quinta-feira, 21 de julho de 2011

Comandante do Atlantis agradece missão, mas reclama do banheiro

'Nave está tão perfeita quanto quando voou pela primeira vez'.

'A não ser a porta do banheiro', brincou Chris Ferguson.

Na primeira vez que falou ao público após o retorno à Terra o comandante da última missão do ônibus espacial Atlantis, Christopher Ferguson, fez elogios à tripulação e à nave, mas brincou reclamando da porta do banheiro.

"Obrigado por esse veículo fantástico. A nave está tão perfeita quanto quando voou pela primeira vez", disse Ferguson. "A não ser a porta do banheiro, que abriu um pouco durante a reentrada," brincou.

O comandante fez elogios aos seus colegas de missão. "Voar no espaço é um sonho, mas é um sonho que tem mais a ver com quem você o realiza do que com o que você faz. Um comandante não poderia pedir por três pessoas melhores", afirmou.

Chris Ferguson fala após o pouso na Flórida

Ele também comentou a aposentadoria da nave. "Estamos todos muito honrados de fazer parte disso. Vamos colocar o Atlantis num museu agora para as gerações que virão depois de nós (...). Quero ver aquela foto de um menino de seis anos olhando para um ônibus espacial dizendo 'papai, isso é o que eu quero fazer quando crescer',", disse Ferguson.

Fonte: G1 - Foto: Scott Audette/Reuters

Veja sequência de fotos da última aterrissagem do ônibus espacial







Fotos: NASA / AP / AFP / Reuters

Atlantis aterrissa na Flórida e põe fim à era dos ônibus espaciais

O Atlantis aterrissou sem problemas nesta quinta-feira (21) ao amanhecer na Flórida, encerrando assim a última viagem do programa dos ônibus espaciais norte-americanos, trinta anos após o primeiro voo da nave.


A Atlantis tocou a pista do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, às 5h57m (horário local, 09h57m GMT), 42 minutos antes do nascer do sol e com um céu claro, após a descida de 65 minutos desde a órbita terrestre.

"O Atlantis já está em casa, completou sua viagem. É um momento histórico para ser comemorado", vibrou o centro de controle de voo.

"Missão cumprida, Houston, e depois de servir ao mundo por mais de 30 anos o ônibus espacial americano ganhou um lugar na história. Estamos muito emocionados", afirmou o comandante do voo, Chris Ferguson, depois de concluir as manobras de pouso.

"Os Estados Unidos não deixarão de explorar o espaço", salientou Chris Ferguson. "Deus abençoe os Estados Unidos".

"Bem-vindo, Atlantis, e aproveitamos para felicitá-los por sua missão", acrescentou o centro de controle.

"Sentimos hoje muitas emoções, mas algo é indiscutível: os Estados Unidos não deterão a exploração espacial", enfatizou o comandante.

"O ônibus entrou no porto pela última vez, pondo um ponto final em sua viagem", concluiu o controlador.

Quase como uma última saudação à nave, pouco antes da chegada do Atlantis, a Estação Espacial Internacional (ISS) passou sobre a vertical do Centro Kennedy e ficou visível por cerca de quatro minutos.

Na véspera, menos de 24 horas da volta do Atlantis, astronautas e engenheiros da Nasa não conseguiam conter a emoção com o fim próximo. Horas antes da entrada do ônibus espacial na atmosfera, a estação de televisão da Nasa mostrou imagens ao vivo do centro de controle da missão e da Terra vista a partir do Atlantis, que desacoplou com sucesso da ISS, iniciando a manobra de volta.

Durante a missão de quase oito dias atracado à ISS, o Atlantis e seus quatro astronautas deixaram lá várias toneladas de alimentos e equipamentos para que a estação orbital e sua tripulação permanente de seis pessoas contem com provisões durante um ano.

Por sua vez, o Atlantis lotou seu compartimento de carga com 2,57 toneladas de resíduos e material usado que estavam na ISS.

No espaço e na Terra, a quarta-feira foi um dia de nostalgia.

"Minha prioridade, agora, é garantir que a nave e a tripulação cheguem à pista de pouso com toda a segurança", declarou então à CNN o ex-astronauta Charles Bolden, chefe da agência espacial americana.

Antes de os astronautas dormirem, o comandante da missão, Chris Ferguson, leu uma citação de Gene Kranz, o diretor de voo famoso por salvar os astronautas do Apolo 13, depois que um tanque de oxigênio explodiu durante viagem à Lua.

"Rezo para que nosso país encontre algum dia a coragem para aceitar o risco e os desafios para terminar o trabalho que começamos", disse Ferguson, considerando a citação de Kranz "muito apropriada".

O ônibus espacial, a máquina voadora mais complexa jamais construída, permitiu especialmente colocar em órbita o Hubble, o primeiro telescópio espacial que revolucionou a astronomia, e, além disso, construiu a ISS entre 1998 E 2010.

O Atlantis percorreu 8,5 milhões de quilômetros durante sua trigésima terceira e última missão, totalizando 202,67 milhões de quilômetros no total.

Como parte do programa de ônibus espaciais, cinco naves (Atlantis, Challenger, Columbia, Discovery e Endeavour) integraram a frota dos primeiros veículos espaciais reutilizáveis do mundo.

O conjunto dos cinco ônibus percorreu um total de 872,9 milhões de quilômetros e efetuaram mais de 21.000 voltas ao redor da Terra.

As cinco naves totalizaram 1.333 dias no espaço.

Além do protótipo Enterprise, que nunca voou, só três ficarão expostos, agora, em museus, depois da destruição do Columbia e do Challenger em acidentes que provocaram a morte de seus tripulantes.

O acidente do Challenger em 1986 e o do Columbia em 2003 deixaram 14 mortos no total.

Em momentos de austeridade fiscal, o presidente Barack Obama decidiu pôr fim ao programa dos ônibus espaciais, 30 anos depois do primeiro voo, o do Columbia, em 12 de abril de 1981. Cada uma das 135 missões, desde essa época, custaram entre 450 e 500 milhões de dólares.

A partir do regresso da Atlantis, a Nasa passará a depender dos Soyuz russos até o desenvolvimento de uma nova nave espacial americana, não antes de 2015, o mais tardar. Várias empresas privadas estão competindo para oferecer um meio de transporte de astronautas e carga em direção à ISS.

