segunda-feira, 21 de julho de 2014

Voo MH17: perguntas sem respostas

Em meio ao caos e às acusações mútuas, pouco se sabe de fato sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines.

O Boeing 777 foi derrubado por um míssil terra-ar, matando seus 298 ocupantes, em sua maioria holandeses, e aumentando drasticamente o peso do conflito regional que começou três meses atrás.

A seguir, algumas das perguntas sem respostas sobre o caso.

1. Quem derrubou o avião?


Apenas uma ampla investigação pode determinar isso. O que se sabe que o Boeing 777 foi derrubado por um míssil terra-ar em um território da Ucrânia que está sob controle de separatistas russos.

Imagens de satélite mostram uma coluna de fumaça deixada por um míssil terra-ar, e sensores infravermelhos gravaram o momento em que o avião explodiu.

Analistas norte-americanos vasculham fragmentos de dados de inteligência para tentar descobrir quem lançou o míssil, por que, e de onde veio o armamento, mas estão esbarrando em questões complicadas. 

Tanto o governo da Ucrânia quanto os EUA acusaram a Rússia - que nega qualquer envolvimento. Já os separatistas dizem que foi a própria Ucrânia quem derrubou o avião.

2. Por que alguém derrubaria um avião comercial?


Caso de fato estejam por trás do ataque, os separatistas russos podem ter confundido o avião da Malaysia Airlines com uma aeronave militar ucraniana. Nos últimos meses, eles usaram mísseis para derrubar uma dezena de aviões ucranianos.

As aeronaves derrubadas pelos rebeldes, que usaram lança mísseis portáteis, voavam a baixa altitude, diferente do avião da Malaysia, que estava a 10 mil metros de altura. A lista inclui helicópteros militares, aviões de transporte do Exército e caças da força aérea.

3. Por que o avião sobrevoava uma zona de conflito?


Voo ia de Amsterdã (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia) - Arte/UOL

As companhias aéreas seguem regras estipuladas por autoridades de avião civil. O MH17 saiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, e tinha como rota prevista o leste da Ucrânia, uma rota comum para voos internacionais. O espaço aéreo na região estava fechado apenas em uma altura inferior a 32 mil pés, e não totalmente.

Horas após o acidente, empresas aéreas informaram que vão evitar o espaço aéreo ucraniano. A francesa Air France, a alemã Lufthansa, a britânica British Airways, a holandesa KLM e a italiana Alitalia decidiram evitar o espaço aéreo do leste da Ucrânia.

Já as russas Transaero e Aeroflot, a turca Turkish Airlines, a americana Delta Airlines e a árabe Emirates Airline anunciaram que evitarão todo o espaço aéreo do país.

4. Quem irá investigar o acidente?


A Austrália apresentou uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU pedindo uma investigação internacional do acidente. Mas a Rússia, que tem poder de veto no organismo, defende uma versão modificada, que exclua a Ucrânia das investigações.

5. Onde estão as caixas-pretas?


Os separatistas disseram ter recuperado "objetos técnicos", mas não sabem identificar se são de fato as caixas-pretas. Em um áudio divulgado pelo governo ucraniano (cuja autenticidade não pode ser confirmada), um líder rebelde afirma que Moscou está interessado em obter as caixas-pretas e pede que seus seguidores as procurem com urgência.

Vídeo divulgado pela agência Reuters mostra um homem vestindo roupas camufladas como as usadas pela equipe do Ministério de Emergências da Ucrâniacarregando uma caixa laranja semelhante a uma caixa-preta.

6. Os corpos de todas as vítimas foram recuperados?


Não se sabe. Os rebeldes colocaram a maior parte dos corpos em dois trens frigoríficos nas proximidades do local do acidente, para levá-los para a cidade de Donetsk.

7. O que será feito dos corpos?


Rebeldes se recusam a entregar os corpos para as autoridades ucranianas, pois temem que sejam usados como evidência de que derrubaram o avião. O governo da Ucrânia disse que gostaria de entregá-los para a Holanda, para que sejam feitos aí todos os exames e análises necessários.

O Ocidente pressiona o presidente russo, Vladimir Putin, para que os corpos sejam repatriados.

Mais sobre o avião abatido


Coincidência

Este é o 4º acidente aéreo em 17 de julho: outros três aviões caíram nos dias 17 de julho de 1996, 2000 e 2007.

Principais ataques

Se for confirmado que a aeronave foi derrubada por um míssil, terá sido o ataque mais mortífero contra um voo comercial desde os anos 1960. Desde 1967, mais de 700 pessoas foram mortas em 19 incidentes envolvendo ataques com disparos propositais.

Morte instantânea

"Quase ninguém a bordo soube o que estava acontecendo. Se não morreram instantaneamente, ficaram inconscientes em frações de segundos." A afirmação é de Justin Bronk, pesquisador britânico da área de defesa e segurança.

Abate poderia ter sido evitado

Aviões comerciais como o Boeing 777 da Malaysia Airlines que foi sobre a fronteira da Ucrânia com a Rússia não possuem nenhum dispositivo para despistar mísseis.

Fonte: UOL  (com agências internacionais)

Separatistas entregam caixas-pretas do voo MH17 a especialistas malaios

Duas caixas-pretas estão em 'boa condição', diz autoridade da Malásia.

Trem com corpos do voo MH17 deixa cidade controlada por separatistas.

