quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sindicato: piloto da Gol voa sabendo que está na lista de demitidos

Gol: lista de demissões "vazou"


Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), parte dos 84 pilotos demitidos pela Gol voaram ontem já sabendo que não permaneceriam na companhia.

De acordo com um dos diretores do sindicato, a lista de demissões “vazou” e muitos demitidos trabalharam sabendo do desligamento: 

- Isso acarreta um problema de segurança. 

Fonte: Jorge Felix (iG - Poder Econômico) - Foto: Divulgação

Gol reduz até água do banheiro e tamanho do bilhete para economizar

Impacto de pequenos ajustes é 'absurdo', diz diretor de controle de operações

Check-in da Gol, no aeroporto de Congonhas: bilhete menor para economizar bobinas de papel

Uma azeitona a menos na salada, 40 mil dólares a menos na folha de despesas. A história da economia feita pela American Airlines no final dos anos 1980 é tão famosa que ganhou ares de lenda urbana corporativa. Pois a Gol, após amargar prejuízo de R$ 751 milhões em 2011, anda em busca de suas "azeitonas". Além das medidas mais visíveis – como demissões, cortes de lanches gratuitos e eliminação de voos deficitários – para economizar, a empresa faz ajustes até no tamanho do papel usado para imprimir passagens e na quantidade de água no banheiro dos aviões.

"Quando calculado em escala, levando em conta que a companhia faz 300 mil voos anuais, o impacto dos pequenos ajustes é absurdo", afirma Pedro Scorza, diretor de controle de operações da Gol. "A 'força bruta' já está cuidada, não tem mais conta de um milhão para cortar. Estamos procurando conta de trinta mil", diz – embora o mercado preveja mais demissões neste ano. "Sempre acabamos achando um 'cem milzinho' para economizar em algum lugar", afirma.

Só para reduzir o consumo de combustível, a empresa definiu 19 iniciativas. Quatro delas já são aplicadas, as outras estão em teste. São coisas como manter a superfície do avião "obsessivamente limpa" – palavras de Scorza – para diminuir o atrito com o ar, calcular com mais precisão o peso de querosene que precisa ser levado em cada trecho, substituir o sistema que alimenta a parte elétrica dos aviões em solo por outro, mais econômico.

No fim, tudo isso mudou uma azeitona – na verdade, um segundo – na queima de combustível. Até o ano passado, um barril de 200 litros de querosene da Gol durava, em média, três minutos e quarenta e cinco segundos. Agora, dura um segundo a mais. A diferença só parece pequena. Os 120 aviões da companhia voam 12 horas em cada jornada. Numa conta rápida, a empresa economizou mais de 20 mil litros de querosene por dia. O cálculo exato, mostrando quantos reais a menos isso representa, deve aparecer no balanço do segundo trimestre, que a empresa divulgará em breve.

Nem a água do banheiro escapou. Até essa "intimidade" das aeronaves agora faz parte das iniciativas para reduzir o peso dos voos – e, consequentemente, o consumo de combustível. Os aviões da Gol têm dois reservatórios de água para atender os lavatórios, cada um com capacidade de 80 litros. Antes, eles voavam sempre cheios. "Mas, em alguns trechos curtos, como a ponte aérea Rio-São Paulo, isso significava peso extra desnecessário", diz Scorza.

O diretor afirma que cada 100 quilos de peso eliminado significam 3,8 quilos a menos de combustível queimados por hora de voo. E combustível, diga-se, é a principal despesa das companhias aéreas – cerca de 40% dos gastos. "A variável mais relevante é o combustível. Qualquer economia que impacte essa área pode ter resultado significativo", diz Cláudia Oshiro, economista que acompanha o setor aéreo na consultoria Tendências. Mas os ajustes também miram outros departamentos.

O passageiro mais atento vai reparar, por exemplo, que o tíquete de passagem ficou menor. "Antes, ele era impresso num papel enorme. Mudamos a diagramação, encurtamos o código de barras e agora a passagem está menor. Para economizar bobinas de papel, mesmo", explica Felipe Sommer, diretor de operações aeroportuárias da companhia. "É mais uma 'azeitona', que só faz sentido quando vista na perspectiva da escala", completa Scorza.

A tripulação que trabalha em voos do final do dia também passou a ser escolhida de olho no balanço financeiro. Quando um avião "dorme" no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre, a Gol dá preferência para escalar tripulantes que morem nessas cidades. Assim, eles ficam em casa, não em hotéis. "A economia com hotelaria e alimentação será na casa dos R$ 10,5 milhões neste ano", diz Scorza. Para comparação, apenas com juros sobre empréstimos e financiamentos, a Gol gastou quase 40 vezes esse valor no ano passado.

A rotina dos tripulantes acaba afetada de diferentes formas pelas mudanças. Segundo um passageiro recente conta ao iG, um comissário que viajava "de carona" na poltrona ao lado, no trecho São Paulo-Brasília, teve de pagar – assim como os passageiros comuns – pelo lanchinho que pediu.

"Em 2011, as principais companhias aéreas fizeram uma guerra tarifária agressiva, enquanto o preço do combustível subiu bastante. Isso fez muitas terem problemas de balanço", diz Ohara, para explicar alguns fatores que agora levam a Gol a economizar cada centavo. "Mas as tarifas também atraíram um novo público, que antes viajava mais de ônibus. Para esse público, acredito que os pequenos ajustes não signifiquem um prejuízo na imagem da companhia", avalia a economista.

Segundo um diretor da empresa, o balanço do segundo trimestre ainda deve registrar prejuízo. Mas a expectativa é que o seguinte, do terceiro trimestre, possa vir no azul. Isso porque, além de diversas economias terem sido feitas, as férias de julho tornam essa época boa para o setor. Se isso acontecer, será o primeiro trimestre superavitário desde o início de 2011 para a companhia. A comemoração, nesses tempos de prudência, bem poderia ser brindada em copinhos de plástico.

Fonte: iG - Foto: Getty Images

Nanocompósitos podem viabilizar avião-Transformer

Renderização artística do Avião Morfológico, também conhecido como Veículo 
Aeroespacial do Século XXI, mostrando os avançados conceitos que a NASA 
vislumbra para uma aeronave do futuro - Imagem: AFRL

Compósitos são materiais híbridos, resultantes da mistura de polímeros com materiais naturais, metais, fibras ou cerâmicas. 

