terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Boeing adia para o terceiro trimestre entrega do Dreamliner

A fabricante de aviões americana Boeing adiou para o terceiro trimestre a primeira entrega de seu avião 787 "Dreamliner", prevista para dezembro passado, depois da interrupção dos voos de teste durante dois meses, anunciou a empresa esta terça-feira.

"Este calendário para a primeira entrega leva em conta o trabalho que ainda resta por fazer para terminar os testes e a certificação do 787", declarou o diretor-geral do programa do 787 Scott Fancher, segundo um comunicado.

"Também acrescentamos margens nos vencimentos para as entregas adicionais que poderiam ser necessárias em prol de realizar a atividade de certificação de forma completa", acrescentou.

Esta mudança, a sétima desde o lançamento do programa em 2004, havia sido antecipada. De fato, a ação da Boeing registrava uma alta de 3,18% a 72,30 dólares, visto que a incerteza se dissipou.

Para Kenneth Herbert, analista da casa de corretagem Wedbush, a Boeing está agora mais submetida a uma pressão máxima para respeitar o novo prazo: "a companhia entende que os investidores estão cada vez mais impacientes e que um novo atraso terá, evidentemente, consequências além do impacto sobre os resultados financeiros", disse.

A Boeing, por sua vez, indicou que o novo calendário não terá impacto sobre os resultados financeiros de 2010, que serão publicados em 26 de janeiro.

"As previsões financeiras e as primeiras entregas de 787 previstas para o ano 2011" deverão ser detalhadas nesta ocasião, informou o grupo.

As primeiras entregas deste avião estavam previstas para maio de 2008, mas a companhia japonesa ANA, o primeiro cliente, terá que esperar até o terceiro trimestre (julho-setembro) de 2011.

O Dreamliner é fundamental para o futuro da Boeing, pois é o primeiro modelo de avião de longo curso a comercializar em 15 anos, quando lançou ao mercado o B777.

O construtor promete que este novo avião permita economizar 20% de combustível em comparação com os aviões atuais de tamanho semelhante e 30% de custos de manutenção. Além disso, será menos barulhento e mais confortável para o passageiro, segundo a empresa americana.

Fonte: AFP - Foto: Ben Stansall/AFP

Dilma Rousseff, personagem central da tumultuada venda da Varig

Erenice é Dilma 1 - O Caso da Venda da Varig. Ou: os US$ 24 milhões que viraram US$ 320 milhões

Erenice Guerra não tem existência autônoma. Substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil, ela sempre fez o que a “chefa” mandou. Assim, a suposição de que pudesse comandar um esquema independente, ignorado pelos petistas — e pela “chefa” — chega a ser ridícula. E o que o prova? A sua biografia. Não é o primeiro rolo em que se mete essa patriota. Erenice e Dilma foram personagens centrais da tumultuada venda da Varig, operação de que participou Roberto Teixeira, o já lendário e onipresente “compadre” de Luiz Inácio Lula da Silva. Denise Abreu, ex-diretora da Anac, botou a boca no trombone e contou como se deu a operação nos bastidores. Detalhe: um dos compradores da Varig confirmou o relato de Denise — que, acreditem, chegou a ser ameaçada por um “dossiê”. Segue uma síntese do caso em reportagem publicada pelo Estadão no dia 4 de junho de 2008, com links para outras reportagens caso vocês queiram se aprofundar no caso.

Uma briga entre sócios da empresa de transporte aéreo de cargas VarigLog está trazendo à tona informações que circulavam apenas no submundo dos negócios, relacionadas à venda da Varig, em 2006 e 2007. O fundo de investimentos americano Matlin Patterson e os sócios brasileiros Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Gallo disputam na Justiça o comando da VarigLog. No bate-boca entre os sócios, surgiram histórias de tráfico de influência, abuso de poder pelo primeiro escalão do governo, acusações de suborno e a elaboração de um dossiê falso. As denúncias envolvem o Palácio do Planalto e o advogado Roberto Teixeira.

Para falar sobre esse tumultuado período da aviação brasileira, a reportagem procurou a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu. Ela deixou o cargo em agosto de 2007, sob pesadas críticas e acusações durante a CPI do Apagão Aéreo. Chegou a ser responsabilizada pelo caos aéreo e pelo acidente da TAM. Também foi acusada de fazer lobby para a TAM. Embora não fosse presidente da agência, por seu estilo agressivo, era considerada a diretora mais forte.(…)

Denise conta que foi pressionada pela ministra Dilma Rousseff e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros. Como a lei brasileira proíbe estrangeiros de ter mais de 20% do capital das companhias aéreas, a diretora queria documentos comprovando a origem de capital e a declaração de renda dos sócios brasileiros para verificar se tinham recursos para a compra. “A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil.”

Quem representava os compradores da VarigLog e da Varig era o escritório do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula. Na Anac, a filha e o genro de Teixeira, os advogados Valeska Teixeira e Cristiano Martins, circulavam livremente, conta Denise. Ela descreve a atuação de Valeska como truculenta. “Ela liga direto da reunião para o pai. Sabe pressão psicológica? Ao fim da reunião, ela diz: agora temos de ir embora porque papai já está no gabinete do presidente Lula.”

Outro personagem importante desse período da aviação brasileira, o empresário Marco Antônio Audi, sócio da VarigLog, também falou sobre o episódio. Hoje afastado da gestão da VarigLog pela Justiça de São Paulo - que acusa ele e dois sócios de serem “laranjas” do fundo americano -, Audi diz que só foi possível aprovar a compra da VarigLog pela influência de Teixeira no governo e na Anac. “Paguei US$ 5 milhões ao Roberto Teixeira para cuidar do caso”, diz Audi.

Com a aprovação da compra da VarigLog pelo fundo Matlin e seus sócios brasileiros, eles puderam levar a Varig, em leilão, por US$ 24 milhões. Meses mais tarde, a empresa foi revendida à Gol, por US$ 320 milhões.

Hoje, Teixeira advoga para o maior inimigo de Audi, Lap Chan, representante do Matlin Patterson. “Tenho medo do Roberto Teixeira.”, diz Audi.

- Íntegra desta reportagem do Estadão aqui e aqui;
- Íntegra da entrevista em que Denise Abreu acusa Erenice e Dilma aqui;
- Íntegra em que um dos sócios da Varig diz ter pagado US$ 5 milhões ao compadre de Lula aqui


Fonte: Reinaldo Azevedo (Veja.com) - Ilustração: Ique - Fotomontagem: Toinho de Passira via http://jimpereira.blogspot.com

Varig ficou à mercê de conveniências políticas, revela WikiLeaks

Concentrado em ajustar gastos e impulsionar os investimentos nos programas sociais, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não "pensava nem desejava" montar um plano de salvamento para a Varig, que no final de 2004 ainda era a maior companhia aérea do país, mas já apresentava sérios problemas que ameaçavam sua sobrevivência. Apostava-se então no governo, numa solução de mercado. No ano seguinte, 2005, quando a situação só piorava, o governo tentou ajudar, apoiando uma saída pela iniciativa privada. Mas quando ficou claro o risco real de quebra da empresa, que colocaria na rua seus 20 mil empregados, a ficha caiu.

