quarta-feira, 1 de junho de 2011

Imagens de segurança desvendam falsa tentativa de furto de avião em MS

Delegado do caso diz que não houve tentativa de furto e sim acidente.

Funcionário teria batido avião e deixado o caso passar por tentativa de furto.


Depois de ter acesso às imagens do circuito interno de segurança do aeroporto Aeroching, em Campo Grande, a Polícia Civil descartou a hipótese de tentativa do furto do avião Cessna 172, que foi encontrado batido em uma cerca do aeroporto. Em entrevista ao G1, o delegado que investiga o caso, Wellington de Oliveira, informou que as investigações indicam que o acidente foi causado por um funcionário do aeroporto.

A aeronave foi encontrada batida no final da tarde do último domingo (29). Um piloto que estava sobrevoando o aeroporto viu a o avião e resolveu pousar para ver o que tinha acontecido. O boletim de ocorrência do caso foi registrado como tentativa de furto.

Segundo o delegado, provavelmente o funcionário ficou com medo de falar a verdade para o proprietário do avião e deixou o caso se passar por uma tentativa de furto.

“A sequência de imagens mostra o avião correndo na pista, depois ele cai em um pequeno barranco e bate na cerca. Provavelmente a pessoa não sabia pilotar”, afirma o delegado.

Segundo Oliveira, o proprietário do avião disse que não tinha seguro da aeronave e o prejuízo com a colisão da aeronave deve chegar aos R$ 50 mil.

O delegado disse ainda que se as investigações realmente comprovarem que o acidente foi causado por um funcionário, que ele vai responder pelo crime de dano.

O proprietário do avião, que não quis ter o seu nome divulgado, informou que nunca tinha acontecido isso com o seu avião no aeroporto Aeroching.

Fonte: Tatiane Queiroz (G1) - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Passageiros ficam retidos por quatro horas em avião da TAM no aeroporto do Galeão

Mau tempo impediu desembarque em São Paulo

Passageiros de um voo da TAM que vinha de Miami, nos Estados Unidos, com destino à São Paulo, tiveram que esperar quatro horas na pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim na manhã desta quarta-feira (1º).

O voo partiu na noite desta terça, mas teve que ser desviado para o Galeão, no Rio, por causa do mau tempo na capital paulista, segundo informou a TAM.

Os passageiros teriam ficado retidos dentro da aeronave entre 5h e 9h, sem informações sobre o que estava acontecendo, até serem levados para o saguão do aeroporto.

Com a reabertura do aeroporto de Guarulhos, o novo embarque para São Paulo aconteceu às 9h20.

Em nota, a TAM informou alguns voos foram desviados para os aeroportos do Galeão no Rio e de Confins, em Belo Horizonte, por causa do mau tempo.

Segundo a empresa, para não superlotar as salas de embarque desses aeroportos e permitir um maior número de conexões, os passageiros tiveram que aguardar a autorização para a nova decolagem.

Fonte: R7

NASA anuncia espaçonave para o "espaço profundo"

A MPCV pode ficar no espaço por 21 dias, levando 4 astronautas. O espaço útil é de 20 metros cúbicos, dos quais 9 metros cúbicos de "espaço habitável" - Imagem: NASA

Nova nave

A NASA havia criado grande expectativa com o agendamento de uma coletiva de imprensa, durante a qual seria anunciada "uma decisão chave para o transporte espacial para o espaço profundo".

A revelação, um tanto decepcionante, foi feita na tarde de ontem pelo administrador geral da agência espacial, Charles Bolden.

Segundo Bolden, o transporte de astronautas para a Estação Espacial Internacional será transferido inteiramente para a iniciativa privada, "de forma que poderemos nos concentrar na exploração do espaço profundo."

A grande expectativa foi criada sobretudo porque, há poucas semanas, a NASA havia divulgado o projeto de um novo conceito de nave espacial, chamado Nautilus.

Cápsula espacial

Na verdade, a MPCV já está em construção, em um contrato com a empresa Lockheed Martin - Imagem: Lockheed Martin

Em vez de uma nova nave, porém, a "nova nave espacial para o espaço profundo" será na verdade um reaproveitamento da cápsula Órion, projetada para o abandonado Programa Constelação.

"O projeto original será agora utilizado para desenvolver uma nova nave espacial chamada Veículo Tripulado de Múltiplos Propósitos (MPCV: Orion Crew Exploration Vehicle)," disse Bolden.

Na verdade, a MPCV já está em construção, em um contrato com a empresa Lockheed Martin.

A nave retornável, contudo, parece ter características distantes de qualquer coisa voltada para o "espaço profundo", o que só fará sentido se ela for unida como um módulo de uma estrutura maior.

A MPCV pode ficar no espaço por apenas 21 dias, levando 4 astronautas. O espaço útil é de 20 metros cúbicos, dos quais 9 metros cúbicos de "espaço habitável".

O retorno à Terra utiliza pára-quedas, com pouso no mar. O sistema de reentrada foi projetado para suportar as velocidades alcançadas em um retorno à Terra além da órbita baixa - da Lua, por exemplo.

Espaço não tão profundo

A nave retornável tem características distantes de qualquer coisa voltada para o "espaço profundo", o que só fará sentido se ela for unida como um módulo de uma estrutura maior, como nesta simulação de uma chegada a Marte - Imagem: NASA

Segundo Bolden, a nova nave ser 10 vezes mais segura do que os ônibus espaciais - ainda não está claro se ela usará a cápsula de escape MLAS.

A nave servirá como veículo tripulado primário para missões além da órbita baixa da Terra, o que deverá incluir a Lua e, provavelmente, asteroides, mas dificilmente a Marte, como havia anunciado o presidente Obama em 2010.

A MPCV terá a capacidade normal de uma nave tripulada, como capacidade de aproximação, atracação e atividade extraveicular, as caminhadas espaciais.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Endeavour aterrissa após última viagem pelo espaço


O ônibus espacial americano Endeavour aterrissou sem apresentar problemas na madrugada desta quarta-feira na Flórida, em sua última viagem, com seis tripulantes, informou a Agência Espacial Americana (Nasa).