Combatente pró-Rússia apresenta caixa-preta do voo MH17 nesta segunda-feira (21) na cidade de Donetsk, ao lado do líder separatista Aleksander Borodai (de azul) - Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsky

O líder dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, Aleksander Borodai, entregou nas primeiras horas desta terça-feira (22), pelo horário local, as duas caixas-pretas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na semana passada na região, para especialistas da Malásia, segundo informam as agências de notícias internacionais.

"Aqui estão as caixas-pretas", disse Borodai em uma sala cheia de jornalistas na sede da autoproclamada "República Popular de Donetsk", enquanto um rebelde armado colocava as caixas sobre uma mesa.

Os dois lados assinaram um documento, que Borodai classificou como um protocolo para finalizar o procedimento. De acordo com declaração de Mohamed Sakri, uma autoridade do Conselho de Segurança da Malásia no local, as duas caixas-pretas estão "em boa condição".

Na ocasião, os separatistas também anunciaram um cessar-fogo dos confrontos com o Exército da Ucrânia em um raio de 10 km em torno do local em que caiu o Boeing, para facilitar a investigação das causas do acidente.

Nesta segunda, o trem refrigerado com os cerca de 300 corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines deixou no início da noite (hora local) a estação de trem de Torez em direção a Kharkiv, na região vizinha de mesmo nome, em que já espera um grupo de especialistas forenses de vários países.

Rebelde das forças pró-Rússia fala ao telefone enquanto trem com corpos
 deixa estação em Torez, na Ucrânia - Foto: Vadim Ghirda/AP

Depois, os restos mortais serão transportados a Amsterdã em um avião militar Hercules C130 da Holanda, com seis membros de uma equipe malaia que os acompanhará também no trem, segundo declarou Najob Razak, premiê da Malásia. De acordo com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, o governo da Ucrânia concordou que as identificações dos corpos sejam feitas na Holanda.

Os Estados Unidos afirmam que o avião foi derrubado por um míssil disparado de uma zona sob controle de rebeldes apoiados pela Rússia. Um general do estado-maior do exército russo, Andrei Kartopolov, negou nesta segunda que Moscou tenha fornecido aos separatistas mísseis antiaéreos.

Ele levantou suspeitas sobre Kiev, ao afirmar que um caça ucraniano estava a uma distância de 3 a 5 quilômetros do avião da Malaysia Airlines pouco antes do acidente.

"Com que objetivo um avião caça voava a esta altitude e ao mesmo tempo que um avião civil?", se perguntou o militar.

Imagem de satélite mostra local da queda do Boeing 777
Foto: AP Photo/Airbus DS/AllSource Analysis

Fonte: G1

Homem na lua há 45 anos incentiva voo tripulado para Marte em 2030

Nasa pretende levar voo tripulado para o planeta vermelho em meados de 2030.

Plano tem como inspiração o sucesso da Apollo 11 há 45 anos.


Há 45 anos, o homem dava um salto gigantesco na história. Um astronauta pisava, pela primeira vez, na lua. Uma contagem regressiva que iria mudar o mundo. A Apollo 11 levou três astronautas para onde jamais ninguém havia chegado.

Seis horas depois, o comandante da missão, Neil Armstrong, descreveu a conquista da Lua para as 530 milhões de telespectadores que acompanhavam esse momento histórico pela televisão: “Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade".

Buzz Aldrin, hoje com 84 anos, foi o segundo astronauta a pisar na Lua: "Havia uma poeira prateada envolvendo as sombras da Lua, o horizonte era muito claro", lembra ele.

E lá, ele e Neil Armstrong fincaram a bandeira americana. Uma vitória em uma época em que o mundo era dividido entre os capitalistas - comandados pelos Estados Unidos - e os comunistas, liderados pela então União Soviética. Outras cinco missões pousaram na Lua. A última, em 1972.

Até que o homem chegasse à Lua, vários foguetes foram testados para preparar o caminho e garantir o sucesso da missão. E é nesta fase de testes e de muita pesquisa que a Nasa está agora com o objetivo de romper a próxima fronteira da exploração espacial: Marte.

A agência americana pretende levar um voo tripulado para o planeta vermelho em meados de 2030. Um plano ambicioso que tem como inspiração o sucesso da Apollo 11.

Clique AQUI e assista a reportagem do Jornal Nacional.

Fontes: Jornal Nacional / NASA

20 de julho: Aniversário de Santos Dumont


"As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso".

Alberto Santos Dumont

Homenagem ao Pai da Aviação, nascido em 20 de julho de 1873

Tragédia com avião da Malaysia Airlines ainda é um mistério


O voo MH17 partiu de Amsterdã com destino a capital da Malásia. A hipótese mais provável para queda do avião é que ele foi atingido por um míssil. 

Clique AQUI e assista reportagem do Fantástico (TV Globo).

Leia também:



Tragédias aéreas raras dão histórico macabro à Malaysia Airlines

Malásia vive 2ª tragédia em menos de cinco meses envolvendo a mesma companhia aérea; voo pode ter sido abatido na Ucrânia.

Dois Boeings 777. Dois desastres de aviação incrivelmente raros. E uma companhia aérea. 

Mulher chora ao saber que avião da Malaysia Airlines caiu no leste da 
Ucrânia, no aeroporto internacional de Kuala Lampur em Sepang, Malásia

No que parece ser uma coincidência espantosa, a Malásia está se recuperando da segunda tragédia que atinge a companhia aérea nacional em menos de cinco meses.

