terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bimotor furtado em SP é abandonado em pista do Triângulo Mineiro

Segundo polícia, avião pode pousar sem o auxílio de uma base terrestre.

Ainda não há informações sobre quem pilotava a aeronave.

Um avião que teria sido furtado em São Paulo foi encontrado e apreendido, nesta segunda-feira (27), pela Polícia Civil de Iturama, no Triângulo Mineiro. Segundo a polícia, a aeronave foi abandonada e nenhum suspeito foi preso. Ainda não há informações sobre quem teria levado o bimotor para Minas Gerais.

De acordo com a polícia, o investigador Leandro Baggio soube da queixa de furto feita na última quarta-feira (22) em Votuporanga, SP, e decidiu averiguar o aeródromo particular de Iturama. Ao chegar ao local, que é usado por uma usina da região, o policial encontrou a aeronave e notificou o delegado Bruno Salmen, que acompanha o caso.

A suspeita, segundo a polícia, é que o piloto sabia quando o aeródromo ficava sem vigias e pousou em um desses momentos para evitar ser visto. De acordo com a polícia, o avião tem alta tecnologia e não precisa de informações de uma base terrestre para pousar.

O avião foi identificado como sendo do modelo BeechCraft King Air B200GT, Turbo Hélice, de fabricação norte-americana. A aeronave tem capacidade para 10 pessoas.

Segundo a polícia, o avião tem um valor estimado em R$ 6 milhões.

Fonte: G1 - Foto: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação

Pamonhas aquecem avião e fazem piloto voltar para aeroporto em SP

Um voo da Webjet que seguiria para Curitiba (PR) precisou retornar para Ribeirão Preto (SP), a 318 km da capital, nesta segunda-feira (27), depois que uma caixa de isopor com pamonhas quentes gerou um superaquecimento no bagageiro da aeronave.

Segundo a Webjet, o voo partiu as 13h30 e 20 minutos depois um dos sensores do avião apontou superaquecimento. O piloto informou aos passageiros que retornariam a Ribeirão Preto por problemas técnicos. O avião sobrevoou a região por cerca de 30 minutos para gastar o combustível e atingir o nível seguro para pouso.

Quando o avião pousou, os funcionários localizaram uma caixa com isopor repleta de pamonhas quentes. O pacote foi retirado e o avião seguiu normalmente para Curitiba. Mesmo informados sobre o motivo do problema técnico, 18 passageiros não quiseram viajar na aeronave.

Fonte: O Globo

Fazenda é vendida por metade do valor para pagar a 8.000 credores

Depois de meses de espera e nove tentativas de realizar leilões para vender a fazenda Piratininga (foto), que pertenceu ao empresário Wagner Canhedo, ex-controlador da Vasp, o imóvel foi vendido para o grupo ligado à família Limírio Gonçalves, que vendeu a fabricante de genéricos Neo Química ao grupo Hypermarcas.

O grupo tem sede em Goiás, mesmo Estado onde está situada a fazenda Piratininga, avaliada em R$ 615 milhões durante os leilões.

Com a venda do imóvel por quase metade desse valor (R$ 310 milhões), os cerca de 8.000 funcionários que atuaram na companhia devem começar a receber parte dos valores a que têm direito a partir de 2011.

As regras para o pagamento serão definidas pela juíza Elisa Maria Secco Andreoni, responsável pelo processo, que já adiantou que não irá priorizar ex-funcionários de nenhuma região específica nem privilegiar determinados escritórios de advocacia.

Os R$ 60 milhões já depositados como parte do pagamento devem ser rateados igualmente entre os ex-funcionários. O restante será dividido em cinco parcelas anuais de R$ 50 milhões.

O Ministério Púbico Federal continuará investigando o grupo Conagro e seus sócios, acusados de fraudar um dos leilões da fazenda. Dois dias após adquirir o imóvel, a empresa sustou o cheque da compra.

Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo) - Foto via ifronline.blogspot.com

Ex-comissário cobra da Vasp R$ 1,5 milhão

O ex-comissário Paulo Cesar Seeman, 50, cobra na Justiça há quase dez anos o pagamento de salários atrasados e benefícios da Vasp.

Ele faz parte de um grupo seleto de credores com dívidas de alto valor e espera receber R$ 1,5 milhão.

Seeman foi demitido em 2000 e voltou para a companhia em 2008 por meio de uma ação de reintegração. Como a Vasp deixou de voar em 2005, ele passou a trabalhar na área administrativa.

