uma empresa aérea. Ele atende uma área acima de 39 mil km² e chega a 93 cidades num total de três milhões e 200 mil habitantes.

O investimento de R$ 720 mil não foi feito pelo Estado. Empresários de várias cidades da região deram contribuições financeiras para a conclusão da obra. O Estado investiu R$ 19 mil em móveis e equipamentos. A unidade de Ribeirão Preto conta com 24 policiais, um helicóptero, uma viatura e um caminhão tanque para abastecimento.

"No caso aqui de Ribeirão Preto entendemos que o helicóptero é um instrumento poderoso para auxiliar o policiamento. O Estado não pode se igualar jamais ao criminoso", disse Marzagão. Em dois anos, a base de Ribeirão Preto fez mais de 1,3 mil horas de vôo e mais de 300 missões.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Estado, em ações conjuntas com os outros grupamentos da PM, foram recuperados 115 veículos, apreendidas 82 armas de fogo, presas 421 pessoas e salvas outras cinco que estavam em situação de risco.

Fonte: Redação Terra

Falso alarme de acidente aéreo mobiliza bombeiros em Sete Lagoas (MG)

O Corpo de Bombeiros confirmou que não houve acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (10) em uma área de vegetação entre Sete Lagoas e Prudente de Moraes, na Região Central de Minas Gerais. Segundo a corporação, o que houve foi um “pouso em pista não homologada”.

Moradores da região que viram a aeronave fazer uma vôo baixo imaginaram se tratar de um acidente e o boato se espalhou rapidamente. O suposto acidente aéreo mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Sete Lagoas e Belo Horizonte.

Susto de verdade

O falso alarme na região de Sete Lagoas ocorre um dia depois de uma aeronave fazer uma aterrissagem forçada em Pouso Alegre, no Sul de Minas. O avião saiu da pista do aeroporto e só parou ao bater em duas árvores.

Fonte: Portal UAI

TAM firma acordo para permitir uso de celulares em seus vôos

A TAM firmou acordo com a OnAir para oferecer telefonia móvel em seus vôos realizados com a aeronave Airbus 320 a partir do ano que vem. A empresa não informou o valor do acordo, mas disse que espera ser a primeira a ter essa facilidade para oferecer aos passageiros no continente americano.

Segundo a companhia, com a tecnologia desenvolvida pela OnAir - empresa nascida de uma joint venture da Airbus e da Sita - os clientes da aérea brasileira que voarem pela América do Sul poderão usar com segurança telefones celulares e smartphones já na segunda metade do ano que vem. A facilidade permitirá não só ligações, como também troca de mensagens SMS e e-mails.

Para começar a oferecer esse serviço, a TAM ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O uso dessa tecnologia também vai demandar uma adaptação da legislação, que atualmente só permite o uso do celular quando a aeronave está no solo e de portas abertas.

O acordo foi anunciado hoje pela TAM durante a feira World Airline Entertainment Association (WAEA), na Califórnia (EUA). A aérea brasileira destaca que o sistema é certificado pela European Aviation Safety Agency (Easa) e o uso foi regulamentado recentemente na União Européia.

Segundo a TAM, o mecanismo é seguro e impede que os aparelhos interfiram nos comandos da aeronave. Na opinião do presidente da companhia, comandante David Barioni Neto, a facilidade deve favorecer os passageiros que voam a negócios.

Fonte: Valor Online

Northrop Grumman recebe US$ 5 bi para construir porta-aviões

Concepção artística do USN CVN-21 Class "Gerald R. Ford"

O grupo de defesa americano Northrop Grumman informou nesta quarta-feira ter recebido uma verba de 5,1 bilhões de dólares para construir um porta-aviões de propulsão nuclear, o "Gerald R. Ford".

O navio será o primeiro de uma nova geração de porta-aviões nucleares, que substituirão os barcos da classe Nimitz, criados nos anos 60, revelou o grupo em um comunicado.

Matt Mulherin, diretor de construção de navios da Grumman em Newport News (Virgínia), festejou a oportunidade de construir "o primeiro de uma nova classe de porta-aviões em 40 anos".

O "Gerald Ford" terá uma pista de decolagem modificada, um "castelo" redesenhado, um melhor sistema de armas e um maior volume de lançamento de aviões. Seu gerador nuclear será de nova concepção e poderá funcionar com um equipamento reduzido.

Fonte: AFP - Imagem: U.S. Navy graphic

Aviões russos chegam à Venezuela para exercícios no Caribe

Segundo correspondentes, aliança deverá preocupar os Estados Unidos.



O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou a chegada de dois bombardeiros russos de longo alcance no país para fazer "vôos de treinamento" no Caribe.

A chegada dos aviões Tu-160 ocorre dias depois do anúncio feito pelos governos venezuelano e russo, de que os dois países realizarão exercícios militares conjuntos nas águas do Caribe no mês de novembro.

O anúncio da manobra militar colocou o governo dos Estados Unidos em "observação" e trouxe à tona a discussão sobre o relançamento da disputa geopolítica entre Estados Unidos e Rússia na América Latina.

"São bombardeiros Tu-160 supersônicos que estavam há um certo tempo sem voar por esses lados, e a Rússia, há uns dois anos, decidiu relançar seu programa de aviação estratégica", afirmou Chávez durante a inauguração de um centro médico.

Guerra Fria

É a primeira vez, desde o final da Guerra Fria, que a Rússia realiza operações deste tipo na região, considerada como a área de influência dos Estados Unidos.

"Yes, yes (sim, sim) para que lhes doa, 'pitiyanquis' ('pequenos-ianques')", acrescentou Chávez em referência à oposição venezuelana, a quem acusa de atuar a favor dos interesses dos Estados Unidos.

Para o sociólogo venezuelano Edgardo Lander, com a chegada dos bombardeiros ao Caribe, o governo russo pretende dar uma resposta à presença militar dos Estados Unidos e de seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança de defesa ocidental) no mar Negro, na fronteira sul da Rússia, como conseqüência do conflito que envolveu a Ossétia do Sul.

"Depois do que ocorreu na Geórgia, houve um sinal de afirmação de que a Rússia é um fator que há que se tomar em conta na política internacional", disse Lander à BBC Brasil.

"Nesse sentido, dar um passo ao Caribe significa ir mais além de sua região de influência. Se trata de um anúncio simbólico aos Estados Unidos de que o mundo tem outros atores", acrescentou.

Oposição

A aliança com a Rússia tem provocado críticas por parte da oposição venezuelana que afirma que Chávez, ao aproximar-se dos russos está colocando a Venezuela em uma "reedição" da Guerra Fria.

A informação sobre a chegada dos bombardeiros havia sido anunciada mais cedo, em Moscou, pelo porta-voz da Força Aérea russa Alexander Drobyshevsky.

O funcionário russo disse que durante o vôo os dois aviões Tu-160 foram acompanhados por aeronaves da Otan.

"Enquanto os Tu-160 voavam, eles eram acompanhados por jatos de combate da Otan", disse Drobyshevsky.

As aeronaves foram desenvolvidas ainda no período da extinta União Soviética e têm capacidade para portar 12 foguetes e 40 toneladas de bombas.

Os dois bombardeiros permanecerão na Venezuela durante vários dias, realizando vôos de treinamento, de acordo com informações da agência de notícias RIA.

Chávez, que é ex-pára-quedista, brincou e disse que iria pilotar um dos aviões e sobrevoaria a ilha de Cuba.

