terça-feira, 22 de janeiro de 2008

TAM encomenda à Airbus 22 aparelhos A350; 4 do tipo A330-200 e 20 A320

A companhia aérea brasileira TAM, principal cliente da Airbus na América do Sul, assinou um contrato de encomenda firme de 22 aparelhos de longa distância A350 XWB, de quatro A330-200, também de longa distância, e de 20 aparelhos de média distância A320, informou o construtor europeu em comunicado nesta segunda-feira.

Não foi indicado o montante dos contratos mas, com base nos preços do catálogo, totalizaria cerca de 7 bilhões de dólares.

A TAM havia assinado uma carta de intenção para a compra de A350 em junho de 2007.

Com este contrato, a TAM, com sede em São Paulo, torna-se no "principal cliente dos A350 XWB", indicou a nota da Airbus.

"Sentimo-nos orgulhosos de que TAM (...) seja o cliente de lançamento na América do Sul de nosso último programa, o A350 XWB", afirmou John Leahy, chefe do escritório de clientes da Airbus.

O presidente da TAM, David Barioni Neto, afirmou que os "A350 XWB oferecerão comodidade sem igual e ao mesmo tempo gastos mais baixos".

"Assim, ganhamos em profissionalismo e 'savoir-faire'", destacou o empresário, acrescentando que com estes aparelhos, a companhia continuará "de forma brilhante o desenvolvimento já obtido com nossos A330 e A320".

A TAM já conta com 102 aparelhos Airbus (15 do tipo A319, 70 do A320, três A321, 12 A330-200 e dois A340-500).

Fonte: France Presse

OceanAir oferecerá conexões para cidades do México

A OceanAir informou hoje que firmou um acordo com a companhia aérea Mexicana para oferecer conexões aos seus passageiros no México. Entre as cidades atendidas estão Acapulco, Cancún, Guadalajara, Mérida, Monterrey, Vera Cruz e Villa Hermoza.

A empresa informa ainda que os passageiros que vierem de Fortaleza, Cuiabá, Curitiba, Foz do Iguaçú, Maceió, Natal, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, entre outras cidades, e que têm como destino o México, poderão usufruir de hospedagem gratuita em São Paulo, sem custo adicional ao valor da passagem. A diária em hotel começa às 14 horas da véspera do embarque (extras com alimentação e bebidas correm por conta do passageiro).

A OceanAir estreou em 2007 sua trajetória em rotas internacionais com vôos para a Cidade do México. O vôo é realizado com o Boeing 767-300R, com capacidade para 206 lugares. Atualmente, a empresa oferece cinco vôos por semana, exceto às quartas-feiras e aos sábados, todos partindo de Guarulhos.

Fonte: Agência Estado

Informe preliminar sobre o acidente com o Boeing 777 em Londres

Fotos dos rotores dos motores Rolls-Royce Trent 800 do Boeing 777 acidentado em Heathrow, mostram diferencias importantes.

O rotor do motor esquerdo está bastante danificado, falta pelo menos uma palheta completa e outras aparecem quebradas pela metade, o que indica que o motor estava funcionando e gerando algum impulso no momento do impacto.


Já o rotor do motor direito está em melhor estado, todas as palhetas estão no lugar e sem muitos danos, o que indica que o motor não estava funcionando quando bateu no chão (foto abaixo).


As fotos mostram também a RAT fora da fuselagem, mas ainda não foi estabelecido se estava funcionando. A RAT é ligada automaticamente no caso de falha elétrica, mas também pode ser ligada manualmente pela tripulação (foto abaixo).



Os investigadores analisaram um filme amador e disseram que a aeronave voava com um ângulo de ataque muito íngreme, com os flaps estendidos somente 20º, e que a tripulacao abaixou o trem de pouso quase no último momento antes do toque. Testemunhas disseram que a aeronave voava muito perto da velocidade de estol.

Fonte: Flight Global

Caças britânicos interceptam dois aviões russos perto de seu espaço aéreo

O Tupolev Tu-160 é um bombardeiro pesado supersônico desenvolvido pela antiga União Soviética

Vários caças da Força Aérea Britânica (Royal Air Force, RAF) interceptaram hoje dois bombardeiros russos que se aproximavam do espaço aéreo do Reino Unido, informou o Ministério da Defesa do país.


Os dois aviões Tu-160 russos foram escoltados por caças britânicos e noruegueses até que se afastassem em direção ao Golfo da Biscaia, onde navios da Marinha russa se encontram atualmente fazendo manobras para testar mísseis estratégicos.

"Quando há aviões militares nos arredores (do espaço aéreo britânico), os controlamos", afirmou um porta-voz do ministério, que acrescentou que a reação dos caças britânicos não foi nada além de uma resposta de "rotina".

Desde julho, a RAF mobilizou em várias ocasiões aviões de guerra para interceptar bombardeiros russos.

Em agosto, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o reatamento de "forma permanente" dos vôos dos bombardeiros estratégicos russos, suspensos desde 1992.

Estas manobras coincidem com o pior momento das relações entre Londres e Moscou desde a Guerra Fria, devido, em parte, ao assassinato do ex-espião russo Alexander Litvinenko em novembro de 2006 na capital britânica.

A tensão bilateral aumentou na semana passada, quando o Reino Unido precisou fechar duas sedes regionais do British Council - organismo de promoção da cultura britânica - após denunciar uma "campanha de intimidação" por parte das autoridades russas.

O ministro de Assuntos Exteriores britânico, David Miliband, disse que os "reprováveis" atos da Rússia contra o British Council são "uma mancha" em sua reputação internacional.

Fonte: EFE - Foto: 3cat24.com

Gulf Air fecha contrato para 16 aviões Boeing 787 Dreamliner

A empresa aérea do Bahrein Gulf Air fechou contrato com a Boeing para a compra de 16 aviões 787 Dreamliner, além de 8 opções. Caso a empresa venha a adquirir todas as 24 aeronaves, o valor total do negócio, a preços de tabela, pode chegar a US$ 3,9 bilhões.

A Gulf Air tem sido a principal operadora no Oriente Médio por mais de meio século, disse o vice-presidente de Vendas para o Oriente Médio da Boeing, Marty Bentrott. Esperamos ajudar a Gulf Air revitalizar sua frota com a economia superior e o conforto para os passageiros que o Dreamliner vai oferecer, completou.

No ano passado, a empresa do Bahrein realizou uma análise extensiva dos novos 787, segundo informou a Boeing. A escolha foi feita com base na economia de combustíveis, baixo custo de manutenção e alto grau de conforto no interior da aeronave, disse a fabricante.

Como a pedra angular de nossa frota, o 787 vai ajudar a restabelecer a predominância da Gulf Air dentro do Golfo Pérsico, disse o executivo-chefe da empresa, Bjorn Naf. Nossa meta é aumentar a eficiência e lucratividade da empresa, e selecionamos o 787 para ser o núcleo de nossa frota para que a próxima geração atinja as expectativas tanto de nossos passageiros quanto de nossos acionistas, afirmou.