Pressionado pelos credores da Varig, entre eles Petrobras e Infraero, o governo decidiu intervir. Mas com a eclosão do escândalo do mensalão, no primeiro semestre de 2005, e a proximidade do ano eleitoral de 2006, as ações relacionadas à Varig passaram a ser tomadas ao sabor das conveniências políticas, selando o destino de uma empresa que durante anos foi um dos ícones do país no mundo.

A agonia da Varig foi acompanhada de perto pelos diplomatas americanos, que criticaram a indecisão do governo, segundo uma série de 13 telegramas da Embaixada dos EUA enviados ao Departamento de Estado americano e divulgados ao GLOBO pelo site WikiLeaks. A correspondência foi trocada entre 2004 e 2006, auge da crise da Varig e do escândalo do mensalão. Numa dessas correspondências, o ministro conselheiro da Embaixada dos EUA em Brasília, Phillip Chicola, descreve detalhadamente as situações de Varig e Vasp - que pararia de voar no início do ano seguinte - e diz que apesar dos rumores de que sairiam em socorro da empresa, as autoridades nada faziam.

A explicação "retórica" dada por "uma fonte do Planalto" é citada: "porque um governo dirigido por um presidente de partido trabalhista deveria subsidiar uma empresa mal administrada que serve à elite (os pobres não tem dinheiro suficiente para voar) enquanto não subsidia outros meios de transporte mais usados pelos trabalhadores (ônibus e metrô)".

Escolha de ex-genro de FHC "teria precipitado fim"

O ex-vice presidente José Alencar, então Ministro da Defesa, é citado por ter definido a situação da empresa como um "horror". Num telegrama classificado como "confidencial", de junho de 2005, o embaixador dos EUA no Brasil, John Danilovich, descreve as tentativas que vinham sendo feitas para equalizar as dificuldades da Varig.

"Enquanto o vice-presidente José Alencar, a principal autoridade tratando do caso Varig, hesita entre socorrer a companhia e deixar que 'o mercado resolva a situação', a escolha dos novos diretores da empresa pode ter precipitado seu fim, no seu resgate", adverte Danilovich, referindo-se à nomeação de Davi Zylbertajn, para presidir o conselho de administração da companhia, que além de ex-genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seria muito próximo ao PSDB.

Nessa fase, em que a Fundação Rubem Berta se afastou da direção da empresa e contratou profissionais da iniciativa privada, como Henrique Neves (ex-Telemar) e Omar Carneiro da Cunha (Ex-executivo-chefe da Shell no país), o governo Lula, segundo os telegramas, concordara em pagar US$ 1 bilhão à Varig para encerrar o processo que a empresa movia na Justiça contra o governo.

"Lula pode ter determinado a seu pessoal que trabalhe no resgate da empresa, mas diante de todos os problemas e interesses será uma tarefa espinhosa, especialmente com as preocupações crescentes das principais autoridades do governo com o escândalo de corrupção em curso", escreveu o embaixador, no final do telegrama.

Governo acusado de manter processo encalhado

Numa correspondência de outubro daquele ano, Danilovich mostra-se surpreso com o recuo do governo, que decidiu não mais liberar US$ 1 bilhão da sua dívida com a Varig, que antes fora apresentada como "essencial à sobrevivência da empresa". Na missiva, o diplomata indaga: "Governo brasileiro intervém na Varig: muito pouco, tarde demais?", ou "Morte lenta ou sopro da morte?".

Danilovich conta que o polêmico fundo americano Matlin Patterson, que havia apresentado uma proposta de comprar a VariLog por US$ 130 milhões, vinha sendo chamado de "abutre" pela imprensa local. E cita a observação de um "contato" da embaixada. "É irônico que o Matlin Patterson seja considerado abutre quando o BNDES oferece somente US$ 103 milhões para a compra, além da VariLog, a VEM (a empresa de engenharia e manutenção da Varig) e pelo Smiles (programa de milhagem)".

Às véspera da reeleição de Lula, em 2006, quando a Justiça do Rio protelava decisões sobre o leilão, e as operações da Varig, então protegida pela Lei de Falências, entrava em colapso e o governo mais confundia do que ajudava a resolver o imbróglio, um oficial da embaixada fecha uma longa descrição do quadro. Antes, Philip Chicola, diplomata que assina o documento, diz que o juiz Luiz Roberto Ayoub, da Primeira Vara Empresarial do Rio, que cuidava do caso, estava "matando a Varig com gentileza". Para concluir: "Está incrivelmente claro que as pressões do governo neste ano de eleição são a única coisa capaz de manter este processo 'encalhado'".

Fonte: Ronaldo D'Ercole (O Globo, 08-01-2011) via http://jimpereira.blogspot.com

Aviação civil quer aprender a falar com novo público, diz Azul

Com expansão de 23,47% em 2010, setor busca aproximação com classe C.

Para presidente da Azul, 'não existe um único canal, nem um canal mágico'.

Encontrar canais de comunicação adequados para capturar novos clientes - incluindo a classe econômica emergente, que está descobrindo que o transporte aéreo também está acessível a ela - é o atual desafio do setor da aviação civil, segundo o presidente da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot.

“Qual é o caminho? Como é que você chega para falar com essas pessoas? (...) Estamos tentando buscar o canal, mas não tem um canal mágico. Primeiro porque eu acho que não tem um único canal, tudo é multicanal. Então, a gente acha que está conseguindo entender como é que essas pessoas compram, onde é que elas compram, o que elas compram”, diz Janot ao G1. “É um projeto de guerrilha [risos].”

A cada ano, cresce o número de passageiros transportados: dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgados na última quinta-feira (13) indicam que, em 2010, o movimento de passageiros cresceu 23,47% nos voos domésticos. Em 2009, a alta foi de 17,65%.

Para ter certeza de que estará presente onde seu público está, a Azul aposta atualmente em múltiplos canais de venda – seja na internet; em lan houses dentro de supermercados; por meio de parceria com terceiros, como a estabelecida com a rede Magazine Luiza; em lojas próprias instaladas em shoppings; etc. “Estamos fazendo vários testes por vários canais”, explica Janot.

