terça-feira, 12 de outubro de 2010

MTA perde contrato e pode parar de voar para Correios

Personagem da crise que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA) caminha para fechar as portas e abandonar os contratos que mantém com os Correios. Desde 27 de setembro, a companhia não está operando grande parte dos contratos das linhas de transporte de carga aérea postal. E tem levado multas diárias por causa disso. Não tem dinheiro para combustível e começa a procurar fornecedores para fazer acordos.

O empresário argentino Alfonso Rey, dono oculto da empresa, já disse aos diretores no Brasil que, se a situação financeira piorar, pretende retirar do País os aviões que alugou para a MTA funcionar. O peruano Orestes Romero, que dirigia a empresa no Brasil, foi para o exterior desde o início da crise e não voltou mais.

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a MTA perdeu na Justiça o contrato de R$ 44,9 milhões que havia ganho com uma liminar. Na verdade, ela venceu a licitação em julho, mas não entregou documentos no tempo exigido. Foi desclassificada e recorreu à Justiça, onde garantiu uma liminar.

Enquanto o negócio estava sendo decidido pela disputa judicial, os Correios fizeram um contrato de emergência de R$ 19 milhões com a própria MTA, com vencimento em novembro. Agora, com a derrota na Justiça, a empresa perdeu esse contrato e deixou de ter o de R$ 44,9 milhões, que passou a ser operado pela Rio Linhas Aéreas. A linha licitada é uma das mais estratégicas para os Correios, porque representa 13% do valor total da malha e 14% da capacidade de carga contratada.

A MTA está no centro da crise que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil. Um filho dela, Israel, fez lobby e cobrou propina para ajudar a empresa dentro do governo. O advogado da MTA, Marcos de Carvalho Pagliaro, disse que a empresa passa por dificuldades financeiras, mas afirmou que pretende continuar operando os outros contratos vigentes com os Correios. A MTA depende desses contratos públicos e não costuma ter grande atuação no ramo privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

El Salvador estuda comprar aviões da Embraer

O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, disse nesta segunda-feira que o seu governo estuda comprar aviões da empresa brasileira fabricante de aeronaves Embraer. O governo pretende destinar as aeronaves para as Forças Aéreas de El Salvador.

"A Embraer fabrica um avião que já demonstrou a sua eficácia e mais de 30 Forças Armadas no mundo usam esses aviões, que é o Super Tucano", disse o presidente em coletiva de imprensa local.

Mauricio Funes explicou que o Super Tucano "é muito mais barato do que outras aeronaves e, portanto, vamos fazer esforços para comprá-los", afirmou sem detalhar o número de aviões que poderão ser adquiridos.

Fonte: Associated Press via Valor Online

Associações de companhias aéreas aplaudem acordo ambiental

Tanto a IATA, associação internacional de companhias aéreas, como a AEA, associação europeia, aplaudiram o acordo obtido pelos 190 países membros da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) para a redução de emissões de carbono na aviação.

O acordo, que foi estabelecido no passado sábado em Montreal, em Assembleia Geral da ICAO, estipula objectivos como uma redução de 2 % por ano no consumo de combustível até 2050, alcançar um acordo sobre a redução de emissões de carbono até 2020 e, mais perto no tempo, implementar até 2013 um padrão global de emissões de carbono para motores de avião.

Para a IATA, nas palavras do seu director, Giovanni Bisignani, trata-se de “uma decisão histórica”, pois “pela primeira vez acordámos globalmente em objectivos aspiracionais para estabilizar emissões”.

Também a AEA, associação europeia de companhias, se congratulou pelo acordo. Para Ulrich Schulte-Strathaus, “este primeiro acordo político é um primeiro passo fulcral”. Em qualquer dos casos os responsáveis associativos chamam a atenção para a necessidade de medidas adicionais no sentido de aprofundar o carácter global de quaisquer medidas a tomar, bem como do carácter eminentemente político da questão, enfatizando a responsabilidade dos governos dos vários países. Como diz Schulte-Strahaus, “as companhias aéreas estão prontas para implementar um roteiro global, mas precisamos de vontade política a nível governamental”.

Fonte: Turisver (Portugal)

Passageiro obeso deve ser indenizado pela Gol

Um passageiro obeso exposto a constrangimento antes do vôo deverá ser indenizado. O 4º Juizado Especial Cível de Brasília condenou a Gol Linhas Aéreas S.A. ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais.

Segundo o passageiro, o uso de extensores para o ajustar o cinto de segurança, fez com ele que sentisse discriminado pelos tripulantes. Ainda durante o vôo, ele afirmou que assim que chegasse a Brasília tomaria providências contra o tratamento que recebeu. Segundo ele, um despachante começou a exigir, em alto tom, que ele dissesse o que pretendia fazer. Ao final da discussão, o comandante da aeronave solicitou a agentes da Polícia Federal que o homem fosse retirado. As testemunhas ouvidas informaram que o passageiro falava em tom normal e que ele teria sido submetido à situação vexatória.

De acordo com a sentença, "não foi demonstrado nenhum motivo de segurança que justificasse a retirada do passageiro da aeronave com uso de força policial". Além disso, a situação de constrangimento à qual foi exposto o homem decorreu tanto do tom de voz empregado pela funcionária da Gol quanto pela retirada dele pela Polícia Federal.

Tentativa de solução

O problema não está somente no comprimento dos cintos de segurança. Um estudo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostrou que a distância atual dos bancos é inadequada e põe em risco a segurança, a saúde e até a vida dos passageiros. A falta de espaço, dizem especialistas, fere o Código de Defesa do Consumidor.