"Eu vou pilotar um desses bichos (...) Fidel, vou (passar) por aí voando baixinho", disse.

Crise no Cáucaso

Neste fim-de-semana, pouco antes de o governo da Venezuela confirmar sua "aliança estratégica" com o governo russo no Caribe, o presidente russo Dmitry Medvedev havia questionado a decisão dos EUA de enviar parte de sua frota naval à Geórgia sob o argumento de enviar ajuda humanitária ao país.

"Como se sentiria (Washington) se nós enviássemos ajuda humanitária ao Caribe utilizando nossa própria Força Naval?", questionou Medvedev.

Edgardo Lander, ressaltou, porém, que "a Rússia não tem capacidade, do ponto de vista logístico e militar, de competir" com os Estados Unidos na região.

Diante deste cenário, Lander afirma que na hipótese de um conflito armado entre EUA e Venezuela, o governo russo apenas "assistiria" a crise.

"Sem bases militares e sem nenhuma capacidade logística, assim como os Estados Unidos observaram, impotentes, a ação militar russa na Geórgia, é difícil pensar que a Rússia atuaria no caso de um conflito armado contra a Venezuela. Essa ajuda está absolutamente descartada", afirmou.

Desde o fracassado golpe de Estado de 2002, Chávez vem afirmando que o governo dos Estados Unidos pretende "derrubá-lo" e afirma que há uma "ameaça" iminente de uma invasão militar americana para controlar o Estado petroleiro, quinto maior exportador mundial.

"Manobra arriscada"

O comandante Héctor Herrera, da Reserva das Forças Armadas da Venezuela e presidente do Frente Cívico Militar, apóia a realização do exercício militar que a seu ver "é uma demonstração de soberania da Venezuela" e também um recado para Washington.

"Obviamente há uma mensagem política nesta decisão que é a que os Estados Unidos não são os donos do Caribe e da América do Sul", afirmou Herrera à BBC Brasil.

De acordo com o comandante da Reserva, a reativação da 4ª Frota americana no Caribe representa "uma clara ameaça aos governos progressistas" da região.

"Temos todo o direito de realizar esses exercícios para fortalecer a defesa do nosso território e porque não fazê-lo com os russos?", questionou.

Na opinião do sociólogo Edgardo Lander, a decisão do governo venezuelano em participar da disputa russo-americana é uma manobra arriscada.

"Venezuela jogará um papel na geopolítica internacional com manobras militares que estão além da sua capacidade de decisão. É uma decisão arriscada", avaliou.

O governo russo enviará à missão naval cerca de mil militares e quatro barcos, entre os quais estará o cruzeiro de batalha nuclear "Pedro, o Grande", considerado como um dos maiores navios de combate do mundo, com capacidade para lançar 500 mísseis.

A Venezuela, por sua vez, aportará com uma pequena esquadrilha aérea e com efetivos da Marinha.

Fontes: BBC / Globonews

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Queda de helicóptero militar deixa dois mortos no norte de Israel

Aeronave Cobra caiu no kibutz Genigar, próximo à cidade de Afula.

Militares disseram que ele foi alvo de ataque, mas depois desmentiram.

Policial israelense examina os destroços do helicóptero Cobra da Força Aérea de Israel que caiu no kibutz Genigar, próximo à cidade de Afula, na Galiléia, nesta quarta-feira (10).

O piloto e o navegador morreram, segundo a mídia local. O piloto era o Major Shai Danor, de 35 anos de idade, reservista de Rosh HaAyin.

O helicóptero voava em formação com outro semelhante, que nada sofreu. Os helicópteros haviam decolado do aeródromo Ramat David e dez minutos depois, aconteceu o acidente ocorrido.

Segundo os primeiros relatos, o acidente parece ter como causa falhas técnicas na aeronave.

Fontes oficiais informaram que o piloto tentou fazer uma aterrissagem de emergência, mas caiu.

As mesmas fontes negaram as informações anteriores de que os dois helicópteros haviam colidido, bem como teriam sido alvo de ataque.

A cidade de Afula está localizada a 28 km (17 milhas) da fronteira com a Jordânia.

As duas aeronaves eram do tipo Cobra.

Fontes: G1 / EFE / Israel News - Fotos: AP / Guy Dauber

Hugo Chávez confirma chegada de supersônicos russos à Venezuela

Colaboração militar busca 'mundo multipolar', diz venezuelano.

Bombardeiros farão manobras em águas neutras nos próximos dias.


Foto de arquivo mostra avião TU-160 russo semelhante aos que chegaram para manobras na Venezuela

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou nesta quarta-feira (10) a chegada a seu país de dois bombardeiros supersônicos russos TU-160 e afirmou que a colaboração militar venezuelana com a Rússia obedece à busca de "um mundo multipolar".

"Estes supersônicos já não davam a volta por aqui há algum tempo. A Rússia decidiu lançar seu programa de aviação estratégica" por todo o mundo e "vou conduzir um destes animais", declarou Chávez em um discurso transmitido em cadeia de rádio e TV.

Paralelamente se informou em Moscou que estes "dois bombardeiros estratégicos das Forças Aéreas da Rússia realizarão durante os próximos dias várias manobras de vôo em águas neutras, após o que retornarão para suas bases na Rússia".

Os TU-160 aterrissaram em um aeroporto da Venezuela após atravessarem o Oceano Atlântico em 13 horas, travessia durante a qual foram escoltados por caças russos SU-27 e, durante certo tempo, foram vigiados por aviões da Otan.

O líder venezuelano revelou que uma visita recente à Rússia decidiu com as autoridades deste país a realização de manobras militares conjuntas.

As manobras obedecem, segundo Chávez, ao fato de se "interessar muito" em preparar as forças militares venezuelanas, em momentos em que, segundo afirmou, se reativaram os planos americanos contra seu governo.

Além disso, Chávez disse que está "estudando a possibilidade de adquirir submarinos russos" como parte de um programa de "defesa" que inclui a obtenção de equipamentos de defesa antiaérea "com seus respectivos foguetes".

"Uma nova ofensiva imperial está em andamento. De dentro e de fora. Os planos de magnicídio voltam a aparecer. Os planos de golpe de Estado voltam a aparecer. Porém, não vão poder com esta revolução, não vão poder com nosso povo", concluiu.

Fonte: EFE - Foto: AP

Venezula compra aviões e radares da China

A Venezuela anunciou nesta quarta-feira a aquisição de aviões e de radares da China para reforçar o controle de seu espaço aéreo e lutar contra o tráfico de drogas.

O Exército venezuelano contará nos próximos meses com 24 aviões K-8 e dez radares de um alcance de 444 km, informou o general Jesus González, chefe das operações estratégicas.

Os aviões chineses vão garantir "um controle mais eficiente de nosso espaço aéreo", afirmou González, por ocasião de uma operação de destruição de pistas de pouso clandestina utilizadas pelos traficantes no estado de Bolivar (leste).

"Antes do fim deste ano, teremos completado a segurança de nosso espaço aéreo", afirmou, por sua vez, o coronel Nestor Reverol, diretor-geral do Departamento nacional antidrogas (ONA).

Este contrato militar foi concluído antes da visita à China do presidente venezuelano Hugo Chávez.

Fonte: France Presse

Pentágono anula licitação para renovação da frota de aviões cisterna

Boeing KC-767 Tanker

Northrop Grumman KC-45

O Pentágono cancelou a abertura da licitação, no valor de 35 bilhões de dólares, para renovar sua frota de aviões cisterna, deixando assim a decisão para o próximo governo, informou o secretário de Defesa americano, Robert Gates, nesta quarta-feira.

