segunda-feira, 28 de julho de 2014

Abate do avião na Ucrânia pode ser considerado crime de guerra, diz ONU

Comissária de Direitos Humanos pediu investigação meticulosa e imparcial.

Segundo órgão, combates deixaram 1,1 mil mortos na região desde abril.


A derrubada do avião malaio no leste da Ucrânia pode ser considerado um crime de guerra, afirmou a ONU nesta segunda-feira (28), acrescentando que os combates entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já deixaram mais de 1.100 mortos desde abril.

"Esta violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada um crime de guerra", declarou a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em um comunicado.

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Cientista diz que voo MH370 estava no ar quando buscas começaram

Após desaparecimento avião enviou avisos eletrônicos. Desaparecido há mais de quatro meses, localização do avião é o maior desafio da aviação no mundo.


Como explicar o sumiço de um Boeing 777, com toda a tecnologia que existe hoje em dia? A localização do avião da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de quatro meses, é o maior desafio da aviação civil no mundo.

Um setor que, nos últimos dias, foi abalado por três grandes tragédias. Quinta-feira, 17 de julho, outro avião da Malaysia cai na Ucrânia, provavelmente abatido por um míssil, 298 mortos. Quarta-feira, 23 de julho: um pouso forçado de um turbo-hélice em Taiwan mata 51 pessoas. Quinta-feira, 24 de julho: um MD 30 da Air Algerie cai na África e 116 pessoas morrem.

Mas, de todos os acidentes aéreos recentes, que não foram poucos, sem dúvida o mais misterioso, talvez o mais misterioso de todos os tempos, é o do voo MH370, da Malaysia Airlines. No dia 8 de março, esse voo saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China.

Com cerca de uma hora de voo, a trajetória foi bruscamente alterada, todas as comunicações foram todas interrompidas e o avião desapareceu. Era um Boeing 777 com 239 pessoas a bordo. A BBC de Londres preparou um documentário especial sobre esse voo que você vê agora com exclusividade no Brasil.

Quando o voo MH 370 desapareceu, os parentes de quem estava a bordo mergulharam em um pesadelo. Os cientistas que investigavam o acidente buscavam pistas onde não havia nada. 

Na sexta-feira, 7 de março de 2014, os pilotos do MH 370 foram filmados ao passar pela segurança. O que estes homens fizeram nas horas seguintes? Eis aí o mistério. 

Controle do voo: Malaysia 370, solicite o seu nível. 

Piloto: 370, estamos prontos. Malaysia solicita nível 350 para Pequim.

Estas são as gravações daquela noite.

Controle do voo: 370, pista 32 direita liberada para decolagem.

Piloto: Ok, pista 32 direita, liberada para a decolagem. Obrigado. Boa Noite. 

Às 00h41, o Boeing 777 alçou voo rumo a Pequim. A bordo, 227 passageiros e 12 tripulantes.

“Nenhum drama, nenhuma razão para imaginar que algo anormal aconteceria”, diz um homem. 

O modelo 777 foi lançado há 19 anos, mas ainda é tão moderno que voa praticamente sozinho. Os pilotos podem se comunicar com qualquer parte do globo, usam rádio de alta frequência, um serviço de mensagens de texto chamado acars e uma conexão por satélite para chamadas de voo e envio de dados.

“Você digita sua rota no computador, desde o ponto inicial até o destino”, explica Stephen Landells, ex-piloto.

Menos de um minuto depois de decolar, os pilotos do MH370 receberam ordem para alterar a rota. 

Controle do voo: Suba ao nível 180, cancele a rota planejada, vire à direita na direção Igari. 

Piloto: Ok, nível 180 direto a Igari, Malaysia 370.

Essa era uma rota mais direta para Pequim, passando por um ponto fixo chamado Igari. Pontos fixos são coordenadas num mapa, usadas por controladores e pilotos para orientar a navegação.

Controle do voo: Malaysia 370, suba para o nível 350.

Piloto: Nível 350, Malaysia 370. 

Os controladores seguiam o voo usando uma tecnologia dos anos 30: o radar. Existem dois tipos de radar. O radar primário localiza as aeronaves ao emitir pulsos eletromagnéticos, e registrar quando eles atingem um objeto no céu e são refletidos. Alcançam cerca de 150 km.

“Mas, o radar primário não é super preciso. O máximo que ele consegue dizer é que encontrou um avião, a tal distância, em tal posição”, conta David Stupples, professor de engenharia eletrônica.

Para aumentar a vigilância, os controladores usam um outro radar, mais sofisticado: o secundário. “É a parte de cima, retangular”, mostra Stupples. 

O radar secundário tem maior alcance. Ele manda um sinal para um equipamento no avião, chamado transponder. E é o transponder que envia um sinal de volta, identificando o avião, a altitude e a rota.

Com 38 minutos de voo, os controladores que estavam na Malásia viam claramente o MH370 no radar secundário. À medida em que o avião chegava ao limite do espaço aéreo do país, os pilotos foram orientados a contatar o controle do Vietnã.

Estas são as últimas palavras vindas da cabine de comando.

Controle de voo: Malaysia 370, contate Ho Chi Minh 120 decimal 9. Boa noite. 

Piloto: Boa noite. Malaysia 370. 

À uma hora, 24 minutos e quatro segundos, os controladores da Malásia viram, pelo radar secundário, o avião passar pelo ponto fixo Igari. Nove segundos depois o transponder do avião, crucial para a visibilidade no radar secundário, parou de funcionar.