Os nanocompósitos são materiais desse tipo, mas cuja estrutura é projetada e sintetizada em nanoescala. 

Cientistas ligados à NASA estão agora estudando uma nova série de nanocompósitos capazes de "reagir a estímulos". 

Continue lendo esta matéria no Site Inovação Tecnológica.

Avião metamórfico: Asa ativa muda suavemente de formato

A asa ativa variável muda suavemente de formato, graças a uma cobertura externa de polímero
Imagem: WenChao et al./Mechanica & Astronomica

Aerodinâmicas

O desenvolvimento de veículos voadores de pequeno porte, tanto microaviões quanto microrrobôs voadores inspirados em insetos e veículos aéreos não tripulados, está colocando novos desafios para a aerodinâmica. 

Um desses desafios é lidar com o voo em baixa velocidade, otimizando o desempenho dos aviões. 

O problema é definido por aquilo que os engenheiros chamam de "número de Reynolds baixo", quando a inércia desempenha um papel menor em relação à viscosidade na determinação das forças de atrito entre o avião e o ar. 

As exigências sobre a aerodinâmica são muito diferentes - geralmente envolvendo fatores excludentes - quando se trata de otimizar o voo em diferentes condições, o que é comum nos microveículos voadores, que devem decolar como helicópteros, voar como aviões e manobrar em espaços exíguos. 

Asa ativa 

Pesquisadores chineses demonstraram que a saída pode estar em asas ativas, que mudam de perfil em tempo de voo. 

Yang Jiming e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China construíram um aerofólio ativo que, ao contrário de experimentos similares, não muda drasticamente de uma posição para outra. 

Em vez disso, ele pode ter seu perfil alterado suavemente. 

Mais importante ainda, a asa ativa possui a capacidade de arqueamento, alterando a linha média entre o intradorso e o extradorso. 

A asa ativa pode se estender até 30% da sua dimensão básica. 

Asa morfológica 

A estrutura interna da asa morfológica compreende cinco linhas de elementos dobráveis. 

Ela foi projetada para suportar uma "pele" - um revestimento flexível - que lhe dá a forma aerodinâmica e reage de forma suave ao movimento dos elementos internos, gerando o comportamento metamórfico (morphing). 

O atuador é um servomotor, fixado na longarina, que puxa a superfície inferior da seção de popa com a ajuda de engrenagens. 

Conforme uma parte da superfície inferior é puxada em direção à longarina, produz-se uma discrepância assimétrica na área entre as superfícies superior e inferior do aerofólio, o que lhe dá uma curvatura. 

No protótipo, a longarina foi feita com materiais acrílicos, e a "pele" da asa ativa foi feita com polipropileno.  

Voo não tripulado

Os testes indicaram que uma aeronave dotada com uma asa ativa poderia dispor de condições aerodinâmicas que hoje só podem ser obtidas por projetos diferentes, ou seja, por diferentes aeronaves. 

Os pesquisadores planejam fazer os primeiros testes de seu novo conceito de asa ativa em aeromodelos, preparando-as para uso em veículos aéreos não tripulados. 

Bibliografia: Experimental investigation on the quasi-steady flow separation behaviors of a variable camber wing Yang WenChao, Yang JianTing, Wang Jin, Yang JiMing, Xu ShuMin, Ling Peng 
Mechanica & Astronomica
Vol.: 42 No. 5: 531-537 DOI: 10.1360/132012-272

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Homem usa mochila a jato para voar ao lado de avião de passageiros


Imagine a cena: você está viajando de avião, confortavelmente sentado em sua poltrona e, quando olha pela janela… tem um cara voando. Na última sexta-feira (23), passageiros de um voo da Suíça duvidaram da própria sanidade ao ver que Yves “Jetman” Rossy estava acompanhando a viagem usando uma “mochila a jato”.




Ex-capitão da Swiss International Airlines, Rossy voou lado a lado com o avião por sete minutos, a 13.000 metros de altutide, antes de pousar tranquilamente em um aeroporto. Em 2006, ele se tornou o primeiro e único homem na história da aviação a voar usando “asas a jato”, de acordo com seu website.

O equipamento, criado pelo próprio Rossy, pesa quase 55 quilos, é feito com Kevlar (o mesmo material usado em coletes a prova de bala) e conta com quatro jatos.







Em maio deste ano, ele esteve no Brasil e realizou um voo de 11 minutos no Rio de Janeiro, passando pelo Cristo Redentor e pousando em Copacabana. E você achava que viajar de avião era emocionante…

 

Fontes: Daily Mail UK / Jetman via http://hypescience.com - Fotos via Daily Mail / Diário Digital (pt)

Autoridades japonesas preocupadas pela chegada de aviões Osprey


Funcionários públicos do Pentágono se reuniram com representantes do Departamento de Defesa e do Ministério de Relações Exteriores do Japão para acalmar a preocupação das autoridades japonesas devido ao breve envio de aviões V-22 Osprey a esse país asiático. 

O governo de Tóquio afirmou que o lançamento deste tipo de avião da base aérea dos Estados Unidos em Okinawa, previsto para finais deste ano, só se permitirá quando existam garantias suficientes sobre a segurança do equipamento. 

A posição dos funcionários públicos está baseada no histórico de acidentes e dificuldades técnicas do Osprey nos Estados Unidos e outros países, reconheceram porta-vozes do Departamento de Defesa em Washington. 

Desde 1991 sete Osprey caíram à terra, o que provocou ao redor de 40 mortos. 

Entre outros acidentes, meios de imprensa mencionam o acontecido no final de abril deste ano em uma área de treinamento militar em Marrocos, que provocou dois mortos e dois feridos graves, durante um exercício bilateral com as forças locais. 


No passado dia 13 de junho, uma nave caiu nos arredores da Base Aérea de Eglin, na Flórida, e seus cinco tripulantes foram hospitalizados. 

Uma versão inicial do Osprey se estatelou em 1991 e outro acidente provocou a morte de sete pessoas em 1992. No Arizona, 19 infantes de marinha morreram quando um destes aparelhos se chocou durante um treinamento no ano 2000. 

Uma tragédia similar aconteceu na Carolina do Norte em dezembro do mesmo ano e provocou a perda de quatro militares. 