"Acredito que no tempo que nos resta não podemos completar uma licitação que seja considerada justa e objetiva neste ambiente tão carregado", indicou Gates em um comunicado.

"O resultante período de reflexão permitirá ao próximo governo revisar objetivamente os pedidos militares e desenhar uma nova estratégia de aquisição", acrescentou.

Trata-se de um contrato para 179 aviões, na fase inicial de substituição da frota, um projeto de um total de 100 bilhões de dólares nos próximos 30 anos.

A Força Aérea dos Estados Unidos tenta substituir seu muito antigo avião cisterna, um modelo que vem enfrentando um contratempo atrás do outro, em um processo iniciado com o escândalo de 2003 que eliminou os planos de contratar o avião da Boeing.

A Boeing era o único fornecedor do avião de abastecimento em vôo, mas parece ter perido esta condição em fevereiro, quando a força aérea optou pela Northrop Grumman e a Eads para fabricar a próxima geração.

A força aérea prefere o KC-45, uma versão militarizada do Airbus 330, devido a seu tamanho e capacidade de combustível e carga maiores que o Boeing KC-767, uma versão modificada do Boeing 767.

Mas a Boeing se queixou da decisão da força aérea. O Tribunal de Contas Tribunal fez uma revisão e descobriu erros significativos que poderiam ter afetado o resultado em uma disputa que era muito competitiva.

Gates deixou para a força aérea toda a responsabilidade de ter escolhido o vencedor e atribuiu a decisão ao chefe de compras do Pentágono, John Young.

Ambas as empresas montaram duas grandes campanhas de relações públicas para mostrar as vantagens que cada uma delas oferece em termos de empregos ganhos ou perdidos, segundo o resultado da licitação.

Fonte: France Presse - Fotos: airforce-technology (KC-767) / Saltysailor (KC-45)

Aviões da FAB enviarão 28 toneladas de alimentos a Cuba e Haiti

Decolarão da Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro dois C-130 Hércules, aviões de transporte pesado da Força Aérea Brasileira, levando 28 toneladas de alimentos para Cuba e Haiti. Países recentemente atingidos por furacões responsáveis pela destruição de prédios e pela morte de centenas de pessoas.

Segundo uma fonte do governo, as aeronaves partirão do Brasil nas próximas horas desta quarta-feira, cada uma com 14 toneladas de cestas básicas.

Na terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou comovido com os relatos feitos pelo presidente cubano, Raúl Castro, sobre a devastação deixada pelo furacão Ike na ilha, e determinou o envio de ajuda humanitária tanto ao país comunista quando ao Haiti.

Ainda segundo a fonte, o grupo de trabalho brasileiro criado para analisar a logística do auxílio está trabalhando para enviar helicópteros brasileiros para ajudar no resgate das vítimas.

O grupo, composto por membros de diversos ministérios, também prepara o envio de um barco da Marinha carregado com 100 toneladas de arroz para ser dividido entre os dois países.

O governo ainda analisa a possibilidade de ajuda financeira, mas o envio dos recursos ainda não foi decidido.

Em Cuba, o furacão Ike provocou a destruição de prédios na capital Havana. Ainda não havia dados precisos sobre as vítimas do Ike em Cuba, mas a mídia estatal mostrou um panorama da destruição ao longo da ilha, que também sofreu com a passagem de outro furacão, o Gustav, há 10 dias.

No Haiti, as enchentes provocadas pelas chuvas torrenciais do Ike mataram ao menos 71 pessoas. Na semana passada, a tempestade tropical Hana deixou 500 morts no país mais pobre das Américas.

Fonte: Reuters

China quer testar avião regional de passageiros no fim de setembro

Concepção artística do avião ACAC ARJ21

A China deve testar seu novo jato regional de passageiros no dia 21 deste mês. Essa é, segundo um dos jornais estatais do país, People´s Daily, a data escolhida para o primeiro teste do ARJ21-700, aparelho desenvolvido pelo consórcio aeronáutico estatal AVIC I.

O avião, que terá capacidade para 90 passageiros, deveria ter sido testado inicialmente em março, mas problemas com a cadeia de suprimentos obrigaram a fabricante a atrasar em seis meses o primeiro vôo.

Embora tenha sido desenvolvido na China - o primeiro avião a jato comercial a ser projetado e fabricado por uma empresa chinesa -, o ARJ21-700 utiliza uma grande variedade de peças e componentes de fornecedores estrangeiros. Isso inclui os motores, que são fabricados e fornecidos pela americana General Electric (GE).

De acordo com o jornal chinês, foram construídos cinco aviões de teste, sendo que três deles serão utilizados na avaliação de vôo inicial.

A AVIC I afirma ter esperança de conseguir completar os testes e receber a certificação necessária para o avião já no terceiro trimestre de 2009. Essa também é a data estimada da primeira entrega à Shandong Airlines, aérea chinesa que irá lançar o aparelho.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online) - Imagem: China Daily

F-4E Phantom em teste com neve e gelo

F-4E Phantom caça da Força Aérea da República da Coréia durante teste com neve e chuva gelada

Seul abriu novo centro de testes para veículos blindados e aviação militar

Fotos: AP

Cuba compra terceiro avião Tu-204 E da fabricação russa

O banco russo Vneshekonombank (VEB), a empresa russa Ilyushin Finance e a companhia cubana Aviaimport S.A firmaram ontem (09) um acordo, segundo o qual, a empresa cubana receberá um crédito de $44,5 milhões para a compra de um avião Tu-204 SE.

O crédito foi dado por um prazo de 12 anos no âmbito do plano da ajuda às exportações industriais , que representa uma das orientações fundamentais no setor de investimentos do VEB , indica uma nota do banco , segundo Ria Novosti.

É o terceiro dos quatro aviões desse tipo vendidos a Cuba. O avião Tu-204-SE , é uma versão modernizada do básico Tu-204, “correspondente em pleno às normas russas (AP-25) e internacionais ( JAR-25)” que se aplicam aos aparelhos modernos , disse o porta-voz, citado pela agência Interfax.

O Tu-204-SE , é um avião bimotor capaz de transportar até 212 passageiros ou carga , realizou seu primeiro vôo em 1989. Destinado a cobrir rotas de médio alcance , é considerado o equivalente russo Boeing 757 americano.

Aviaimport S.A é uma empresa subsidiaria da estatal Corporação de Aviação Cubana que se dedica ao transporte de passageiros e de carga nas rotas nacionais e internacionais de Cuba. A Companhia Ilyushin Finance Co. Foi criada em 1999 para financiar as exportações de aviões comerciais da fabricação russa.

Fonte: Pravda.ru

Congonhas perdeu mais de 2 milhões de passageiros após acidente da TAM

Restrições a operações no local levou passageiros para Guarulhos.

Aeroporto da Grande SP é o mais movimentado do país.

Congonhas em dia de chuva

O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, perdeu mais de 2 milhões de passageiros (20,78%) na comparação de janeiro a julho de 2007 com o mesmo período deste ano, época na qual foram impostas várias restrições às operações aéreas no local, depois do acidente com o avião da TAM, em julho do ano passado, que causou a morte de 199 pessoas. Os dados são da Infraero.