O ônibus tocou a terra no Centro Espacial Kennedy às 2h35 locais (3h35 de Brasília) a uma velocidade de 360 km/h após uma descida que durou 65 minutos.

O Endeavour se aproximou da Terra sobreavoando a América Central nos arredores do Golfo do México, até alcançar a Flórida.

No piloto automático durante toda a descida, o comandante Mark Kelly assumiu o controle do ônibus espacial ao final da viagem, transformando-o em um planador de 100 toneladas para alinhar a nave com a pista. Para realizar a ação, o americano teve que fazer uma virada de 245 graus.

"É triste vê-lo aterrisdar pela última vez. Fica um grande legado", declarou emocionado o comandante, momentos depois de voltar à Terra, após aquela que foi a 25ª e última viagem da Endeavour pelo espaço.

A televisão da Nasa transmitiu ao vivo as imagens da aproximação final a partir da cabine da nave.

O Endeavour concluiu, assim, a missão STS-134, uma viagem de 16 dias à Estação Espacial Interncional (ISS, na sigla em inglês), onde os astronautas instalaram um equipamento de dois bilhões de dólares para experimentos físicos relacionados ao universo.

O programa americano de ônibus espaciais prepara agora o lançamento final da Atlantis para 8 de julho, antes de seu encerramento em definitivo, após três décadas de voos espaciais tripulados e exploração do espaço.

Com o fim do programa, apenas as cápsulas espaciais russas estarão disponíveis para o transporte ao laboratório orbital até que um novo veículo tripulado seja construído pelos Estados Unidos.

A Nasa estima que um novo ônibus espacial ficará pronto entre 2015 e 2021.

O Endeavour é a mais jovem nave da frota espacial dos Estados Unidos, da qual fazem parte ainda a Discovery - aposentada após voltar de sua última missão em março - e a Atlantis.

Duas naves espaciais americanas explodiram quando voltavam à Terra: a Challenger, em 1986, e a Columbia, em 2003. Quatorze pessoas morreram nos dois acidentes.

O Endeavour começou a ser construído após a explosão da Challenger. Seu primeiro voo espacial ocorreu em 1991.

Após suas missões finais, Endeavour, Atlantis e Discovery ficarão expostos em diferentes museus do país.


Fonte: AFP via Terra - Fotos: NASA

Irã culpa pilotos alemães por bloqueio a avião de Merkel

O bloqueio imposto ao avião oficial da chanceler alemã, Angela Merkel, antes de entrar no espaço aéreo iraniano se deveu a um suposto erro técnico dos pilotos alemães, afirmou o embaixador iraniano em Berlim, Alireza Sheikhattar.

Em declarações à televisão estatal iraniana em inglês PressTV, o diplomata negou que se tratasse de uma ação política e acusou a imprensa de magnificar "um fato normal" para criar divergências.

"Quando perguntei às autoridades de aviação, me disseram que o sinal que os pilotos costumam dar às torres de controle como código de entrada (no espaço aéreo) foi errado. Deram o sinal de saída e, por isso, não puderam entrar", explicou.

"Este tipo de incidente ocorre de vez em quando em muitos países", acrescentou Sheikhattar, citado nesta quarta-feira pelo site da PressTV.

O diplomata, que foi imediatamente convocado pelo Ministério das Relações Exteriores alemão para dar explicações, assinalou, além disso, que o incidente foi solucionado "em 20 minutos", versão que também sustenta o porta-voz da diplomacia iraniana, Ramin Mehmanparast.

Berlim, no entanto, assegura que a aeronave teve que dar voltas em círculo durante duas horas no espaço aéreo turco antes de ser autorizada a prosseguir sua viagem para a Índia.

Fonte: EFE via Terra

O que acontece quando você bate em alguém dentro de um avião?


Tudo começou quando um passageiro em voo para Gana saindo do Aeroporto Internacional Washington Dulles, nos EUA, decidiu reclinar o seu assento.

Isso (obviamente?) é um motivo muito bom para irritar o passageiro atrás dele, levando a uma troca de palavras impublicáveis entre os homens, e ao passageiro que reclinou sua poltrona levando um tapa na cabeça.

Isso mesmo: o próprio ato que você já sonhou inúmeras vezes, mas nunca ousou realmente fazer porque é um ser humano civilizado e não louco, ocorreu naquele voo.

Mas alguma vez você já se perguntou o que poderia acontecer se você batesse em seu companheiro de viagem na cabeça depois da decolagem de um voo longo?

Veja o que acontece: primeiro, uma aeromoça e um outro passageiro “pularam no meio da briga” para tentar apartá-la. Alertado da situação, o piloto decidiu voltar o Boeing 767 para o aeroporto, para deixar que as autoridades resolvessem o problema, em vez de arriscar um voo transatlântico para Gana com dois passageiros voláteis e potencialmente violentos.

Pequeno problema: o jato tinha 63.198 litros de combustível, o que pesa 57 toneladas. Isso é muito combustível – não se pode pousar um avião com esse tanto de combustível nele. Assim, o controle de tráfego aéreo instruiu o piloto a voar por meia hora e queimar o excesso de peso.

Foi quando a Força Aérea americana se envolveu. As transmissões de áudio indicavam que dois aviões de caça da Força Aérea estavam indo de encontro, assim que o avião reentrasse o espaço aéreo de Washington. Cinco minutos depois, dois caças de escolta tomaram posição cerca de 300 metros acima do avião enquanto ele se dirigia para o aeroporto.

O avião finalmente pousou, e a polícia estava o esperando no portão. Após uma investigação, os passageiros foram dispensados e nenhuma acusação foi feita. O voo, entretanto, foi adiado para a manhã seguinte.

Ninguém sabe se os mesmos passageiros estavam no voo, e em caso afirmativo, onde se sentaram. Mas seria um reencontro muito constrangedor, não? Eu chuto que, mesmo se eles não brigassem de novo, apanhariam de todos os outros passageiros do voo.

Fonte: Gawker via Natasha Romanzoti (HypeScience)

Pancadaria entre passageiros por causa de assento reclinado obriga avião a pousar

O voo UA-990 da United Airlines foi obrigado a fazer um pouso de emergência por causa de uma briga entre dois passageiros devido a um assento reclinado, no último domingo (29).