Outros incidentes menores por motivos técnicos também estão no expediente do V-22. 

O Osprey é um avião de transporte de rotor inclinável, que pode aterrissar e decolar como um helicóptero. Cada aparelho, com um custo aproximado de 70 milhões de dólares, é fabricado pelas companhias Bell Hellicopter e Boeing. Está em serviço na Força Aérea e na Infantaria de Marinha dos Estados Unidos. 


A presença militar dos Estados Unidos no Japão e particularmente em Okinawa é motivo de repúdio pela população local. No final de abril, ambos governos acordaram reduzir à metade a folha de pagamento de uns 20 mil infantes da marinha que vivem em dita base.

Os residentes se queixam do alto nível de ruído e do perigo de acidentes militares estadunidenses, além de vários incidentes dos militares com os civis que vivem perto da base, incluindo atos de abuso de mulheres locais pelos uniformizados. 

Fonte: Prensa Latina - Imagens: Reprodução/US Defense

Cartilha ensina passageiro a se defender

Proteste resumiu em publicação orientações sobre transporte aéreo, rodoviário e ferroviário

Em casos de atraso, as companhias devem informar o motivo e a previsão do novo embarque

A Proteste - Associação de Defesa dos Consumidores, às vesperas das férias de julho, compilou os direitos dos usuários do serviço de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo em uma cartilha. A publicação pode ser baixada no http://www.proteste.org.br/20120622/cartilha-direito-passageiros-Attach_s583491.pdf

Na cartilha há orientações aos usuários de avião, ônibus, navio e trem sobre seus direitos incluindo os casos de atrasos, cancelamento e outros transtornos. 

Principalmente em períodos de férias escolares, em que há mais disponibilidade para viajar, a Proteste acredita ser importante ter em mãos as orientações para que os usuários dos diversos meios de transportes possam conhecer e exigir seus direitos em caso de atrasos, cancelamento e outros transtornos.

Na cartilha online destaca entre os deveres das empresas o de transportar o passageiro com pontualidade, segurança, higiene e conforto. Não se pode recusar passageiro, salvo nos casos previstos nos regulamentos ou por motivos de higiene e saúde do interessado. As empresas devem prestar todo tipo de informação ao passageiro; e são obrigadas a dar assistência material em casos de atraso, cancelamento ou interrupção da viagem. 

Viajar de avião é uma relação de consumo, e se houver atraso, cancelamento ou preterição de embarque, a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro, além da assistência material, opções de reacomodação em voo próprio ou de outra companhia que ofereça serviço equivalente para o destino original, ou reembolso, de acordo com a conveniência do consumidor. 

Desde 29 de outubro de 2011, o passageiro que tiver problemas com as empresas aéreas deve dispor de guichê de atendimento pessoal para formalizar a reclamação nos aeroportos com movimento superior a 500 mil passageiros por ano. 

O atendimento deve ser feito em área distinta dos balcões de check-in e das lojas destinadas à venda de passagens, no mínimo duas horas antes de cada decolagem e duas após cada pouso. Além dos canais de atendimento presencial, as empresas devem manter as centrais de atendimento por telefone e internet. 

No aeroporto, as companhias aéreas são obrigadas a manter o passageiro informado quanto à previsão atualizada do horário de partida do voo e, em caso de atraso, informar o motivo e a estimativa do novo horário de partida. O consumidor também deve ser imediatamente informado e esclarecido sobre as razões de eventual cancelamento do voo.

No Brasil, há o regime da liberdade tarifária. São as companhias, portanto, que estabelecem os preços das passagens, tanto para voos nacionais quanto para internacionais com origem no País. O passageiro não é obrigado a adquirir seguros de viagem, que são serviços adicionais e facultativos. 

Quem viajar com seu animal doméstico deve fazer uma visita prévia ao veterinário para que forneça atestado de que o animal esteja em condições de embarcar. As companhias aéreas exigem também a apresentação do histórico de vacinações. 


Fonte: bemparana.com.br - Foto: Valquir Aureliano

Governo planeja construir 70 aeroportos regionais até 2014

O governo brasileiro planeja ampliar o número de aeroportos regionais brasileiros de 129 para até 200 dentro de dois anos. Os estudos já começaram e o plano está em andamento, informou nesta segunda-feira (25) o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, durante encontro com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) em São Paulo. 

— Do ponto de vista estratégico, temos que discutir agora, através de investimentos da Infraero [estatal que administra os aeroportos] e dos Estados e municípios. Hoje são 129 aeroportos regionais e atendemos a 74% da população brasileira num raio de 100 km. Queremos nos aproximar de duas centenas e atender a 94% da população brasileira. 

Os aeroportos ficariam prontos antes da Copa do Mundo do Brasil, segundo o ministro, embora o prazo final ainda não tenha sido estabelecido no plano de aviação civil. 

—No trabalho que estamos fazendo, [a meta] é fazer com que os aeroportos sejam cumpridos ate 2014, mas temos que ver o programa final que está sendo desenvolvido e depois verificar esse prazo. 

Apesar de reconhecer que essa espécie de cronograma possa atrasar, já que é necessário “planejar a obra, verificar alternativas para fazer o investimento e depois fazer a construção”, o assegurou que tempo para erguer esses empreendimentos é suficiente.

— Dá [tempo]. Nós somos rápidos. 

A aviação civil brasileira cresceu, em média, 18% ao ano entre 2006 e 2011. O número de embarques nos aeroporto administrados pela Infraero em 2011 chegou a 179,9 milhões. Entre janeiro e maio deste ano, já são 77,1 milhões de embarques em voo domésticos e internacionais. 

Novas concessões 

Em fevereiro deste ano, o governo federal leiloou a maior parte e entregou à iniciativa privada três dos principais aeroportos do País — Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF). O Planalto arrecadou R$ 24,5 bilhões om o negócio. 

Bittencourt, no entanto, descartou por hora novos repasses os terminais brasileiros à empresas particulares. 

— A concessão é uma alternativa ao investimento, mas não existe nenhuma decisão quanto à concessão de novos aeroportos. Existe a possibilidade de construção de novos aeroportos em São Paulo, mas isto esta sendo avaliado pelo Decea. Mas não existe nenhuma definição quanto a concessão de novos aeroportos. 