O movimento de aeronaves no local caiu 13,69%, passando de 122.890 de janeiro a julho de 2007 para 106.067 na mesma época deste ano.

Com as restrições determinadas depois do acidente da TAM, o aeroporto passou a receber 30 movimentos por hora da aviação regular, entre pousos e decolagens, e quatro da aviação geral, que inclui jatos executivos. No primeiro semestre do ano passado, eram mais de 40 movimentos por hora, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Grande parte do movimento migrou para o aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, que teve aumento de 6,37% no número de aeronaves nos sete primeiros meses de 2008 comparado com o mesmo período do ano passado. Já o número de passageiros no local cresceu 16,4% no mesmo período.

De acordo com Edgard Brandão Júnior, assessor da presidência da Infraero, o impacto no número de aeronaves foi menor em Guarulhos porque o aeroporto recebe aviões maiores, com capacidade para mais passageiros. Brandão Júnior esteve na manhã de terça-feira (9) em uma coletiva de imprensa no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista.

Guarulhos passou a ocupar com folga o primeiro lugar no ranking dos aeroportos mais movimentados em número de passageiros tendo recebido 12,1 milhões de janeiro a julho deste ano, contra os 7,9 milhões que passaram por Congonhas no mesmo período.

Na avaliação de Brandão Júnior, muitos vôos que passaram a operar em Guarulhos na época da reforma da pista de Congonhas (anterior ao acidente da TAM) não voltaram para o aeroporto da Zona Sul da capital. Com as restrições impostas ao aeroporto, as companhias tiveram de migrar definitivamente alguns vôos. “Houve também muita gente que mudou de hábito depois do acidente e passou a preferir Guarulhos a Congonhas”, afirmou Brandão Júnior.

O Campo de Marte também teve aumento no número de passageiros no mesmo período: 66,87%. O assessor atribui essa elevação a vários fatores, como a facilidade de conseguir operar vôos executivos do aeroporto - com mais disponibilidade que Congonhas -, a boa localização, e também o crescimento da aviação executiva no país. O movimento de aeronaves no local cresceu 15,19% de janeiro a julho de 2008 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Fonte: G1 - Foto: Patrícia Araújo (G1)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Avião perde freio durante pouso e bate em árvore em MG


Acidente ocorreu no Aeroporto de Pouso Alegre, em Minas Gerais.

Aeronave transportava duas pessoas, mas ninguém ficou ferido.




Uma aeronave Piper PA-46-350P Malibu Mirage, prefixo PT-WJP (4622190), fez um pouso forçado na manhã desta terça-feira (09) no aeroporto de Pouso Alegre (SNZA), na Região Sul de Minas Gerais.

O avião havia decolado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O piloto, Vanderlei Henrique Pereira, de 39 anos, não conseguiu parar a aeronave, que saiu da pista e caiu numa ribanceira, ficando escorado numa árvore.

Com o impacto, o compartimento do combustível furou e houve vazamento. Os bombeiros isolaram a área. O piloto e o passageiro, o empresário Mário Francisco Sardinha Giovani, de 26 anos, não se feriram. Técnicos da Anac e DAC, além da perícia da Polícia Civil, foram acionados.

A suspeita é de problema mecânico. De acordo com a administração do aeroporto, o piloto tinha documentação em dia e autorização para o pouso. O empresário estava a caminho de Pouso Alegre para negócios.

O seguro da aeronave venceu recentemente, em 05/09/08.

Técnicos da Agência Nacional De Aviação Civil (Anac) devem fazer uma perícia na aeronave ainda nesta terça-feira.

Fontes: UAI / TV Alterosa / ANAC - Fotos: Renato Alcantara

Avião faz pouso forçado em pasto no interior de SP

Monomotor sofreu pane e desceu em Cândido Rodrigues.

Polícia Civil abriu inquérito para investigar a manobra.

Um Neiva P-56C Paulistinha do Aeroclube de Itápolis

Um avião de pequeno porte, conhecido como “Paulistinha” e usado para instrução, fez um pouso de emergência, por volta das 17 horas desta segunda-feira (08), próximo à Vicinal Libero Formigoni, que liga Cândido Rodrigues a Monte Alto, no interior do estado de São Paulo.

Apenas o piloto e a mãe dele estavam a bordo.

O piloto Alex Patrick Gambeiro, de 25 anos, segundo testemunhas, sobrevoava Cândido Rodrigues em baixa altitude com o avião registrado como um modelo Neiva P-56C Paulistinha, do Aeroclube de Itápolis. Ele estava acompanhado da mãe, Marli Cristina Zacari Gambeiro, 44 anos.

Testemunhas disseram que a aeronave teria afogado e o motor não deu partida. De acordo com a Polícia Militar, antes de ser socorrido, o piloto disse que o motor do avião perdeu potência e ele teve que fazer o pouso forçado, parando em um matagal às margens da vicinal.

Gambeiro foi levado ao Centro de Saúde de Cândido Rodrigues com um ferimento no nariz e, depois, transferido ao Hospital de Taquaritinga, onde será avaliada a necessidade de uma cirurgia. A mãe não teve ferimentos. Peritos da aeronáutica foram chamados para verificar o que ocorreu com a aeronave.

Fonte: Cláudio Dias - Tribuna Impressa (Araraquara) - Foto: AIRFLN

Aeronáutica deve comprar 51 helicópteros em novembro

A Aeronáutica programa para novembro a assinatura do contrato com a Helibrás para a compra de 51 helicópteros modelo Super Cougar EC 725, um negócio estimado em US$ 1 bilhão. A previsão é de que as primeiras aeronaves sejam entregues no final de 2010.

De acordo com o tenente brigadeiro do Ar, Paulo Roberto Britto, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, que participou hoje de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para discutir o fortalecimento da indústria aeronáutica brasileira, as 51 aeronaves serão divididas igualmente entre a Aeronáutica, Marinha e Exército.

A produção do modelo no Brasil é conseqüência de uma parceria firmada em junho deste ano com a Helibrás e a Eurocopter, empresa do grupo europeu EADS, que também é dona da Airbus, para transferência de tecnologia.

A previsão do presidente da Helibrás, Jean Hardy, é que a empresa invista entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões para produzir o modelo na unidade da empresa em Itajubá, em Minas Gerais. A previsão inicial é de que as primeiras aeronaves sejam produzidas com um índice de nacionalização entre 5% e 10%, devendo alcançar até 50%, na medida em que forem desenvolvidos novos fornecedores no Brasil.

Fornecedores

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, informou hoje que o seu ministério, em conjunto com a pasta de Ciência e Tecnologia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estudando maneiras para incentivar a formação de uma base industrial de fornecedores no Brasil para o helicóptero Cougar EC 725.

"Ainda estamos elaborando o projeto econômico-financeiro e por isso ainda não posso dizer quanto o governo disponibilizará para o setor se preparar para fornecer peças e matérias-primas para esse projeto", disse.

Segundo o ministro o governo ainda está identificando as empresas que têm capacidade para produzir peças e outros materiais para o projeto e depois deverá avaliar quanto essas empresas precisam de financiamento para efetivamente produzir componentes para o novo helicóptero.

Em uma avaliação preliminar do presidente da Helibrás, Jean Hardy, o principal gargalo hoje para produzir os helicópteros no Brasil é a falta de mão-de-obra especializada. "Já estamos tomando providências para formar a mão-de-obra necessária para o programa", informa.