Para o presidente da Azul, em termos de crescimento, o cenário é de céu de brigadeiro para todo o setor em 2011. “Num ambiente macroeconômico que você tem dólar constante, petróleo constante, economia constante, eu acho, honestamente, que isso pode ir de novo [o crescimento do setor] entre 15% e 18%.” Na opinião do executivo, este crescimento virá por meio da taxa de ocupação, já que, em sua opinião, não deve haver crescimento expressivo na capacidade de oferta de assentos totais da aviação civil.

Gargalo

Mas, se por um lado, o crescimento é positivo, por outro, ele esbarra num grave problema do setor – o da infraestrutura deficiente. Janot evita criar polêmica em torno do tema, mas admite que a situação precisa ser enfrentada, especialmente no que diz respeito aos três aeroportos mais movimentados do país. “Brasília, Congonhas e Guarulhos são os aeroportos que precisam de reforma urgente para aumentar as capacidades e conforto dos passageiros”, diz. “Eu acho que nos próximos dois anos, para a aviação nacional, tirando estes aeroportos, e com algum esforço, a aviação vai continuar a crescer, mas com desconforto dos passageiros, sem estacionamento para você parar seu carro, num ambiente desconfortável e sem estrutura.”

Ao falar sobre a proximidade da Copa do Mundo – que o país recebe em 2014 – Janot é mais taxativo: “Para estruturas deste porte, nós estamos atrasados para o que a gente deve fazer. (...) São dois problemas: um é o tempo de execução individual, isto é um desafio. O outro problema é quando você faz todas as obras ao mesmo tempo e todo este sistema aqui está impactado por restrições, horários, não pode pousar...”, explica. “Fato é que a gente está muito preocupado. (...) Os prazos estão correndo e correndo muito rápido.”

Parte da solução do problema, na opinião de Janot, seria explorar cada vez mais os aeroportos secundários que existem país afora. “Está tudo por vir ainda no Brasil. (...) Está para ser construída uma aviação regional, mais capilar. E levando em conta que há uma grande descentralização econômica do país. (...) Você tem 60 clusters econômicos que estão bombando. Onde você enfia a mão tem um projeto, tem uma planta industrial, tem um grande movimento econômico”, argumenta.

Esta descentralização, além de desafogar os aeroportos principais, ajudaria a mover a roda da economia, destaca Janot. “Quando nós chegamos em Campinas, a cidade movimentava 800 mil passageiros por ano. Este ano [2010], Campinas vai movimentar perto de 4,8 milhões de passageiros por ano. O aeroporto cresceu seis vezes. Imagine o que isso significou na economia dessa região? Teve valorização de terrenos, movimento das locadoras, empregos locais, indústrias locais, economia de custo das empresas que tinham que ir para outras cidades, dinamização dos negócios, decisões estratégicas de empresas.”

‘Quem é que é o dono da aviação civil?’

Não é só o problema da infraestrutura que pode afetar o crescimento do setor de aviação civil. Para Janot, a pergunta fundamental que deve ser feita é: “Quem é que é o dono da aviação civil?”.

“Dentro do aeroporto brasileiro você tem Anvisa, Ministério da Agricultura, Receita Federal e Polícia Federal, com poderes. O aeroporto pouco poder tem sobre essas áreas”, explica. “Não existe uma unidade em prol da produtividade. (...) Criaram o secretário de Portos. Qual é o modelo de gestão que vai ser criado para a aviação civil? As companhias vão levar os seus planos de necessidades, de demandas para quem? E este ‘quem’ tem que ter capacidade de planejamento e de resposta. A gente não tem com quem falar hoje”, reclama. “Eu quero voar ali não sei onde. Vai ter estrutura, vai ter Corpo de Bombeiros, vai atender a regulamentação da Anac? É casuístico. Cada aeroporto você tem que ‘arrombar’ uma porta.”

Com relação à mão de obra, Janot diz que, a partir do próximo ano o país já precisa começar a se preocupar em formar novos profissionais. Até o momento, esta variável não representou um gargalo para o setor porque houve um forte processo de absorção de trabalhadores das antigas aéreas – como Vasp e Varig, diz Janot. “Temos que começar a produzir jovens a partir de 2012 para assumir posições em aviões um pouco mais à frente.”

Classe C

Embora admita que há um forte ingresso de novos viajantes da classe C – e que a empresa está de olho neste mercado promissor -, Janot diz que esta não é a estratégia da empresa. “Meu foco não é a classe C. Meu foco é: regiões inexploradas, serviços inexplorados, com uma qualidade inexplorada. E o meu avião tem capacidade de transportar, ao mesmo tempo, a classe A – porque eu tenho o Espaço Azul, tenho poltrona de couro, tenho atenção ao cliente – e qualquer pessoa que queira voar neste avião”, argumenta.

De olho no caminho – ou caminhos – para se aproximar desta classe emergente, Janot comenta algo que percebeu em suas conversas com passageiros. Os novos clientes, muitas vezes, chegam ao avião pelas mãos dos jovens. “É muito comum você ver o painho, a mainha, o vô e a voinha dentro do avião e você pergunta assim: ‘Quem foi que comprou?’. Eles falam assim: ‘Quem comprou foi aquele moleque ali, ele sabe tudo de computador’”, diz.

IPO

Questionado sobre se 2011 é o ano em que a Azul fará sua primeira oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), Janot diz que este é um processo “natural na companhia”. “Nós temos que nos preparar para ser uma grande organização, porque nós já somos uma companhia grande, somos 3 mil tripulantes azuis, estamos em 27 bases, fazemos quase 4 mil voos por mês. (...) Temos uma missão de processualizar a companhia e, marginalmente, preparar a companhia para abertura de capital”, diz.

A Azul começou a voar no Brasil em dezembro de 2008, com quatro aeronaves. Atualmente, a companhia tem 27 aviões e deve receber, ainda este ano, mais 11 jatos da Embraer, além de ter feito a opção de compra de 20 ATRs.

Fonte e foto: Fabíola Glenia (G1)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Piloto morre em queda da avião em Mostardas (RS)

Queda da aeronave ocorreu em localidade rural da cidade

Um avião agrícola caiu na localidade de Bacopari, em Mostardas (em destaque no mapa acima), no Litoral do Rio Grande do Sul, na tarde desta segunda-feira (17), provocando a morte do piloto. O nome da vítima ainda não foi confirmado.

Conforme o Corpo de Bombeiros de Mostardas, no Litoral Sul, a aeronave bimotor sobrevoava uma lavoura e estaria aplicando agrotóxicos no momento da queda.

Aeronáutica investigará queda de avião

Uma equipe do V Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (C Seripa) está a caminho do local onde caiu um avião na tarde desta segunda-feira, em Mostardas, no Litoral Sul. O acidente ocorreu por volta das 14h30min, com uma aeronave agrícola, e provocou a morte do piloto.

Conforme o major Carlos Queiroz, chefe de investigação do V Seripa, a intenção do órgão é descobrir o que provocou a queda e saber as condições da empresa responsável — a Mostardas Aviação Agrícola.