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Saia justa 

Durante o encontro na capital paulista, o ministro ouviu reclamações dos empresários por causa da infraestrutura aeroportuária do País, sobretudo em Guarulhos. Uma das questões levantadas foi se o ministro já tinha desembarcado no aeroporto de Cumbica, de um voo internacional, no horário de pico. Ele disse que sim e admitiu ter encontrado dificuldades. 

— Já desembarquei e realmente é um problema. É natural que o aeroporto cheio causa problemas e é por isso que estamos fazendo as concessões e novos investimentos. 

Bittencourt também ouviu do próprio organizador do encontro e presidente do Lide, João Doria Jr., uma queixa sobre a negativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a empresa aérea americana Delta Airlines, que tentou substituir uma aeronave que faz a rota Brasil-Estados Unidos por outra de maior porte. 

A troca do avião ampliaria, segundo Doria, em 120 o número de passageiros transportados por dia no voo São Paulo e Atlanta (EUA), o que daria quase mil pessoas a mais sendo transportadas por semana — sem a necessidade de um espaço extra dentro do aeroporto. Bittencourt afirmou que iria interferir junto à Anac e à Infraero para liberar a nova aeronave.

Fonte: R7 - Arte: Editoria de Arte/Folhapress

Secretário-geral da Fifa defende uso de aeroportos militares na Copa

O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, sugeriu nesta terça-feira, no Recife, o uso de aeroportos militares no caso de haver insuficiência de aeroportos para atender à demanda durante a Copa do Mundo de 2014. Ele lembrou que "nada funciona cem por cento o tempo todo" e garantiu que a Fifa sempre busca soluções para os problemas que podem ocorrer. 

"A ideia é superar qualquer obstáculo", observou ao observar que na Copa da África do Sul a Fifa comprou escadas para sanar uma dificuldade constatada em um dos aeroportos, onde não havia meios para levar as pessoas do avião para o aeroporto. 


O secretário-geral (foto acima) concedeu entrevista no Palácio do Campo das Princesas, depois de ter visitado a Arena Pernambuco, estádio que está sendo construído em São Lourenço da Mata, a 19 quilômetros do Recife. Com 43% das obras executadas, Valcke observou que "ainda faltam 57%, ainda há muito trabalho a ser feito", mas demonstrou confiança que o estádio, com capacidade para 46 mil pessoas, irá abrigar a Copa das Confederações, em junho de 2013. A cidade já consta das seis sedes do evento, mas a decisão só será oficializada em novembro. 

"Quando digo que há muito o que fazer, isto envolve estradas, estacionamento, espaço para a mídia", destacou. "Uma decisão não pode ser tomada a partir das arquibancadas ou porque vai ser o estádio mais bonito do mundo. Envolve mobilidade, hospedagem". 

Cauteloso, depois da polêmica criada com sua declaração de que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para desencalhar as obras da Copa, o secretário-geral preferiu não comentar nem comparar atrasos entre as obras que estão sendo realizadas no Brasil e que possam preocupar a Fifa. 

"Há um processo contínuo na construção, algo pode estar adiantado agora vir a atrasar", afirmou ele, ao observar que a preocupação não é se limita às obras. "É zelar por tudo o que esteja entorno, para que fique pronto". 

Valcke também não quis antecipar o preço dos ingressos da Copa das Confederações, que deverão começar a ser comercializados no final do ano. Apenas adiantou que "não será muito diferente da África do Sul".

Fonte: Agência Estado - Foto: DR

Procura por viagem de avião cresce 5,7% em maio

TAM e Gol permanecem na liderança do mercado, mas aumenta participação das empresas menores 


A procura por transporte aéreo dentro Brasil aumentou 5,7% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgados nesta segunda-feira (25). 

Entre janeiro e maio deste ano, a por voos domésticos cresceu 6,5% em relação ao mesmo período de 2011. 

A ocupação dos aviões também aumentou. Em maio deste ano, uma média de 67,6% das poltronas das aeronaves tinham gente, enquanto esse percentual foi e 67,1% em maio do ano passado. As empresas com maiores taxas de ocupação foram Azul e Avianca, com 78% e 75,9%, respectivamente. 

Entre janeiro e maio deste ano, porém, houve uma diminuição de 2,5% na ocupação dos aviões em relação ao mesmo período de 2011. 

Participação

A TAM e a Gol continuam na liderança do mercado, mas as empresas aéreas menores ampliam a cada mês sua participação. A TAM detém uma fatia de 38,7%, enquanto a Gol possui 33,7%. A Azul aparece na terceira colocação, com 11,1%, e a Webjet está em quarto, com 5,6%. Avianca completa o ranking dos cinco primeiros, com 5,1%. 

Juntas, TAM e Gol tinham 72,5% do setor em maio — uma queda de 9,3% em relação a maio de 2011, quando essas empresas juntas somavam 79,9% de participação. 

Por outro lado, a participação das demais empresas subiu 36,7% no período, passando de 20,1% em maio de 2011 para 27,5% em maio de 2012.

Fonte: R7 - Foto via Jornale

Aeronáutica põe em operação avião de patrulha marítima

Acima, P-3AM da Força Aérea Americana. Aeronáutica brasileira
terá avião na sua frota de inteligência 

O avançado avião de patrulha do mar e inteligência, o P-3AM, comprado pela Aeronáutica em 2005, modernizado e recebido a partir de agosto de 2011, já está em operação regular. 

A Força Aérea comprou 12 aeronaves e revitalizou 9. Outras três serão usadas como banco de peças. Os sistemas eletrônicos são da diretoria militar da Airbus, em Getafe (Espanha). O programa completo vai custar US$ 500 milhões. 

Até agosto, um dos três P-3AM entregues até agora vai cumprir um esquema de voos de treinamento a partir das bases de Florianópolis (SC), Belém (PA), Canoas (RS) e Salvador (BA), sede do Esquadrão Orungan, ao qual a aeronave é ligada. 

Os grandes turboélices foram construídos pela Lockheed, entre 1964 e 65. Com novos motores e sistemas, os modelos são versões do Electra, de 90 passageiros, empregado na ponte aérea Rio-São Paulo de 1975 a 1992. Cada unidade mede 35,61 metros, leva 16 tripulantes e permanece no ar por 16 horas. O alcance é enorme, na faixa dos 4.5 mil quilômetros - do litoral brasileiro até a costa da África. 