No total, o programa do 787 da Boeing já comercializou 857 aeronaves para 56 clientes desde seu lançamento, em 2004. Com esses números, o avião já é o modelo de maior rapidez de venda da história.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Avião de passageiros sai da pista após aterrissar em Moscou

Um Tu-204 semelhante ao do acidente em Moscou

Um avião Tu-204 com 153 pessoas a bordo saiu da pista após aterrissar hoje no aeroporto Vnukovo, em Moscou, mas não houve vítimas ou danos na aeronave, informou o Ministério para Situações de Emergência russo.

O acidente, que aconteceu às 3h50 (22h50 de Brasília da segunda-feira), levou ao fechamento do aeroporto durante pouco mais de uma hora, o tempo necessário para retirar os passageiros e rebocar o aparelho até a zona de estacionamento dos aviões, disse um porta-voz do ministério à agência "Interfax".

O avião, de fabricação russa e pertencente à companhia aérea Avialinii 400, fazia a rota entre a cidade turca de Istambul e levava a bordo 144 passageiros e nove tripulantes.

"Segundo dados preliminares, o incidente foi devido às más condições meteorológicas", disse o representante do ministério, que ressaltou que as causas da saída do avião da pista serão estabelecidas por uma comissão de investigação.

Fonte: EFE - Foto: Wikipédia

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Conac determina a volta de conexões em Congonhas

A medida ainda autoriza vôos charter e de fretamento aos sábados e domingos.

As novas regras deverão estar em vigor a partir de 16 de março.

O Conselho de Aviação Civil (Conac) baixou resolução, publicada nesta segunda-feira (21), no Diário Oficial da União, determinando à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que regulamente a volta de vôos regulares com escalas e conexões, no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

A medida ainda autoriza a operação de vôos charter e de fretamento aos sábados, no horário das 14h às 22h45 e aos domingos entre 6h e 14h. A determinação ainda impõe à Anac a fixação de padrões de segurança, limites de capacidade operacional e autorizações, dentro dos limites, para aquele aeroporto. As novas regras, segundo a resolução, deverão estar em vigor a partir de 16 de março.

Fonte: G1

Ultraleve cai no norte de MT e duas pessoas morrem

Foto: Aparício Cardoso (Show de Notícias)

Duas pessoas morreram após a queda de um ultraleve, modelo avançado, Z-Rans S-6ES/TD Coyote II, prefixo PU-AFQ, em Juara (308km de Sinop), por volta do meio-dia.

O avião havia decolado do aeródromo - aproximadamente 5km da cidade - e pouco tempo depois caiu em uma fazenda.

O proprietário Mauro Frizon (pecuarista, que também tinha brevê) e Eduardo Rodrigues (instrutor de vôo, com 25 anos de experiência) morreram praticamente na hora.

De acordo com o comandante da Polícia Militar da cidade, major Ademar Nascimento, as causas ainda são investigadas.

A aeronave caiu de bico no barranco de uma represa localizada aos fundos do aeroporto. Testemunhas informaram que o piloto ainda tentou fazer pouso forçado, mas, sem sucesso.

Os corpos das vítimas estão em uma funerária e ainda não foram confirmados os horários dos sepultamentos, ou se alguma das vítimas será trasladada para outra cidade. Mauro era empresário no município e diretor da Acrivale.

Em 2007, dois aviões de pequeno porte cairam em Mato Grosso. Na região do Manso, seis pessoas morreram e em Santo Antônio uma pessoa morreu após o avião cair e pegar fogo.

Fontes: Álvaro Sauer / Só Notícias / O Documento - Foto 2: Marcelo Guedes

Monomotor cai em Osório, no RS e piloto morre

Acidente com avião que realizava serviços de publicidade causou a morte do piloto


Piloto teria informado a torre sobre problemas na aeronave antes de cair

Foto: Juan Barbosa

Um avião monomotor caiu, às 11h15min, em cima da mureta que separa os quintais de duas casas na Rua Barra do Ouro, no bairro Primavera, em Osório, no Rio Grande do Sul. A asa chegou a tocar a parede da casa, mas não houve grandes danos materiais. No momento do acidente, não havia ninguém na residência.

O piloto Rodrigo Lucimar Wasen, 32 anos, natural de Novo Hamburgo, RS, havia informado à torre de comando que estava com problemas no motor da aeronave Piper PA-18 de prefixo PT-CBO e que tentaria fazer um pouso de emergência.

Após dois minutos de vôo, o avião, que realizava serviço de carregar faixas publicitárias pelo litoral gaúcho, caiu.

O piloto Wasen morreu no acidente.

Moradores alegam ainda que teriam ouvido o motor da aeronave ligar e desligar diversas vezes.

Após a queda, oficiais de resgate ainda tiveram que conter um vazamento de combustível de dois tanques. O local foi isolado.

Segundo os bombeiros que atenderam a ocorrência, ninguém mais ficou ferido.

Fontes: Diversos Jornais do RS

Choque de dois aviões mata cinco na Califórnia

Policial caminha ao lado de asa de avião acidentado, em Corona (Foto: AP)

Pelo menos cinco pessoas morreram neste domingo (20) quando dois pequenos aviões Cessna se chocaram no ar nos arredores de Los Angeles, Estado da Califórnia, informaram fontes oficiais. A colisão ocorreu quando as aeronaves sobrevoavam o subúrbio de Corona, cerca de 40 km a leste de Los Angeles, disse o porta-voz da Administração Federal da Aviação (FAA), Allen Kenitzer.


Um dos aviões, um Cessna 172, está registrado em nome de William A. Reinke do La Habra, Calif. O outro, um Cessna 150, está registrado em nome da Air Corona, Inc., baseado em Dover, Delaware.

Os escombros também caíram sobre várias concessionárias de veículos, indicou Kenitzer. As vítimas não foram identificadas e as autoridades informaram que as causas do acidente ainda são desconhecidas.

Fonte: EFE / ABC

Reencontro: Tragédia na Floresta Amazônica

Assista a reportagem do Fantástico "Reencontro emocionado"

Fevereiro de 1968. Um hidroavião catalina da Força Aérea Brasileira sobrevoa a Floresta Amazônica. A bordo, 44 pessoas - 38 passageiros e seis tripulantes.

“Eu ia para o Acre, com minhas duas filhas, a de cinco meses e uma de um ano”, conta a aposentada Maria Édna Oliveira.

O trajeto do avião: do Forte Príncipe da Beira, um pelotão do Exército, em Roraima, para a cidade de Guajará-Mirim. De repente, um dos motores começa a falhar e o avião cai em região de mata fechada.

“Quando acordei, minha filha de um ano estava perto de mim, mas a de cinco meses não”.

Quatro passageiros morrem. Para os 40 sobreviventes, começava um drama que marcaria para sempre a vida de todos.

“Um garoto que sobreviveu estava bastante ferido nas pernas e à noite as formigas o atacavam. Ele reclamava, pedia ao pai pra fazer alguma coisa, mas o pai também não conseguia fazer”, lembra Lauro Eduardo Souza Pinto, piloto do avião.

“Tinha gente com perna quebrada, bacia quebrada, fêmur quebrado, coluna quebrada. Tinha gente com ferimentos generalizados e tinha gente perfeitamente sã”, conta Jadir Camops Albuquerque, co-piloto.

Jadir e Lauro eram os dois jovens pilotos do catalina. A passageira Maria Édna tinha apenas 18 anos. Nas revistas e jornais da época, a guerra do Vietnã era assunto de todo dia. Mas o desastre de Roraima também ganhou destaque.