Ainda segundo o major, o avião estaria sobrevoando uma fazenda próxima do distrito de Solidão, no interior do município, e fazia a pulverização de uma lavoura de arroz no momento do incidente.

O avião é o Embraer EMB-201 Ipanema, prefixo PT-GHP.

Fonte: Juliana Bublitz (Zero Hora) - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu (Wikipédia)

Carga em voo do Brasil gera suspeita de bomba no aeroporto de Miami

Um "item suspeito" despachado como carga no voo 930 da American Airlines, de São Paulo para Miami, gerou uma suspeita de bomba no aeroporto americano nesta segunda-feira. Um esquadrão anti-bomba chegou a ser enviado para analisar a carga.

O porta-voz da American Airlines, Tim Smith, disse que o item era um suporte de explosivo vazio, que pode ser usado em construção ou perfuração de petróleo. A polícia confirmou a informação e disse que nenhum explosivo foi encontrado. Segundo Smith, não era "nada ameaçador".

O avião pousou às 8h30 (horário de Miami) e levava 169 passageiros, que estavam passando pela alfândega no momento da inspeção. O portão onde o avião aterrissou e outros dois portões adjacentes chegaram a ser fechados, mas o terminal continou funcionando normalmente.

Fonte: France Press via Folha.com - Imagem: Reprodução/woodtv.com

Gol completa dez anos com 160,5 milhões de passageiros transportados

Segundo a empresa, desse total, cerca de 10% viajaram de avião pela primeira vez com a companhia

A Gol Linhas Aéreas completou no sábado, dia 15 de janeiro, dez anos de operação. Segundo a empresa, foram transportados nesse período 160,5 milhões de passageiros, dos quais cerca de 10% tiveram a oportunidade de viajar de avião pela primeira vez com a companhia. Desde 2001, a frota passou de seis para 112 aeronaves.

Para o futuro, a Gol afirma que "continua a avaliar as oportunidades de expandir suas operações, lançando voos no mercado interno e em outros centros internacionais de alto tráfego, criando também produtos e serviços inovadores." A companhia aérea pontua que no Brasil hoje há pelo menos 100 milhões de pessoas com condições de voar pela primeira vez, o que demonstra o potencial de crescimento do mercado de aviação nos próximos anos.

Em nota, a companhia destaca ter sido a primeira do setor no Brasil a eliminar o bilhete de papel, a oferecer check-in pelo celular e a criar o serviço de venda a bordo - o qual será expandido este ano para mais de 400 voos diários, "contribuindo ao aumento das receitas auxiliares".

O comunicado ressalta que com a aquisição da Varig (VRG Linhas Aéreas), em março de 2007, a Gol aumentou sua presença nos aeroportos mais movimentados do Brasil - hoje a malha consolidada é de 900 voos diários para destinos na América do Sul e Caribe - e passou a oferecer o programa de relacionamentos Smiles, também adquirido da VRG, com 7,4 milhões de participantes cadastrados e 180 parceiros.

A Gol é a segunda companhia aérea em participação de mercado no Brasil, conforme dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ao fim do ano passado a TAM respondeu por 42,81% do mercado, um crescimento de 16,31% em relação ao ano anterior, enquanto o grupo Gol/Varig registrou uma participação de 39,51%, com expansão de 16,99% sobre 2009.

Fonte: Agência Estado

Aeronáutica divulga imagens de ação na Região Serrana do RJ

Militares levam donativos a vítimas das chuvas.

De helicóptero eles chegam a áreas isoladas na região.

Helicóptero da Força Aérea Brasileira é carregado com donativos para ajudar vítimas da chuva na Região Serrana

Militares chegam de aeronave em áreas isoladas pelas chuvas

Enquanto ainda há moradores isolados, militares ajudam a levar alimentos, água e medicamentos aos locais de mais difícil acesso

Fonte: G1 - Fotos: Paulo Rezende/Força Aérea Brasileira

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cresce a demanda por pilotos de avião no Brasil

Salário inicial é de R$ 2 mil, mas pode passar de R$ 18 mil. oferta de vagas vai crescer com eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas

A secretária Lívia Martins Ferreira de Souza, de 27 anos, tem vontade de ser piloto desde a adolescência

De preferência, que seja disciplinado, tenha boa aparência, saiba trabalhar em equipe e tenha disponibilidade para voar a qualquer hora. É recomendável que fale inglês. O salário inicial é de R$ 2 mil e pode passar dos R$ 18 mil para comandante de voo internacional. Como se pode perceber, a oportunidade está batendo na porta de quem quer seguir carreira de aviador. O número de profissionais que deve se formar nos próximos anos não será suficiente para preencher as vagas que surgirão, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que vão trazer muitos estrangeiros para o Brasil e aumentar o movimento nos aeroportos. A previsão é de que vai faltar piloto em cinco anos.

Sinal de alerta para as companhias aéreas. Muitas planejam adquirir novos aviões para dar conta da grande quantidade de passageiros que terão interesse em cruzar o território brasileiro e, para isso, precisam aumentar o quadro de funcionários. O tempo é curto, considerando que um piloto leva, em média, dois anos para se formar. Porém, o desafio será uma ótima oportunidade para o país provar que não é só bom de bola e o caos aéreo é problema do passado.

Diretor da Esaer Escola de Aviação Civil, o comandante Luiz Eustáquio Moterane defende que a solução para o problema está no planejamento, pois a expansão do setor é inevitável. ''O poder econômico tem evoluído mais que as expectativas e as rodovias não estão conseguindo atender a demanda, então a aviação se faz cada vez mais necessária e presente'', esclarece. O problema é que, para acompanhar o ritmo da economia, as empresas precisam ter mais profissionais disponíveis no mercado. ''Se hoje você precisa comprar um avião, em dois dias ele está no Brasil, e em uma semana já está operando. Nesse período você não forma um piloto.''

Para Giuliano Berossa, o momento é ideal para se investir na carreira de comissário de bordo

Moterane destaca que o governo está investindo na formação de pilotos, justamente porque está preocupado com a escassez de mão de obra. No ano passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ofereceu bolsas de estudos para alunos de todo o Brasil - em Minas foram 47. O benefício cobre 75% dos gastos com as aulas, que podem chegar a R$ 70 mil. Com isso, o Ministério da Defesa quer dar uma chance para quem sonha em voar e não tem condições de arcar com as despesas do curso.