A saída da empresa foi traumática: ele atuava como chefe de equipe da primeira classe em voos internacionais e trabalhava no setor havia duas décadas. Aos 40 anos, não conseguiu arrumar emprego em outra companhia aérea.

"Morava em um condomínio fechado em São Paulo. Tive de vender a casa, colocar minha filha para estudar em escola pública. De todos os meus amigos que foram demitidos, sou o único que conseguiu permanecer casado, uma coisa como essa abala a vida da gente."

Seeman voltou a estudar e hoje atua na área de recursos humanos. Mesmo assim, afirma que recebe hoje metade do que ganhava como comissário.

Ele diz ter esperança de finalmente receber parte do que a companhia deve após a venda da fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo, ex-proprietário da Vasp.

O cenário é menos otimista para o comissário aposentado da Varig José Paulo de Resende, 62.

Beneficiário do Aerus, fundo de pensão da companhia aérea que está sob intervenção desde 2006, Resende viu sua renda encolher e não tem plano de saúde há dois anos.

"Lembro-me do meu último voo. Fui homenageado em um voo NY-Rio. Minha aposentadoria começou com benefício de R$ 3.475 e hoje recebo R$ 592", disse.

"Não esperava envelhecer sem dignidade. O governo não fez nada, está esperando que a gente morra, e desde 2006 muitos já morreram."

Os aposentados dependem do julgamento de uma ação de defasagem tarifária da Varig contra a União no STF (Supremo Tribunal Federal).

Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo)

Aéreas falidas têm dívidas de R$ 25 bi

Há 18,5 mil ações trabalhistas de ex-funcionários de Varig, Vasp e Transbrasil e passivos com ex-fornecedores

Em 2000, as três tinham 24 mil empregados; 58 aviões estão sem uso, mas falência morosa impede retirada


Aviões da Vasp no aeroporto de Congonhas

As falências de Varig, Vasp e Transbrasil, as principais companhias aéreas da década de 1990, deixaram para trás um rastro de dívidas que supera R$ 25,4 bilhões, segundo levantamento feito pelo advogado do setor aéreo Carlos Duque-Estrada, a pedido da Folha.

O cálculo foi feito a partir de informações atualizadas da Justiça e da 1ª Vara de Falência de São Paulo.

Esse montante é devido a milhares de credores, que vão desde fornecedores de água dos escritórios dessas empresas até fornecedores de combustível e peças.

Varig e Vasp saíram do mercado no governo Lula, que chegou a incluir as companhias aéreas na nova lei de recuperação judicial. O mecanismo deu sobrevida às empresas, mas até agora se mostrou insuficiente para mantê-las em operação.

Até hoje, a crise da Varig é citada por especialistas como um dos pontos de partida das diversas crises do setor nos últimos cinco anos.

O montante de R$ 25,4 bilhões inclui ainda dívidas com União, INSS e Receita Federal, além de fornecedores e funcionários.

"Quase R$ 3 bilhões são dívidas trabalhistas. Os processos se arrastam por conta de estratégias de advogados que usam e abusam de recursos para não deixar que as ações se encerrem", diz o advogado Duque-Estrada.

Protecionismo

Em 2000, as três empresas contavam com 23.993 funcionários, entre pilotos, comissários, auxiliares de voo, pessoal de manutenção e revisão, tráfego e vendas.

Os dados são do Anuário Estatístico da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e não incluem os 2.745 funcionários de empresas do antigo grupo Varig - como Rio Sul e Nordeste.

Para ter ideia do porte dessas companhias, esse é o mesmo volume de funcionários que TAM e Azul tinham, somadas, em 2009.

"Essas empresas viveram um outro momento político, em que os militares garantiam um retorno mínimo para as companhias. Quando acabou o protecionismo do Estado, elas não conseguiram se adaptar", afirma Graziela Baggio, do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Na Justiça do Trabalho, são ao menos 18.500 processos trabalhistas ativos envolvendo ex-funcionários das três companhias. Somente em São Paulo são 6.581 ações, segundo levantamento atualizado até 17 de dezembro do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

Um dos sinais da morosidade do processo de falência de uma companhia aérea é a presença de 58 aviões inoperantes em 25 aeroportos administrados pela Infraero.

Esses aviões são listados como ativos das empresas e estão envolvidos em disputas judiciais, o que dificulta a retirada. Quando a Justiça der autorização para a remoção, será preciso definir, ainda nos processos de falência, quem deverá retirá-los.

Até o dia 7 passado, as dívidas de Vasp, Varig e Transbrasil com a administradora de aeroportos somavam R$ 47 milhões em tarifas de pouso e permanência, além do adicional recolhido sobre as tarifas.