O caso mais comentado na imprensa era o de dona Maria Édna, a jovem mãe que conseguiu sobreviver com as duas filhas pequenas. Na queda, Simone, de cinco meses, havia sido jogada para fora do avião.

“Ouvi o choro muito distante. Comecei a gritar quando eu não vi minha filha. Aí eu disse que era minha filha, e o rapaz foi lá apanhar”.

Os sobreviventes passaram dois dias e duas noites na selva, rezando para serem localizados pelos aviões de salvamento.

“As saúvas comeram toda a minha roupa no meu corpo. Aí um soldado me deu a camisa dele. A gente já estava com 24 horas, tava só de calcinha porque era muita saúva no meu corpo. E não dava tempo, porque eu tirava das meninas e esquecia de mim. Eu cuidava muito bem delas, fiz o que pude, parece que eu tava anestesiada”.

O soldado que deu a própria camisa para dona Maria Édna e ajudou a cuidar dos feridos até hoje é lembrado como um herói.

“Esse soldado ajudou muito. Ele cortava o cipó e botava as gotinhas na boca das meninas, aquela água bem roxinha do cipó”, conta Maria Edna.

O Fantástico foi encontrar Francisco Martins do Nascimento, o soldado Leão, em Guajará-Mirim, onde vive com a família. Aos 60 anos de idade, tem oito filhos, 21 netos e oito bisnetos. Até hoje ele se emociona ao recordar o drama da jovem mãe.

“Essa senhora dizia pra mim só assim: ‘Leão, Leão, salva minha filha, eu sei que eu vou morrer, mas salva minha filha’”.

O avião foi localizado, no dia 10 de fevereiro de 1968, graças às fogueiras feitas pelo soldado Leão.

“O avião passou já olhando pra gente, acenando. Foi uma gritaria, foi uma alegria tão grande...”, conta o solado.

“Estávamos voando mais ou menos há uma hora, uma hora e pouco, e nós vimos uma fumaça pelo lado esquerdo, se elevando da floresta. Nesse momento nós tivemos certeza que era o avião”, recorda o coronel Torres Júnior, piloto do avião de busca.

O helicóptero do Pára-Sar, serviço de salvamento e resgate da Aeronáutica, foi logo acionado. Alguns soldados desceram e abriram uma clareira na mata para o aparelho pousar.

“No momento em que nós providenciamos o resgate, nós demos prioridade a essa criança que tinha cinco meses. Me parece que foi a primeira a ser içada pelo guincho do helicóptero”, diz Doc Santos, médico da operação de resgate.

Ainda hoje o coronel Jadir lembra, impressionado, da reação de dona Maria Édna, no momento em que a filha de cinco meses foi resgatada.

“Ela entregou a criança nos braços de alguém e desmaiou”.

Quarenta anos depois, o ex-piloto ainda quer terminar uma última missão.

“Faz parte do meu projeto de vida localizar essa criança e eu acho que vou localizar”.

Demorou muito tempo, mas finalmente chegou a hora.

No aeroporto de Brasília, dona Maria Édna chega para o encontro com a filha Simone, o bebê que tinha cinco meses em 1968. Hoje ela tem três filhos e mora em Itapema, Santa Catarina.

Logo depois chega o coronel Jadir, que mora no Recife.

“A minha vida toda eu comecei a acreditar que não era verdade e sim era um sonho, não tinha acontecido”, diz Simone Castro de Azevedo, filha de Maria Édna.

“Sua imagem nunca saiu da minha cabeça. Você me ajudou muito, muito obrigada, nas minhas orações eu nunca esqueci”, diz Maria Édna para o soldado Leão.

Simone fica impressionada ao ver, pela primeira vez, a foto do momento do resgate.

Esquecido durante tantos anos, o soldado Leão não tem, na sua ficha de serviço, nenhuma referência ao episódio de 68. Mas diz que, ainda assim, se sente recompensado.

“O maior estímulo disso tudo é saber que pelas minhas ações eu sou amado, eu sou admirado, eu sou respeitado. Então eu acho que esse é o melhor presente para o ser humano”.

Fonte: Fantástico - 20/01/08 (TV Globo)

Problema em avião termina em discussão a bordo

Passageiros se recusaram a decolar com problemas e desceram da aeronave. Minutos depois da decolagem, piloto fez pouso de emergência e dois pneus estouraram.

Problemas em um avião Boeing 767 da United Airlines causaram transtorno a passageiros e funcionários do aeroporto do Galeão, no Rio, na madrugada deste domingo (20). Segundo relato de passageiros a funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), houve discussão a bordo e viajantes quiseram descer do avião. A aeronave decolou, mas teve que fazer pouso de emergência. Na manobra, dois pneus estouraram.

Ainda de acordo com os relatos dos passageiros, a aeronave iria seguir rumo a Nova York, nos EUA, quando o comandante falou aos passageiros que teriam tido um problema de motor, mas que, por já ter sido resolvido, poderiam continuar a viagem.Com medo, um grupo de passageiros levantou pedindo para descer, se recusando a permanecer a bordo. Houve discussão com a equipe de bordo e uma aeromoça e dez passageiros desceram do avião, que seguiu viagem.

Dois pneus furados

Poucos minutos depois de levantar vôo, o piloto percebeu um problema na turbina e pediu permissão à torre de controle para retornar ao Galeão. Como havia fumaça a bordo, o comandante resolveu pousar imediatamente a aeronave, contrariando uma medida padrão que exige que os aviões gastem combustível antes de descer. Na descida, com a aeronave ainda pesada para a manobra, dois pneus estouraram.

Segundo funcionários da Anac, o mesmo vôo já havia sido cancelado no dia anterior por problemas técnicos.O caso foi registrado na Polícia Federal do aeroporto e na Anac. O G1 tentou entrar em contato com a United Airlines, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: G1

Infraero garante entrega de documentos na quarta

Os familiares das vítimas colocaram flores no local onde ficava o prédio da TAM Express


A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) garantiu na noite deste domingo que entregará na próxima quarta-feira os documentos que faltam para a conclusão do inquérito que apura as responsabilidades pelo acidente com o Airbus da TAM. O prazo está dentro do limite determinado pela polícia, segundo a Infraero. A garantia foi dada após o protesto de familiares das vítimas na tarde deste domingo no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a procuradora-geral da empresa comparecerá ao 27° Distrito Policial (Campo Belo) pessoalmente para fornecer a documentação complementar solicitada pela investigação policial.

A Infraero não esclareceu quais documentos lhe cabe fornecer à polícia, mas o delegado que preside o inquérito disse na semana passada que faltava à empresa, entre outras coisas, apresentar o responsável pela liberação da pista de Congonhas no dia 17 de julho.

Fonte: Terra - Foto: Hermano Freitas

domingo, 20 de janeiro de 2008

TAM: familiares de vítimas pedem justiça e verdade

Familiares protestam no saguão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo

Passageiros que aguardam por embarque no saguão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, aplaudiram na tarde deste domingo a manifestação promovida pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do acidente com o Airbus A320 (Afavitam). Com alto-falantes e faixas, os parentes das 199 vítimas fatais do acidente, ocorrido em 17 de julho de 2007, pediram a elucidação das causas do acidente e gritaram em coro "justiça e verdade".

