terça-feira, 22 de abril de 2008

Cai avião com paraquedistas no Missouri, EUA

A queda de Cessna P206 da Freefall Express, prefixo N2537X, matou duas pessoas a oeste de Mount Vernon, no Missouri, no sábado a tarde (19).

O avião transportava seis de praticantes de skydiver e havia decolado do Aeroporto Municipal de Mount Vernon.

Quatro skydivers saltaram antes da queda do avião e se feriram levemente e dois que não tiveram tempo de pular, Marnie Fuller, 36 e Jennifer Collins, 32, morreram no acidente.

O piloto, Jason Rog, 32, foi levado para um hospital em Springfield em condições críticas. No domingo, seu estado foi atualizado para grave.

Investigadores da FAA (Federal Aviation Administration) e da National Transportation Safety Board foram ao local no domingo, coletando provas para o seu inquérito sobre a causa do acidente.

Uma testemunha disse que o avião estava baixo quando os pára-quedistas saltaram.

Os quatro skydivers saltaram com segurança: Emilee Barnett e Heather Mehl de Springfield, Tabitha Perkins de Webb City e Tera Smith de Overland Park, Kansas.

A FreeFall Express informou no domingo que o avião voava a a 10.000 pés, quando o piloto sofreu uma perda de controle.

Após seu 50º salto, Jennifer Collins produziu este vídeo que postou no YouTube:



Fonte: KY3

Pequeno avião sofre danos em aterrissagem na Alemanha

Um avião particular Cessna 180K Skywagon, prefixo D-EIRS, sofreu alguns danos estruturais quando realizava a aterrissagem no Aeroporto Paderborn-Lippstadt (EDLP), na cidade de Büren, na Alemanha, no sábado passado (19).

Seus dois ocupantes não se feriram.

Fonte: nw-news.de

Terceiro acidente aéreo em três dias na Califórnia

Um avião Cessna 510 Citation Mustang, prefixo N54PV, da empresa California Natural Products, saiu da pista ao aterrissar no Aeroporto McClellan-Palomar, na Califórnia, no domingo (20), mas ninguém se feriu.

O Cessna pousou na pista 24 logo após 10:10 hs. finalizando o vôo que proveniente do Aeroporto Regional Lincoln, a nordeste de Sacramento, também da Califórnia.

O piloto e três passageiros escaparam incólumes e a aeronave sofreu poucos danos.

O Citation 510 é classificado como jato empresarial, que pode transportar quatro passageiros e dois tripulantes.

Segundo a FAA o evento foi classificado como um "incidente", em vez de um "acidente", devido à falta de lesões maiores e danos à aeronave.

Em três dias seguidos aconteceram três ocorrências com pequenos aviões na Califórnia.

Fontes: ASN / CBS8

Outro acidente aéreo na Califórnia deixa um ferido

Um avião Cessna 175A, prefixo N6868E, caiu por volta das 19 hs. de sábado (19) próximo a Groveland, perto do Parque Nacional Yosemite, na Calfórnia.

O avião sofreu uma perda de potência logo após a decolagem e atingiu alguns cabos de energia elétrica ficando pensurado com o "nariz" para baixo.

O piloto, Bill Cranford, 69, ficou seriamente ferido e foi levado ao hospital na cidade de Modesto para tratamento.

No dia anterior, outro Cessna caiu na mesma região matando seus dois ocupantes.

Fonte: RecordNet

Dois morrem em acidente na Califórnia

A queda do Cessna 150J, prefixo N60760, da Seaplane Ventures, próximo a Cherry Lake, a oeste do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, deixou dois mortos na sexta-feira passada (18).

Edmond Thomas Snyder, 38 e L. Dave Cunningham, 56 são as vítimas desse acidente que a FAA investiga as causas.

Fontes: ASN / RecordNet

Porta-aviões americano chega ao Rio para exercício militar

Operação Unitas começa a ser realizado na terça-feira (22).

Participam da operação as marinhas do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina.

O porta-aviões americano George Washington na Baia da Guanabara

O porta-aviões americano George Washington chegou ontem (21) ao Rio. A embarcação com propulsão nuclear entrou na Baía de Guanabara no início da manhã e ficou fundeada na altura do Píer Mauá, próximo à Ponte Rio-Niterói. Maior arma de guerra dos Estados Unidos, o gigante pode ser visto por cariocas do centro e moradores da orla de Niterói. O George Washington veio ao Rio para participar do exercício militar entre as esquadras de Brasil, Argentina e Estados Unidos, a 49º edição da Operação Unitas. Realizado desde 1959 no Atlântico Sul, a operação é uma oportunidade para militares planejarem ações navais conjuntas e trocarem experiências técnicas. No total, 15 navios dos três países estarão envolvidos, mobilizando um total de 9 mil militares.

Os tripulantes do porta-aviões brasileiro São Paulo, que está em reparos e não participará da operação, integrarão o treinamento. Em nota, a Marinha do Brasil informou que serão realizados vários exercícios de guerra anti-submarino, de superfície e antiaérea, além de manobras transferência de combustível. O ponto alto da Unitas será uma situação de crise fictícia.

Acompanham o George Washington as fragatas Farragut e Kauffman, da Marinha dos Estados Unidos, além do Northland, da Guarda Costeira. No total, são cerca de 5 mil tripulantes americanos. Eles terão permissão para desembarcar no Rio e conhecer a cidade. Avisados dos riscos da epidemia de dengue, receberão repelentes. O George Washington permanecerá no Rio até o dia 2 de maio. Na véspera, nas comemorações do Dia do Trabalho, a embarcação americana participará de um desfile naval que brindará os banhistas das praias entre o Leblon e a Urca com a visão de todos os navios participantes da Unitas.

Fontes: Agência Estado / G1 - Foto: Marcos D´Paula (Agência Estado)

Geórgia acusa Rússia de abater avião teleguiado

O governo da Geórgia, ex-república soviética, disse na segunda-feira (21) que um jato da Força Aérea russa abateu uma aeronave georgiana de reconhecimento não-tripulada, num "ato de agressão não provocada", mas Moscou qualificou a alegação de bobagem.

Autoridades em Tbilisi mostraram imagens de vídeo que disseram ter sido feitas com a câmera a bordo do avião sem tripulantes e que, afirmaram, mostram um jato militar russo MiG-29 disparando um míssil contra o avião georgiano quando ele sobrevoava a região separatista georgiana de Abkázia.

A acusação deverá agravar as tensões entre Moscou e Tbilisi, que enfrentam um impasse devido às ambições da Geórgia de entrar para a Otan e o apoio dado por Moscou a regiões separatistas da Geórgia.

"O governo da Geórgia condena fortemente o ato de agressão não provocada ocorrido em 20 de abril de 2008 na Geórgia", disse o Ministério do Exterior georgiano em comunicado. O ministério convocou o embaixador russo para lhe entregar uma nota de protesto.

Um porta-voz da Força Aérea russa, indagado sobre a alegação da Geórgia, respondeu: "É bobagem. O que um caça russo estaria fazendo sobrevoando território da Geórgia?".

As imagens de vídeo fornecidas à Reuters pela Força Aérea georgiana mostram um jato inclinando-se lateralmente para enfrentar o avião não-tripulado. Um clarão breve pôde ser visto quando o míssil foi lançado e dirigiu-se ao avião de reconhecimento. Alguns segundos depois, a tela apagou.

Não havia marcações visíveis no avião que disparou o míssil.

O coronel David Nairashvili, comandante da Força Aérea da Geórgia, disse à Reuters: "No dia 20 de abril um caça russo MiG-29 abateu uma aeronave não-tripulada e desarmada que fazia reconhecimento básico sobre território georgiano."

"A presença de um MiG-29 russo ali é totalmente ilegal."

"O MiG-29 tem marcações próprias em sua cauda dupla. É uma aeronave russa. A Geórgia não possui esse avião, e tampouco os separatistas abkazes", disse o comandante da Força Aérea.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Tom Casey disse que os EUA estão preocupados com relatos do incidente e pediram informações ao governo russo.

Situada na costa do Mar Negro, a Abkázia é reconhecida internacionalmente como parte da Geórgia. Desde o início da década de 1990 a região está sob o controle de separatistas apoiados por Moscou.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidasdiscutirá nesta segunda-feira a possibilidade de promover, a pedido da Geórgia, uma reunião especial para tratar da questão da Abkázia.

O embaixador da Geórgia na ONU, Irakli Alasania, disse que, se a reunião for ocorrer, o ministro de Relações Exteriores, David Bakradze, participará e apresentará evidências do ataque.

Fonte: Reuters

Clique aqui para ler a informação anterior, que atribuia o ataque aos separatistas abkazes.

Vídeo mostra ataque contra avião da Geórgia
Segundo Força Aérea da ex-república soviética, ataque veio de avião russo que estava ilegalmente no espaço aéreo georgiano. A imagem é do avião atingido.



Vídeo: Reuters

Reportagem em português no Terra TV CLIQUE AQUI

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Avião da Ocean Air faz pouso forçado em Cuiabá

Aeronave parou no meio da pista, nesta segunda-feira.

Outros pousos e decolagens foram suspensos.



Um Fokker 100 da OceanAir, prefixo PR-OAR, que vinha de Ji-paraná (RO) fez um pouso de emergência hoje por volta das 9h20 (horário de Brasília), no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, Mato Grosso. Pelo menos três passageiros tiveram mal súbito e foram levados pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande.

"Fomos acionados pela torre de comando do aeroporto para qualquer incidente. O chamado inicial era porque o trem de pouso não queria abaixar e teríamos que jogar espuma na pista para auxiliar na aterrissagem. O avião teve que sobrevoar até acabar com o combustível. Ao aterrissar, o comandante conseguiu fazer com que o trem de pouso saísse. E nós atendemos os passageiros que tiveram mal súbito. Pelo menos três foram levados ao pronto-socorro", disse o atendente do Corpo de Bombeiros.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o avião da OceanAir ficou parado no meio da pista por cerca de 20 minutos, o que interditou o aeroporto para pousos e decolagens. A Infraero declarou que o avião da OceanAir já foi retirado da pista e o aeroporto Marechal Rondon voltou a funcionar normalmente.