No último dia 27 de setembro, a promotora de Justiça Ana Beatriz Pereira de Souza Frontini, da Promotoria do Consumidor da Capital, ajuizou Ação Civil Pública contra a Gol. A iniciativa ocorreu depois de uma tentativa frustrada de celebrar um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) com a Gol para solucionar o problema. Porém, a empresa não quis assinar o acordo. O órgão já concluiu os inquéritos civis que apuram problemas de espaçamento na Gol e também na TAM.

A indenização pedida na ação é de R$ 50 milhões. O valor diz respeito aos danos morais coletivos. A ação requer, ainda, que os próximos modelos de aeronaves sejam obrigatoriamente produzidos conforme o padrão de espaçamento determinado pelo Tac.

Em agosto, outra Ação Civil Pública foi ajuizada, mas contra a TAM. A empresa, assim como a Gol, não aceitou o acordo. A apuração do Ministério Público recaiu sobre as duas porque elas, juntas, detêm quase 90% do mercado. Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ-DF.

Número do processo: 2009.01.1.195178-4

Fonte: Conjur

Exposição asiática de aeroespaço se realizará em Hong Kong em 2011

A Exposição e o Congresso Internacional de Aeroespaço da Ásia terão a terceira apresentação em Hong Kong no próximo ano com a participação das principais companhias de aeroespaço do mundo e associações da indústria, informou hoje o organizador do evento, Reed Exhibitions.

Depois do sucesso em 2007 e 2009, o evento será promovido em março de 2011, pois Hong Kong completará seu 100º aniversário de aviação no próximo ano, anunciou o porta-voz do organizador, Richard Tiele, em uma coletiva de imprensa.

As principais indústrias como Boeing, Bombardier e Companhia de Avião Comercial da China já confirmaram sua presença.

Em 2009, a expo atraiu mais de 500 expositores de 28 países e 4600 visitantes de 70 empresas asiáticas. Para 2011, o organizador espera uma quantidade maior.

Tiele indicou que o evento espera pela participação ativa da parte continental da China. As entidades comerciais incluindo a Associação de Transporte Aéreo da China, Associação de Aeroportos Civis da China e Associação de Aviação Civil de MRO da China expressaram interesse no assunto e prometeram a participação de seus membros.

Fonte: China Radio International - CRI

Aberta só para pousos e decolagens

Enquanto os 20,7 quilômetros do lote 3 da RSC–471 não são concluídos e liberados para o tráfego, pelo menos dois pontos da rodovia estão virando locais de pouso e decolagem de avião agrícola no interior de Vera Cruz e Santa Cruz do Sul. Sem ter como utilizar as pistas de terra que ficam perto das lavouras, ainda embarradas por causa das chuvas dos últimos dias, um piloto agrícola vem utilizando a 471 para parar o avião e carregá-lo com semente do arroz pré-germinado semeado na região.

Na manhã de ontem, foram cinco pousos e decolagens em uma reta de pouco mais de um quilômetro entre as rótulas da RSC–471 com a Rua Marechal Rondon e o acesso à Linha Fundinho. O trecho está com o asfalto pronto. A cada movimentação do Cessna da Agrigel Aeroagrícola, de Santa Cruz, o trânsito de caminhões e máquinas da empreiteira que está construindo a rodovia era suspenso. A operação foi rápida e garantiu o plantio de pelo menos 15 hectares de arroz na localidade de Rebentona.

O arrozeiro Fernando Butzke Neto explica que a opção pela semeadura de avião é justificada pela agilidade e redução de custos. O uso da rodovia facilitou o transporte da semente. “No ano passado perdemos tudo por causa da enchente e agora não conseguimos crédito no banco. Não temos como pagar antes da colheita e, sem dinheiro, a saída é cortar gastos”, afirma. Para agilizar o carregamento do avião, Butzke contou com a ajuda de vizinhos.

O coordenador da Agrigel Aeroagrícola, Adriano Machado, diz que como a rodovia ainda não está liberada para carros e caminhões não há impedimento legal para a operação. “Informamos a construtora e tomamos todos os cuidados necessários. Costumamos utilizar as pistas de terra perto das lavouras, mas por causa da chuva dos últimos dias não tivemos como. E a semente precisava ser semeada, sob pena de se perder e aumentar o prejuízo dos arrozeiros.”

Além do trecho do interior de Vera Cruz, um ponto da rodovia em Santa Cruz – perto do acesso ao autódromo internacional – também foi utilizado para pouso e decolagem do Cessna. Machado conta que na semana passada choveu antes do previsto e a empresa ainda tinha produto para semear. “A saída foi pousar e decolar usando uma reta da rodovia. São casos de extrema necessidade e que não oferecem riscos”, garante.

Vai atrasar

Ainda nesta semana o lote 3 da rodovia deveria ser liberado para o trânsito entre a RSC–287 e a BR–471, mas não ficará pronto a tempo. A previsão da Construtora Conterra, de terminar o trabalho até o dia 15, foi revista devido à falta de material para a conclusão da base para asfalto. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) calcula que o atraso será de pouco mais de 30 dias.

A maior parte dos 20,7 quilômetros do lote entre Vera Cruz e Santa Cruz está pavimentada. Partindo do entroncamento com a BR, no CTG Laço Velho, é possível rodar por pelo menos 14 quilômetros de asfalto em perfeitas condições. O trecho mais atrasado é o que parte das proximidades do viaduto sobre a RSC–287. Próximo dali, as equipes trabalhavam ontem na pavimentação de mais de um quilômetro. No trevo, já sob responsabilidade da OAS, construtora do lote 2, falta apenas a última camada de asfalto.

