segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Duas pessoas morrem em queda de helicóptero no Japão

Um helicóptero caiu neste domingo (1) em um campo de arroz em Kamoto-cho, na cidade de Yamaga, em Kumamoto, no Japão.

Os dois ocupantes da aeronave Robinson R22 Beta, prefixo JA22NE, que tinham 62 e 61 anos, morreram em razão da queda. A polícia está investigando a causa do acidente.

Segundo a assessoria da polícia e do Aeroporto de Kumamoto, o helicóptero é de propriedade de uma empresa de construção que executava serviços de eletricidade.

Segundo o relato de testemunhas, o helicóptero estava voando a baixa altitude, sobre arrozais, quando o motor parou de funcionar e caiu.

Fontes: ASN / kyushu.yomiuri.co.jp

Três pessoas morrem em acidente de avião no Alasca

Três pessoas que estavam em um avião de carga morreram neste domingo (1) na queda da aeronave no parque nacional Denali, no estado americano do Alasca, informou hoje o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos.

O avião, o Fairchild C-123K Provider, prefixo N709RR, da All West Freight, caiu às 15h15 da tarde de ontem (hora local) no monte Healy e provocou um incêndio na área, de acordo com as primeiras investigações.

O Serviço Nacional de Parques confirmou que os três mortos eram os únicos tripulantes do aparelho, mas não revelaram suas identidades.

Este é o segundo acidente aéreo no Alasca em menos de uma semana. Na quarta-feira, quatro pessoas morreram na queda de um avião militar C-17 Globemaster na base aérea de Elmendorf, perto da cidade de Anchorage.

Fontes: EFE / ASN

MAIS

Aeronave que caiu no Alasca 'protagonizou' o filme "Con Air - A Rota da Fuga"

O Fairchild C-123K Provider, prefixo N709RR participou do filme de ação "Con Air", estrelado por Nicolas Cage. O filme foi lançado em 1997, mas a maior parte das filmagens foi realizada no segundo semestre de 1996. A parte dos aviões de transporte de prisioneiros foi feita utilizando vários modelos - altamente detalhados - em escala de 1/15, mas também por três aviões C-123 de verdade, um deles, o N709RR.

Quando a foto acima foi tirada, em outubro de 1996, a maior parte das cenas em que a aeronave participava já haviam sido filmadas, e o "Jailbird" é visto aqui descansando em seu local de origem, no Aeroporto Reno/Stead, em Nevada.

Fonte: oldwings.nl - Foto: Graham Robson

Aeroporto do interior de SP reabre após pouso forçado de aeronave

Aeroporto de Bauru ficou fechado por cerca de oito horas.

Voo 4749 da Pantanal não transportava passageiros, diz companhia.


O aeroporto de Bauru, a 329 km de São Paulo, foi reaberto para pousos e decolagens na tarde desta segunda-feira (2) depois de ter sido fechado em razão do pouso forçado de uma aeronave pela manhã.

Sem vítimas

A companhia aérea Pantanal informou que não havia passageiros na aeronave ATR-42, que realizou o pouso forçado em Bauru. Quatro tripulantes estavam a bordo, mas ninguém ficou ferido. O voo 4749 sairia de Marília com destino ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

A Pantanal afirma que a aeronave saiu de Presidente Prudente com destino a Marília, onde os passageiros embarcariam, e apresentou um problema técnico em um dos trens de pousos. O piloto decidiu pousar no aeroporto de Bauru por medida de segurança. A aeronave aterrissou às 8h02 desta segunda (2).

Durante o procedimento, foi recolhido o trem de pouso e o nariz do avião tocou o solo. Os passageiros que embarcariam em Marília foram levados via terrestre para o destino.

O aeroporto ficou fechado por cerca de oito horas.

Fonte: G1/Globo Notícia

Comissária da Gol cai de avião no aeroporto de Maceió

Funcionária da empresa Gol fechava a porta da aeronave quando desequilibrou e caiu

Uma comissária de bordo da companhia aérea Gol ficou ferida, na madrugada de hoje (2), ao cair de um avião que estava parado na pista de pouso do aeroporto Zumbi dos Palmares. Ao fechar a porta da aeronave, se desequilibrou e caiu.

Segundo a assessoria da companhia aérea, a comissária, que não teve o nome revelado, se preparava para fechar a porta traseira do avião quando desequilibrou e caiu.

Apesar de a queda ser de uma altura considerável, ela teve apenas ferimentos leves e recebeu atendimento médico e passa bem.

O incidente vai ser apurado pela empresa e pela Infraero.

Fontes: Tudonahora / Correio do Povo

Justiça condena 2 homens por plano de ataque a aeroporto de NY

Russel Defreitas e Abdul Kadir conspiraram para explodir prédios.

Os dois podem ser condenados à prisão perpétua.


Dois militantes islâmicos foram considerados culpados, nesta segunda-feira (2), por um júri federal de Nova York por terem planejado um ataque a bomba contra o Aeroporto Internacional John F. Kennedy.