O alto investimento é um dos empecilhos para muitos jovens que tentam se aventurar na carreira de aviador. Para se tornar piloto privado (PP), a primeira graduação, que permite guiar apenas aeronaves de pequeno porte, o aluno chega a gastar R$ 14 mil. Depois, precisa desembolsar mais dinheiro para obter a licença de piloto comercial (PC). A partir daí é que ele pode entrar no mercado de trabalho e se formar piloto de linha aérea (PLA). Caro, na verdade, não é a mensalidade do curso. São as horas de voo que o estudante precisa ter para se formar. O preço de uma hora pode passar de R$ 300 e, para tirar a licença de PP, ele tem que provar que já voou, no mínimo, 150 horas.

''Vou ver a Copa do Mundo e as Olimpíadas lá de cima'', brinca a secretária Lívia Martins Ferreira de Souza, de 27 anos, que estuda para ser piloto. O sonho de voar surgiu na adolescência, mas ela demorou a ter condições de bancar o curso. A solução foi juntar dinheiro e pedir ajuda para os pais, que estão na maior expectativa de ver a filha comandar uma aeronave. Até se formar, Lívia vai continuar trabalhando o dia inteiro em um consultório médico. Apesar de ser a única mulher na sala de aula, ela não se intimida. ''Hoje, temos mulher que é presidente. Se faço o que gosto, tenho mais é que arriscar.''

Lívia passou na prova teórica da Anac e só está esperando receber o certificado para começar as aulas práticas. ''Infelizmente, a gente está presenciando uma crise na aviação por falta de profissionais, mas para quem está estudando é ótimo. Daqui a pouco vou estar empregada, se Deus quiser'', aposta a secretária, feliz em saber que está investindo, na hora certa, em um mercado tão promissor. ''Acho fantástico fazer uma máquina daquele tamanho funcionar. É isso o que eu quero para o resto da minha vida.'' Ano que vem ela já quer estar voando alto.

Planos ousados

Com o crescimento da aviação brasileira, impulsionado pelo bom momento da economia e também pela proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, as companhias aéreas estão com planos ousados. A Gol vai renovar a frota e, no ano que vem, espera estar com 115 aviões no ar, três a mais que tem hoje. Até 2014, ano em que o país vai sediar o mais importante campeonato de futebol, a TAM Linhas Aéreas quer ampliar de 150 para 168 o número de aeronaves. Para que as novas máquinas possam voar, a empresa espera contratar 600 tripulantes, entre pilotos e comissários, ainda este ano.

Outra companhia que está em expansão é a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, que vai investir mais de US$ 3 bilhões até 2016. Para o ano que vem está prevista a chegada de oito aviões de 70 lugares. A empresa também quer unir mais de 50 destinos até a Copa do Mundo (hoje são 26) e no ano das Olimpíadas do Rio de Janeiro espera ter 7.500 funcionários, o que representa um aumento de mais de 100%. ''Você pode ter a melhor tecnologia do mundo. Se não tiver gente, não consegue operar. As pessoas são a chave de tudo'', comenta o gerente de Recursos Humanos, Johannes Castellano. Na opinião dele, os mais difíceis de encontrar serão pilotos, técnicos em manutenção e despachantes operacionais de voo.

Comissário é o que não falta e as empresas não têm dificuldade para contratar os recém-formados. O comandante Luiz Eustáquio Moterane, diretor da Esaer Escola de Aviação Civil, conta que lá se formam 50 alunos a cada quatro meses e, de vez em quando, ocorre de uma companhia pedir 250 indicações de uma só vez. ''Para cada avião que ela compra, precisa contratar 40 funcionários. Para cada porta da aeronave precisa-se de 10, porque um está de folga, outro está na chefia, o colega está de férias.''

Giuliano Berossa, de 28 anos, já trabalhou como bancário e atendente de call center, mas descobriu na aviação o emprego dos sonhos. Há cinco anos ele é comissário de bordo e já chegou ao topo da carreira. ''Somos um dos poucos profissionais treinados para lidar com o que se espera que nunca aconteça: a emergência. O essencial é você gostar de pessoas, porque passa a maior parte do tempo com o cliente.''

Na época em que se formou, o comissário teve um pouco de dificuldade para conseguir emprego, mas reconhece que foi um momento atípico. ''A aviação tem altos e baixos. Quando terminei o curso, a Vasp, Varig e Transbrasil fecharam e o mercado ficou um pouco mais restrito'', relembra. Mas Giuliano concorda que agora é a hora de investir na carreira, já que o mercado está em expansão.

Antes que você pense que não tem chance de concorrer a uma vaga porque não é loira, alta nem tem olhos azuis, preste atenção. ''Para ser comissário, não precisa ser bonito não, mas tem que se expressar bem, ser simpático, estar sempre de bom humor. Tem que demonstrar que tem disponibilidade para viajar e ficar à disposição da companhia aérea'', explica o diretor da StarFlight Academia de Aviação, Francisco Pio Ferreira Bessa. ''As empresas também sentem muita necessidade de que o candidato tenha segundo ou terceiro idioma, preferencialmente, inglês e espanhol."

Fonte: Celina Aquino (Estado de Minas) - Fotos: Maria Tereza Correia / Mack Howell

GO: encontrado sexto corpo após acidente com avião

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás encontrou por volta das 10h20 deste sábado o corpo do copiloto Tiago Bastos de Oliveira, 21 anos,sexta vítima do acidente com o bimotor Beech 22, que caiu ontem no início da noite em Senador Canedo (12 km de Goiânia). A tragédia vitimou também o neto do governador de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), Gabriel, de 12 anos, e mais cinco pessoas, duas delas crianças.

O piloto Bruno de Oliveira Pessoa foi o primeiro corpo a ser identificado, logo após o acidente. Ele estava do lado de fora da aeronave. Por volta das 4h, todos os corpos - Gabriel Marques Siqueira Campos, Guilherme, 7 anos, e Luiz Carlos Coelho, 11 anos, filhos da quinta vítima, Andreia Rosália Santos Silva Coelho, de 37, já haviam sido resgatados, faltando apenas o corpo do copiloto que ainda estava desaparecido.

Fonte e foto: Mirelle Irene (Terra)

Avião sem piloto buscará vítimas isoladas na região serrana do Rio

Veículo vai captar imagens de moradores em áreas onde é impossível chegar por terra

Um Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) será usado para captar imagens de vítimas das chuvas na região serrana do Rio. Sob comando do Exército, o avião de controle remoto, desenvolvido no Brasil, terá sua primeira "missão real" desde seu desenvolvimento.

Com capacidade para varrer áreas num raio de 10 km, por 40 minutos e a até 1 km de altura, o Vant poderá transmitir imagens online.

O uso do equipamento visa localizar pessoas desabrigadas e isoladas sobretudo nas zonas rurais, sem acesso por terra. O Ministério Público Estadual informou que há inúmeras comunidades "ilhadas" no campo, onde 80% das plantações foram destruídas.

As imagens captadas e as coordenadas para localização da área serão retransmitidas a um centro de controle para que militares possam ir fazer salvamentos.