FAB divulga primeira foto do interior da avião

Ontem, o Comando da Aeronáutica mostrou de forma protegida o arranjo interno. Os consoles, todavia, são típicos do Fits, sistema digital de alta velocidade, capaz de integrar grandes volumes de informações, táticas e de inteligência. Com ele o P-3AM pode, com qualquer tempo, localizar e atacar submarinos ou identificar objetos de 60 cm na superfície. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fontes: Agência Estado via Info Exame / Terra - Fotos: Divulgação/FAB

Embraer faz parceria com Boeing para cargueiro militar KC-390


A Boeing dará suporte comercial para a venda do avião de transporte militar KC-390 da Embraer, ampliando o mercado potencial da aeronave e garantindo que a fabricante brasileira dispute potenciais contratos em países como os Estados Unidos. 

As companhias firmaram um acordo de parceria anunciado nesta terça-feira, que pode tornar o cargueiro um avião complementar no conjunto de produtos da companhia norte-americana, afirmou o presidente-executivo da divisão de defesa e espaço da Boeing, Dennis Muilenburg. 

A aliança envolve o compartilhamento de conhecimentos técnicos e as empresas vão avaliar possíveis parcerias na comercialização do cargueiro. 

O presidente-executivo da área de defesa da fabricante brasileira de aviões, Luiz Carlos Aguiar, comentou que no estudo inicial do KC-390 a Embraer não considerava a venda para alguns mercados ocupados por fabricantes de aviões similares, como Estados Unidos, Rússia, Canadá e Índia. Após a parceria, a empresa poderá, eventualmente, ingressar com o modelo nesses mercados, com o apoio comercial da Boeing. 

"Não estamos aqui escolhendo parceiro de risco ou fornecedor, é simplesmente uma colaboração técnica de uma empresa líder que já passou por várias experiências de uma aeronave não do mesmo segmento, mas também de transporte militar... é colaboração, é contato", disse Aguiar a jornalistas. 

A Embraer está desenvolvendo o KC-390, jato de transporte militar e reabastecimento, sob contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB), que tem aprovação final sobre a seleção dos sistemas da aeronave considerados de interesse estratégico, como propulsão, aviônica, missão, autoproteção, manuseio e lançamento de cargas, entre outros.

Fonte: Cesar Bianconi (Reuters) via G1 - Imagem: Divulgação

Nova proposta do Super Tucano foi entregue aos EUA

A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar


A Embraer entregou no último dia 18 de junho a nova proposta para a venda de seu avião Super Tucano à Força Aérea dos Estados Unidos. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, durante evento em São Paulo. "Continuamos acreditando que temos o melhor avião. Mas agora temos de esperar", disse. 

A expectativa é que o resultado da concorrência seja anunciado em janeiro do próximo ano. Segundo Aguiar, duas empresas entregaram as propostas: a Embraer e a americana Hawker Beechcraft. A concorrência refere-se à compra de 20 aviões de combate leve para uso no Afeganistão, um contrato de US$ 355 milhões, que pode com o tempo ser ampliado. 

Em dezembro do ano passado, a Embraer e sua parceira americana Sierra Nevada Corporation foram consideradas vitoriosas na licitação, com o avião Super Tucano, mas a decisão foi suspensa em janeiro e anulada em março, sob o argumento de que havia problemas com a documentação. 

O recuo do governo americano em conceder o contrato a uma empresa brasileira, em ano eleitoral, se deu sob pressão da Hawker Beechcraft, que havia sido desclassificada da disputa, devido às condições técnicas de sua aeronave. 

Segundo o executivo da Embraer, o governo americano manteve a exigência dos mesmos requisitos, mas agora não será mais necessária a demonstração de voo, o que na sua opinião beneficiaria a Embraer, já que o produto da Hawker ainda está em desenvolvimento. Por outro lado, disse que agora foi pedida a opinião de clientes, o que ele acredita que pode contar a favor da empresa brasileira. "O avião do concorrente está pronto apenas para treinamento, enquanto o nosso já pode ser usado para treinamento e operações de contrainsurgência", disse. 

Fonte: Silvana Mautone (Agência Estado) via Exame.com - Imagem: Divulgação/Embraer

British Airways pede: “não voe”

Entenda porque companhia aérea não quer britânicos voando durante os Jogos Olímpicos de Londres

Companhia aérea oficial dos Jogos Olímpicos de Londres, a British Airways está clamando aos britânicos para que não voem durante o evento. Mas isso não tem nada a ver com uma possível crise de overbooking em seus voos. 

Com criação da BBH Londres, segunda colocada no Agência do Ano do Festival de Cannes de 2012, uma campanha da empresa mostra um avião andandopelas ruas de Londres, percorrendo seus principais pontos turísticos, e com amúsica “London Calling”, do The Clash, como trilha. Ao final, a mensagem fica clara, quando as pessoas descem do avião que sequer foi para o ar diretamentepara o estádio olímpico, onde aparece a inscrição: “Não voe. Apoie o time britânico”. Desta forma, a companhia aérea quer que as pessoas fiquem no país para apoiar o Reino Unido durante os Jogos.

 

Fonte: Felipe Turlão (meioemensagem.com.br) - Foto: Reprodução

Portugal: Dois mortos em queda de avião em Cascais

Uma aeronave caiu ontem (26) à noite em Matarraque, São Domingos de Rana, concelho de Cascais, em Portugal, causando a morte dos dois ocupantes. 

O aparelho, o Cessna 152, prefixo CS-AUR, que pertencia escola Leávia, caiu entre duas moradias. 


"É um acidente sem explicação. Não fazemos a menor ideia do que poderá ter ocorrido, mas as autoridades competentes tomarão as providências necessárias e nós vamos querer acompanhar a investigação", afirmou à agência Lusa um dos administradores do aeródromo de Tires, Fernando Mesquita. 


Segundo o responsável, os dois ocupantes da aeronave, o instrutor e o aluno, pertenciam à escola Leávia. O acidente ocorreu às 22:33 de terça-feira. 

Para o local dirigiram-se elementos das corporações dos bombeiros voluntários da Parede e de Carcavelos, bem como uma viatura médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Polícia de Segurança Pública (PSP). 