Em 8 de março, avião da Malaysia Airlines desapareceu cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur dando início a um mistério internacional que permanece sem solução. Na quinta-feira (17), a companhia aérea - e a nação - foi lançada em outra crise após o mesmo tipo de aeronave ter caído sobre a Ucrânia.

De acordo com a Ucrânia, o avião foi derrubado por um míssil sobre a parte oriental do país, região assolada pela violência. Outros detalhes sobre o incidente estão apenas começando a aparecer. Mas o que é certo é que a companhia aérea e a nação devem se preparar para outro encontro com a dor, recriminações, crítica internacional e intensas implicações jurídicas e diplomáticas.

Em meio a tudo isso, uma pergunta: como poderia o desastre atacar a mesma companhia aérea duas vezes em tão curto espaço de tempo?

"Qualquer um desses eventos tem uma probabilidade incrivelmente baixa de acontecer", disse John Cox, presidente e CEO da Segurança Sistemas Operacionais, ex-piloto de linha aérea e investigador de acidentes. "Para acontecer dois deles com poucos meses de diferença então, é certamente sem precedentes."

O primeiro desastre que marcou profundamente a Malásia deixou o mundo estupefato. Como poderia um Boeing 777-200ER, um jato jumbo moderno, simplesmente desaparecer? O voo MH370 saiu de curso durante trajeto para Pequim e acredita-se que caiu no Oceano Índico, ao longe da costa da Austrália Ocidental.

A área de buscas foi alterada várias vezes, mas não houve nenhum sinal da aeronave ou das 239 pessoas a bordo. Desde então, a forma como o avião chegou até o local da queda provavelmente permanecerá um mistério.



Na quinta não havia mistério algum sobre o paradeiro do Boeing 777-200ER, que caiu durante um voo de Amsterdã a Kuala Lumpur com 280 passageiros e 15 tripulantes. Seus destroços foram encontrados na Ucrânia e não houve sobreviventes.

Autoridades disseram que o avião foi abatido a uma altitude de 10 mil metros. A região tem sido palco de lutas intensas entre forças ucranianas e separatistas pró-Rússia nos últimos dias. 

A Malaysia Airlines foi amplamente criticada pela forma como lidou com a caçada e investigação sobre o voo MH370. Parentes das vítimas acusam a companhia de encobrir os fatos, além de teorias da conspiração persistentes sobre o destino do avião, incluindo a que ele possa ter sido abatido.

Não há nenhuma razão imediata que interligue os dois desastres que se abateram sobre a companhia aérea. Cox disse que de acordo com seu conhecimento, não havia nenhuma proibição contra voar sobre o leste da Ucrânia, apesar da violência em terra. Ele disse que, se o avião foi abatido por um míssil, o piloto provavelmente nem soube.

"Um míssil como esse normalmente atinge o avião pela parte de trás. Não há razão para o piloto ter visto isso", disse ele.

Malaysia Airlines foi especialmente criticada pela forma como lidou com a comunicação após o desaparecimento da aeronave, que apresentou desafios únicos devido à incerteza dos parentes das pessoas a bordo. Com o avião batendo sobre a terra nesta quinta e seus destroços já localizados, não haverá esse problema. Mas a investigação de agora será tão sensível quanto a anterior. Haverá implicações legais e diplomáticas, quando o responsável for apontado.

"A companhia aérea e o Ministério dos Transportes da Malásia sofreram grandes críticas pelo modo como lidaram com o MH370, devido à sua inexperiência", afirmou Charles Oman, professor do departamento de aeronáutica e astronáutica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

"Esperamos que eles sejam melhores desta vez", continuou ele. O acidente certamente irá causar mais prejuízos financeiros a Malaysia Airlines. Mesmo antes do desastre ocorrido em março, a companhia havia informado perdas por causa da forte concorrência de companhias de baixo custo. Depois disso, passageiros têm cancelado voos e apesar de a companhia aérea ter assegurado, enfrenta incerteza sobre os pagamentos às famílias das vítimas.

Fonte: iG (com AP)

Avião cai perto de Lake Placid, em Nova York; 3 mortos

Um pequeno avião caiu sábado (19) ao tentar pousar em um aeroporto perto de Lake Placid, matando todas as três pessoas a bordo.


A polícia estadual disse que o avião, o monomotor Mooney M20F, prefixo N6467Q, registrado em West Virginia, explodiu em chamas sobre o impacto em torno de 10:40 de sábado.

O gerente do Aeroporto Municipal de Lake Placid, Steve Short, disse que informações preliminares mostravam que o avião caiu após a sua primeira tentativa de pouso, ao arremeter por causa de um outro avião estar se aproximando na direção oposta. Por protocolo, os dois aviões se afastaram um do outro para uma nova abordagem, disse Short.

Na retomada, o Mooney perdeu potência, estolou e caiu em uma fazenda a cerca de dois terços de uma milha distante da pista.

Fonte: ASN - Fotos: mychamplainvalley.com

Outro acidente com avião mata quatro no Arizona



Por volta das 04:00 (hora local) de domingo (20), os bombeiros responderam a um incêndio a apenas quatro milhas a noroeste de Sedona, no Arizona, nos EUA.

O fogo, localizado dentro da área de Fay Canyon, no Parque Nacional Coconino, foi iniciado por um acidente de avião monomotor que matou quatro passageiros, de acordo com o Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai.

O avião foi localizado logo após às 6:00 da manhã. Os quatro ocupantes da aeronave morreram no acidente.