Fontes: G1 / Terra

Encontrados destroços do equipamento do padre

Balões e cabos foram localizados em uma praia de Penha

As buscas pelo padre Adelir Antônio de Carli, 41, que começou por São Francisco do Sul, no Litoral Norte do Estado, concentram-se na região de Penha.

Nesta madrugada, um empresário da cidade localizou os destroços do equipamento — balões e cabos — entre a Ponta da Vigia e a Praia Vermelha. O Corpo de Bombeiros e a Capitania dos Portos foram notificados por volta das 7h30min.

A operação de resgate do padre mobiliza um navio da Marinha, um rebocador de apoio marítimo, dois barcos de pesca, cinco lanchas, 1 jet sky e aerononaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Militar. Por terra, os bombeiros contarão com um cão farejador.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Penha, Johnny César Coelho, as buscas serão intensificadas à tarde.

Fontes: AN.COM.BR, DIARIO.COM.BR E RBS TV

Padre está desaparecido no Litoral de SC

Carli voava numa cadeira paraglider atrelada a cerca de mil balões de festa cheios de gás hélio


O Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo de Joinville realiza buscas

Dois barcos particulares e um navio varredor da Marinha foram mobilizados neste domingo (21) à noite para resgatar em alto-mar o padre parananense Adelir de Carli. Ele levantou vôo no domingo de Paranaguá (PR) suspenso numa cadeira paraglider atrelada a cerca de mil balões de festa cheios de gás hélio. A intenção do padre - conhecido por esse tipo de aventura - era pousar em Ponta Grossa. Mas os ventos mudaram e ele foi desviado em direção Sudeste, o que o fez parar no meio do mar entre a boca da Barra do Sul e a Prainha, em São Francisco do Sul.

No último contato que fez com o Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar, antes de cair na água, por volta das 21 horas, ele estava de 21 a 31 quilômetros das Ilhas Tamboretes. Depois disso, ele ficou incomunicável.

De acordo com a capitania, Carli não usava equipamentos de salvamento ou que facilitem a localização. Em março, o religioso apareceu em rede de TV nacional após voar 11 quilômetros entre Ampére (PR) e San Antonio, na Argentina. Na ocasião, contou que queria divulgar a pastoral rodoviária, que presta apoio espiritual a caminhoneiros.

O padre Adelir escolheu o dia 20 de abril para seu segundo vôo por conta da lua cheia. Pretendia passar 20 horas no céu e contemplar o luar. Em entrevista ao site G1, disse que é cuidadoso ao planejar o vôo: usa macacão térmico, capacete, tem pára-quedas reserva, GPS e celular por satélite.

Fonte: A Notícia - Foto: Salmo Duarte (RBS)

Serviço de arapongagem na Infraero

Estatal cria departamento especial para coletar informações consideradas cruciais para a tomada de decisões. Servidores temem o monitoramento.

Especialistas em estratégia militar garantem que a inteligência é a melhor arma para combater o inimigo. Essa “arma” tem sido levada a sério por diferentes órgãos do governo federal. Muito antes do Palácio do Planalto preparar o dossiê com contas sigilosas do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e deflagrar a crise política do momento, a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, criou uma sessão exclusiva para coletar, produzir, analisar e interpretar dados “necessários à tomada de decisões”. Servidores da empresa e pessoas ligadas ao setor temem estar sendo monitorados pela Assessoria Especial de Inteligência Empresarial, que funciona no mezanino do aeroporto de Brasília.

Para o comando do setor de inteligência foi escolhido um coronel da reserva da Aeronáutica, Hélcio Medeiros Ribeiro, há 10 anos na estatal. Foi o ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, quem criou a Assessoria Especial de Inteligência, em 31 de maio do ano passado. Ele argumenta que a idéia inicial era colaborar com órgãos como a Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas, armas, carga, obter informações de pessoas nos aeroportos e também trabalhar com estatísticas e dados sobre o setor aéreo. O atual presidente da estatal, Sérgio Gaudenzi, manteve ativa a sessão de inteligência para, segundo a assessoria de imprensa da empresa, “garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborar com o presidente da Infraero e com os diretores”.

O criador do setor de inteligência jura que nunca mandou confeccionar dossiês nem espionar a vida de ninguém. Mas diz não ser possível garantir se houve ou não arapongagem em nome da segurança da aviação civil. “Não ponho a mão no fogo por ninguém”, disse, ao Correio, José Carlos Pereira. Ele próprio já foi do setor de inteligência da Força Aérea e também da Junta Interamericana de Defesa. Dentro da Infraero, há quem arrisque a dizer que o setor foi criado para tentar proteger o brigadeiro dos ataques inimigos e identificar quem eram os funcionários que repassavam a jornalistas informações e documentos internos.

Caixa-preta

Um dia antes de assinar o ato administrativo nº 947/PR/2007 — que deu vida a unidade e criou nove cargos com salários de R$ 4,3 mil até R$ 11 mil — o brigadeiro José Carlos Pereira viu o tempo se fechar contra a Infraero no Congresso. Era o primeiro sinal de que as duas CPIs instaladas na Câmara e no Senado poderiam trazer à tona contratos suspeitos e muitos problemas envolvendo a manipulação da estatal em todas as suas gestões mais recentes.

Em 30 de maio do ano passado, com o voto de governistas e oposicionistas, foi aprovada na CPI do Apagão Aéreo da Câmara a convocação de Pereira, e de quatro ex-presidentes da estatal, incluindo o deputado federal Carlos Wilson (PT-PE), que colecionava acusações de corrupção durante a gestão na estatal. Nesse mesmo dia, o procurador junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado fazia uma afirmação explosiva aos parlamentares da CPI do Senado: “A Infraero é uma caixa-preta em todos os sentidos”.

O advogado Airton Soares, integrante do Conselho da Infraero, diz desconhecer ações de espionagem dentro da estatal. Mas acredita que já foi investigado, em especial no final de 2006, quando afirma ter incomodado muita gente ao apontar mais de um contrato suspeito firmado pela empresa que agora são alvo de investigação no Tribunal de Contas da União (TCU). “Devo ter sido bisbilhotado e seguido. Ouvido também”, afirma, emendando que só não sabe por quem. Garante que nunca viu nenhum dossiê contra ele.

Já Denise Abreu, a ex-diretora da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), recebeu em casa um dossiê anônimo. A Polícia Federal concluiu, em novembro do ano passado, ser falso o documento onde aparecia o nome de Denise como titular de contas bancárias no Uruguai. Segundo a assessoria da ex-diretora, ela nunca teve contas bancárias no exterior e nem cartões de crédito das bandeiras citadas no dossiê. O documento também trazia informações sobre Jorge Luiz Brito Velozo, ex-diretor da Anac, e José Anchieta Moreira Hélcias, diretor de Relações Governamentais do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil de São Paulo para identificar quem confeccionou o documento.

Partilha de dados com Abin

A Infraero se preparou para fazer parte do Sistema Brasileiro de Inteligência. O objetivo é compartilhar dados e alimentar com informações sigilosas a Agência Brasileira de Informação (Abin), o serviço secreto brasileiro, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), dos centro de inteligência da Marinha, Aeronáutica e Exército e CGU.

“Seria bastante benéfico para a Infraero pois teria acesso ao cruzamento de informações entre o Sistema de Inteligência da Infraero e o Brasileiro de Inteligência”, escreveu o chefe da Assessoria Especial de Inteligência Empresarial, coronel Hélcio Medeiros Ribeiro, num ofício em agosto do ano passado (veja fac símiles acima). No documento, encaminhado logo depois de Sérgio Gaudenzi assumir o comando da Infraero, Hélcio colocou o cargo à disposição e aproveitou para informar os próprios objetivos no comando do Sistema de Inteligência da Infraero.

Ele revelou que chegou a dar uma palestra na Abin para o Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência. Por meio de nota, a Infraero esclarece que “a atividade de Inteligência tem como foco principal a coleta, a análise e a consolidação dos conhecimentos de interesse da Segurança da Aviação Civil”. Informa ainda que os dados são difundidos mensalmente para a Anac, como subsídio para a Avaliação do Nível de Ameaça à Aviação Civil Brasileira, conforme prevê o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil.

“As entidades e empresas públicas de administração aeroportuária poderão implementar um Setor de Inteligência e Segurança para tratamento de informações, envolvendo a Segurança da Aviação Civil”, afirma a Infraero, via assessoria de imprensa. Hoje, são oito empregados, sendo cinco orgânicos e três contratados, com experiência no setor e atuando na assessoria especial da estatal. Funcionários da Infraero vêem com desconfiança a sessão e arriscam a dizer que, para auxiliar o presidente a tomar decisões, como nomear cargos de confiança, o setor de inteligência fez levantamento de todo o histórico dos postulantes às vagas.

Manipulação

A declaração anual de bens de 151 ocupantes de função de confiança na Infraero, entregue anualmente por todos os funcionários em envelopes lacrados, foi digitalizada por solicitação do diretor de administração da empresa, Raimundo Miranda. Servidores da empresa questionam a legalidade da medida, oficializada na circular nº273 de outubro de 2007, porque não foram consultados sobre a manipulação de informações sigilosas.

Se dependesse da avaliação do ex-secretário da Receita Everardo Maciel não existiria nem mesmo a lei que obriga todo servidor entregar cópia da declaração de bens, para tomar posse e trabalhar em órgãos públicos. “Tentei acabar com essa lei. Ela ofende o código tributário”, salienta. Ele classifica como “estranho” o fato de um órgão pedir para digitalizar uma pequena parte do total de documentos entregues. “Conseguiram transformar o ruim em péssimo”, diz Everardo Maciel.