Segundo o Exército, os militares começaram na sexta-feira a participar das ações de socorro às vítimas, mas ontem entraram de vez, com cerca de 500 homens, na missão nos municípios atingidos. Em pouco mais de duas horas de ação, foram resgatadas 30 pessoas.

Serão usados ao menos 50 veículos do Exército, além de seis helicópteros. Os militares montaram um hospital de campanha em Nova Friburgo e distribuem comida e água em bairros devastados. Também trabalham na retirada de pedras, tronco de árvores e lama que obstruem estradas de ligação com bairros nas encostas devastadas.

Fonte: Hudson Corrêa (jornal Folha S.Paulo) - Foto: Divulgação/PF

Vai a 632 o nº de mortos pela chuva na região serrana do Rio

O número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro chegou a 632 neste domingo. De acordo com informações da Defesa Civil e das prefeituras, 287 óbitos foram registrados em Nova Friburgo, 267 em Teresópolis, 56 em Petrópolis, 19 em Sumidouro e 3 em São José do Rio Preto. A Polícia Civil do Rio informou que 590 corpos já foram identificados.

Em Teresópolis, 235 corpos já foram identificados e liberados pela Defensoria Pública, mediante iniciais para sepultamento. Até as 18h de sábado, a Central de Cadastro de Desaparecidos havia recebido a reclamação de que 88 pessoas ainda estariam desaparecidas.

Ainda segundo a Defesa Civil e as prefeituras, são 8.120 desalojados e 5.970 desabrigados nas três cidades mais afetadas sendo 3,6 mil e 2,8 mil, respectivamente, em Petrópolis; 1,3 mil e 1,2 mil em Teresópolis; e 3.220 e 1.970 em Nova Friburgo.

Mas as autoridades ainda não sabem estimar o número de pessoas desaparecidas porque as equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar, com o maquinário necessário, a locais afetados para tentar resgatar vítimas. Neste sábado, voltou a chover forte na região, o que prejudica as operações.

Fonte: Terra

sábado, 15 de janeiro de 2011

TV da Rússia mostra imagens de acidente aéreo que matou 3 na Sibéria

Desastre ocorreu durante a decolagem em Surgut, no primeiro dia de 2011.

Passageiros saíram antes de avião explodir e ser consumido pelo fogo.


A TV da Rússia mostrou nesta sexta-feira (14) imagens dramáticas do acidente aéreo que matou três pessoas na Sibéria no primeiro dia do ano.

As imagens, feitas por uma TV e por um cinegrafista amador, mostra passageiros desesperados saindo do avião em chamas, pouco antes de explosões partirem a aeronave ao meio.

O fogo demorou menos de dois minutos para consumir o aparelho, deixando apenas uma pilha de metal torcido.

A maioria dos passageiros conseguiu escapar, com ajuda da tripulação e de equipes que estavam em terra.

Polina Profatilo, uma aeromoça sobrevivente, disse que foi difícil retirar as pessoas de dentro do avião por causa da fumaça.

O Tupolev 154B pegou fogo quando taxiava para decolar na cidade de Surgut, a 2.100 km a leste de Moscou.

A investigação ainda não sabe os motivos do incêndio, mas a agência russa de transporte suspendeu os voos com o Tu-154B.

Fonte: G1

Bombeiros resgatam corpos após acidente de avião em GO

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás resgatou na madrugada deste sábado os corpos das vítimas que estavam no avião bimotor que caiu no município de Senador Canedo, a 12 km de Goiânia, em Goiás, no início da noite de sexta-feira. Os corpos encontrados foram levados para o Instituto Médico Legal. O co-piloto é o único que continua desaparecido. Segundo os bombeiros, partes de seu corpo podem estar junto com a das outras vítimas. Mesmo assim, os bombeiros continuam as buscas neste sábado.

Segundo a Força Áerea Brasileira (FAB), o avião particular modelo Beech 22 era ocupado por seis pessoas. O presidente da Agência Tocantinense de Notícias, Sandro Petrelli, confirmou que Gabriel Marques Siqueira Campos, 12 anos, neto do governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), estava à bordo.

Além de Gabriel, viajavam no avião ainda duas outras crianças, amigos de Gabriel, a mãe deles e o piloto e o co-piloto. Segundo a FAB, o último contato com a torre de controle foi feito às 18h15. Até então, não havia sido relatado nenhum tipo de problema no voo. O Corpo de Bombeiros da capital foi acionado às 18h34 e as equipes permaneciam no local por volta das 10h30.

Fonte: Terra (com informações da Agência Brasil) - Foto: Divulgação

Avião cai em Goiás e mata neto do governador de TO e mais 5

Um avião bimotor caiu no município de Senador Canedo, a 12 km de Goiânia, em Goiás, no início da noite desta sexta-feira (14).

Segundo a Força Áerea Brasileira (FAB), o avião particular modelo Beech 22 era ocupado por seis pessoas, sendo que todas morreram no acidente. O presidente da Agência Tocantinense de Notícias, Sandro Petrelli, confirmou que Gabriel Marques Siqueira Campos, 12 anos, neto do governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), estava à bordo.

Além de Gabriel, viajavam no avião ainda duas outras crianças, amigos de Gabriel, a mãe deles e o piloto e o copiloto. Segundo a FAB, o último contato com a torre de controle foi feito às 18h15. Até então, não havia sido relatado nenhum tipo de problema no voo. O Corpo de Bombeiros da capital foi acionado às 18h34 e as equipes permaneciam no local por volta das 10h30.

Mais cedo, os bombeiros haviam dito que a aeronave seria um bimotor modelo King Air B-200, informação que foi corrigida posteriormente pela FAB. O avião saiu do aeroporto de Palmas, no Tocantins, fez escala em Brasília e seguia com destino a Goiânia.

A aeronave foi emprestada pelo proprietário, Roberto Pires, dono da construtora CMN, de Palmas, amigo pessoal do ex-senador Eduardo Siqueira Campos, pai de Gabriel e filho do governador. A criança e os amigos seguiam para Goiânia em uma viagem de férias.

Segundo o coronel dos Bombeiros Múcio Ferreira chovia muito quando a aeronave se chocou nas árvores do Morro Santo Antônio e explodiu. O local da queda é de difícil acesso e os bombeiros tiveram que combater o fogo que consumiu os destroços da aeronave.

Fonte: Mirelle Irene (Terra) - Fotos: Mirelle Irene (Terra) / Sebastião Nogueira (O Popular/AE)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Piloto atrasa voo para avô ir ao funeral de neto

Atrasos de minutos na partida de aviões em companhias aéreas podem gerar prejuízos monetários. Contudo essa condição não impediu o piloto da companhia aérea Southwest Airlines, nos EUA, atrasar o voo a seu cargo em 12 minutos para possibilitar a presença de um avô no funeral do neto de três anos, morto em circunstâncias trágicas.