Fonte e fotos: Igor Müller (Gazeta do Sul)

Avião agrícola faz pouso em trecho de rodovia no RS

Sem ter como utilizar uma pista de terra, embarrada em decorrência das chuvas dos últimos dias, um piloto agrícola decidiu pousar e decolar o avião Cessna A188B AGtruck, prefixo PT-WQC, em um trecho da RSC-471 na manhã de ontem (11).

A operação foi realizada em uma reta já asfaltada de aproximadamente um quilômetro no interior de Vera Cruz. O lote 3 da rodovia, que soma 20,7 quilômetros e ligará a RSC-287 (Vera Cruz) à BR-471 (Santa Cruz do Sul), ainda está sendo construído e, portanto, fechado para o trânsito de veículos.

O avião semeou pouco mais de 15 hectares de arroz pré-germinado em uma lavoura da localidade de Rebentona e precisava de um local nas proximidades para parar e recarregar o tanque de semente. Durante a operação, que durou poucos minutos, o tráfego de caminhões e máquinas da empreiteira que está construindo a estrada foi suspenso. O coordenador da empresa responsável pelo avião, Adriano Machado, diz que não há nenhuma irregularidade. "A pista ainda está bloqueada para o trânsito e, além disso, tomamos todos os cuidados necessários."

Segundo ele, na semana passada uma operação semelhante foi realizada em outro ponto do lote 3 da RSC-471. "Estávamos fazendo o plantio e a chuva acabou vindo antes do previsto. Tínhamos que terminar o trabalho para evitar prejuízos e utilizamos a pista. São casos de extrema necessidade. Nossa rotina é utilizar as pistas das propriedades", garante. Ele afirma que não há riscos e que a empreiteira é informada da operação.

Fonte: GAZ - Foto: Igor Müller (Gazeta do Sul) - Corrigido o modelo e prefixo da aeronave em 13.10.10 às 21:10 hs.

Avião faz pouso para atendimento de emergência no aeroporto JK

Uma aeronave da empresa aérea Gol solicitou prioridade de pouso na manhã desta terça-feira (12) no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek. Segundo informações da Infraero, uma mulher passou mal durante o voo 1131, que ia de Manaus (AM) para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O serviço médico da Infraero, que já estava posicionado no local, prestou os primeiros socorros à passageira assim que a aeronave pousou.

Em nota, a Gol esclareceu que a mulher desmaiou já na etapa final da viagem e destacou que a aterrissagem estava programada para acontecer em Brasília. O procedimento transcorreu normalmente e no horário previsto. A cliente, que já havia sido atendida a bordo por um médico, foi desembarcada, encaminhada a um posto de saúde e passa bem. Ela deve embarcar em outro voo para São Paulo ainda nesta manhã.

Fonte: Jacqueline Saraiva (Correio Braziliense)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Foto do Dia

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Um Boeing 747-200F logo após a decolagem da pista 19R do Aeroporto Arlanda (ARN/ESSA), em Estocolmo, na Suécia, em 8 de fevereiro de 2010.

Foto: Aviantex - Alexander Jonsson (Airliners.net)

Operadores de transporte na França preveem grande adesão à greve

O transporte público na França, em particular o ferroviário e o aéreo, será bastante afetado pela greve contra a reforma da previdência, que começa esta noite e pode se prolongar para além da terça-feira em alguns setores, segundo informações fornecidas pelas autoridades.

A Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) informou hoje que comunicou às companhias aéreas que amanhã terão que cancelar 50% dos voos programados no aeroporto de Orly e 30% no maior aeroporto de Paris, Charles de Gaulle.

Também terão que ser suspensos por conta da greve dos controladores aéreos 30% dos voos de Beauvais, que fica a pouco mais de 100 quilômetros de Paris e é muito utilizado por companhias de baixo custo.

Na circulação de trens, os efeitos da quinta greve contra o aumento da idade mínima para a aposentadoria (de 60 para 62 anos e de 65 para 67 para ter direito a uma pensão completa) serão maiores do que os da anterior, realizada em 23 de setembro.

Só será mantida a frequência de um terço dos trens de alta velocidade que circulam no interior da França, em torno de 40% dos regionais e uma porcentagem equivalente dos que operam nas redondezas de Paris.

Os trens noturnos que conectam a Espanha com a França foram cancelados, tanto para a próxima noite quanto para a de terça para quarta-feira.

Os sindicatos ferroviários convocaram inicialmente uma greve de dois dias, ou seja, terça e quarta-feira, mas a paralisação tem caráter prorrogável e a partir do dia 13 as assembleias gerais decidirão a cada manhã se os trabalhadores continuam parados na jornada seguinte.

Com este sistema, de acordo com a vontade dos sindicatos mais radicais, a greve poderia ser prolongada, em setores-chave como os transportes e as refinarias, até pelo menos o sábado, quando deve haver mais manifestações.

O desafio das centrais é levar para a rua um número de manifestantes tão grande quanto o dos três últimos protestos de 7 e 23 de setembro e 2 de outubro, quando foram reunidas entre 2,5 e 3 milhões de pessoas, de acordo com dados dos sindicatos.

Os efeitos da greve serão sentidos no trânsito das 85 cidades onde foram convocadas paralisações no transporte urbano.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) recomendou aos motoristas que encham seus tanques e prevê que no final desta semana deve haver problemas de escassez de combustível em algumas regiões.

O Governo, embora insista que não voltará atrás na reforma da previdência, que hoje prossegue sua tramitação no Senado, se mantém alerta, visto que as pesquisas mostram que uma grande maioria da população está a favor da greve de amanhã: 69% aprovam a paralisação e 16% são contra.