Veja o vídeo completo do último pouso do Atlantis:


Fonte: AFP - Foto: Pierre Ducharme - Vídeo: NasaTV

terça-feira, 19 de julho de 2011

Paquistão: Avião não tripulado caiu perto de refinaria de petróleo


Um avião não tripulado caiu hoje (19) perto de uma refinaria de petróleo em Karachi, após ter colidido com um pássaro, informou a Marinha paquistanesa.

"Um 'drone' da marinha paquistanesa caiu depois de colidir com um pássaro", disse à agência AFP o porta-voz da marinha, Irfan Ul Haq, ao indicar que o avião não tripulado caiu perto de uma refinaria de petróleo, mas sem causar danos.


O exército paquistanês utiliza os aviões não tripulados para vigilância na luta contra os talibãs e a rede Al-Qaeda.

Fonte: Agência Lusa - Fotos: Reprodução/NDTV / Reuters

iPhone 4 resiste a queda de 4 mil metros e continua fazendo ligações

Aparelho saiu do bolso de paraquedista durante pulo, caiu em cima do telhado de uma construção e, mesmo assim, continuou funcionando

Um iPhone 4 caiu do bolso de um paraquedista a mais de 4 mil metros de altura e, surpreendentemente, "sobreviveu".

O paraquedista americano Jarrod McKinney disse que estava com pressa para sair do avião durante um pulo e esqueceu de deixar o aparelho em um lugar seguro, de acordo com a CNN.

Ao chegar ao chão e perceber que estava sem seu smartphone, McKinney usou um aplicativo de rastreamento GPS para achá-lo, e descobriu que seu iPhone tinha caído no telhado de uma construção próxima de onde ele estava.

O instrutor Joe Johnson decidiu ligar para o número de McKinney de brincadeira, e ficou surpreso quando percebeu que o telefone estava tocando.

O aparelho, que já tinha caído de uma prateleira e estava com o vidro de proteção quebrado, ainda funcionava - fazia e recebia ligações. Agora, com a parte da frente e de trás destruídas, McKinney pretende consertar, e, até lá, usa a conexão Bluetooth do seu caminhão para fazer ligações.


Fonte: Olhar Digital - Fotos: Reprodução/CNN

Voo 1907: MPF pede aumento de pena de pilotos e controladores


O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso apresentou ao Tribunal Regional Federal (TRF) no Distrito Federal apelações contra as sentenças aplicadas aos pilotos e controladores de voo envolvidos no acidente entre um boeing da Gol e um jato Legacy em 2006. A colisão com o voo 1907 causou a morte de 154 pessoas. O MPF defende o aumento da pena aplicada aos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, condenados a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto, e ao controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar foi condenado a três anos e quatro meses também em semi-aberto.

A prisão deles foi substituída pela prestação de serviços comunitários, além da proibição de exercerem as profissões. Além disso, o MPF quer a condenação do controlador de voo Jomarcelo Fernandes, que foi absolvido. Nos recursos, o MPF sustenta que "não foi reconhecida a má-fé processual dos réus, não foi fixado valor mínimo para reparação dos danos, não foi aplicada a devida causa de aumento de pena e a substituição da pena de prisão pela prestação de serviços comunitários foi indevida".

O MPF quer o aumento das penas por entender que eles "além de exporem a perigo o transporte aéreo nacional e causarem a morte de 154 pessoas, o fizeram violando regra técnica das suas profissões de pilotos. Dessa forma, o MPF entende que é cabível a aplicação de duas causas de aumento de pena: em um terço, por conta das 154 mortes, e em mais um terço, porque o crime foi cometido por conta da violação de regra técnica no exercício da profissão".

O acidente

O voo 1907 da Gol, que fazia a rota Manaus-Rio de Janeiro, com escala em Brasília, caiu no norte do Mato Grosso, em 29 de setembro de 2006 e matou os 148 passageiros e seis tripulantes. O acidente ocorreu após uma colisão com um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer, que pousou em segurança numa base aérea no sul do Pará.

Os pilotos do Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são acusados de não terem acionado o Sistema de Alerta de Tráfego e Prevenção de Colisão (TCAS), equipamento responsável pelo contato entre a aeronave e as torres de transmissão. A denúncia do Ministério Público Federal, apresentada em maio de 2007, relata que o transponder do avião da Gol permaneceu ligado durante todo o voo, mas o do Legacy, a partir de um certo momento, foi desligado. O transponder é um aparelho que interage com os radares secundários do controle aéreo e com outros transponders, fornecendo informações sobre a posição e o deslocamento das aeronaves.

A sequência de erros que causou o acidente passou também por uma falha de comunicação entre controladores brasileiros e pilotos do jato, que, sem entender as instruções, teriam posto a aeronave na mesma altitude do voo da Gol, 37 mil pés. Em maio de 2007, os pilotos e quatro controladores de voo foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo nacional. Os americanos foram absolvidos da acusação de negligência em dezembro de 2008, mas, em 2010 a Justiça anulou a absolvição e ordenou o reinício do julgamento.

Em maio de 2011, eles foram condenados pela Justiça de Mato Grosso a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por expor a perigo aeronave própria ou alheia e pelo ato ter resultado em morte. A pena, no entanto, foi convertida em prestação de serviço comunitário e proibição do exercício da profissão e seria cumprida nos Estados Unidos, onde os pilotos residem.

Em 2008, os controladores de voo Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos dos Reis foram absolvidos sumariamente de todas as acusações pela Justiça Federal. Jomarcelo Fernandes dos Santos também foi isentado do crime, em maio de 2011. Na mesma decisão, a Justiça de Mato Grosso condenou Lucivando Tibúrcio de Alencar a prestar serviços comunitários por atentado contra a segurança do transporte aéreo.

Na Justiça Militar, a ação penal militar para apurar a responsabilidade de cinco controladores que trabalhavam no dia do acidente - quatro denunciados pelo MPF e João Batista da Silva - só foi instaurada em junho de 2008. Em outubro de 2010, quatro deles foram absolvidos - apenas Jomarcelo Fernandes dos Santos foi condenado por homicídio culposo, mas recebeu o direito de apelar em liberdade. Ele recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM) e aguarda julgamento.

Fontes: Terra / Band

PF abre inquérito para investigar queda de avião com 16 mortos em PE

Ministério Público Federal determinou que investigação passasse à PF.

Superintendência no Recife confirmou que novo delegado apura o caso.


A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as causas do acidente aéreo da Noar, que deixou 16 mortos quando um avião da empresa caiu em um terreno baldio próximo à praia de Boa Viagem, no Recife, na quarta-feira (13).