Os pilotos não fizeram contato com o controle do Vietnã. E o Boeing 777 nunca mais foi visto no radar secundário. Dezessete minutos se passaram até os controladores do Vietnã contarem seus parceiros da Malásia.

“É muito estranho esse tempo todo 17 minutos. Normalmente não se passam nem dois minutos até se perceber que um voo sumiu”, afirma Doug Maclean, ex-controlador de voo.

“Se o transponder está funcionando, então dá para acompanhar a rota toda pelo radar secundário”, diz Stupples.

Mas o MH 370 não aparecia mais no radar secundário. E ali era longe demais para os radares primários. “Então o avião fica invisível”, explica Stupples.

Quatro horas depois de o Boeing sumir, começou uma busca no sul do mar da China.

Porta voz: Nós, não achamos nada, nada mesmo. 

A mais de 10 mil km dali, em Londres, um cientista começava a achar que o Boeing não tinha caído na região das buscas.

“Ouvi a notícia na BBC e pensei: esse avião deve ter equipamentos da Inmarsat. Talvez a gente tivesse dados que pudessem ser úteis aos investigadores”, conta Alan Schuster Bruce, engenheiro da Inmarsat. 

O cientista Alan Schuster Bruce trabalha na Inmarsat, que fabrica os equipamentos de comunicação por satélite de muitas aeronaves. O último contato do MH 370 ficou registrado numa estação terrestre em Perth, na Austrália.

“Se um avião fica 60 minutos sem comunicação, a estação manda um sinal, perguntando: você ainda está aí? E o avião responde somente: sim. Isso se chama de aperto de mão, ou de ping”, explica Alan Schuster. 

Estarrecido, Alan descobriu sete apertos de mão eletrônicos entre o avião e a estação de terra, com uma hora de diferença entre eles. E todos aconteceram depois de o avião desaparecer.

“O Boeing voou por muitas e muitas horas depois do último contato”, afirma Alan Schuster.

As equipes de busca procuravam destroços de um avião que, na verdade, ainda estava voando. Mas para onde? 

“Percebemos que era possível obter ainda mais dados das estações. Isso permitiria medir a distância entre o avião e nossos satélites. E poderíamos chegar a pontos mais precisos por onde o voo tinha passado”, conta Alan Schuster.

Depois de alguma relutância, a Malaysia Airlines mandou para o grupo de Alan mais informações sobre a posição do avião. Eram secretas, vindas de radares militares. Novo cruzamento de dados, e uma estranha conclusão: depois de perder contato, o MH 370 tinha desviado, inexplicavelmente, para sudoeste, totalmente fora do caminho para Pequim. Até virar novamente, dessa vez para o Noroeste. Tudo isso levantou uma possibilidade sinistra. 

Porta-voz: Uma ação intencional de alguém dentro do avião.

“Claro que isso não prova que houve sequestro, ou que foi algo criminoso feito pela própria tripulação. É uma possibilidade", diz Tony Cable, investigador de acidente aéreos. 

Uma semana se passou, e nada. Chris Ashton, também da Inmarsat, tentava descobrir: depois daquele último ponto em que o avião foi visto pelos radares militares da Malásia ele foi para o norte ou para o sul? 

“De repente os gráficos fizeram sentido, as contas bateram, resolvemos”, lembra Chris Ashton, empresário. O voo MH370 tinha seguido para o sul. “O avião tinha ido para o meio do Oceano Índico. Onde não havia lugar para pousar”, conta Ashton.

Mas como explicar essa rota sem sentido? O investigador Tony Cable levanta uma possibilidade. E lembra de um Boeing 737 da empresa grega Helios, que caiu em 2005, depois de perder contato, igual ao MH 370.

“Deu tempo de dois caças emparelharem com o avião. Viram a poltrona do comandante vazia, o copiloto desacordado sobre o painel de controle, e máscaras de oxigênio soltas na cabine”, explica Tony Cable.

Foi uma falha de pressurização. Eles desmaiaram por falta de oxigênio, e o voo continuou no piloto automático. Mas nem todo mundo estava desacordado no Boeing.

“O pessoal dos caças viu um comissário de bordo se sentar no posto do comandante. Ele parecia ter um cilindro de oxigênio para respirar e estava tentando salvar o avião, tentando pilotar”, conta Cable.

Mas, não teve sucesso. Depois que o combustível o Boeing grego caiu. Será, então, que aconteceu a mesma coisa com o MH 370? Os pilotos desmaiaram, alguém tentou pilotar numa rota inexplicável até que o combustível terminou?


No Brasil, o comandante Marco Antônio Cerdera, instrutor de voo, lembra que não faz parte do treinamento dos comissários de bordo aprender a interferir nos controles de um avião. “Só se alguém explicou para ele como que é isso”, Marco Antônio Cerdera, instrutor de voo.

As informações cruciais estão nas caixas pretas, que registram tudo o que acontece em voo. Mas como achá-las? Em Londres, os cientistas chegam a conclusões cada vez mais precisas.

“Chegamos a uma rota que confere com todos os dados que reunimos. E ela dá a área mais provável para o avião ter caído”, aponta Ashton.

Em algum ponto do fundo do mar. As caixas pretas emitem sinais pra serem encontradas. Mas, as baterias duram só 30 dias.“Para nós, das buscas, 30 é o número mágico”, explica Chris Moore, líder das buscas. 

Seguindo as indicações da possível rota, foram deslocados para área equipamentos de última geração. Microfones ultrassensíveis, que chegaram a captar sinais. Mas, nada foi encontrado. Era pior do que buscar uma agulha num palheiro. Porque não havia nem palheiro.