Russel Defreitas, de 67 anos, cidadão norte-americano nascido na Guiana, e Abdul Kadir, de Guiana, conspiraram para explodir prédios e tanques de combustível no aeroporto. Eles foram presos em junho de 2007.

À esquerda, desenho de Russell Defreitas no tribunal. à direita Abdul Kadir

Defreitas, ex-funcionário do aeroporto, forneceu informações sobre as instalações do local, de acordo com a promotoria dos Estados Unidos, enquanto Kadir, um engenheiro, ajudou nos aspectos técnicos.

Os dois podem ser condenados à prisão perpétua.

Fonte: Reuters via G1 - Foto: AP

Queda de avião russo mata 11 pessoas na Sibéria

Um avião russo de passageiros Antonov An-24 da empresa Katekavia caiu às 01:40 (hora local - 17h40Z) desta segunda-feira (2) durante o pouso perto de uma cidade petrolífera na Sibéria, matando os 11 dos 15 ocupantes da aeronave.

Um Antonov An-24 similar ao que caiu hoje

"O avião voava de Krasnoyarsk para Igarka (voo KTK-9357) e caiu a 700 metros da pista enquanto pousava...", afirmou a porta-voz do Ministério de Emergências Irina Andriyanova ao canal de televisão Rossiya-24.

Ela informou que quatro das 15 pessoas a bordo do avião modelo AN-24 eram tripulantes.

A cidade de Igarka, na região de Krasnoyarsk, fica a 140 quilômetros do campo petrolífero de Vankor, operado pela companhia Rosneft, e a 3.000 quilômetros a nordeste de Moscou.

O avião AN-24 é produzido pela fabricante ucraniana Antonov.

Durante o dia, o número de mortos no acidente variou muito, entre 7 e 15 pessoas. Balanço divulgado pelo Ministério de Emergências da Rússia, por volta das 20:00 (horário de Brasília), aponta 11 mortos e quatro sobreviventes.

Fontes: Conor Humphries (Reuters) via O Globo / ASN / Aviation Herald - Foto: AFP

Acordo com sindicato para evitar tripulação sobrecarregada gerou atrasos na Gol

Os atrasos registrados em mais da metade dos voos da Gol nesta segunda-feira (2) não são reflexo de uma greve, mas de um acordo feito entre a companhia e o Sindicato Nacional dos Aeronautas para que os tripulantes não fiquem sobrecarregados e excedam o limite de horas de voos previsto por lei. A informação foi dada pelo presidente do sindicato, comandante Gelson Fochesato.

A Infraero, que administra os aeroportos do país, informou que a Gol teve 305 voos atrasados e 59 cancelados entre 0h e 16h desta segunda-feira. Os atrasos representam mais de 50% dos voos que estavam previstos para o horário.

Em nota, a companhia disse que os voos da empresa vêm sofrendo cancelamentos e atrasos além do normal desde a sexta-feira por conta do intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelos remanejamentos de voos do Aeroporto de Congonhas, que fecha as 23h, para o Aeroporto de Guarulhos.

“A situação, desenvolvida num fim de semana de pico de movimento, com retorno de férias escolares, ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários”, completou a companhia. “Algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia”.

Fochesato confirma a mudança na escala. Segundo ele, depois de três reuniões com a categoria, a Gol concordou no dia 26 de julho em diminuir o número de voos para que uma escala menos sobrecarregada já começasse a valer a partir de agosto.

“Em julho, acontecem muitos voos extras. As companhias fretam aviões para agências de viagens, há voos de férias. E eles não levam em consideração a capacidade da tripulação. Em agosto, isso deve melhorar, mas o acordo é de que agora os voos extras só serão aceitos dentro da capacidade”, explicou.

O uso excessivo da tripulação, de acordo com ele, contraria as normas da aviação. “De fevereiro a julho, tivemos 800 denúncias de funcionários por excesso de jornada e falta de folga. Todas as companhias estão trabalhando fora do permitido. Os funcionários estão sobrecarregados, estressados e cansados”, disse.

Fochesato afirmou ainda que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável por liberar os comissários formados para contratação, mas isso demora a acontecer.

“A Anac, em vez de fiscalizar e ouvir as demandas dos sindicatos, fica liberando voos e demorando na liberação de novos comissários. A aviação brasileira está crescento muito e isso é bom, porque a sociedade pode viajar mais e por menos. Mas a formação da tripulação não acompanha e os tripulantes estão no limite, sobrecarregados”, explicou.

Segundo o sindicato, até o momento, apenas a Gol aceitou negociar a reestruturação da escala. O próximo passo é negociar com a Tam. Tripulantes extras foram chamados para normalizar a situação.

A TAM também registrou atrasos e cancelamentos, mas em menor quantidade. Foram 41 atrasos e sete cancelamentos. Avianca, Azul e Webjet tiveram juntas 31 atrasos e quatro cancelamentos.

Ao todo, 396 voos domésticos e 20 voos internacionais sofreram atrasos e 80 foram cancelados no país.