Fonte: Agência Estado

Aeroportuários criticam futura concessão ao setor privado

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários, em nome dos 11,6 mil funcionários diretos da Infraero em todo o País, enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiando a futura concessão de aeroportos brasileiros, anunciada na semana passada. Entre os trabalhadores, que atuam nos 67 aeroportos administrados pela Infraero, estão 750 controladores de vôo civis, responsáveis pela segurança do tráfego aéreo.

Eles reclamam que não foram consultados sobre o processo. Além do receio de um processo de demissão em massa, eles alertam que não está claro a quem caberá o controle aéreo quando a iniciativa privada assumir a gestão. "O projeto (concessão) não foi discutido com ninguém. Está sendo montando dentro de quatro paredes. Os trabalhadores não foram ouvidos", afirmou o presidente do sindicato, Francisco Lemos. De acordo com ele, não está claro como ficará a situação dos funcionários, se serão demitidos para serem recontratados pela iniciativa privada, por exemplo.

Na semana passada, quando o governo anunciou planos de fazer a concessão dos aeroportos de Viracopos (Campinas/SP) e Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão/Rio), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que os funcionários da Infraero não seriam prejudicados. O ministro também disse que a concessão do Galeão e de Viracopos não vai afetar o plano de reestruturação administrativa da Infraero, que poderá ter seu capital negociado em bolsa.

Também na semana passada, o Ministério da Defesa e o BNDES assinaram um convênio no qual o banco vai contratar uma consultoria para ajudá-lo na elaboração da reestruturação de todo o setor aéreo. Um dos principais pontos dessa discussão será o redesenho da Infraero.

O ministério foi procurado, mas informou que o modelo de concessão ainda está sendo elaborado e que não se pronunciaria. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que em parceria vão elaborar o projeto de concessão dos aeroportos novos e já existentes, deram a mesma resposta que o Ministério da Defesa.

"Se não houver ruptura dos contratos dos funcionários, a Infraero poderá ser prestadora de serviços. Se houver, poderá haver demissão em massa", afirma o advogado Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, mestre em Direito Constitucional da PUC de São Paulo.

De acordo com ele, no caso dos controladores de vôo, hoje 80% militares, deverá haver a adoção de sistemas de gestão privados, mas a manutenção dos controles militares também. "O que pode acontecer é a manutenção dos dois modelos, para que haja competição e se estabelecer qual é o modelo mais eficiente", afirmou.

Fonte: Agência Estado

Campo de Marte vai passar por reformas e terá nova torre

Em um ano, movimento de passageiros cresceu 57,11% e fez o aeroporto ser o 5º mais movimentado do País

O Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, vai ser expandido e ganhará uma nova torre. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 9, pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Entre julho de 2007 e julho de 2008 houve um crescimento de 57,11% no movimento de passageiros no Campo de Marte. Até 2011 a Infraero promete construir uma nova torre no local e um centro comercial.

O projeto da nova torre, estimado em R$ 16 milhões, vai garantir maior visibilidade e deve entrar em operação até 2011. A construção de um empreendimento comercial para os passageiros - com lojas, restaurantes, consultórios e escritórios - pode estar pronta já no ano que vem.

"Hoje o movimento do tráfego de helicópteros em São Paulo supera o de Nova York e Tóquio. Considerando que o Campo de Marte concentra 70% do tráfego desse tipo de aviação, podemos dizer que ele é o mais movimentado do mundo com helicópteros", diz o superintendente da Infraero, Alex Barroso Júnior.

Além da nova torre, a pista do Campo de Marte será recapeada e alargada e o aeroporto deve ganhar 15 novos hangares. Segundo a Infraero, o Campo de Marte já é o quinto aeroporto mais movimento do País e recebeu mais de 230 mil passageiros em 2007.

O terminal é o que mais cresce em São Paulo: o movimento operacional das aeronaves cresceu 15% entre janeiro e julho deste ano em comparação a 2007. Já o Aeroporto de Cumbica cresceu 6% e o de Congonhas recuou 13% no mesmo período. O mesmo ocorre no crescimento de passageiros, 66% ante 16% em Cumbica e queda de 20% em Congonhas.

Fundado em 1920, o Campo de Marte foi o primeiro aeroporto de São Paulo. Hoje, é dedicado exclusivamente à aviação geral (táxi aéreo e jatos executivos). Também serve como base para helicópteros, escolas de pilotagem e o serviço aerotático das polícias civil e militar. Por ter uma pista curta - 1.600 metros de extensão, sendo 1.300 metros de área útil -, só tem condições de receber aviões de pequeno porte.

Segurança

Em 2007, a discussão sobre a segurança do Campo de Marte veio à tona depois do acidente com um jato Learjet. O jato caiu em cima de uma casa da zona norte após decolar do aeroporto. O acidente deixou nove mortos. A queda do Learjet aconteceu quatro meses depois do avião da TAM atravessar o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, e deixar 199 mortos. Depois do acidente da TAM, uma série de restrições à aviação em Congonhas aumentou o número de vôos do Campo de Marte.

Em 24 de novembro de 1995, um monomotor Cessna caiu na Avenida Santos Dumont logo após a decolagem e explodiu. Seus seis ocupantes morreram na hora. A aeronave teria perdido o trem de pouso ao levantar vôo. Após a explosão, chamas e partes da fuselagem atingiram dois carros, ferindo duas pessoas.

Em 25 de outubro de 2003, um helicóptero de uma escola de pilotagem caiu dentro da área do aeroporto. O instrutor de vôo morreu e o aluno ficou ferido.

Em outros acidentes perto do Campo de Marte, só houve feridos. Em 15 de outubro de 1997, um monomotor Aeroboero, do Aeroclube de São Paulo, caiu na Marginal do Tietê, sentido Ayrton Senna, a cem metros da Ponte da Casa Verde, na zona norte. Duas pessoas se feriram. Em 5 de fevereiro de 1983, outro monomotor que havia saído do Campo de Marte caiu numa praça no Carandiru e deixou 5 feridos.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Foto: Patrícia Santos (AE)

'Homem-foguete' decola em evento na Califórnia

Equipamento realiza vôo de 30 segundos em exposição de museu da aviação.

No último fim de semana, uma exposição de foguetes portáteis e outros equipamentos na cidade de San Carlos, na Califórnia, teve como atração um "homem-foguete".

O curto vôo foi realizado em frente ao Museu da Aviação Hiller e fez parte de um evento dedicado a equipamentos de transporte considerados representantes da era espacial.

Há algumas décadas, foguetes portáteis chegaram a ser considerados o futuro do transporte pessoal.

Na futurística abertura das Olimpíadas de 1984, um piloto americano realizou um vôo com um destes equipamentos.

O tempo passou e, em vez de ganhar as ruas, hoje é mais fácil encontrar foguetes pessoais em museus, como o Hiller.

Fonte: BBC - Foto: Bay Area News Group

China: Companhia aérea Grand China Express quer comprar mais aviões da brasileira Embraer

A companhia aérea Grand China Express pretende adquirir 100 aviões Embraer do tipo E-190, nos próximos anos, para a sua frota, segundo escreve terça-feira o jornal China Daily.

A companhia Grand China Express, do grupo Hainan Airlines, já havia encomendado há três anos 50 aviões do tipo Embraer E-190, com uma capacidade de 98 a 114 passageiros e 50 outros aparelhos do modelo Embraer ERJ-145, de 50 lugares, num negócio estimado em 2,7 mil milhões de dólares.