No sábado, 8 de março de 2014, o MH370 decolou para um voo de rotina rumo a Pequim. Menos de 40 minutos depois, desapareceu. Um esforço global prossegue.

Clique AQUI e assista a reportagem do Fantástico.

Fonte: Fantástico (TV Globo) - Imagens: Reprodução da TV

15 números reveladores sobre aviões, acidentes e segurança

Com três acidentes aéreos graves em uma semana, alguns números e estatísticas mostram a realidade da segurança e dos riscos ao se pegar um avião.
















via Exame.com

Segurança aérea no Brasil não é preocupação, dizem especialistas

Em 2014, 802 pessoas morreram em desastres com aviões. É o segundo pior ano da história da aviação civil. Mas a segurança aérea no Brasil não deve ser preocupação, defendem entidades e especialistas.

Uma aeronave operada pela Air Algérie decolou ontem de Burkina Fasso, país da costa oeste da África, à 1h17min pelo horário local. Deveria ter aterrissado em Argel, capital da Argélia, às 5h10min, horário local. Não chegou. A queda foi confirmada. Nele, estavam 116 passageiros a bordo. Em uma semana, três aviões caíram pelo mundo, o que reabre o debate sobre a segurança aérea. Especialistas e entidades ouvidas pelo "O Povo" afirmam que o transporte aéreo comercial não é perigoso e que o espaço aéreo brasileiro é seguro.

Destroços do Boeing 777, da Malaysia Airlines, que caiu na semana passada. 
Desde então, houve outros dois acidentes - Foto: AFP

Conforme a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que congrega TAM, Gol, Azul e Avianca, a segurança é uma preocupação básica das empresas. “O último acidente com vítimas no País (Brasil) aconteceu em 2011, quase cinco anos após o registro anterior, em 2007. Em 2012 e 2013, a aviação comercial no Brasil transportou mais de 220 milhões de passageiros em aproximadamente 2,2 milhões decolagens domésticas e internacionais, sem qualquer fatalidade”, afirmou em nota ao "O Povo".

No mundo, em 2014, até agora, já foram 802 mortos na queda de cinco aviões, conforme dados da International Civil Aviation Organization (Icao). É o segundo pior ano da história da aviação civil, atrás de 2005, quando morreram 824 mortos.

A entidade ressalta ainda que a média de idade da frota nacional é uma das menores do mundo, com 6,7 anos de idade. Por exemplo, a United e da Delta (ambas dos EUA), têm, respectivamente, 13,4 e 16,4 anos de idade. Dados de até o final do ano passado. “A aviação continua sendo o meio mais seguro de transporte e atravessa, estatisticamente, um dos períodos mais seguros da história”, disse a entidade.

A International Air Transport Association (Iata) também se posicionou sobre esses dias trágicos para a aviação. Relembrou que, em 2013, mais de três bilhões de pessoas voaram no mundo. Houve 210 mortes. 

Confiança não muda


O comandante de linha aérea há 16 anos, piloto Victor Medeiros, ressalta que os acidentes não devem afetar a confiança do passageiro na aviação comercial, principalmente, no Brasil. “Na África, independente do acidente, a aviação já é questionada, em função da falta de infraestrutura deles. Em regiões de conflito, sempre é perigoso”, argumenta, para ressaltar que um acidente não pode abalar a segurança das pessoas de viajarem de avião. 

"O Povo" procurou TAM, Gol e TAP para falar sobre segurança aérea. A TAM disse que se posicionaria por meio da Abear. A Gol afirmou que não comenta o assunto. A TAP diz que não teve impacto em suas rotas, pois não passa por áreas de conflito.

Leia íntegra das notas




Fonte: Andreh Jonathas (andreh@opovo.com.br  - opovo.com.br)

Leia também: Aviação é segura porém precisa sempre de precauções.

Acidentes aéreos apontam ano como o mais mortal desde 2005

Três acidentes aéreos fatais no decorrer de uma semana significam que 2014 está caminhando para ser o pior ano em quase uma década em termos de mortes de passageiros.


O desaparecimento de uma aeronave McDonnell Douglas MD-83 às margens do deserto do Saara ontem vem após a perda de um turboélice ATR-72 em tempestades no dia 23 de julho, em Taiwan (foto acima), e a queda do voo MH17 da Malaysian Airline na Ucrânia, na semana passada. 

O acidente na África, de um avião que operava para a Air Algerie, pode levar o número de vítimas de 2104 a um total de 680 passageiros, na hipótese de que todos no avião tenham morrido; cifra superior aos totais de 12 meses nos três últimos anos, de acordo com os consultores de segurança aérea da Ascend Worldwide.

“É importante observar as tendências no longo prazo”, disse o diretor de segurança da Ascend, Paul Hayes, em entrevista. “O que parece ser um ano ‘bom’ ou ‘ruim’ em si não significa nada: muito menos só sete meses. Os acidentes fatais atualmente são tão raros que mais um ou dois podem mudar completamente os números”.

Em 2014 as mortes envolvendo aeronaves com mais de 14 passageiros ocorreram em seis incidentes, frente a 162 mortes em 10 incidentes em 2013, disse.

Apenas três dos eventos deste ano parecem ser acidentes dos tipos que costumam ser incluídos nas análises da Ascend, que exclui perdas relacionadas a guerras e ao terrorismo, que fogem do controle das companhias aéreas, disse Hayes.

Números de segurança


Cerca de 100.000 voos por dia aterrissam sem problemas em todo o mundo, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em um comunicado. Em 2013 mais de três bilhões de pessoas viajaram de avião, de acordo com a IATA.