A Superintendência da PF em Pernambuco confirmou que o delegado federal Renato Cintra, chefe da Delegacia de Defesa Institucional, foi designado para assumir o caso.

A abertura de uma investigação pela PF só ocorreu após determinação do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco. O pedido foi feito no dia seguinte à tragédia, dia 14, segundo o MPF.

Apesar de já haver inquérito instaurado pela Polícia Civil do estado, o procurador da República Marcos Antonio da Silva Costa disse entender que o crime em questão é de competência federal para ser investigado.

Para o procurador, “são de competência federal a investigação, processo e julgamento dos crimes que provocaram ou contribuíram para a queda de avião do serviço público de navegação aérea”.

Para o MPF, os crimes em questão estão incluídos na Constituição como ofensa a serviço federal e consumação de crimes a bordo de aeronave.

Cauda do avião da empresa Noar é vista no local da queda
O Ministério Público diz que, caso a Justiça Federal receba o caso, a Justiça do Estado será comunicada para que o inquérito da Polícia Civil seja remetido à Polícia Federal. Por enquanto, os dois inquéritos correm em paralelo, com independência. A PF informou que os peritos federais estiveram no local da tragédia no dia do acidente.

Fontes: G1 / Jornal Hoje (TV Globo) - Foto: João Carlos Mazella (Fotoarena/AE)

Lanchar nos aeroportos pode custar o dobro do que no shopping

O brasileiro que faz um lanche está pagando o dobro. É o efeito da falta de concorrência nas praças de alimentação dos aeroportos.


Durante as férias escolares, muita gente está viajando. Quem escolheu o avião tem se surpreendido: os preços nas praças de alimentação estão até 100% mais caros do que nos shoppings ou nas lanchonetes de rua.

No Brasil inteiro, as praças de alimentação ficam lotadas nos aeroportos, principalmente no período das férias. A tensão do embarque parece aumentar ainda mais a fome dos passageiros. “A fome é de ansiedade”, disse uma passageira.

Dentro dos aeroportos, são muitas as opções de alimentação, todas mais caras do que no comércio dos shoppings ou das ruas das cidades a quilômetros de distância. O passageiro não tem muita alternativa. “Não tem como eu sair daqui”, disse um carioca. “Não tem jeito, tem de comer. Sou obrigado a pagar mais caro”, reclama um senhor.

Em um lanche básico no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, os preços são os seguintes: um café expresso custa R$ 3,50; pão de queijo, R$ 5,90; e refrigerante, R$ 4,80. Em uma loja da mesma cadeia, mas no shopping, os preços são diferentes. O café custa R$ 2,80. No caso do pão de queijo, o mini custa apenas R$ 0,50 a unidade. O copo com seis sai a R$ 4. O refrigerante está a R$ 3,30. “No shopping ainda vão cobrar 10%. Vai sair mais caro ainda”, calcula um passageiro.

Em São Paulo, um refrigerante custa de R$ 2,50 a R$ 3 nas lanchonetes da cidade. No aeroporto, custa R$ 5,30. A diferença entre o preço mais barato praticado na cidade e o do aeroporto chega a 112%.

Em Curitiba parece que o pãozinho de queijo paga taxa de embarque. Na praça de alimentação do aeroporto custa R$ 3,20, e na sala de embarque passa para R$ 3,50. Em Goiânia, beber água no aeroporto também sai caro: a garrafinha pequena custa R$ 3. Nas lanchonetes da cidade, sai de R$ 1 a R$ 1,50. “Está caro”, diz uma jovem.

Lanchar no aeroporto pode até aliviar a ansiedade da viagem, mas a conta pode dar indigestão. “É mais salgado do que o salgadinho”, brinca uma passageira.

A Infraero explica que não tem qualquer ingerência sobre os preços praticados pelos estabelecimentos comerciais dos aeroportos. Como em qualquer outro espaço público explorado pela iniciativa privada, as lojas são licitadas – ganha a licitação quem oferecer o maior preço, sem levar em conta o valor que ele vai cobrar dos clientes. O Procon diz que o comerciante tem o direito de cobrar quanto quiser, assim como o consumidor tem o direito de comprar onde quiser.

Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo)

Infraero cria central de monitoramento para evitar tumultos no aeroporto de Brasília

A promessa do governo é de que o Centro de Monitoramento seja implantado em todas as cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo. A Infraero, a polícia, a Receita Federal, a Anvisa e as companhias aéreas vão compartilhar das informações.


Fonte: Globo News

Suíço kamikaze joga avião contra a casa da mãe

Um homem morreu após jogar um pequeno avião bimotor Diamond Aircraft DA42 que alugara 45 minutos antes contra a casa da mãe, na cidade de Oberhallau (Suíça). Minutos antes da colisão, o kamikaze ligou para a mãe da cabine da aeronave e disse: "Você está em casa? Vou dar um pulo aí agora".


Então, Konrad Schmidt, de 47 anos, sobrevoou a residência três vezes antes do choque. O corpo de Konrad foi encontrado por bombeiros nos escombros. A mãe dele Rosemary, 68, conseguiu sobreviver. No momento da colisão, a idosa estava no porão. Ela foi retirada da casa por vizinhos.

Testemunhas disseram não haver a possibilidade de ter ocorrido um acidente.

"Ele fez os sobrevoos e alinhou (na direção da casa). E então fez (jogou o avião). Foi como um mini 11 de Setembro", disse uma delas, de acordo com o "Daily Mail".

Rosemary e o filho tinham sérios problemas de relacionamento havia alguns anos, disseram vizinhos à polícia.

A residência terá que ser demolida.


Fonte: Daily Mail via Fernando Moreira (oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound) - Fotos: EPA

Confira a foto mais pesada em resolução já tirada de um Boeing

Já pensou ver uma foto tirada em bilhões de pixels de seu avião favorito, para que você explore até os mínimos detalhes de sua estrutura? Pois isso já é possível. Graças a um novo recurso interativo, a sensação de proximidade com a imagem como se ela estivesse presente é impressionante. A ferramenta destaca mais de 70 características do Boeing Next-Generation 737. Você pode clicar em cada parte - como o desvio da pista de pouso e luz mostrado acima - para obter um olhar mais atento e uma explicação de sua função.