No documento assinado por Miranda e encaminhado a todas as superintendências da Infraero, o pedido é feito em caráter confidencial. O argumento: “Tendo em vista a necessidade de avaliação de diversos documentos por parte da empresa e dos órgãos fiscalizadores no que pertine aos processos em andamento no âmbito desses entes públicos”. O diretor solicitou a indicação de um profissional de “inteira confiança e responsabilidade” e diz que, ao término da digitalização, os formulários sigilosos deveriam ser encaminhados à Superintendência de Recursos Humanos em CDs lacrados sem mencionar o conteúdo do mesmo.

A Infraero justifica dizendo, por meio da assessoria de imprensa, que o “trabalho foi solicitado pela auditoria interna da Infraero, a partir de demanda da CGU (Controladoria-Geral da União)”. Quem definiu as categorias de servidores que teriam os documentos manipulados foi a CGU e o controle interno da estatal. Tratam-se dos cargos com salários mais elevados. A CGU esclarece que, por força de decreto, pode analisar, sempre que julgar necessário, a evolução patrimonial dos agentes públicos. Garante que esses dados são manejados apenas por um número restrito de servidores, especializados em segurança da informação. (FO)

Fonte: Fernanda Odilla (Correio Braziliense)

Há 90 anos morria Manfred von Richthofen, o "Barão Vermelho"

Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen (Breslau, 2 de maio de 1892 — Vaux-sur-Somme, 21 de abril de 1918) foi um piloto alemão e é considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um ás do vôo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial. Sua morte tem sido creditada ao piloto australiano Roy Brown. Todavia, é bem possível que tenha sido derrubado por um tiro a longa distância de um soldado australiano em solo, S. Evans.

Richthofen foi conhecido como der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.

Clique aqui e leia tudo sobre o Barão Vermelho

Animais: Os desbravadores espaciais

Por: Renato Las Casas*

No início da semana foi amplamente noticiado: Rússia seleciona macacos para futura missão a Marte.

Humanos e macacos têm sensibilidades quase idênticas à radiações. Além de estudar os efeitos de radiações possíveis de se exporem os astronautas em uma viagem até esse nosso vizinho, os cientistas russos também analisarão, em simulações de laboratório, as reações de nossos 'primos' a longos períodos sem gravidade (mínimo de seis meses; que é o tempo de uma viagem a Marte); suas reações à dieta também prolongada de sucos e purês (alimentos práticos e seguros de serem consumidos no espaço); etc.

Começa-se assim mais um capítulo do drama: 'Animais, os desbravadores espaciais'. Dessa vez o palco de fundo será Marte. Desnecessário dizer que essas experiências geram muitas polêmicas.

Já nos anos 40, pensando em ir ao espaço, os norte-americanos sacrificaram dois macacos (Albert I e Albert II) embarcando-os em mísseis V2 capturados dos alemães durante a guerra.

O primeiro primata que alcançou o espaço foi Gordo, um macaco-esquilo enviado também pelos norte-americanos a bordo de um foguete Jupiter AM-13; em dezembro de 1958. Segundo A Agência Espacial Norte Americana (NASA), Gordo teria regressado à Terra com vida; porém um defeito no mecanismo de flutuação da cápsula que o trazia impediu o resgate. Gordo teria morrido no fundo do mar.

Em maio de 1959 uma nova experiência norte-americana. Baker (um macaco-esquilo) e Able (uma fêmea de macaco rhesus) foram enviados ao espaço a bordo de um foguete Jupiter AM-18. A experiência foi um sucesso e marcou o primeiro resgate com êxito de seres vivos enviados ao espaço. Able teve menos sorte que Baker, morrendo na cirurgia de retirada dos sensores que haviam sido implantados em seu corpo para transmissão de seus sinais vitais.

Em dezembro de 1959 os norte-americanos enviaram em um voo sub-orbital, a bordo do foguete 'Little Joe', o macaco rhesus Sam e em janeiro de 1960 a sua namorada Miss Sam. Ambos foram resgatados com sucesso. Contam que Sam, após o seu retorno do espaço, de volta ao laboratório da NASA, abraçou emocionado Miss Sam.

Ham foi o primero chimpanzé enviado ao espaço, em janeiro de 1961, a bordo de um foguete Redstone 2 da NASA. Seu resgate também foi um sucesso.

O segundo chimpanzé enviado ao espaço e o primeiro a orbitar a Terra foi Enos, em novembro de 1961, a bordo de um foguete Atlas 5, também da NASA. Vários problemas ocorreram durante a missão. Enos teria sido resgatado ainda com vida, falecendo pouco depois.

Primatas foram os precursores dos astronautas norte-americanos e cães foram os precursores dos cosmonautas soviéticos.

Os cientistas norte americanos preferiram os primatas em suas pesquisas nos primórdios da astronáutica, por suas semelhanças com os seres humanos.

Já os cientistas russos preferiram os cães por considerá-los mais adequados a passarem por longos períodos de inatividade. Eram escolhidos cães de rua, uma vez que esses teriam estrutura psicológica mais adequada para suportar o rigor e o 'estresse' de tais viagens, do que cães 'bem criados'. Eram também escolhidas fêmeas, não apenas por seus temperamentos mais dóceis, mas também porque o equipamento desenvolvido para coletar a urina e as fezes dos animais foi desenvolvido apenas para as femeas.

O primeiro animal enviado ao espaço foi Laika, uma cadela russa lançada a bordo do Sputinik 2, em novembro de 1957. A era espacial havia sido 'inaugurada' menos de um mês antes, com o lançamento do Sputinik 1.


Laika era 'vira lata', tinha dois anos de idade, pesava aproximadamente seis quilos e vivia solta pelas ruas de Moscou quando foi capturada para o programa espacial soviético.

O Sputinik 2, com Laika a bordo, foi lançado na madrugada do dia 3 de novembro de 1957. Os sinais vitais de Laika, colhidos por sensores presos a seu corpo, eram enviados à Terra em ondas de rádio e seguidos pelos cientistas soviéticos (vários rádio amadores, em diversas partes do mundo, também captaram esses sinais).

Após três horas de micro gravidade, Laika estava agitada e estressada, porém comendo. A recepção dos dados vitais dessa nossa heroina, parou entre cinco e sete horas após a decolagem. Laika morreu devido ao alto estresse a que foi submetida e ao superaquecimento da cápsula em que viajava, porém nos trouxe a certeza: -Animais, incluindo aí os Humanos, poderiam sobreviver à microgravidade.

O Sputinik 2 ficou no espaço com o corpo de Laika já sem vida, durante 163 dias e deu 2.570 voltas em torno de nosso planeta. A cápsula explodiu ao reentrar na atmosfera em 14 de abril de 1958.

Embora autoridades soviéticas houvessem afirmado em um primeiro momento que pretendiam resgatar Laika com vida, isso era impossível. A decisão de se mandar um ser vivo ao espaço fora tomada poucos dias antes, após o grande sucesso do Sputinik 1. O Sputinik 2 fora construido às pressas. O retorno de seu ocupante seria um problema a ser encarado em futuras missões. Pretendiam dar comida envenenada a Laika, se ela sobrevivesse por dez dias no espaço.

Laika foi o primeiro animal a morrer no espaço. Muitos outros já tiveram o mesmo destino e muitos outros ainda lhe seguirão. Laika, entretanto, foi o primeiro e ultimo cão a ser enviado ao espaço sem esperança de resgate.

Em julho de 1960, em um teste de vôo da nave soviética Vostok, o foguete explodiu durante o lançamento, matando seus dois ocupantes, as cadelinhas Bars e Lisichka.

O primeiro resgate com sucesso de cães enviados ao espaço foi de Belka e Strelka, lançados em agosto de 1960 a bordo do Sputinik 5, em companhia de quarenta camundongos; dois ratos e algumas plantas. Um filhote de Strelka, que recebeu o nome de Pushinka foi dado de presente a Caroline Kennedy por Nikita Khruschev, em 1961. São conhecidos vários descendentes de Pushinka.

Em dezembro de 1960 foi a vez de Pchelka e Mushka, lançadas a bordo do Sputinik 6. Essas cadelinhas passaram um dia em órbita. A reentrada da cápsula na atmosfera, entretanto, não se deu no ângulo previsto. O Sputinik 6 explodiu, matando suas ocupantes.

Ainda em dezembro de 1960, Damka e Krasavka, a bordo do Sputinik 7, quase tiveram a mesma sorte. Devido a um problema no estágio superior do foguete a missão foi abortada pouco após o lançamento. Essas cadelinhas foram então forçadas a realizarem um vôo sub-orbital não planejado, sendo em seguida resgatadas com segurança.

Em março de 1961 a cadela Chernushka, foi lançada a bordo do Sputinik 9, junto com alguns ratos e um porco da Guiné. Essa viagem foi um sucesso total. Duas semanas depois, em outra missão de sucesso, foi a vez de Zvezdochka ser lançada a bordo do Sputinik 10.

Após Zvezdochka, os soviéticos se sentiram confiantes para mandarem o primeiro homem ao espaço. Yuri Gagarin subiu a bordo de uma cápsula Vostok em 12 de abril de 1961.

Testes com animais no espaço continuaram sendo realizados, não apenas pelos Estados Unidos e pela União Soviética. Na década de 60 a França enviou ao espaço sete missões com animais. Em três delas foram enviados ratos; em duas gatos e nas outras duas macacos. Nessas missões foram resgatados com vida um rato, um gato e os dois macacos.

Em julho de 1973 a NASA lançou duas aranhas, Arabella e Anita, a bordo do foguete Saturno V, com destino à estação espacial Skylab, onde passaram vários dias. Essa havia sido uma idéia de um estudante secundarista norte americano. Seriam as aranhas capazes de tecerem teias na microgravidade? Anita morreu na Skylab, pouco antes de seu retorno à Terra e Arabella morreu na cápsula de regresso, durante a reentrada na atmosfera. Seus corpos permanecem até hoje em exibição no Museu Smithsonian de Washington.