O avião, o Boeing 767-322/ER, prefixo N658UA, que fazia o trajeto entre Washington (EUA) e Acra, em Gana, ainda foi escoltado por dois caças F-16 por causa do incidente.


Segundo o jornal "The Washington Post", o incidente começou logo no início do voo, que partiu às 22h44 (horário local) do aeroporto Dulles, em Washington, quando um passageiro reclinou seu assento e o passageiro que estava atrás dele reclamou.

O passageiro da frente teria "reclinado demais" o seu assento. Como a viagem deveria durar cerca de 11 horas, o passageiro do banco de trás se sentiu incomodado com a possibilidade de ter a cabeça da pessoa à sua frente em seu colo e teria dado um soco. Isso deu incio a uma troca de socos entre os passageiros.

Não há informações de qual área do avião os passageiros estavam sentados. O avião tinha 114 pessoas a bordo.

Um comissário de bordo e um passageiro tentaram conter a briga. O piloto do avião decidiu retornar ao aeroporto, apesar de não ter ideia da extensão do problema, segundo um porta-voz da United Airlines.

Logo que o avião decidiu retornar, a torre de comando ordenou que ele sobrevoasse por 25 minutos, escoltados por dois caças F-16, para queimar combustível.

Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, caças das Forças Aéreas dos EUA ficam de prontidão para escoltar aviões de passageiros em casos de potenciais ameaças terroristas.

Fontes: UOL Notícias (com informações do Daily Mail) / Aviation Herald - Imagem: Google

Aeroportos da Copa terão R$ 5,6 bilhões em investimentos, diz Infraero

Presidente da Infraero diz que todos aeroportos estarão prontos até 2014.

Gustavo Vale participa de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Com investimento previsto de R$ 5,6 bilhões, o presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale, afirmou nesta quarta-feira (1º) que todos os aeroportos em cidades que sediarão a Copa de 2014 terão capacidade adequada ao movimento previsto de passageiros no evento.

As 12 cidades-sede são Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

"Vemos no Brasil um aumento do fluxo de passageiros de mais de 10% ao ano, o que deve continuar nos próximos quatro anos. Mesmo com alguns terminais já estando em situação preocupante, acima de suas capacidades, teremos folga em 2014 em todos os casos", afirmou Matos durante comissão .

Entre as principais obras, o presidente destacou a ampliação do embarque de passageiros do Aeroporto de Guarulhos com investimento de R$ 3,4 milhões, que terá 1,2 mil m² e aumentará, em julho de 2011, a capacidade em 1 milhão de passageiros por ano.

No aeroporto de Campinas, a construção de um espaco para check-in de passageiros, orçado em R$ 5,0 milhões, elevando a capacidade em 2,5 milhões de passageiros/ano, em julho de 2011.

Em Cuiabá, R$ 2,2 milhões deverão proporcionar um aumento de Capacidade: 0,8 milhões de passageiros/ano com obras dedicadas ao desembarque dos passageiros, com conclusão prevista para novembro deste ano.

Fonte: Tiago Falqueiro (G1)

Modelo de concessão em aeroportos terá ajuda do BNDES, diz ministro

Previsão do governo é finalizar modelos de concessão até dezembro.

Ministro da Secretaria de Aviação Civil participa de audiência na Câmara.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o modelo de concessão dos terminais de três aeroportos brasileiros - Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) - deverá ser estruturado com a ajuda de uma consultoria do BNDES.

A previsão do governo é que os critérios para os editais de concessão estejam prontos até dezembro. De acordo com o governo, as empresas privadas terão 51% dos três aeroportos.

"A concessão de três aeroportos centrais no coração do pais foi definida porque precisamos ter investimentos mais rápido para eles. Elas devem sair até dezembro, mas antes teremos uma avaliação para estruturar que tipo de parceria é o melhor modelo. E como não temos experiência muito grande nessa área, receberemos auxílio de uma consultoria do BNDES", declarou Bittencourt.

O ministro ainda anunciou a criação de Centros de Governanças nos aeroportos, começando em Brasilia. O local reunirá todos os órgãos responsáveis por tomar qualquer tipo de decisão dentro dos terminais. "Teremos a Anac, a Infraero, as polícias, todos juntos para que os problemas sejam resolvidos de maneira mais ágil", afirma Bittencourt.

Segundo Bittencourt, os aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro, devem ser os próximos a se transformaram em concessões em que a Infraero será sócia minoritária. "A única regra já determinada é que a Infraero terá, no máximo, 49% de participação", afirmou.

Audiência

O ministro participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta para discutir a situação atual e o planejamento dos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014. No debate, também serão discutidos os procedimentos aplicados pela fiscalização junto às companhias aéreas e a política de concessões aeroportuárias para a iniciativa privada.

Além de Bittencourt, estão presentes o presidente interino da Anac, Carlos Eduardo Pellegrino, o presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale e o diretor-geral do Departamento do Espaço Aéreo, Ramon Borges Cardoso.

Provocado pelos deputados de oposição, que lembraram a posição do PT contra as privatizações, o ministro defendeu a concessão dos aeroportos e anunciou que outras devem vir por aí. "Não podemos ter preconceitos contra instrumentos. A realidade hoje mostra que nenhuma grande empresa no mundo trabalha sem parceiros", declarou.

Fonte: Tiago Falqueiro (G1)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Irã retém avião de Angela Merkel no ar por duas horas

Airbus A340 não teria autorização do Irã para atravessar seu espaço aéreo.

Aeronave quase aterrissou na Turquia para reabastecer, segundo agências.

As autoridades iranianas retiveram no ar durante duas horas, na madrugada desta terça-feira (31), o avião oficial da chanceler alemã, Angela Merkel, que se dirigia à Índia para uma viagem oficial, informam as agências internacionais de notícias.

O Airbus A340 da chanceler alemã foi obrigado a retornar e a sobrevoar o espaço aéreo da Turquia até receber a permissão para atravessar o território do Irã, informou Steffen Seibert, porta-voz oficial do governo da Alemanha.