A ideia é permitir que usuários de zoom sobre o hardware, como a barbatana dorsal que aumenta a estabilidade lateral do 737, o skid cauda que permite pousos mais curtos ou a luz anti-colisão embutido na asa. "O que esta tecnologia nos permite fazer é trazer as pessoas tão perto do 737 quanto possível, sem pé direito ao lado do avião", disse Anthony Ponton, gerente de marca. A imagem interativa, que contém 17 gigapixels, está disponível online com mais de 70 funcionalidades destacadas para as pessoas a explorar, seja por diversão ou trabalho.


Fonte: Amanda Cardoso (Avião Revue)

Boeing de príncipe herdeiro da Tailândia está apreendido em Munique

Devido a uma disputa legal entre o espólio de uma construtora alemã e o governo tailandês, Boeing do príncipe herdeiro da Tailândia foi apreendido em Munique. Avião continuará retido até decisão judicial.


Para tentar solucionar a controvérsia em torno da apreensão do avião do príncipe herdeiro tailandês no aeroporto de Munique, a vice-ministra alemã das Relações Exteriores, Cornelia Pieper, recebeu na sexta-feira (15/7) o ministro do Exterior da Tailândia, Kasit Piromya, em Berlim.

Pieper declarou sentir muito "pela inconveniência causada ao príncipe herdeiro devido à apreensão do avião", mas disse que "o caso se encontra nas mãos da Justiça". Em declaração, o ministério em Berlim afirmou que o caso não deve afetar as boas relações entre os dois países.

Dívida em aberto

Na última terça-feira, o Boeing 737, pilotado várias vezes pelo próprio príncipe herdeiro tailandês, Maha Vajiralongkorn, foi apreendido por ordem judicial no aeroporto de Munique, a pedido do administrador da insolvência da construtora alemã Walter Bau, Werner Schneider.

O motivo são dívidas que o Estado tailandês teria com a empresa, devido à construção de uma via expressa de 26 quilômetros para o aeroporto Don Muang, em Bangcoc. A briga judicial começou há mais de 20 anos.

Segundo Werner Schneider, "houve várias violações de contrato por parte do governo tailandês". Em 2007, acresceu Schneider, a construtora já insolvente entrou com pedido de reparação de danos, que já somam 30 milhões de euros. O governo tailandês, no entanto, se recusou a pagar, explicou Schneider.

De quem é o avião?

Em entrevista à TV pública alemã ZDF, o ministro do Exterior Kasit afirmou que, diferentemente do relatado por Schneider, o avião não pertenceria ao governo tailandês, mas "a uma pessoa em nome do príncipe".

Ele acrescentou que seu governo "não está contente" com a conduta do representante da construtora Walter Bau, especialmente porque a Tailândia não pretende abdicar da sua responsabilidade de respeitar as exigências do administrador.

Na conversa com Kasit, Pieper declarou ter feito alusão "aos repetidos pedidos feitos por membros do governo em Berlim e do Ministério do Exterior alemão ao governo tailandês para que pagasse a dívida em aberto com o administrador da insolvência".

"Tendo em vista a apreensão do avião e a exigência do administrador da insolvência", Cornelia Pieper disse esperar que o caso seja resolvido rapidamente.

Fonte: DW via ABN News

Ônibus Espacial Atlantis dá adeus à Estação Espacial Internacional‎

A nave Atlantis se despediu nesta terça-feira da Estação Espacial Internacional (ISS) para sempre, ao iniciar sua viagem de retorno à Terra, com a qual a Nasa dará por concluído o programa de ônibus espaciais após 30 anos de missões.


Os astronautas foram acordados com a música 'Don't Panic' da banda britânica Coldplay, que foi dedicada ao piloto Doug Hurley, responsável por guiar o Atlantis em sua manobra de desacoplamento da ISS.

A nave, com seus astronautas a bordo, se desacoplou da ISS às 3h28 (horário de Brasília), quando estava a 391 quilômetros sobre o Oceano Pacífico, ao leste da cidade de Christchurch (Nova Zelândia), após permanecer 8 dias, 15 horas e 21 minutos junto ao laboratório orbital.

O Atlantis completou uma manobra em torno da ISS com o objetivo de que a tripulação da estação pudesse fazer uma inspeção ocular da nave, enquanto, do ônibus espacial, tiraram fotos tridimensionais de alta qualidade com o braço robótico.

O propósito é determinar a condição dos painéis térmicos que revestem a cobertura, a borda dianteira e a superfície das asas que protegem o Atlantis. Ao entrar na atmosfera para iniciar seu retorno, a espaçonave se submeterá a uma temperatura de 2 mil graus.

A tripulação é composta pelo comandante Chris Ferguson, pelo piloto Doug Hurley e pelos especialistas de missão Sandra Magnus e Rex Walheim. Eles voltaram a agradecer a 'hospitalidade' aos tripulantes da ISS, antes de começar a se afastar do posto orbital pela última vez com destino à Terra.

Após a chegada do ônibus espacial no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida), prevista para quinta-feira às 6h58 (de Brasília), a Nasa pretende comemorar o sucesso da missão, mas, como vêm dizendo durante meses os funcionários da agência espacial americana, será um momento com sentimento nostálgico.

Isso não só porque acabará o programa de ônibus espaciais e centenas de funcionários da Nasa ficarão sem emprego, mas também porque os Estados Unidos não têm preparada a nave para substituir o veículo que durante 30 anos transportou cargas e tripulantes ao espaço.

'Não acho que isto signifique o fim dos voos (espaciais) tripulados americanos, mas estamos em um período de incertezas e não sabemos por quanto tempo', declarou à Agência Efe Valerie Neal, curadora do setor de naves do Museu Nacional do Espaço, em recente entrevista.

'Foram as naves de uma geração inteira. A parte mais triste é que não há outra nave esperando, não sabemos como será o próximo veículo espacial ou qual será o próximo destino', assinalou.

A Nasa cedeu ao setor privado a função de desenvolver a nave do futuro, aproveitando algumas das capacidades da agência espacial, e marcou como novas metas para a prospecção espacial alcançar um asteroide em 2025 e chegar a Marte em 2030.

A agência espacial americana espera que os primeiros veículos comerciais fiquem prontos até 2015. No entanto, enquanto isso, os astronautas americanos dependerão de naves de programas estrangeiros para viajar à ISS - como as russas Soyuz, por cuja missão terá de pagar cerca de US$ 50 milhões.

O programa de ônibus espaciais começou em 1981 com o lançamento do Columbia, seguido pelo Challenger (1983), Discovery (1984), Atlantis (1985) e Endeavour (1992), que se transformaram na bandeira da prospecção espacial dos Estados Unidos.