O primeiro-secretário da Afavitam, Christophe Haddad, questionou a segurança das pistas do aeroporto. "A pista deste aeroporto está encharcada depois de dois dias de chuva. Você confia que alguma autoridade com competência técnica tenha inspecionado as condições da pista?", perguntou. "A pista continua uma armadilha para todos", disse.

Faixa criticou órgãos do governo federal, o presidente Lula e empresas privadas

Em cerca de 200 pessoas, segundo a Afavitam, a multidão de familiares fechou por dez minutos o check in da TAM. Os manifestantes pediram também que um representante da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) viesse ao saguão para que o manifesto fosse entregue a eles. Apenas um funcionário da Infraero atendeu o pedido.

Haddad afirmou ainda que, entre os objetivos da manifestação, está o de conscientizar os passageiros do perigo de viajar de avião no Brasil. "Os usuários têm todo o direito de saber como está a situação", explicou.

Manifestantes carregaram alto-falantes e faixas

O presidente da Afavitam, Dario Scott, definiu o protesto como única forma de conseguir fazer com que a investigação evolua. "Eu não queria vir fazer uma manifestação, mas essa é a única forma de fazer as coisas andarem", disse.

Muitos parentes e amigos se emocionaram por estar no local onde morreram as 199 pessoas

Os familiares se reuniram no saguão e muitas pessoas aderiram ao protesto. Curiosos tiraram fotos e acompanharam a manifestação. Depois do minuto de silêncio em frente ao balcão de check-in da TAM, parte dos familiares cantou o hino do Rio Grande do Sul.

Fonte: Terra - Fotos: Hermano Freitas

Presidente da TAM ouve queixas de familiares de vítimas em encontro

Assista a reportagem da Globonews

O presidente da TAM, David Barioni Neto, esteve na noite deste sábado (19) no encontro dos familiares das vítimas do vôo JJ 3054, que acontece neste fim de semana em um hotel na Zona Sul de São Paulo. De acordo com a assessoria da TAM, ele tirou dúvidas dos familiares sobre as indenizações e o andamento das investigações. O acidente ocorrido em 17 de julho de 2007 matou 199 pessoas.

Barioni chegou ao hotel por volta das 18h30 deste sábado (19). A intenção do presidente, de acordo com a assessoria da TAM, era estreitar relações com os familiares das vítimas, já que ele assumiu o cargo no final do ano. Ele ouviu queixas dos familiares e pediu que fosse iniciada uma nova etapa entre as partes.

Um dos pontos de discussão foi a criação da Câmara de Conciliação de Negociação das Indenizações, uma das reivindicações das famílias. O presidente da TAM disse julgar interessante a proposta, cujas negociações estariam adiantadas. Para a instalação, faltariam apenas detalhes técnicos, de acordo com a empresa. O presidente da TAM também explicou que a companhia aérea pagará as indenizações a todos os familiares, independente se houve culpa por parte dela no acidente.

De acordo com a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), os familiares cobraram do presidente maior segurança nos vôos. David Barioni Neto respondeu, ainda segundo a associação, que uma prova da preocupação com a segurança é que o presidente da empresa é um comandante de aeronaves.

Investigações

O foco principal do 5º encontro organizado pelos familiares de vítimas do acidente da TAM será o andamento das investigações. Passados seis meses desde que o Airbus A-320 se chocou contra um prédio após pouso frustrado, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a polícia ainda não apontou os possíveis culpados pela maior tragédia da aviação brasileira.

“Vamos discutir o que fazer para que a Anac, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e a Infraero entreguem os documentos que faltam à polícia. O governo federal se acha no direito de ignorar ordens judiciais expedidas por magistrados de São Paulo”, afirmou Christophe Haddad, referindo-se aos pedidos da Justiça de relatórios e informações sobre o caso.

Haddad, que perdeu a filha Rebeca, de 14 anos, é o primeiro-secretário da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do Vôo TAM JJ 3054 (Afavitam). Segundo ele, até os parentes dos 199 mortos no acidente estão ajudando na investigação, buscando, inclusive, dados no exterior.

“Buscamos lá fora, na França, os manuais do Airbus A-320. A própria polícia pediu que pressionássemos as autoridades”, disse Haddad. Uma deputada francesa se interessou pelo caso e também se dispôs a auxiliar o grupo.

Fonte: G1

sábado, 19 de janeiro de 2008

Acidente aéreo mata 12 pessoas em Angola


Assista a reportagem da RTP
Um avião bimotor King Air B 200 com doze pessoas a bordo, incluindo seus tripulantes, caiu neste sábado (19) na região centro ocidental de Angola, em um acidente que não deixou sobreviventes, segundo a "Rádio Nacional", que cita fontes da aviação civil.

O aparelho havia decolado às 7h45 (4h45 de Brasília) de Luanda com destino a Huambo, capital da província de mesmo nome, e devido ao mau tempo na região se chocou contra uma montanha.

Segundo porta-vozes da Empresa Nacional de Navegação Aérea, aeronaves da Força Aérea Angolana assumiram as operações de resgate das vítimas.

Entre as vítimas está o empresário Valentim Amões, presidente do grupo angolano que leva seu nome e reúne empresas nas áreas da construção, aviação, hotelaria e do transporte terrestre de passageiros e carga.

As duas vítimas de nacionalidade portuguesa são os empresários Vasco Mendes de Almeida e Nuno Marques.

A mesma responsável revelou, ainda, os nomes dos demais passageiros do aparelho, todos de nacionalidade angolana: Isabel Cheia, António Cheia, Edson Nunda, Cláudia Lele, Dionísi e Sílvio da Costa Amões e Elinda Cacinda.

Helicóptero da Força Aérea cai durante operação de resgate

Durante as primeiras operações de busca, no início da tarde, um helicóptero da Força Aérea de Angola acabou por cair no Huambo.

O acidente não fez qualquer vítima fatl, registrando apenas dois feridos leves - os pilotos do aparelho, que foram assistidos no hospital do Huambo.

A bordo do helicóptero seguiam mais cinco pessoas, incluindo dois jornalistas da Televisão Pública de Angola.

O resgate das vítimas do acidente com o avião foi concluído e os corpos já chegaram a Huambo.


Fontes: UOL / RTP (Rádio e Televisão de Portugal)

Avião da Vietnam Airlines viaja com centenas de serpentes a bordo

A aventura protagonizada por Samuel L. Jackson no filme "Serpentes a Bordo" teria se tornado realidade em um avião da companhia Vietnam Airlines se as centenas de serpentes vivas que viajavam clandestinamente em um de seus vôos tivessem escapado.

Os agentes alfandegários do aeroporto vietnamita de Hanói ficaram surpresos ao descobrir que as 60 caixas que carregavam o rótulo de "peixe fresco", e que pouco antes tinham sido descarregadas da adega da aeronave, continham mais de uma tonelada de serpentes, enroscadas umas nas outras.

"É uma quantidade assustadora de serpentes", disse o chefe da Alfândega do aeroporto, Dan van Lien, incapaz de especificar o número de répteis após a primeira olhada que seus agentes deram nas caixas que deveriam conter peixes.