“Todo acidente é um acidente a mais”, disse Tony Tyler, CEO da IATA, no comunicado. “A maior homenagem que podemos prestar à memória dos envolvidos é analisar todos os detalhes na tentativa de entender a causa e tomar medidas para assegurar que isso não ocorra novamente”.

O desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airline System Bhd, depois que o 777 da Boeing Co. desviou sua rota de Kuala Lumpur para Pequim e desapareceu sobre o Oceano Índico, pode ter ocorrido por imperícia do piloto, disseram os especialistas. Cerca de 227 passageiros viajavam no voo do dia 8 de março.

Caixas pretas


O voo MH17 da Malaysian Air, que caiu há oito dias e provocou a morte de 283 passageiros, provavelmente foi abatido por ter sido atingido por um míssil terra-ar no leste da Ucrânia, disseram os EUA.  
Gravações da caixa preta da aeronave, também um Boeing 777, estão sendo analisadas no Reino Unido e também está sendo realizada a análise dos corpos, enquanto os especialistas buscam evidências do atentado.

Outro incidente classificado como não acidental provocou a morte de uma mulher em um voo da Pakistan International Airlines, depois que o jato A310 da Airbus Group NV, com 196 passageiros, foi alvo de tiroteio após pousar na cidade nortenha de Pexauar. 

O incidente ocorreu duas semanas depois de um ataque do talibã ao maior aeroporto do Paquistão, em Carachi, responsável pela morte de 36 pessoas, nenhuma delas em aeronaves.


Três dos outros eventos fatais envolveram quedas mais comuns em acidentes aéreos ao longo das décadas: 44 passageiros morreram nesta semana quando um ATR-72 da TransAsia Airways Corp. caiu enquanto se preparava para aterrissar nas remotas Ilhas Pescadores, de Taiwan (foto acima). 

Cerca de 110 passageiros estavam a bordo quando o voo de Ouagadougou para Argel se perdeu ontem ao norte do Sahel e acredita-se que tenha caído em algum lugar de Mali.

A tripulação do voo pediu aos controladores aéreos autorização para desviar a fim de evitar uma tempestade, cerca de 40 minutos após a decolagem, disse Jean Bertin Ouedraogo, ministro dos Transportes de Burkina Faso, aos repórteres.

Quase 15 passageiros também morreram quando um avião turboélice De Havilland Canada DHC-6 TwinOtter da Nepal Airlines caiu na selva após colidir com uma encosta de 2133,6 metros em más condições climáticas, no dia 16 de fevereiro.

“Esta foi uma semana muito triste para todas as pessoas envolvidas com a aviação”, disse Tyler da IATA. 

Fonte: Chris Jasper (Bloomberg) via Exame.com - Fotos: Reprodução

domingo, 27 de julho de 2014

Veja 10 curiosidades sobre aviões

1 - Como um avião se mantém no ar?



Para entender como um avião se mantém no céu é preciso conhecer um pouquinho de física. A resposta está na diferença de pressão. O coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé, explica: 'imagine um filete de ar dividido em dois a partir do primeiro contato com a asa da aeronave. Uma parte passa por baixo, outra, por cima. A parte que passa por cima, onde a asa tem uma curva, tem menos partículas de ar e demora mais para chegar ao final. Assim, a pressão será maior onde há mais partículas, ou seja, na parte inferior da asa, empurrando o avião para cima. Só isso!', brinca o ex-comandante. Mas não é só isso, não. Francé complementa: 'quando a aeronave começa a correr e atinge cerca de 100 nós (ou 185,2 km/h), a asa começa a puxá-la para cima. E mais uma coisa: você puxa o 'nariz' da aeronave para cima e o manche para trás. O ângulo de ataque da asa fica maior, e o avião ganha mais sustentação ainda. O motor é para manter velocidade.'

2 - Como funcionam as caixas pretas?



Essa é mais simples de entender: são caixas metálicas que envolvem, cada uma, dois sistemas eletrônicos diferentes. Uma grava o áudio da cabine, de vozes ao som ambiente, com capacidade para até duas horas, que vão sobrepondo-se até um evento violento, como um acidente, acontecer. Outra registra os parâmetros de voo: altitude do avião, velocidade e manobras, por exemplo. E essas caixas, na verdade, são da cor laranja, de visibilidade muito maior no caso de estarem perdidas em uma floresta, entre destroços ou no mar. As duas costumam ficar separadas uma da outra, mas ambas, normalmente, estão na parte traseira do avião, localização que, estatisticamente, garante mais segurança, de acordo com o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Hildebrando Hoffmann. Revestidas por liga de alumínio, internamente elas têm um bloco muito robusto feito de titânio ou aço inoxidável que protege as memórias, e resistem a impactos de até 34 toneladas, temperatura de até 1.100°C por 30 minutos e submersão de até 5 km.

3 - Qual a maior altura que um avião pode voar?



De acordo com o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Hildebrando Hoffmann, aeronaves comerciais podem voar a até 42 mil pés (ou 12,6 km). Contudo, o normal é que fiquem em torno dos 40 mil pés. Aviões executivos, que são menores e normalmente particulares, podem ir a 46 mil ou, com menos frequência, a até 50 mil pés (15,2 km). O coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé, lembra que existem aviões militares que podem ir além desse limite. ‘Para subir mais, tem que ser mais leve para que se gaste menos combustível, pois é preciso bastante para garantir potência ao motor’, explica Francé.

4 - Qual o maior avião do mundo?