“Até agora, nunca acontecera um incidente assim”, disse Seibert, que comentou que foi preciso uma hora de intensas negociações por parte do Ministério das Relações Exteriores alemão, com a mediação da Turquia, para que Teerã autorizasse o avião de Merkel a atravessar o espaço aéreo iraniano.

O porta-voz acrescentou que antes do início da viagem as autoridades alemãs haviam solicitado todas as permissões pertinentes para que o avião realizasse seu voo com normalidade, algo que, aparentemente, negam as autoridades do Irã.

Primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, recebe a chanceler alemã, Angela Merkel, após incidente no espaço aéreo do Irã

O avião de Merkel recebeu a autorização no último momento, já que, caso contrário, seria obrigado a fazer uma escala forçada na Turquia para reabastecer.

Um segundo avião oficial alemão que transportava o restante da delegação alemã que participará da primeira cúpula entre Índia e Alemanha cruzou o espaço aéreo do Irã sem problemas.

O avião da chefe do governo alemão, batizado como “Konrad Adenauer” em homenagem ao primeiro chanceler federal, cobria seu primeiro voo após ser reformado nas oficinas da companhia alemã Lufthansa em Hamburgo.

A chanceler alemã se reunirá a partir desta terça com as autoridades indianas para tratar fundamentalmente de política energética, econômica e financeira.

Merkel fará ainda propaganda do avião de combate europeu construído conjuntamente por Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha e Itália, já que as forças aéreas indianas estão interessadas na compra de 126 aeronaves.

Fonte: Do G1, com as agências EFE e Reuters - Foto: Saurabh Das/AP Photo

As primeiras hipóteses das causas

Sondas Pitot


Equipamentos instalados na parte exterior da fuselagem das aeronaves, as sondas Pitot são usadas para medir a velocidade do avião, através da pressão do ar colhido em uma abertura em sua extremidade. Especialistas apontam que um possível acúmulo de gelo pode ter provocado o mau funcionamento das sondas, o que teria desencadeado os fatores que culminaram no acidente. Dados das caixas-pretas do Airbus A330 indicam que houve uma queda abrupta do avião pouco depois da falha nos indicadores de velocidade.

Foto: Crédito: Reprodução

Mau tempo



O Airbus A330 da Air France enfrentou uma área de forte turbulência no Oceano Atlântico, que contribuiu para a perda de sustentação da aeronave. O bico do avião era equipado com um radar meteorológico, 'que consegue prever com milhas de antecedência o que está por vir adiante', segundo Flavio Marcos de Souza, jornalista especializado em aviação. De acordo com Souza, o normal em situações como a enfrentada pelo voo AF 447 seria desviar a rota para evitar a área de instabilidade. 'Nessa sequencia de eventos que culminam no acidente, provavelmente o primeiro tenha sido o fator meteorologia. Resta saber se foi por uma falha de julgamento dos pilotos ou por uma falha do radar', afirmou.

Foto: Crédito: AP

Falha humana



Não está descartado que o acidente tenha sido provocado por algum erro cometido pela tripulação do Airbus. O relatório parcial do BEA ainda não é conclusivo quanto à responsabilidade dos pilotos na perda de sustentação da aeronave. Durante a queda, os a equipe tentou puxar os comandos para elevar o bico da aeronave. 'Quando se está em stall (perda de sustentação), se você botar o nariz (da aeronave) para cima, você só piora a situação', disse o professor Guido Cesar Carim Junior, coordenador do departamento de treinamento de voo do Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS.

Foto: Crédito: Getty Images

Fonte: Terra

As perguntas sem respostas do voo AF 447

Por que a tripulação do voo AF 447 não desviou da área de turbulência?


Na noite de 31 de maio de 2009, todos os aviões que fizeram rota semelhante à do voo AF 447 efetuaram desvios para evitar a tempestade na área equatorial do Oceano Atlântico. Segundo o jornalista Flavio Marcos de Souza, não se sabe se a tripulação do avião da Air France foi imprudente ou se foi induzida ao erro por falha em algum equipamento. 'Todos os outros voos naquela noite, indo para a Europa ou para o Brasil, desviaram do mau tempo, e só o AF 447 entrou (na região). Esta é a grande chave (do caso).'

Foto: Crédito: AP

Os procedimentos adotados após a perda de sustentação foram adequados?


 
O relatório do BEA aponta que, após o desligamento do piloto-automático da aeronave, 'os motores estavam em funcionamento e sempre responderam aos comandos da tripulação', e as ordens do piloto durante a queda foram, principalmente, para elevar o nariz do Airbus, mesmo com o soar do alarme de stall (perda de sustentação). Os trechos levantaram dúvidas se a atitude da tripulação foi correta. Para Guido Cesar Carim Junior, entretanto, os pilotos podem ter sido induzidos ao erro por não confiarem nos instrumentos, que apresentariam falhas. 'O que me parece é que nenhuma indicação dos instrumentos estava válida. Provavelmente, o que eles (pilotos) estavam olhando nos instrumentos, eles não acreditavam muito', afirma.


Foto: Crédito: AFP

O que causou a falha nas sondas Pitot?


 
A análise das caixas-pretas aponta que 'houve uma inconsistência' na medição de velocidade da aeronave, que durou pouco menos de um minuto. Segundo a Air France, a falha nas sondas Pitot teria conduzido a 'uma desconexão do piloto automático e a perda dos sistemas de proteção de pilotagem associados', levando à queda do Airbus. Mas o que teria causado o problema nas sondas? Uma das hipóteses levantadas é de que o acúmulo de gelo, proveniente das más condições meteorológicas enfrentadas pelo avião, tenha reduzido a capacidade de medição do equipamento.


Foto: Crédito: BEA/Divulgação

As pessoas estavam conscientes no momento do impacto?


 
Após grandes acidentes aéreos, como o do voo AF 447, muito se pergunta sobre os momentos de pânico vividos pelos passageiros minutos antes do choque com o mar. Os ocupantes do Airbus ainda estavam conscientes àquela altura ou teriam ficado desacordados durante a queda abrupta? 'Uma queda de 10 mil pés por minuto (200 km/h) provoca uma força G (força gravitacional) muito grande. É difícil afirmar se ficaram conscientes ou não durante a queda', afirma o jornalista Flavio Marcos de Souza.