Fonte: Claudia Rolli e Janaina Lage (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress

Acordo sobre crédito pode favorecer Embraer

Brasil, Canadá, Estados Unidos e União Europeia, que abrigam os maiores fabricantes de aviões do mundo, fecharam na semana passada um acordo para o financiamento público para a exportação de aeronaves. A partir de fevereiro, uma nova forma de cálculo vai reduzir o espaço para que governos ofereçam vantagens no crédito oficial. A medida vai elevar o juro dessas operações para nível próximo do cobrado no mercado.

Na Embraer, a notícia foi recebida com ressalva, pois encarece o financiamento usado por 55% dos clientes de 2010. Mas nem tudo é ruim para a companhia de São José dos Campos: a empresa passa a ter condições idênticas às gigantes Airbus e Boeing, o que, em última instância, pode facilitar eventual plano de lançamento de aviões maiores, como já fez a canadense Bombardier.

Em debate há mais de dois anos, o entendimento foi fechado em Paris com o apoio dos principais países que fabricam aviões comerciais. O acordo, que deve ser oficializado até 20 de janeiro, acaba com regra de 2007 que previa condições diferentes de crédito para aeronaves de grande porte - como as fabricados pela Airbus e Boeing - e regionais - da Bombardier e Embraer. Agora, o crédito para qualquer avião passa a ser feito da mesma forma, com condições mais rígidas para o cálculo do juro e garantias. Ou seja, menos espaço para subsídios.

?O fato de termos regras iguais para todos é muito positivo. A ausência de uma regra desse tipo criava situação em que concorrentes poderiam oferecer condições cada vez mais favoráveis, em uma corrida não saudável. O acordo nos protege?, diz Marcelo Della Nina, chefe da delegação do Ministério de Relações Exteriores que negociou o acordo. ?De uma forma geral, o acordo não é bom para a indústria, porque o crédito, que é importantíssimo para a compra de um avião, ficará mais caro?, diz o vice-presidente executivo de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva. No mercado aeronáutico, porém, analistas afirmam que o crédito público era um dos entraves para que a Embraer pudesse pensar mais seriamente em lançar nova família de jatos maiores, para concorrer com a Airbus e a Boeing.

Fonte: Fernando Nakagawa (Agência Estado)

Problemas na Webjet atingem 77,5% dos voos

Atrasos e cancelamentos de voos da Webjet voltaram a causar tumulto ontem nos aeroportos do País. Às 19h, dos 120 voos programados pela empresa, 73 haviam atrasado mais de meia hora e 20, sido cancelados. No total, 77,5% das operações tiveram problemas. No domingo, a empresa que detém 5% do mercado doméstico já havia registrado 60% de atrasos nos voos e 15% de cancelamentos.

Em nota, a Webjet informou que problemas meteorológicos no Sul e Sudeste do País causaram os atrasos e cancelamentos. Segundo a companhia, o mau tempo teria fechado temporariamente os aeroportos de Ribeirão Preto, Foz do Iguaçu e Confins, forçando um remanejamento da malha aérea. Desses, porém, só Ribeirão ficou fechado cerca de 3h na manhã de ontem.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que Foz do Iguaçu e Confins permaneceram em operação durante todo o fim de semana e ontem. Confins operou por instrumentos no sábado e abaixo da capacidade mínima ontem, das 12h28 às 13h. Já Foz do Iguaçu operou por instrumentos em alguns momentos de sábado e domingo.

Nos balcões de check-in da Webjet, os atendentes tinham outra justificativa para os atrasos. "Falaram que era aquele velho problema de falta de tripulação", conta a funcionária pública Lúcia Mendes, de 53 anos, que tentava voltar ontem de Belo Horizonte para Brasília quando teve o voo cancelado. Na sexta-feira, indo passar o Natal com a família na capital mineira, Lúcia já havia enfrentado um atraso de 4 horas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirma que está acompanhando de perto a situação da Webjet e na alta temporada manterá um fiscal no centro de operações da empresa. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o que o que pode estar acontecendo com a Webjet é um efeito cascata: com os atrasos, a tripulação não consegue chegar a tempo do próximo voo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

Air France é condenada a pagar R$ 1,2 milhão para família de vítimas do voo 447

A companhia aérea Air France foi condenada a pagar R$ 1,2 milhão de indenização por dano moral à família de quatro vítimas do acidente com o voo 447, que ia do Rio para Paris e caiu no oceano Atlântico, causando a morte de 228 pessoas em 2009.