Fontes: Fabiana Uchinaka (UOL Notícias) / ABRAPIV - Fotos: Fernando Quevedo/Agência O Globo

Nota do Autor:

Primeiro passo para corrigir o problema: multar pesadamente as empresas. Os trabalhadores do setor não são escravos e - todos sabemos - que a sobrecarga na jornada de trabalho pode ocasionar desde pequenos incidentes até grandes tragédias.

Cancelamento e atrasos de voos causam tumulto no aeroporto Galeão, no Rio

Centenas de passageiros protestam contra cancelamento e atrasos de voos da Gol desde o início da madrugada desta segunda-feira no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Segundo a Infraero, as pessoas reclamam da falta de informação e da lentidão de atendimento da empresa no balcão de check-in.

De acordo com alguns passageiros, funcionários da empresa fazem greve, mas a assessoria da companhia não confirma.

Cerca de 140 passageiros de um voo cancelado, que seguiria do Rio para Buenos Aires, com escala em Porto Alegre tiveram de esperar mais de quatro horas para embarcar. Eles só foram informados do atraso quase uma hora e meia depois do horário previsto para a saída do voo.

De acordo com o relatório do site da Infraero, pelo menos dez voos atrasaram de duas a quatro horas nesta segunda. A maioria das aeronaves que apresentaram problemas de atraso chegava de Fortaleza e São Paulo.

A Gol informa que está trabalhando para resolver o problema e que os passageiros estão sendo avisados dos atrasos e cancelamentos. Na manhã de hoje, 20 voos estão atrasados e 16 foram cancelados em todo o Brasil.

No domingo (1º), a companhia aérea registrou dez cancelamentos de voos previstos para chegarem ou partirem do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

Fonte: Folha.com - Foto: Rodrigo Capote/ Folhapress

Avião da Pantanal faz pouso forçado em Bauru (SP)

A aeronave ATR-42-320, prefixo PT-MFT, da empresa aérea Pantanal, que realizaria o voo 4749 (Marília/Bauru/Congonhas), no Estado de de São Paulo, fez um pouso forçado na manhã de hoje (2) no Aeroporto de Bauru-Arealva (JTC/SJTC), em Bauru.

O avião, que havia partido de Presidente Prudente (SP) com destino a Marília com quatro tripulantes e sem passageiros a bordo, apresentou um problema técnico em um dos trens de pouso e foi desviado por medida de segurança para o aeroporto de Bauru, onde pousou às 8h02 desta manhã.

Durante o procedimento, o trem de pouso recolheu e o nariz da aeronave tocou o solo. Nenhum dos tripulantes se feriu.

A aeronave assumiria o voo 4749 partindo de Marília com escala em Bauru, com destino ao Aeroporto de Congonhas, na capital.

Os passageiros que embarcariam no voo 4749 tiveram que se deslocar por via terrestre para seu destino final.

A companhia informou que está tomando as providências para desimpedir a pista do aeroporto de Bauru-Arealva no menor prazo possível.




Empresa divulga nota oficial sobre avião da Pantanal que pousou de bico em SP

A empresa, que foi comprada pela TAM, divulgou nota sobre o acidente:

"A Pantanal informa que a aeronave ATR-42 que assumiria o voo 4749 (Marília/Bauru/Congonhas) apresentou um problema técnico em um dos trens de pouso e alternou para Bauru por medida de segurança. O equipamento tinha partido de Presidente Prudente com destino a Marília com quatro tripulantes - não havia passageiros a bordo.

A aeronave aterrissou às 8h02, seguindo todos os protocolos de segurança. No procedimento, o trem de pouso recolheu e o nariz da aeronave tocou o solo. Ninguém ficou ferido. Os passageiros que embarcariam no voo 4749 foram acomodados via terrestre para seu destino final. A companhia está tomando todas as providências para desimpedir a pista do aeroporto de Bauru-Arealva no menor prazo possível."

Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações de O Globo / Estadão / G1) - Foto: Reprodução/TV Tem

domingo, 1 de agosto de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 767-284/ER, prefixo CP-2659/988, da AeroSur, o "Sharko", no Aeroporto Internacional da Cidade do Méxixo (MEX/MMMX), em 31 de julho de 2010.


Foto: Juan Carlos Guerra - FlyAPM (Airliners.net)

Veja que acontece quando uma lâmina da turbina de um jato se solta



Este teste “blade out” é feito para simular uma das lâminas da turbina de um avião se soltando. Cargas explosivas soltam uma lâmina enquanto a turbina está em funcionamento. Isso pode ocorrer por causa da fatiga ou rachaduras ocultas em uma lâmina.

Apesar das lâminas serem extremamente resistentes, quando uma delas se solta ocorre uma reação em cadeia em que uma destrói a outra, o que é inevitável. O que é totalmente indesejável é um estilhaço de uma lâmina atingindo a fuselagem, penetrando na asa (onde fica o combustível) ou que a capota da turbina se solte. Este teste serve para o aprendizado na contenção da explosão.

As turbinas também são projetadas para não explodirem quando ‘atacadas’ por aves, mas para aguentarem o tranco não destruindo a aeronave. Elas também são projetadas para continuarem funcionando até um certo número de avés serem ingeridas e além deste limite desligarem em segurança.