O China Daily escreve que ainda durante o corrente ano a Embraer vai entregar sete aparelhos do modelo E-190 à Grand China Express e mensalmente um Embraer ERJ-145 até ser atingido o total dos 50 aparelhos encomendados.

Os aviões vão ser construídos na fábrica de Harbin onde a Embraer possui desde 2003 uma "joint-venture" com as empresas chinesas Harbin Aircraft e Hafei Aviation Industry, ambas controladas pela China Aviation Industry Corporation II.

Localizada em Harbin, capital da Província de Heilongjiang, a Harbin Embraer Aircraft produz aviões para o mercado chinês, com modelos iguais aos fabricados na sede da empresa, na cidade de São José dos Campos, a 90 quilómetros de São Paulo, no Brasil.

A confirmar-se a previsão da Grand China Express a Embraer venderá, nos próximos anos, 150 aviões à companhia aérea 100 do tipo E-190 e 50 do tipo ERJ-145.

O director-geral da Embraer China, Guan Dongyuan, disse que na China as companhias aéreas apenas têm seis por cento de aviões com 150 lugares ou menos enquanto que ao nível mundial este número é de 30 por cento.

Segundo o mesmo responsável da Embraer China apesar do mercado da aviação chinesa estar a crscer a um ritmo anual de 15 por cento, dos 1,5 milhões de voos anuais apenas 30 por cento são realizados com aviões com 100 lugares.

"Em 70 por cento das 112 rotas chinesas o número de assentos adquiridos é inferior a 300 pelo que se justificam aviões mais pequenos", lembrou Guan Dongyuan.

Na opinião do director geral da Embraer China, o mercado da aviação chinesa vai necessitar, a curto prazo, de pelo menos 1.100 aparelhos do tipo dos que a Embraer fabrica.

Chen Feng, presidente da Hainan Airlines, que controla a Grand China Express, considera que a estratégia da empresa é actuar na zona ocidental da China e em cidades mais pequenas.

"Escolhemos Tiajin e Xian como nosso base operacional com o objectivo de cobrirmos o norte, nordeste, noroeste e sudoeste da China", disse.

A companhia Grand China Express tem 38 aviões que voam para 55 cidades e controla 40 por cento do mercado regional de aviação da China.

Fonte: Macauhub

Aquecimento obriga avião da TAP a retornar após decolagem em Fortaleza

Os 248 passageiros que seguiam, na noite de ontem (08), de Fortaleza para Lisboa no vôo 0168 da TAP Portugal foram surpreendidos por precisar voltar à Capital cearense meia hora após a decolagem. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a aeronave de modelo Airbus 330-200 saiu do Aeroporto Internacional Pinto Martins às 20h55 e quando já sobrevoava o Oceano Atlântico o comandante percebeu um superaquecimento no compartimento que armazena alimentos, acoplado na parte traseira do avião.

Por precaução, o piloto decidiu retornar ao solo cearense, pousando a aeronave às 21h25 no Aeroporto Pinto Martins. O avião estava lotado, com 246 adultos (incluindo tripulação) e duas crianças de colo.

Na pista do aeroporto, a equipe de mecânicos da TAP Portugal iniciou a correção do problema. Os passageiros permaneceram a bordo durante a manutenção da aeronave, que durou cerca de uma hora e 15 minutos. Às 22h40, reparo no compartimento de alimentos foi concluído e o avião liberado para seguir viagem até a Capital portuguesa.

Fonte: Diário do Nordeste

Veja fotos do acidente em Faro em 1992

Saiba mais sobre o acidente em Faro em 1992

Data: 21 de dezembro de 1992
Hora: 07:33 UTC
Tipo: McDonnell Douglas DC-10-30CF
Operador: Martinair Holland
Prefixo: PH-MBN
C / n / msn: 46924/218
Primeiro vôo: 1975
Total hrs: 61543
Ciclos: 14615
Motores: 3 General Electric CF6-50c
Tripulantes: 13 / Mortes: 2
Passageiros: 327 / Mortes: 54
Total: 340 / Mortes: 56
Avião dano: amortizado (danificado além de reparação)
Local: Aeroporto de Faro (FAO) - Portugal
Fase: Aterrissagem (LDG)
Natureza: vôo internacional não regular de passageiros (charter)
Aeroporto de partida: Aeroporto Internacional Amsterdã-Schiphol (AMS/EHAM), Holanda
Aeroporto de Destino: Aeroporto de Faro (FAO/LPFR), Portugal
Vôo número: 495

Fonte: ASN

Meteorologia

Passaram quinze anos sobre o trágico acidente de aviação que na chuvosa manhã de 21 de Dezembro de 1992 vitimou cerca de 54 passageiros e fez várias dezenas de feridos de um voo charter da companhia holandesa Martinair.

Naquela semana o Algarve foi fustigado por chuvas torrenciais e ventos fortes, já chovia torrencialmente há dias no Algarve, havia água por todo o lado, tudo devido a uma depressão situada a SW do Algarve mais conhecida por gota fria.


Fonte: Meteopt

Aproximação desestabilizada e Microburst provocam acidente

O Controle de Aproximação não advertiu a tripulação de vôo sobre a possibilidade de Microburst na final, mas o relatório oficial do acidente notou que uma tripulação experiente como aquela, deveria ter estado alerta para essa possibilidade.

Havia muita chuva quando a tripulação McDonnel Douglas DC-10-30F iniciou a aproximação para o Aeroporto de Faro (Portugal). No cruzamento da cabeceira da pista 11, encontraram vento cruzado de 40kt com componente de cauda de 10kt. A aeronave pousou no lado esquerdo da pista, sofreu ruptura no trem de pouso principal direito e deslizou pela lateral. A fuselagem separou-se e houve incêndio. Dois tripulantes de cabine e 54 passageiros faleceram. Dois membros da tripulação e 104 passageiros sofreram ferimentos graves.

Antes do vôo o 'comandante examinou a foto do satélite que mostrou uma área de baixa pressão sobre o Atlântico, nas proximidades da costa sul de Portugal'. A previsão indicava 'temporais isolados e pancadas de chuva'. A decolagem do aeroporto de origem sofrera atraso de aproximadamente 40 minutos, devido a um problema no reversor de um dos motores. O co-piloto era o 'Pilot Flying' (PF) nesta etapa.

Durante a aproximação o controle instruiu a tripulação para informar quando avistasse a pista e que a mesma encontrava-se 'inundada'. O comandante esclareceu ao PF que caso não obtivessem êxito no pouso, seguiriam para a alternativa. Quando a aeronave cruzava 995ft, começaram a ocorrer oscilações laterais e flutuações nos parâmetros de vôo.

Os registros do DFDR indicam que na curta final a velocidade do ar diminuiu consideravelmente. As manetes foram reduzidas a aproximadamente 40%. O manche foi puxado bruscamente e, simultaneamente, a potência dos motores foi aplicada, por iniciativa do comandante.

A equipe de bombeiros do aeroporto agiu prontamente e iniciou o combate ao incêndio. A chuva que avia caído recentemente encharcou o terreno nas laterais da pista de pouso, prejudicando o acesso de veículos naquela área. Quando o fogo parecia estar debelado, uma explosão reiniciou o incêndio. A investigação constatou que a maioria das mortes ocorreu for fogo, após o impacto.