É o russo Antonov An-225, da fabricante de mesmo nome, e que esteve pela primeira vez no Brasil em 2010, transportando cargas pesadíssimas para uma refinaria da Petrobrás. O maior cargueiro do mundo tem 84 m de comprimento e 88 m de envergadura. Para se ter uma ideia, se adaptado apropriadamente, poderia transportar 1,5 mil passageiros. O maior avião comercial em funcionamento hoje, o Airbus-380, pode transportar até 853 pessoas.

5 - Por que aviões costumam ser brancos?



Não existe nenhuma orientação oficial ou explicação científica. A decisão da pintura é da empresa. Por questões de ordem prática, é mais fácil e barato usar a branca. Uma pintura branca em um Boeing 767 custa entre US$ 100 mil e US$ 120 mil. ‘Outras mais complexas, como as aeronaves da Azul, com aquela bandeirinha cheia de cores, custam mais. Mas o preço depende muito do modelo e dos detalhes’, diz o gerente-geral de manutenção da TAP em Porto Alegre, Antonio Augusto de Azevedo Eick. Há empresas como a American Airlines que preferem apenas o polimento, que deixam o avião com aparência prateada. Além de razões estéticas, econômicas e sustentáveis (o descarte da tinta na hora da remoção para uma repintura é um problema), essa decisão evita que o avião ganhe mais peso: para pintar um Boeing 767, usa-se cerca de 400 kg de tinta. Se compararmos com seu peso total, 105 toneladas, não parece muito, mas pense que isso pode representar cinco passageiros a menos, se considerarmos um peso médio de 75 kg.

6 - Qual foi o pior acidente?



Foi em 27 de março de 1977, quando dois Boeing 747, um da holandesa KLM e outro da norte-americana PanAm, se chocaram no Arquipélago das Canárias (Espanha), provocando a morte de 583 pessoas. Ambos teriam como destino o Aeroporto Las Palmas, na ilha Gran Canária, mas um ataque terrorista fez com que fossem desviados para o pequeno Los Rodeos, na Ilha de Tenerife, que, como consequência, acabou lotado neste dia. A falha na comunicação entre as cabines e a torre foi um dos motivos para o choque. Enquanto o jumbo holandês iniciava a decolagem, o avião norte-americano taxiava na pista principal. Como havia muito nevoeiro, os pilotos só perceberam que o choque era iminente tarde demais. O comandante americano ainda tentou manobrar, ao mesmo tempo em que o holandês tentou subir antes da hora. Tudo em vão. A aeronave da KLM elevou-se alguns metros do solo, mas seguiu arrastando a cauda na pista e acabou acertando a fuselagem superior do PanAm com os trens de pouso e a barriga. O avião holandês explodiu, matando todos os ocupantes. No outro, que ficou dividido em três partes e pegou fogo, algumas pessoas conseguiram escapar.

7 - Um raio pode derrubar um avião?



Nunca na história da aviação aconteceu isso, garante o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Hildebrando Hoffmann. ‘O raio pode até provocar perda de determinados sistemas, até uma ponta de asa, mas derrubar, não’, afirma. Enquanto você estremece na poltrona com a tempestade lá fora, tem gente que até se diverte na cabine, como o coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé. ‘Eu já levei tantos raios na minha cara que até esqueci. Ele bate no bico do avião, se espalha todo, ouvimos o barulho e até achamos graça’, conta o professor, que foi piloto por 27 anos. Segundo ele, aviões são acertados por raios o tempo todo. Portanto, não se preocupe!

8 - Onde é mais seguro viajar?



Poucos especialistas respondem a esta pergunta com certeza. O diretor do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé, não se arrisca: ‘dependerá muito do acidente. Muitos especialistas dizem que é perto da cauda, mas se você bate a cauda, daí não é seguro’, comenta. Um estudo da Universidade de Greenwich, em Londres, analisou 105 acidentes e entrevistou cerca de 2 mil sobreviventes que escaparam de incêndios a bordo ou pousos mal sucedidos. De acordo com a pesquisa, os lugares mais seguros são as poltronas do corredor e das cinco filas mais próximas de alguma saída, o que é simples de justificar justamente pela facilidade de sair de dentro do avião. Apesar dos resultados, o estudo mostrou ainda que é preciso considerar o comportamento das pessoas durante emergências, que normalmente não obedecem a instruções da cabine, acabam procurando a saída mais próxima e tendem a atitudes egoístas, como saltar pelas poltronas e ‘furar’ a fila da saída - com exceção daqueles que têm familiares ou amigos a bordo, que costumam ser solidários.

9 - Qual a pista mais perigosa no Brasil?



‘O Santos Dumont é terrível’, diz o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Hildebrando Hoffmann. Com uma pista de aproximadamente 1,3 km de comprimento, o aeroporto carioca é famoso pela dificuldade que impõe aos pilotos. ‘É uma extensão curta para os aviões que operam ali, como o A-320, por exemplo. Precisa ter treinamento especial para pousar lá, não pode ser um piloto acostumado só com outros aeroportos. Os aviões que operam lá trabalham no limite’, ressalta Hoffmann. 

10 - Como será o avião do futuro?



Ainda mais rápido. Que tal ir de Paris a Tóquio em duas horas e meia, um quinto do tempo que leva um voo direto hoje? Em 2050, será possível. Anunciado neste ano no Salão Aeronáutico de Le Bourget, na França, o ZEHST (sigla em inglês para Transporte de Alta Velocidade de Zero Emissão) é um avião hipersônico, com emissão zero de dióxido de carbono e que vai voar fora da atmosfera. O grupo aeroespacial EADS, dono da fabricante de aviões Airbus, estima que em 2020 já seja possível fazer uma demonstração para que, 30 anos depois, o ZEHST voe comercialmente, transportando até 100 pessoas. ‘Haverá três tipos de motores: um para decolar, como já se tem hoje, outro como o de um foguete, para subir até a estratosfera, e um terceiro para fazer pequenos movimentos e preparar a reentrada na atmosfera. Lá em cima, o avião vai desligar seus motores, sem gastar combustível, voando como um planador, enquanto a Terra segue andando’, explica o coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé. 