A decisão do juiz Alberto Republicano de Macedo, da 1ª Vara Cível do Fórum de Niterói (RJ), foi divulgada nesta segunda-feira.

A ação foi proposta pelos pais e avós de Luciana Clarkson Seba, 31, que viajava com seu marido Paulo Valle, 33, e seus sogros Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle.

Segundo a decisão, os pais de Luciana receberão R$ 510 mil cada um e as avós da vítima receberão R$ 102 mil cada uma. A Air France também terá que pagar pensão à mãe de Luciana no valor de R$ 5.000 referente ao período desde a data do acidente até a data em que a vítima completaria 70 anos.

Para o juiz Macedo, o sofrimento causado pela perda de um parente é suficiente para justificar a compensação por dano moral.

"Torna-se evidente a existência do nexo de causalidade entre o acidente ocorrido no curso do contrato de transporte e o dano advindo do mesmo, com a perda inesperada e trágica do ente familiar, tendo sido violada a cláusula de incolumidade inerente aos contratos de transporte de pessoas", afirmou na sentença.

O magistrado ainda ressaltou a responsabilidade da empresa companhia aérea no acidente.

"O evento em si poderia até ser considerado evento imprevisível, mas o acidente nunca poderia ser considerado inevitável. Note-se que a atividade fim da ré é, justamente, promover o transporte aéreo de seus passageiros e, para isso, deve possuir aeronaves que trafeguem em condições normais, mas também que seja capaz de suportar eventuais intempéries."

Fonte: Folha.com

Caos aéreo ainda afeta cidades na Europa

Apagão fechou o principal aeroporto de Moscou


Na Europa, o caos aéreo ainda afeta algumas cidades. O principal aeroporto de Moscou foi fechado e milhares de passageiros foram impedidos de viajar. O governo britânico quer aplicar punições severas aos aeroportos do país. Na Índia, forte nevoeiro afetou tráfego aéreo e provocou acidentes nas estradas

Fonte: Globo News

Sobrecarga de trabalho das tripulações pode gerar novo caos aéreo

Cerca de 40% dos funcionários da categoria alcançaram o limite permitido de horas de voo por mês.

A ameaça de greve passou, mas a situação dos aeroportos ainda é muito complicada. A sobrecarga de trabalho das tripulações pode gerar novo caos aéreo. O Sindicato de Aeronautas fez um alerta dizendo que 40% dos funcionários não vão poder trabalhar essa semana porque alcançaram o limite permitido de horas de voo por mês.

Fonte: Globo News

Radiografia do caos aéreo (Editorial)

O setor aéreo brasileiro chegou a um ponto em que o caos é previsto em função do calendário, sem que possa ser evitado.

Em crise latente, devido a uma série de fatores — em que se destacam aeroportos sem instalações e infraestrutura à altura da demanda de passageiros e companhias —, a atividade se transformou numa desgastante loteria para milhões de passageiros: é muito difícil tirar a sorte grande de sair e chegar no horário, principalmente nos períodos de aumento do tráfego, como agora, nas festas de fim de ano.

Tornou-se norma o “mau tempo” frequentar notas oficiais e supostas explicações dadas pelas empresas toda vez que os saguões ficam lotados. Mas, como a meteorologia não pode justificar a frequência com que voos previstos e devidamente comprados pelos usuários não decolam, é curioso observar nos aeroportos que o “mau tempo” alegado por uma companhia para explicar seus atrasos não impede que aviões da concorrente continuem chegando e saindo.

As razões da crise vão muito além de eventuais chuvas e trovoadas. E as mais importantes delas estão à vista de todos, nestes dias em que, mais uma vez, aviões transitam sem qualquer compromisso com o relógio

Ontem, as previsões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de atrasos de no máximo 18% dos voos estavam superadas às 13h, quando quase 19% das partidas não haviam ocorrido como programadas. Apenas no Galeão, 24,6% das decolagens para trajetos domésticos estavam, àquela altura, com estouros de mais de meia hora.

Em entrevista ao GLOBO, o brigadeiro Adyr da Silva, ex-presidente da estatal Infraero (1995-98), deu números básicos da crise: os aeroportos comportam o movimento de 115 milhões de passageiros/ano, mas tem passado pelos portões de embarque e desembarque algo na faixa dos 150 milhões de pessoas.

Se a estatal não tivesse ficado prisioneira de nomeações fisiológicas do governo Lula, o país poderia ter escapado da necessidade de correr contra o tempo para não passar vergonha de 2013 — quando haverá a Copa das Confederações, antessala da Copa do Mundo do ano seguinte — a 2016, nas Olimpíadas do Rio.