Apesar de ter chegado duas horas antes do voo, Mark deparou-se com filas e demoras intermináveis nas filas de segurança. Quando passou a revista final correu mesmo de sapatos na mão para conseguir chegar a tempo.

"Quando os seguranças terminaram, ele agarrou na mala do computador, nos sapatos e cintos e correu descalço para o terminal", revelou Nancy, a mulher do homem citada pelo Daily Mail.

O voo tinha partida prevista para 11h50, Mark já ia 12 minutos atrasado. Quando chegou à linha de embarque foi surpreendido pelo próprio piloto: "É o senhor Mark Dickinson? Segurámos aqui o avião à sua espera e queríamos apenas dizer-lhe que lamentamos muito pela perda do seu neto".

Surpreendido com o gesto do piloto, Mark Dickinson respondeu que nunca lhes poderia agradecer o suficiente. O piloto respondeu: "Eles não vão a lugar nenhum sem mim, e eu não ia para lado nenhum sem o senhor. Agora relaxe que vamos lá chegar", disse o piloto que estava a par do caso. O neto de Mark Dickinson, Cadden, morreu aos três anos às mãos de um padrasto negligente que foi , entretanto, acusado de homicídio em primeiro grau.

Foi a mulher de Dickinson que tornou a história pública. Não sabem como é que o piloto e restantes sabiam que o avô estava em risco de perder o avião, mas "estão gratos pelo gesto".

A Companhia aérea já fez saber que "se orgulha" da atitude tomada pelo piloto que mostrou compaixão num momento tão delicado. Segundo a mulher de Dickinson, se o marido não se pudesse ter reunido com a filha num momento tão dramático era apenas tragédia acima de tragédia.

Assim a família pôde estar reunida no enterro do pequeno Cadden cujos órgãos foram doados a 25 pessoas diferentes nos EUA que terão de certa forma, também elas, uma segunda oportunidade.

Fonte: boasnoticias.pt - Foto: Reprodução

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Helicóptero cai no aeroporto de Maricá (RJ)

Na queda, dois pilotos ficaram feridos; ainda não se sabe as causas do acidente

A prefeitura de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, confirmou a queda do helicóptero Hughes 269A-1, prefixo PT-HGP, no aeroporto do município, por volta de 13h desta terça-feira (11). Não se sabe ainda o motivo do acidente.

Na queda, os pilotos Daniel Tavares Alencar, de 33 anos, e Geovani Kopt, que estavam na aeronave ficaram feridos. Os dois foram socorridos e levados no helicóptero dos bombeiros para o hospital Municipal Miguel Couto, no centro do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos apura as causas do acidente.

Fontes: Bruna Fantti, iG / ASN / Bom Dia Rio (TV Globo) - Foto: Paulo Polônio/Prefeitura de Maricá

Reunião entre empresas aéreas e funcionários sobre reajuste salarial termina sem acordo

Terminou sem acordo a reunião de trabalhadores e empresas aéreas por reajuste salarial, ocorrida nesta quarta-feira. Por meio do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), as empresas propuseram um aumento de 8,2% para todas as categorias de trabalhadores do setor; e de 8,55% para aqueles que ganham o piso salarial.

A proposta será discutida pelos sindicatos de trabalhadores. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 17.

"As negociações avançaram, mas ainda não chegamos a um acordo", afirmou o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmidt. "Os dois lados fizeram concessões."

A demanda dos aeroviários (trabalhadores em terra) e aeronautas (que atuam em voo) até antes da reunião era de 10% e 15%, respectivamente. Uma contraproposta foi apresentada pelos trabalhadores, mas eles não quiseram revelar os valores.

Segundo o Snea, ninguém falou na possibilidade de greve durante toda a reunião.

No final de dezembro, os trabalhadores ameaçaram entrar em greve, mas foram impedidos por decisão da Justiça do Trabalho. O prazo para a não realização de greves acabou no dia 10 de janeiro.

Fonte: Mariana Barbosa (Folha.com) - Imagem: Arquivo do Blog

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Boeing celebra a montagem final do milésimo 767

Referência em aviões, esta é a última aeronave a ser construída antes de mudança de local da linha de montagem.

A montagem final do milésimo avião Boeing 767 começou hoje. Os trabalhadores celebram este importante marco na fábrica de Everett, em Washington.

“Este marco é crédito de todo funcionário que teve uma participação na construção de 767s nos últimos 30 anos”, disse Kim Pastega, vice-presidente e gerente geral do Programa 767 da Boeing Commercial Airplanes. “Esta é uma prova da engenharia de um produto de alta qualidade, que continua a se aprimorar ao longo dos anos.”

A montagem final é o último estágio no processo de produção antes que o avião saia da fábrica a caminho do hangar de pintura e do Everett Delivery Center – para testes de solo e de voo. O milésimo avião – um 767-300 ER (Extended Range) de passageiros para a All Nippon Airways (ANA) (JA622A) – é o último 767 a completar a montagem final neste local. A partir do número de série 1001 – um outro 767-300ER também para a ANA – todos os futuros 767s irão completar este estágio em um novo e menor espaço, onde a produção está programada para aumentar em 2011.

O milésimo avião está agendado para ser entregue no próximo mês. A ANA, um cliente de longa data da Boeing, recebeu 89 unidades do 767 desde a sua primeira encomenda, pedida em 1979.

A Boeing irá utilizar o 767 como plataforma para o Avião-tanque NewGen, caso vença a competição do Avião-tanque KC-X para a Força Aérea dos Estados Unidos. A concessão do contrato será anunciada no início deste ano.

A família de aviões 767 é enxuta, silenciosa e com baixo consumo de combustível, capaz de oferecer máxima versatilidade no mercado de 200 a 300 assentos. Ela inclui três modelos de passageiros – o 767-200ER, 767-300ER e 767-400ER – e um cargueiro com cabine de largura média, que se baseia na fuselagem do 767-300ER.

Ações da EADS sobem após encomenda recorde da Airbus na Índia

As ações da EADS eram impulsionadas nesta quarta-feira pela encomenda recorde anunciada na véspera por sua controlada Airbus, que fechou a venda de 180 aviões comerciais avaliados em 15,6 bilhões de dólares para a companhia aérea indiana IndiGo.

O acordo destaca o desenvolvimento da Índia como um grande mercado de aviação e deve ampliar a popularidade do presidente-executivo da EADS, Louis Gallois, que tem apostado na expansão do grupo em mercados emergentes.

O negócio também é uma grande vitória inicial para a Airbus na guerra anual com a rival norte-americana Boeing pelo posto de maior vendedora mundial de aeronaves comerciais.