O importante é lembrar que as turbinas nunca são frágeis ou delicadas ao ponto de serem seriamente danificadas por uma única ave de ossos pneumáticos e corpo leve.

Aqui está o que acontece quando a turbina é atingida por aves:



Abaixo, o vídeo de um homem que foi sugado pela turbina de um caça… e viveu para contar a história:



Fonte: Miguel Kramer (hypescience.com)

Gol cancela quase todos os voos em Congonhas

Excesso de horas trabalhadas pelos tripulantes gera atrasos e cancelamentos desde sexta

Problemas operacionais da empresa aérea Gol, iniciados na última sexta-feira, 30, causaram o cancelamento de quase todos os voos previstos para chegarem ou partirem do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, neste domingo, 1.

Segundo a Coordenação de Voos da companhia, os cancelamentos foram reflexo de uma situação que se desenvolveu desde a sexta-feira, por conta do intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelo excesso de horas trabalhadas pelos tripulantes.

De acordo com a Gol, desde a sexta foi necessário transferir algumas de suas partidas programadas, que já registravam atrasos, para o Aeroporto de Congonhas, que fecha às 23 horas, para o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na grande São Paulo.

Por conta disso, algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem. Segundo a Gol, a jornada diário da tripulação é de até 11 horas, contando da apresentação do funcionário no momento em que chega para trabalhar, até 30 minutos depois com o 'corte dos motores', quando o avião é desligado.

A jornada total mensal para a tripulação é de até 85 horas/mês. Devido ao mês de julho ter 31 dias, um dia a mais que os demais meses, este limite seria ultrapassado, segundo a empresa, e foi necessário o remanejamento da tripulação, com o acionamento de funcionários extras.

A partir deste acionamento de tripulantes extras para fazer os voos, os atrasos foram ficando cada vez maiores, segundo a Gol, que garante que está trabalhando para regularizar os horários das operações afetadas. A previsão da Gol é a de que os voos sejam normalizados na manhã desta segunda-feira, 2.

Relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) mostra que no período das 6h30 até as 20 horas de hoje, 17 voos de chegadas da Gol, de diversas regiões do país, foram canceladas e quatro registravam atrasos de mais de uma hora. Outras 13 partidas também foram canceladas no período.

Segundo a Gol, em todo o país foram registrados 52 cancelamentos e 296 alterações de horários em seus voos, entre partidas e chegadas, ao longo deste domingo.

Fonte: Solange Spigliatti (Central de Notícias/Estadão)

Cautela para confirmar retomada

O bom momento vivido pelos fabricantes de aviões durante a feira de Farnborough, em Londres, pode ser um sinal de que as companhias aéreas estão retomando as compras e voltando à normalidade econômica. Na avaliação de analistas, porém, é preciso observar nos próximos trimestres se esse boom de pedidos não é um movimento restrito ao evento.

- É importante esperar para ver se este movimento de retomada continuará nos próximos meses - pondera Marcos Saravalle, analista de aviação da Coinvalores.

A feira inglesa, diz, é um tradicional catalisador de vendas para os fabricantes mundiais. Por isso, seria normal que, depois de quase dois anos de vacas magras, os sinais de recuperação viessem do evento.

Rosangela Ribeiro, da corretora SLW, concorda, mas lembra que, no caso da Embraer - que ganhou o título de destaque de vendas na feira -, os pedidos interromperam a queda das ações da companhia. Para ela, essa melhora nos pedidos do setor pode ser um sinal de antecipação da retomada prevista para o segundo semestre de 2011.

Segundo o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em São José dos Campos, sede da Embraer, Almir Fernandes, os novos pedidos empolgaram o empresariado local. Mas ele lembra que o impacto desses pedidos só será sentido na economia da região no segundo semestre de 2011 e início de 2012:

- Ainda vai levar um tempo para virar realidade. Um avião leva quatro meses para ser construído.

Fonte: Lino Rodrigues (O Globo)

Um avião, 50 tarifas e muita matemática

Para definir os preços das passagens, empresas aéreas usam fórmulas complexas e a lógica de uma Bolsa de Valores

Para um consumidor, poucos universos são tão enigmáticos como o dos sites de companhias aéreas. Como é possível que o mesmo produto – o mesmo voo, ligando o mesmo par de cidades – apresente uma profusão de preços distintos dependendo de mínimas diferenças de horário? E o que faz o valor das tarifas mudar em questão de horas?

A supersegmentação de preços é um reflexo do momento vivido pelas empresas aéreas. "As companhias tornaram-se mais eficientes e já não têm muito onde cortar custos. Nesse cenário, tornou-se mais importante maximizar a receita", diz Vanessa Ferraz, analista do HSBC.

