domingo, 28 de novembro de 2010

Em nova revista íntima nos aeroportos dos EUA, passageira diz que "dá para ver tudinho"

Os brasileiros também começaram a ter experiências embaraçosas com o reforço nas revistas dos aeroportos americanos em vigor desde novembro, em uma questão de segurança pública que beirou a perda de privacidade.

A agência americana de Administração de Segurança dos Transportes (AST), após sucessivas ameaças terroristas, decidiu neste mês implantar nos aeroportos do país um scanner que visualiza as pessoas sem roupas.

Quem não quiser se sujeitar ao procedimento, pode fazer uma vistoria manual por um agente com luvas que busca volumes estranhos em qualquer parte do corpo.

A advogada, Ravina Gusmão, 37, não sabe por quê, foi chamada para as duas opções, enquanto estava em Orlando, em uma viagem de sete dias. "Pedem para levantar a mão para cima como se fosse "mãos ao alto". Foi desagradável", disse ela, apalpada em torno do busto em um verificação que durou ao todo dois minutos.

"Já irrita na hora de tirar o tênis, fica quase pelada. Agora mais isso, a televisão americana diz até que [o scanner] dá câncer ", reclama a advogada, ao chegar no Brasil em Guarulhos, São Paulo.

A maioria dos viajantes brasileiros continua passando apenas pelo raio-x e não precisou utilizar as medidas mais invasivas, aplicadas por amostragem ou sob alguma suspeita.

Porém, passageiros desinformados ou com dificuldade de falar inglês acabam não respondendo aos comandos do serviço de segurança e são selecionados.

A aposentada Ivone Sartor, 55, esteve 20 dias em três cidades americanas e ao desembarcar no país, em Houston, Texas, foi solicitada a entrar na cabine do scanner por "desobediência". Ela avançou antes da hora na fila do raio-x e recebeu o tratamento diferenciado.

"Aí apalpou tudo, no bolso, la embaixo, na sola do pé, na cabeça. Tinha tanta gente olhando". Os seguranças também aplicaram uma substância nas palmas das mãos e pontas dos dedos de Ivone, no local onde estavam sua filha, genro e neto. "Acho que checavam se eu tinha drogas", disse a aposentada.

Mesmo os não convocados a fazer a revista íntima podem se sentir desconcertados. As filas de alguns aeroportos estão posicionadas de tal forma que alguns passageiros podem ver corpos nus em uma tela do tamanho de uma TV.

"Na hora que eu estava andando vi um senhor lá, na caixinha. Apareceu tudinho", disse a enfermeira, Vanessa Carvalho, 27, que esteva em Houston com a aposentada Ivone, a passeio.

Fonte: Luciano Bottini Filho (Folha.com) - Foto: Reprodução

Roupa íntima com recados para scanners de aeroportos

O uso dos scanners corporais são cada vez mais frequentes nos aeroportos dos EUA, mas agora há roupa interior que lembra os direitos protegidos pela Constituição.

Nas últimas semanas tem-se assistido a um controle cada vez mais apertado aos passageiros nos aeroportos dos Estados Unidos.

As mais recentes políticas da TSA (Agência de Segurança de Transportes) são os principais alvos de quem viaja e se vê obrigado a passar por um scanner corporal, que despe virtualmente e por completo a pessoa (que pode ser qualquer um, mesmo que não apresente motivos de suspeita). E quem rejeitar passar pelo scanner é revistado dos pés à cabeça se quiser entrar no avião.

Os críticos põem em causa a legalidade deste tipo de controle, apoiando-se na 4ª emenda da Constituição do país, que protege os cidadãos norte-americanos de buscas e revistas não autorizadas por um mandado ou por suspeita de ato ilegal.

É essa 4ª emenda da Constituição norte-americana que agora é impressa em camisetas, meias e roupa íntima masculina e feminina e pode ser comprada por todos.

As peças de roupa têm escrito o texto da 4ª emenda em tinta metalizada, para ser vista através dos scanners, e também há um modelo para crianças, talvez baseado no menino com cerca de 10 anos que foi literalmente apalpado e revistado, que em vez do texto deixa um alerta: "Leiam a quarta emenda, seus tarados".

Fontes: Jorge Fonte (www.expresso.pt) / usefashion.com - Fotos: Reprodução

Segurança nos aeroportos dos EUA aguça criatividade

A controvérsia em torno das inspeções de segurança nos aeroportos dos Estados Unidos estimulou a criatividade das empresas para vender camisetas, fazer publicidade e até comercializar artefatos que "ocultam" as partes "íntimas" do scanner.

Fonte: UOL Mais

Mulher usa biquíni para driblar revista em aeroporto de Los Angeles

O reforço da segurança nos aeroportos dos EUA desagradou alguns passageiros, que além da revista normal, agora também podem ser selecionados para passar pelo scanner corporal.

Na quarta-feira (24), véspera do feriado de Ação de Graças nos EUA, para evitar os alarmes indesejados e o constrangimento de ser barrada na revista, uma passageira tirou o casaco e ficou só de biquíni para passar pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Los Angeles.




A mulher, chamada Corinne, disse em entrevista ao "Indiana's News Center" que decidiu ir só de biquíni porque não queria passar pelo scanner, pois temia os efeitos da radiação.

No aeroporto de La Guardia, uma situação parecida aconteceu quando um homem chegou a ficar só de cuecas para poder passar pela revista.

