quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Banheiro com motor de Boeing viaja a 110 km/h

Máquina criada nos EUA dispara chamas de 10 metros de comprimento.

Criação de Paul Stender está exposta em oficina de Indianápolis.

Esta é a criação do mecânico americano Paul Stender, 43 anos: um motor a jato para aviões Boeing acoplado a um banheiro químico. O conjunto é capaz de viajar a 110 km/h, e emite chamas de até 10 metros. Quem quiser usar uma das privadas mais velozes do mundo precisará visitar a oficina de Stender, na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/Telegraph.co.uk

Angola: Permanece o mistério em torno do B–200 da Chicoil

As autoridades aeronáuticas angolanas continuam por «desvendar» o mistério em torno do avião da Chicoil, o Beech 200 Super King Air, matrícula D2-FFT (ex-ZS-PLY - foto acima), desaparecido do espaço aéreo nacional há sete meses, quando regressava à cidade a Luanda, proveniente da localidade fronteiriça de Ponta Negra, República do Congo Brazzaville.

No início da semana que hoje termina, a Comissão Nacional de Protecção Cível deu garantias da continuidade às buscas do aparelho da Chicoil, que desapareceu quando se aproximava de Luanda, onde iria aterrar numa das pistas do aeroporto internacional 04 de Fevereiro. Benção Cavila, membro comissão, garante que as buscas continuam de forma esporádica ao longo costa angolanacom o intuito de localizar o aparelho, num raio de 35 mil milhas náuticas, tendo como marco o farol da Barra do Dande, localidade onde aparentemente os tripulantes do B200 de D2-FFT, mantiveram o último contacto com a torre de controlo do aeroporto internacional 04 de Fevereiro.“Buscas esporádicas” significa que os esforços de localização da aeronave não assumem forma continuada e permanente.

Não há todavia, garantiu Benção Cavila, um horizonte de tempo fixado para o termo das buscas, sendo que, para além disso, as equipas de resgate terão ultrapassado algumas vezes, a título excepcional, o raio de acção delimitado nada tendo sido porém avistado.“Há aviões desaparecidos desde a II Guerra Mundial e, no entanto ainda hoje continuam as buscas para os localizarem”, lembrou.A falta de resultados satisfatórios nas buscas do aparelho da Chicoil, levou os órgãos envolvidos na operação de resgate e salvamento da aeronave B-200, a traçar um plano de buscas em águas profundas, plano cuja concretização carecia do aval do Executivo angolano, como havia assegurado a este semanário o director Nacional do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA), Luís Solo.

O plano, gizado um mês após ao desaparecimento, previa um grande esforço nas mais variadas vertentes, incluindo, o recurso a alta tecnologia e mão-de-obra qualificada, capaz de responder aos desafios que lhe eram colocados.No entanto, presume-se que o Executivo ainda não se pronunciou até ao momento, sobre o plano traçado conjuntamente pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáutico e pela Protecção Cível.

Com o intuito de obter mais informações sobre o desenrolar das investigações, tentámos ouvir o responsável do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos, Luís Solo, mas tal não foiAs buscas da aeronave desaparecida a 4 de Fevereiro continuam com carácter esporádico ao longo da Costa angolanapossível. De igual modo, tentámos ouvir o empresário Elias Chimuco, o que não foi igualmente possível dado este encontrr-se ausente do país, conforme asseguraram funcionários da Chicoil.

Famílias recebem salários

A empresa Chicoil continua assegurar, até ao momento, o pagamento, na íntegra, do salário aos familiares dos pilotos B-200 desaparecidos desde o mês de Maio, assegurounos uma fonte da empresa.Segundo a mesma fonte é prematuro pensar-se em avançar para um eventual processo de indemnização dos familiares dos pilotos, tendo em conta que as investigações continuam, desconhece-se o que terá acontecido ao avião, resposta que somente poderão ser dada pela equipa que investiga o caso.

O desaparecimento

O avião B-200 matrícula D2-FFT propriedade da Chicoil, desapareceu dos radares da Torre de Controlo do aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, local onde deveria aterrar à 00:30, na noite do dia 21 de Maio.Era proveniente de Ponta Negra, onde se havia deslocado em serviço de evacuação médica, conforme atesta a informação do dossiê que autorizava o despacho do voo.A aeronave desapareceu após manter um último contacto com a Torre de Controlo às 00:20, à qual reportou 30 milhas náuticos ao passar o nível de voo FL119 (11900) pés de altitude, sendo autorizada a descer para a altitude de 3000 pés para uma aproximação por instrumentos ILS, instruções que a tripulação confirmou através do procedimento aeronáutico conhecido em inglês por reedback.A partir das 00:37 a tripulação do B-200 da Chicoil deixou de responder às sucessivas chamadas feitas à aeronave pela Torre de Controlo de Luanda que, de seguida, accionou os mecanismos de alerta, bem como os serviços de emergência.