Nas décadas de 70, 80 e 90, a Rússia e a antiga União Soviética lançaram onze satélites levando seres vivos, como parte do projeto Bion. Foram ratos, macacos, peixes, anfíbios, minhocas, insetos, protozoários, etc.

Também a NASA, desde a década de 80, tem usado os ônibus espaciais para o envio de animais ao espaço. Além de macacos, ratos, peixes, minhocas, aranha, plantas, também já foram enviados bichos da seda, abelhas, fungos, bactérias, lesmas, larvas, ostras e musgos.

Sexta feira passada, dia 11 de abril, foi inaugurado mais um monumento em homenagem à Laika, no centro de Moscou, em uma alameda próxima ao Instituto de Medicina Militar, onde Laika foi preparada para a sua missão. É um obelisco de dois metros de altura, representando um dos estágios de um foguete que se transforma em uma mão humana, sobre a qual está a figura dessa nossa heroína.

Fonte: Portal UAI

* Renato Las Casas é professor do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas e Coordenador do Grupo de Astronomia da UFMG.

Exupéry aqui? Impossível!

Temos acompanhado ao longo dessas semanas, através do ‘‘O POTI/DIÁRIO DE NATAL’’, matérias diversas envolvendo a figura mística do aviador e escritor francês Antoine de Saint Exupéry. Trata-se da questão que já se tornou polêmica, referente à suposta passagem - por diversas vezes - do citado aviador nesta agradável cidade de Natal na década de 30.

De forma costumeira, são repetidas justificativas de testemunhas daquela época que ‘‘viram’’ ou ‘‘ouviram dizer’’ da movimentação de Saint-Exupéry na capital potiguar.

E não deixaram de surgir algumas absurdidades, como a de um cidadão que certa vez perguntou-me se Saint-Exupéry havia realmente plantado aquele baobá que pode ser visto na rua São José, próximo ao Centro de Velório Morada da Paz, em Lagoa Seca.

Essa casmurrice fio atravessando os anos passando a constar das conversações relativas ao autor do famoso livro ‘‘O Pequeno Príncipe’’, situando Saint-Exupéry como um apaixonado pela capital potiguar e pela constante presença no chamado Canto do Mangue para ‘‘apreciar o pôr-do-sol!’’.

Exageros à parte, desejo participar dessa controvérsia baseado não no ‘‘ouvi dizer’’, mas sim com documentação apropriada onde está plenamente confirmado que Saint-Exupéry nunca esteve em Natal.

Ele nunca foi partícipe dessa fase dourada da aviação comercial francesa, concernente às travessias Dakar-Natal-Dakar (3.200km em cada trecho), ocasiões nas quais os tripulantes enfrentavam condições meteorológicas adversas, o capricho dos ventos alíseos, o frio das madrugadas e a imensidão de céu e água em viagens que consumiam 15 a 20 horas de vôo.

Para tanto, é recomendada a leitura da detalhada publicação francesa ‘‘Répertoire Dês Traversés Aériennes De L’Atlantique Sud Par L’Aéropostale Et Air France (1930-1940)’’, escrita por Pierre Labrousse e publicada em Paris em 1974.

Trata-se de uma publicação idônea que não deixa dúvidas aos assunto em tela. Se tudo passa na vida, a História fica e ela não perdoa os que não lhe entendem a lição.

As travessias do Atlântico Sul

No supracitado ‘‘Répertoire’’, encontramos a listagem das 512 travessias programas (256 em cada sentido: Dakar-Natal ou Natal-Dakar), entretanto somente 4 não foram cumpridas. São as seguintes:

1. Viagem 001-regresso, de 8 para 9 de julho de 1930. Motivo: amerissagem forçada a 700km de Dakar, em conseqüência de vazamento de óleo do motor. Tripulantes e malotes do correio recolhidos pelo navio Phocée (‘‘Aviso’’). Foram voadas 14 horas a partir de Natal.
2. Viagem 035-regresso, em 10 de fevereiro de 1936. Motivo: perdido no oceano depois de 7 horas de vôo, na etapa Natal-Dakar. Perda total da aeronave e dos 5 tripulantes, além de 1 passageiro.
3. Viagem 074-ida, em 7 de dezembro de 1936. Motivo: perdido no oceano depois de 3 horas e 57 minutos de vôo. Perda total da aeronave e dos 5 tripulantes.
4. Viagem 074-regresso. Não foi cumprida devido ao acidente constante na travessia anterior (074-ida). Seria a etapa Natal-Dakar.

A primeira travessia foi efetuada de 12 para 13 de maio de 1930, com o monomotor Late 28, matrícula F-AJNQ, sendo o primeiro vôo realizado para o Brasil com malas postais. Apenas 3 tripulantes: Mermoz (piloto), Dabry (navegador) e Gimié (radiotelegrafista).

A última (512, ou 256-regresso) ocorreu em 2 de julho de 1940, voando o F-AQCX de Natal para Dakar, com 5 tripulantes e tempo de vôo de 15 horas e 51 minutos. A Air France suspendeu as atividades por se encontrar a Europa imersa na 2ª. Guerra Mundial.

O nome de Saint-Exupéry NÃO consta na relação das viagens.

A empresa, que contava com 13 aeronaves, destinava-se unicamente ao transporte de malas postais; em apenas 19 travessias foram incluídos 22 passageiros e esses somente viajaram com autorização expressa do presidente da companhia. É oportuno esclarecer que Saint-Exupéry também não participou dessa relação.

O quadro de pessoal aeronavegante, na época pesquisada (1930-1940) compunha-se de 17 comandantes, 41 copilotos, 12 navegadores, 10 radiotelegrafistas e 15 mecânicos; nesse grupo de 95 tripulantes que operavam no Atlântico Sul, não é encontrado o nome de Saint-Exupéry.

Na historiografia referente aos famosos reides aéreos que tiveram Natal como ponto de apoio (aproximadamente 30 reides registrados), e dos quais tomaram parte aviadores franceses, italianos, portugueses espanhóis, uruguaios, norte-americanos, alemães, etc., não existe qualquer registro acerca da presença de Saint-Exupéry.

Nos livros escritos por Saint-Exupéry não se encontra referência de sua presença no rio Grande do Norte, e a Air France também esclareceu que não há nenhum registro dele em Natal.

O que realmente ocorreu pode ser esclarecido: Saint-Exupéry foi designado para ocupar a gerência da Companhia Latécoère na cidade de Buenos Aires, onde a empresa francesa estava ampliando a sua linha aérea na América do Sul. Deixou a França viajando em navio de grande porte, e chegou à capital portenha em outubro de 1929.

Na ida, o navio fez escalas no Rio de Janeiro e Santos. No rio, ele teve algumas horas para conhecer a cidade, prosseguindo a viagem com destino à Argentina.

Regressando à França, após pouco mais de um ano e também por via marítima, Saint-Exupéry passou pelas mesmas localidades da ida. Tanto na vinda da Europa como no regresso para a França, não ocorreu atracação no porto de Natal.

No livro ‘‘No caminho do avião’’, lançado em Natal em dezembro de 2007 e de autoria do Mestre Luís da Câmara Cascudo, o autor apresenta uma série de reportagens escritas de 1922 a 1933, acerca de 13 reides famosos com passagens por Natal.

Esses registros de Câmara Cascudo constitui importante contribuição para a História Aeronáutica.

E Saint-Exupéry? Nenhum comentário, nenhuma anotação. Caso ele estivesse na capital potiguar, Cascudo não perderia a oportunidade de entrevistar o aviador francês.

As travessias do Atlântico Norte

Os aviadores franceses também participaram das travessias aéreas do Atlântico Norte, existindo registros de 12 viagens de longa duração, consideradas ‘‘experimentais’’ e decorridas nos anos de 1938 e 1939.

As informações constam da publicação ‘‘La Ronde S’Arrête’’, de autoria de George Bouchard, o qual tomou parte todas as viagens.

Um registro importante: na viagem no. 7, transcorrida de 7 a 10 de julho de 1939, Saint-Exupéry viajou da França aos Estados Unidos como passageiro em aeronave de matrícula F-NORD, sob o comando de Guillaumet, uma das ‘‘estrelas’’ da aviação francesa.

Regressou à França (viagem no. 8), deixando os Estados Unidos em 14 de julho de 1939, com a mesma tripulação e novamente na condição de passageiro.

Conclusão da história

‘‘A História não se escreverá senão com o recuar do tempo e com os fatos e documentos’’. Quem assim afirmou foi o nosso imortal ‘‘Pai da Aviação’’, o brasileiro Alberto Santos-Dumont.

Fica apresentada, de maneira reduzida, a réplica baseada em documentação oficiosa, ao contrário de alguns que pretendem justificar suas opiniões com o providencial auxílio do ‘‘ouvi dizer’’.

E o tempo encarrega-se de transmitir às novas gerações disparatados epílogos que não traduzem a realidade. De minha parte, posso afirmar à luz da História e com o apoio na documentação em meu poder, e ainda sem qualquer vacilação, que Antoine de Saint-Exupéry nunca esteve em Natal.

Estando de acordo com o ilustre Prefeito de Natal, Sr. Carlos Eduardo Alves o qual, agindo com prudência e serenidade, decidiu cancelar a idéia da colocação de uma estátua de Saint-Exupéry na recém-criada ‘‘Praça do Pôr-do-sol’’, onde o aviador francês supostamente costumava - segundo alguns apressados historiadores - ‘‘assistir ao crepúsculo vespertino sobre o rio Potengi’’.

Vale mais o conhecido provérbio: ‘‘Há coisas que melhor se dizem, calando’’.

Fonte: Diário de Natal

Aéreas brasileiras perderam R$ 2 bi para estrangeiras em 2007

O Brasil perdeu no ano passado R$ 2 bilhões para as companhias aéreas estrangeiras, que ofereceram mais assentos aos passageiros brasileiros em vôos internacionais do que as empresas nacionais, informa o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), com base em números da balança comercial brasileira. A perda é equivalente à receita da TAM com vendas para o mercado internacional, que, no acumulado até o quarto trimestre de 2007, foi de R$ 2,1 bilhões.