Fontes: visao.sapo.pt / ASN - Fotos: JN / Correio da Manhã

terça-feira, 26 de junho de 2012

Jato supersônico poderá ir de Londres a Sydney em apenas quatro horas

Segundo o projeto, o avião conseguiria atingir uma velocidade duas vezes superior à do famoso Concorde.

Arte conceitual do novo jato supersônico

Ao que tudo indica, o próximo passo na história dos jatos supersônicos será atingir uma velocidade de voo de quase 4 mil km/h — e tal façanha poderá não estar tão distante da nossa realidade. 

Segundo o Daily Mail, as companhias Boeing, Lockheed Martin e Gulfstream — em parceria com a NASA — estão liderando o caminho para a construção de um avião de passageiros de alta velocidade. 

A potência deste novo tipo de jato impressiona quando comparada à dos aviões comerciais normais: uma viagem convencional de Londres a Sydney demoraria em torno de 20 horas. Com o jato supersônico, tal trajeto seria feito em apenas quatro horas e com o dobro de velocidade do antigo Concorde, que foi desativado depois da tragédia na França. 

Para atingir esse objetivo, as empresas construtoras do protótipo estão apostando em materiais mais leves, motores mais avançados e fuselagens menores. A expectativa agora está na revelação de todos os planos para o jato supersônico que serão apresentados ao público no próximo mês. 

Fonte: Daily Mail via Ráisa Guerra (Tecmundo) - Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail

UE condena ataque da Síria contra avião turco

A União Europeia exige que Síria permita investigação sobre o incidente 

Ashton: "enquanto a repressão continuar, a UE seguirá impondo sanções contra o regime (sírio)"

A União Europeia (UE) condenou nesta segunda-feira a "inaceitável" derrubada de um avião militar turco por parte da Síria e exigiu que Damasco permita uma investigação sobre o fato. 

O pedido foi feito por 27 ministros das Relações Exteriores da UE, que estão reunidos em Luxemburgo. "A União Europeia assinala que este assunto deve ser investigado em profundidade e urgentemente. Pedimos que a Síria coopere totalmente com a Turquia e permita uma investigação imediata", assegurou o documento assinado pelos chanceleres. 

Além disso, os ministros elogiaram a "responsável reação inicial da Turquia" diante do incidente. O governo de Ancara decidiu notificar o ataque à Otan, que analisará o caso amanhã, assim como ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

Os chanceleres também condenaram a repressão exercida pelo regime sírio contra as revoltas populares e voltaram a exigir a renúncia do presidente do país, Bashar al Assad. 

A UE apoiou o plano de paz do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e pediu ao resto da comunidade internacional que aumente a pressão sobre Damasco. 

Hoje, os 27 ministros aprovaram a décima sexta rodada de sanções contra o regime sírio desde o início do conflito no país, acrescentando uma pessoa e seis entidades à "lista negra". 

Assim, são já 49 entidades que tiveram seus ativos bloqueados, enquanto a lista de pessoas (que também não podem entrar na Europa) tem 129 nomes. 

"Enquanto a repressão continuar, a UE seguirá impondo sanções contra o regime", advertiu em comunicado a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. 

Fonte: EFE via Exame.com - Foto: John Thys/AFP

Ex-chefe do Cenipa defende que FAB pare de investigar acidentes civis

Jorge Kersul chefiou órgão que apurou casos de Gol, TAM e Air France.

Investigar acidente aéreo 'não dá ibope e é encargo que ninguém quer', diz.


O brigadeiro Jorge Kersul Filho, que até 2010 chefiava todas as investigações de acidentes aéreos no Brasil, contou pela primeira vez, em detalhes, o que viu e o que levou em conta durante as tragédias da Gol, da TAM e da Air France que, em um curto período - de 2006 a 2009 - causaram juntas 558 mortes.

Em sua primeira entrevista desde que deixou o comando do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em abril de 2010, Kersul defendeu, em entrevista exclusiva ao G1, que seja criada uma nova agência para apurar as tragédias aéreas. Desta vez, fora das mãos dos militares.

Clique nos links abaixo e assista as reportagens:




“A investigação de acidentes da aviação civil deve sair da Força Aérea Brasileira. Esse é um encargo que ninguém quer, não traz benefício algum, não traz nenhum ibope, não há por que ficar com a FAB. Vamos continuar fazendo bem e de forma independente enquanto estiver conosco a obrigação, doa a quem doer. A FAB deveria cuidar da própria FAB, para que sejamos realmente um país que imponha respeito”, afirmou Kersul, na entrevista concedida em sua casa, em Brasília.

Pela proposta, seria criada uma agência destinada à prevenção e à investigação de acidentes da aviação comercial civil empregando ex-militares que já atuaram no Cenipa e que poderiam, no início, treinar pessoal qualificado para continuar o trabalho. “Eu não acho que os militares devam continuar com essa responsabilidade. Quando eu estava no Cenipa, fizemos uma proposta para criar esse órgão e a tarefa sair do comando da FAB. A ideia foi para o Ministério da Defesa e deve estar lá”, diz o oficial.

Para ele, a diferença hierárquica atrapalha o relacionamento entre os órgãos que atuam hoje no sistema aéreo e é o principal motivo que explicaria a investigação de tragédias da aviação civil deixar de ser atribuição do Cenipa.

“Até a década passada, tudo relacionado à aviação no país estava com o Ministério da Aeronáutica. O Estado brasileiro tirou da gaveta uma agência para a aviação civil, a Anac. A Infraero (empresa que administra os aeroportos) também saiu debaixo da Aeronáutica. Foi criada a Secretaria de Aviação, com status de ministério, enquanto que o Cenipa é um órgão dentro do Comando da FAB que está subordinado ao Ministério da Defesa. Há uma diferença de estrutura que gera um conflito”, aponta.

Histórias

Kersul passou para a reserva em abril, a seu pedido. Deixou a Aeronáutica levando na memória as dificuldades enfrentadas para a retirada da mata dos corpos das 154 vítimas de um Boeing da Gol, que caiu em Mato Grosso em 2006, as buscas pelas caixas-pretas de um Airbus da TAM, que explodiu ao sair da pista em Congonhas (SP), deixando 176 mortos em 2007, e a tarefa de localizar outro Airbus, agora da Air France, que desapareceu no mar em 2009, com 228 pessoas a bordo.