Fonte: Valdimiro Dias (opais.net) - Foto: Mistral (avcom.co.za)

Moscou suspende voos de bombardeiros militares depois de acidente

O comando da Força Aérea da Rússia (FAR) ordenou nesta quarta-feira a suspensão dos voos dos bombardeiros estratégicos Tu-95MS, após o acidente de terça-feira à noite com um avião de transporte militar no qual morreram os 12 ocupantes.

A suspensão vale até o esclarecimento das causas do acidente. O An-22 acidentado havia decolado na terça-feira de um aeroporto em Voronezh e seguia para Tver, a 200 quilômetros ao norte da capital russa, e desapareceu dos radares por volta das 21h30 no horário de Moscou (16h de Brasília).

Os restos da aeronave foram localizados nesta madrugada a cem quilômetros ao sul da cidade de Tula. O An-22, de fabricação soviética, sustentou o título de maior avião de transporte militar do mundo até o surgimento do americano C-5 Galaxy.

Mesmo assim, este modelo, produzido entre 1965 e 1975 e do qual foram fabricadas 68 unidades, conserva a primazia como o maior avião turboélice do mundo.

Fonte: EFE via Yahoo! Notícias

Tempo melhora nos EUA, mas novo caos aéreo é esperado nesta quarta

Quem vai viajar nesta quarta-feira e estiver na Costa Leste dos Estados Unidos pode se preparar para mais um caos aéreo, depois da trégua que aliviou um pouco os milhares de voos cancelados ao longo da semana.

A frustração dos passageiros ainda é grande, após uma das maiores nevascas dos últimos anos, que chegou com força nesta quarta ao litoral das Carolinas e das províncias marítimas do Canadá.

A frente fria, que causou enormes nevascas e fortes ventos, deixou até 80 centímetros de neve nas pistas, criando verdadeiro caos para quem pretendia viajar de avião.

A tempestade de neve já atinge o Canadá, onde mais de 12 mil residências estão sem eletricidade e os aeroportos de Toronto e Montreal registram importantes atrasos nos voos.

Nos Estados Unidos, as companhias aéreas retomam aos poucos as atividades, mas cerca de 800 voos foram cancelados na terça-feira, a maioria na região de Nova York, área que mais sofreu com as nevascas.

A prefeitura usa veículos tira-neve e jatos de sal para limpar as ruas de Manhattan, algumas soterradas com até meio metro de neve.

As autoridades calculam que levará dias até que a cidade e seus principais terminais voltem 100% ao normal, depois da sexta pior nevasca da história de Nova York.

"Esta tempestade não se parece em nada com a que já tivemos de lidar antes", disse Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, explicando que muitos veículos de emergência do governo estão presos na neve.

"Até que consigamos tirar as ambulâncias, os caminhões dos bombeiros, os ônibus, os carros - os veículos tira-neve não conseguem fazer tudo", disse Bloomberg. "Ainda temos muito trabalho a fazer".

A polícia de Nova York já retirou quase 1.000 veículos de três das maiores artérias da cidade, apenas uma pequena parte do total que ainda está espalhado, preso em montanhas de neve.

Os três maiores aeroportos da área - John F. Kennedy International e La Guardia (foto acima), em Nova York, e Newark International, em Nova Jersey - foram reabertos na noite de segunda, mas os mais de 5.000 voos cancelados durante as nevascas provocaram um atraso gigantesco nos cronogramas das companhias.

"Com todos os cancelamentos e atrasos, serão dois ou três dias até que as companhias consigam retomar um cronograma normal", estimou Thomas Bosco, diretor geral de LaGuardia.

Uma porta-voz da Autoridade Aeroportuária de Nova York, que coordena os aeroportos e o tráfego regionais, indicou à AFP que 94 voos foram cancelados em La Guardia, 281 no JFK e 423 em Newark.

A situação está melhor em relação a domingo e segunda, mas os atrasos acumulados ainda afetam os voos. Na noite de terça-feira, algumas rotas sofreram atrasos de mais de cinco horas no JFK, e de até três horas em Newark.