Mas a questão não se resume a obras. Mesmo que a ultimamente esforçada Anac tente enquadrar empresas, o regime de duopólio dividido entre TAM e Gol desfavorece o usuário, vítima constante de equipes de atendimento em terra desinformadas e mal treinadas.

Deve ser entendida como resultado da baixa concorrência no setor a constatação de que apenas um terço das reclamações feitas por passageiros nos juizados em aeroportos tenha resultado em acordo entre as partes.

O brigadeiro Adyr está certo quando diz que o grande problema na Infraero é de gestão. Mas não apenas na estatal. É o que demonstra a frequência com que tripulações, no meio da jornada de trabalho, completam o limite de horas voadas.

Da conjugação de incúria governamental, ao impedir, por cacoete ideológico, que a iniciativa privada explorasse terminais, com erros de administração nas companhias aéreas resulta o atual caos. E haverá outros.

Devidamente enquadrados pela Justiça trabalhista, por ser o transporte aéreo atividade essencial, os sindicatos parecem ser o menor dos problemas.

Fonte: O Globo

Aéreas negociam amanhã com funcionários sobre greve

Divergências sobre o reajuste salarial marcam quebra de braço entre sindicalistas

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas deve se reunir nesta quarta-feira (29) para tentar uma negociação com os funcionários, que devem cruzar os braços a partir de 1º de janeiro. Segundo Jorge Honório, porta voz do Sindicato Nacional dos Aeronautas (os comissários de bordo e pilotos) já teria aceitado o aumento de 8% nos salários.

Segundo Selma Balbino, presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), o comando nacional de greve dos aeroviários (pessoal que trabalha em terra) não aceita a proposta e vai reivindicar um reajuste de 13%, mais mudanças nos pisos salariais e licença-maternidade.

Apesar dos funcionários já terem fixado uma data para a paralisação, uma decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), da última quarta-feira (22), determina que pelo menos 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários continuem trabalhando entre 23 de dezembro de 2010 e 2 de janeiro de 2011. Caso haja descumprimento da ordem, a Justiça fixou multa diária de R$ 100 mil.

Entenda o que está em discussão

No início das negociações, aeronautas e os aeroviários reivindicavam 15% de reajuste salarial e melhores condições de trabalho, incluindo a contratação de mais profissionais. As companhias aéreas, entretanto, ofereciam apenas a correção do salário pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de pouco mais de 6% até dezembro.

Para pressionar os patrões, aeroviários e aeronautas realizaram uma operação padrão nos aeroportos do país no dia 1º de dezembro. A iniciativa tinha o objetivo de mudar a rotina dos trabalhadores, incluindo o modo de dirigir veículos dentro das pistas, com velocidade restrita a 20km/h, pausa de 15 minutos para lanche, possibilidade de recusar jornada dupla de trabalho e alteração no horário de trabalho. Segundo os sindicalistas, os patrões não respeitam os trabalhadores.

Em meio a protestos nos principais aeroportos brasileiros e diante das dificuldades de negociação com as empresas aéreas, aeroviários e aeronautas reduziram a proposta de aumento de 15% para 13% no fim de dezembro.

No mesmo dia, as companhias aéreas elevaram a proposta de reajuste para 8% - valor que foi recusado pelos trabalhadores. Em seguida, a categoria programou uma greve para a antevéspera de Natal - 23 de dezembro.

Fonte: R7

Gol e Passaredo oferecem promoção de passagens a partir de R$ 59

A Gol comemor sua parceria com a Passaredo Linhas Aéreas com a promoção de passagens a partir de R$ 59. A ação contempla assentos destinados à Gol nos trechos operados pela empresa regional, além das suas próprias conexões em voos domésticos. Os clientes podem efetuar reserva até o dia 9 de janeiro, para viagens realizadas entre os dias 10 de janeiro e 28 de fevereiro.

Na última semana, as empresas anunciaram um acordo comercial para venda de passagens em todos os seus canais. Com a parceria, a Gol incorporou à sua malha as cidades de Marília, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, Barreiras e Vitória da Conquista, na Bahia, e o município de Ji-Paraná, em Rondônia, além do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

Os bilhetes promocionais estão à venda no site da Gol (www.voegol.com.br). Mais informações e o regulamento da ação podem ser obtidos pelo telefone 0300-115-2121.

Fonte: Mercado & Eventos

Concluídas partes principais de primeiro avião de passageiro a jato de fabricação chinesa

Uma companhia de aviação na Província de Shaanxi, noroeste da China, concluiu na terça-feira a produção das asas, freios aerodinâmicos e outros componentes para serem usados no primeiro grande avião de passageiro da China, o C919.