- Não houve indícios de fogo ou mau funcionamento antes do impacto

Os motores da aeronave foram examinados e não mostravam nenhum indício de fogo interno. Todos os três motores estavam com potência, até o impacto. Os registros indicavam que a manutenção estava cumprida e não tinha nenhum item pendente na hora do acidente que afetasse a sua aeronavegabilidade. O peso e balanceamento da aeronave estavam dentro dos limites operacionais.

- Aproximação instável

Durante a aproximação o comandante recomendou ao PF que realizasse um pouso não muito 'suave'. Uma aterrissagem positiva. As condições meteorológicas eram de céu obscurecido, predominância de nuvens 'cumulunimbus' com fortes chuvas.

Nos momentos que antecederam do pouso, a chuva alcançou valores ao redor de 60 a 65mm/h, em virtude de uma violenta tempestade. Sensores de vento instalados na proximidade da cabeceira da pista 11 indicam que aproximadamente um minuto antes do pouso desta aeronave, o vento sofreu uma alteração de 70 graus e a intensidade de 20 a 27kt, chegando a rajadas de 35kt.

Os estudos demonstraram que a 0,6NM da cabeceira, a aeronave cruzou dois microburst, gerando variações que poderiam ter ativado o sistema de advertência de Windshear (tesoura de vento), se a aeronave estivesse equipada com tal dispositivo.

A instabilidade longitudinal durante a fase final do vôo pode ter induzido o piloto a reduzir as manetes manualmente para manter a rampa de aproximação. A aproximação ficou instável quando a aeronave cruzava 750ft. O manual de operações da empresa estabelece que ao atingir 500ft e a aproximação não está estabilizada, esta deve ser abandonada, procedendo-se a arremetida.

A alta razão de descida foi o resultado da redução dos motores em altura superior à recomendada. A redução prematura da potência, provavelmente foi uma preocupação da tripulação para prevenir velocidade excessiva e a distância de pista disponível. A troca de modo do piloto automático a 80ft pote ter contribuído para o toque duro. A troca foi provocada pelo comando de asa direita para cima pelo capitão, que foi contrariado pelo PF.

O controle de aproximação não informou a possibilidade de tesoura de vento, nem a tripulação que efetuou pouso imediatamente anterior com outra aeronave. O uso da seleção de flapes 35, como recomenda o manual de operações da empresa para possibilidade de tesoura de vento, excederia os limites de distância para pouso na pista 11, o que indica que os tripulantes não levaram em consideração a possibilidade de ocorrência desse fenômeno meteorológico.

A informação dos ventos de superfície no aeroporto é feita por sensores instalados próximo das cabeceiras 11 e 29, e exibida em um instrumento na Torre de Controle. A indicação de qual cabeceira está sendo medido o vento é feita através de um seletor, que é um interruptor que gira 30 graus entre as marcas de referência para a pista 11 e 29. As indicações não mostram outra informação que claramente poderia determinar qual pista foi selecionada.

Os investigadores determinaram que a informação de vento passada era a da pista 29. Conseqüentemente, o controlador disse que não estava identificando nenhuma rajada de vento, enquanto a aeronave aproximava-se na curta final da pista 11.

- Meteorologia e fator humano contribuíram para o acidente

As causas prováveis para este acidente foram identificados como sendo:

> A aproximação desestabilizada,
> A redução prematura da potência e a sustentação dessa condição, devido a ação da tripulação,
> A informação incorreta do vento pelo Controle de Aproximação,
> A avaliação incorreta pela tripulação das condições da pista,
> A alteração do piloto automático para o modo manual numa fase crítica da aproximação,
> A reação atrasada da tripulação em aumentar a potência,
> A degradação da pista devido a chuva pesada.

- Fraseologia não padronizada induziu a erro da tripulação

O Controle de Aproximação de Faro utilizou a expressão 'a pista esta inundada'. Na terminologia ICAO, a palavra 'inundada' indica 'água parada extensa e visível' e deve, se possível, ser acompanhada por uma figura que indica a profundidade da água.

A palavra 'inundada' porém, não ativou a mente da tripulação e o seu significado não foi percebido. O comandante entendeu o termo 'inundada' com o significado de que a pista estava molhada. No manual de operação da empresa não há nenhuma referência à palavra 'inundada'.

Os procedimentos estabelecidos no manual de operação da empresa para as ações de frenagem são: Média/Moderada para pista molhada ou seca e Fraca com água parada. Se a tripulação tivesse entendido o significado da palavra 'inundada', eles teriam considerado a ação de frenagem como fraca.

Os procedimentos estabelecidos no manual de operação da empresa, como precaução para tesoura de vento, não foram cumpridos: até 1.000ft a aproximação deve estar estabilizada, e evitar grandes alterações na potência em resposta a aumento ou diminuição de velocidade.

Adaptado da revista Accident Prevention da Flight Safety Foundation (Retirado do Informativo VASP Safety News).

Fonte: Air Safety Group

Justiça: Martinair pede 125 milhões de euros à Aeroportos de Portugal por desastre com avião em 1992

A companhia de aviação Martinair pede uma indenização de 125 milhões de euros à Aeroportos de Portugal, alegando que esta empresa "não forneceu dados meteorológicos à tripulação" do avião acidentado em Faro em 1992, afirmou hoje o advogado da transportadora.

O acidente aéreo "podia ter sido evitado, se a Aeroportos de Portugal (ANA) tivesse fornecido indicações correctas à tripulação", explicou à Agência Lusa o advogado que representa a Martinair, Manuel Magalhães e Silva, no intervalo da audiência que hoje teve início no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, dezasseis anos depois do acidente.

Manuel Magalhães e Silva adiantou que os dados meteorológicos entregues anteriormente aos pilotos "não correspondiam aos ventos da pista onde o avião ia aterrar [pista 11]", mas sim "da pista 29, que excediam largamente a capacidade operacional do avião".

Durante a parte da manhã, a Martinair chamou a primeira de sete testemunhas, John Mccarthy, um cientista norte-americano ligado aos fenómenos meteorológicos e investigador do acidente que ocorreu em Faro.

O cientista afirmou que, de acordo com os fenómenos meteorológicos verificados a 21 de Dezembro de 1992, data do desastre e àquela hora (08:33), a tripulação "não podia evitar o acidente, sem dados correctos", fornecidos pelos controladores de voo, explicando os valores de chuva, ventos, trovoadas, velocidades e outros fenómenos climatéricos registados.

O especialista explicou ao tribunal que "o fenómono meteorológico verificado 'Microburst" - grande turbulência com ventos descendentes muito fortes' não foi transmitido à tripulação", conforme os registos das caixas negras, a que o cientista afirmou que teve acesso.

O estudioso norte-americano afirmou ainda que "o 'Microburst' já foi responsável por vários acidentes aéreos em todo o mundo".

A Lusa falou com o advogado da ANA, José Alves Pereira, e o das seguradoras, José Drago, tendo ambos recusado fornecer "qualquer informação" sobre o desenrolar desta acção judicial e alegando que "não podem falar sobre este assunto".

O processo cujo julgamento teve hoje início opõe a Martinair e as seguradoras da empresa contra a Aeroportos de Portugal e respectivas seguradoras, sendo julgado por um colectivo de três juízes, presidido pela juíza Guida Jorge.

O voo MP 495 da Martinair teve origem no Aeroporto de Amsterdão, no dia 21 de Dezembro de 1992, tendo levantado às 05:35 com destino ao Aeroporto de Faro, tendo o acidente ocorrido às 08:33, quando aterrava.

