sábado, 15 de maio de 2010

O ônibus espacial Atlantis

O Ônibus Espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto veículo deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis, em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos EUA, com o mesmo nome.

Beneficiando da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade, em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção foram mais tarde utilizadas no Endeavour.

O primeiro voo do Atlantis, realizou-se em outubro de 1985, numa missão militar secreta. Desde então lançou várias sondas, e tem participado na construção da ISS.

O Atlantis será o primeiro ônibus espacial a se aposentar. E o último a se aposentar será o Endeavour, provavelmente em 2010, quando serão substituídos pelos novos veículos de exploração da NASA: ÓRION e ARES.

O Atlantis junto com os outros ônibus espaciais serão aposentados em 2010 para dar espaço aos novos veículos da NASA (Orion e Ares). O novo presidente dos EUA esta estudando também uma forma de manter as missões dos ônibus espaciais, para não depender das naves russas.


Fonte: Wikipédia - Fotos: NASA

Bye, bye Atlantis

Por Carlos Orsi

Dia 13 de maio de 2010. O ônibus espacial Atlantis parte em sua última missão ao espaço. Trata-se do primeiro ônibus espacial a ser aposentado dentro da diretriz fixada após o desastre do Columbia, em 2003, de retirar toda a frota até o fim de 2010.

O ônibus espacial entrará para a história como uma promessa não cumprida. Concebido num momento de inflexão da política espacial americana — que, no início dos anos 70, abandonava a pretensão de seguir explorando a Lua e de levar astronautas a Marte, optando por concentrar-se na órbita terrestre — o veículo, muitas vezes chamado de “a mais complexa ferramenta já construída pelo homem” foi apresentado como algo que viria a banalizar e democratizar as viagens espaciais.

A pretensão era realizar um voo por semana, e abrir a “fronteira econômica” da órbita terrestre e do espaço ao redor do planeta. O físico e visionário americano Gerard O’Neill criou uma proposta detalhada para a construção de hábitats orbitais, grandes cilindros giratórios onde seres humanos poderiam viver, cultivar alimentos, criar indústrias, tudo viabilizado pelos ônibus espaciais.

Estudos foram realizados para que os grandes tanques de combustível vazios das naves fossem reaproveitados como protótipos dessas colônias celestes. A ficção científica da época — era o início da onda cyberpunk — abraçou ambos os conceitos, da vida em órbita e do desenvolvimento econômico espacial: indústrias em órbita, linhas privadas de ônibus espaciais partindo de Tóquio e Paris, colônias em cilindros povoaram o imaginário do período.

Até James Bond se envolveu com ônibus espaciais e colônias orbitais administradas por empresários gananciosos, num dos episódios menos ilustres da série cinematográfica.

A ideia parecia tão boa na época que os próprios soviéticos tentaram criar o ônibus espacial deles, mas o Buran (foto)realizou apenas um voo. Teleguiado, ainda por cima.

No fim, a Nasa nunca foi capaz de viabilizar a realização de um lançamento por semana, a iniciativa privada não se animou a investir em cidades e indústrias orbitais — a despeito das tão decantadas virtudes da microgravidade — e os ônibus espaciais acabaram se mostrando, como os desastres de Challenger e Columbia evidenciaram, muito menos seguros do que havia sido prometido.

A Estação Espacial Internacional (ISS) e o Telescópio Hubble acabaram, no fim, se tornando a raison d’être da frota. Uma piada frequente diz que o ônibus espacial existe para ligar a Terra à ISS; e a ISS existe para o ônibus espacial ter para onde ir.

O fim dos ônibus espaciais será o fim de uma visão de expansão da presença humana no espaço e de desenvolvimento econômico da órbita terrestre que nunca se concretizou. Nesse aspecto, as naves são como um martelo criado para bater um tipo muito específico de prego — um prego que nunca chegou a ser fabricado.

Ironicamente, a única tecnologia que restará, ao menos por algum tempo, para levar seres humanos ao espaço será a das velhas naves russas Soyuz, produto do país derrotado duas vezes em corridas espaciais: a para a Lua e a pela nave reutilizável. Até mesmo as cápsulas chinesas Shenzhou são derivações do antigo design soviético.

No entanto, nem mesmo os russos estão satisfeitos com a Soyuz: novos designs, como o Kliper, estão em estudo, e há até mesmo defensores da ressurreição do Buran. Vai ser interessante ver se as empresas americanas encarregadas de projetar e construir a próxima geração de veículos orbitais do país conseguirão vencer essa nova corrida.