O Challenger e o Columbia sofreram acidentes - o primeiro explodiu 73 segundos após decolar em janeiro de 1986 e o Columbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando regressava à atmosfera -, o que fez com que o público se comovesse ainda mais com o programa.

Nesta última missão, o Atlantis levou mais de 4 mil quilos de mantimentos e equipamentos - inclusive mais de 1,1 mil quilos de alimentos -, que ajudarão a ISS a continuar operando durante 2012, além de contribuir com vários experimentos científicos, como um elaborado para o desenvolvimento de vacinas contra a salmonela.

Como lembrança desta histórica missão, antes de fechar as duas escotilhas, os tripulantes do Atlantis entregaram a seus companheiros da ISS a bandeira que viajou ao espaço na missão STS-1, realizada pelo Columbia em 12 de outubro de 1981, e um escudo comemorativo da missão STS-135, a última da era dos ônibus espaciais.

Fonte: Agência EFE via MSN Notícias

Caderno de bordo aponta problemas em outro avião da Noar

Segundo os pilotos, a empresa aérea do acidente fatal semana passada no Recife não fazia a manutenção adequada dos aviões.


Todas as capelas do cemitério estavam ocupadas pelos parentes e amigos das vítimas. No velório do piloto Rivaldo Paulírio Cardoso, de 68 anos, brigadeiro reformado, honras militares. Seis corpos foram embalsamados e mandados para outras cidades. Ao todo, foram 16 mortos.

O avião caiu na última quarta-feira no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O voo 4896, da Noar Linhas Áereas, partiu do Recife. Faria uma escala em Natal e chegaria a Mossoró, no Rio Grande do Norte, com 14 passageiros, o piloto e o copiloto. Segundo o comando da Aeronáutica, a decolagem foi às 6h51. Mas, 55 segundos depois, o piloto avisou à torre que tinha problemas e que tentaria voltar ao aeroporto. Às 6h53, o piloto informou que não conseguiria chegar ao aeroporto e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. Às 6h54, o avião sumiu do radar. A queda foi em um terreno vazio em frente à praia. E o avião pegou fogo em seguida.

A Noar é a única empresa aérea nordestina. Em junho do ano passado começou a fazer voos comerciais para quatro cidades da região. Tinha dois aviões do modelo LET- 410, fabricado na República Tcheca. Depois do acidente, a empresa cancelou todos os voos que estavam programados. Também informou que o avião acidentado na quarta-feira tinha passado por um serviço de manutenção no fim de semana anterior. Uma equipe de técnicos da empresa fabricante esteve no Recife e trocou duas peças do motor esquerdo.

Depois do serviço, que se estendeu da sexta ao domingo, o avião voou 17 horas e quatro minutos até cair. Ainda no local do acidente, Jairo Gonçalves falou da conversa que teve com o irmão, o copiloto Roberto Gonçalves. “Ele falou pra mim que a aeronave teve uns problemas de perda potência. Inclusive, salvo engano, foram trocadas duas turbinas e as aeronaves ficaram paradas bastante tempo para fazer essa revisão”.

Depois de reprogramar suas operações, a Noar botou o único avião que restou à frota para voar outra vez neste sábado. Ele decolou do Recife pouco depois da 9h com dois tripulantes e mais três pessoas a bordo. Retornou ao Recife com dois passageiros.

Na última sexta-feira, nós recebemos de uma fonte anônima o caderno de manutenção desse avião que voltou agora a voar. Esse caderno era levado pelos pilotos junto com o diário de bordo. Ele traz diversos registros escritos por pilotos e copilotos. São relatos feitos pela tripulação sobre situações consideradas anormais e de risco.

Contamos 75 anotações no intervalo que vai de 3 de novembro do ano passado até 9 de julho, ou seja, sábado da semana passada.

Alguns registros foram feitos pelo piloto Rivaldo Cardoso, que morreu no acidente. Ele enumera cinco tópicos, no dia 18 de dezembro, fala que a potência do motor teve que ser mantida em 60% para a temperatura não atingir o limite na decolagem; relata a existência de luzes queimadas; diz que o fone do comandante não funciona; que na decolagem de Aracaju teve que reduzir a potência para 50% para manter a temperatura no limite; e conclui sugerindo que não se disponibilize a aeronave antes da verificação do problema de elevação da temperatura do motor 1. “A decolagem com 16 passageiros de Maceió para o Recife com torque, ou potência, de 50% não é aconselhável”, diz no texto.

Na coluna preenchida pela equipe de manutenção, está registrado que foi trocado o instrumento de temperatura e que foi agendado voo para checagem.

Procuramos o piloto Jackson Porciúncula para comentar as anotações. Ele tem 42 anos de aviação e 26 mil horas de voo.

Um dos primeiros registros do caderno diz que a potência do motor direito não atingiu 60%, vindo a normalizar após cruzar os 400 pés de altitude. O piloto afirma que decolagem ocorreu em situação de risco e que aeronave demorou a sair do solo.

“Eu diria que essa aeronave, se durante a decolagem tivesse um problema com o motor da direita, teria dificuldade em retornar para a pista”, destaca o comandante.

Em outro registro, o piloto diz que uma luz e um aviso sonoro de indicação do painel não aparecem. A aeronave estaria “estolando”, ou seja, perdendo sustentação e sem os sinais de alerta. A equipe de manutenção informa ao lado da anotação que foi feita uma verificação em solo e que está tudo ok.

“Isso aí é um fato que, durante uma operação em que o piloto necessite desse aviso de estol da aeronave, ele não vai ter o aviso adequado, podendo comprometer sua análise, seu procedimento. Isso compromete a operação”, destaca Jackson.

No dia 14 de dezembro, um dos comandantes da Noar relata que placas de indicação das luzes de aviso dos motores direito e esquerdo estão trocadas. Alertam que isso pode gerar erro grave em caso de pane, sobretudo, fogo.

“Na minha concepção, dentro do que eu entendo, eu não voaria nessas condições”, aponta Jackson.

A última anotação, de 9 de julho, parece um apelo. O piloto diz: “urgente, atenção: um copiloto que voava como passageiro observou que a porta do trem de pouso esquerdo, que já se encontrava amassada, aparentava que ia se soltar em voo, inclusive dobrando para cima pela ação do vento”.

“Eu interpreto que esse piloto aqui estava pedindo que realmente fosse tomada uma providência, que ele estava no limite dele aqui de aceitação de uma situação dessas”, declara Jackson.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) recebeu do Fantástico cópia do caderno. E afirmou em nota que os relatos dos pilotos deveriam estar no diário de bordo.