Além da dúvida sobre os efeitos da radiação, outra reclamação dos passageiros sobre o scanner é a exposição. Em alguns aeroportos, as filas estão posicionadas de tal forma que mesmo os passageiros não selecionados para a revista no scanner podem ver corpos nus dos outros em uma tela.

Um protesto organizado na internet contra as medidas invasivas de segurança estava marcado para ontem, mas, em entrevista à Fox News, uma fonte do governo americano afirmou que poucos aderiram à manifestação e o tempo de espera nas filas nos aeroportos, apesar da nova revista, foi de menos de 10 minutos.

Fonte: UOL Notícias (com agências) -Fotos: indianasnewscenter.com

Homem que mais viajou pelo mundo já rodou 15 milhões de milhas

O britânico Fred Finn, de 70 anos, que tem o recorde oficial de maior viajante do mundo, já conheceu 70% dos países de todo planeta

Wealthy Fred Finn, nos tempos em que ainda viajava com frequência em Concordes: sempre no assento 9A

Um britânico de 70 anos detém o recorde oficial por ser a pessoa que mais viajou em todo mundo. Aos 70 anos, Fred Finn acumula 15 milhões de milhas no ar, o equivalente a 31 idas e voltas para a Lua.

Finn viaja desde os 18 anos, quando foi de Hampshire para Nova York. Depois de 52 anos viajando com frequência, o executivo ainda acumula outro recorde, o de maior viajante a bordo do concorde, aeronave que fazia as viagens mais rápidas do mundo. Foram 718 viagens. E detalhe: sempre no mesmo assento, o 9A.

Ao site Small World, o executivo disse que o concorde era o seu aviação predileto. "Eu pegava o Concorde em Nova York pela manhã, chegava em Londres a tarde e seguia para o Quênia. No café da manhã do dia seguinte já estava em minha mesa", diz.

Aposentado, Finn agora vive na Ucrância, numa pequena vila chamada Komsomolsk, com sua esposa Alla, de 35 anos.

Depois de ter conhecido cerca de 70% dos países do mundo, o britânico diz que agora viaja muito menos, mas ainda tem um desejo: viajar para a Lua.

Com tantas horas de voo acumuladas, Finn tem boas dicas para viajantes:

1. Assim que chegar a um lugar, acerte a hora de seu relógio para o horário local

2. Beba muita água para evitar jet lag (a indisposição causada após muitas horas num avião)

3. Sempre coma de acordo com os horários locais

4. Prefira malas mais duras, que protegem melhor seus pertences

5. Tenha sempre à mão uma ferramenta para consertar a mala, se necesário.

6. Empacote suas roupas como se estivessem saindo da lavanderia, assim elas amassarão menos

7. Tenha sempre um adaptador universal para todo tipo de tomada

8. Sempre leve medicamentos acompanhados de prescrição médica, para o caso de alguém perguntar porque está carregando os remédios

9. Nunca esqueça de passar seus números de contatos para a família

10. Caso fique muito tempo num determinado lugar, comunique a embaixada de seu país

Fonte: Época NEGÓCIOS Online - Fotos: Reprodução

Vasp: Um leilão bem duvidoso

O obscuro consultor Francisco Vivoni comprou a propriedade que pertenceu ao ex-dono da Vasp, Wagner Canhedo. Mas sua empresa e a origem dos seus recursos são um mistério absoluto Por Eduardo Savanachi

O diálogo abaixo foi travado no fim da tarde da quarta-feira 24, instantes depois que o consultor agrícola Francisco Vivoni, num lance único, no valor de R$ 436 milhões, adquiriu uma das maiores propriedades rurais do Brasil, a Fazenda Piratininga, que pertenceu ao ex-dono da Vasp, Wagner Canhedo:

– Alô, eu gostaria de falar com o Francisco Vivoni. Aqui é da revista Istoé Dinheiro.

– É ele.

– Soube que o sr. comprou a fazenda do Wagner Canhedo.

– Isso.

– Quais são suas atividades?

– Temos várias empresas. Está tudo lá no site da Conagro.

– Eu entrei, vi que são 11 empresas, mas só tem fotos de bois, frangos, porcos, plantações e nenhuma informação efetiva sobre faturamento, local das atividades...

– Somos uma empresa de capital fechado, não temos que prestar informações financeiras.

– Mas é estranho. Vocês dizem que têm frigoríficos, empresas de bioenergia, de higiene e limpeza, companhias de papel e celulose...

– Nós vamos dominar toda a cadeia do agronegócio.

– A empresa não foi criada especificamente para este negócio da fazenda?

– Ela existe desde 2005.

– Fazendo o quê?

– Foi criada lá fora.

– É uma multinacional, então?

– Tem um escritório em Londres para captar dinheiro de investidores estrangeiros.

– Quem são os investidores?

– É uma empresa fechada.

– Onde é o escritório de vocês?

– Estamos chegando em São Paulo, mas eu fico também em Brasília.

– Seu cartão diz que é na (avenida) Faria Lima o escritório.

– Isso, lá perto do Largo da Batata, não sei direito o nome do prédio.

– Qual era sua atividade antes desse negócio? O sr. trabalhou em alguma empresa rural?

– Sempre mexendo com terra, com fazenda.


Francisco Vivoni é tão misterioso quanto o grupo que comanda. Ele se diz presidente da Conagro, um grupo de 11 empresas, com atuação em alimentos, frigoríficos, higiene e limpeza, pecuária, bioenergia, logística, armazéns-gerais, sementes, celulose e papel, fertilizantes e agricultura.