Passageiros esperam nos terminais lotados, onde passam a noite à espera de informações. As enormes filas duram horas, e quem entra nelas não tem sequer a garantia de conseguir uma remarcação. Muitos reclamam por ligar para as companhias aéreas, em vão, já que ninguém atende.

Julie Stratton deveria ter embarcado no domingo para Indianapolis, em Indiana, de Nova York, mas acabou presa em La Guardia, onde passou a noite. Na segunda-feira, ela foi informada de que seu voo não deve sair do chão antes de quinta-feira.

Dezenas de voos também foram cancelados no Aeroporto Internacional da Filadélfia, onde centenas de viajantes estão presos.

"Em uma emergência como esta, nós distribuímos travesseiros, mantas, lanches, água, fraldas e qualquer coisa que pode tornar a situação mais confortável", afirmou Victoria Lupica, porta-voz do aeroporto.

Fonte: AFP - Foto: AFP

Brasil doa três aviões de combate e instrução ao Paraguai

O Brasil doou nesta quarta-feira três aviões de combate e instrução ao Paraguai e em troca receberá o avião presidencial em desuso do país e outras aeronaves militares.

A entrega foi realizada na base militar do aeroporto Silvio Pettirossi, onde o chefe de Estado paraguaio, Fernando Lugo, inspecionou as aeronaves junto com o ministro da Defesa, Cecilio Pérez Bordón, e o comandante da Força Aérea, Miguel Christ Jacobs.

"Esta cerimônia (...) aponta para metas e propósitos a favor da defesa nacional", afirmou o chefe militar.

Jacobs destacou que as aeronaves, fabricadas pela Embraer, serão empregadas exclusivamente para treino de pilotos.

A doação faz parte a um acordo pelo qual o Governo paraguaio se compromete a entregar ao Brasil um Boeing 707, que na época de Juan Carlos Wasmosy, quem governou o Paraguai entre 1993 e 1998, foi condicionado para ser usado como avião presidencial.

O acordo de doação mútua prevê ainda a devolução às autoridades brasileiras de quatro aviões de instrução e combate Xavante, também em desuso.

Fonte: EFE via Terra

Queda de avião militar russo deixa 12 mortos

Um antigo avião militar russo caiu ontem (28) na região de Moscou, matando todas as 12 pessoas que estavam a bordo. O Comitê de Investigação federal informou hoje que o Antonov An-22 Cock, prefixo RA-09343, da Força Aérea da Rússia, havia partido de Voronezh, sudoeste do país, quando caiu na região de Tula, 190 quilômetros ao sul da capital russa.

Segundo a agência, além da tripulação da aeronave, o Antonov levava também um grupo de militares para a base aérea de Migalovom, na região de Tver. As causas da queda ainda são desconhecidas.

O An-22, cujo projeto é dos anos 1960, tem capacidade para carregar 60 toneladas de carga e transportar cerca de 300 soldados. Apenas algumas aeronaves deste modelo continuam em operação na Força Aérea russa. O avião que caiu ontem foi construído em 1974.

A Força Aérea informou hoje que interrompeu todos os voos realizados pelos An-22, assim como as viagem de sua frota de bombardeiros Tupolev Tu-95, que usam o mesmo tipo de turbina, durante as investigações do acidente. As informações são da Associated Press.

Fontes: Agência Estado / ASN

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bimotor furtado em SP é abandonado em pista do Triângulo Mineiro

Segundo polícia, avião pode pousar sem o auxílio de uma base terrestre.

Ainda não há informações sobre quem pilotava a aeronave.

Um avião que teria sido furtado em São Paulo foi encontrado e apreendido, nesta segunda-feira (27), pela Polícia Civil de Iturama, no Triângulo Mineiro. Segundo a polícia, a aeronave foi abandonada e nenhum suspeito foi preso. Ainda não há informações sobre quem teria levado o bimotor para Minas Gerais.

De acordo com a polícia, o investigador Leandro Baggio soube da queixa de furto feita na última quarta-feira (22) em Votuporanga, SP, e decidiu averiguar o aeródromo particular de Iturama. Ao chegar ao local, que é usado por uma usina da região, o policial encontrou a aeronave e notificou o delegado Bruno Salmen, que acompanha o caso.

A suspeita, segundo a polícia, é que o piloto sabia quando o aeródromo ficava sem vigias e pousou em um desses momentos para evitar ser visto. De acordo com a polícia, o avião tem alta tecnologia e não precisa de informações de uma base terrestre para pousar.

O avião foi identificado como sendo do modelo BeechCraft King Air B200GT, Turbo Hélice, de fabricação norte-americana. A aeronave tem capacidade para 10 pessoas.