Hoje, a TAM é a única empresa a oferecer vôos para a Europa e os EUA na concorrência com as estrangeiras. A saída da Varig do mercado internacional de longa distância, deixando de voar para Paris, Madri e Cidade do México, anunciada na semana passada, deverá reduzir em até 3% a presença das empresas brasileiras no segmento internacional a partir de julho. Pode parecer pouco, mas, segundo o presidente do Snea, José Márcio Monção Mollo, é uma redução expressiva, que poderá baixar a participação das brasileiras em vôos internacionais dos atuais 22% para 19%:

- Quando a antiga Varig deixou de fazer vôos internacionais por causa da crise, tínhamos 52% do mercado. Hoje, são 22%. Com a segunda saída da Varig, teremos mais uma queda, em torno de 3%.

Fonte: O Globo

Avião é esvaziado na Venezuela por alerta de bomba

A operação ocorreu em Caracas, depois que a companhia aérea recebeu uma ligação.

Segundo passageiro, agentes retiraram a bagagem dos 258 passageiros do vôo UX 72 para averiguação.

Um avião Airbus A330 da companhia espanhola Air Europa foi esvaziado na noite deste domingo (20) no aeroporto internacional de Maiquetía, em Caracas, depois que a companhia aérea recebeu uma ligação "sobre um passageiro com supostos explosivos", segundo informou a rede de televisão venezuelana "Globovisión".

A gerente da Air Europa em Maiquetía, Xiomara Marín, explicou que "foi recebida uma ligação sobre um passageiro com supostos explosivos", segundo a rede de televisão.

"A aeronave foi transferida a um ponto 'X' onde está sendo revistada", acrescentou Marín, indicando que foram recebidas duas ligações que alertavam da mesma situação: uma da Venezuela e outra da Espanha. O vôo UX 72 da Air Europa iria da capital venezuelana para Madri.

Antonio González, passageiro do vôo, explicou à "Globovisión" que funcionários da Guarda Nacional e de outras forças de segurança venezuelanas entraram na aeronave e retiraram todos os passageiros.

Os agentes revistaram por baixo do assento do piloto e retiraram a bagagem dos mais de 200 passageiros que o vôo levava para conferi-la, segundo González.

O passageiro também explicou que as forças de segurança levaram quatro jovens a uma clínica para realizar radiografias de tórax. Os outros passageiros se encontram no terminal do aeroporto sob vigilância.

"Para ir ao banheiro um funcionário te acompanha, o que é absolutamente uma violação dos direitos humanos", se queixou o passageiro em suas declarações à rede de televisão venezuelana.

Fonte: EFE

Passageiro de avião já pode falar ao celular

Europa é a primeira região do mundo a autorizar o uso do aparelho

A tecnologia ainda precisa ser aprimorada e vai demorar para o serviço estar plenamente difundido, mas a permissão para o uso de celular a bordo dos aviões na Europa, na semana passada, já provoca polêmica.

A União Européia foi a primeira região do mundo a acabar com as restrições, que até então eram impostas com o argumento de que os sinais poderiam interferir nos equipamentos de bordo dos aviões. De acordo com os reguladores europeus, além de não provocar interferências, o celular pode servir como uma proteção contra o terrorismo. O maior problema, contudo, não são os terroristas, mas os passageiros tagarelas. O uso generalizado de celulares poderá acabar com um dos poucos refúgios públicos de tranqüilidade.

Mas, por enquanto, a preocupação é apenas européia. Nos Estados Unidos, o uso é proibido por dois órgãos reguladores: da aviação e de telecomunicação. No Brasil, também existe a proibição, mas a chegada do empresário David Neeleman, americano nascido no Brasil, ao mercado talvez possa acelerar a corrida tecnológica em céus nacionais. O fundador da JetBlue, que pretende lançar uma companhia no Brasil em janeiro do ano que vem, é um apaixonado por tecnologia. Os aviões da nova empresa, jatos E-195 da Embraer, serão equipados com um sistema de televisão ao vivo, disponível em monitores individuais em cada assento. A JetBlue foi a primeira companhia a oferecer esse serviço no mundo, em 2005. Hoje, a JetBlue está testando o uso de internet e de troca de e-mails em aparelhos como Blackberry.

A TAM diz que iniciou estudos para a implementação de telefonia celular e internet a bordo. “Estamos também em contato com as agências reguladoras das referidas áreas (Anac, de aviação, e Anatel, de telecomunicações) para discutir o assunto”, afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.

A Gol ainda não tem planos de oferecer o serviço, mas pretende esperar o aprimoramento das tecnologias para fazer qualquer investimento. “A tecnologia está em processo de mutação e estamos em um momento de definição sobre qual será a melhor tecnologia para os próximos anos. É difícil prever quando vamos introduzir qualquer desses serviços”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, em uma entrevista recente ao Estado.

Na Europa, a AirFrance é a primeira companhia aérea européia a oferecer o serviço de telefonia, em parceria com uma empresa chamada OnAir, especializada em telefonia a bordo de aviões. Mas a companhia francesa está tendo o cuidado de testar a preferência do consumidor. Faz uma série de testes e pesquisas para saber se a preferência é apenas pelo serviço de texto ou se texto e voz.

Os testes começaram em dezembro. Por três meses, foi possível mandar e receber mensagens de texto e e-mails. No início de abril, começou a segunda fase, com o serviço de voz.

Para poder fazer ou receber chamadas, basta ao usuário ter acordos de roaming. A ligação é cobrada normalmente na conta do celular - e não sai barato. O minuto do roaming a 39 mil pés custa 3.

A Lufthansa decidiu que não pretende oferecer o serviço. A empresa disse que tomou a decisão após passageiros manifestarem claramente a insatisfação com a possibilidade de serem incomodados com a conversa no assento ao lado.

Para receber sinal em pleno vôo, os aviões precisam estar equipados com uma espécie de “mini torre” de celular, conectada a um satélite, que, por sua vez, fará a ligação com as redes terrestres. O comandante do vôo terá o poder de ligar e desligar o serviço quando achar necessário.

Fonte: Mariana Barbosa (O Estado de S.Paulo)

domingo, 20 de abril de 2008

Queda de pequeno avião mata um nos EUA

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida após a queda do avião Lake LA-250, prefixo N14037, por volta do meio dia de sexta-feira (18).

O avião particular decolou de um pequeno aeroporto em Syracuse (Syracuse-Hancock), com duas pessoas a bordo, de acordo com a FAA. Ele caiu perto do Aeródromo de Skaneateles, em Nova York.

Nenhuma palavra sobre o que causou o acidente foi dada até o momento.

Fontes: ASN / 13WHAM TV

Paquistão testa com sucesso míssil com capacidade nuclear de longo alcance

O míssil Shaheen-2

O Paquistão testou com sucesso, neste sábado (19), seu míssil terra-terra de maior alcance (2 mil km) e com capacidade nuclear, o Shaheen-2, segundo um comunicado do comando militar paquistanês.

Este projétil de longo alcance pode levar tanto armamento convencional como nuclear, informou a nota.

O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, assistiu ao lançamento do míssil junto com o ministro da Defesa, Ahmed Mukhtar.

Gillani felicitou os cientistas que contribuíram para o êxito do teste e assegurou que estes ensaios têm como objetivo "garantir a paz" no Sul da Ásia.

O primeiro-ministro disse ontem no Parlamento que o arsenal nuclear paquistanês está em mãos seguras e acrescentou que os Estados Unidos não têm acesso ao programa atômico do país.

O Paquistão mantém com a Índia uma forte tensão militar desde sua independência do Império Britânico, em 1947. Os dois países disputam uma corrida de armamento com freqüentes testes de mísseis.

Fonte: EFE - Foto: AP

Separatistas da Abkházia afirmam que derrubaram um avião espião georgiano

O ministro da Defesa da região separatista georgiana da Abkházia, Merab Kishmaria, confirmou neste domingo que os soldados da autoproclamada república derrubaram um avião espião não pilotado pertencente à Geórgia.

O responsável da Defesa da Abkházia disse em declarações à Agência Efe que o avião foi abatido quando sobrevoava a região de Gali e acrescentou que já se começou a busca pelos restos do aparelho.

"Trata-se do segundo avião de reconhecimento não pilotado derrubado pela Força de Defesa Antiaérea em nossa região nas últimas semanas", disse Ruslan Kishmaria, representante do presidente na região de Gali.

O presidente da Abkházia, Serguei Bagapsh, declarou hoje que as forças armadas não vão permitir a violação de seu espaço aéreo por aviões militares georgianos.

"Nos últimos dias, a Geórgia intensificou os vôos de reconhecimentos sobre nosso território", destacou.

Fonte: EFE

sábado, 19 de abril de 2008

Cápsula russa Soyuz erra alvo ao pousar na Terra

Local da aterrissagem da cápsula Soyuz

A cápsula russa Soyuz que retornou neste sábado à Terra não atingiu o alvo programado para seu pouso no norte do Cazaquistão. Segundo a agência espacial russa, o módulo aterrissou a mais de 400 quilômetros da área prevista.

No interior da cápsula estavam o astronauta russo Yuri Malenchenko, sua colega norte-americana Peggy Whitson e a primeira astronauta sul-coreana, Yi So-yeon.

O porta-voz da missão da Soyuz, Valery Lyndin, afirmou que a condição de saúde dos tripulantes eram satisfatórias.

Segundo Lyndin, a aterrissagem ocorreu cerca de 20 minutos depois do previsto, já que o módulo se desviou de seu curso.

Três helicópteros das equipes de resgate foram ao local para atender a tripulação.

Quatro aviões, 13 helicópteros e sete veículos estavam desde a sexta-feira (18) nas cidades de Kustanai, Baikonur, Karaganda, Arkalyk e Dzhezkazgan para prestar atendimento aos viajantes da Soyuz.

Fontes: Folha Online / EFE / Associated Press - Foto: Shamil Zhumatov (AP)

Avião cai no interior de SP

Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve mortos.