Fonte: EFE/EPA

Encontrado corpo do segundo cadete morto após queda de planador

As duas vítimas participavam de treinamento na Academia da Força Aérea

O corpo do cadete-aviador Gabriel Blanco Vázquez foi localizado, por volta das 10h15 deste domingo (10), na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga. Ele partcicipava de um treinamento no sábado pela manhã quando o planador caiu. O corpo do outro ocupante da aeronave, Felipe Vieira Cristino dos Santos, foi localizado ainda na tarde de sábado.

As buscas foram reiniciadas no início da manhã deste domingo, perto do Clube de Voo-a-Vela da AFA, na zona rural de Pirassununga, após serem suspensas no início da noite de sábado (9). O trabalho teve auxílio de cães farejadores. Um observador que estava no helicóptero avistou o corpo de Vásquez e informou o pessoal que fazia as buscas por terra.

Vasquez é natural do Rio de Janeiro. O corpo ainda não foi removido do local. Ele deverá ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Claro.

Segundo nota oficial da Aeronáutica, o acidente com o Planador do tipo TZ-23 Super Blanik, da Força Aérea Brasileira (FAB), aconteceu durante uma missão de treinamento realizada na área de instrução do Clube de Voo-a-Vela da AFA, por volta das 8h30. O comando da Aeronáutica informou que já iniciou as investigações para apurar as causas do acidente.

Fonte: EPTV

Espaçonave vai chegar a 104 km de altitude com turistas a bordo

O projeto da VSS Enterprise tem orçamento de US$ 450 milhões e prevê a construção de seis naves espaciais comerciais, que poderão levar passageiros até uma altitude suficiente para sentirem a gravidade zero e verem a curvatura da Terra contra o pano de fundo do espaço.

A nave mãe, de duas quilhas, levará a SpaceShipTwo até 60 mil pés de altitude(18.288 m), onde a espaçonave será solta. Neste momento, ela ligará seus motores a jato e subirá a cerca de 104 km acima da Terra. No total, a viagem deve levar cerca de 2h30.

A expectativa da Virgin Galactic é de reduzir o preço das passagens (hoje, de US$ 200 mil) para um valor competitivo comparado às viagens aéreas entre os EUA e a Austrália.

Também será possível transportar cientistas e equipamentos para pesquisas e usar a nave transportadora para lançar pequenas cargas no espaço.

"Esperamos que, nas próximas décadas, dezenas ou até centenas de milhares de pessoas tenham a chance de ir para o espaço", disse o fundador da Virgin Galactic, o bilionário britânico Richard Branson.

Os primeiros voos devem acontecer em final de 2011 ou início de 2012.

Fonte: www.odiario.com - Imagem: Divulgação

Portugal: Sindicatos da aviação “não vão aceitar de forma alguma imposição” de mais austeridade

Os mais de dez sindicatos que representam trabalhadores relacionados com a aviação civil (das companhias aéreas, incluindo a TAP, à navegação aérea ou gestão de aeroportos) estiveram hoje reunidos para debater as novas medidas de austeridade prometidas pelo governo para 2011.

Da reunião, soube o i, saiu uma inédita posição conjunta assinada por tripulantes, pilotos, técnicos de manutenção, de handling, etc… a garantir que não vão aceitar a imposição destas novas medidas.

Fica assim aberta a porta a uma adesão de todos estes sindicatos à greve geral de dia 24 de Novembro, algo que a acontecer congelará por completo os ares e aeroportos nacionais. A decisão será tomada por cada sindicato de forma autónoma.

Fonte: Filipe Paiva Cardoso (i-online) - Foto: Pedro Azevedo

Total Linhas Aéreas nega irregularidades na operação

Empresa alega que planilha dos Correios não contempla todos os custos inerentes

A Total Linhas Aéreas disse, por escrito, que não há irregularidades na sua recente contratação pelos Correios. "Na realidade, a ECT (Correios) fixa no momento da licitação um preço de referência. Ficamos com 4,9% acima dessa estimativa. Como é de conhecimento público, a planilha que forma esse preço não contempla todos os custos inerentes à operação, como, por exemplo, estruturação de bases. Vale ressaltar que os contratos possuem cláusulas específicas de penalização/multas, sendo bastante leoninos nesse sentido", disse.

Avião da MTA, com quem a Total manteve negociação

Conforme revelou o Estado na edição de ontem, a Total confirma que chegou a negociar com a Master Top Linhas Aéreas (MTA). "A MTA nos solicitou uma cotação para realização de alguns voos de fretamento, mas não houve a concretização do negócio", disse. A intenção da nova direção dos Correios é unir MTA e Total e transformá-las no embrião da nova empresa de logística do governo. Isso poderia explicar o esforço da estatal para aprovar a contratação da Total. Em agosto, além da negociação de fretamento, as duas empresas chegaram a discutir uma atuação jurídica em conjunto.

Questionada sobre a nova empresa do governo, a Total respondeu: "Em função do excepcional crescimento que vem acontecendo em nossa economia, e logicamente refletindo diretamente no setor de Transportes da ECT, não temos duvidas que, a partir de 2011, algumas ações para melhor adequação da atual malha deverão ser tomadas. Com relação à nova empresa de logística, temos conhecimento, por meio da imprensa, sobre algumas ações nesse sentido, mas não fomos participados oficialmente pela ECT".

Para conseguir o contrato de R$ 44,3 milhões, na licitação de agosto, a Total contou com o apoio do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, então nomeado diretor de Operações dos Correios.