Fonte: Terra - Fotos: Getty Image / Divulgação

Avião caça Mig-29 cai na Rússia e piloto morre


Um avião caça Mig-29 das Forças Aéreas da Rússia caiu neste domingo (27) nos arredores de Astrakhan, no sul do país, acidente no qual morreu seu piloto, informaram fontes da Polícia local.

"Um Mig-29 caiu junto a um aeroporto no distrito de Privolzhski, a cerca de 30 quilômetros de Astrakhan", disse à agência "Interfax" um policial, que não detalhou quando aconteceu o acidente.

O Mig-29, avião de guerra de quarta geração Y considerado um dos caças mais eficientes e seguros do mundo, é pilotado por uma ou duas pessoas.

Projetado há mais de 30 anos, o Mig-29 foi lançado para concorrer com o F-16 americano e atualmente nas Forças Aéreas da Rússia e de outros 28 países se encontram em serviço mais de mil destes caças.

Fonte: EFE via Terra - Foto ilustrativa: Reprodução

sábado, 26 de julho de 2014

Ameaça de passageiro faz avião que ia ao Panamá voltar para o Canadá

Homem de 25 anos foi detido; voo foi escoltado por dois aviões dos EUA.

'Passageiro alterado ameaçou diretamente a aeronave', disse o porta-voz.



Dois aviões F16 norte-americanos escoltaram o avião Boeing 737-8Q8(WL), prefixo C-FDBD, da Sunwing Airlines que ia à Cidade do Panamá a partir do aeroporto de Pearson, em Toronto, no Canadá, devido a ameaças de um de seus passageiros.

Janine Chapman, porta-voz da companhia aérea, disse nesta sexta (25) que o voo 772 foi obrigado a voltar após 45 minutos da decolagem “quando um passageiro alterado ameaçou diretamente a aeronave”. A porta-voz não deu detalhes dobre a ameaça.


De acordo com a polícia de Toronto, um homem canadense de 25 anos de idade foi detido. Jennifer Stadnyk, do comando aéreo dos Estados Unidos, disse que os aviões F16 decolaram de Ohio e escoltaram a aeronave da Sunwing Airlines “com precaução”.






O avião, com 183 passageiros e seis tripulantes a bordo, aterrissou sem problemas e ninguém foi ferido. Segundo Chapman, o voo deve partir em breve para o Panamá.

Fonte: AP via G1 - Fotos via globalnews.ca

Encontrada segunda caixa-preta de avião que caiu na África

Primeira caixa-preta foi localizada nesta sexta-feira (25).

Voo que seguia para a Argélia estava com 118 pessoas a bordo.


A segunda caixa-preta do avião da Air Algerie que caiu na quinta-feira (24) foi encontrada pela Missão da Organização das Nações Unidas no Mali (Minusma). O anúncio foi feito neste sábado (26) pelo porta-voz da Minusma, Radhia Ashuri. 

O acidente ocorreu no Mali, na África Ocidental, e matou 118 pessoas. O voo partiu de Burkina Faso e seguia para a Argélia.

"A segunda caixa-preta do avião foi encontrada nesta manhã no local do acidente" por especialistas da Minusma na área de Gosi, a 100 km de Gao (norte do Mali), afirmou Ashuri. 

A primeira caixa havia sido localizada na sexta-feira (25).

"É um fato positivo, que pode ajudar muito" nas investigações sobre o acidente, disse.

Segundo Ashuri, a segunda caixa-preta deve ser levada a Gao, onde se localiza o centro que coordena as operações relacionadas ao acidente, nas quais participam França, Mali e a Minusma.

Fonte: France Presse via G1

Saiba quais são as zonas mais perigosas para a aviação comercial

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Sempre que é registrado um acidente de avião, os usuários desse tipo de transporte são lembrados dos perigos relacionados a essa atividade. A possibilidade de problemas mecânicos e erros humanos torna voar sempre um risco, mesmo que o avião seja, ainda assim, um dos meios de transporte mais seguros.

Mas nem sempre a queda de uma aeronave se deve ao que acontece no céu - às vezes, o problema é o que está lá embaixo.

No mundo da aviação comercial, há regiões que são reconhecidas como zonas arriscadas para se voar por causa da possibilidade de os aviões serem derrubados por armas utilizadas em conflitos.

Essas regiões voltaram a ganhar destaque depois do que ocorreu há uma semana, quando um avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, caiu no leste da Ucrânia, uma área disputada entre forças do governo e separatistas pró-Rússia. A suspeita é de que a aeronave tenha sido abatida por um míssil.

Desde então, devido à ofensiva movida por Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, e a resposta palestina – com mísseis disparados contra o território israelense –, empresas aéreas cancelaram voos para a região. 

Por fim, nesta quinta-feira, um avião de passageiros caiu no norte da África com 116 pessoas a bordo. Embora não se saiba ao certo o motivo, a região onde a queda ocorreu foi até recentemente palco de enfrentamentos entre tropas malinesas e insurgentes islâmicos.

A BBC preparou abaixo uma lista com algumas dessas áreas tidas como as mais perigosas para a aviação civil.