Segundo a polícia, o avião tem um valor estimado em R$ 6 milhões.

Fonte: G1 - Foto: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação

Pamonhas aquecem avião e fazem piloto voltar para aeroporto em SP

Um voo da Webjet que seguiria para Curitiba (PR) precisou retornar para Ribeirão Preto (SP), a 318 km da capital, nesta segunda-feira (27), depois que uma caixa de isopor com pamonhas quentes gerou um superaquecimento no bagageiro da aeronave.

Segundo a Webjet, o voo partiu as 13h30 e 20 minutos depois um dos sensores do avião apontou superaquecimento. O piloto informou aos passageiros que retornariam a Ribeirão Preto por problemas técnicos. O avião sobrevoou a região por cerca de 30 minutos para gastar o combustível e atingir o nível seguro para pouso.

Quando o avião pousou, os funcionários localizaram uma caixa com isopor repleta de pamonhas quentes. O pacote foi retirado e o avião seguiu normalmente para Curitiba. Mesmo informados sobre o motivo do problema técnico, 18 passageiros não quiseram viajar na aeronave.

Fonte: O Globo

Fazenda é vendida por metade do valor para pagar a 8.000 credores

Depois de meses de espera e nove tentativas de realizar leilões para vender a fazenda Piratininga (foto), que pertenceu ao empresário Wagner Canhedo, ex-controlador da Vasp, o imóvel foi vendido para o grupo ligado à família Limírio Gonçalves, que vendeu a fabricante de genéricos Neo Química ao grupo Hypermarcas.

O grupo tem sede em Goiás, mesmo Estado onde está situada a fazenda Piratininga, avaliada em R$ 615 milhões durante os leilões.

Com a venda do imóvel por quase metade desse valor (R$ 310 milhões), os cerca de 8.000 funcionários que atuaram na companhia devem começar a receber parte dos valores a que têm direito a partir de 2011.

As regras para o pagamento serão definidas pela juíza Elisa Maria Secco Andreoni, responsável pelo processo, que já adiantou que não irá priorizar ex-funcionários de nenhuma região específica nem privilegiar determinados escritórios de advocacia.

Os R$ 60 milhões já depositados como parte do pagamento devem ser rateados igualmente entre os ex-funcionários. O restante será dividido em cinco parcelas anuais de R$ 50 milhões.

O Ministério Púbico Federal continuará investigando o grupo Conagro e seus sócios, acusados de fraudar um dos leilões da fazenda. Dois dias após adquirir o imóvel, a empresa sustou o cheque da compra.

Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo) - Foto via ifronline.blogspot.com

Ex-comissário cobra da Vasp R$ 1,5 milhão

O ex-comissário Paulo Cesar Seeman, 50, cobra na Justiça há quase dez anos o pagamento de salários atrasados e benefícios da Vasp.

Ele faz parte de um grupo seleto de credores com dívidas de alto valor e espera receber R$ 1,5 milhão.

Seeman foi demitido em 2000 e voltou para a companhia em 2008 por meio de uma ação de reintegração. Como a Vasp deixou de voar em 2005, ele passou a trabalhar na área administrativa.

A saída da empresa foi traumática: ele atuava como chefe de equipe da primeira classe em voos internacionais e trabalhava no setor havia duas décadas. Aos 40 anos, não conseguiu arrumar emprego em outra companhia aérea.

"Morava em um condomínio fechado em São Paulo. Tive de vender a casa, colocar minha filha para estudar em escola pública. De todos os meus amigos que foram demitidos, sou o único que conseguiu permanecer casado, uma coisa como essa abala a vida da gente."

Seeman voltou a estudar e hoje atua na área de recursos humanos. Mesmo assim, afirma que recebe hoje metade do que ganhava como comissário.

Ele diz ter esperança de finalmente receber parte do que a companhia deve após a venda da fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo, ex-proprietário da Vasp.

O cenário é menos otimista para o comissário aposentado da Varig José Paulo de Resende, 62.

Beneficiário do Aerus, fundo de pensão da companhia aérea que está sob intervenção desde 2006, Resende viu sua renda encolher e não tem plano de saúde há dois anos.

"Lembro-me do meu último voo. Fui homenageado em um voo NY-Rio. Minha aposentadoria começou com benefício de R$ 3.475 e hoje recebo R$ 592", disse.

"Não esperava envelhecer sem dignidade. O governo não fez nada, está esperando que a gente morra, e desde 2006 muitos já morreram."