Os répteis foram descobertos na última quinta-feira durante uma inspeção rotineira da carga do vôo VN-830 que chegou no dia anterior procedente de Bangcoc com várias centenas de passageiros que desembarcaram sãos e sem saber da bagagem inusitada que o avião carregava.

"Quem sabe o que teria ocorrido se elas tivessem escapado e se arrastado por todo o avião enquanto esse estava em pleno vôo?", questionou Lien.

Nas caixas havia serpentes que pesavam desde 200 gramas até 3 quilos, muitas delas venenosas, e todas enroladas em pequenas bolsas de plástico contendo água ainda fria para tentar mantê-las vivas.

A carga venenosa estava acompanhada de uma declaração de alfândega que mencionava um endereço confuso e tinha um número de telefone, dados que estão sendo investigados pelas autoridades.

Os répteis, entre os quais há várias cobras, tentam sobreviver agora no Centro de Resgate de Animais de Soc Son, nos arredores de Hanói.

As autoridades acreditam que se tratava de um novo caso de contrabando de serpentes destinadas a suprir o apetite voraz dos fãs de carnes exóticas que são servidas em restaurantes especializados do Vietnã, da China e de outros países da Ásia.

Em dezembro, os agentes alfandegários do mesmo aeroporto tiveram uma surpresa parecida ao descobrir entre a carga deixada por um avião da companhia Thai Airways International, procedente de Bangcoc, várias caixas que continham cerca de 700 serpentes venenosas.

Os animais já estavam mortos e também haviam sido rotulados como "peixe fresco".

Os jornais locais informaram então que após esperar por alguns dias que o receptor da carga enviada a partir da capital tailandesa aparecesse, os agentes alfandegários abriram as caixas, alarmados com o fedor que desprendiam.

"É óbvio que no aeroporto de Bangcoc existem alguns problemas com a inspeção da carga", disse à imprensa o porta-voz da Vietnam Airlines, Trinh Ngoc Thanh.

Dias antes, a companhia aérea havia cancelado um de seus vôos para a cidade de Danang, no centro do país, ao encontrar um escorpião venenoso no avião pouco antes de esse decolar.

Felizmente, ao contrário do filme "Serpentes a Bordo", os répteis venenosos não escaparam de seus contêineres.

Na produção de 2006, as serpentes tinham sido embarcadas no avião para matar a testemunha de um assassinato de um famoso promotor de Los Angeles que viajava nesse vôo comercial.

No filme, as serpentes alcançaram parcialmente seu objetivo, já que mataram um bom número de passageiros.

Fonte: EFE

SP tem curso anti-seqüestro de aeronaves

"O Brasil pode não ter terrorista, mas ninguém está livre de um maluco", diz coordenadora. Pilotos, comissários de bordo, funcionários de check in e estudantes são público-alvo.

Instrutor ensina a diferenciar passageiro nervoso do agressivo (Foto: Patrícia Araújo/G1)

“O Brasil pode não ter terrorista, mas ninguém está livre de um maluco.” Foi com essa frase que a coordenadora de cursos do Centro Educacional de Aviação do Brasil (Ceab), Mércia Gagliardo, justificou a criação de um curso anti-seqüestros de aeronaves do país, que começou nesta sexta-feira (18) na Zona Oeste de São Paulo. Segundo ela, o curso é inédito.

Segundo Mércia, a idéia do curso surgiu quando jornalistas pediram autorização da direção do Ceab para utilizar um simulador de aeronave. “Eles vieram fazer uma reportagem com um ex-comissário de uma grande companhia aérea que morou três anos em Israel e falou sobre técnicas anti-seqüestro em aviões”, conta. Ao assistir a gravação, os diretores ficaram interessados no assunto e, após algumas conversas com o ex-comissário, decidiram montar o curso.

“Precisamos nos adequar à nova realidade do mundo”, diz. A coordenadora adianta, porém, que o objetivo do curso não é formar super-heróis. “O intuito não é formar comissário herói. Queremos que os profissionais saibam liderar numa situação de risco. Eles precisam saber diferenciar, por exemplo, um passageiro hostil de um passageiro com medo, porque em alguns casos eles podem ter as mesmas reações agressivas.”

Deficiência de mercado

O ex-comissário de bordo e instrutor do curso, Daniel David Horsky, de 30 anos, conta que foi a deficiência no mercado que motivou a idealizar o curso. "No Brasil já teve caso de gente que tentou seqüestrar aeronave. Vários. As empresas abafam e a população não fica sabendo. Mas ninguém está livre do ataque de um lunático", afirma.

Horsky conta que foi comissário de bordo no Brasil por quase dois anos, logo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Ele notou que a aviação brasileira não estava nem um pouco preparada para qualquer tipo de ataque terrorista e decidiu se especializar nesse tipo de defesa. Por ter dupla nacionaonalidade, ele foi para Israel e aprendeu algumas técnicas junto ao exército daquele país.

Na volta para o Brasil, trocou experiências com policiais e desenvolveu o curso. "O curso foi criado para a realidade do Brasil", disse.

Diferencial

Para os cerca de 30 alunos da turma noturna, uma das grandes motivações para fazer o curso é o diferencial que ele pode representar no currículo. "Fiquei interessada logo quando soube. Acho que esse curso é fundamental na situação que a gente vive hoje. Principalmente para quem quer trabalhar fora do Brasil", afirma a estudante Mayra Frati, de 19 anos, comissária de bordo formada.

Wellington Steffen, de 24 anos, outro aluno, concorda e acredita que o curso seja uma boa especialização para quem quer seguir carreira na área de segurança de vôo. "Vou trabalhar com segurança de vôo. O curso ensina técnicas que a gente realmente precisa conhecer", disse.

Dinâmica do curso

Para combater as situações desse tipo de risco, de acordo com Mércia, serão ensinadas várias técnicas, inclusive de imobilização. Entre as disciplinas que serão ensinadas estão: análise de pontos fracos em segurança, medidas e atitudes contra seqüestros, linguagem do corpo, interpretação e identificação de suspeitos e estudo e análise de ocorrências no Brasil e no mundo. Tudo ilustrado com vídeos e fotos.

O curso de extensão tem carga horária de 12 horas, distribuídas em quatro aulas ministradas sempre às sextas-feiras em duas turmas, uma com aulas das 9h às 12h e outra com turno das 19h30 às 22h30. O público-alvo são pilotos, comissários de bordo, funcionários de check in e estudantes. Mas as aulas também são abertas a outros profissionais que trabalham em contato direto com a população, como funcionários de lojas e agências bancárias.

De acordo com Mércia, a procura foi tão grande que todas as 60 vagas das turmas que começaram nesta sexta já foram preenchidas. A expectativa é que, tão logo termine o período deste curso, uma nova turma seja aberta.

Serviço:

Centro Educacional de Aviação do Brasil (Ceab)
Tel: (11) 3081.4949
Valor do curso: R$ 150
Vagas esgotadas.

Fonte: G1

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Justiça tira mais quatro aviões da VarigLog

Proprietária das aeronaves pediu devolução por falta de pagamento. Ainda cabe recurso, mas a companhia não quis se pronunciar sobre o caso.