O brigadeiro da FAB Jorge Kersul Filho esteve à frente do Cenipa quando ocorreram 
as maiores tragédias na aviação brasileira - Foto: Tahiane Stochero/G1

“Receber a notícia de que houve um acidente de grandes proporções é realmente uma sensação muito desagradável, o pior pesadelo de quem trabalha no Cenipa. Você tem que manter a calma, respirar fundo e raciocinar rápido, fazer o que deve ser feito”, diz ele.

O oficial conta que “é perseguido” por familiares de vítimas do voo Gol 1907, que o acusam do suposto sumiço de pertences na floresta e de ter entregue partes do Legacy para a empresa após perícia. Ele diz que cumpriu a legislação e a devolução ocorreu só três anos após a colisão, porque ninguém queria os equipamentos. "Os dados foram preservados", afirma o brigadeiro.

“Quando ocorre um acidente, quem vai ser punido e criticado é o responsável pelo órgão investigador e o responsável pelo resgate, que passou 50 dias na mata procurando todos os corpos? E eu me pergunto: valeu? No fim das contas, eu ainda diria que valeu à pena (o trabalho)”.

Kersul diz que a decisão de deixar a Aeronáutica ocorreu após uma avaliação da carreira, levando em conta a família e o que já havia feito como militar.

“Fiz um levantamento da minha vida e decidi que deveria procurar outros rumos. Levantei fatores que poderiam contribuir para que eu continuasse ou não (na FAB), como idade, perspectiva de vida, vontades, a aviação, que eu sempre gostei. Completei 40 anos de casa, vejo isso com naturalidade. Não briguei com ninguém e não estou saindo da FAB, apenas deixando o serviço ativo”, explica.

Acusações na tragédia da Gol

Dos três acidentes, o da Gol é o que mais lhe marcou, principalmente porque um familiar acusou a Aeronáutica do sumiço do celular de uma vítima. Segundo Kersul, o parente afirmou a ele que o aparelho chegou às mãos de uma pessoa que conserta celulares, no Rio de Janeiro, dois dias após a tragédia. Pela versão do familiar, o celular teria sido desviado por um militar da Aeronáutica.

Nas horas vagas, Kersul cuida de uma horta nos fundos de sua casa 
Foto: Tahiane Stochero/G1

“Comandei as buscas pelos corpos na mata até que o último fosse encontrado: o senhor Marcelo Paixão, que estava na poltrona 17C. Já tínhamos retirados todos e só faltava ele. Insistia com o IML que ele devia estar lá, mas ainda não havia sido identificado. Mesmo tendo sido assessorado de que não era obrigação nossa, por ordem minha, até que achássemos o último corpo, passaríamos a recolher objetos que encontrássemos na nossa frente. Mas essa não era nossa obrigação”, relembra. 

Dos cerca de 7 mil kg que estavam a bordo, foram retirados da mata 1.650 kg. “A FAB foi lá resgatar corpos. Carga é responsabilidade do operador. Infelizmente, uma parte dos familiares nos cobra isso e não se lembra de que fizemos algo em favor deles. Quem conhece a Amazônia sabe as dificuldades. É difícil você passar o que passou e ver o trabalho jogado no lixo”, diz. 

Brigadeiro chorou durante a CPI do Apagão Aéreo, em 2007, após as críticas de que
militares haviam roubado pertences de vítimas - Foto: TV Senado

Durante a CPI do Apagão Aéreo, em 2007, Kersul chorou ao ser acusado de ter desviado pertences das vítimas. Diz ter pedido à inteligência da FAB para investigar o caso, mas que, como os parentes não passaram informações, a apuração não pôde ser levada adiante. 

“Como você pode fazer uma investigação se não tem nenhuma coisa palpável para começar. Hoje eu sou cobrado por não ter aberto nenhum processo administrativo. Ficamos de mãos atadas (na época)”. 

Para o brigadeiro, nenhum militar “foi para lá roubar ou pilhar os corpos”. “Defenderei sempre que nenhum de nós teve participação nisso. Ninguém saiu da mata até 10 dias após a queda. É impossível esse celular estar no Rio dois dias depois. Esse celular é um mistério para mim. Será que esse celular embarcou neste avião?”, questiona. 

Fatos sem explicação 

Na CPI, outro parente perguntou a ele por que faltava um cartão de crédito na carteira de uma vítima. “Eu não soube explicar isso a ela, da mesma forma que eu não consigo explicar como, em uma árvore de 40 metros de altura, tinha só uma calça pendurada com um celular funcionando dentro. Eu também não consigo explicar como dois aviões conseguem se encontrar a 11 mil metros numa aerovia com pouco movimento”, desabafa. 

“Se tivéssemos que imaginar uma colisão em voo, nunca seria em cima da Amazônia, em uma a aerovia de tráfego normal, com dois aviões novos, com poucas horas de voo, e muito próximas da perfeição em termos de construção”, acrescenta. 

Então, quem errou? A culpa é dos pilotos do Legacy, que desligaram o transponder (localizador) e não evitaram a colisão? “Não existe um ator responsável, nem quem e nem o que errou. Na investigação, trabalhamos com fatores contribuintes. Há uma sequência de eventos que levam ao acidente porque não houve nenhuma barreira forte o suficiente para impedir que esse ela seja interrompida”, diz. 

Para Kersul, a tripulação do Legacy não colocou propositadamente o transponder em “stand-by” (posição de aguardo). “Em algum momento o transponder foi para essa posição, colocado propositalmente ou involuntariamente e voltou a operar normalmente imediatamente logo depois da colisão". Ele lembra uma frase da própria tripulação do Legacy ao religar o transponder logo após a choque com o Boeing da Gol: "É exigir demais do transponder que ele funcione se está em posição de espera”. 

O brigadeiro afirma que os americanos poderiam ver na tela, em mais de um lugar, que o transponder estava desligado. “E isso não foi observado por eles”. 

O oficial também pontua uma falha no controle de tráfego aéreo, que “deixou de observar no radar que havia deixado de receber a informação do transponder” e que poderia ter acionado os pilotos para verificar se havia alguma falha no instrumento. 

Colisão em Congonhas 

O brigadeiro recorda que o Cenipa previu que um acidente poderia ocorrer em Congonhas meses antes da tragédia do TAM JJ 3054. 