Estivemos com o diretor de assuntos corporativos e comerciais da Noar, Giovanne Farias, e entregamos a ele uma cópia do material. Pedimos também para ter acesso ao livro de bordo do avião. A resposta veio em nota.

Sobre a existência no avião do caderno onde a tripulação relatava ocorrências de voos a nota diz: “A Noar Linhas Aéreas criou um registro auxiliar com a finalidade de apresentar impressões e percepções das tripulações acerca do funcionamento das aeronaves”.

A companhia ainda informa que todas as ocorrências foram solucionadas. Na nota distribuída neste domingo, a Anac diz que suspendeu as operações da empresa aérea Noar, depois de receber informações da Rede Globo de que a companhia estaria adotando práticas que podem ferir o Código Brasileiro Aeronáutico e as regras da própria Anac. Também neste domingo à tarde, o caderno original entregue anonimamente à TV Globo foi encaminhado à Polícia Civil de Pernambuco, que investiga o caso.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

domingo, 17 de julho de 2011

Cerca de 96% das famílias das vítimas do acidente com avião da TAM foram indenizadas

Companhia diz que gastou R$ 17,2 milhões com apoio aos parentes desde a tragédia

Das 199 vítimas do acidente com o avião da TAM, ocorrido há exatos quatro anos,193 famílias já foram indenizadas, segundo informou a companhia aérea ao R7. A batida do Airbus A-320 com um prédio vizinho ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, é considerada a maior tragédia da aviação brasileira.

Segundo a TAM, desde 17 de julho de 2007, a empresa fechou 55 acordos pela Câmara de Indenização e 148 pessoas receberam o pagamento do seguro obrigatório. A companhia também informou que, desde o acidente, emitiu 8.581 passagens para familiares em casos de reuniões e encontros, e foram gastos R$ 17,2 milhões com apoio as famílias, como hospedagem, alimentação e telefone.

Roberto Corrêa Gomes, que perdeu o irmão Mario Gomes no acidente, confirma que a maioria das indenizações foram pagas aos familiares, mas que nada supera a dor de perder um parente.

- Não existem parâmetros para poder avaliar. Quanto vale um filho? Um irmão? Uma esposa? Quanto vale ficar sozinho na vida? Quem era rico, continuou rico. Quem era classe média, continuou sendo classe média. Muitos perderam o emprego porque não conseguiram mais [trabalhar]. Não existe satisfação. Depois da perda, a pior experiência é a referente à indenização.

Neste domingo (17), os parentes assinam com a Prefeitura de São Paulo um convênio para a construção de um memorial,no local da tragédia, em homenagem às vítimas do voo. Para o presidente da Afavitam (Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054), Dario Scott, o importante do memorial é que ele vai permitir que o acidente não fique esquecido na história da aviação.

Justiça

Além da praça em homenagem aos mortos, a associação conseguiu uma grande conquista nesta semana. Na sexta-feira (15), às vésperas do quarto aniversário da tragédia, a Justiça Federal em São Paulo aceitou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e contra dois diretores da TAM na época do acidente: Alberto Fajerman (vice-presidente de Operações) e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro (diretor de Segurança de Voo). Os três denunciados pelo procurador da República Rodrigo De Grandis foram acusados de ter exposto a perigo o Airbus, provocando o acidente e a morte de 199 pessoas.

Fonte: Ana Letícia Leão (R7) / PP:

Com denúncia aceita pela Justiça, culpa por acidente da TAM não prescreve


O fato de a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público contra os acusados de ter causado o acidente com o avião da TAM que colidiu contra um prédio depois de um pouso frustrado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi encarada como uma vitória por parentes das 199 vítimas do acidente. Com o processo instaurado dois dias antes do acidente ter completado quatro anos, a possibilidade de prescrição das acusações contra os envolvidos está descartada.

O advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), Ronaldo Marzagão, disse hoje (16) que, de acordo com as leis brasileiras, caso o processo tivesse sido aberto depois do acidente ter completado quatro anos e os réus fossem condenados à pena mínima, eles não seriam punidos.

“Foi muito importante o juiz ter recebido a denúncia”, disse Marzagão. “Agora, mesmo os réus sendo condenado à pena mínima, que é dois anos, não há prescrição”.

Na sexta-feira (15), Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Os três são acusados pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Hoje, Marzagão se reuniu com membros da Afavitam para explicar as consequências da denúncia e sua aceitação pela Justiça. Ele explicou que só agora a Justiça começa a analisar o processo. Acusados, MPF e testemunhas devem ser ouvidos e, em cerca de dois anos, o julgamento de primeiro grau deve estar concluído.

O presidente da Afavitam, Dario Scott, espera que a pena seja exemplar. “Queremos que a justiça seja aplicada de forma rigorosa e exemplar para que outras pessoas que usam o transporte aéreo não corram os riscos que nossos filhos, pais e amigos correram”.

Scott disse que, quatro anos após o acidente, as famílias das vítimas estão sensibilizadas e mobilizadas em busca punição aos culpados. Neste fim de semana, elas participam do 38º Encontro da Afavitam e de atividades especiais para lembrar os mortos no acidente.

Hoje, eles já participaram de um missa para lembrar as vítimas na Catedral da Sé, e amanhã (17) participam de um ato ecumênico no local da queda do avião, ao lado do Aeroporto de Congonhas. O ato está previsto para começar às 10h.

No evento, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deve assinar um protocolo de intenções para a construção de um memorial às vítimas no local em que o avião da TAM caiu em 17 de julho de 2007. “Para nós, aquele espaço [do acidente] é sagrado e é importante que seja edificado o memorial”, disse presidente da Afavitam, Dario Scott.