Fonte: Estadão

Detalhes da missão do Atlantis

A nave espacial americana Atlantis e seus seis astronautas levam à ISS o pequeno módulo russo de busca MRM-1 (Mini Research Module-1) e a plataforma de carga não pressurizada ICC-VLD.

Esses são os principais dados da missão:

- Nave Espacial: Atlantis, uma das três naves da frota americana junto com Endeavour e Discovery.

- Duração prevista para a missão: 11 dias, 18 horas e 23 minutos.

- Aterrissagem: quarta-feira, 26 de maio, às 12h44 GMT (09h44 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy ou, se o clima não permitir, nos dias seguintes na base de Edwards (Califórnia, oeste do país) ou White Sands (Novo México, sudoeste).

- Altitude de inserção em órbita: 225 km.

- Altitude de encontro com a ISS: 350,84 km.

- Tipo de missão: entrega do módulo russo pressurizado de oito toneladas MRM-1, da plataforma de carga externa ICC-VLD e de outros equipametnos, além de víveres.

Além de fornecer espaço extra de armazenamento e experiências, o módulo Rassvet tem sua própria porta de atracação, passando a servir como uma alternativa para a conexão das naves Soyuz e Progress

- Saídas ao espaço: três, com duração de seis horas e meia cada, previstas para os dias 4, 6 e 8 da missão.

- Tripulação: seis astronautas. O comandante de bordo Ken Ham, 45 anos, o co-piloto Tony Antonelli (idade não informada) e quatro especialistas de missão: Garrett Reisman, 42 anos, Michael Good, 47 anos, Steve Bowen, 46 anos, e Piers Sellers, 55 anos.

Fontes: AFP / Site Inovação Tecnológica - Fotos: NASA / Spacehab

Vídeo do lançamento da Atlantis

Aos 25 anos, o ônibus espacial Atlantis partiu para sua missão final

Ônibus espacial decolou em seu voo final, levando novo laboratório à ISS

O ônibus espacial Atlantis partiu, às 15h21 desta sexta-feira, 14, para sua última missão oficial. Ele será o primeiro ônibus espacial a ser aposentado dentro da programação, definida na administração Bush, de retirar toda a frota ainda em 2010. Nos próximos meses, Discovery e Endeavour realizarão também suas missões finais e encerrarão o programa de ônibus espaciais da Nasa, iniciado em 1981 com o primeiro voo do Columbia, a mesma nave que foi destruída na reentrada da atmosfera terrestre em 2003.

No entanto, ao retornar de sua viagem de 12 dias à Estação Espacial Internacional (ISS), o Atlantis não será imediatamente enviado a um museu. Ele ficará como reserva para um eventual resgate dos astronautas que farão a missão final do Endeavour, em novembro. A Nasa aguarda, nos próximos meses, autorização da Casa Branca para aproveitar o fato de que o Atlantis estará posicionado e em prontidão na base de lançamento para enviá-lo num voo final de adeus após o retorno do Endeavour.

Na expectativa desse possível voo derradeiro em novembro, na decolagem o controle de missão desejou boa viagem à "primeira última tripulação do Atlantis". Após a decolagem, o comentarista da TV Nasa descreveu a partida como "um voo rumo a um histórico pôr-do-sol, em sua 32ª missão". Dez minutos após o lançamento, a nave já estava em órbita, com todos os sistemas funcionando.

O Atlantis realizou, em 25 anos, 31 voos, passando 282 dias em órbita. Percorreu 186 milhões de quilômetros, completou 4.462 órbitas da Terra, e abrigou 185 astronautas. A missão desta semana acrescentará 12 dias, 186 órbitas, 7 milhões de quilômetros e quatro astronautas a esse total.

O Atlantis estreou em 1985 como o quarto ônibus espacial da Nasa. Entre os pontos altos de sua carreira estão o lançamento ao espaço a sonda Magalhães, que estudou Vênus; a Galileu, para Júpiter; e o Observatório de Raios Gama Compton. Voou sete vezes até a estação espacial soviética Mir e dez vezes para a ISS. Realizou a última manutenção do Telescópio Espacial Hubble, em maio do ano passado.

A tripulação do voo desta sexta é composta por seis astronautas, todos veteranos.O comandante é Ken Ham. Esta é a segunda missão de Ham num ônibus espacial - ele já havia voado no Discovery em 2008. A missão atual é levar novas baterias e um novo aposento à ISS. Mais de 4.000 espectadores - a maior multidão em anos - foram ao Centro Espacial Kennedy e às estradas ao redor para assistir ao lançamento.