Acidente ocorreu na estrada que liga as cidades de Batatais e Sales Oliveira.


Um avião bimotor, modelo Seneca II, prefixo PT-RMG, caiu na noite de sábado em um canavial às margens da Rodovia Altino Arantes (SP-351), na cidade de Batatais, interior de São Paulo. No avião havia cinco pessoas, do município vizinho de Franca, que ficaram feridas. O local continua preservado à espera de técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de São Paulo, que investigarão as causas da queda.

A Policia Militar de Batatais informa que todos os ocupantes foram socorridos e nenhum deles foi ouvido formalmente, por isso o motivo do acidente ainda é uma incógnita. Estavam no avião o piloto Alair Cândido Oliveira, 57 anos, Paulo Eduardo Maciel, 60, seu filho Paulo Roberto Maciel, 34, Isaque Ferreira, 23, e Itamar Pimenta, 38.

O pequeno avião saiu da cidade de João Pinheiro, em Minas Gerais, e caiu quando o grupo tentava voltar para Ribeirão Preto para pousar no Aeroporto Leite Lopes, depois de não conseguir descer em Franca, cidade em que residem as vítimas, em virtude do mau tempo e da chuva que dificultava a visibilidade.

Policiais militares informaram que Itamar Pimenta, um dos ocupantes do avião, conseguiu andar alguns metros em meio ao canavial pesado com a lama até chegar à beira da rodovia e pedir ajuda. O avião, avaliado em cerca de R$ 400 mil, ficou destruído. Uma asa caiu, vidros e poltronas se soltaram.

De acordo com a PM, o piloto do bimotor, que é empresário em Franca, está internado na Santa Casa de Batatais. Os outros quatro ocupantes foram encaminhados ao Hospital Regional de Franca. Policiais continuam no local da queda preservando a cena à espera dos técnicos da Anac, que, segundo a PM, deveriam chegar a cidade por volta do meio-dia.

Fonte: Terra - Foto: Tiago Brandão (Jornal Comércio da Franca) - atualizado em 21/04/08

Tenente é indiciado por queda de helicóptero do estado (RN)

O Inquérito Policial Militar (IPM), que apura a queda do helicóptero Falcão 1 (modelo Esquilo AS 350 B2) no campo de futebol do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, foi concluído e remetido à Auditoria Militar quase cinco anos após o acidente ocorrido em 1º de maio de 2003. A informação foi confirmada pelo presidente do IPM, coronel Sebastião Saraiva.

Ele disse que remeteu o Inquérito na semana passada, mas que ainda aguarda a chegada de dois documentos a serem anexados ao processo. ``Passei 60 dias com este Inquérito e fiz a solicitação no dia 2 para remeter dia 10 deste mês'', informou.

A conclusão do IPM foi o indiciamento do tenente coronel Oliveira Júnior, que pilotava a aeronave, por lesão corporal culposa ao sargento Jorge Alves - ferido durante o acidente - e avarias à aeronave. ``Anexei o exame de corpo de delito feito pelo sargento ao Inquérito'', disse.

Coronel Saraiva disse que, em depoimento, o tenente coronel Oliveira Júnior ``confirmou que estava pilotando a aeronave e disse também que o acidente não ocorreu por falha humana''. ``Com relação aos danos na aeronave, isso será auditado pelo Tribunal de Contas da União'', informou.

O oficial informou que dois documentos solicitados ainda não foram entregues. ``Pedi um relatório da aeronave ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, e o depoimento, por carta precatória, do coronel Magnago, que estava na aeronave e mora no Espírito Santo'', declarou.

Ele explicou que depois da Auditoria Militar, o IPM vai para o Ministério Público. ``Nesse caso, o promotor vai analisar e oferecer ou não denúncia ao juiz, que por sua vez pode receber ou não. Caso receba, será formado um conselho especial de justiça composto por oficiais mais antigos da Corporação'', explicou.

O presidente do IPM acredita que o documento pode ser remetido de volta pelo promotor para que sejam feitas novas diligências com relação ao caso. Ele reforçou que ainda faltam os dois documentos a serem anexados ao IPM.

Memória

O helicóptero Falcão 1 - comprado por R$ 5 milhões numa parceria do Governo do Estado e do Plano Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - caiu no campo de futebol do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar no dia 1º de maio de 2003. A aeronave estava com quatro tripulantes (coronel Magnago, tenente coronel Oliveira Júnior, o sargento Jorge e a tenente Leila Macedo) no momento do acidente quando em decorrência de um problema pendeu para o lado direito e as hélices bateram no gramado. O detalhe à época é que o helicóptero não tinha seguro.

Fonte: David Freire (DN Online)

Helicópteros de Ataque: decisão nas próximas semanas

No dia primeiro de abril a FAB recebeu as propostas finais da licitação de helicópteros de ataque iniciada em 2007. O ritmo, e o mais expressivo, a manutenção das datas tem surpreendido positivamente aos participantes.

O ritmo dado à licitação manteve as empresas participantes ativas inclusive durante o período das festas de passagem de ano. Equipes da FAB já estiveram na Rússia e Itália pilotando os modelos que foram selecionados para a competição final.

Os Finalistas

Eram quatro modelos que foram apresentados para a licitação: o russo Mi-35M, o Eurocopter Tigre e dois da AgustaWestland o AW-109LUH e AW-129. Dois modelos foram selecionados para a fase final: o ítalo AgustaWestland AW-129 e o russo Rostvertol Mi-35M. Para o Mi-35M não há surpresas, mas o outsider AW129 cresceu e tem reais chances dar um gosto amargo à vodka e caviar russo.

Após a vitória na Turquia, em 2007, o AW-129 teve sua carreira no mercado internacional renascida com ímpeto. O AW-129 deverá ocupar um espaço no mercado internacional com um posicionamento de um aparelho de excelente performance a um custo de aquisição e operação menor que os top do mercado: o Boeing AH-64D Apache e o Eurocopter Tigre e o novo russo Mi-28 e compatível de enfrentar o Mi-35M em termos de custo.

O conhecido Mi-35M está operando na Venezuela batizado como Caribe. Baseado no Mi-24 Hind um projeto de sucesso da antiga União Soviética dos quais vários milhares foram produzidos. O Mi-35M é uma versão modernizada para exportação com nova aviônica e motores com maior potência além de uma maior gama de armas que pode carregar.

Os eliminados foram o Eurocopter Tigre, que tinha poucas chances, não pelas qualidades técnicas ou performance, mas devido ao seu elevado custo unitário. O AgustaWestland AW109LUH ao contrário foi apresentado como uma proposta de baixo custo para enfrentar diretamente o Mi-35M.

O Xadrez das Asas Rotatórias

A licitação dos helicópteros de ataque continua, porém o governo manteve em suspenso a licitação para os helicópteros de transporte. Aqui começa uma complexa partida de xadrez jogada na: FAB, Ministério da Defesa, Governo, incluindo o próprio Palácio do Planalto e grupos industriais nacionais e estrangeiros.

O governo menciona que a licitação dos helicópteros de transporte será mantida em suspenso até que saia uma definição das propostas apresentadas pelo grupo EADS/Eurocopter para a instalação de uma linha de produção no Brasil do helicóptero de transporte Super Cougar.

Foi montado um Grupo de Trabalho Interministerial (Ministérios da Defesa e da Indústria e Comércio) para avaliar a proposta. Os três Comandos Militares participam do GTI através dos seus centros de aviação. Também a área financeira está presente com o BNDES e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) .

Há uma certa impaciência russa pois o que membros da administração brasileira ao fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio tinham sinalizado ao governo russo era de um processo relativamente tranqüilo com o casamento de interesses brasileiros e russos: exportação de carnes e derivados do Brasil e a venda de produtos de defesa pela Rússia.

Porém foram atropelados pela proposta do grupo EADS e também pelas diversas rearticulações que estão ocorrendo na base da indústria de defesa da Rússia na preparação da passagem do governo Putin para o de Medvedev.

Os russos sempre consideram que o primeiro negócio na área de defesa de um país é sempre através dos helicópteros. Na Venezuela os primeiros produtos a serem negociados e recebidos foram os helicópteros Mi-35M e o Mi-17.

Para o grupo AgustaWestland considerado como um outsider viu ser alçado em paridade com o Mi-35M e poder ganhar uma concorrência que nem estava em suas pretensões. Também o reforça para outras batalhas no Brasil e na América Latina.

A decisão

A FAB anuncia a decisão para fins de Abril ou início de Maio o que pela história recente desta licitação é bem plausível de realmente acontecer. Porém a decisão talvez não fique só no âmbito das avaliações: técnicas, operacionais e financeiras. Há uma série de desdobramentos possíveis na escolha do modelo de helicóptero de ataque da FAB, listamos alguns:

1 – A escolha de um helicóptero russo tiraria um pouco da pressão sobe o governo para maiores compras da Rússia;

2 - Por outro lado poderia indicar que o Brasil estaria na órbita do Presidente Hugo Chávez;

3 – A escolha de um helicóptero italiano seria interessante porém reforçaria as pressões russas, e um possível embargo às exportações de carne brasileira para a Rússia, e,

4 – Para os fabricantes ocidentais: Bell, Boeing, Sikorsky e Eurocpter a escolha da AgustaWestland seria entronizar um duro concorrente no mercado internacional.

Uma visão da própria licitação vem da Rússia, com ironia e certo constrangimento, um representante do complexo industrial de defesa russo afirmou à Defesanet, durante a FIDAE 2008, recém realizada no Chile: “As vendas de nossas armas para a Venezuela abriram o mercado da América Latina aos nossos concorrentes”.

Portanto a decisão não estará só na performance, apoio logístico e custos dos modelos, mas no caminho de longo prazo que o governo brasileiro projeta à frente entre estes o programa de caça F-X2. A decisão desta licitação sinalizará vários cenários futuros tanto no campo de asas rotativas como outros projetos de defesa.