A companhia aérea cargueira VarigLog corre o risco de perder quatro aviões Boeing 757-200 por falta de pagamento dos aluguéis. O fato evidencia os problemas financeiros da empresa, que vêm se agravando desde que seus sócios entraram em rota de colisão no ano passado.

Nesta quinta-feira (17), a Justiça paulista determinou a reintegração de posse dos quatro aviões à Wells Fargo, a proprietária dos equipamentos. A empresa já conseguiu retomar uma outra aeronave do mesmo modelo em Miami, no mês passado. No Brasil, ela entrou com ação para a reintegrar os outros aviões no início de dezembro e obteve decisão favorável em primeira instância.

A VarigLog entrou com recurso e suspendeu a decisão temporariamente. Na quinta, esse recurso foi julgado e indeferido pelo desembargador Ruy Coppola, de forma que a primeira decisão da Justiça foi revalidada. Ainda cabe recurso à VarigLog, mas a companhia não quis se pronunciar sobre o caso.

Dívidas

Segundo os advogados da Wells Fargo, Marcus Matteucci Gomes e Joel Thomaz Bastos, do escritório Felsberg e Associados, a VarigLog deve mais de US$ 3,5 milhões referente a três meses de aluguel. A expectativa é que os aviões sejam retomados nas próximas semanas após os trâmites burocráticos, afirmam os advogados.

Os modelos 757 já deixaram de ser fabricados mais ainda assim são os mais modernos da atual frota de 18 aeronaves da VarigLog. A companhia tem ainda outros dois aviões desse modelo, dois MD-11, quatro DC-10 e seis 727, além de oito aviões de pequeno porte. De todos esses, os 757 são os mais econômicos.

A situação financeira da VarigLog já não estava boa nos últimos anos, mas agravou-se com a briga entre os sócios que a controlam: o fundo americano MatlinPatterson e os brasileiros Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Eduardo Gallo. O fundo detêm 20% das ações ordinárias da Volo do Brasil, a controladora da VarigLog, enquanto os brasileiros têm os 80% restantes e controlam a sociedade.

Disputa

Em julho do ano passado, o Matlin entrou com ações judiciais para cobrar US$ 186 milhões da VarigLog. Esse dinheiro foi aplicado pelo fundo na forma de empréstimos que deveriam ter sido quitados depois que a VarigLog vendeu a VRG ( nova Varig ) à Gol em março de 2007.

O fundo não recebeu o montante e acusa os brasileiros de terem enviado parte do dinheiro ao exterior. Com as ações judiciais, o Matlin conseguiu bloquear recursos numa conta na Suíça e 4,5 milhões de ações da Gol, dadas em pagamento pela VRG.

Mais tarde, os sócios brasileiros entraram com uma ação requerendo a dissolução da sociedade, mas o pedido foi negado pela Justiça em dezembro. O processo ainda precisa de um julgamento definitivo. Sabe-se também que o MatlinPatterson vinha buscando um outro sócio que pudesse comprar a participação dos brasileiros e substitui-los na sociedade. Até agora, o fundo não teve sucesso.

A VarigLog, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de 2006, era de longe a maior companhia aérea exclusivamente cargueira do país. Naquele ano, ela obteve receita de R$ 950 milhões, a terceira maior do setor depois do faturamento de TAM e Gol. Ao mesmo tempo, a empresa tinha também o maior patrimônio líquido negativo, no valor de R$ 68 milhões, e um dos maiores prejuízos anuais, de R$ 61 milhões. Não há dados oficiais relativos a 2007.

Fontes: Valor Online / G1

TAM oferece descontos de até 95% em passagens

A TAM realiza neste final de semana uma campanha que pode dar até 95% de descontos para todos os destinos domésticos operados pela companhia, de acordo com os trechos, datas e horários escolhidos. A promoção vale para viagens realizadas até 30 de abril. Para ter direito aos descontos, é necessário comprar os bilhetes de ida e volta no período das 6h de sábado até as 23h59 de domingo.

As passagens da chamada "Mega Promo" pontuam 20% no Programa Fidelidade TAM e a emissão dos bilhetes deve ser feita no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra das passagens promocionais está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas.

Fonte: JB Online

Nasa quer selecionar funcionários com jogo online

A Nasa, a agência espacial americana, está analisando a possibilidade de desenvolvimento de um grande jogo de realidade virtual on-line, com múltiplos jogadores.

O mundo virtual estaria voltado para estudantes e iria "simular missões reais científicas e de engenharia da Nasa". A agência já publicou um "pedido de informações" para organizações interessadas no desenvolvimento da nova plataforma.

A agência acredita que o jogo iria ajudar a encontrar a próxima geração de cientistas e engenheiros necessários para alcançar sua "visão para a exploração do espaço".

"Um ambiente de jogos de alta qualidade é um elemento vital na estrutura cibernética e educacional da Nasa", afirma o pedido de informações da Nasa.

"O jogo on-line vai abrir oportunidades de carreira de uma forma muito mais profunda do que apenas com leitura e tomando apenas uma parte do tempo e custo necessários para um programa de estágios."

Missão espacial Esta última proposta foi publicada pelo Escritório de Projetos de Tecnologia em Aprendizado da Nasa, que dá apoio e desenvolve projetos educacionais para promover ciência e tecnologia. A agência pediu uma resposta à sua proposta até o dia 15 de fevereiro.

"Mundos virtuais com simulações cientificamente precisas podem permitir aos alunos lidarem com reações químicas em células vivas, treinar reparos em equipamentos caros e experimentar a microgravidade", afirmou a proposta.

Outras organizações, como as Forças Armadas dos Estados Unidos, já usam jogos on-line como uma ferramenta de recrutamento.

O Exército americano, por exemplo, introduz os jogadores aos "Sete Valores Centrais do Exército" e, atualmente, alega ter um dos jogos de computador "mais populares do mundo".

Second Life

A Nasa já marca presença no mundo virtual: é dona de uma ilha no mundo virtual Second Life, onde pessoas e grupos que têm interesse no programa espacial da agência podem se reunir, discutir idéias e realizar experiências.

O CoLab, como a ilha é chamada, foi criada por cientistas no Centro de Pesquisas Ames da Nasa em San Francisco.

A agência espera que o ambiente possa permitir que o público participe de missões virtuais no futuro.

"Estamos trabalhando muito na Nasa para criar oportunidades para o que eu chamaria de exploração participativa", disse o diretor de projeto, Simon Worden.

"Estamos analisando como esta ilha pode ser um portal para que todos participem de missões espaciais. Quando a próxima pessoa pisar na superfície da Lua na próxima década, seu avatar poderá estar com ele", disse Worden durante uma conferência em 2007.

Fonte: BBC Brasil

Falha nas turbinas pode ter causado acidente em aeroporto inglês

Equipamento não respondeu a comando antes da aterrisagem, diz investigação. Pouso forçado deixou três feridos entre os 136 passageiros da aeronave.

Assista a reportagem

As primeiras investigações das autoridades aéreas britânicas mostraram que uma falha nas turbinas pode ter sido a causa do acidente com o Boeing da British Airways no aeroporto de Heathrow, em Londres, na quinta-feira (17).