Mas a empresa não faz parte de nenhuma associação de classe do agronegócio e o site da companhia (www.conagro.com.br), finalizado neste ano, traz apenas fotos genéricas de vários setores do agronegócio.

Seu cartão de visitas indica um endereço em São Paulo (um edifício na avenida Faria Lima, 628, sem indicação do andar ou do número da sala), com telefones de Brasília. E o condomínio localizado naquele endereço diz não conhecer nenhuma Conagro. “Nunca ouvi falar”, diz o porteiro do edifício.

O mistério em relação ao grupo comprador é mais um capítulo de um leilão cercado de batalhas judiciais e marcado por cenas inusitadas. Embora os leiloeiros que organizaram a venda demonstrassem confiança na conclusão do negócio, do lado de fora do auditório do Fórum Trabalhista de São Paulo, era difícil encontrar alguém que mantivesse o mesmo otimismo.

O leilão, determinado pela justiça e vencido por Vivoni (direita), foi para pagar as dívidas de Canhedo (esquerda)

Quando já se preparavam para encerrar o evento, eis que Vivoni, timidamente, ergue o braço e arremata a propriedade. “Estamos acompanhando esse caso já há algum tempo e achamos uma ótima oportunidade de negócios”, afirmou Vivoni.

Até mesmo os leiloeiros se mostravam surpresos com os compradores. “Recebemos várias consultas de grandes grupos e esperávamos até uma disputa maior”, comentou o leiloeiro Antonio Carlos Seavanes.

“As pendências jurídicas foram resolvidas e podíamos ter vendido por um valor maior”, lamenta. Já o empresário Wagner Canhedo, cujas dívidas com a falência da Vasp somam cerca de R$ 1 bilhão, por meio de seu advogado, Carlos Campanha, disse que não iria se manifestar sobre a venda.

Campanha, aliás, protagonizou uma das cenas mais tensas do evento, ao se aproximar dos compradores da fazenda, para dizer que havia uma liminar que suspendia os efeitos do leilão.

“Vocês podem comprar, mas não vão levar até que se tramite o processo. Espero que estejam bem assessorados juridicamente”, disse. Mal acabou a frase, e a juíza Elisa Andreoni ameaçou dar voz de prisão ao advogado.

“O senhor não pode tumultuar o leilão”, bradou. Vitorioso, o empresário Francisco Vivoni se declara otimista. “A fazenda voltará a ser uma das mais produtivas do Brasil”, diz ele.

Mas será que Vivoni, desconhecido por todas as lideranças do agronegócio e dono de uma empresa que hoje possui apenas um website construído às pressas, comprou mesmo a fazenda em seu nome? Uma pergunta que não foi respondida no misterioso leilão da fazenda de Wagner Canhedo.

Fonte: Eduardo Savanachi (IstoÉ Dinheiro) - Imagem: Divulgação/Rogério Albuquerque

TAM admite atrasos e cancelamentos acima da média em seus voos

Problemas seriam decorrentes das fortes chuvas da noite de quinta (25).

Em nota, empresa diz que está se empenhando para normalizar a situação.

Por meio de nota, a TAM informou que apresenta “atrasos e cancelamentos acima da média em vários voos domésticos” neste domingo (28), problema este que deverá se estender até a manhã de segunda-feira (29), de acordo com a empresa aérea. O remanejamento na malha aérea teria sido motivado “pelas fortes chuvas que atingiram a região Sudeste entre a noite de quinta-feira (25) e a madrugada de sexta-feira (26), interrompendo as operações nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos (Campinas), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro).

Como consequência, segundo a TAM, “13 voos que deveriam pousar nos aeroportos paulistas e outros três nos do Rio de Janeiro tiveram de ser alternados para outros aeroportos” neste domingo, “prejudicando a malha aérea e a escala da tripulação”. Além disso, a operação também teria sofrido impacto do fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nesta manhã. “A prioridade da companhia é operar em total segurança e com respeito à Lei do Aeronauta, com seus limites de jornada, horas mensais e folgas”, completa a nota.

A empresa garante que está se empenhando para normalizar a situação “o mais breve possível”, disponibilizando aviões maiores - que fazem as rotas internacionais - para voar para destinos nacionais. “Os passageiros estão sendo acomodados nos voos mais próximos operados pela própria companhia e também por companhias congêneres, de acordo com a disponibilidade de assentos”, informa a nota. Ao finalizar, a TAM pede “desculpas aos clientes pelos contratempos causados pela meteorologia adversa”.

Até as 18h, a Infraero, responsável pela administração dos aeroportos brasileiros, havia registrado atrasos em 179 voos em todo o país, o que corresponde a 12,1% do total de 1.478 previstos para o domingo. Além disso, houve 95 cancelamentos, 6,4% do total. O aeroporto com o maior índice de atrasos neste domingo é o de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, com 47 voos fora do horário, 29,6% do total de 159 previstos. Outros 11 ( 6.9 %) foram cancelados.

Fonte: G1

Passageiros ficam 4 horas presos em avião

Nove voos da Gol Linhas Aéreas e cinco da TAM foram cancelados

Passageiros do voo MY 3511 da TAM, que partia do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino a Fortaleza, viveram pelo menos quatro horas de apreensão dentro da aeronave. Segundo os passageiros, após atrasar o embarque, a companhia aérea obrigou todos a descer alegando que a tripulação estava incompleta. Só neste sábado, a TAM cancelou outros cincos voos com escala em Guarulhos. Nenhum funcionário da empresa aérea foi localizado.