DADOS TÉCNICOS:

Helicópteros de Ataque

AgustaWestland AW-129

Fabricante: AgustaWestland

País: Itália

Tripulantes: 2

Armamento: Canhões 1×20 mm , foguetes 4 pods 38×81 mm
Mísseis 8×AGM-114 Hellfire ou BGM-71 TOW miseis anti-carro e 4-8× AIM-92 Stinger ou Mistral como mísseis ar-ar

A Turquia adquiriu 52 unidade por U$ 3 Bilhões(Março 2007)

Assista ao vídeo do AW129

Rostvertol Mi-35M

Mi35M

Fabricante: Rostvertol

País: Rússia

Tripulantes: 3

Turbinas: 2 x VK-2500

Armamento: um canhão lateral 30mm, uma metralhadora 12,7mm no nariz, foguetes e mísseis terra-ar e ar-ar(Igla) Autonomia: 415 km (s/ tanques extras)

Assista ao vídeo do Mi35M



Fonte: http://www.defesanet.com.br/md1/helos_1.htm#

OceanAir oferece passagens em até dez parcelas

A OceanAir está oferecendo parcelamento em até dez vezes para quem comprar bilhetes da companhia em cartões de crédito até 15 de maio. Com a promoção, a empresa espera um aumento de 20% no fluxo de passageiros. A venda parcelada vale para todos os destinos domésticos operados pela companhia, a partir de qualquer tarifa e para compras por meio do site da OceanAir, agências de viagem ou central de atendimento.

Para atrair clientes, além do parcelamento, a companhia criou promoção válida para os meses de abril e maio, onde oferece descontos de até 95% para vôos em todo o país.

Fonte: Agência O Globo

Tam tem promoção de passagens a R$89 para embarques até 11 de junho

A Tam iniciou hoje (19/04) uma mega promoção com tarifas promocionais a partir de R$ 89 (ida e volta) válidas para vários destinos operados pela companhia no país. As compras devem ser realizadas no período das 6h00 deste sábado até as 23h59 de segunda-feira.

O período de permanência mínima no destino é de dois dias. A promoção é válida para retorno até 11 de junho. A emissão deverá ser efetuada no ato da reserva. Os bilhetes só valem para compras com a volta garantida. Assentos sujeitos a disponibilidade nas tarifas XPROMO, XPROMOS, XPROMOX na ida e na volta. A promoção garante ainda uma pontuação de 20% no Programa Fidelidade. Descontos podem variar de acordo com os trechos, horários e datas.

Fonte: Mercado e Eventos

EADS Astrium fecha contrato de 195 milhões com agência espacial européia para construção de satélite

A European Aeronautics Defence and Space (EADS), fechou um contrato de 195 milhões de euros com a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), para construir um satélite de observação ambiental e vigilância. O acordo foi realizado através da Astrium, subsidiária de sistemas espaciais do grupo europeu.

O equipamento a ser fabricado pela EADS, chamado Sentinel-2, fará parte da iniciativa européia de Monitoramento Global do Ambiente e Segurança (GMES, na sigla em inglês), que centraliza dados coletados por uma rede de satélites sobre ameaças ao meio ambiente e à segurança.

Esse satélite é um elemento importante do GMES e vai permitir que a Europa observe constantemente mudanças ambientais, disse o diretor de Observação Terrestre da ESA, Volker Liebig.

A Astrium tem um ótimo histórico no desenvolvimento e construção de satélites de observação terrestre, disse o executivo-chefe da Astrium, Evert Dudok. Estamos orgulhosos por termos sido escolhidos pela ESA para fornecer uma tecnologia que irá nos ajudar a melhorar o ambiente e manter nosso planeta seguro e saudável, completou.

O Sentinel-2 vai manter registro permanentemente de uma grande gama de informações para ajudar o setor agrícola (utilização e cobertura de áreas), de indústria florestal (população, danos e incêndios), controle de desastres (gerenciamento e alertas preventivos) e programas de ajuda humanitária. O satélite também poderá observar desastres naturais como enchentes e erupções vulcânicas.

Pesando 1,1 tonelada, o satélite deverá ser colocado em órbita em 2012 e deverá funcionar por pouco mais de sete anos, que poderão ser estendidos - com devidas atualizações - por mais cinco anos.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Satélite desenvolvido por estudantes é candidato a lançamento pelos EUA

O projeto de dois satélites idênticos, desenvolvidos por estudantes da Universidade Cornell, nos EUA, foi escolhido como finalista de um concurso para lançamento ao espaço em junho, das Ilhas Marshall.

Denominados CUSat, uma vez em órbita os dois veículos vão separar-se e, usando medições precisas através do Sistema Global de Posicionamento (GPS), um satélite vai criar imagens do outro e formar um modelo virtual 3D. Uma das utilidades será o diagnóstico de problemas com uma espaçonave.

Programa ORS

Com apoio do programa de nanosatélites da Força Aérea Americana, os veículos espaciais CUSat foram projetados para a obtenção de imagens tridimensionais um do outro. Se forem escolhidos, serão os primeiros satélites a serem enviados pelo Departamento de Defesa como parte do programa ORS, que tem o objetivo de demonstrar a habilidade de rapidamente integrar e executar uma missão espacial.

A decisão sobre qual experimento será enviado ao espaço será feita somente duas semanas antes do lançamento.

Fonte: MundoGEO

Estudantes de Sergipe apresentam em feira protótipo de foguete recuperável

Alunos sergipanos, que desenvolveram um foguete recuperável, lançam o equipamento experimental no estacionamento ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Alunos do Centro Educacional General Calazans, da cidade de Nossa Senhora das Dores (SE), apresentaram hoje (17) o protótipo de um foguete recuperável, lançado no gramado lateral do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde se realiza da 2ª Feira Nacional de Ciências da Educação Básica (Fenaceb).

O projeto, chamado Hermes, foi desenvolvido ao longo de três anos pelo professor de física Nilton Silva e quatro alunos. Dois deles vieram a Brasília para o lançamento do foguete, impulsionado por pressão hidráulica gerada a partir da mistura de água e bicarbonato de sódio.

“Nós começamos com um foguete que não tinha esse aparato todo, ele apenas decolava e quando voltava se espatifava no chão. Então nós pensamos em maneiras para evitar isso e colocamos dois pára-quedas. Nosso objetivo é construir um mais avançado, aperfeiçoar a cada dia”, explicou o estudante Vismonde do Santos Leite.

O programa AEB Escola, da Agência Espacial Brasileira, apoiou o projeto ao enviar para a escola folhetos e material informativo. “O objetivo do programa é esse mesmo, desenvolver atividades sobre a temática espacial na sala de aula e contribuir para despertar nos jovens o interesse por ciência e tecnologia", apontou Ivete Rodrigues, gestora do programa.

O projeto é um dos 170 expostos na Fenaceb, que faz parte da programação da 1ª Conferência Nacional da Educação Básica, a ser encerrada amanhã (18). Os trabalhos de estudantes de quase todos os estados envolvem da reciclagem do lixo à reutilização de resíduos do biodiesel.

Fonte: Agência Brasil - Foto: Marcello Casal Jr

Paulistas desenvolvem tecnologia de foguete híbrido

Um grupo de alunos da Univap, uma universidade privada localizada no interior de São Paulo, está desenvolvendo tecnologia nacional para a construção de foguetes híbridos.

Um motor-foguete híbrido funciona com uma mistura de propelentes líquidos e sólidos. O foguete construído pelo alunos da Univap, batizado de Oberon, utiliza a parafina sólida como combustível e o óxido nitroso líquido como oxidante.

Campanhas de lançamento

Os primeiros testes em bancada dos motores híbridos começaram em 2006. O primeiro vôo do foguete Oberon aconteceu em 19/11/2007 nos céus da região da cidade de Amparo (SP). A segunda campanha de lançamentos ocorreu em 16/02/2008 na mesma região.

"Até julho deste ano estaremos efetuando a terceira campanha de lançamentos quando será finalizado este projeto e publicado o trabalho científico," conta Silas Camargo de Matos, que é coordenador da equipe de pesquisas.

Trajetória livre

O objetivo dos pesquisadores é o desenvolvimento do motor. Por isso o foguete Oberon não dispõe de controle de vôo. Sem equipamento telemétrico, ele pesa apenas nove quilogramas, sendo capaz de levar até dois quilogramas de carga útil.

Quando o combustível se esgota, o foguete prossegue em uma trajetória balística até seu apogeu, quando o sistema de recuperação entra em ação, trazendo o foguete de volta ao solo em segurança, com o auxíliio de um pára- quedas.

Know-how privado

"Com os conhecimentos gerados com estes foguetes poderemos desenvolver motores bem maiores, para serem utilizados em foguetes de sondagem, veículos lançadores ou semelhantes," conta Silas.

São pesquisas como esta que têm dado origem aos programas espaciais privados de vários países, o que parece ser uma tendência mundial (veja NASA sinaliza privatização dos vôos espaciais).

Fonte: Inovação Tecnológica - Imagem: Silas Camargo de Matos

Primeira astronauta sul-coreana aterrissa longe do alvo

Cápsula espacial russa pousou a 420 km do objetivo.

Aterrissagem teve atraso de 20 minutos; a tripulação está bem.

A astronauta sul-coreana Yi So-Yeon passa por atendimento médico depois de retornar à Terra

Uma cápsula espacial russa aterrissou neste sábado a cerca de 420 quilômetros de distância de seu objetivo no Cazaquistão, mas a primeira astronauta da Coréia do Sul e outros membros da tripulação estão bem.

A cápsula Soyuz pousou a oeste da área visada e perto de 20 minutos depois do horário marcado, após adotar a chamada "aterrissagem balística", disseram funcionários do setor espacial. Helicópteros de resgate russos se deslocaram rapidamente para o local.

A cápsula trazia Yi So-yeon, engenheira de nanotecnologia, de 29 anos, da cidade de Seul, a comandante norte-americana Peggy Whitson e o engenheiro de vôo russo Yuri Malenchenko.