A grande arma das companhias para encher seus aviões cobrando o máximo possível de cada passageiro é o chamado revenue management (gerenciamento de receita). "Testamos a elasticidade para saber o quanto os consumidores estão dispostos a pagar", diz Maurício Oliveira, diretor estratégico de receita da TAM. Obviamente, a "elasticidade" pode ser maior ou menor dependendo do passageiro. A dificuldade está exatamente em atrair todos os perfis, sem cobrar pouco de quem poderia desembolsar mais e sem deixar de fora os que, mesmo pagando menos, ajudam na rentabilidade.

"A maioria dos custos de um voo é fixa, independentemente do número de passageiros transportados. Portanto, é melhor para a rentabilidade que entrem R$ 20 do que deixar um assento vazio", diz Trey Urbahn, vice-presidente Comercial e de Planejamento da Azul.

Na TAM, a definição dos preços é feita com a ajuda de 20 sistemas de computador. Alguns de seus aviões decolam com até 50 tarifas diferentes incluindo, entre outras variáveis, a antecedência de compra e os vários canais de vendas, de agências de viagens à internet.

Inteligência. Os softwares usam sistemas de modelagem estatística que analisam um histórico de 331 dias para a procura daquele voo e dão sugestões de preços. Ao mesmo tempo, os 80 analistas da TAM fazem, manualmente, cerca de 800 mudanças de preços por dia dependendo da movimentação de concorrentes e mudanças na demanda. Na ponte aérea Rio-São Paulo, o preço das tarifas é acompanhado de meia em meia hora. A flutuação, determinada pela oferta e demanda, lembra o ambiente de uma bolsa de valores. "É um exercício de ameaça, oportunidade, força e fraqueza", diz Oliveira.

Recentemente a TAM criou uma área de pesquisa para estudar fórmulas matemáticas que possam aprimorar os modelos estatísticos. Trata-se de um campo de pesquisa global, que envolve tanto as companhias aéreas como pesquisadores de instituições como o aclamado MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos.

O revenue management tem algumas regras gerais. A primeira diz respeito aos horários de pico. As passagens mais caras se concentram entre às 7h e 9h e entre às 17h e 19h. Tratam-se dos períodos de preferência dos passageiros de negócios, que têm mais urgência para viajar e se dispõem a pagar mais caro.

A segunda regra diz respeito à antecedência da compra. A Azul, por exemplo, tem seis níveis básicos de preço assim divididos de acordo com o número de dias de antecedência: 30, 21, 14, 7, 4 e no dia na viagem. Entre os extremos dessa lista, o valor da tarifa pode multiplicar por quatro.

Para a Azul, o revenue management também é uma ferramenta de marketing. Em vez de investir em propaganda, a companhia procura atrair o máximo de novos consumidores possível e gerar o boca a boca. "TAM e Gol não vão nos deixar ter grandes vantagens de preço. Então, procuramos ter nos nossos aviões mais gente pagando tarifas baixas na comparação com os concorrentes", diz Urbahn. "Focamos mais na ocupação das aeronaves que no preço." No primeiro semestre, os aviões da Azul decolaram com 86% de seus assentos ocupados, em média. A taxa das concorrentes Gol e TAM não passou de 66%.

Fonte: Melina Costa (O Estado de S. Paulo)

Celular, câmera e relógio não precisarão mais ser declarados na alfândega

A partir de segunda-feira o viajante que trouxer do exterior um relógio de pulso, uma câmera fotográfica ou um celular não precisará mais declará-los à Receita Federal quando entrar no país, como acontece atualmente. Esses objetos passam a fazer parte da chamada cota de bens de uso pessoal e não pagarão impostos. Além disso, roupas, acessórios e produtos de higiene pessoal também entram nesse mesmo quesito e ficam isentos de impostos.

A medida, que será implementada por meio de uma portaria do ministro da Fazenda, Guido Mantega, não vale, no entanto, para laptops e filmadoras. Esses itens ainda necessitam de ser declarados e podem ter de pagar impostos caso o valor ultrapasse US$ 500, limite de compras no exterior para quem utilizou transporte aéreo, ou US$ 300, no caso de viagem marítima.

Na terça-feira, a Receita Federal deverá baixar instrução normativa com detalhamento das novas regras para compras no exterior. Também serão fixados limites no que antes era avaliado apenas pelo juízo do auditor. Por exemplo: a partir de segunda-feira, o viajante poderá trazer, no máximo, doze garrafas de bebidas alcoólicas, dez maços de cigarros com vinte unidades cada, 25 unidades de charutos ou cigarrilhas e 250 gramas de fumo. Até então, como não havia essa medida, a liberação do bem dependia do fiscal. Se ele achasse que duas garrafas já excediam a cota, o viajante era tributado.

Outra facilidade, que vai evitar a burocracia: a partir de segunda-feira, não será mais obrigatório declarar à Receita, antes de embarcar, produtos estrangeiros que está levando, como, por exemplo, laptops e câmeras fotográficas ou filmadoras fabricados em outros países. A Receita passou a entender que esse formulário, chamado de Declaração de Saída Temporária, apenas aumentava a burocracia.