Fonte: ASN - Fotos: azfamily.com

Acidente com avião mata dois no Arizona

Um avião caiu neste domingo (20) na área de Virgin River Gorge, no Condado de Mojave, no Arizona, nos EUA.




A Secretaria de Segurança Pública do Arizona confirmou que recebeu relatos de que um avião semelhante a um Cessna tenha num desfiladeiro às 7h30min (hora local) na região da fronteira de Utah e Arizona.

"(O piloto) bateu a asa direita na borda e caiu nariz primeiro, de cabeça para baixo", disse Brandon Zgadzaj, testemunha do acidente.

A polícia local confirmou que duas pessoas morreram, mas foi incapaz de confirmar a sua idade, sexo, ou de onde vinham.


Fonte: ASN - Fotos: ksl.com

Conheça o trabalho do médico do helicóptero da PM

Você já parou para pensar sobre a variedade de profissões e funções disponíveis no mercado de trabalho? Muitas delas parecem inalcançáveis, não é mesmo? O quadro ‘Sua Chance’ do Bom Dia Cidade desta segunda, dia 21, mostrou o trabalho do médico do helicóptero de resgate da Polícia Militar.

Médico do helicóptero Águia da PM fala sobre desafios da profissão

O risco, a adrenalina e a vontade de cumprir uma missão andam juntos sempre. Uma função indispensável, cheia de desafios, com um alcance capaz de reacender esperanças. Os médicos que trabalham na equipe de resgate do helicóptero Águia fazem parte do GRAU (Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências). E para exercer a profissão, os formados em medicina, precisam ter especialização em anestesia, cirurgia geral, cardiologia ou em UTI. Além dessas qualificações, é necessário passar no concurso público da Secretaria de Saúde do Estado.

- A possibilidade de poder chegar 'in loco' e salvar uma vítima ou ser o diferencial para essa vítima sempre foi a minha grande paixão, disse o médico do GRAU, Ricardo Vanzetto.

Clique AQUI para assistir a reportagem.

Fonte: EPTV - Foto: Reprodução/EPTV

sábado, 19 de julho de 2014

Conheça os 10 principais casos de aviões civis abatidos na história

14 de junho de 1940



O primeiro registro de abatimento de avião na história aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940. A aeronave Kaleva, OH-ALL, que pertencia a transportadora finlandesa Aero O/Y, foi bombardeada por torpedeiros do Exército soviético. O avião saiu do aeroporto de Tallinn, na Estônia, e tinha como destino o terminal de Helsinki-Malmi, na Finlândia. Nove pessoas estavam a bordo, sendo sete passageiros e dois tripulantes. Todos morreram. A Finlândia havia sido invadida pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em novembro de 1939, depois de rejeitar as demandas territoriais feitas pela URSS, na chamada "Guerra de Inverno". O conflito entre as duas nações terminou momentaneamente em 12 de março de 1940, quando os finlandeses assinaram um tratado de paz, cedendo 10% do seu território, e 20% de sua capacidade industrial aos soviéticos. O ataque ao avião finlandês, em junho do mesmo ano, determinou a entrada da Finlândia na guerra, ao lado dos alemães.

3 de março de 1942



A aeronave PK-AFV, operado pela empresa KNILM, das antigas Índias Orientais Holandesas (atual Holanda), foi abatido sobre a Austrália, pela Marinha Imperial Japonesa. O ataque aconteceu próximo a cidade de Carnot Bay, na Austrália, e o piloto Ivan Smirnov foi obrigado a realizar um pouso forçado sobre uma praia. Doze pessoas estavam a bordo, quatro delas morreram e oito sobreviveram. O avião transportava nove refugiados da invasão japonesa em Java - ilha localizada na Indonésia - e mais de US$ 20 milhões em diamantes. A aeronave tinha como destino a região de Broome, que abrigava holandeses e seus aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que os diamantes tenham sido roubados, embora ninguém tenha sido condenado pelo crime.

1º de junho de 1943 



O voo 777 da empresa BOAC - British Overseas Airways Corporation - companhia aérea estatal britânica - foi atacada por oito aviões alemães em junho de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. O avião partiu do aeroporto da Portela, em Portugal, e seguia para o aeroporto de Whitchurch, na Inglaterra, mas foi atingido próximo ao Golfo da Biscaia, entre as costas da França e da Espanha. As 17 pessoas que estavam na aeronave Douglas DC-3-194, prefixo G-AGBB morreram, incluindo o ator inglês Leslie Howard, que teve destaque em sua atuação no filme Gone with the Wind (E o Vento Levou). Existem diversas teorias sobre o ataque. Uma delas dá conta de que os alemães acreditavam que o primeiro ministro britânico Winston Churchill estava a bordo. Outra diz que a aeronave foi atingida porque vários passageiros, incluindo Howard, eram espiões britânicos. O que se sabe é que a rota traçada pelo avião era frequentemente utilizada para levar prisioneiros de guerra à Grã-Bretanha. 