Ucrânia e o trauma do MH17


De acordo com o governo ucraniano, apoiado por relatórios de inteligência do governo dos EUA, o MH17 foi abatido por um míssil.

Segundo o governo da Ucrânia, relatórios de inteligência indicaram que o MH17 foi abatido por um míssil 

Depois da queda, na última quinta-feira, do voo MH17 da Malaysia Airlines, a FAA estendeu a proibição que já existia desde abril, de voar sobre a Crimeia, até o leste da Ucrânia. Já a AESA recomendou "evitar o espaço aéreo de Simferopol e usar rotas alternativas disponíveis".


Segundo relatos iniciais do governo ucraniano, baseados em relatórios de inteligência do governo dos EUA, o MH17 foi destruído por um sofisticado míssil lançado por um sistema terra-ar, aparentemente um BUK, fabricado pela Rússia. 

Isso ocorreu enquanto o avião estava voando a uma altitude de cerca de 10 mil quilômetros sobre o leste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia.

Entre 50 e 60 países têm um sistema de mísseis de grande altitude controlados por radar como o que pode ter afetado o Boeing 777, disse John Pike, diretor da GlobalSecurity.org, site de informações militares, à agência de notícias Associated Press.

Líbia: Mísseis menores, mas eficazes


Mas os protagonistas do conflito na Ucrânia não são os únicos com tecnologia para derrubar um avião.

Os lançadores de mísseis portáteis ou sistemas de defesa aérea portáteis (Manpads, na sigla em inglês) são armas menores, mas eficazes e muito mais fáceis de transportar.

Um desses mísseis pode atingir um avião a uma altitude de até 4,5 mil metros. Muitos são carregados no ombro, e treinar um homem para lançar um dele é questão de horas.

Um dos principais focos deste tipo de perigo é a Líbia.

Em Trípoli, a capital, milícias armadas que têm esses lançadores portáteis estão disputando o controle do principal aeroporto do país.

De acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA, "a situação de segurança na Líbia permanece imprevisível e instável." A Autoridade Aérea dos EUA proibiu qualquer forma de voo sobre o território líbio, e a recomendação é que nenhum cidadão americano viaje ao país.

E, após a queda do ex-líder Muammar Khadafii, importantes peças de artilharia, incluindo sistemas de defesa aérea portáteis, foram distribuídos por toda a região do Sahel no norte da África. A área está localizada entre o deserto do Saara no norte e a savana do Sudão no sul, com o oceano Atlântico a oeste e o Mar Vermelho a leste.

De acordo com um relatório da ONU de março deste ano, lançadores líbios foram distribuídos para áreas de conflito em Chade, Mali, Tunísia e Líbano.

Ao sul do Saara, a região do Mali pode ser agora um novo potencial ponto de perigo para a aviação, refletindo a possibilidade de que o acidente da Air Algerie, que caiu nesta quinta-feira, tenha sido derrubado. No entanto, não havia, até a tarde desta quinta (hora de Brasília) nenhuma indicação de que isso tenha acontecido.

Iraque, Síria e Oriente Médio


O conflito interno na Síria e no Iraque recrudesceram com o avanço de grupos islâmicos radicais.  

Conflitos internos na Síria e no Iraque aumentaram 
com ascensão de grupos islamitas - Crédito: Reuters 

No Oriente Médio, a guerra civil generalizada na Síria e os recentes acontecimentos no Iraque, depois da tomada de regiões por grupos islâmicos radicais como o Estado Islâmico - anteriormente conhecido como ISIS - tornaram a fronteira entre os dois países uma área que várias companhias aéreas preferem evitar. 

"Nenhuma parte da Síria deve ser considerada a salvo da violência", diz um comunicado do Departamento de Estado dos EUA.

"Há um risco significativo para as operações de voos civis na Síria", disse um relatório da FAA, instituição que também proibiu voos americanos comerciais ou de carga a menos de 20 mil pés (6.096 metros) de altura pelo Iraque.

Outras regiões que "representam uma ameaça para a aviação dos EUA" na área, de acordo com a agência, são a Península do Sinai, no Egito, o Irã, o Iêmen e, na Ásia Central, o Afeganistão.

Em decorrência do atual conflito entre palestinos e israelenses, Israel também passou a ser considerado zona de risco.

Nesta terça-feira, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) proibiu companhias aéreas americanas de voar para o aeroporto de Tel Aviv, após um foguete aparentemente disparado por palestinos cair perto do aeroporto Ben Gurion.

Após as autoridades americanas anunciarem a medida, a Agência Europeia da Segurança Aérea (EASA, na sigla em inglês) emitiu uma circular em que "recomenda enfaticamente que usuários do espaço aéreo se abstenham de operar no Aeroporto Internacional de Tel Aviv Ben Gurion."

Algumas companhias aéreas europeias, como Lufthansa, Air France e KLM, cancelaram voos.

Milícias, guerrilhas e conflitos civis na África


A FAA proíbe voos comerciais no norte da Etiópia e alertou aviões para não pousarem em Mandera, no Quênia, a poucos quilômetros da fronteira da Etiópia com a Somália.

Este último país tem também uma proibição parcial pela FAA: voos comerciais não podem voar a menos que 20 mil pés (6.096 metros) de altura, dada a instabilidade e conflito interno somali.

Outro país que tem aviso sobre potencial ameaça é o Congo, depois que, em 1998, rebeldes usaram um lançador de foguetes, o SA-7, para derrubar um avião que transportava 40 civis. Todos morreram.