Fonte: O Globo - Foto: Reprodução

Um aeroporto à espera de comando

Especialista diz que problema do Tom Jobim é de gestão e que política na Infraero atrapalha

O nome é nobre: Antônio Carlos Jobim. Mas a reputação do Aeroporto Internacional do Rio, o quarto mais movimentado do país, tem tropeçado em escadas rolantes quebradas, esteiras paradas, elevadores enguiçados e instalações malconservadas. A quatro anos da Copa do Mundo e a seis das Olimpíadas, a principal porta de entrada da capital fluminense coleciona alcunhas como "rodoviária de quinta" ou "aeroforno" e suscita um debate sobre o atual modelo de gestão do terminal.

Embora a Infraero, estatal que administra 67 aeroportos, anuncie investimentos de R$ 687 milhões no Galeão entre 2011 e 2014 - que ficarão para o próximo governo - a plástica pode não ser suficiente para que o Tom Jobim decole. Na opinião de Elton Fernandes, professor da Coppe/UFRJ e presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), o grande problema do aeroporto, inaugurado em 1977 e ampliado em 1998, é a gestão:

- O Galeão é a joia da Coroa. Mas não está sendo bem gerenciado. A gestão dos aeroportos está sendo influenciada politicamente. A Infraero tem bons profissionais, mas eles ou não estão exercendo função de mando ou estão sem recursos para agir. Isso precisa ser revisto. Será que as pessoas estão lá por terem perfil adequado ou por serem afilhados políticos, amigos do rei, ou são mais apegados à cadeira do que ao objetivo da função? O transporte aéreo foi relegado a segundo plano, com a nomeação, em vários casos, de pessoas com bons relacionamentos políticos e pouco ou nenhum conhecimento de gestão - diz Elton Fernandes, que defende a abertura de capital da Infraero como forma de melhorar a gestão dos aeroportos.

Presidente da Firjan defende concessão do aeroporto

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, os problemas de gestão no Galeão/Tom Jobim tornam o aeroporto uma vergonha nacional:

- A primeira impressão que o estrangeiro tem ao chegar é a de um país de vigésimo mundo.

Eduardo Eugenio é um dos que defendem a concessão do Galeão à iniciativa privada:

- O Estado não tem que explorar aeroporto. Isso é uma coisa que o setor privado faz com competência em vários lugares do mundo, liberando o Estado para investir em outros setores.

Embora a concessão dos aeroportos tenha sido cogitada pelo atual governo, devido ao calendário eleitoral, essa discussão deverá ficar para 2011.

Na tarde de quinta-feira, os problemas do Galeão podiam ser testemunhados sem esforço, ou quase. Das seis esteiras que ligam os terminais 1 e 2, duas estavam inoperantes. Nos dois terminais, havia escadas rolantes e elevadores parados.

Segundo a Infraero, as obras de revitalização, que incluem a conclusão do Terminal 2, a reforma do Terminal 1 e a recuperação de pistas e pátios, estão em andamento e devem ficar prontas até setembro de 2012. A construção de um edifício-garagem ainda está sendo licitada, já que o estacionamento subterrâneo não atende às normas de segurança para as Olimpíadas.

- O Galeão tem uma estrutura física que permite atender à demanda prevista para 2014 e 2016. Mas as obras terão de estar concluídas - diz Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

Pelos dados da Infraero, de 2003 a 2009 o número de passageiros no Galeão subiu 156%, de 4,6 milhões para 11,8 milhões. Mesmo assim, o aeroporto é considerado ocioso. Segundo o Boletim de Indicadores de Transporte Aéreo (BITA), este ano o número deve chegar a 13,4 milhões, ainda abaixo da capacidade (18 milhões). Em 2014, se forem feitas as obras previstas, serão 20,6 milhões, para uma capacidade de 26 milhões.

As falhas na gestão do aeroporto ficam claras nas tarefas mais simples. Como nas longas filas para pagamento da taxa mínima de R$ 6 nos estacionamentos. Na tarde de domingo passado, motoristas enfrentaram 40 minutos de espera para sair do estacionamento, praticamente uma viagem Rio-São Paulo. Na raiz do problema, o fato de existirem só quatro caixas abertos para atender a três andares. Apenas um funcionário orientava centenas de motoristas.

Outro problema que as obras da Infraero não vão resolver é a questão do acesso. Sem linhas de metrô ou trem ligando os terminais ao Centro, o Tom Jobim deixa o passageiro à mercê de serviços de ônibus e táxis de qualidade duvidosa.

- A acessibilidade é um dos pontos fracos do aeroporto. É preciso um ramal de metrô, um transporte público. E, para ter viabilidade, esse transporte teria de se estender à Ilha do Governador e à Cidade Universitária. O Aeroporto de Atenas foi construído para as Olimpíadas com trem e metrô - diz Elton Fernandes, autor de um estudo sobre as demandas dos aeroportos feito em parceria com o Snea.

Para as olimpíadas de 2016, a prefeitura do Rio prevê a construção de um Bus Rapid Transit (BRT) entre a Barra da Tijuca e o Tom Jobim. O projeto está em fase de licitação.