Balanço da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) aponta que nove voos da Gol Linhas Aéreas e cinco da TAM foram cancelados. De acordo com a assessoria de imprensa da Gol, estes cancelamentos foram programados e, os clientes, avisados com antecedência.

Segundo a Infraero, mesmo com o atraso no voo MY 3511 e o cancelamento dos outros não houve aglomerações nos balcões de embarque. Os passageiros com destino a Fortaleza embarcaram logo depois de descer do primeiro avião. O atraso, segundo a Infraero, foi de três horas.

Fonte: jornal Hoje em Dia via R7 - Foto: Divulgação

Voo é cancelado, e passageiros reclamam de descaso e falta de informação

Passageiros do voo 3770 da TAM, com destino a São Paulo (SP), reclamam da falta de informações por parte da empresa. O que ocorre é que a viagem, marcada para 16h35 (horário de MS) foi cancelado e, segundo clientes, a empresa não está prestando as informações necessárias.

O administrador Agostinho Braga, 35, relata que está desde as 16h30 no Aeroporto Internacional de Campo Grande, e até agora não sabe, ao menos, o motivo do cancelamento.

“Temos informações não oficiais que o motivo foi a falta de tripulação para o avião, mas no guichê da TAM eles não informam nada oficial”, afirmou, por telefone, Agostinho.

O administrador ainda conta que a empresa está remarcando as passagens, porém com muita demora. “Tem muita gente aqui no saguão do aeroporto, eles estão remarcando as passagens de forma muito lenta, e também o problema já foi criado, muita gente perdeu compromissos devido ao cancelamento”.

Um analista, de 28 anos, que conversou com a Reportagem, mas preferiu não se identificar, foi um dos passageiros que perderam compromisso em São Paulo. “Eu tinha que estar hoje mesmo em SP, mas não vai dar”.

O analista relatou que chegou as 15h30 no Aeroporto, e só foi atendido 2h depois. Sua passagem foi remarcada, e ele chegará por volta das 22h15 em Campinas, tendo ainda que pegar um ônibus para chegar à capital paulista.

A Infraero do Aeroporto de Campo Grande confirmou o cancelamento do voo 3770 da Tam, que tinha a previsão de pousar as 16h, vindo de Congonhas. A aeronave retornou à Congonhas, com a identificação 3773.
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Fonte: Vinícius Squinelo (midiamax.com)

Imagens do acidente com avião de carga no Paquistão


Fotos: Athar Hussain (Reuters) / Rizwan Tabassum (AFP/Getty Images) / Akhtar Soomro (Reuters) / Asif Hassan (AFP) / Shakil Adil (AP)

sábado, 27 de novembro de 2010

Avião de carga cai no Paquistão

O avião de carga Ilyushin IL-76, prefixo 4L-MGC, da Sun Way Airlines, caiu em uma área residencial da maior cidade do Paquistão, Karachi, pouco após decolar no domingo (28), a 1:53 da madrugada, pela hora local.

Oito pessoas estavam na aeronave, informou a autoridade de aviação civil do país. Não há ainda informações sobre vítimas. O avião transportava 31 toneladas de mantimentos para o Sudão.

Repórteres presentes no local do acidente disseram que vários prédios estavam em chamas e fortes explosões foram ouvidas. O avião caiu em um conjunto habitacional onde vivem membros da Marinha, informaram os jornalistas.

Um porta-voz da autoridade de aviação civil, Pervais George, disse que o avião, de fabricação russa, estava indo para o Sudão quando caiu, dois minutos após decolar. Ele disse que não tinha confirmações sobre mortes.

O acidente é o terceiro em menos de quatro meses no Paquistão. Mais cedo neste mês, em Karachi, 21 pessoas morreram quando um pequeno avião de passageiros caiu pouco após decolar. Em julho, um acidente aéreo na capital do país, Islamabad, matou todas as 152 pessoas a bordo. As informações são da Associated Press.

Fontes: Agência Estado / Aviation Herald - Foto: GEO

Qantas Airways volta a operar com A380 após falhas no motor

A australiana Qantas Airways retomou neste sábado os voos do superjumbo A380, da Airbus, após falhas com o motor da aeronave terem mantido seis dos aviões da frota da companhia em solo no início deste mês.

O presidente-executivo da Qantas, Alan Joyce, participou do primeiro voo a ser retomado para comprovar que está confiante na segurança da aeronave, afirmando antes da decolagem que a companhia irá "sempre operar com 100 por cento de segurança em mente".

O voo QF31 partiu de Sydney para Londres no final da tarde deste sábado (horário local), afirmou um porta-voz da empresa.

Dois dos seis A380 da Qantas foram liberados para voltar a voar desde o incidente ocorrido em 4 de novembro. Outros reparos serão necessários antes que os demais quatro aviões voltem a operar.

O incidente, que levou a um pouso de emergência do avião com 459 passageiros em Cingapura, foi o mais sério até o momento ocorrido com a aeronave de maior porte do mundo.

Fonte: Reuters via Estadão

Air France responsabiliza Airbus por defeito no avião que caiu em 2009

Governo francês anunciou nesta quinta-feira que em fevereiro iniciará uma nova operação de buscas pelos restos do avião da Air France; caixas-pretas ainda não foram encontradas

A Air France pretende transferir a responsabilidade judicial à Airbus por um suposto defeito na aeronave que caiu no dia 1º de junho de 2009, quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris, revelou o jornal "Libération" nesta sexta-feira, 26.