Fonte: As informações são da Agência Brasil via correio24horas.com.br

A decisão sobre o acidente do avião que colidiu contra um prédio depois de um pouso frustrado em Congonhas, foi encarada como uma vitória por parentes das vítimas

Ato ecumênico e memorial marcam 4 anos de acidente da TAM

Gilberto Kassab comparece ao ato em memória às 199 vítimas do voo JJ3054, que se acidentou há quatro anos em São Paulo
Os familiares das vítimas do voo JJ3054, que se acidentou há quatro anos e matou 199 pessoas em São Paulo, se reuniram neste domingo, no local do acidente, onde foi assinado um protocolo de intenções para a construção da praça Memorial 17 de julho, em homenagem aos mortos. O protocolo foi assinado pelo prefeito Gilberto Kassab e pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam). No local, será construída uma praça, com previsão de inauguração para junho do próximo ano.
Arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Cartum, discursa sobre o significado da praça
De acordo com o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Cartum, a praça, que será circular, terá uma árvore em seu centro, com um elemento simbólico de resistência e resiliência. A árvore, que resistiu ao acidente, estava plantada na parte do fundo do prédio atingido pela aeronave. "A intenção é construir um lugar de memória e celebração da vida. Teremos na praça 199 pontos de luz, em homenagem às vítimas, que poderão ser observados à noite, a partir da avenida Washington Luís. A árvore será uma referência principal do espaço e os nomes das vítimas estarão em seu entorno", disse.
Estrelas com o nome de cada vítima foram depositadas em frente ao palco
Em seu breve discurso, o prefeito Gilberto Kassab disse que construir no local um memorial não é apenas para se lembrar de um dia triste, mas criar um espaço de reflexão para a cidade. "Temos a intenção de ampliar o espaço até a avenida dos Bandeirantes e quero deixar isso pronto, para que o próximo prefeito possa executar", afirmou.

Após os discursos, houve um ato ecumênico, com a presença de representantes de várias religiões. O padre Fabio de Mello, que representou a igreja católica, disse que o tempo tem a capacidade de anestesiar e entorpecer, e que "é muito importante que não nos esqueçamos do que aconteceu neste espaço".
Kassab assiste discurso ao lado do presidente da Afavitam, Dario Scott
O presidente da Afavitam, Dario Scott, lembrou da denúncia aceita nesta semana pela Justiça contra dirigentes da TAM e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que o memorial será um marco para que não se esqueça do que aconteceu. "Não se pode deixar esquecer que por negligência e imprudência perderam-se 199 vidas".

Nesta sexta-feira, o juiz federal Márcio Assad Guardia, substituto da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), acerca do acidente, contra Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, diretor de segurança de voo da TAM, Alberto Fajerman, vice-presidente de operações da TAM, e Denise Maria Ayres Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Cartazes lembram vítimas do acidente que matou 199 pessoas
Na denúncia, o MPF acusa os réus de prática do crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo, prevista no artigo 261 do Código Penal. Marco Aurélio de Miranda e Alberto Fajerman foram acusados de colocar em risco aeronaves alheias mediante negligência. Denise Abreu, na qualidade de diretora da Anac, foi acusada de imprudência.
Lápide lembra acidente que matou 199 pessoas
No início da semana, o MPF informou que toda a denúncia é baseada em laudos e pareceres que comprovam a responsabilidade dos três acusados. O diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento, segundo a procuradoria, "das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do aeroporto de Congonhas" e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também foram acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação com o reversor desativado (pinado) do Airbus-320.
Além de estrelas com os nomes das vítimas, pétalas foram dispostas no chão
Já a então diretora da Anac é acusada de agir com imprudência por liberar a pista do aeroporto de Congonhas, a partir do dia 29 de junho de 2007, "sem a realização do serviço de 'grooving' e sem realizar formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica".

Em nota divulgada após a denúncia do MPF, na terça, a defesa de Denise afirmou que "o órgão responsável pela liberação ou não da pista não é a Anac, mas a Infraero". Ainda de acordo com o comunicado, o órgão realizou uma "análise rasa, superficial e insatisfatória dos fatos e provas que estão acostados aos autos do inquérito policial". Além disso, a denúncia não encontraria amparo nas conclusões periciais juntadas aos autos, nem nas conclusões do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), segundo a nota.

O acidente

O voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo no dia 17 de julho de 2007. O Airbus A320 pousou às 18h48 no aeroporto de Congonhas, na capital paulista, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um depósito de cargas da própria companhia. Em seguida, a aeronave pegou fogo. Todas as 187 pessoas do avião e mais 12 que estavam em solo morreram. Foi o maior acidente aéreo da história do Brasil.

Chovia no dia do acidente em São Paulo e a pista, que havia passado por obras de recuperação, foi liberada sem a conclusão do grooving (ranhuras no asfalto que permitem o escoamento da água). A pista molhada foi apontada como uma das causas da tragédia. Mas, em outubro de 2009, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou, em relatório final, que uma falha dos pilotos é a hipótese "mais provável" para o acidente. O grupo de investigação, porém, não chegou a uma conclusão sobre um eventual erro de posicionamento das manetes, sistemas utilizados na frenagem do avião. Um dos fatores que podem ter levado o avião a não conseguir reduzir a velocidade é a posição em que uma das manetes foi encontrada após o acidente: para acelerar, e não frear.

Como fatores contribuintes para o acidente, a comissão enumerou ainda que o monitoramento do voo não foi adequado, a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) não havia normatizado regras que impedissem o uso de reversos (freios aerodinâmicos) travados e a Airbus não colocava avisos sonoros para mostrar aos pilotos quando as manetes estavam em posições diferentes (uma para acelerar e outra para frear o avião). Após a tragédia, a TAM instalou um dispositivo que avisa os pilotos sobre a posição incorreta do equipamento.

Em novembro de 2008, a Polícia Civil de São Paulo indiciou dez pessoas pelo acidente, entre elas o ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Milton Sérgio Silveira Zuanazzi e a ex-diretora da agência Denise Maria Ayres Abreu. Dias depois, no entanto, a Justiça suspendeu os indiciamentos alegando que "a medida policial ter sido lançada por meio de rede jornalística representa, aos averiguados, eventual violação de seu direito individual". O inquérito sobre o acidente está com o Ministério Público Federal em São Paulo, que não tem prazo para concluir a denúncia ou arquivá-lo.

Em janeiro de 2009, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Denise Abreu por fraude processual. Segundo a denúncia, ela apresentou a uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região uma norma da Anac que garantiria a segurança nas operações de pouso em Congonhas, proibindo pousos e decolagens apenas se a pista estivesse com lâmina d'água superior a 3 mm. No entanto, o documento era um estudo interno que não havia sido publicado no Diário Oficial da União, ou seja, sem poder de obrigatoriedade.

Fonte: Vagner Magalhães (Terra) - Fotos: Léo Pinheiro/Terra

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acidente com avião no Recife foi o 20º deste ano no Brasil

A queda de um avião em Recife (PE) nesta quarta-feira (13) foi o vigésimo acidente aéreo neste ano e o maior em número de mortes.