As ações da EADS atingiram o maior patamar em três anos com a notícia. Às 12h47 (horário de Brasília), os papéis avançavam 2,24 por cento, para 20,52 euros, depois de terem disparado até 6 por cento mais cedo.

A encomenda da empresa aérea de baixos custos e tarifas IndiGo inclui 30 aviões A320 -modelo mais vendido da Airbus e que transporta 150 pessoas- e outras 150 unidades de versões atualizadas do mesmo avião, chamadas de A320neo.

As primeiras entregas começam em 2015 e a IndiGo está considerando realizar uma Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para financiar a compra dos aviões.

"É uma notícia positiva surpreendente. É o primeiro contrato para o A320neo e já é o maior contrato da história", escreveu em relatório a equipe do DZ Bank.

Contudo, o DZ Bank, que recomenda venda das ações da EADS, disse que investidores irão permanecer cautelosos sobre a lucratividade do grupo aeroespacial europeu no curto prazo em meio aos cortes nos orçamentos de defesa na Europa e à ameaça de atrasos na produção do modelo A350 da Airbus, que tem design similar ao adiado 787 Dreamliner da Boeing.

O pedido da IndiGo é o maior da história da aviação em quantidade de aeronaves com capacidade para transportar mais de 100 passageiros, disse a Airbus na terça-feira.

O setor aéreo da Índia, que conta com perto de uma dúzia de companhias aéreas, está se expandindo rapidamente.

A IndiGo é a terceira maior companhia aérea da Índia em market share, depois de menos de cinco anos desde sua fundação. A empresa é controlada pela InterGlobe Enterprises e pelo veterano da indústria Rakesh Gangwal, ex-presidente-executivo da norte-americana US Airways.

Mais encomendas que entregas

Em 2010, segundo o presidente-executivo da EADS, a Airbus registrou entregas e novas encomendas acima de 500 aeronaves. De acordo com Galllois, os pedidos superaram as entregas de aviões no último ano.

Na semana passada, a Boeing divulgou entregas de 462 jatos comerciais em 2010, cumprindo sua meta de atingir cerca de 460 unidades durante o ano. Ao mesmo tempo, a fabricante norte-americana informou ter fechado encomendas líquidas por 530 aviões comerciais.

Fonte: Tim Hepher (Reuters com reportagem adicional de Blaise Robinson) via O Globo

Pilotos de avião que matou líder da Polônia foram pressionados, diz Rússia

Morte de Lech Kaczynski chocou a Polônia no ano passado

Um relatório oficial da comissão da Rússia sobre as circunstâncias da queda do avião que matou o presidente polonês Lech Kaczynski, em abril do ano passado, afirma que os pilotos da aeronave estavam sob pressão psicológica para pousar, apesar das más condições climáticas.

Segundo o documento, dentro do avião presidencial havia um sentimento de que o presidente polonês reagiria mal caso recebesse a notícia de que o avião teria que desviar de seu trajeto.

Tatyana Anodina, diretora do Comitê de Aviação Entre Estados, com sede em Moscou, disse nesta quarta-feira a jornalistas que o relatório final já foi entregue para investigadores poloneses.

A investigadora afirmou que o Tupolev-154, onde Kaczynski e outras 95 pessoas estavam, apresentava "boas condições quando decolou de Varsóvia com destino ao aeroporto de Smolensk, e não teve nenhuma falha de motor ou de sistemas de voo".

'Sem explosão'

O avião presidencial caiu no oeste da Rússia no dia 10 de abril de 2010 quando a comitiva presidencial voava para uma cerimônia em homenagem a poloneses mortos pela polícia secreta do ditador soviético Josef Stalin em Katyn (Belarus), durante a 2ª Guerra Mundial.

Além do presidente e sua esposa, os chefes dos três braços das Forças Armadas e diversos líderes políticos da Polônia morreram no acidente.

"Antes do impacto, não houve incêndio, explosão ou outro dano", disse Anodina. Segundo a investigação russa, o desastre foi resultado direto da falha da tripulação, que não levou em conta os alertas sobre as condições do clima e não foram para um outro aeroporto.

"Durante o voo, a tripulação foi informada várias vezes das condições climáticas inadequadas no aeroporto de destino", afirmou.

"Apesar disso, a tripulação não tomou a decisão de trocar (o local do pouso) para um outro local. Isto pode ser considerado o começo da situação extrema a bordo do avião."

Álcool

A investigação russa descobriu "deficiências substanciais" no treinamento dado ao capitão Arkadiusz Protasiuk e ao copiloto, major Robert Grzywna, segundo Anodina.

Os dois homens temiam uma "reação negativa" do presidente Kaczynski se eles pousassem em outro aeroporto.

"A reação negativa esperada do principal passageiro (...) aplicou uma pressão psicológica nos membros da tripulação e influenciou a decisão de continuar com o pouso (programado)", disse.

O gravador de voo do avião captou um membro da tripulação falando "Ele vai ficar muito bravo", em uma aparente referência à determinação do presidente polonês de não alterar sua agenda.

A investigadora russa acrescentou que a pressão nos pilotos aumentou ainda mais quando o comandante da Força Aérea polonesa, general Andrzej Blasik, entrou na cabine no avião.

"A presença do comandante da Força Aérea na cabine, antes da queda da aeronave, aplicou mais pressão psicológica no capitão (do avião) para que ele decidisse continuar com o pouso em uma situação de risco sem justificativa, dominado pelo objetivo de pousar a qualquer custo."

Exames feitos no corpo do general Blasik mostraram que havia álcool no sangue do militar, em uma concentração de 0,6 gramas por litro, um pouco acima do limite permitido na maioria dos países europeus.

Os investigadores também descobriram que uma autoridade do Ministério do Exterior polonês, Mariusz Kazana, também teve acesso à cabine.

Durante a entrevista coletiva em Moscou, os investigadores tocaram as gravações dos últimos minutos dos pilotos do avião Tupolev, incluindo conversas com os controladores de tráfego aéreo russos.

Pouco antes do fim da gravação, uma mensagem automática em inglês, vinda do Sistema de Alerta Terrestre, pode ser ouvido pedindo à tripulação do Tupolev "suba, suba".

'Piada'

O atual primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, voltou mais cedo de suas férias para tratar da reação do país ao relatório russo.

Um porta-voz do governo afirmou que Tusk, que já tinha criticado a investigação russa no mês passado, iria agora conversar com líder das investigações no país, Jerzy Miller.

Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do presidente morto, também criticou a investigação russa.

"O relatório coloca toda a culpa nos pilotos poloneses e na Polônia, sem nenhuma prova (...) é uma piada contra a Polônia", disse ele, acrescentando que seu partido conservador, o Partido Lei e Justiça, vai pedir que o Parlamento polonês rejeite o relatório.

Fonte: BBC Brasil via O Globo - Foto: Pravda