27 de julho de 1955 



A aeronave modelo Lockheed L-049 Constellation, prefixo 4X-AKC, da companhia aérea israelense El Al, foi abatida perto de Petrich, na Bulgária, em julho de 1955. O avião partiu do aeroporto de Heathrow, em Londres, e tinha como destino o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Cinquenta e oito pessoas estavam a bordo e morreram após a aeronave ser derrubada por dois caças búlgaros. De acordo com o Exército da Bulgária, o avião israelense não obedeceu a ordem de retirada do território aéreo búlgaro e, por isso, foi derrubado. No entanto, os israelenses alegam que não puderam participar das investigações do ataque. O incidente aconteceu em meio a relações tensas entre os blocos Socialista e Capitalista, durante a Guerra Fria. As nações interpretaram como uma provocação grave por parte do bloco rival, visto que os búlgaros apoiavam os socialistas, liderados pela União Soviética, e o recém-criado Estado de Israel era aliado da França e do Reiuno Unido, que integravam o bloco capitalista.

21 de fevereiro de 1973



Na década 1960, nenhum ataque aéreo a aviões civis foi registrado. No entanto, em 1973, um Boeing 727, prefixo 5A-DAH, da companhia Libyan Arab Airline rumava do Aeroporto Internacional de Trípoli, na Líbia, para o Aeroporto Internacional de Cairo, no Egito, mas entrou no espaço aéreo de Israel devido ao mau tempo e a uma falha nos equipamentos de localização.


O avião foi derrubado por caças israelenses sobre sobre o deserto do Sinai - uma península montanhosa localizada no Egito. Segundo as autoridades, o avião se recusou a aterrissar. Morreram 108 das 113 pessoas a bordo.

27 de junho de 1980



O voo 870 da companhia aérea italiana Itavia, caiu no mar Tirreno entre as ilhas de Ponza e Ustica, matando todas as 81 pessoas que estavam a bordo. A aeronave DC-9 havia saído do aeroporto Guglielmo Marconi, em Bologna, e tinha como destino a o aeroporto Falcone-Borsellino, em Palermo. O desastre gerou inúmeras investigações, ações judiciais e acusações, incluindo alegações de conspiração por parte do governo italiano. Inclusive, o ex-presidente italiano Francesco Cossiga atribuiu a causa do acidente a um míssil disparado pelo exército francês. Todavia, a Justiça da Itália concluiu que não haviam provas suficientes de que o voo foi derrubado por um míssil. Até hoje, as responsabilidades e as circunstâncias da catástrofe não foram estabelecidas.

1º de setembro de 1983



O Boeing 747-230B, prefixo HL-7422, sul-coreano, que pertencia a empresa Korean Airlines (KAL) foi derrubado por um caça soviético sobre a ilha de Sakhalin, localizada no extremo oriente russo, depois de ter se afastado de sua rota - o avião seguia do Aeroporto Internacional de Anchorage, no Alaska, para o Aeroporto de Gimpo, na Coréia do Sul. Os 269 passageiros e tripulantes morreram. Inicialmente, os soviéticos negavam o ataque, mas, cinco dias depois da derrubada, reconheceram a sua responsabilidade sob pressão internacional e depois de uma condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A União Soviética alegou que a aeronave estava em uma missão de espionagem. Esse foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria. Além disso, o incidente foi um dos motivos que levaram o governo de Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos à época, a permitir o acesso mundial ao sistema utilizado pelo norte americano, o GNSS - atualmente conhecido como GPS.

3 de julho de 1988



O Airbus A300B2-203, prefixo EP-IBU, da companhia aérea iraniana Iran Air, que voava entre Bandar Abbas, no Irã, e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi abatido logo após sua decolagem por dois mísseis disparados a partir de uma fragata americana (USS Vincennes) que patrulhava o Estreito de Hormuz - entre a costa norte do Irã e a costa sul dos Emirados Árabes Unidos. Todos que estavam a borda morreram - 290 pessoas, sendo 66 crianças. A tripulação do USS Vincennes alegou ter confundido o Airbus com um caça iraniano. O governo da República Islâmica do Irã, recebeu dos Estados Unidos uma indenização de US$ 101,8 milhões.

4 de outubro de 2001



O avião Tupolev-154M, prefixo RA-85693, da companhia aérea russa Sibir - Siberia Airlines, que voava de Tel Aviv, em Israel, para Novosibirsk, na Sibéria, explodiu quando sobrevoava o Mar Negro, a menos de 300 km da costa da Crimeia, no sul da Ucrânia. Todos os tripulantes e passageiros da aeronave morreram: 78 pessoas, sendo a grande maioria israelenses. Uma semana depois do incidente, Kiev reconheceu que o desastre tinha sido causado pelo disparo acidental de um míssil ucraniano. Mas apenas em 2003, foi assinado um acordo de compensação entre os governos da Ucrânia e de Israel - o valor não foi informado.

23 de março de 2007



O último ataque a uma aeronave civil confirmada foi em março de 2007. O avião Ilyushin II-76TD, prefixo EW-78849, pertencente à companhia aérea bielorrussa TransAVIAexport Airlines, foi atingido por um foguete na periferia de Mogadíscio, capital da Somália, durante a Batalha de Mogadishu - confronto militar travado por forças dos Estados Unidos com apoio das Nações Unidas contra milicianos da Somália, ligados a Mohamed Farrah Aidid, principal líder de movimentos sanguinários e ex-presidente do país. O avião transportava engenheiros e técnicos de Belarus que iam realizar reparos em outra aeronave, atingida por um míssil duas semanas antes. O governo da Somália nega o ataque e diz que o incidente foi acidental. As 11 pessoas que estavam na aeronave morreram. 

Fontes: Site Desastres Aéreos / Zero Hora, com informações da AFP

Malaysia Airlines divulga atualização das nacionalidades de passageiros a bordo de avião que caiu na Ucrânia

A maioria dos passageiros era da Holanda.