Coreia do Norte: Testes de mísseis sem aviso prévio


Outro país em que há recomendação de evitar os céus é a Coreia do Norte. 

Líder norte-coreano Kim Jong-un inspeciona locais
de lançamento de mísseis - Crédito: Reuters

O líder norte-coreano Kim Jong-un geralmente inspeciona pessoalmente os locais de onde os mísseis são lançados.

A FAA proíbe os operadores de voo de entrar no espaço aéreo de Pyongyang em determinada longitude. 

No entanto, após os testes de mísseis mais recentes feitos em março deste ano pelo governo norte-coreano, a agência advertiu: "A Coreia do Norte tem um histórico de lançamentos de mísseis de alcance curto e médio sem aviso prévio", e por isso recomendou evitar toda a região.

Fonte: BBC

IATA quer que governos avaliem riscos do espaço aéreo


Neste momento, há "41 conflitos cinéticos", identificados pela empresa de segurança iJet International Inc. [citada pelo "The Wall Street Journal"], cujo trabalho é fornecer elementos e aconselhar "os departamentos de viagens e as companhias aéreas".

Para o presidente-executivo da IATA, Tony Tyler, "os governos têm de tomar a iniciativa de rever a forma como as avaliações de risco do espaço aéreo são feitas", de forma a garantir que nunca mais se repetirá uma tragédia igual à do voo MH17.

Fonte: Expresso (Portugal) - Imagem: Reprodução

Passageiros pagarão por desviar da Ucrânia

O custo adicional para redirecionar centenas de aviões de passageiros deve traduzir-se em passagens mais caras para os consumidores.


O custo adicional para redirecionar centenas de aviões de passageiros, contornando o espaço aéreo da Ucrânia, que foi fechado depois que um voo da Malaysia Airlines foi derrubado na semana passada, deve traduzir-se em passagens mais caras para os consumidores.

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Jovem divulga foto com rímel furtado em acidente na Ucrânia

Ekaterina Parkhomenko de Torez alega ser uma separatista pró-russa e odiar tudo o que é relacionado à Ucrânia.

Ekaterina disse que recebeu o rímel de um amigo dela e apagou sua conta no
 Instagram e em todas as outras redes sociais - Foto: Facebook/Reprodução

Uma jovem tornou-se alvo de críticas depois de ter publicado uma foto nas redes sociais, mostrando que estava usando um rímel roubado nos destroços do acidente do voo MH-17 da Malaysia Airlines, na Ucrânia. As informações são do Daily Mail. 

Segundo a publicação, Ekaterina Parkhomenko de Torez, que alega ser uma separatista pró-russa, compartilhou duas fotos no seu perfil do Instagram sob a legenda: "Maquiagem de Amsterdã ou, para ser mais precisa, do terreno. Vocês entendem". Ela ainda diz que odeia tudo o que é relacionado à Ucrânia.

Após receber diversas críticas nos comentários, Ekaterina disse que recebeu o rímel de um amigo dela e apagou sua conta no Instagram e em todas as outras redes sociais.


Durante a semana, uma foto que mostrava um separatista roubando um anel de ouro de uma das vítimas do acidente também causou revolta nas redes sociais.

Fonte: Terra - Fotos: Facebook / Daily Mail

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sete mortos em queda de helicóptero militar na Índia


Um helicóptero HAL Dhruv da Força Aérea da Índia (Bharatiya Vayu Sena) caiu nesta sexta-feira (25) no norte da Índia, matando todas as sete pessoas a bordo, incluindo os dois pilotos.

O helicóptero havia decolado da localidade de Bareilly às 15:53 (hora local) em direção a Allahabad.

Após voar por cerca de uma hora, os pilotos teriam contactado o Controle de Tráfego Aéreo (ATC), em Lucknow alertando-a para um problema técnico. Em seguida, foi perdido o contato tanto via radar como por rádio.



O helicóptero se acidentou perto de Lucknow, no distrito de Sitapur, no estado de Uttar Pradesh.

Algumas testemunhas disseram que um incêndio tomou conta do helicóptero quando bateu no chão, numa área sem residências.

Fontes e imagens: indiatoday.intoday.in / theindu.com / PTI

Avião experimental cai no oeste da Bahia e duas pessoas ficam feridas

Fotógrafo Rui Rezende era um dos ocupantes; estado de saúde é grave.

Queda ocorreu na divisa entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.


Avião caiu com dois passageiros em fazenda do oeste baiano

A aeronave de pequeno porte Paradise, prefixo PU-DET, caiu por volta das 11h desta quinta-feira (24), na divisa de Barreiras e Luís Eduardo Magalhaes, no oeste baiano.

As duas pessoas a bordo do avião, o fotógrafo Rui Rezende e a piloto Ana Maíra Moraes, ficaram feridos no acidente.

A assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o acidente envolveu uma aeronave experimental, de matricula PU-DET, que caiu na fazenda Santo Antônio, na região de Barreiras.

A FAB explica que é considerada experimental a aeronave regularizada junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas que não é homologada.

A dupla realizava um voo panorâmico por cima de uma plantação de algodão, que seria fotografada por Rezende.


As vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Barreiras, e encaminhadas para o Hospital do Oeste, em Barreiras. Segundo informações da unidade, a piloto fraturou as duas pernas, está em coma induzido e aguarda avaliação neurológica. Já o fotógrafo passou por uma cirurgia. O estado de saúde dos dois é considerado grave.

As delegacias de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães não registraram nenhuma ocorrência sobre o caso. 

Fonte: G1 BA - Fotos: Sigi Vilares/Blog Sigi Vilares