A Companhia Internacional de Aeronaves de Xi 'an, uma subsidiária da Companhia de Indústria Aeronáutica da China (AVIC, sigla em inglês), assinou um contrato em maio de 2009 para fabricar seis partes principais do C919, um jato de corredor único que pode acomodar até 168 passageiros.

A Companhia de Aeronaves Comerciais da China (COMAC, na sigla em inglês), a construtora da aeronave, foi estabelecida em 2008. É a primeira fabricante nacional de aviões de passageiros da China.

A COMAC anunciou no mês passado que firmou acordos com Air China, China Southern Airlines, China Eastern Airlines, Hainan Airlines, CDB Leasing e GE Capital Aviation Services para produzir 100 jatos.

Os voos de prova do modelo são esperados para 2014. As primeiras entregas serão feitas em 2016, depois que o modelo receber o certificado de aeronavegabilidade da Administração Geral de Aviação Civil.

A COMAC informou que irá fabricar primeiro os modelos de 168 e 156 cadeiras, e mais modelos serão desenvolvidos no futuro.

Fonte: Xinhua via China Radio International - CRI - Foto: Divulgação

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Anac reforça que programação para dezembro é adequada

Tabela com dados sobre as tripulações está publicada no site da agência

A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reforçou, nesta segunda-feira, que a situação informada pelas empresas aéreas para dezembro indica que há tripulação suficiente para atender a programação de voos. A informação foi prestada diante da manifestação dos aeroviários, que prevêem aumento nos atrasos por causa das horas extras realizadas pelas tripulações.

Em sua página na Internet, a Anac disponibilizou uma tabela com a programação de horas de voo e da disponibilidade das tripulações para este mês, nas seis maiores companhias aéreas brasileiras: TAM, Gol, Azul, Webjet, Avianca e Trip.

Os dados foram informados pelas companhias aéreas ao órgão regulador e indicam que as empresas mantêm equipes suficientes para realizar os voos programados respeitando a carga horária prevista pela Lei do Aeronauta. Segundo a lei, os tripulantes de aeronaves devem cumprir no máximo 85 horas de voo mensais.

A tabela foi elaborada considerando a carga horária disponível dos tripulantes por tipo de aeronave e inclui, além dos voos regulares, também os voos charter (atrelados a pacotes turísticos) e de fretamento. Na tabela, para considerar a programação adequada, o número de voos tem que ser menor do que o número de tripulantes informados pelas empresas.

Fonte: Zero Hora

Briga com aéreas atinge as maiores OTAs mundiais

American é a última do display e sem as tarifas. Para consultar as tarifas da AA é preciso dar mais um clique

Que toda companhia aérea quer vender seu produto diretamente ao consumidor, isso não é novidade. Que nem todo consumidor quer comprar diretamente no site das empresas idem, até porque hoje em dia é preciso comparar preços, horários, equipamento.

A eterna briga entre empresas aéreas e intermediários chegou às mega on-line travel agencies (OTAs). A American Airlines, em uma briga pesada com o Orbitz, retirou suas tarifas do site de venda de passagens.

A Expedia, já prevendo o que vem por aí, na semana passada retirou as tarifas da American da linha de frente de sua busca - consumidores agora precisam de um clique a mais para achar as tarifas da AA.

Quem vencerá essa disputa? As aéreas? As OTAs? Ou o consumidor?

Leia a reportagem completa no site Travel Weekly.

Fonte: Portal Panrotas

Trip Linhas Aéreas incrementa frota com mais uma aeronave

A Trip Linhas Aéreas adquiriu sua 43ª aeronave da frota, um ATR 42. O transporte, proviente da cidade francesa de Trémuson, seguiu para o Aeroporto de Confins (MG), onde será utilizado.

Com a aquisição, a companhia aérea passa a contar com 18 aviões do mesmo modelo, com capacidade para 47 lugares e que operam voos entre cidades de baixa densidade populacional.

Além desses ATR 42, a TRIP conta com outras 17 aeronaves ATR 72 – o que a faz a segunda maior frota de ATR do mundo – e oito Jatos Embraer 175.

Fonte: pernambuco.com

França detém avião do líder marfinense Gbagbo

Um avião pertencente ao líder da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi impedido de sair do aeroporto franco-suíço Basel/Mulhouse, afirmou o Ministério das Relações Exteriores francês neste domingo, como parte das medidas para pressioná-lo a renunciar.