Avião caiu perto da cidade de Torez, na região de Donetsk
Foto: Dominique Faget/AFP

A Malaysia Airlines divulgou na madrugada deste sábado (19) uma atualização das nacionalidades dos 298 passageiros que estavam a bordo do voo MH17 que caiu na manhã de quinta-feira na Ucrânia. A maioria dos passageiros era holandesa. O avião foi atingido por um míssil, cuja origem ainda não está confirmada. 

A empresa Malaysia Airlines perdeu contato com o avião às 14h15min (GMT), a aproximadamente 50 quilômetros da fronteira entre Ucrânia e Rússia. O avião caiu perto da cidade de Torez, na região de Donetsk.

As nacionalidades: 

- 192 eram holandeses (sendo um com dupla cidadania norte-americana)
- 44 malaios (incluindo 15 tripulantes e duas crianças)
- 27 australianos
- 12 indonésios (incluindo uma criança)
- 10 do Reino Unido (sendo um com dupla cidadania sul-africana) 
- 04 alemães
- 04 belgas
- 03 filipinos
- 01 canadense
- 01 neozelandês

Clique AQUI e veja o perfil das vítimas.

As autoridades ucranianas responsabilizam os grupos separatistas russos que habitam a região pelo ataque. As agências de inteligência dos Estados Unidos confirmam que a explosão foi causada por um míssil terra-ar, só ainda não apontaram de onde partiu o ataque.


Fonte: Zero Hora

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Acompanhe as notícias sobre a queda do avião na Ucrânia

Acompanhe a cobertura em tempo real:  
http://g1.globo.com/mundo/queda-de-aviao-na-ucrania/cobertura/














Fotos via Daily Mail

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia



Para entender o conflito, é preciso levar em conta que a Ucrânia é um país dividido tanto do ponto de vista étnico quanto cultural.

A população do leste do país, perto da fronteira russa, tem maioria russa, é influenciada pela cultura russa, fala russo e tende a ser pró-Moscou.

Já a população da região central e oeste é de origem ucraniana, fala ucraniano e, desde que o país se tornou independente em 1991 com o fim da União Soviética, quer fazer parte da União Europeia.


A crise atual tomou corpo a partir de novembro do ano passado, quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich foi pressionado pela população da capital, Kiev, a priorizar relações comerciais com a União Europeia em detrimento de acordos com a Rússia.

De etnia russa, Yanukovich preferiu fechar com Moscou, pedindo um empréstimo bilionário à potência europeia-asiática.

Levantes populares começaram a tomar as ruas de Kiev, capital da Ucrânia, e foram reprimidos com mão de ferro pelo governante. A repressão acabou alimentando a revolta dos manifestantes, desencadeando violentos conflitos urbanos.

Em fevereiro, Yanukovich foi expulso do país e forças pró-União Europeia assumiram o poder após se autoproclamarem os novos governantes.

A população aprovou a troca e votou a favor da permanência do novo governo pró-Ocidente nas eleições realizadas em regime de urgência.


Vladimir Putin não reconheceu a troca de governo, enquadrando-a como golpe de Estado.

Ao mesmo tempo, milhares de soldados sem identificação começaram a tomar bases militares na península da Crimeia, no leste do país, para apoiar os insurgentes pró-Rússia. É claro que Putin nunca assumiu que as tropas não-identificadas eram russas, mas é consenso que os militares são enviados de Moscou.

As tensões culminaram na anexação da Crimeia pela Rússia em março deste ano, após um referendo não reconhecido internacionalmente realizado na região, com vitória dos separatistas.

Lembre-se que a Crimeia originalmente era parte da União Soviética, e foi transferida à Ucrânia há pouco mais de 50 anos por Nikita Khrushchev, sucessor de Stálin e ucraniano.

Em resposta à anexação forçada da Crimeia em março, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram uma série de sanções a empresas e homens fortes do governo russo. No momento, as relações entre a Rússia e as potências do Ocidente estão totalmente fragilizadas pelo impasse.

Depois que a Rússia anexou a Crimeia, outras regiões e cidades de maioria russa também manifestaram interesse em se separar da Ucrânia. Os conflitos entre tropas oficiais e separatistas pró-russos já deixaram mais de 400 mortos no leste da Ucrânia.

O governo da Ucrânia acusa Moscou de apoiar e armar os rebeldes separatistas, o que é negado pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Fonte: Ione Aguiar (Brasil Post) - Imagens: Reprodução

Acidente é o mais grave com Boeing 777

Foto: Helmut Schnichels (www.widebodies.de)

O Boeing 777 é uma das mais usadas aeronaves comerciais do planeta. Caso confirmado o número de mortes, será o maior acidente com o modelo, seguido pelo ocorrido em março.

O primeiro acidente fatal com o 777 aconteceu em 2013. Um avião da Asiana Airlines teve problemas durante o pouso em San Francisco, nos EUA, e deixou três mortos. Aconteceram ainda outros dois acidentes que não deixaram mortos.

O modelo foi lançado comercialmente em 1995 em um voo da United Airlines. Ele é fabricado pela americana Boeing e, segundo a empresa, é o líder de mercado.

O 777 é uma família de aeronaves com diferentes características. O que caiu nesta quinta é um 777-200ER. Ele tem capacidade para até 440 passageiros e autonomia de voo de até 14.305 quilômetros -o suficiente para ir de Londres a Los Angeles.