Os dois reatores do Boeing 777 da BA não responderam bem, perdendo força durante a etapa de aproximação da pista, indicaram especialistas do Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB, nas siglas em inglês), no informe inicial sobre as causas do acidente com o aparelho procedente de Pequim; 20 pessoas ficaram levemente feridas. A falha aconteceu quando o avião, com 136 passageiros e 16 tripulantes, estava a 180 metros de altura e a três quilômetros do aeroporto, segundo os peritos, pelo que tocou o solo 300 metros antes do começo da pista, rompendo o trem de pouso.

O avião ficou atravessado e fechou parte de uma das pistas momentos depois da aterrissagem. Os passageiros tiveram que deixar a aeronave pelas saídas de emergência.

Todos os passageiros foram evacuados mediante rampas infláveis, com nenhum deles, assim como os tripulantes, tendo sofrido ferimentos graves. A polícia descartou que o incidente - ocorrido pouco antes de o premier britânico, Gordon Brown, deixar o terminal aéreo numa viagem para a China - estivesse vinculado a um ato de terrorismo.

Fonte: G1

Londres ainda sofre com o acidente de avião

Foto: Kirsty Wigglesworth (AP)

Funcionários do aeroporto de Hearthrow, em Londres, trabalham na madrugada desta sexta-feira (18) em cima do Boeing 777 da British Airways, que sofreu um acidente na quinta-feira (17).

Foto: Reuters

O acidente no momento da aterrissagem deixou 18 pessoas feridas levemente. No total, a aeronave tinha 136 passageiros e 18 tripulantes.

Trem de pouso do avião que sofreu acidente no aeroporto londrino
Foto: Andrew Parsons (AP)

Vôos foram cancelados e muitos atrasados por conta da aeronave estar ainda impedindo a passagem em uma das pistas. “Estamos trabalhando duro para restaurar a normalidade das operação”, afirmou um porta-voz do aeroporto.

A asa destruída do avião da British Airways no Aeroporto de Heathrow
Foto: AP

A zona mais afetada, e que tem mais filas, é a do Terminal 1, onde a maioria dos vôos é de curta distância. Os investigadores ainda não descobriram a causa do acidente com o avião da British Airways, mas pretendem enviar um primeiro comunicado nas próximas 48 horas. O trem de pouso, as asas e o motor, porém, foram bem danificados.

Passageiros desceram por meio de tobogãs do avião da British Airways

Foto: AP

Fontes: G1 / Terra

Avião da Iberia arremete em Bilbao sob ventos de 144 km/h

O vôo IBE0446 procedente de Madrid tentou aterrissar no Aeroporto de Bilbao, mas os forte ventos (144 km/h) levou o piloto a arremeter o Airbus A320 nesta quarta-feira (16). Veja as fotos:








Fotos: Zigor Alkorta (Deia.com)

Gol: famílias pedem boletim mensal sobre apurações

Dentro de uma semana, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deverá responder às reivindicações entregues hoje pela Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907 da empresa Gol.

A expectativa é de Angelita De Marchi, presidente da associação, após reunião ontem (17) com o ministro e a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira.

Ela também sugeriu, no documento entregue a Jobim, que o ministério forneça um boletim mensal com as providências adotadas em todas as instâncias envolvidas nas apurações. "Ele deixou uma pessoa encarregada de estar em comunicação conosco, que é o comandante Gonçalves, deixou um canal aberto", disse.

Outra demanda dos familiares das vítimas é que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realize reuniões trimestrais com a associação, independentemente da quantidade e relevância de novas informações. A última reunião com a Cenipa foi realizada há nove meses foi desmarcado o encontro agendado para o início de setembro passado, sob a alegação de que não havia novidades.

"No entanto, fomos por diversas vezes surpreendidos com notícias de preliminares do processo divulgadas à imprensa", lamentou. E acrescentou saber que as empresas envolvidas no acidente Gol, ExcelAir, Honeywell, Embraer já tiveram acesso ao processo, "menos os familiares".

Sobre as indenizações, Angelita De Marchi informou que a Gol já fez alguns acordos com parentes das 154 vítimas do acidente. "Temos quase 120 famílias com ações nos Estados Unidos e umas cinco ou seis somente que entraram com ações aqui no Brasil. A Gol recorreu e foi rebaixado para R$ 200 mil o pagamento da primeira indenização, de R$ 2 milhões, mas não sabemos os critérios adotados", disse.

No documento apresentado ao ministro, a associação reivindica ainda que, na eventualidade de ficar comprovada alguma responsabilidade da União no acidente, o pagamento das indenizações não se prolongue por dez ou 15 anos, "como já vimos ocorrer no passado".

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Veja mais fotos e a reportagem sobre o British Airways acidentado em Londres


Foto: Andrew Parsons (The Associated Press)

Foto: BBC News 24

Foto: Reprodução da TV

Acidente com avião pára principal aeroporto da Inglaterra

Acidente fechou a pista sul do aeroporto de Heathrow.

Boeing 777 ficou atravessado no meio de uma das pistas.

(Foto: Stefan Rousseau/AP)


Um acidente com um avião de passageiros da British Airways fechou parte do aeroporto de Heathrow, o principal da Inglaterra, nesta quinta-feira (17).

Os passageiros escaparam descendo as rampas de emergência depois que o vôo da British Airways BA038 vindo de Beijing cai na aterrissagem.

Todos os 136 passageiros a bordo do Boeing 777 foram retirados. Há relatos de que quatro deles sofreram ferimentos leves.

A pista de decolagem sul foi fechada para os investigators examinarem a cena - a pista norte continua aberta.

Em sua aproximação, o Boeing, estava demasiadamente baixo.

Uma testemunha, John Rowland, disse que "na aproximação para a aterrissagem o Boeing estava tão baixo que passou raspando no teto do meu taxi. Ele caiu na pista, destroços voaram em toda parte, foi ouvido um estrondo enorme e a aeronave derrapou lateralmente."

Uma quantidade enorme de fumaça


Uma outra testemunha ocular, Nick Gray, disse à BBC News: "haviam algumas faíscas porque a estrutura ou o fundo do avião tocou na pista de aterrissagem e uma quantidade enorme do fumaça veio daquela direção. Então o avião fez uma parada razoavelmente rapida. Era incrível a eficiência a rapidez com que os passageiros deixavam o avião.

Alguns vôos para Heathrow estão sendo desviados aos aeroportos de Stansted e de Luton.


Fontes: BBC News / G1

A Virgin Atlantic informou que começará um programa de testes usando bio combustível

O primeiro vôo de uma aeronave comercial usando combustível "ecológicamente correto", será realizado por um Virgin Atlantic 747, que fará um vôo de demonstração, sem passageiros, desde Heathrow até Amsterdam, anunciou a empresa dia 14 último. O projeto tem a colaboração da GE e da Boeing,

Como parte do seu comprometimento com o meio ambiente, Richard Branson declarou que iria reinvestir todos os lucros da empresa, dando prioridade à redução das emissões. A Virgin é a primeira empresa que oferece aos seus passageiros a possibilidade de comprar créditos de carbono a bordo.

Fonte: Vingin Atlantic

Relatório sobre queda do Boeing da Gol não explica por que transponder desligou

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O relatório final sobre a queda do Boeing da Gol em 2006, que provocou a morte de 154 pessoas, ficou pronto sem chegar a uma conclusão definitiva sobre os motivos do desligamento do transponder e recomenda o aperfeiçoamento do sistema de alerta sonoro e visual em caso de inoperância do aparelho, independentemente do motivo da falha.