Foto: Crédito: AFP

Fonte: Terra

'O tempo piora a dor', diz pai de vítima do AF 447

Familiares comentam as esperanças e as angústias trazidas pela nova fase de buscas por corpos no Atlântico.

Passados dois anos do acidente do voo da Air France, o tempo não trouxe nenhum alento para o médico Oswaldo Seba. Ele perdeu sua filha única no acidente, a psicóloga Luciana Clarkson Seba, de 31 anos.

'Para mim e para a minha esposa, não houve mudança alguma nestes dois anos. O tempo parece que piora mais a dor', diz Seba, de 60 anos, que está há dois anos sem trabalhar e vive à base de medicamentos.

Seba não conseguiu retomar a profissão desde a morte de Luciana, que viajava com o marido e os sogros para encontrar a cunhada na França. 'É uma coisa muito dura. A gente está tentando sobreviver. Com uma tragédia dessas, a gente não consegue nem viver, apenas sobrevive.'

Luciana e Oswaldo Seba em foto de arquivo pessoal da família - Foto: BBC

Além de filha única, Luciana era neta única, a última na linha de sucessão da família. 'Ficou um vazio enorme', diz o pai.

O AF 447 voava do Rio para Paris, na noite do dia 31 de maio de 2009. A aeronave caiu sobre o oceano Atlântico às 23h14, matando seus 216 passageiros e 12 tripulantes.

Desde o início de abril, quando novos destroços do Airbus 330 foram encontrados, famílias vêm acompanhando com apreensão o turbilhão de notícias: o anúncio de que havia corpos dentro da fuselagem, a descoberta das caixas-pretas do voo, o resgate dos dois primeiros corpos nesta nova fase, as dúvidas sobre a possibilidade de identificá-los, os resultados positivos dos testes para extrair o DNA, as análises preliminares dos dados contidos nas caixas-pretas, o resgate de mais corpos.

'A gente vem tentando acomodar essa dor, mas a todo momento vêm as notícias, a toda hora abre a ferida', diz a nutricionista Sylvie Mello, de 37 anos, que perdeu o irmão e a cunhada no acidente. 'Primeiro havia a expectativa de encontrar a caixa-preta. De repente a ministra francesa anuncia que foram encontrados corpos também, corpos bem conservados. É uma angústia enorme.'

'Orgulho da família'

O irmão de Sylvie, o procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello, de 33 anos, e a cunhada, Bianca Pires Cotta, de 25 anos, recém-formada em medicina, partiam em lua de mel após a festa de casamento no dia anterior.

'A gente tinha acabado de sair de uma festa linda, um casamento, um sonho que se realizou. Eles foram em lua de mel, eu os levei ao aeroporto, a gente tem toda aquela imagem', conta. Seu irmão, que passara no concurso de procurador federal antes mesmo de terminar a faculdade, aos 23 anos, era 'o orgulho da família'.

Segundo Sylvie, seus pais estão 'destruídos'. Sua mãe não pode nem ouvir falar do acidente. Seu pai quer acompanhar todas as notícias.

'É um turbilhão, isso consome a gente. Por mais que você não queira assistir, você vai à padaria e dá de cara com as notícias. Minha mãe entra no elevador e alguém fala com ela sobre o assunto. Conviver com isso é muito ruim. Você vive abalado psicologicamente, frequentando psiquiatra, tomando remédio para dormir, tirar sua angústia. É assim que a sua família vive. À base de medicamento, de medicação, a todo momento é pego por uma informação.'

Na última sexta-feira, o primeiro relatório oficial com base nos dados extraídos das caixas-pretas foi divulgado pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), confirmando falhas na medição da velocidade da aeronave e seu tempo de queda, de 3 minutos e meio.

Só no fim de julho, entretanto, será divulgado o primeiro relatório sobre as causas do acidente de fato. São respostas ansiosamente aguardadas pelas famílias.

Para Nelson Faria Marinho, presidente da Associação de Familiares das Vítimas do Voo AF 447, as informações divulgadas na sexta-feira passada não trouxeram nada de novo. 'Agora, são mais dois meses de sofrimento para saber o que aconteceu', diz. 'Só espero transparência do governo francês. Porque nós vamos até o final, queremos saber o que aconteceu.'

Marinho perdeu o filho no acidente. Nelson Marinho, de 40 anos, que trabalhava em prospecção de petróleo e seguiria de Paris para Angola a trabalho. Era o segundo de cinco irmãos. 'Isso desestruturou toda a família. Criou problemas de tudo quanto é ordem. Não sei nem traduzir em palavras', diz o pai.

A notícia de que corpos das vítimas foram encontrados no fundo do mar dividiu os familiares. Porta-voz das famílias, Nelson Marinho vem lutando para que sejam resgatados, identificados e devolvidos às famílias.

'Queremos os restos mortais para que possamos finalizar a vida, para que possamos fazer um enterro para nossos entes queridos e ter um lugar para visitar', diz. A notícia do resgate de mais corpos nos últimos dias deixou-o extremamente ansioso: 'Todo mundo pensa que o seu (parente) vai estar entre eles, mas na verdade ninguém sabe'.

Temores

Outras famílias prefeririam que os corpos fossem mantidos onde estão. A advogada Julienne Owondo, de 28 anos, perdeu o pai, Joseph Owondo, advogado da ONU. Ela teme ter que voltar a tomar remédios se o corpo for encontrado, como fez na época do acidente.

'Se encontrarem, vai reavivar tudo. É uma coisa que não se fecha. Eu prefiro não saber. Eu vou ficar muito mal e não vou conseguir me concentrar nas coisas que tenho que fazer. Posso ter que voltar a tomar medicamentos. No início eu tomei, porque não tinha condição nenhuma', conta.

Sylvie Mello diz que sua família quer que 'os deixem quietos'. 'Até porque, no nosso caso, são dois. A gente não quer só um', diz.

Ela afirma que ficou horrorizada ao ouvir um perito afirmando que talvez não fosse possível fazer o teste de DNA das vítimas. 'Se não for possível a identificação, então quem é essa pessoa, o que vai ser feito com o corpo? Não vai poder entregar para a família?', questiona.