Fonte: Leandro Colon e Karla Mendes (O Estado de S.Paulo) - Imagens: Site da Total / André Minatowicz

Estatal alega que variação de preço é normal

Matos argumenta que situação é comum num mercado com poucos concorrentes, como o de transporte aéreo postal

Procurado pelo Estado, o presidente dos Correios, David José de Matos, disse que não vê irregularidades no contrato de licitação firmado com a Total Linhas Aéreas.

Matos argumentou que essa situação é comum em um mercado com poucos concorrentes, como no caso de transporte de carga aérea postal. "Quando se faz um preço de referência em um mercado escasso, aceitam-se essas variações, desde que sejam razoáveis", disse.

Segundo ele, o caso da Total Linhas Aéreas foi o primeiro que subiu para aprovação da diretoria dos Correios depois da demissão da diretoria anterior, então comandada por Carlos Henrique Almeida Custódio, um apadrinhado do então ministro das Comunicações, Hélio Costa. "Normalmente, esse tipo de coisa não sobe para a diretoria. Na maioria dos casos, o pregoeiro negocia com a empresa, tentando fazer com que o preço baixe. Caso contrário, ocorre o cancelamento da licitação", admitiu Matos.

Diante dessa proposta da Total, porém, explicou o presidente dos Correios, como a diferença, na avaliação deles, era "pequena" - quase R$ 3 milhões -, a estatal preferiu pagar acima do preço de referência do que extinguir o processo licitatório e abrir outra concorrência.

Ele acrescentou que, em caso de cancelamento, a Empresa de Correios e Telégrafos corria o risco de comprar os serviços aéreos por valores ainda maiores, devido às variações de custo de junho a setembro.

"Você tem um preço de referência, que muda ao longo do tempo, se o combustível subir, por exemplo. Se fica 5% a 10% acima do preço de mercado, é normal, e no caso em questão a diferença não chega a 5%", justificou.

Em seu relatório, o coronel Artur Rodrigues, ex-diretor de Operações, cita acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) que permitem contratações acima do valor estimado. Esse contrato da Total Linhas Aéreas, aliás, tem uma cláusula que permite aos Correios arcar com os gastos de combustível das empresas, algo questionado pelo TCU.

O Estado procurou a direção da Total na sexta-feira à tarde. A empresa, no entanto, alegou que só poderia comentar o caso a partir da próxima quarta-feira.

Pane

O presidente da Rio Linhas Aéreas, Leonardo Cordeiro, disse que sua empresa tentou, sem sucesso, participar da licitação em agosto. Numa carta enviada aos Correios, a Rio diz que não soube do retorno do pregão após uma pane no sistema, mas não adiantou.

"De fato a Rio não pôde participar do pregão devido à instabilidade do sistema conforme está registrado no site da ECT. Nosso departamento jurídico está avaliando a questão e nós nos pronunciaremos após recebermos o parecer jurídico", disse.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Nomeado de Erenice nos Correios fecha contrato superfaturado em R$ 2,8 mi

Documentos mostram que direção da estatal manobrou para ressuscitar licitação que havia sido cancelada

O presidente dos Correios, David José de Matos, e a diretoria da estatal aprovaram um contrato superfaturado em R$ 2,8 milhões para favorecer uma empresa de carga aérea. Documentos obtidos pelo Estado mostram que a nova direção da estatal, nomeada pela então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, manobrou para ressuscitar, em agosto, uma licitação que havia sido cancelada três meses antes pelo comando demitido da estatal.

Os documentos da presidência dos Correios e os registros dos pregões revelam o esforço da nova diretoria, que assumiu no dia 2 de agosto, para, duas semanas depois da posse, entregar à Total Linhas Aéreas um contrato de R$ 44,3 milhões.

A licitação foi concluída em meio à crise que derrubou Erenice da Casa Civil. Coube ao presidente Davi de Matos e seus diretores aprovarem no dia 15 de setembro, um dia antes da demissão da ministra, a contratação da Total, como mostra a ata da 36.ª reunião interna do comando da estatal. O contrato foi publicado no Diário Oficial da União de 4 de outubro, um dia depois do primeiro turno eleitoral. No período de um ano, a Total vai transportar cargas dos Correios no trecho Fortaleza-Salvador-São Paulo-Belo Horizonte.

Alerta

Tudo começou no dia 2 de junho, quando um pregão foi feito para o serviço pelo preço limite de R$ 41,5 milhões. A Total entrou sozinha no leilão e ofereceu R$ 47 milhões. A proposta foi recusada pelos Correios. "Solicito a redução do último valor proposto ao preço de referência, sob pena de ter sua proposta desclassificada do certame", disse o pregoeiro, segundo registro eletrônico. A empresa não mudou o preço e a licitação foi anulada.

Para conseguir o contrato de R$ 44,3 milhões, na licitação de agosto - com posterior aprovação da manobra pela diretoria, em setembro -, a Total contou com o apoio de outro personagem central da crise dos Correios, o coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, então nomeado diretor de Operações.

Em agosto, o coronel foi procurado pelos donos da Total para tentar reverter juridicamente o pregão revogado em junho. A empresa MTA, que ganhara na Justiça uma licitação dos Correios, foi consultada sobre a possibilidade de orientar a Total a conseguir fechar esse contrato. O objetivo, naquele momento, era tentar transformar as duas empresas de carga aérea no embrião da unidade de logística que o governo pretende criar em 2011 - uma sociedade mista entre governo e empresas privadas avaliada em US$ 400 milhões.