O jornal francês publicou um relatório elaborado pela Air France e entregue no final de setembro à juíza que investiga o acidente na França. Nele, a companhia aérea detalha que a Airbus teria negligenciado os alertas sobre os incidentes que a empresa aérea vinha verificando com as sondas "Pitot".

Essas sondas, que medem a velocidade e são fabricadas pela companhia francesa Thales, não funcionaram quando o avião caiu no Atlântico após terem ficado cobertas por uma camada de gelo. A Air France alega que os aparelhos já tinham apresentado o mesmo tipo de problemas em cerca de 15 ocasiões nos dez meses que precederam o acidente em outros de seus aviões e afirma ter advertido a Airbus.

No documento entregue à juíza Sylvia Zimmermann, o advogado da companhia francesa, Fernand Garnault, se queixa que os inúmeros avisos enviados ao fabricante ficaram "sem recomendações nem soluções permanentes que resolvessem esse problema", apesar do "caráter crítico e da periculosidade dos defeitos".

Garnault justifica a pertinência do relatório pelo "caráter injusto" dos ataques feitos à Air France por parte das famílias das vítimas e dos pilotos, que criticam o fato de não ter sido "feito nada" para resolver os problemas com as sondas.

De acordo com as mensagens trocadas entre a Air France e a Airbus divulgadas pelo "Libération", a companhia alertou o fabricante do avião pela primeira vez no dia 30 de julho de 2008, após ter constatado dois incidentes em maio e julho daquele ano.

Em setembro de 2008, a empresa fez outro alerta, no qual dizia que os inúmeros casos ocorridos em quatro meses representavam "uma grande inquietação para Air France".

Causas

A Airbus confirma que "a causa fundamental (dos incidentes) é o bloqueio da sonda "Pitot", devido a uma rápida acumulação de cristais de gelo", mas tranquiliza o cliente insistindo que as sondas "cumprem ou superam as exigências regulamentares".

O fabricante desaconselha a troca das sondas da Thales pelas da americana Goodrich porque não haviam sido feitos testes e não seria possível substituí-las em todos os aviões, e propõe utilizar um novo modelo também da Thales. Após o acidente, as autoridades europeias da segurança aérea decidiram substituir as sondas da Thales pelas da Goodrich. O relatório da Air France é uma manobra que integra os procedimentos judiciais que devem culminar no estabelecimento de responsabilidades e na fixação de indenizações para as famílias das vítimas.

A Justiça brasileira já opinou no caso de uma delas e condenou a Air France a pagar R$ 2,64 milhões. No Brasil há cerca de 40 processos abertos, e outros tantos nos Estados Unidos, onde os tribunais chegam a estabelecer indenizações de até R$ 9,2 milhões por pessoa.

Caixas-pretas

O Governo francês anunciou nesta quinta-feira que em fevereiro iniciará uma nova operação de buscas pelos restos do avião da Air France, a quarta a ser efetuada. Nas três primeiras, foram recuperados alguns restos do avião e 50 corpos, mas não as caixas-pretas do aparelho, fundamentais para esclarecer as circunstâncias do acidente.

Em suas conclusões preliminares, os investigadores apontaram que o problema das sondas de velocidade pode ter influído na queda do avião, mas que esse motivo por si só não permite explicar a tragédia.

Fonte: EFE via Estadão

Irã: agentes de segurança impedem desvio de avião que ia para Damasco

Agentes de segurança iranianos impediram neste sábado que um homem armado desviasse um avião Airbus A300 da Iran Air que voava entre Teerã e Damasco (voo IR-517), informou neste sábado a agência de notícias Fars.

"Na manhã deste sábado, uma pessoa munida de uma arma, que não era uma arma de fogo, afirmou ter colocado uma bomba no avião e exigia um desvio na rota do voo", explicou a Fars, sem citar fontes.

"Os agentes de segurança (que estavam a bordo da aeronave) reagiram rapidamente e o detiveram".

Ainda de acordo com a agência oficial, uma investigação preliminar apontou que "não havia nenhuma bomba no avião", que "aterrissou em segurança no aeroporto de Damasco".

A agência não informou o nome da companhia aérea envolvida no incidente. A Iran Air tem voos regulares para a capital síria.

Fontes: AFP / AVH

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Avião sai da pista no Aeroporto de Orly, na França

Grande confusão no final da tarde desta sexta-feira (26) no aeroporto de Orly, na França. Motivo: um avião da Vueling, companhia aérea low-cost espanhola, saiu da pista no final do pouso, o que causou atrasos nos voos, mudanças para o Aeroporto Roissy ou desvios. Um total de cinqüenta voos foram afetados por este incidente por causa da interrupção do tráfego por uma hora e meia.

O avião, o Airbus A320-214, prefixo EC-KRH, tranportando 96 passageiros, finalizava o voo VY-8077 - de Barcelona (Catalunha, Espanha) para Paris -, quando ao aterrissar às 17:26 (hora local) na pista 26 do Aeroporto de Orly, uma das rodas do trem de pouso tocou a grama saindo no final da pista.

Até ontem a noite ninguém sabia se a escapada da aeronave ocorreu devido a um erro do piloto ou porque a pista estava congelado. O incidente obrigou os bombeiros a intervir, mas apenas a fim de proceder a verificações no local.

Os passageiros foram levados de ônibus imediatamente para o terminal. A situação foi gradualmente retornando ao normal.