Ela se arrepia também com as notícias sobre o transporte dos corpos. 'Acho desumano veicular notícias de que os corpos estão sendo desmembrados. É como se fossem uma mala que abriu, e caiu uma peça. São as pessoas que pegaram o avião querendo chegar ao seu destino, uns de férias, outros a trabalho, outros para iniciar nova etapa da vida.'

Mas iniciar uma nova etapa da vida é difícil sem um desfecho para o sofrimento, e por isso a jornalista Renata Mondelo Mendonça, de 40 anos, se considera 'afortunada'. O corpo de seu marido foi encontrado na primeira fase de buscas, nos dias após o acidente. 'Eu pude enterrá-lo e achei importante finalizar, ter um lugar para rezar. Mas entendo os dois lados. Revisitar a dor é muito difícil.'

Fonte: BBC via G1

Polêmica jurídica põe em risco indenizações a famílias do voo AF 447

Air France quer aplicação de norma internacional em processos no Brasil.

Tratado limita dano moral e encerra prazo para ações nesta quarta (1º).


Os familiares das vítimas do acidente com o voo AF 447, da Air France, têm até esta quarta-feira (1º) para entrar com ações de indenização, se quiserem evitar contestação de prazo no futuro. É o que afirmam advogados ouvidos pelo G1 sobre uma polêmica envolvendo as normas relacionadas à responsabilidade civil aplicáveis ao caso. O acidente com o Airbus A330, que matou 228 pessoas em 2009, completa dois anos nesta quarta.

Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, de 1989, há um prazo de dois anos, contados a partir da data do acidente, para entrar com a ação. A norma prevê ainda um teto limite ao valor da indenização --calculado com base em Obrigações do Tesouro Nacional (OTN). Mas, para especialistas, deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor, com um prazo de cinco anos e sem limite de valor.

A Air France, no entanto, vem utilizando a Convenção de Montreal - que regula o transporte aéreo internacional - em sua defesa em processos já em tramitação sobre o acidente, que também prevê prescrição em dois anos e limite de valor.

“Se prevalecer esse argumento da Air France, há risco para os pedidos de indenização que forem feitos a partir do dia 1º. O Brasil é signatário do tratado”, afirma João Tancredo, que representa familiares de 15 vítimas brasileiras, de um total de 59 que morreram no acidente.

“Se for somente a lei brasileira, não há problema, porque é um equívoco aplicar o Código de Aeronáutica. Ele já está em grande parte revogado pelo Código de Defesa do Consumidor, que é posterior. Nem a Air France argumenta isso, porque o Supremo [Tribunal Federal] já entendeu assim”, avalia o advogado, que cita ainda o Código Civil, com um prazo genérico para ações de indenização, de três anos. "O problema é que pode se entender que o Tratado de Montreal se sobrepõe à lei brasileira."

O advogado afirma que, para evitar contestações sobre a data das ações, o melhor é apresentar uma outra, chamada cautelar de interrupção de prescrição, usada para o caso de o interessado não ter reunido os documentos necessários para apresentar a ação indenizatória. “Eu faço a defesa intransigente que o aplicável é o Código do Consumidor ou Código Civil. Além disso, a legislação brasileira não prevê esse limite de valor. Mas não posso deixar o cliente correndo risco”, afirma ele, que conta ter sido procurado por familiares de vítimas do exterior para protocolar esse tipo de ação nesta semana. “Fiz seis até agora, de estrangeiros.”

Divisor de águas

Para o advogado Luiz Roberto de Arruda Sampaio, que atuou em defesa de famílias das vítimas da tragédia envolvendo o Fokker-100 da TAM, "com certeza, há prevalência do Tratado de Montreal". "É possível, porém, contestar o limite de valor de indenização, porque, se quiser aplicar a convenção, o limite de indenização só ocorre sem discussão de culpa. Quando tem culpa, e, nesse caso, está evidente que teve culpa, não cabe limite”, considera.

"Nós fomos a experiência", diz Sandra Assali, que perdeu o marido no acidente da TAM em 1996 e
preside a primeira associação de vítimas de acidentes do país - Foto: Fabrício Costa/G1

O acidente com o voo 402 da TAM, que caiu no bairro do Jabaquara, na capital paulista, logo após a decolagem do Aeroporto de Congonhas, deixou 99 mortos em 1996. As indenizações demoraram ao menos dez anos para serem pagas, e os últimos casos foram encerrados entre 2008 e 2009, segundo Sandra Assali, presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos. Ela perdeu o marido no acidente, provocado por uma sequência de falhas na aeronave.

"Nós fomos a experiência. Não existia uma referência anterior. Fizemos a primeira associação de vítimas, foi o primeiro grande acidente que marcou. Mudou toda uma mentalidade. Em 2007, a própria TAM procurou as famílias e apresentou um acordo mais razoável”, afirma ela, referindo-se à segunda tragédia da companhia, quando um Airbus ultrapassou a pista de Congonhas, chocando-se com um depósito, causando 199 mortes.

"Aquele caso foi um grande divisor de águas, inaugurou parâmetros de indenização razoáveis, uma série de vantagens que antigamente não havia. A Justiça tem melhorado com o passar do tempo, não havia legislação. Hoje, tem indenização para irmão da vítima. Houve uma evolução muito grande”, complementa o advogado.

Para Sampaio, ainda é prematuro dizer se os parentes das vítimas do AF 447 poderão responsabilizar os fabricantes dos pitots que teriam causado a tragédia, mas é uma possibilidade. “Se o familiar quiser alegar responsabilidade objetiva, tem que esperar a conclusão das investigações e a apuração dos culpados. Ainda é cedo para apontar responsáveis. Pessoalmente, não acredito nesse prazo prescricional de dois anos, mas acho que é bom não correr risco. Acho que deveriam entrar com a ação já”, afirma.

No caso da TAM, houve uma tentativa de processo contra a fabricante de uma das peças da aeronave, que terminou em acordo extrajudicial. Mas, mesmo com o pagamento, Sandra não recomenda que as famílias tentem buscar reparação no exterior.