A solução dada foi fazer uma nova licitação no dia 19 de agosto. Dessa vez, os Correios subiram de R$ 41,5 milhões para R$ 42 milhões o preço máximo para contratação. Mais uma vez, só a Total participou dos lances.

Chegou ao preço de R$ 44,3 milhões e avisou que não poderia mais reduzir o valor, apesar dos alertas do pregoeiro: "Solicitamos que a arrematante faça mais uma revisão em sua planilha de custos, reduzindo sua proposta para, pelo menos, o valor estimado da contratação."

O artigo 48 da Lei de Licitações é claro. Diz que serão desclassificadas "propostas com valor global superior ao limite estabelecido". Já o artigo 40 veda faixas de variação em relação a preços de referência. Diante do conflito legal, o resultado do pregão foi remetido ao coronel Artur, que era o diretor de Operações.

'Excepcional'

Num relatório de 13 páginas, a que o Estado teve acesso, ele deixa de lado os alertas no pregão e justifica a contratação da Total Linhas Aéreas por um preço R$ 2,8 milhões acima do valor estipulado na licitação revogada em junho e R$ 2,3 milhões superior ao preço definido no edital da segunda concorrência. Segundo ele, os métodos dos Correios para chegar a uma estimativa "não são absolutamente precisos". "Fato este que permite a homologação excepcional de licitações por valor acima do previamente estimado em decorrência da variação normal de mercado e desde que haja interesse público", diz.

O parecer do ex-diretor foi então submetido em 15 de setembro ao comando dos Correios. David José de Matos, amigo e colega de Erenice desde os tempos em que trabalharam na Eletronorte, dirigiu a reunião que aprovou a contratação da Total por R$ 44,3 milhões, vigorando por 12 meses. O contrato foi publicado na semana passada. Na ata estão os nomes dele, do coronel Artur e dos diretores Décio Braga de Oliveira, Ronaldo Takahashi de Araújo, José Osvaldo Fontoura e Nelson Luiz de Freitas. No dia seguinte, Erenice Guerra pediria demissão da chefia da Casa Civil, em meio ao escândalo envolvendo assessores e parentes dentro do governo.

O coronel Artur demitiu-se no dia 19 de setembro, depois de o Estado revelar que era testa de ferro de um empresário argentino na MTA, outra empresa contratada pelos Correios e personagem da queda de Erenice Guerra da Casa Civil. Um filho de Erenice, Israel, fez lobby e cobrou propina para ajudar a MTA.

Veja abaixo os documentos obtidos pelo Estado:

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Fonte: Leandro Colon e Karla Mendes (O Estado de S.Paulo)

Equipe projeta a primeira nave interestelar da história

Semana passada astrônomos americanos anunciaram a descoberta de um planeta semelhante à Terra, na órbita da estrela Gliese 581, a vinte anos-luz do nosso planeta. Chegar lá é apenas uma questão de tempo. Uma equipe de engenheiros da Inglaterra já está desenvolvendo o projeto da primeira nave espacial interestelar. Esqueçam a Enterprise e o capitão Kirk. A primeira caravela interestelar terá uma tripulação com sotaque britânico.

Chamado de projeto Ícarus, o empreendimento envolve uma série de físicos e engenheiros de universidades inglesas e toma como ponto de partida, uma iniciativa anterior, o projeto Dédalo da Sociedade Interplanetária Britânica. A sociedade foi fundada depois da Segunda Guerra Mundial e reunia cientistas e engenheiros interessados em vôos espaciais. Em 1948, eles projetaram uma nave tripulada capaz de descer na Lua, muito semelhante ao módulo lunar Apollo, que acabou fazendo a viagem em 1969. Um de seus fundadores foi o escritor Arthur C. Clarke, o pai dos satélites de comunicações que usamos hoje em dia.

O projeto Dédalo produziu as especificações de um veículo não tripulado, capaz de enviar uma sonda robótica até o sistema solar da estrela de Barnard, a seis anos-luz da Terra - um ano-luz é igual a 10 trilhões de quilômetros. A nave atingiria uma velocidade de 12% da velocidade da luz e alcançaria seu objetivo depois de viajar 50 anos pelo espaço. Demasiado para uma tripulação humana, mas perfeitamente viável para um robô.

Agora a equipe Ícaro pretende aperfeiçoar o projeto para alcançar as estrelas mais distantes como a Gliese 581. Além dos engenheiros e cientistas, o grupo conta com o talento do ilustrador Adrian Mann, cujas imagens, criadas em computador, ilustram o site do projeto em www.icarusinterstellar.org. Mann já ilustrou inúmeros livros de ciência e ficção científica e trabalhou com a agência espacial europeia. Se depender dele, o projeto terá uma excelente apresentação gráfica. Tanto Ícaro, quanto sua antecessora, a Dédalo, usam sistemas de propulsão baseados em explosões nucleares. Uma ideia que a agência espacial americana, Nasa estudou seriamente na década de 1960.

Projetos antigos

Depois que a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial da Terra, em outubro de 1957, os americanos se sentiram ameaçados pelo avanço dos russos no espaço. Todos os meios possíveis de explorar o mundo das estrelas foram avaliados e um dos mais exóticos foi o projeto Orion. A Orion seria uma nave capaz de ir a Plutão e voltar em uma semana, acelerada pela detonação de bombas nucleares. No lugar de combustível, a nave levaria um arsenal nuclear, que seria detonado atrás de uma placa de metal revestido com grafite. Explodindo uma bomba por segundo, a nave alcançaria velocidades da ordem de centenas de milhares de quilômetros horários. O suficiente para ir a Marte e voltar em poucos dias.