O novo compartimento da ISS é um módulo de 6 metros de comprimento, de fabricação russa, mas repleto de suprimentos de origem americana - incluindo computadores e comida. Há tanto material no aposento que ele só começará a ser esvaziado depois que o Atlantis partir da estação. O módulo, chamado Rassvet ("aurora", em russo) será usado como laboratório.

O comandante Ken Ham brinca a bordo do Atlantis, antes do lançamento

Os astronautas do ônibus espacial realizarão três caminhadas espaciais para trocar baterias da ISS, além de instalar uma antena e outras peças. Eles também farão a instalação do novo módulo.

Mesmo com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a ISS, cuja construção se completa neste ano, deve continuar em uso pelo menos até 2020. Enquanto uma nova geração de naves espaciais americanas não chega - o presidente Barack Obama tomou a polêmica decisão de cancelar o programa de desenvolvimento da nave Órion pela Nasa e convocar a iniciativa privada a criar alternativas de acesso à órbita - o único meio de trânsito para a estação serão as cápsulas russas Soyuz.

O cancelamento do programa Constellation, que previa a criação da Órion e de uma nova geração de foguetes, a Ares, atraiu forte oposição na sociedade americana. Durante esta semana, o primeiro e o último homem a pisar na Lua - Neil Armstrong e Gene Cernan, respectivamente - depuseram no Senado americano condenando o plano.

Cernan referiu-se aos planos do presidente, que preveem uma Nasa dedicada à criação de novas tecnologias para levar astronautas a Marte dentro de 25 anos, como uma "missão para lugar nenhum". Defensores da proposta de Obama dizem que o Constellation já estava atrasado demais para fornecer uma nova nave à Nasa em tempo hábil, e que o uso de naves privadas devolverá aos EUA o acesso independente ao espaço mais depressa do que a agência espacial seria capaz.

A decisão de aposentar os ônibus espaciais foi tomada em 2004, como parte da resposta do governo americano ao desastre do Columbia. Em 1986, outro ônibus espacial havia sido destruído com os astronautas a bordo: o Challenger, que explodiu 73 segundos após a decolagem.

Ao todo, a Nasa já teve cinco ônibus espaciais. O primeiro, Columbia, foi entregue à agência espacial em 1979 e voou pela primeira vez em 1981. O Challenger foi entregue em 1982, e estreou no mesmo ano. O terceiro ônibus espacial, Discovery, chegou à Nasa em 1983 e fez seu primeiro voo em 1984. O quatro é o Atlantis, entregue e usado pela primeira vez em 1985. Endeavour, o mais novo, chegou à Nasa em 1991 e fez seu voo de estreia em 1992.

Antes do primeiro voo do Columbia, a Nasa contou com um protótipo de ônibus espacial, o Enterprise, que recebeu o nome após uma campanha de fãs do seriado de TV Jornada nas Estrelas. Essa nave foi usada em uma série de testes, a partir de 1978, incluindo alguns voos dentro da atmosfera da Terra, mas nunca chegou ao espaço. Em 1985, o Enterprise foi entregue à Smithsonian Institution.

Fonte: Carlos Orsi (estadao.com.br com Associated Press) - Fotos: Nasa TV/Divulgação / AP / AFP

Dor nas costas salva político de queda de avião no Amazonas

Uma consulta médica salvou a vida de João Lidanio Cavalcante, secretário de Educação de Maués, cidade a 276 quilômetros de Manaus. De passagem pela capital do Estado para resolver pendências administrativas esta semana, ele estava escalado na comitiva que levaria a secretária de Educação do Estado, Cinthia Régia Gomes do Livramento, para a apresentação de um painel escolar em Maués ontem (13) à noite.

Por conta de “fortes dores nas costas” causadas por uma hérnia, ele foi obrigado a cancelar a viagem. Tudo para conseguir uma consulta com um massagista e acupunturista em Manaus. “Desde segunda-feira, estava combinado. Fui convidado pela secretaria estadual e já tinha programado de voltar para Maués com o grupo do governo na quinta-feira”, conta ele.

Ontem de manhã, no entanto, as pontadas nas costas pioraram. “Normalmente, as decolagens são à ‘tardinha’, no começo da noite. Então marquei a consulta para às 16h. Mas fui avisado que a partida tinha sido adiantada para às 15h. Então comuniquei, mesmo em cima da hora, que não poderia ir. Estava com muita dor”, lembra ele.