O aparelho DC 10 transportava 340 pessoas, 13 das quais tripulantes, tendo morrido no acidente em Faro 54 pessoas e causado mais de duas centenas de feridos.

O julgamento deste processo, que já conta com mais de 65 volumes, prossegue durante toda esta semana.

Fonte: Agência Lusa (Portugal)

Vasp está sem voar há mais de três anos: saiba mais sobre a empresa

Vasp iniciou suas operações há mais de 70 anos.

Desde 1990, a companhia estava sob gestão privada.

A Viação Aérea São Paulo (Vasp) está no mercado há mais de 70 anos. Com problemas financeiros, a companhia deixou de voar há mais de três anos e meio, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.

Em 2006, foi dado início ao processo de recuperação judicial da empresa. O objetivo era que a empresa vendesse parte de seus ativos e voltasse a operar - entretanto, segundo o gestor da Vasp, Roberto de Castro, algumas liminares impediram que isso fosse feito. Como o processo de recuperação não foi adiante, credores pediram a falência da companhia, cujo decreto foi anunciado nesta segunda-feira (8) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Pátio de aeronaves da Vasp

Sete décadas

Fundada em 1933, a empresa logo enfrentou dificuldades financeiras e logo precisou ser resgatada pelo estado de São Paulo. A partir de 1935, passou a receber dinheiro estatal todos os anos para operar, dando início a uma linha aérea regular entre a capital paulista e o Rio de Janeiro no ano seguinte. Entre 1937 e 1940, a companhia também iniciaria vôos para Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

Nos anos 80, a empresa enfrentava novas dificuldades financeiras. Em 1989, de acordo com o site da companhia, a Vasp registrou prejuízo de US$ 51 milhões. Anos antes, em 1982, a Vasp registrou o pior acidente aéreo do país até então, quando um vôo com destino a Fortaleza se chocou contra a Serra da Aratanha, no Ceará. Todos os 137 ocupantes do Boeing morreram.

Em 1990, a empresa recebeu aporte de US$ 50 milhões em preparação a um processo de privatização que aconteceu em outubro do mesmo ano. O Grupo Canhedo pagou US$ 44 milhões por 60% das ações ordinárias da Vasp. Nos anos 90, sob gestão privada, a empresa perdeu participação no mercado nacional, fator que se agravou com a entrada da Gol no mercado, no início dos anos 2000.

Fonte: G1 - Foto: Monalisa Lins (Agência Estado)

Gestor da Vasp diz que vai recorrer de decreto de falência

Para Castro, decisões do TJ-SP 'engessaram' recuperação da Vasp.

Falência foi decretada pelo tribunal na última quinta-feira (4).



O gestor da recuperação da Viação Aérea São Paulo (Vasp), Roberto de Castro, disse que vai recorrer da determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que anunciou o decreto de falência da Vasp nesta segunda-feira (8). “Temos de recorrer no tribunal em São Paulo ainda e eventualmente na esfera federal”, disse Castro ao G1 por telefone.

Segundo decisão do juiz Alexandre Alves Lazzarini, o principal argumento favorável ao decreto de falência da Vasp é o de que a companhia não conseguiu implementar seu plano de recuperação judicial, iniciado em julho de 2006.

De acordo com Castro, que é um dos três interventores que foram nomeados gestores da empresa em assembléia de credores em 2006, foram as decisões do próprio TJ-SP que “engessaram” a implementação do plano de recuperação judicial da companhia, que previa a venda de alguns ativos da Vasp para sanar as dívidas da empresa.

“O plano de recuperação previa alienação de ativos, preparamos tudo até um ano atrás, estava tudo pronto para vender os ativos para atender à falência, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo impediu a alienação de qualquer ativo”, diz. “Ficamos engessados”, afirmou.

O Tribunal de Justiça, procurado pelo G1, não quis se pronunciar sobre as declarações de Castro.

Venda de bens

Segundo Castro, a venda de alguns bens da companhia seria suficiente para pagar as dívidas da companhia, que poderia até voltar a operar vôos. O gestor afirma que, depois do pagamento de todas as dívidas, ainda restaria um patrimônio positivo de R$ 2,5 bilhões.

Entre os ativos que seriam leiloados, segundo Castro, estão sete fundos de recebíveis, mais de cem imóveis que a companhia possui em diversas regiões do país, além de ações favoráveis à companhia, como a que ela venceu contra a União, estimada em R$ 2,8 bilhões.

O gestor disse ainda que, com a falência decretada, um "síndico da falência" deve assumir a responsabilidade sobre a companhia. "Estamos neste momento no intervalo de uma reunião com o liqüidante, conversaremos muito francamente, como é a nossa obrigação, e provavelmente até amanhã estamos fora daqui", disse.

Entenda

A Viação Aérea São Paulo (Vasp) está no mercado há mais de 70 anos, e não voa há mais de três. Com problemas financeiros, a companhia deixou de voar em 2005, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.

Em 2006, foi dado início ao processo de recuperação judicial da empresa. O objetivo era que a empresa vendesse parte de seus ativos e voltasse a operar - entretanto, segundo Castro, algumas liminares impediram que isso fosse feito. Como o processo de recuperação não foi adiante, credores pediram a falência da companhia, que foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Fontes: G1 / Globonews

Justiça de São Paulo decreta a falência da Vasp

A antiga gigante do setor aéreo brasileiro está no chão há quase quatro anos.

Seus 28 aviões viraram ferro-velho e foram penhorados pelo INSS.



Um avião empoeirado, sem os motores. Perto das asas, equipamentos aeronáuticos. Tudo abandonado na lateral da pista do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

Em Congonhas, São Paulo, onde fica a sede da companhia estão 10 aviões. Todos sem as turbinas e com sinais fortes de deterioração.

O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, também têm um cemitério de aviões. Três deles são da Vasp.

Vinte e oito aeronaves da empresa estão paradas em pelo menos 10 aeroportos do país.

As portas dos hangares foram fechadas no começo de 2005. Proibida de voar, a Vasp sofreu intervenção da justiça.

Mesmo sem transportar nenhum passageiro durante quase quatro anos, a Vasp ainda mantinha funcionários nos hangares do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Até esta segunda-feira, quando foram informados da decretação da falência, eles faziam a manutenção dos aviões de outras companhias aéreas. E ajudavam a preservar equipamentos eletrônicos e simuladores de vôos que, agora, serão vendidos para pagar as dívidas.

Na sentença, o juiz da vara de falências de São Paulo diz que decorridos quase três anos a Vasp não teve condições de implementar o plano de recuperação judicial. Ou seja, a empresa não cumpriu uma agenda para pagar os credores, conforme previa o plano de recuperação.

A Vasp deve R$ 2,6 bilhões. A dívida trabalhista, segundo o sindicato dos aeroportuários é a mais alta.

“É em torno de um bilhão de crédito trabalhista. São cerca de mais de cinco mil trabalhadores”, declara Reginaldo de Souza, presidente do Sindicato dos Aeroviários - SP

Os últimos funcionários deixaram a Vasp desolados.

“A gente está deixando oito salários para trás, sem esperança nenhuma”, fala Cristiano Souza, técnico em manutenção.

“Fica difícil, tem gente doente, tendo que pagar aluguel, com filho para dar de comer...”, diz José Rodrigues da Silva, jardineiro.

O ex-gestor de recuperação da Vasp, Roberto de Castro, disse que a empresa tem um patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões e que vai recorrer da decretação da falência.

Fontes: G1 / Jornal da Globo