segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pode um raio derrubar um avião?

Pode um raio derrubar um avião ? É possível e acidentes já ocorreram no passado devido às descargas elétricas na atmosfera.

Em Agosto de 2006, por exemplo, ocorreu uma grande tragédia áerea na Ucrânia com a queda de um avião russo Tupolev Tu-154 (foto abaixo). No total, 170 pessoas morreram, sendo 160 passageiros. Quarenta crianças estavam a bordo. O voo comercial fazia a rota entre o balneário russo de Anapa, no Mar Negro, e São Petersburgo.

Foto: Xinhua/Reuters - clique na foto para ampliá-la

O aparelho caiu em um lugar de difícil acesso a 45 quilômetros ao norte da cidade de Donetsk no leste da Ucrânia. O Tupolev russo teria sido apanhado numa zona de grande turbulência em meio a uma forte tempestade que afetava a região. Autoridades russas e ucranianas cogitaram inicialmente que um raio possa ter provocado o desastre, mas ainda não há certeza sobre as reais causas do acidente. Especialistas dizem que uma conjunção de fatores pode ter contribuído para o acidente, incluindo o mau tempo a possibilidade de um raio.

Acidentes aéreos envolvendo raios não chegam a ser raros. Publicações especializadas explicam que as descargas elétricas podem produzir perfurações na fuselagem, danificar sistemas de comunicações e eletrônicos. Há até mesmo o risco de explosões quando o raio entra em contato com o vapor dos combustíveis. Devido ao risco, pilotos e a engenharia de aviação estão sempre em busca de meios para minimizar a possibilidade de uma descarga elétrica provocar um acidente. Os aviões possuem pára-raios que os protegem contra as descargas, mas a proteção não é total.

Arte: USA Today - clique na imagem para ampliá-la

Os engenheiros de aeronaves também realizam testes com a carcaça dos aviões e verificam qual material suporta e distribui melhor um raio. O gráfico acima, produzido pelo jornal norte-americano USA Today, explica que quando um raio atinge uma aeronave no ar ou no solo o perigo é pequeno para os passageiros. O último acidente aéreo nos Estados Unidos envolvendo uma descarga elétrica ocorreu há mais de 40 anos. Quando uma descarga alcança uma aeronave, o material distribui a eletricidade pela fuselagem do aparelho e de volta para o ar. Já se o avião está pousado e há uma forte tempestade elétrica em andamento, os passageiros são orientados para que permaneçam dentro do avião e evitem andar na pista.

Foto: AP/GenDisasters - clique na foto para ampliá-la

Em 8 de dezembro de 1963, um raio atingiu um Boeing 707 da Pan Am sobre Elkton, estado de Maryland (foto acima). A descarga provocou uma faísca que incendiou o vapor do combustível em um dos tanque, causando uma explosão que derrubou a aeronave. Todos os 81 ocupantes do aparelho morreram.

Já em 9 de maio de 1976, um Boeing 747 da Força Aérea Iraniana acidentou-se nas proximidades de Madrid na Espanha. Testemunhas disseram ter visto raios atingindo a aeronave, seguindo-se fogo, explosão e a separação da asa esquerda. O órgão que investiga acidentes aéreos nos Estados Unidos, a National Transportation Safety Board (NTSB), concluiu que o raio deu início a uma seqüência de eventos que resultou nas múltiplas falhas estruturais da aeronave. O desprendimento da asa teve origem na ignição de vapores de combustível do tanque de número 1 a partir da descarga elétrica.




Fontes: Meio Aéreo / Gizmodo Japan / USA Today

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