A aeronave que partiu do aeroclube de Manaus caiu logo após iniciar o voo, matando todos os passageiros e o piloto. “Quando recebi a notícia, minhas pernas começaram a tremer. Senti uma palpitação no coração. Foi muito estranho”, diz. “Ao mesmo tempo que estava aliviado, sabendo que poderia estar morto, fiquei extremamente triste em saber do falecimento de nossa secretária e das outras pessoas”, afirma ele, que hoje compareceu ao velório organizado em Manaus.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira (14) que a documentação da aeronave, assim com a do piloto, estavam em dia. A Aeronáutica está no comando de uma investigação que irá apontar as causas do acidente – tal análise tem um prazo inicial de 90 dias para ser concluída.

Localmente, um inquérito policial também foi aberto na Delegacia Especializada de Ordem Pública e Social do Amazonas. Amanhã, a delegada responsável pelo caso, Catarina Saldanha Torres, deverá ir até o local da queda do avião ouvir testemunhas. “Vamos juntar os relatos aos laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Corpo de Bombeiros para saber o que de fato aconteceu. Estamos atuando junto com o Ministério Público para esclarecer o ocorrido”, disse ela.

Como explica a autoridade policial, na imprensa da região foi noticiado que vizinhos do local da tragédia chegaram a ver sobreviventes. “Eles disseram que viram gente saindo engatinhando. Mas que uma explosão teria impossibilitado qualquer resgate.” A investigação, iniciada hoje, deverá durar 30 dias.

A CTA Taxi Aéreo, empresa contratada pelo governo para a viagem, emitiu uma nota informando que a aeronave acidentada era emprestada de outra empresa do ramo. Segundo a CTA, a aeronave - um Sêneca II, fabricado pela Embraer, e com prefixo PT-EUJ - “estava regular e possuía todos os requisitos para voar, portando sem nenhum impedimento legal de ser utilizada”.

Segundo a firma, “a prática de terceirização de aeronaves entre empresas de táxi aéreo é permitida pelas normas da aviação civil”. A empresa afirma que, “mesmo não sendo proprietária da aeronave, assume as responsabilidades profissionais pelo acidente”. A CTA diz ainda que o piloto do avião, Miguel Vaspeano Lepeco, tinha 25 anos de experiência e já tinha voado diversas vezes na aeronave, sem nenhum incidente.

Fonte: Arthur Guimarães (UOL Notícias)

Sobrevivente de acidente aéreo na Líbia chega à Holanda

O menino holandês Ruben van Assouw, de nove anos, único sobrevivente do acidente aéreo ocorrido na Líbia na quarta-feira, chegou na Holanda hoje. Os pais do garoto e seu irmão mais velho estavam no Airbus A330 que saiu de Johanesburgo, África do Sul, e caiu pouco antes de aterrissar em Trípoli, Líbia. Mais de 100 pessoas morreram no acidente. O menino, que sofreu múltiplas fraturas em ambas as pernas, foi encontrado inconsciente no meio dos destroços da aeronave, ainda em seu assento.

Criança deixou o hospital de Trípoli coberto com um lençol azul e com o rosto coberto para evitar os fotógrafos

Ruben foi transportado da Líbia para a Holanda em um avião líbio com equipamentos médicos e acompanhado por dois médicos e por seus tios. O médico líbio Sadig Bendala afirmou que o menino está em recuperação, mas que está bem. "Foi um milagre", disse Bendala.

Ruben desembarcou no aeroporto militar de Eindhoven e foi transportado por uma ambulância com vidros escuros. À pedido da família, o acesso ao aeroporto foi restringido. O Ministério das Relações Exteriores da Holanda confirmou a chegada do menino, acrescentando que não comentaria sobre o assunto. A rede de notícias regional Omroep Brabant informou que Ruben foi levado para o Hospital St. Elizabeth, em sua cidade natal de Tilburg, para prosseguir com os tratamentos.

"Espero que aos poucos ele se recupere e retome sua vida, embora nunca mais ela será normal", disse o representante do governo holandês na Líbia, Ed Kronenburg. Ele disse que o retorno de Ruben à Holanda é um "momento fantástico". O menino havia ido à África do Sul para um safári com a família. Ruben foi informado ontem da morte de seus familiares. "Toda a família vai assumir a responsabilidade pelo futuro de Ruben", disseram os tios em nota, pedindo à mídia que os deixem sozinhos em seu sofrimento.