Os aposentados dependem do julgamento de uma ação de defasagem tarifária da Varig contra a União no STF (Supremo Tribunal Federal).

Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo)

Aéreas falidas têm dívidas de R$ 25 bi

Há 18,5 mil ações trabalhistas de ex-funcionários de Varig, Vasp e Transbrasil e passivos com ex-fornecedores

Em 2000, as três tinham 24 mil empregados; 58 aviões estão sem uso, mas falência morosa impede retirada


Aviões da Vasp no aeroporto de Congonhas

As falências de Varig, Vasp e Transbrasil, as principais companhias aéreas da década de 1990, deixaram para trás um rastro de dívidas que supera R$ 25,4 bilhões, segundo levantamento feito pelo advogado do setor aéreo Carlos Duque-Estrada, a pedido da Folha.

O cálculo foi feito a partir de informações atualizadas da Justiça e da 1ª Vara de Falência de São Paulo.

Esse montante é devido a milhares de credores, que vão desde fornecedores de água dos escritórios dessas empresas até fornecedores de combustível e peças.

Varig e Vasp saíram do mercado no governo Lula, que chegou a incluir as companhias aéreas na nova lei de recuperação judicial. O mecanismo deu sobrevida às empresas, mas até agora se mostrou insuficiente para mantê-las em operação.

Até hoje, a crise da Varig é citada por especialistas como um dos pontos de partida das diversas crises do setor nos últimos cinco anos.

O montante de R$ 25,4 bilhões inclui ainda dívidas com União, INSS e Receita Federal, além de fornecedores e funcionários.

"Quase R$ 3 bilhões são dívidas trabalhistas. Os processos se arrastam por conta de estratégias de advogados que usam e abusam de recursos para não deixar que as ações se encerrem", diz o advogado Duque-Estrada.

Protecionismo

Em 2000, as três empresas contavam com 23.993 funcionários, entre pilotos, comissários, auxiliares de voo, pessoal de manutenção e revisão, tráfego e vendas.

Os dados são do Anuário Estatístico da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e não incluem os 2.745 funcionários de empresas do antigo grupo Varig - como Rio Sul e Nordeste.

Para ter ideia do porte dessas companhias, esse é o mesmo volume de funcionários que TAM e Azul tinham, somadas, em 2009.

"Essas empresas viveram um outro momento político, em que os militares garantiam um retorno mínimo para as companhias. Quando acabou o protecionismo do Estado, elas não conseguiram se adaptar", afirma Graziela Baggio, do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Na Justiça do Trabalho, são ao menos 18.500 processos trabalhistas ativos envolvendo ex-funcionários das três companhias. Somente em São Paulo são 6.581 ações, segundo levantamento atualizado até 17 de dezembro do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

Um dos sinais da morosidade do processo de falência de uma companhia aérea é a presença de 58 aviões inoperantes em 25 aeroportos administrados pela Infraero.

Esses aviões são listados como ativos das empresas e estão envolvidos em disputas judiciais, o que dificulta a retirada. Quando a Justiça der autorização para a remoção, será preciso definir, ainda nos processos de falência, quem deverá retirá-los.

Até o dia 7 passado, as dívidas de Vasp, Varig e Transbrasil com a administradora de aeroportos somavam R$ 47 milhões em tarifas de pouso e permanência, além do adicional recolhido sobre as tarifas.


Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress

Acordo sobre crédito pode favorecer Embraer

Brasil, Canadá, Estados Unidos e União Europeia, que abrigam os maiores fabricantes de aviões do mundo, fecharam na semana passada um acordo para o financiamento público para a exportação de aeronaves. A partir de fevereiro, uma nova forma de cálculo vai reduzir o espaço para que governos ofereçam vantagens no crédito oficial. A medida vai elevar o juro dessas operações para nível próximo do cobrado no mercado.

Na Embraer, a notícia foi recebida com ressalva, pois encarece o financiamento usado por 55% dos clientes de 2010. Mas nem tudo é ruim para a companhia de São José dos Campos: a empresa passa a ter condições idênticas às gigantes Airbus e Boeing, o que, em última instância, pode facilitar eventual plano de lançamento de aviões maiores, como já fez a canadense Bombardier.

Em debate há mais de dois anos, o entendimento foi fechado em Paris com o apoio dos principais países que fabricam aviões comerciais. O acordo, que deve ser oficializado até 20 de janeiro, acaba com regra de 2007 que previa condições diferentes de crédito para aeronaves de grande porte - como as fabricados pela Airbus e Boeing - e regionais - da Bombardier e Embraer. Agora, o crédito para qualquer avião passa a ser feito da mesma forma, com condições mais rígidas para o cálculo do juro e garantias. Ou seja, menos espaço para subsídios.