"Não vale a pena, porque você consegue hoje aqui um valor mais justo, com menos tempo, sem tanto desgaste. A não ser que a família não concorde", diz. "A companhia não quer sua imagem arranhada. Casos anteriores são referência, já se chegou a bons valores", orienta.

Ações em andamento

O advogado das vítimas do voo da Air France afirma não poder revelar o total de acordos feitos com a empresa, em razão da confidencialidade, mas, até o momento, há aquelas em que não houve audiência inicial, seis sentenças e uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro favoráveis a seus clientes.

Na decisão mais recente, o TJ negou o pedido da companhia francesa de limitar o valor pago em 300 mil euros, por meio do Tratado de Montreal. Os desembargadores aumentaram, de R$ 510 mil para R$ 600 mil, a indenização aos pais de Luciana Clarkson Seba, e, de R$ 102 mil para 200 mil, aos avós.

Já em 13 ações, houve decisão apenas em tutela antecipada, garantindo aos parentes tratamento médico, com duas consultas semanais a um psicólogo e uma mensal em psiquiatra; medicamentos, ao custo médio de sete salários mínimos mensais por familiar; e o pagamento de pensão mensal, proporcional aos ganhos e levando em conta a sobrevida provável da vítima.

“Entramos com a antecipação de tutela, para evitar a demora, que mais injustiça faz com a vítima. No caso da Air France, não tem que provar culpado. É contrato de transporte. Tem que provar que era passageiro e que sofreu um dano. Não tem que provar que teve culpa.”

"Ninguém quer ficar milionário. Quer o que é justo é para poder criar os filhos, dar educação. É manter o que existia. Hoje você tem esses exemplos a sentar numa mesa de acordo”, conclui Sandra.

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Veja detalhes do voo 447 - Imagem: Editoria de Arte/G1

Fonte: Rosanne D'Agostino (G1)

Após dois anos, incógnitas ainda marcam investigações do AF 447

Dados precisos recém-recuperados das caixas-pretas são cruciais para técnicos reconstituirem desastre.

Detalhe de memorial às vítimas do acidente

O aniversário de dois anos do acidente com o voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico quando fazia a rota Rio-Paris, é marcado por avanços nas investigações técnicas, embora ainda existam várias incógnitas, assim como pela expectativa dos familiares em relação à identificação das vítimas resgatadas neste mês.

'Há dois anos, não tínhamos nenhuma informação precisa. Nesses dois últimos meses, localizamos as caixas-pretas e dispomos agora de todos os elementos para compreender o que ocorreu', afirma Alain Bouillard, do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), investigador-chefe do acidente com o voo AF 447.

O avião decolou às 22h29 GMT (19h30 no horário de Brasília) do dia 31 de maio de 2009 com 228 pessoas a bordo e caiu pouco menos de quatro horas depois a cerca de 1,1 mil Km da costa brasileira.

Pela primeira vez desde a catástrofe, o BEA confirmou, na última sexta-feira, que a pane nas sondas de velocidade do Airbus foi o ponto de partida de uma série de eventos que levaram ao acidente.

'Se o problema nas sondas não tivesse ocorrido, não teria havido o acidente', declarou em entrevista à BBC Brasil na última sexta-feira o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.

As famílias, no entanto, deverão aguardar até o final de julho, quando será divulgado um relatório intermediário, para saber as primeiras conclusões sobre as causas do acidente. Os resultados definitivos das investigações só serão anunciados no próximo ano.

Sondas

Por enquanto, sabe-se que a pane nos sensores de velocidade comprometeu a ação dos pilotos e pode ter induzido a erros de pilotagem.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil sugerem que o BEA estaria dando destaque para eventuais falhas dos pilotos após o incidente com as sondas - declarando que em casos semelhantes a tripulação havia conseguido recuperar o avião - porque isso seria uma forma de reduzir as indenizações a serem pagas às famílias.

Em razão do provável congelamento em alta altitude, as sondas Pitot passaram a enviar informações contraditórias sobre a velocidade do avião aos computadores de bordo, o que acarretou o desligamento do piloto automático.

O avião passou, então, a ser comandado manualmente, sem os sistemas eletrônicos de proteção ligados à pilotagem automática.

O Airbus sofreu uma perda de sustentação, causada pela baixa velocidade da aeronave antes da queda, e despencou em 3 minutos e meio a uma velocidade de 200 Km/hora, segundo o BEA.

Sem fôlego ladeira acima

Após a divulgação das circunstâncias do acidente, na sexta-feira, surgiram questionamentos sobre a decisão da tripulação de levantar o nariz do avião para ganhar altitude depois que os alarmes de perda da sustentação dispararam.

O ato foi comparado a subir uma ladeira correndo no momento em que se está sem fôlego.

O procedimento adequado seria o oposto: baixar o nariz do avião para ganhar velocidade com a descida e recuperar assim a força de sustentação da aeronave.

'Se os pilotos decidiram levantar o nariz é porque a velocidade indicada, que curiosamente o BEA não revela no comunicado, estaria superestimada. Os pilotos agiram mal porque não tinham os instrumentos em funcionamento', disse à BBC Brasil Gérard Arnoux, co-autor de uma investigação paralela sobre as causas do acidente com o voo AF 447 e piloto de aviões Airbus.

Segundo Arnoux, o Airbus se tornou 'irrecuperável' porque o chamado 'plano horizontal regulável' (ângulo formado entre a asa traseira e o vento) passou de 3° para 13° em apenas um minuto e permaneceu assim até o final do voo, comandado pelos computadores de bordo, que se basearam em dados falsos de velocidade.

'Há o risco de ultrapassar um certo ângulo de incidência, como admite a própria Airbus. Não dá mais para recuperar o avião. É um problema de aerodinâmica do Airbus, que permaneceu com a asa traseira empinada, levantando a aeronave', afirma.

Além de aguardar novos dados sobre as investigações, os parentes das vítimas também esperam a futura identificação dos 77 corpos resgatados nos últimos dias, que será realizada na França.

As operações de resgate devem ser encerradas até o dia 1° de junho.

Fonte: BBC via G1

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Americano levou 9 anos para construir um avião no porão de casa

E teve que quebrar a parede para tirá-lo de lá.