Fontes: Le Parisien / Aviation Herald

Termina sem acordo reunião sobre horário do aeroporto de Congonhas

Não houve consenso sobre fim de ruído e horário de aeroporto.

Tentativa de conciliação tenta pôr fim a ação civil pública federal.

Terminou sem acordo nesta sexta-feira (26) a última reunião intermediada pelo Ministério Público Federal em busca de conciliação sobre o modo e horário de funcionamento do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Na próxima terça-feira (30), o juiz federal Paulo Cezar Neves Júnior, da 2ª Vara Federal Cível de São Paulo, realizará uma audiência com as partes envolvidas e poderá decidir, a partir do resultado, se prossegue ou não com a ação civil pública.

Esta última reunião foi realizada por mais de cinco horas entre representantes de moradores dos bairros próximos ao aeroporto, companhias aéreas, Prefeitura de São Paulo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Moradores e representantes da Prefeitura de São Paulo concordam com a mudança de horário de funcionamento do aeroporto para o período entre as 7h e as 23h. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) afirmaram que a decisão sobre o horário só deve ser tomada depois de uma avaliação mais detalhada sobre os testes acústicos e a possibilidade de redução do barulho das aeronaves. As companhias aéreas são contra qualquer modificação do horário.

Três associações de moradores entraram com ação civil para tentar limitar o horário de operação no aeroporto e também restringir o nível de ruído na região. Os proponentes da ação civil são a Associação de Moradores e Amigos de Moema (Amam), Movimento de Moradores pela Preservação Urbanística do Campo Belo (Movibelo) e Associação dos Verdadeiros e Moradores do Jardim Aeroporto (Avamoja).

Constam como réus a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Infraero, a Prefeitura de São Paulo e as empresas TAM, Gol, Pantanal, BRA, Ocean Air e VGR. As companhias aéreas já haviam decidido, anteriormente, que serão representadas pelo Sindicato Nacional de Empresas Aéreas (Snea).

De acordo com a ação civil, os moradores querem que os pousos e decolagens sejam limitados ao período das 7h às 23h. Por enquanto, há acordo entre as partes apenas sobre o horário para checagem de motores pelas companhias aéreas, realizado desde janeiro entre 9h e 17h.

Além disso, pleiteiam que seja feita uma proteção acústica adequada destes locais, para que atendam norma ABNT de emissão de ruídos. E ainda pedem que sejam custeados os equipamentos anti-ruído nas residências próximas ao aeroporto.

Fonte: G1 - Foto: Arquivo/Carolina Iskandarian/G1

Rússia investirá US$ 2 bi em lixeiro espacial

Agência espacial russa revelou planos de criar sistema para eliminar satélites moribundos e deixar o espaço mais limpo

O ser humano tem o péssimo hábito de deixar seu lixo para trás onde quer que ele pise e com o espaço não é diferente. Orbitando a Terra existem toneladas de lixo espacial como estágios de foguetes e satélites desativados, e isso está começando a tornar perigosas as missões espaciais, sendo uma ameaça até mesmo para os satélites operantes – em 2009, por exemplo, o satélite Iridium (EUA) colidiu com um satélite russo desativado depois de ser atingido por lixo espacial.

Entra em cena a Rússia, que parece ter uma solução.

A agência espacial russa revelou ter planos de construir uma “cápsula” especial que poderá dar uma limpada no espaço exterior recolhendo cerca de 600 satélites defuntos e tirá-los de órbita em segurança, fazendo com que queimem na reentrada na atmosfera ou caiam em algum ponto de algum oceano. O desenvolvimento e construção desse lixeiro-espacial custariam cerca de US$ 2 bi.

Os primeiros teste com a cápsula estão previstos para 2020 com o equipamento entrando em operação por volta de 2023. Estima-se que sua vida útil será de 15 anos.

A mesma agência também está trabalhando na criação de um interceptador de objetos perigosos vindos do espaço e que podem vir a colidir com a Terra. É bom saber que outras agências, além da Nasa, estão desenvolvendo esse tipo de estudo.

Fonte: Leonardo Carvalho (MSN Tecnologia)

Soyuz TMA-19, com 3 tripulantes a bordo, aterrissa no Casaquistão

Um russo e dois norte-americanos permaneceram por mais de cinco meses na Estação Espacial Internacional

A nave Soyuz TMA-19, com o russo Fiodor Yurchikhin e os norte-americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker a bordo, aterrissou nesta sexta-feira sem contratempos nas estepes do Casaquistão, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A nave aterrissou, como estava previsto, quilômetros ao norte da cidade de Arkalyk, indicou um porta-voz do CCVE à agência oficial russa Itar-Tass.

Os três tripulantes da Soyuz, que permaneceram mais de cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS, pela sigla em inglês) "se encontram bem", informou o canal de notícias russo Rossía-24.

Inicialmente, o retorno da nave estava previsto para 30 de novembro, mas foi antecipado em quatro dias porque o Casaquistão fechou seu espaço aéreo por ocasião da cúpula da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na cidade de Astana, na próxima semana.

No laboratório orbital permanecem o novo comandante da Expedição 26, o astronauta da Nasa Scott Kelly, e os engenheiros de voo russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka.

Os três irão tripular a Soyuz TA-20, com lançamento previsto para 15 de dezembro, a partir da base de Baikonur (Casaquistão).