O transponder transmite dados do avião para o solo e para aeronaves, intercomunicando sistemas anticolisão de aviões que os possuam -caso dos jatos acidentados. Mas o Legacy estava com o seu inoperante.

O aviso se resumia às palavras "TCAS off [sistema anticolisão desligado]" em um canto do painel. Os pilotos podem não ter visto. Pelas gravações da caixa-preta, eles demonstraram surpresa ao notar, depois do choque, que não funcionava.

Conforme a Folha apurou, a comissão de investigação, sob o comando do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), não chegou a nenhuma certeza sobre o motivo do desligamento do transponder do Legacy que se chocou com o Boeing em 29 de setembro de 2006.

A causa mais provável foi um erro de digitação dos códigos do aparelho, que teria, então, entrado em "stand-by" -e, portanto, sem condições de identificar a aproximação do Boeing da Gol.

Uma segunda hipótese seria de mau contato do transponder do Legacy, que era novo e fazia seu primeiro vôo após testes e venda para a ExcelAire.

O relatório está pronto desde o final do ano passado, foi traduzido para o inglês e enviado aos fabricantes do Legacy (Embraer, do Brasil), do transponder (Honeywell, dos EUA) e aos donos das aeronaves.

A divulgação foi abortada porque os pilotos norte-americanos do Legacy, Joe Lepore e Jan Palladino, e os controladores de vôo brasileiros envolvidos recuaram, decidindo prestar declaração à comissão técnica de investigação -que não tem caráter punitivo, mas preventivo, identificando erros e prevenindo futuros acidentes.

O coronel Rufino da Silva Ferreira, que preside a comissão do Cenipa, tentou ouvir os dois pilotos durante viagem aos EUA em dezembro, mas as agendas não coincidiram. A data do encontro é mantida em sigilo, apesar de não haver expectativa de novidades.

Os dois americanos, que ficaram retidos no Brasil nos primeiros meses após o acidente, conseguiram na Justiça brasileira o direito de voltar ao seu país, com o compromisso de prestar esclarecimentos sempre que chamados. Eles, porém, não aceitam voltar ao Brasil, só concordaram em falar de seu próprio país.

Fonte: Folha de S.Paulo (17/01/2008)

Famílias rejeitam praça no local do acidente da TAM

Parentes querem construção de memorial por meio de concurso.

Secretaria diz desconhecer proposta e que projeto de praça está em andamento.


O local onde o Airbus da TAM se chocou contra o prédio da TAM Express é hoje, seis meses depois, um grande espaço vazio cercado de tapumes. A empresa já oficializou a intenção de doar a área à prefeitura. Parentes das vítimas querem que o projeto de um memorial seja escolhido a partir de um concurso nacional com o Instituto de Arquitetos do Brasil. A assessoria de imprensa da Secretaria de Subprefeituras diz que desconhece a proposta e informou que o projeto de uma praça está em fase de elaboração.

Fonte: G1 - Foto: Isabela Noronha (G1)

Seis meses após acidente da TAM, 80% das famílias esperam indenização


41 famílias aceitaram propostas de indenização da companhia aérea.

Parentes criam associação e cobram justiça por seus 199 mortos.

Seis meses após a maior tragédia da história da aviação brasileira, as famílias de 80% das vítimas ainda discutem com a TAM o valor das indenizações.

No dia 17 de julho do ano passado, o Airbus A-320 que aterrissou no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 18h48, não conseguiu frear, atravessou a Avenida Washington Luís e chocou-se contra o prédio da TAM Express matando 199 pessoas.

Segundo a companhia aérea, 41 acordos foram concluídos até agora – 30 foram pagos e 11 estão em vias de pagamento. Cerca de 50 famílias que não concordaram com o valor proposto entraram com ações na Justiça dos Estados Unidos.

“É desgastante ouvir quanto vale a vida da sua filha”, afirmou Archelau Xavier, que perdeu Paula, de 24 anos. O engenheiro, vice-presidente da associação de parentes das vítimas, preferiu recorrer à Justiça norte-americana, onde aciona a TAM, a Airbus, as fabricantes do reverso e do freio, além da empresa que faz manutenção das aeronaves da companhia aérea.

De acordo com ele, a Defensoria Pública, o Ministério Público, o Procon e a Secretaria de Direito Econômico discutem com a TAM as bases para a criação de uma câmara de conciliação para agilizar as indenizações e dar amparo às famílias na negociação.

Sem conclusões

As investigações continuam e as causas ainda não são conhecidas. “Até agora muitos dados foram colhidos, mas ainda há muitas vertentes e nenhuma permite uma conclusão satisfatória”, disse Antônio Nogueira, perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC).

Até o momento, não é possível saber se um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso por falha mecânica ou por erro humano. Os peritos não descartam tampouco a possibilidade de a pista de Congonhas ter contribuído para o acidente.

O IC estima que seu laudo seja concluído em maio deste ano. O inquérito da polícia, que reúne 5,4 mil páginas, ouviu 300 pessoas, entre elas 37 pilotos. A previsão é que a apuração seja entregue ao Ministério Público de São Paulo no mês seguinte, quando a instituição poderá decidir se arquiva ou denuncia os supostos responsáveis pelo acidente.

“Tenho um medo terrível que isso termine em nada. Todas as noites, vou dormir pensando que a morte da minha filha não pode ser em vão”, afirmou a professora Ana Silvia Scott, que perdeu Thaís, de 14 anos, sua filha única.

Organizados em uma associação, os parentes pedem justiça. “Eu só quero saber o que ocorreu naquele avião. Depois do que aconteceu, não existe transparência, muitos documentos não são fornecidos. Eu também quero investigar a morte do meu marido”, disse a consultora gastronômica Eliane de Mello.

Flores homenageiam mortos diante dos escombros do prédio da TAM Express (Foto:Arquivo/G1)

Mudanças

Na Aeronáutica, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estima que seu relatório final fique pronto entre junho e julho deste ano. Mas, a partir da apuração, o órgão já fez recomendações de segurança de vôo.

O reverso da turbina direita do Airbus da TAM, equipamento que ajuda a aeronave a frear, estava travado na hora do acidente. Três meses após a tragédia, o Cenipa pediu às companhias aéreas que não realizem pousos ou decolagens com o reverso pinado. À TAM, recomendou enfatizar aos pilotos o uso correto dos manetes em caso de reversor inoperante.

O Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) restringiu vôos em Congonhas que, até a data do acidente, era o mais movimentado do país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reduziu o número de pousos e decolagens. Os vôos foram remanejados para outros aeroportos, principalmente, Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O aeroporto não tem mais escalas e conexões, enquanto os pousos e decolagens, que chegaram 48 por hora antes do acidente, somam hoje 32 movimentos por hora em Congonhas. O uso de táxi aéreo no aeroporto também foi limitado porque a Anac proibiu os chamados slots de oportunidades.A distância máxima dos vôos foi limitada a 1 mil km. Entretanto, durante a alta temporada de verão, o raio foi ampliado para 1,5 mil km até o dia 15 de março.

Fonte: G1