Fonte: Paulo Marqueiro (O Globo) - Foto: diariodorio.com

ISS sofre falha no sistema de refrigeração

Uma falha no sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional (ISS) exigiu neste domingo que os astronautas reorientassem o fluxo de energia e a Nasa prevê saídas de emergência ao espaço para reparar a avaria.

Um dos dois sistemas de refrigeração deixou de funcionar na noite de sábado, causando alarme entre os três russos e os três americanos a bordo da ISS.

A Nasa garantiu que a tripulação da ISS não corre perigo, mas fracassou a tentativa de reparar uma tubulação com problema, pela qual flui amoníaco, um elemento vital no sistema de refrigeração.

Segundo a Nasa, as temperaturas no corpo principal da ISS "estão um pouco mais elevadas que o normal, mas dentro dos parâmetros habituais, e estáveis".

A Nasa já aprovou um plano preliminar para que dois astronautas americanos saiam da nave e trabalhem no reparo da avaria.

Segundo a agência americana, "o cenário mais provável" é que a primeira saída ao espaço ocorra antes da quinta-feira.

Sem o sistema de refrigeração, a parte da ISS exposta ao sol ficaria a uma temperatura de 112 graus centígrados, e no lado oposto a temperatura cairia a 157 graus negativos.

Fonte: AFP via Terra - Foto: AFP

A posição dos candidatos sobre o problema dos aeroportos

DILMA ROUSSEFF (PT): A candidata à Presidência tem afirmado em entrevistas que, de modo geral, é favorável à concessão de aeroportos quando o Estado não tiver condições de operar, mas, segundo sua assessoria, ainda não tratou especificamente da concessão do Galeão. Ainda de acordo com a assessoria, uma das prioridades da candidata é a ampliação do Galeão/Tom Jobim, com a conclusão do terminal 2 e a realização de obras de melhoria no terminal 1. A assessoria afirma ainda que o Galeão já está passando por melhorias, como a substituição da sinalização das esteiras, a recuperação das fachadas, a substituição do forro e a substituição de escadas rolantes.

JOSÉ SERRA (PSDB): Em entrevista no dia 15 de julho, o candidato defendeu a concessão para a iniciativa privada: "Por todo canto, os aeroportos estão estrangulados. Qualquer capital brasileira tem problema com aeroporto, porque o movimento é acima da capacidade. E realmente não se fez nada até agora. Mesmo no Rio, é uma coisa lenta. A Infraero funciona muito mal. Tem de fazer concessões para administrar terminais". O GLOBO procurou a assessoria do candidato, na tarde de quarta-feira, para que ele falasse sobre o assunto, mas até a noite de sexta, não obteve resposta.

MARINA SILVA (PV): O GLOBO procurou a assessoria da candidata na tarde de quarta-feira, mas até a noite de sexta, não obteve resposta.

SÉRGIO CABRAL (PMDB): O candidato a governador defende a concessão do Tom Jobim para a iniciativa privada: "Uma coisa é o controle aéreo, absolutamente estratégico, e de responsabilidade do governo. Agora, a prestação de serviços, a partir do momento em que o avião pousa, isso pode ser feito pelo setor privado, desonerando o setor público desta responsabilidade. Essa é uma política inteligente, que o mundo inteiro vem fazendo". Outro caminho, segundo Cabral, seria o estado assumir o aeroporto: "Eu não tenho nenhum problema em administrar e fazer a concessão".

FERNANDO GABEIRA (PV): Também defende a concessão do aeroporto para a iniciativa privada, como forma de resolver os problemas do Tom Jobim. Para o candidato a governador, o aeroporto hoje está praticamente na mesma situação de julho de 2008, quando, durante a campanha para prefeito do Rio, o candidato visitou o local e fez uma série de críticas à precariedade das instalações: "Parece um aeroporto fantasma", disse ele na época, acompanhado do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.

Fonte: O Globo

A fábrica de aviões

Aeronaves da ATR saem de linhas de montagem espalhadas por França, Itália e América do NorteGigantescos galpões erguidos junto ao aeroporto de Toulouse, cidade com cerca de 400 mil habitantes situada no sul da França, abrigam duas das principais fabricantes de aeronaves do mundo.

Hangares erguidos em Tolouse abrigam etapa final da produção dos modelos estimados em quase US$ 21 milhões, que leva 10 semanas

Instalada na margem direita da Avenida Claude Gonin, a Airbus decola com números superlativos. É uma das principais fabricantes de aeronaves comerciais e coloca nos céus o maior avião do mundo ainda em produção, o A380. No lado oposto da rodovia, a ATR é destaque mundial na construção de aeronaves para voos de curto e médio alcance (até mil quilômetros de distância), apropriadas para levar rotas aéreas a regiões ainda incipientes, como o interior do Rio Grande do Sul.

Vizinhas nas instalações, as duas empresas são parceiras. A Airbus pertence à European Aeronautic Defence and Space Company (EADS), proprietária de metade da ATR. Os 50% restantes pertencem à Alenia Aeronautica, uma empresa comandada pela Finmeccanica, especialista em aviação comercial e militar e em veículos aéreos não tripulados.