Após receber vários relatos de aeronaves que quase saíram da pista, ele convocou uma reunião com empresas aéreas e órgãos envolvidos na operação do aeroporto, em Brasília, na semana entre o Natal e o Ano Novo de 2006, após o acidente da Gol. 

“Alertamos na reunião que um tínhamos um cenário de que um acidente iria ocorrer em Congonhas e restringimos as operações”, lembra. 


A pista passou por reformas, foi liberada, mas continuava escorregadia, com formação de poças de água e risco de derrapagem, conforme relatos de informe de risco realizados por pilotos na época. 

“Quando ocorreu o acidente, fomos duplamente frustrados. Acreditávamos que tínhamos conseguido evitar um acidente que tivesse envolvimento da pista, mas mesmo assim o acidente ocorreu após a reforma, sem interferência direta da pista”, diz. “Imagina como isso foi triste para todos nós”. 

Segundo Kersul, apesar de um dos manetes ter sido mantido na posição de aceleração durante o pouso (como ficou registrado nas caixas-pretas), a pista pode ter contribuído como fator psicológico e também para “o agravamento” do caso. 

“Congonhas é um verdadeiro porta-aviões dentro da cidade. Outros acidentes do mesmo tipo não tiveram um final tão trágico porque a aeronave parou na lama ou em um campo. Mas em todas as simulações feitas, se fossem mantidos todos os fatores, aquela aeronave iria sair da pista em qualquer aeroporto”. 

Julgamentos

Kersul lembra que, quando o Airbus da Air France desapareceu no Oceano Atlântico, a Aeronáutica iniciou os trabalhos de busca e localização até que o acidente, que deixou 228 mortos em 1º de junho de 2009, fosse confirmado. Apesar de críticas dos familiares de que a atuação brasileira foi coadjuvante no caso, ele afirma que o Brasil cumpriu a legislação internacional que determina que, se a aeronave se acidentou em águas internacionais, “a responsabilidade de investigar o caso cabe ao operador, ao fabricante e ao país da bandeira da aeronave. Nesse caso, todos indicavam a França”. 

Brasil iniciou buscas por Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009
Foto: Marinha/Divulgação

“O Brasil não teve o papel de coadjuvante ou de ator principal, mas teve a participação que lhe cabia, iniciando as apurações no Recife, coletando as informações iniciais para a França. Estamos fazendo o que é nossa parte pela legislação internacional. O responsável por fazer essa investigação é o estado francês”, afirma.

Após todas as tragédias que acompanhou, ele defende que seja regulamentada uma lei nacional para que as informações obtidas pela apuração não sejam usadas nos tribunais com fins criminais ou de responsabilização civil, como a busca por indenizações. Nesta quarta-feira (27), um evento com familiares de vítimas de acidentes aéreos, investigadores do Cenipa, juízes e Ministério Público debaterá em São Paulo um projeto de lei que trata da questão. 

"A investigação do Cenipa é para prevenção. Não concordamos que nossos relatórios sejam usados para fins jurídicos. É um problema difícil, que as pessoas não entendem, mas o prejuízo é enorme, pois os envolvidos deixam de colaborar com medo de que, o que nos falam, seja usado contra eles”, diz.

“Ninguém quer que o relatório do Cenipa seja secreto. Só pedimos que ele não seja usado em julgamentos. Nossa investigação é imparcial com o único objetivo de evitar mais acidentes. A investigação da polícia é que tem que achar responsabilidades e culpados e deve ser usada nos tribunais, e não a nossa”, rebate. 

Fonte: Tahiane Stochero (G1, em Brasília)

Aeronave pode entrar em órbita decolando de uma pista comum

Aeroplano Skylon será testado em julho por engenheiros do Reino Unido. 


No futuro, pousos e decolagens para o espaço poderão ser feitos a partir de qualquer pista de aeroporto. Pelo menos essa é a ideia dos engenheiros que estão por trás do Skylon, uma aeronave espacial que será testada no mês de julho no Reino Unido. 

A principal inovação do equipamento é o motor Sabre, que funciona como um jato em velocidades mais baixas e pode ser mudado para o modo foguete na alta atmosfera. A empresa Reaction Engines Limited (REL) acredita que o seu equipamento será um sucesso absoluto e, com a demonstração, espera atrair investidores para financiar o projeto final, orçado em aproximadamente R$ 750 milhões. 



“A Inglaterra tem o próximo passo além do motor a jato, que pode reduzir o mundo a quatro horas”, explica Alan Bond, diretor da REL. “O tempo máximo que seria necessário para ir a qualquer lugar também nós dá a oportunidade de chegar até o espaço, aposentando os foguetes descartáveis que usamos hoje”, completa.  

A Agência Espacial do Reino Unido, juntamente com a Agência Espacial Europeia, também está envolvida no projeto, prestando consultoria e acompanhando os avanços da equipe. Pelo menos até agora, o financiamento das pesquisas foi todo custeado com dinheiro da iniciativa privada. Com a exibição do protótipo, a REL espera conseguir algum apoio governamental. 

Fonte: BBC via Wikerson Landim (Tecmundo) - Fonte das imagens: Divulgação/REL via BBC

Bisavós de 80 anos pulam de paraquedas nos EUA

Marjorie Bryan, 83, e Marianna Sherman, 82, arrecadaram dinheiro com salto. 

Octogenárias fazem parte de entidade de mães de veteranos de guerra. 



Duas bisavós de 82 e 83 anos pularam de paraquedas de um avião para arrecadar dinheiro para distribuição de alimentos nos EUA. 

Segundo o "Lima News", Marjorie Bryan, 83, e Marianna Sherman, 82, pularam de paraquedas no sábado (23), no aeroporto do condado de Allen em Lima, Ohio. Elas fizeram saltos com o sargento aposentado Michael Elliott, que já fez saltos em com o ex-presidente George H.W. Bush.

As mulheres fizeram o salto para arrecadar dinheiro para uma entidade de mães de veteranos de guerra. Bryan é de Lima e Sherman é de Kenton, também no estado de Ohio. 

Bryan gosta tanto de paraquedismo que quer acompanhar George Bush se ele saltar em seu 90º aniversário - ela terá 85 anos. 

Fonte: G1, com agências internacionais - Fotos: AP