Pelo Twitter, a Boeing disse que aguarda mais informações sobre o voo. “Nossos pensamentos e rezas estão com aqueles que estavam à bordo do MH17, assim como seus familiares e amigos. Estamos prontos para oferecer assistência”, escreveu a empresa em sua conta.

Avião estava acima do espaço fechado

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A aeronave estava voando a 33.000 pés, cerca de 1.000 pés acima de uma faixa fechada do espaço aéreo, afirmou o Eurocontrol, órgão responsável pela coordenação do espaço aéreo europeu. “Esta rota foi fechada pelas autoridades ucranianas em terra para o Nível de Voo 320 (cerca de 32.000 pés), mas foi aberta no nível em que a aeronave estava voando.”

Desde a queda do avião, todo o espaço aéreo no leste da Ucrânia foi fechado, disse a Eurocontrol em comunicado.


Principais ataques fatais a aviões comerciais

• IRAN AIR, 1988

Viajando de Bandar Abbas a Dubai, o voo 655 da Iran Air foi alvejado por um navio de guerra dos Estados Unidos ao longo da costa do Irã, matando as 290 pessoas a bordo. A Marinha dos EUA disse ter confundido o Airbus A300 com um jato F-14 da Força Aérea iraniana.

• KOREAN AIR, 1983

Um Boeing 747 da Korean Air foi interceptado e abatido por combatentes soviéticos depois de entrar por engano no espaço aéreo soviético vindo de Anchorage, no Alasca, rumo a Seul, na Coreia do Sul. Todos os 289 passageiros e tripulantes morreram.

• LIBYAN AIRLINES, 1973

Após ser interceptado e atingido pela Força Aérea israelense, o Boeing 727 da Libyan Airlines foi destruído em tentativa de pouso forçado. O voo entrou por engano no espaço aéreo de Israel devido a um erro de navegação no deserto do Sinai, matando 106 das 113 pessoas a bordo.

• AIR GEORGIA, 1993

Aproximando-se do momento de pousar, um Tupolev Tu-154 operado pela Air Georgia foi supostamente abatido por um míssil guiado pelo calor na Abkházia, território da Geórgia em disputa. A aeronave bateu na pista e pegou fogo, matando 108 dos 132 passageiros e tripulantes.

• SUDAN AIRWAYS, 1986

Pouco depois de decolar de Malakal, no Sudão do Sul, um Fokker F-27 da Sudan Airways foi supostamente abatido pelo “Exército de Libertação do Povo” sudanês. O acidente matou todos os 65 passageiros e tripulantes a bordo.

Fontes: Folhapress/Reuters/jcnet

Conheça o míssil que pode ter derrubado o avião na Ucrânia

Uma das hipóteses para a queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines na Ucrânia é que o avião tenha sido derrubado por um míssil russo Buk.

Lançador: o Buk localiza o avião pelo radar e envia os mísseis em 22 segundos

A queda de um Boeing 777 da Malaysia Airlines na fronteira entre Rússia e Ucrânia matou quase 300 pessoas nesta quinta-feira. Uma das hipóteses para explicar o desastre é que o avião tenha sido derrubado por um míssil russo Buk.


Petro Poroshenko, o presidente da Ucrânia, levantou essa suspeita ao falar sobre a queda do avião:

“Nós não excluímos que o avião tenha sido derrubado e confirmamos que as forças armadas da Ucrânia não atiraram em nenhum alvo aéreo”, disse ele, segundo relato do jornal britânico Guardian.


O desastre aconteceu na área onde rebeldes separatistas apoiados pela Rússia combatem o governo ucraniano. A declaração de Poroshenko coloca os rebeldes e a Rússia sob suspeita.

Líderes da chamada República Popular de Donetsk, o principal grupo separatista, foram rápidos em negar seu envolvimento. Eles dizem que suas armas não são capazes de atingir aviões a mais de 3 mil metros de altitude.


A altitude de cruzeiro de um Boeing 777 é geralmente superior a 8 mil metros (o avião pode ir a até 13 mil metros). E sua velocidade é próxima de mil quilômetros por hora. Se o avião foi mesmo derrubado, os responsáveis devem ter usado alguma arma poderosa.

Anton Gerashchenko, um oficial ucraniano, escreveu em sua página no Facebook que o avião foi derrubado por um míssil russo Buk. Um jornalista da agência Associated Press relatou ter visto, hoje de manhã, um lançador de mísseis desse tipo na cidade de Snizhne, próxima ao local do desastre.

Sistema Buk: central de controle, lançador e radar podem ser armados em 5 minutos

O termo Buk se refere ao sistema completo, com lançador, radar e central de controle. Esse sistema de defesa aérea começou a ser desenvolvido em 1972 na União Soviética e vem sendo aperfeiçoado desde então.

O míssil é disparado de um lançador instalado num caminhão blindado com esteiras. O lançador trabalha em conjunto com um radar que localiza o alvo. O sistema todo pode ser montado ou desmontado em apenas 5 minutos.


Uma vez acionado, leva 22 segundos para localizar o alvo e enviar um ou mais mísseis. Existem diversas variantes dos mísseis usados no sistema Buk.

Uma das mais comuns tem 5,5 metros de comprimento e pesa 690 kg. Tem alcance de mais de 20 quilômetros e consegue derrubar até mísseis de cruzeiro em pleno voo. Sua velocidade é de 4.300 km/h, ou 3,5 vezes a velocidade do som.