Em 1965, Estados Unidos e Rússia assinaram um tratado que proibia a detonação de armas nucleares no espaço e o desenho da Orion foi arquivado. Nos anos 70, a ideia foi retomada pela equipe inglesa do projeto Dédalo. No lugar de explodir bombas atômicas, eles acham que seria mais eficiente detonar bolas de deutério com raios laser - o deutério é uma variedade de hidrogênio pesado -, produzindo pequenas explosões termonucleares dentro de uma enorme câmara em forma de sino.

O problema é que a nave seria muito grande e teria que ser construída no espaço, longe da atmosfera da Terra. Na década de 1970, não houve dinheiro nem vontade política de tocar um projeto assim, mas o estudo ficou como inspiração para as gerações futuras.

A equipe do projeto Ícaro está levando em consideração todos os projetos de veículos interestelares criados no século passado. Entre eles o ramjato Bussard, uma nave bem mais ecológica do que a Orion. Ela usa como combustível o hidrogênio disperso pelo espaço. E pode chegar perto da velocidade da luz, onde o tempo passa mais devagar e uma viagem às estrelas se torna acessível para seres humanos de vida curta.

Um projeto desses custaria bilhões de dólares para ir da prancheta para o hangar, mas pode ser a salvação do mundo no milênio que se inicia. Como no filme "Impacto profundo", onde uma nave do tipo Orion desvia um cometa que vai colidir com a Terra. A equipe inglesa quer ter certeza de que se um dia, precisarmos de uma nave assim, o projeto já estará pronto.

Fonte: Jorge Luiz Calife (Diário do Vale) - Imagens: Reprodução do Site do Projeto

Os pilotos (e os comissários) sumiram

Mercado aquecido e escassez de mão de obra disponível provocam uma dança das cadeiras entre os profissionais das empresas aéreas

A explosão da demanda no transporte aéreo no Brasil está gerando uma acirrada disputa entre as empresas por tripulação para seus novos voos, lançados quase semanalmente. Com o crescimento da necessidade de contratações, comissários, copilotos e comandantes entraram em uma verdadeira dança das cadeiras, migrando de uma companhia para outra em busca de melhores salários e benefícios.

Só no último mês, cerca de 60 comissários debandaram da Gol em direção à TAM, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). "As pessoas vão para a TAM, onde há possibilidade de fazer voos internacionais e obter melhores salários", afirma o presidente da entidade, Gelson Fochesato.

Desde o início do ano, a TAM admitiu 950 aeronautas, dos quais mais de 750 são comissários. Já a Gol contratou 183 copilotos e 501 comissários até agora, ante 43 e 59 em todo o ano passado, respectivamente.

As companhias de menor porte, que têm tomado mercado das duas líderes, também estão engordando os números de contratação no setor. A regional Trip planeja chegar ao fim do ano com 183 novos copilotos e comandantes, 60 a mais do que o total incorporado no ano passado. A Azul, a três meses do fim do ano, já repetiu as 43 admissões de comandantes de 2009. O número de copilotos que ingressaram na companhia cresceu de 69 para 78, e o de comissários saltou de 173 para 241.

Para o presidente da Azul, Pedro Janot, a disputa por profissionais é resultado não só do número cada vez maior de brasileiros que viajam de avião, mas também da maior concorrência no setor - acirrada, inclusive, pela criação da própria companhia. Fundada há menos de dois anos, hoje a Azul já detém 6% de participação no mercado. "De um mercado estático, em que havia duas companhias, estamos entrando em um mercado dinâmico", disse.

No chão

A migração de aeronautas entre companhias ficou evidente no fim do mês passado, quando quase metade dos voos da Webjet não pôde decolar por insuficiência de tripulantes. Um dos motivos foi a saída de pilotos da empresa - a quarta maior do País - para trabalhar na TAM e na Gol. "Isso acontece por conta dos salários pagos na Webjet. O mercado está aquecido, concorrentes estão pagando mais e oferecendo melhores condições de trabalho", disse a diretora do SNA, Graziella Baggio.

O vice-presidente de operações da companhia, Fernando Sporleder, atribuiu os cancelamentos do mês passado a um problema pontual: uma falha no simulador usado para treinar os pilotos. Diante do imprevisto, segundo o Estado apurou, a empresa não conseguiu formar funcionários recém-contratados no mesmo ritmo em que perdia pilotos para a concorrência. Sporleder afirma que a empresa não será atingida novamente pela falta de aeronautas. "Não vejo grandes problemas, pois estamos no topo da pirâmide", declarou, em meio à crise de imagem causada pelos cancelamentos em série. "Buscamos tripulantes nas companhias regionais, de táxi aéreo e de aviação executiva. Essa base é muito grande."

O executivo informou que a empresa já começou a se preparar para que não faltem tripulantes no ano que vem. "Estamos contratando mais uma turma de 20 copilotos, que começa no dia 18 de novembro, para atender ao crescimento esperado para o primeiro trimestre de 2011", disse Sporleder.

Já Leonard Grant, diretor de operações e treinamento da TAM, admite que o problema da migração de profissionais não é exclusividade das pequenas empresas. "Perdemos muitos copilotos eficientes este ano para outras empresas, que ofereceram promoções mais rápidas. Aqui, eles seriam promovidos a comandantes em dois anos. Na concorrência, a promessa é de que seriam promovidos em seis meses", afirmou. Segundo ele, a Azul foi o principal destino desses aeronautas.