Quatro militares morreram em um acidente envolvendo duas aeronaves da FAB

O levantamento feito por EXAME.com exclui as quedas de helicópteros e os pousos forçados que não tenham causado vítimas nem danos mais sérios para a aeronave.

O primeiro registro do ano foi no dia 14 de janeiro, quando seis pessoas morreram em Goiânia, incluindo o neto do governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB). Houve quatro casos envolvendo aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os acidentes de 2011 foram listados a partir de reportagens publicadas por EXAME.com e por órgãos de imprensa de todo o Brasil.

Relembre os casos em ordem cronológica:

14 de janeiro

Seis pessoas morreram após a queda de avião bimotor em Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia. A aeronave modelo Beech 22 ia de Brasília para Goiânia. O neto do governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB) era uma das vítimas.

28 de janeiro

Três pessoas morreram na queda de um avião bimotor na zona rural de Londrina, no Paraná. A torre de controle perdeu contato com o avião minutos depois da decolagem do aeroporto Governador José Richa, que também fica em Londrina.

5 de fevereiro

Uma pessoa morreu na queda de um avião de pequeno porte na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo.

5 de fevereiro

No mesmo dia do acidente em Jundiaí, duas pessoas morreram após a colisão entre dois ultraleves no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

22 de fevereiro

Um avião monomotor caiu sobre uma casa no bairro do Pina, na zona sul de Recife. A aeronave, de prefixo PU-HHC, ficou prensada entre o muro e o telhado da residência. Ninguém morreu.

25 de fevereiro

Uma aeronave de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu próximo à pista de pouso do aeroporto de Porto Velho, em Rondonia. O piloto do avião modelo A-29, um Super Tucano, escapou por pouco.

2 de março

O piloto de um monomotor morreu na queda de um avião sobre uma casa no bairro Bacacheri, em Curitiba (PR). Outras cinco pessoas ficaram feridas. O acidente com a aeronave modelo Bonanza aconteceu logo após a decolagem do aeroporto de Bacacheri, que recebe aviões de pequeno porte.

7 de março

Uma aeronave de pequeno porte que transportava 560 kg de cocaína caiu na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, na Serra do Amolar, entre a divisa do Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul. Ninguém ficou ferido e duas pessoas foram presas.

19 de março

Um monomotor caiu no rio Tietê, em Buritama, na região de Araçatuba, interior de São Paulo. O piloto morreu.

21 de abril

Sete pessoas morreram após a queda de um avião Seneca no aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM). Um cachorro de pequeno porte que estava no avião também morreu. O acidente aconteceu logo após a decolagem.

12 de maio

Um piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) morreu após a queda de um avião no Rio Grande do Norte. O acidente com a aeronave modelo A-29, Super Tucano, foi na comunidade rural do Manibu, entre as cidades de Ceará-Mirim e Pureza, perto de Natal.

14 de maio

Três pessoas morreram após a queda de um avião - modelo Cessna C-210 no Pará. Apenas quatro dias depois do acidente, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram a aeronave no rio Moju, no município de Breu Branco. O avião decolou de uma fazenda no município de Senador José Porfírio com destino à cidade de Paragominas.

16 de maio

Um instrutor de voo e três alunos morreram após a queda de um avião bimotor em Piracicaba, interior de São Paulo). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião modelo Piper Aircraft Seneca - matrícula PT-IFS - decolou do Aeroclube de Piracicaba com destino a São José do Rio Preto.

17 de maio

Um avião monomotor caiu na zona rural de Teófilo Otoni, interior de Minas Gerais. Uma pessoa morreu.

30 de maio

Um avião de pequeno porte foi encontrado queimado no canavial de uma usina em União de Minas, interior de Minas Gerais. Segundo a polícia, um barulho de explosão foi ouvido após o pouso em uma estrada de terra da usina. Não houve vítimas.

10 de junho

Duas pessoas morreram na queda de uma aeronave aeronave PPX-IG do tipo Neiva no Pantanal, entre os municípios de Corumbá e Coxim (MS).

30 de junho

Quatro pessoas morreram após a queda de um avião bimotor no município de Óbidos, no noroeste do Pará.
A aeronave da empresa W & J Táxi Aéreo prestava serviço à CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), ligada ao Ministério de Minas e Energia.

4 de julho

Duas pessoas morreram em um acidente com uma aeronave de pequeno porte em um canavial que fica no município de Araçu, em Goiás. A aeronave partiu de Aruanã com destino a Goiânia.

6 de julho

Quatro militares morreram em um acidente envolvendo duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) em Pirassununga, interior de São Paulo. Os dois aviões - modelo T-25 Universal – se chocaram durante treinamento.

13 de julho

Um avião bimotor LET-410 da Noar Linhas Aéreas caiu no Recife, matando os 16 ocupantes. O acidente aconteceu três minutos após a decolagem do aeroporto de Gilberto Freyre, na capital pernambucana.

Fonte: Luís Artur Nogueira (Exame.com) - Foto: Divulgação/FAB

Brasil tem, em média, uma queda de avião a cada 10 dias

Neste ano, 58 pessoas já morreram em acidentes aéreos

Destroços do avião em Recife: todos os 16 ocupantes da aeronave morreram
A queda de um avião bimotor no Recife, nesta quarta-feira (13), foi a mais grave do ano no Brasil, com um total de 16 pessoas mortas.

Em 2011, 58 pessoas já morreram em acidentes aéreos no território nacional. O levantamento feito por Exame.com exclui as quedas de helicópteros e os pousos forçados que não tenham causado vítimas nem danos mais sérios para a aeronave.

De 1º de janeiro a 13 de julho, foram 20 acidentes com aviões (veja, em ordem cronológica, como cada um aconteceu), o que dá uma média de uma queda a cada 10 dias. Desse total, houve quatro casos envolvendo aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os acidentes de 2011 foram listados a partir de reportagens publicadas por EXAME.com e por órgãos de imprensa de todo o Brasil.

Maio foi o mês com o maior número de queda de aviões, mas julho, que ainda não terminou, é o que acumula o maior número de mortes.

Acidentes com avião em 2011

Janeiro: 2 acidentes - 9 mortes
Fevereiro: 4 acidentes - 3 mortes
Março: 3 acidentes - 2 mortes
Abril: 1 acidente - 7 mortes
Maio: 5 acidentes - 9 mortes
Junho: 2 acidentes - 6 mortes
Julho (até o dia 13): 3 acidentes - 22 mortes
Total: 20 acidentes e 58 mortes

Fonte: EXAME.com - Foto: Divulgação