O míssil conta com seu próprio radar para navegar até o alvo. Ao atingi-lo, ele detona uma carga de 70 kg de explosivos.

Míssil Buk: a arma é capaz de derrubar aviões voando a mais de 20 km de altitude

Como frequentemente acontece com armas bem sucedidas, o Buk já foi copiado por outros países. China e Irã possuem equipamentos similares. Além disso, a Rússia já vendeu esse armamento para uma dezena de países, incluindo a Ucrânia.

Fontes: Maurício Grego (Exame.com) / Daily Mail - Fotos: Wikimedia Commons / Daily Mail

"A cura da Aids poderia estar naquele avião"

Cerca de 100 ativistas e especialistas sobre a doença estavam no avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia - incluindo um dos mais renomados cientistas no campo.

Joep Lange morreu na queda do avião na Ucrânia

A queda do avião da Malaysia Airlines ocorrida nesta quinta-feira, 17, reservou tristes notícias para o mundo da ciência. No voo, estavam cerca de 100 cientistas e ativistas a caminho da Conferência Internacional sobre a Aids, prevista para começar neste domingo (20) na Austrália.

Dentre os mortos, estava o holandês Joep Lange, de 60 anos, reconhecido como um dos maiores especialistas sobre a doença no mundo. O cientista dedicou cerca de 30 anos da sua vida às pesquisas sobre o vírus HIV e à Aids. Ele ficou mundialmente conhecido por defender a diminuição dos custos do tratamento para os países mais pobres. Em anuncio, um professor da Universidade South Wales que havia trabalhado com Lange disse: “Joep tinha um compromisso absoluto com os tratamentos contra o HIV na Ásia e na África”.

Ex-presidente da Sociedade Internacional da Aids (IAS), o cientista estava trabalhando como professor de medicina na Universidade de Amsterdã e era diretor do Instituto de Amsterdã para a Saúde Global e o Desenvolvimento. Em declaração, o atual presidente da IAS falou: “O movimento HIV/Aids perdeu um gigante”.

Pioneiro nas terapias mais acessivas da doença, Lange estava voando para Kuala Lumpur, onde encontraria sua mulher para um voo de conexão à Austrália. Junto dele, estavam cerca de 100 pessoas que seguiam em direção à conferência. Em entrevista a uma rede australiana, Trevor Stratton, um consultor sobre a doença, disse: “A cura da Aids poderia estar a bordo daquele avião, simplesmente não sabemos”.

Fonte: Rennan A. Julio (revistagalileu.globo.com) - Foto: divulgação

Holandês que postou piada sobre avião estava em voo que caiu, diz tio

Antes de viajar, ele fez referência ao sumiço de outro voo da Malaysia. 

Tio de garoto confirmou que ele e a namorada estavam no voo.

Post no Facebook de holandês mostra foto de avião e os dizeres: 
'Se ele desaparecer, é assim que se parece'. 
Foto: Reprodução/Facebook/Cor Pan

Um holandês que postou no Facebook uma foto de um avião da Malaysia Airlines e uma piada sobre acidentes aéreos estava no voo MH17, que caiu nesta quinta-feira (17) na Ucrânia, afirmou um tio do rapaz.  
“Se ele desaparecer, é assim que ele é”, escreveu Cor Pan, junto com uma fotografia de um avião, oito horas atrás, possivelmente se referindo a outro avião da Malaysia Airlines desaparecido em circunstâncias misteriosas em março deste ano, com 239 pessoas a bordo. O local que aparece na postagem é Schiphol -- nome do aeroporto de Amsterdã.

No post, amigos dele postaram diversas mensagens de pêsames após a notícia do acidente. "Descanse em paz", "Isso não pode ser verdade" e "Que tragédia terrível" foram algumas delas.

"Sim, é isso mesmo, meu sobrinho e sua namorada estavam nesse voo", confirmou ao G1, por chat, Jan Veerman. Ele afirmou que a família toda está reunida em Volendam, cidade de origem do garoto, de luto por causa da perda de duas pessoas "boas, felizes e cheias de vida". "A mãe dele está agora no aeroporto de Schiphol, em contato com a Malaysia Airlines", completou.

O holandês Cor aparece ao lado da namorada, que viajou com ele de férias
Foto: Reprodução/Facebook/Neeltje Tol

Também por chat, um amigo dele disse que a mãe de Cor estava chorando e gritando com os vizinhos após a notícia. Ele diz que o rapaz trabalha na prefeitura.

"Somos uma comunidade muito próxima e todo mundo está contando que a mãe dele confirmou o número do voo", disse outro amigo, que tocava com ele em uma banda no ano passado -- Cor tocava bateria, contou. "Eu falava sempre com ele. Ele trabalhava na jardinagem da cidade, era uma pessoa muito boa." 

Foto do bilhete

Outro jovem que também mora na Holanda postou nas redes sociais, antes de o acidente acontecer, uma foto da passagem aérea do voo MH17 (abaixo) ao lado da frase: "Estou tão animado!". Regis Crolla postou o texto e a foto no Instagram antes de o acidente com o avião da Malaysia Airlines acontecer.


Ele também escreveu "AMS --> Kuala Lumpur --> Bali", dando a entender que viajaria de Amsterdã para Bali, com escala em Kuala Lumpur, na Malásia.

Fonte: Flávia Mantovani (G1)