"Autoridades legítimas da Costa do Marfim nos pediram que impedíssemos o avião de voar e é exatamente o que fizemos", disse o porta-voz do ministério, Bernard Valero, à Reuters.

Potências mundiais e países africanos elevaram as pressões políticas e financeiras sobre Gbagbo, atual presidente do país, para que ele renuncie ao cargo após uma eleição no dia 28 de novembro em que, segundo resultados da comissão eleitoral, ele teria perdido para o líder da oposição Alassane Outtara.

Líderes do oeste africano ameaçaram na sexta-feira usar força para remover Gbagbo do cargo após cenas de violência que ameaçaram levar de volta a Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, a um estado de guerra civil.

Fonte: Jean-Baptiste Vey (Reuters) via O Globo - Foto: Reuters

Acidente com avião da TAM foi pior que mensalão, diz Lula

Para presidente, governo foi culpado injustamente pela tragédia e imprensa não teria se retratado após o caso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o acidente com o avião da TAM no aeroporto do Congonhas, em julho de 2007, foi seu pior momento na Presidência da República. De acordo com ele, houve uma tentativa de lhe imputar pessoalmente a tragédia.

“A mágoa mais profunda que tenho foi o acidente da TAM. Fomos condenados à prisão perpétua em 24 horas e depois ninguém me pediu desculpas. Aquele foi o momento mais difícil de peso nas minhas costas”, disse.

Questionado se o episódio teria sido pior que o escândalo do mensalão, em 2005, Lula respondeu que sim. “Pessoalmente a TAM foi muito pior (que o mensalão)”, comentou.

Fonte: Severino Motta (iG)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Portugal: Forças Armadas complicam negócio da TAP no Brasil

Contrato da VEM com o Governo brasileiro, a grande expectativa para 2010, ainda não aconteceu e os sindicatos ameaçam com greves

Deficitária desde o ano em que a TAP a comprou, a VEM, unidade de manutenção que o grupo português adquiriu no Brasil, no final de 2005, vai aumentar os prejuízos este ano. As atenções estavam voltadas para um contrato com as Forças Armadas brasileiras, que já não vai acontecer em 2010. Uma ausência à qual se somam problemas com os trabalhadores, que pedem aumentos de 13 por cento e ameaçam com greves uma operação que continua à procura, há três anos, de um parceiro.

No ano passado, a TAP colocou-se em posição para prestar serviços ao Governo brasileiro, depois de ter chegado a acordo quanto ao pagamento de uma dívida de 400 milhões de reais (180 milhões de euros, ao câmbio actual). Um montante relativo a impostos, que foi herdado dos tempos em que a VEM fazia parte do grupo Varig, companhia de aviação do Brasil, que acabou por fechar as portas.

Graças à aprovação de uma lei no país, em meados de 2009, o grupo português, detido a 100 por cento pelo Estado, conseguiu reduzir a dívida e dilatar o prazo de pagamento. Mas o principal ganho do novo refis, nome da legislação que fixou as novas regras para regularização da situação fiscal das empresas no Brasil, foi o facto de poder finalmente concorrer em concursos públicos e, com isso, candidatar-se à prestação de serviços às Forças Armadas, incluindo a Força Aérea, mas também a Marinha brasileira.

Em Abril deste ano, um dos administradores da TAP, Jorge Sobral (que era, até Novembro, o responsável pelo negócio da manutenção no Brasil), disse ao Diário Económico que acreditava que 2010 seria o ano de reviravolta nas contas da VEM, que apresenta, desde a compra, prejuízos consecutivos. O gestor frisou que o contrato com as Forças Armadas teria um papel importante nessa recuperação, já que "poderia representar 25 por cento das receitas". E acrescentou que havia "uma probabilidade acima dos 90 por cento" de o grupo ganhar os concursos públicos.

No entanto, ao longo deste ano, o grupo só conseguiu fazer "alguns pequenos trabalhos" para o Governo brasileiro, disse o actual responsável, Luís Rodrigues, ao PÚBLICO. "Continuamos a concorrer, mas, até agora, ainda não foi possível celebrar nenhum grande contrato", acrescentou, reforçando que "poderá haver novidades durante o próximo ano".

Luís Rodrigues é o novo líder da VEM, agora designada por Manutenção e Engenharia Brasil, desde Novembro. Uma nomeação que vem no seguimento de um processo de reestruturação mais complexo, que culminou na mudança de nome da empresa e na criação de uma equipa de gestão conjunta das unidades de manutenção brasileira e portuguesa.