?O fato de termos regras iguais para todos é muito positivo. A ausência de uma regra desse tipo criava situação em que concorrentes poderiam oferecer condições cada vez mais favoráveis, em uma corrida não saudável. O acordo nos protege?, diz Marcelo Della Nina, chefe da delegação do Ministério de Relações Exteriores que negociou o acordo. ?De uma forma geral, o acordo não é bom para a indústria, porque o crédito, que é importantíssimo para a compra de um avião, ficará mais caro?, diz o vice-presidente executivo de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva. No mercado aeronáutico, porém, analistas afirmam que o crédito público era um dos entraves para que a Embraer pudesse pensar mais seriamente em lançar nova família de jatos maiores, para concorrer com a Airbus e a Boeing.

Fonte: Fernando Nakagawa (Agência Estado)

Problemas na Webjet atingem 77,5% dos voos

Atrasos e cancelamentos de voos da Webjet voltaram a causar tumulto ontem nos aeroportos do País. Às 19h, dos 120 voos programados pela empresa, 73 haviam atrasado mais de meia hora e 20, sido cancelados. No total, 77,5% das operações tiveram problemas. No domingo, a empresa que detém 5% do mercado doméstico já havia registrado 60% de atrasos nos voos e 15% de cancelamentos.

Em nota, a Webjet informou que problemas meteorológicos no Sul e Sudeste do País causaram os atrasos e cancelamentos. Segundo a companhia, o mau tempo teria fechado temporariamente os aeroportos de Ribeirão Preto, Foz do Iguaçu e Confins, forçando um remanejamento da malha aérea. Desses, porém, só Ribeirão ficou fechado cerca de 3h na manhã de ontem.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que Foz do Iguaçu e Confins permaneceram em operação durante todo o fim de semana e ontem. Confins operou por instrumentos no sábado e abaixo da capacidade mínima ontem, das 12h28 às 13h. Já Foz do Iguaçu operou por instrumentos em alguns momentos de sábado e domingo.

Nos balcões de check-in da Webjet, os atendentes tinham outra justificativa para os atrasos. "Falaram que era aquele velho problema de falta de tripulação", conta a funcionária pública Lúcia Mendes, de 53 anos, que tentava voltar ontem de Belo Horizonte para Brasília quando teve o voo cancelado. Na sexta-feira, indo passar o Natal com a família na capital mineira, Lúcia já havia enfrentado um atraso de 4 horas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirma que está acompanhando de perto a situação da Webjet e na alta temporada manterá um fiscal no centro de operações da empresa. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o que o que pode estar acontecendo com a Webjet é um efeito cascata: com os atrasos, a tripulação não consegue chegar a tempo do próximo voo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

Air France é condenada a pagar R$ 1,2 milhão para família de vítimas do voo 447

A companhia aérea Air France foi condenada a pagar R$ 1,2 milhão de indenização por dano moral à família de quatro vítimas do acidente com o voo 447, que ia do Rio para Paris e caiu no oceano Atlântico, causando a morte de 228 pessoas em 2009.

A decisão do juiz Alberto Republicano de Macedo, da 1ª Vara Cível do Fórum de Niterói (RJ), foi divulgada nesta segunda-feira.

A ação foi proposta pelos pais e avós de Luciana Clarkson Seba, 31, que viajava com seu marido Paulo Valle, 33, e seus sogros Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle.

Segundo a decisão, os pais de Luciana receberão R$ 510 mil cada um e as avós da vítima receberão R$ 102 mil cada uma. A Air France também terá que pagar pensão à mãe de Luciana no valor de R$ 5.000 referente ao período desde a data do acidente até a data em que a vítima completaria 70 anos.

Para o juiz Macedo, o sofrimento causado pela perda de um parente é suficiente para justificar a compensação por dano moral.

"Torna-se evidente a existência do nexo de causalidade entre o acidente ocorrido no curso do contrato de transporte e o dano advindo do mesmo, com a perda inesperada e trágica do ente familiar, tendo sido violada a cláusula de incolumidade inerente aos contratos de transporte de pessoas", afirmou na sentença.

O magistrado ainda ressaltou a responsabilidade da empresa companhia aérea no acidente.

"O evento em si poderia até ser considerado evento imprevisível, mas o acidente nunca poderia ser considerado inevitável. Note-se que a atividade fim da ré é, justamente, promover o transporte aéreo de seus passageiros e, para isso, deve possuir aeronaves que trafeguem em condições normais, mas também que seja capaz de suportar eventuais intempéries."