Essa parceria franco-italiana de gestão é reproduzida também no produto final, fazendo com que a linha de produção da ATR esteja espalhada por França e Itália, além da América do Norte. Os modelos começam a ser produzidos em partes. A fuselagem e a cauda, em Nápoles (Itália), seguindo de barco a Barcelona e de lá, por via terrestre, para Toulouse. As asas e as hélices, em Bordeaux e Figeac – ambas na França – respectivamente, transportadas em caminhões. E os motores, no Canadá, levados por via aérea.

Resta aos hangares erguidos em Toulouse abrigar a esteira de produção das aeronaves – em um ritmo mensal de finalização de cinco a seis unidades, em média. A convite da ATR, Zero Hora visitou na sexta-feira, 16 de julho, essa linha de montagem da companhia, que emprega cerca de 900 funcionários, 250 deles dedicados diretamente à produção dos chamados turboélices.

Depois que todas as partes ingressam pelos portões da propriedade da ATR à margem da Claude Gonin, é hora do encaixe das peças, como em um imenso quebra-cabeças. A fuselagem – já com a cauda e o trem de pouso fixados – fica suspensa por braços mecânicos para a colocação das asas. O objetivo dessa manobra é que o corpo da aeronave fique livre de qualquer peso ou pressão para o perfeito e equilibrado encaixe das asas.

O passo seguinte é a colocação, na parte frontal das asas, dos motores PW (Pratt & Whitney) canadenses, seguida da instalação das hélices Hamilton Sundstrand Ratier, de seis lâminas cada. São dois motores por aeronave. Todo esse trabalho é feito em um galpão específico, com altura aproximada de um prédio de cinco, seis andares.

Corpo encaixado, motores acoplados, é hora de rebocar o aparelho até outro galpão. É lá que será instalado o sistema elétrico (um emaranhado de fios conectados a equipamentos eletrônicos de alta precisão). No mesmo galpão, é feita a colocação de poltronas e acessórios internos e a customização dos turboélices (pintura externa e detalhes característicos de cada companhia aérea).

Concluído o serviço, é hora de tornar o sonho de voar realidade. Antes disso, porém, técnicos e engenheiros fazem uma bateria de testes, no solo, simulando situações de voo e conferindo a resposta dos equipamentos. Depois de 10 semanas na linha final de montagem, o avião está pronto para decolar.

Ao sair deste segundo hangar, a aeronave já ingressa no pátio do aeroporto de Toulouse (daí a necessidade de a companhia ter sua sede ao lado do terminal). Permissão concedida para decolagem, pilotos de teste observam o comportamento no ar para futuros ajustes de navegação. Um segundo voo confirma o resultado de eventuais modificações.

De volta ao pátio, é o momento de entrega da chave ao comprador (exatamente como acontece em uma concessionária de automóveis), que faz um voo de reconhecimento com um dos pilotos de sua companhia.

Passado um ano do primeiro movimento para a construção da unidade (ainda no solo de três diferentes países), o ATR, com um valor de venda de cerca de US$ 21 milhões, está pronto para ser levado, pelo ar, até seu destino, onde fará o transporte comercial de passageiros e cargas.

PRODUÇÃO

> O programa de construção de ATRs foi lançado oficialmente em 1981

> A ATR tem encomendas de mil aeronaves, sendo que 864 já foram entregues a mais de 150 operadores em 83 países

> No Brasil, a ATR tem como clientes as companhias Azul, Pantanal, Total e Trip

OS MODELOS MAIS RECENTES

ATR 42-500
Voo de estreia: 1994
Assentos: entre 48 a 50
Velocidade de cruzeiro: 560 km/h

ATR 72-500
Voo de estreia: 1998
Assentos: entre 68 a 74
Velocidade de cruzeiro: 520 km/h

A NOVIDADE

> Lançada em 2007, a mais nova série 600 entrará em serviço em 2011 com o ATR 42-600 e o ATR 72-600

Fonte: Marcelo Ermel (Zero Hora)

Falso alarme de bomba causa evacuação de passageiros em avião no Chile

Os 85 passageiros de um avião da companhia aérea Lan tiveram que ser evacuados na cidade de Valdivia (sul do Chile) devido a um falso alarme de bomba, informaram fontes aeronáuticas.

O fato aconteceu sábado (1) à noite no aeroporto da cidade, a 835 quilômetros de Santiago, e afetou ao voo 247 da companhia, que tinha decolado na cidade de Osorno com destino a Santiago.

O alarme foi provocado por uma ligação anônima ao Centro de Controle do aeroporto. Após evacuar os passageiros, a Polícia revistou a aeronave, que foi levada a um ponto isolado da pista de aterrissagem.

Depois de cerca de duas horas, e apesar de a Polícia não ter encontrado nada a bordo, os passageiros não foram autorizados a embarcarem novamente, e o avião decolou só com seus tripulantes.

Os passageiros puderam continuar sua viagem em outro avião que a companhia enviou desde Santiago para levá-los.

Fonte: EFE/EPA