Fonte: EFE via Estadão - Foto: Shamil Zhumatov/Reuters

Cartilha alerta sobre os riscos das viagens aéreas à saúde

Confira as recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou hoje um manual para médicos, passageiros, agências de viagem e companhias aéreas sobre as contraindicações das viagens aéreas.

— A combinação entre voos e algumas doenças muitas vezes é perigosa. É preciso que todos estejam atentos para evitar problemas — afirmou o coordenador da Câmara Técnica Mecina Aeroespacial do CFM, Frederico de Melo.

Para se ter uma ideia, em 2008 foram registrados 80 casos de morte súbita durante voos no território brasileiro. Melo observa que uma série de fatores contribui para o aumento do risco para alguns pacientes: alteração da rotina do uso de remédios, imobilidade e o tempo de voo, entre outros.

— Além disso, há um aumento do número de casos de pessoas que viajam para receber tratamento médico. O retorno tem de ser acompanhado de muito cuidado — destaca.

Na lista de passageiros que não devem viajar estão pessoas com infecções pulmonares contagiosas, como tuberculose ou pneumonia.

— Além de o voo poder agravar os sintomas, há o risco de disseminação da doença para outros passageiros — explicou o coordenador.

Pessoas com quadros graves ou que acabaram de ser hospitalizadas por causa de asma brônquica também não devem embarcar nos aviões.

Confira abaixo alguns trechos do texto:

Clique aqui para ler na íntegra

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Viagens aéreas são contraindicadas para passageiros e tripulantes com infecções ativas (pneumonia e sinusite) porque estas doenças podem alterar as respostas fisiológicas humanas habituais ao voo.

Passageiros e tripulantes com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem embarcar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois do voo, além do risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.

Quadros graves, instáveis ou de hospitalização recente de asma brônquica (doença respiratória mais comum entre os viajantes) também são incapacitantes para o voo.

Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que pode descompensar os sintomas da doença durante o voo. Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada antes de embarcarem para que seja determinado se há necessidade de suporte de oxigênio por ocasião do deslocamento.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Os pacientes e tripulantes acometidos de complicações cardiovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e recuperação. De acordo com as orientações da Sociedade de Medicina Aeroespacial, os prazos a serem observados são os seguintes (recomenda-se que o paciente seja avaliado por seu médico assistente antes de embarcar, pois os mesmos podem ser ampliados ou reduzidos, de acordo com o caso):

Infarto não complicado: aguardar duas a três semanas.

Infarto complicado: aguardar seis semanas.

Angina instável: não deve voar.

Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar.

Insuficiência cardíaca moderada, verificar com o medico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.

Revascularização cardíaca: aguardar duas semanas.

Taquicardia ventricular ou supra ventricular não controlada: não voar.

Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contra-indicações.

Nos casos de Acidente Vascular Cerebral, deve-se levar em consideração o estado geral do passageiro e a extensão da doença. Recomenda-se observar os prazos de recuperação abaixo antes do embarque:

AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.

AVC em progressão: aguardar 7 dias.

AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias.

AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.

GESTANTES

Recomenda-se que os voos sejam precedidos de uma consulta ao médico. De forma geral as seguintes medidas devem ser observadas:

As mulheres que apresentarem dores ou sangramento antes do embarque, não devem fazê-lo.

Evitar viagens longas, principalmente em casos de incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada, ou partos anteriores prematuros.

A partir da 36ª semana, a gestante necessita de uma declaração do seu médico permitindo o voo. Em gestações múltiplas a declaração deve ser feita após a 32ª semana.

A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada dos respectivos médicos responsáveis.

Gestação ectópica é contra-indicação para o voo.

Não há restrições de voo para a mãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.

CRIANÇAS

No caso de um recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem. Isso ajuda a determinar, com maior certeza, a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar a criança no voo.

OBSERVAÇÕES GERAIS

Medicação

Recomenda-se levar medicação prescrita pelo médico em quantidade suficiente para ser utilizada durante toda a viagem. Os remédios devem estar sempre à mão, preferencialmente acompanhados pela receita do médico, com as dosagens e os horários que devem ser administrados. Em caso de deslocamentos que impliquem em mudança de fuso horário, o médico assistente deve ser consultado para avaliar se há necessidade de ajustar os horários de ingestão dos medicamentos.

Enjoos

As pessoas mais susceptíveis a terem enjoo durante o voo são aquelas que já o apresentam quando andam de ônibus, carro ou navio. Estas devem evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes que podem facilitar seu aparecimento. Recomenda-se também, como medida de precaução, que utilizem os assentos próximos às asas do avião por ser o local de voo menos turbulento e, por conseguinte, menos propenso a induzir náuseas e vômitos.

Procurar assistência e/ou orientação médica antes do voo, caso o passageiro ou tripulante apresente:

Febre alta, tremores, com piora progressiva dos episódios;

Sangue ou muco nas fezes;

Vômitos que impeçam a ingesta de líquidos;

Sintomas persistentes após uso de medicamentos sintomáticos;

Sintomas, especialmente, se usa diuréticos, imunossupressores ou remédios para diabetes e/ou hipertensão.

Fontes: Agência Estado/Bem-Estar via Zero Hora - Foto via Portal CFM

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Super-helicópteros decolam rumo aos 500 km/h

Helicópteros com superpoderes

Nos seriados de TV Águia de Fogo e Trovão Azul os helicópteros eram as verdadeiras estrelas e sempre brilharam mais do que os atores.

Como convém aos filmes de aventura, esses super-helicópteros eram, por assim dizer, dotados de superpoderes, muito além do que qualquer helicóptero real pudesse sonhar.