A companhia aérea de David Neeleman também garimpou pilotos brasileiros que estavam em empresas estrangeiras. Muitos profissionais da Varig, Transbrasil e Vasp foram trabalhar no exterior quando essas companhias começaram a entrar em declínio. Desde o início do ano, a Azul repatriou 50 aeronautas. "Quem foi voar lá fora não saiu do País por aventura. Foi por falta de oportunidades aqui. Agora, temos a possibilidade de trazer pilotos altamente experientes de volta para casa", disse o vice-presidente técnico operacional da companhia, Miguel Dau.

Disputa

Parte da disputa pesada pelos profissionais pode ser explicada pela rápida mudança no cenário econômico do País. A crise financeira internacional forçou as empresas a diminuir o ritmo das contratações. "O número de admissões do segundo semestre de 2008 até o fim de 2009 foi muito baixo", diz Leonard Grant, da TAM. "Ao mesmo tempo, como o tripulante é um funcionário caro, a tendência é trabalhar sem excessos", complementou.

Com os quadros enxutos e em meio à retomada da economia neste ano, as empresas tiveram de dar início a uma caça aos profissionais já treinados e prontos para trabalhar. "Com a volta do crescimento do setor, as empresas aéreas passaram a receber novas aeronaves ou a aumentar a utilização dos aviões que já possuíam", diz Grant.

O outro lado

Se para as empresas do setor a expansão do mercado doméstico de aviação traz o revés da disputa por mão de obra qualificada, para os profissionais recém-formados, claro, o cenário não poderia ser melhor. Esse é o caso do comissário Demitrius de Morais, chamado pela TAM para uma entrevista apenas cinco dias após cadastrar o currículo no site da empresa.

"Não esperava que fosse tão rápido", comentou o profissional, que foi contratado em maio. Esse é seu primeiro emprego como comissário. Antes de começar a voar, no início do mês passado, Morais passou por um período de treinamento dentro da TAM.

Fonte: Glauber Gonçalves (O Estado de S. Paulo) - Imagem: Reprodução

Aplicativo para smartphone ameaça segurança aérea

Aplicativo que controla localização de aviões pode ser banido

Segundo especialistas em segurança, um certo software barato para smartphones iPhone ou Android, capaz de fornecer com razoável precisão a localização de uma aeronave comercial, constitui uma séria ameaça terrorista.

De acordo com o site "NDTV", os analistas que identificaram o risco estão reivindicando o banimento imediato do dito aplicativo, que se chama Plane Finder AR (http://bit.ly/planefinder) e foi desenvolvido pela empresa britânica PinkFroot Ltd. Instalado em um smartphone, permite ao usuário apontar com a câmara do aparelho para um ponto qualquer do céu e ver na tela pequenas janelas informando dados sobre as aeronaves naquele setor, incluindo linha aérea, origem, destino e número do voo, posição, altitude e velocidade.

O risco envolvido é que tais informações podem perfeitamente ser utilizadas para direcionar uma aeronave inimiga dotada de mísseis terra-ar visando o alvo, ou mesmo para programar um avião para curso de colisão.

O programa é vendido por 1,79 libras (R$ 4,75) na Apple Store e foi apelidado "ferramenta para terroristas" por especialistas em segurança. O Departamento de Segurança Doméstica dos EUA também está examinando como proteger aeronaves comerciais desse aplicativo.

Fontes: O Globo / Veja.com - Imagem: Reprodução

Fumaça causa pânico e evacua avião da Air France em Roma

Passageiros do voo AF 1905 da Air France passaram por momentos de pânico no final da tarde desta segunda-feira (11) em Roma (horário local). A aeronave, que deveria sair da capital italiana com destino a Paris, teve problemas técnicos e não decolou. Brasileiros que haviam embarcado e estavam na pista aguardando a decolagem relataram ter visto duas colunas de fumaça na parte externa do avião - com intervalos de 15 minutos entre ambas. No voo estavam Sibele e Giovanna Amaral, esposa e filha do jogador da seleção brasileira de vôlei, Dante Amaral. Ambas acompanhavam o atleta no Mundial de Volei vencido pelo Brasil em Roma.

O voo deveria ter partido às 18h (horário local), mas atrasou, o que forçou os passageiros a ficarem dentro da aeronave por cerca de uma hora. Ao iniciar os procedimentos de decolagem, a aeronave teria apresentado problemas mecânicos e "soltado fumaça", conforme relatou o brasileiro Durval Wanderbruck, psicólogo que estava dentro da aeronave aguardando pela partida. "Cerca de 20 minutos depois, vi outra fumaça", descreveu. "Uma senhora francesa se levantou e começou a gritar, o que desencadeou uma onda de pânico. Mesmo assim, ficamos trancados lá dentro por mais 20 minutos", disse outra passageira que preferiu não se identificar.

No voo havia muitos brasileiros que fariam escala em Paris antes de ir para São Paulo. Por volta das 21h (16h de Brasília), os passageiros faziam fila no aeroporto Leonardo da Vinci (Fiumicino) em busca de informações sobre novos voos. A expectativa é que muitos passem a noite em Roma e sejam remanejados a partir desta terça-feira.

Dante havia embarcado em um voo da Alitalia com toda a delegação brasileira com destino a São Paulo. Sibele e Giovanna passariam dois dias em Paris.

Procurada, a assessoria Edelman Brasil, que fala pela companhia aérea no País, informou que não atende nesta segunda-feira devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, comemorado na terça-feira. A reportagem procurou a Air France em Paris, que confirmou que, durante a decolagem, uma das turbinas não funcionou e o voo precisou ser cancelado em função disso. Os passageiros serão acomodados em outro voo da Air France nesta terça-feira.

Fonte: Leandro Demori (Terra)