"A empresa continua a aprofundar o seu processo de reorganização, sendo parte integrante o objectivo de desenvolver uma estrutura de custos mais equilibrada", explicou fonte oficial do grupo português, acrescentando que "ainda é cedo para adiantar medidas concretas". Os trabalhadores temem que "haja mais decisões drásticas", disse a direcção do Sindicato Nacional dos Aeroviários, uma unidade sindical brasileira, ao PÚBLICO.

Mantêm, no entanto, a expectativa em relação ao contrato com as Forças Armadas. "Acreditamos que possa ser a solução", considerou, numa altura em que a VEM já conseguiu assegurar dois novos clientes: a reparação de motores da Pratt & Witney, com a duração de cinco anos, e a manutenção da frota de uma companhia de aviação brasileira em ascensão, a Webjet.

O problema é que, além de o grande contrato com as Forças Armadas ainda não existir, a TAP arrisca-se a aumentar e não reduzir a estrutura de custos, já que está neste momento em cima da mesa a actualização salarial no sector da aviação brasileiro. No país, as negociações estão a ser conduzidas pela federação dos sindicatos da indústria e a associação representativa das empresas, sendo que as propostas variam entre 13 e seis por cento, respectivamente.

"Decorre uma negociação, mas ainda não há resultados finais, sendo extemporâneo falar em valores de aumento", explicou fonte oficial do grupo, que está a ser ameaçado com greves pelos sindicatos, no contexto da falta de acordo na actualização salarial. Estava, aliás, prevista uma paralisação para a altura do Natal e do Ano Novo, que só foi impedida porque o Governo brasileiro aprovou um despacho que proíbe greves entre o final de Dezembro e o inicio de Janeiro, impondo uma multa de 100 mil reais (cerca de 45 mil euros) em caso de incumprimento.

O adensar do conflito com os representantes dos trabalhadores pode ter um impacto negativo para a unidade de manutenção no Brasil. No mínimo, pela obrigatoriedade de aumentar salários. E, no máximo, por uma paralisação efectiva da antiga VEM. Um cenário que contribuirá para as previsões pouco optimistas para as contas da empresa este ano, já que o próprio presidente da TAP, Fernando Pinto, assumiu ao PÚBLICO que espera um aumento dos prejuízos em 2010.

Prejuízos de 3,2 milhões de euros no ano passado

Quando a TAP comprou a unidade de manutenção da Varig, já a situação financeira da empresa era deficitária. Aliás, o grupo fez a aquisição por cerca de 15 milhões de euros, mas teve de assumir um passivo de cerca de 100 milhões. Entre 2007 e 2009, os prejuízos acumulados fixaram-se em 61,2 milhões de euros - 3,2 milhões dos quais no último ano. Para 2010, espera-se que aumentem, apesar de o próximo ano arrancar com dois novos contratos importantes para a antiga VEM.

Fonte oficial do grupo avançou ao PÚBLICO que foram firmados recentemente dois acordos de longo prazo. Um com a empresa de motores de avião Pratt & Witney, à qual vão ser fornecidos serviços de reparação por um período de cinco anos. E o segundo com a companhia de aviação brasileira - a Webjet. Este último contrato tem a duração de três anos e abarca toda a frota da empresa - 23 aviões Boeing para 148 passageiros.

Estes dois acordos só terão efeitos nas contas da empresa a partir de 2011. Este ano, a expectativa continua a ser de prejuízos, superiores aos registados em 2009. O presidente da TAP disse recentemente ao PÚBLICO que espera que "as perdas aumentem este ano", mas não concretizou valores. Serão, em princípio, menores do que as sofridas em 2007 e 2008, anos em que alcançaram os 29 milhões de euros, penalizando os resultados globais do grupo.

Ainda assim, e apesar da polémica que se gerou em redor da compra da unidade de manutenção no Brasil, que fazia parte de um plano maior, que incluía a aquisição da própria Varig, a TAP continua a considerar que se trata de um activo estratégico.

"Reafirma-se que a Manutenção e Engenharia Brasil foi um investimento estratégico de grande importância, pois as potencialidades da empresa são enormes, tanto no próprio mercado, que é um dos países com maiores taxas de crescimento do tráfego, como em toda a América do Sul e mesmo na América do Norte", afirmou fonte oficial do grupo. A TAP continua, porém, à procura de um parceiro, pelo menos, desde 2007. Um objectivo que está ainda por concretizar e que se tornou mais premente com a saída da Geo Capital, detida por Stanley Ho, do capital da antiga VEM, em Abril desse ano.

Fonte: Raquel Almeida Correia (Público.pt)