A Soyuz é a cápsula espacial tripulada há mais tempo em uso. Foi uma versão anterior da nave, a Vostok, que levou o primeiro cosmonauta à órbita, em 1961.

A cápsula aterrissou distante do alvo por causa do procedimento de aterrissagem balística, adotado quando segue uma trajetória mais curta e abrupta para a terra, afirmou aos jornalistas Anatoly Perminov, chefe da Agência Espacial Federal da Rússia.

"A tripulação não informou que havia adotado o procedimento de aterrissagem balística no seu retorno", disse Perminov na coletiva de imprensa, acrescentando que o incidente será investigado.

Fonte: Reuters - Foto: AFP/AFP

Avião faz pouso de emergência no Peru após ameaça de passageiro

Homem ameaçou passageiros e tripulantes e tentou invadir a cabine do piloto.

Ele levava um canivete em sua mala.

Na foto, o avião da Aerocóndor que vinha de Arequipa, quando ocorreu o incidente

Um avião Boeing 737 da companhia aérea peruana Aerocondor fez um pouso de emergência neste sábado (19) no aeroporto internacional de Lima após um homem ameaçar passageiros e tripulantes e tentar invadir a cabine do piloto.

Fontes policiais revelaram que o passageiro, identificado como Wilbert Vivanco Farfán, de 47 anos, levantou-se de sua cadeira e tentou entrar na cabine quando faltavam 15 minutos para o avião aterrissar.

Wilvert Farfán afirmou que queria ler "um manifesto" e garantiu que só aceitaria falar com o presidente peruano, Alan García, e com um jornalista local conhecido.

Alertada sobre o seqüestro pelo piloto, a polícia deteve o passageiro quando a aeronave aterrissou. Não foi encontrado nenhum explosivo no avião, porém dentro da bolsa de Wilver Farfán foi encontrado um canivete.

Fonte: EFE - Foto: Diário La República Online

Foguete é lançado com satélite brasileiro

O Ariane-5 foi lançado na noite desta sexta (18), na Guiana Francesa.

Além do satélite brasileiro, outro vietnamita também foi colocado em órbitra.

O foguete Ariane-5 foi lançado na Guiana Francesa na noite desta sexta-feira (18) para colocar em órbita satélites de telecomunicações do Brasil e do Vietnã. O lançamento ocorreu na base espacial européia em Kouru.

Foguete é lançado para volocar em órbita satélites de telecomunicações do Brasil e do Vietnã (Foto: AFP/AFP)

Vinte e seis minutos após o lançamento, o foguete deixou na órbita preliminar o Star One C2, um satélite de telecomunicações da Embratel, com peso de 4,1 toneladas. Ele foi projetado para operar por 15 anos, com transmissões de televisão, internet de alta velocidade e repasse de dados na América do Sul, no México e na Flórida.

Cinco minutos após a separação do Star One, o foguete lançou o VINASAT-1, primeiro satélite de telecomunicações do Vietnã.

Lançamento deixa rastro luminoso no céu (Foto: AFP/AFP)

Fontes: G1 / Agências Internacionais

Viajando na velocidade do som

A uma velocidade muito superior à do som, o motor de um jato se torna inútil

Para voarem a velocidades subsônicas, os aviões a jato possuem motores de explosão e expelem gases queimados pelo escapamento, criando a propulsão. Mas quando um avião ultrapassa a velocidade do som, o aumento da propulsão não resulta do motor, mas da circulação de ar na câmera do motor e da posterior ejeção a grande velocidades dos gases queimados, através de um bocal na traseira do jato. Chama-se a isto motor de reação.

Vejamos o Concorde. Na decolagem, cada um dos seus motores produz 17.500 kg de impulso. A contribuição das câmaras do motor e do bocal de propulsão é quase nula. Mas assim que o avião atinge a velocidade do Match 2 ( duas vezes a velocidade do som ), só 30% da propulsão vêm do motor. O restante vem da reação provocada pela circulação de ar no interior das câmaras especiais do motor, o que se traduz na ejeção, a alta velocidade, da massa de gases queimados.

O detentor de todos os recordes


O Blackbird SR – 71 da força aérea dos EUA é outro avião supersônico que detém o recorde mundial de velocidade: 3.509 km/h. No máximo da velocidade ( Match 3,2 ), os dois motores deste avião fornecem apenas 17,6 % da propulsão total. A uma velocidade ligeiramente superior, a contribuição do motor será igual a zero e o ideal seria retirá-lo, pura e simplesmente.

No entanto, não é possível construir um avião propulsionado apenas por um motor de reação, pois tal aeronave nunca levantaria vôo.

Luz e som

Voando a uma velocidade três vezes superior à do som, a silhueta sombria deste Blackbird SR – 71 há muito terá desaparecido no horizonte quando as ondas sonoras por ele provocadas chegarem aos nossos ouvidos

Você Sabia...

que, no dia 14 de dezembro de 1986, o monoplano Voyager, concebido e pilotado por Dick Rutan e Jeana Yeager, decolou da base aérea de Edwards, na Califórnia, para o primeiro vôo ao redor do mundo sem escalas nem reabastecimento? Para percorrer aquela enorme distância, o Voyager teve de levar um estoque de 3.181 Kg de combustível. Mesmo com um motor extra, que forneceu a energia para a decolagem e depois foi desligado, o avião precisou de 4.300 m de pista para levantar vôo – mais do que um jumbo.

O Voyager completou seu vôo de 40.212 km no dia 23 de dezembro de 1986.

O precursor da Aerodinâmica

O sueco Emanuel Swedenborg, filósofo, místico, teólogo, e cientista do século XVIII foi o primeiro homem a conceber uma maquina voadora mais pesada que o ar, com um design realmente lógico, embora nem ele acreditasse que ela pudesse voar.

Swedenborg inspirou-se num incidente passado na cidade sueca de Skara, quando um estudante caiu da torre da igreja durante uma grande ventania e chegou ao chão ileso, sustentado pela capa, que funcionou como pára-quedas. Este episódio levou Swedenborg a calcular matematicamente os fundamentos do vôo.

Chegou a conclusão de que era preciso uma determinada área de “ vela ” para sustentar no ar o peso de um homem, e em 1794 desenhou um aparelho voador que constava de uma vela de pano estendida sobre o “ carro ” do piloto e umas asas em forma de remos que dariam um mínimo de movimento. A máquina seria levantada de um telhado, ou erguida pela força do vento.

A relevância da concepção de Swedenborg é o fato de ele ter percebido a importância do uso de materiais leves – cortiça de casca de bétula – e sua compreensão de que a maquina tinha de ser contrabalançada. Mas na realidade era mais um planador que um avião. E era completamente impraticável – aliás, ele sequer tentou construir um protótipo. Swedenborg rejeitava a idéia do vôo em balão porque o considerava antinatural.

O que é Mach?

"Mach" é a unidade de medida para a velocidade de um objeto com relação ao som (1Mach = 1 vez a velocidade do som).

Desde a década de 50, o homem conseguiu vencer a "barreira do som" e viajar mais rápido do que ele. O primeiro foi Charles 'Chuck' Yeager no avião XB-1 numa experiência militar dos EUA.

O ônibus espacial atinge quase Mach 25 (vinte e cinco)!

A imagem abaixo mostra um caça F/A-18 passando pela barreira do som. Pelo fato do ar estar comprimida a frente da aeronave, as moléculas de água permanece no estado gasoso e, a medida que elas viajam para trás, a pressão do ar diminui e formam uma núvem de condensação.

MIG 29 cai na Hungria. Piloto ejeta e sobrevive.

Um piloto escapou com lesões graves na tarde de quinta-feira (17) quando ele ejetou-se do cockpit de seu avião caça MiG-29, pouco antes de cair perto Kecskemet, na região central da Hungria, segundo o ministério da defesa húngaro.

O ministério disse que o avião de combate apresentou problemas quando se preparava para aterrissar na Base Aérea Szentgyorgyi Dezso e, em seguida, caiu em uma área desabitada.

"O piloto ejetou, e o seu estado é satisfatório e ele está em observação no hospital do Concelho de Kecskemet", informou o ministério da defesa.

O Ministro da Defesa Imre Szekeres foi ao local do acidente junto com as autoridades que estão investigando o acidente.

A Hungria já perdeu dois de seus caças MiG-29 em acidentes - um em 2005 e outro em 1998, quando o piloto morreu.

Fonte: APD

Não há sobreviventes no acidente na Guiné Equatorial

Um avião militar com destino à ilha de Annobon caiu ao largo da costa da Guiné Equatorial, no início desta semana com pelo menos 13 pessoas a bordo, incluindo oito funcionários do governo local, segundo informou a rádio estatal. Não houve sobreviventes.

Há sérias divergências sobre o número de ocupantes, girando de 11 a 80 pessoas a bordo.

O avião, um Antonov 32, mergulhou no mar na quarta-feira à tarde após ultrapassar a pista, segundo o relatório. O vôo era de transporte de passageiros de Bata, a segunda maior cidade do país, para a pequena ilha de Annobon, a cerca de 700 quilômetros do continente.

O número de pessoas a bordo ainda não está claro. Testemunhas disseram que no aeroporto havia pelo menos 80 pessoas para o vôo com destino a Annobon. Mas a rádio estatal relatatou que haviam 13 a bordo e os funcionários do governo disseram que haviam apenas 11 pessoas.

Informações do Ministro Santiago Nsobeya Efuman relatam que seis passageiros e cinco tripulantes estavam a bordo. Mais tarde, a rádio local relatou o encontro dos corpos de dois passageiros não registrados.

Um homem que disse ter falado com passageiros a bordo antes da decolagem do avião militar relatou ter contado "mais de 30" pessoas no avião. Ele pediu para não ser identificado por medo de enfrentar problemas em contrariar o governo.

Um funcionário do aeroporto em Bata disse que "mais de 80" pessoas eventualmente podem ter embarcado no avião.

Fonte: Associated Press / Site Desastres Aéreos