Há 9 anos, um homem da Pensilvânia, nos Estados Unidos, começou uma forma interessante de passar seu tempo, juntando as peças para montar um avião no porão de sua casa. O problema, porém, é que ele nunca pensou em como tiraria o avião de lá; não pelo menos até a semana passada.

Dan Reeves passou quase 10 anos montando seu próprio avião no porão de sua casa. A aeronave é do modelo Van RV-7A (goo.gl/LBeei) e, por mais que possam pensar que seria um aeromodelo, controlado remotamente, na verdade, o que Dan veio montando é um avião de verdade, com espaço para duas pessoas e capacidade de voar a altitudes de quase 8 mil metros.


O problema apareceu na hora de tirar o avião do porão, claro. Dan então contratou um técnico para “remover” a parede da casa e ele e seus amigos puderam puxar a aeronave para fora. Para ser mais justo, comenta o site Dvice, Reeves não tinha pensado em tirar o avião de casa. A ideia, segundo o site, era mantê-lo no porão e colocar um piso de vidro na sala, para que a aeronave pudesse ser vista do andar superior. Porém, por algum motivo, sua mulher não deixou.

Agora, Dan conta que apenas precisa montar as asas e fazer mais alguns ajustes para então pedir a autorização do governo para fazer o voo inaugural do seu avião DIY.

E a Geek pergunta: você voaria no avião de alguém que precisou escavar o jardim e quebrar a parede por que esqueceu-se de que um dia poderia ser preciso tirá-lo do “hangar”?

Da próxima vez, é melhor fazer isso no quintal, certo?

Fonte: Daniel Pavani (dpavani.geek.com.br) - Fotos: The Patriot-News / Dvice

Dois militares morrem em queda de helicóptero no Irã


O piloto e o copiloto de um helicóptero militar iraniano modelo Bell AH-1W Super Cobra 209 (similar ao da foto acima) morreram nesta segunda-feira (29) quando o aparelho caiu durante uma prática perto da localidade de Isfahan, no centro do país, informaram fontes oficiais.

Segundo o vice-governador da província, Mohamad Mehdi Ismaili, o acidente aconteceu no início desta segunda-feira devido a um "problema técnico" no aparelho.

"O helicóptero, da classe Cobra e pertencente à base de treino Shahid Vatanpour, se precipitou por causa de uma falha mecânica. Uma equipe foi encaminhada para investigar as causas", explicou sem mais detalhes Ismaili, citado pela agência estatal de notícias "Irna".

No Irã são frequentes os acidentes aéreos, tanto no setor civil como no terreno militar, devido a sua precária e antiquada frota.

As autoridades iranianas culpam, no entanto, o Ocidente pelo embargo que sofre o país há mais de 30 anos e que impede a chegada regular de peças de substituição.

O último acidente militar ocorreu em abril, quando um piloto de combate morreu e seu copiloto ficou ferido durante a queda de avião perto da localidade de Sarvestán, no sudoeste do país.

Em janeiro, 77 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas quando um avião civil de passageiros se chocou próximo do lago Orumiyeh, no noroeste do país, devido às más condições meteorológicas.

Fontes: EFE - Foto: PressTV

Pecuarista morre em queda de ultraleve no interior de SP

Homem de 52 anos morreu após queda em Ouro Verde.


Causas do acidente ainda são desconhecidas.


Um pecuarista de 52 anos morreu após a queda de um ultraleve neste sábado (28), nas proximidades de Ouro Verde, no interior de São Paulo. Ele pilotava a aeronave quando ocorreu o acidente.

De acordo com parentes, Magno Gilmar Rebonatti era um piloto experiente e sempre verificava as condições do tempo antes de decolar. O ultraleve caiu na zona rural de Ouro Verde. Ele havia decolado do aeroporto de Tupi Paulista, mas ainda não se sabe qual era o destino.


A aeronave ficou totalmente destruída. Os restos do ultraleve já passaram por perícia. Por enquanto, a polícia sabe apenas que o equipamento caiu de bico e que a vítima morreu na hora.


Fontes: G1 / Bom Dia São Paulo (TV Globo) - Fotos: Parapuã.net / Portal Regional

Endeavour se despede pela última vez da Estação Espacial Internacional

O ônibus espacial Endeavour se despediu pela última vez da Estação Espacial Internacional rumo à Terra.


O ônibus espacial americano Endeavour se desacoplou da Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de domingo e iniciou a viagem de retorno à Terra, informou a Nasa.

O desacoplamento aconteceu às 23H55 (0H55 de Brasília).


Quando aterrizar, o que deve ocorrer nesta quarta-feira, a nave terá concluído sua 25ª e última missão.

Na Estação Espacial Internacional, astronautas da Endeavour instalaram um detector de raios cósmicos avaliado em US$ 2 bilhões.

O equipamento tem a capacidade de captar entre 25 milhões e 40 milhões de partículas diariamente. Os dados podem ajudar os cientistas a desvendar segredos do universo.

Depois de ser aposentada, a Endeavor passará a ser exposta em um museu no Estado americano da Califórnia, no oeste do país.

Fontes: AFP / BBC Brasil - Fotos: NASA

Avião que levava deputado derrapa ao pousar no interior do Piauí

Um avião monomotor que transportava o deputado federal José Francisco Paes Landim (PTB-PI) derrapou neste domingo (29) ao pousar na pista do município de Canto do Buriti (em destaque no mapa ao lado), interior do Piauí. No acidente, que ocorreu por volta das 11h, o deputado fraturou um dedo, mas passa bem.

O assessor jurídico do parlamentar, Rômulo de Oliveira, informou que a aeronave saiu de Teresina e iria descer em Canto do Buriti para que Paes Landim participasse de atividades políticas. No pouso, o monomotor derrapou e foi parar na mata.

"Não temos informações concretas do que causou o acidente. Parece que foi um problema mecânico no avião", disse o assessor, que estava com o parlamentar no avião. "Está tudo bem. Foi só um susto. O deputado já está em casa", garantiu.

À tarde, outra aeronave foi enviada até Canto do Buriti para deslocar o deputado a São João, sua terra natal, que fica na mesma região.

Fonte: Yala Sena (Terra) - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu (Wikipédia)