Mas talvez não por muito tempo. Como convém ao mundo real, os projetistas sempre perseguem a ficção, que não por acaso é uma fonte inesgotável de inspiração.

O X3 da Eurocopter se parece ainda mais com um avião, já que tem asas, onde são fixados dois propulsores - Imagem: Eurocopter

Uma empresa norte-americana e uma europeia começaram a testar os protótipos dos seus helicópteros superpoderosos, máquinas capazes de atingir até 500 km/h e que prometem dobrar a velocidade das máquinas atuais nos próximos cinco anos.

E por que tanta pressa? É que os helicópteros são imbatíveis em suas capacidades de manobra e de chegar a qualquer lugar. Mas, quando se trata de chegar rapidamente ao local de um acidente ou de levar um ferido já resgatado para um hospital, os helicópteros são sonolentamente lentos.

Subsônico e supersônico

O limite de velocidade dos helicópteros deve-se a uma combinação dos limites aerodinâmicos com a necessidade de um consumo razoável de combustível, o que limita os modelos atuais a velocidades de até 300 km/h.

Ou seja, envenenar um helicóptero não é uma mera questão de adicionar HPs ao motor e aumentar o tanque de combustível. As pás do rotor superior, que dão sustentação e impulso à frente, têm limites de rotação bem definidos.

Se o rotor gira a uma velocidade logo abaixo da velocidade do som - o rotor, não o helicóptero - quando a pá começa um giro na traseira do helicóptero em direção à frente, sua velocidade é equivalente à soma da velocidade do rotor e da velocidade do helicóptero, o que faz com que ela atinja uma velocidade supersônica.

Enquanto isso, a pá que está no movimento oposto, saindo da frente do helicóptero e indo na direção da traseira, permanece em velocidade subsônica.

O problema é que as forças aerodinâmicas são diferentes em velocidades subsônicas e supersônicas. Se os dois regimes forem atingidos simultaneamente, gera-se uma instabilidade e uma perigosa perda de sustentação.

Helicópteros do futuro

Ou seja, para empurrar um helicóptero mais rapidamente é necessário fornecer empuxo por outros meios.

Nos anos 1970, a Sikorsky e a NASA construíram um protótipo, chamado XH59A, que tinha duas turbinas, que eram acionadas quando o helicóptero atingia uma determinada velocidade.

Embora o protótipo tenha alcançado velocidades de até 400 km/h, a transição do rotor para a turbina se mostrou problemática demais.

Para virar em baixas velocidades, até 110 km/h, o X2 usa a tradicional inclinação das pás. Acima disso, ele usa um leme, como um avião - Imagem: Sikorsky

O XH59A vibrava muito, consumia combustível demais e ainda precisava de dois pilotos para fazê-lo voar.

Agora, passados 40 anos, os computadores e controles de vibração mais modernos estão reavivando a ideia.

A Sikorsky começou a fazer os primeiros testes de voo com o seu modelo X2. Do outro lado do Atlântico, a Eurocopter está avaliando o seu X3 - uma jogada de marketing em torno dos nomes maior do que parece: o nome do modelo europeu não é "xis três", é "xis ao cubo".

Os controles eletrônicos permitem que um único piloto dê conta do recado. E, em vez das beberronas turbinas, o impulso adicional é dado por hélices.

Sikorsky X2

O maior desafio foi se livrar do rotor de cauda, necessário para ajudar o helicóptero a virar e evitar que ele gire em círculos. Mas o eixo traseiro se tornou necessário para virar o propulsor traseiro e dar dirigibilidade à aeronave.

O X2 já está voando para valer, rumo à meta de alcançar 500 km/h - Imagem: Eurocopter

A Sikorsky resolveu o problema adicionando dois conjuntos de pás ao rotor superior, girando em sentidos opostos - o equilíbrio do torque entre as duas pás impede que o helicóptero gire sobre o próprio eixo.

Para virar em baixas velocidades, até 110 km/h, o X2 usa a tradicional inclinação das pás. Acima disso, ele usa um leme, o que tecnicamente o coloca perto de um avião, embora a sustentação ainda seja gerada pelo rotor.

Eurocopter X3

O X3 da Eurocopter se parece ainda mais com um avião, já que tem asas, onde são fixados dois propulsores. Em altas velocidades, essas asas contribuem com até 40% da sustentação, o que alivia o trabalho do rotor.

Como o X2, ele não tem rotor de cauda. A estabilidade e a capacidade de virar são obtidas com um ajuste preciso da aceleração dos dois motores. Tudo é feito eletronicamente, de forma que o único piloto faz seu trabalho exatamente como em um helicóptero normal.

O X3 mal começar a sair do ninho: ele bateu as asas por meros 35 minutos até agora. Isto é normal no desenvolvimento desses protótipos, quando as várias etapas do teste são realizadas em pequenos incrementos - a cada passo, pára tudo, os dados são cuidadosamente avaliados, e só então é dado o passo seguinte.

O X2 já está voando para valer, rumo à meta de alcançar 500 km/h. Em Setembro ele quebrou "não oficialmente" o recorde de velocidade para helicópteros, alcançando 463 km/h. O recorde que ainda vale, obtido em 1986, é de exatos 400 km/h.

O que ainda não está claro é se estas novas aeronaves, com asas e vários motores, continuarão sendo enquadradas na categoria dos helicópteros.

Fonte: Site Inovação Tecnológica (com informações da New Scientist)