Fonte: Folha.com

Caos aéreo ainda afeta cidades na Europa

Apagão fechou o principal aeroporto de Moscou


Na Europa, o caos aéreo ainda afeta algumas cidades. O principal aeroporto de Moscou foi fechado e milhares de passageiros foram impedidos de viajar. O governo britânico quer aplicar punições severas aos aeroportos do país. Na Índia, forte nevoeiro afetou tráfego aéreo e provocou acidentes nas estradas

Fonte: Globo News

Sobrecarga de trabalho das tripulações pode gerar novo caos aéreo

Cerca de 40% dos funcionários da categoria alcançaram o limite permitido de horas de voo por mês.

A ameaça de greve passou, mas a situação dos aeroportos ainda é muito complicada. A sobrecarga de trabalho das tripulações pode gerar novo caos aéreo. O Sindicato de Aeronautas fez um alerta dizendo que 40% dos funcionários não vão poder trabalhar essa semana porque alcançaram o limite permitido de horas de voo por mês.

Fonte: Globo News

Radiografia do caos aéreo (Editorial)

O setor aéreo brasileiro chegou a um ponto em que o caos é previsto em função do calendário, sem que possa ser evitado.

Em crise latente, devido a uma série de fatores — em que se destacam aeroportos sem instalações e infraestrutura à altura da demanda de passageiros e companhias —, a atividade se transformou numa desgastante loteria para milhões de passageiros: é muito difícil tirar a sorte grande de sair e chegar no horário, principalmente nos períodos de aumento do tráfego, como agora, nas festas de fim de ano.

Tornou-se norma o “mau tempo” frequentar notas oficiais e supostas explicações dadas pelas empresas toda vez que os saguões ficam lotados. Mas, como a meteorologia não pode justificar a frequência com que voos previstos e devidamente comprados pelos usuários não decolam, é curioso observar nos aeroportos que o “mau tempo” alegado por uma companhia para explicar seus atrasos não impede que aviões da concorrente continuem chegando e saindo.

As razões da crise vão muito além de eventuais chuvas e trovoadas. E as mais importantes delas estão à vista de todos, nestes dias em que, mais uma vez, aviões transitam sem qualquer compromisso com o relógio

Ontem, as previsões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de atrasos de no máximo 18% dos voos estavam superadas às 13h, quando quase 19% das partidas não haviam ocorrido como programadas. Apenas no Galeão, 24,6% das decolagens para trajetos domésticos estavam, àquela altura, com estouros de mais de meia hora.

Em entrevista ao GLOBO, o brigadeiro Adyr da Silva, ex-presidente da estatal Infraero (1995-98), deu números básicos da crise: os aeroportos comportam o movimento de 115 milhões de passageiros/ano, mas tem passado pelos portões de embarque e desembarque algo na faixa dos 150 milhões de pessoas.

Se a estatal não tivesse ficado prisioneira de nomeações fisiológicas do governo Lula, o país poderia ter escapado da necessidade de correr contra o tempo para não passar vergonha de 2013 — quando haverá a Copa das Confederações, antessala da Copa do Mundo do ano seguinte — a 2016, nas Olimpíadas do Rio.

Mas a questão não se resume a obras. Mesmo que a ultimamente esforçada Anac tente enquadrar empresas, o regime de duopólio dividido entre TAM e Gol desfavorece o usuário, vítima constante de equipes de atendimento em terra desinformadas e mal treinadas.

Deve ser entendida como resultado da baixa concorrência no setor a constatação de que apenas um terço das reclamações feitas por passageiros nos juizados em aeroportos tenha resultado em acordo entre as partes.

O brigadeiro Adyr está certo quando diz que o grande problema na Infraero é de gestão. Mas não apenas na estatal. É o que demonstra a frequência com que tripulações, no meio da jornada de trabalho, completam o limite de horas voadas.

Da conjugação de incúria governamental, ao impedir, por cacoete ideológico, que a iniciativa privada explorasse terminais, com erros de administração nas companhias aéreas resulta o atual caos. E haverá outros.

Devidamente enquadrados pela Justiça trabalhista, por ser o transporte aéreo atividade essencial, os sindicatos parecem ser o menor dos problemas.

Fonte: O Globo

Aéreas negociam amanhã com funcionários sobre greve

Divergências sobre o reajuste salarial marcam quebra de braço entre sindicalistas

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas deve se reunir nesta quarta-feira (29) para tentar uma negociação com os funcionários, que devem cruzar os braços a partir de 1º de janeiro. Segundo Jorge Honório, porta voz do Sindicato Nacional dos Aeronautas (os comissários de bordo e pilotos) já teria aceitado o aumento de 8% nos salários.

Segundo Selma Balbino, presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), o comando nacional de greve dos aeroviários (pessoal que trabalha em terra) não aceita a proposta e vai reivindicar um reajuste de 13%, mais mudanças nos pisos salariais e licença-maternidade.

Apesar dos funcionários já terem fixado uma data para a paralisação, uma decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), da última quarta-feira (22), determina que pelo menos 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários continuem trabalhando entre 23 de dezembro de 2010 e 2 de janeiro de 2011. Caso haja descumprimento da ordem, a Justiça fixou multa diária de R$ 100 mil.

Entenda o que está em discussão

No início das negociações, aeronautas e os aeroviários reivindicavam 15% de reajuste salarial e melhores condições de trabalho, incluindo a contratação de mais profissionais. As companhias aéreas, entretanto, ofereciam apenas a correção do salário pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de pouco mais de 6% até dezembro.

Para pressionar os patrões, aeroviários e aeronautas realizaram uma operação padrão nos aeroportos do país no dia 1º de dezembro. A iniciativa tinha o objetivo de mudar a rotina dos trabalhadores, incluindo o modo de dirigir veículos dentro das pistas, com velocidade restrita a 20km/h, pausa de 15 minutos para lanche, possibilidade de recusar jornada dupla de trabalho e alteração no horário de trabalho. Segundo os sindicalistas, os patrões não respeitam os trabalhadores.

Em meio a protestos nos principais aeroportos brasileiros e diante das dificuldades de negociação com as empresas aéreas, aeroviários e aeronautas reduziram a proposta de aumento de 15% para 13% no fim de dezembro.

No mesmo dia, as companhias aéreas elevaram a proposta de reajuste para 8% - valor que foi recusado pelos trabalhadores. Em seguida, a categoria programou uma greve para a antevéspera de Natal - 23 de dezembro.

Fonte: R7

Gol e Passaredo oferecem promoção de passagens a partir de R$ 59

A Gol comemor sua parceria com a Passaredo Linhas Aéreas com a promoção de passagens a partir de R$ 59. A ação contempla assentos destinados à Gol nos trechos operados pela empresa regional, além das suas próprias conexões em voos domésticos. Os clientes podem efetuar reserva até o dia 9 de janeiro, para viagens realizadas entre os dias 10 de janeiro e 28 de fevereiro.

Na última semana, as empresas anunciaram um acordo comercial para venda de passagens em todos os seus canais. Com a parceria, a Gol incorporou à sua malha as cidades de Marília, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, Barreiras e Vitória da Conquista, na Bahia, e o município de Ji-Paraná, em Rondônia, além do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

Os bilhetes promocionais estão à venda no site da Gol (www.voegol.com.br). Mais informações e o regulamento da ação podem ser obtidos pelo telefone 0300-115-2121.

Fonte: Mercado & Eventos

Concluídas partes principais de primeiro avião de passageiro a jato de fabricação chinesa

Uma companhia de aviação na Província de Shaanxi, noroeste da China, concluiu na terça-feira a produção das asas, freios aerodinâmicos e outros componentes para serem usados no primeiro grande avião de passageiro da China, o C919.

A Companhia Internacional de Aeronaves de Xi 'an, uma subsidiária da Companhia de Indústria Aeronáutica da China (AVIC, sigla em inglês), assinou um contrato em maio de 2009 para fabricar seis partes principais do C919, um jato de corredor único que pode acomodar até 168 passageiros.

A Companhia de Aeronaves Comerciais da China (COMAC, na sigla em inglês), a construtora da aeronave, foi estabelecida em 2008. É a primeira fabricante nacional de aviões de passageiros da China.

A COMAC anunciou no mês passado que firmou acordos com Air China, China Southern Airlines, China Eastern Airlines, Hainan Airlines, CDB Leasing e GE Capital Aviation Services para produzir 100 jatos.

Os voos de prova do modelo são esperados para 2014. As primeiras entregas serão feitas em 2016, depois que o modelo receber o certificado de aeronavegabilidade da Administração Geral de Aviação Civil.

A COMAC informou que irá fabricar primeiro os modelos de 168 e 156 cadeiras, e mais modelos serão desenvolvidos no futuro.

Fonte: Xinhua via China Radio International - CRI - Foto: Divulgação