A causa do acidente continua obscura. Os corpos das vítimas do acidente, a maior parte turistas holandeses, começaram a ser identificados hoje. O governo holandês requisitou testes de DNA e outras informações dos parentes das vítimas para ajudar na identificação.

Segundo o chefe da comissão de inquérito que investiga o acidente com o Airbus, Neji Dhaou, as duas caixas-pretas serão enviadas para a França, Reino Unido e para os Estados Unidos para análise, enquanto sua equipe dá início às consultas com testemunhas e espera informações do piloto da companhia aérea Alitália, que se preparava para decolar no momento do acidente.

A equipe que investiga o caso junto as testemunhas é composta por autoridades sul-africanas e da Líbia, assim como por dois peritos franceses, cinco peritos da fabricante de aeronaves Airbus e dois observadores da Holanda. Peritos norte-americanos, fabricantes dos motores do Airbus, também pertencem à comissão.

Fonte: AE/Agência Estado - Fotos: AFP

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Foto do Dia

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O Saunders-Roe SR-45 Princess, prefixo G-ALUN, da Saunders-Roe, realizando uma passagem baixa sobre a Base Aérea de Farnborough (FAB/EGLF), na Inglaterra, em 13 de setembro de 1953, no Farnborough SBAC Air Show 1953.

Foto: RAScholefield (Airliners.net)

Histórias de quem sobreviveu (sozinho) a um acidente de avião

A probabilidade de ser o único sobrevivente de um acidente de avião é muito pequena. Conheça aqui as histórias surpreendentes de quem contraria as estatísticas e engana a morte

Na terça-feira passada, Ruben van Assouk foi o único sobrevivente de um acidente de aviação que matou as outras 103 pessoas a bordo (92 passageiros e 11 tripulantes), na Líbia. Ruben, de oito anos, sofreu múltiplas fraturas nos membros inferiores, mas conseguiu sair com vida do acidente.

Mas o (afortunado?) rapaz não foi o único a sobreviver à brutalidade da queda de um avião: em 30 de junho de 2009 Bahia Bakary, uma menina francesa de 13 anos, foi a única sobrevivente quando um Airbus A310 da companhia Yemenia, que fazia a travessia entre Sanaa e Comoros, caiu no oceano Índico. Morreram 152 pessoas. Bahia foi projetada para a água e conseguiu sobreviver agarrada aos destroços. O auxílio só chegou nove horas depois.

Francesca Lewis (foto), de 13 anos, sobreviveu dois dias, presa ao banco do avião Cessna 172 , prefixo HP-762, em que viaja, numa selva remota no Panamá. O acidente aconteceu no dia 23 de dezembro de 2007, quando o avião caiu ao encontrar uma tempestade. Vestia apenas calção e camiseta e tinha um braço quebrado. Mesmo assim, conseguiu sobreviver à hipotermia. Os outros três ocupantes da aeronave morreram.

Em 08 de julho de 2003 foi a vez de um menino sudanês, de apenas dois anos, Mohammed el-Fateh Osman (foto), ser o único sobrevivente da queda do Boeing 737-2J8C, prefixo ST-AFK, da Sudan Airways, em Port Sudan. Morreram 116 pessoas (105 passageiros e os 11 tripulantes) no voo 139 entre Port Sudan e Cartum, no Sudão. O menino sofreu queimaduras no rosto e foi encontrado por um nômade.

Erika Delgado perdeu os pais e o irmão quando o avião McDonnell Douglas DC-9-14, prefixo HK-3839X, da Intercontinental de Aviacion (foto), em que viajavam caiu perto de Bogotá. O acidente aconteceu a 11 de janeiro de 1995 e causou 51 vítimas mortais (47 passageiros e 5 tripulantes). Foi encontrada por um agricultor a quem confessou que Deus lhe tinha dito para ficar quieta até chegar ajuda. Tinha apenas nove anos quando o acidente aconteceu.

A 16 de agosto de 1987, o avião McDonnell Douglas DC-9-82, prefixo N312RC, da Northwest Airlines, bateu num poste de eletricidade pouco depois de ter decolado, acabando por cair no subúrbio de Romulus, em Michigan, Detroit. Morreram 156 pessoas (148 passageiros, 6 tripulantes e duas pessoas em solo). Duas estavam caminhando na rua. Cecelia Cichan tinha quatro anos e viajava com a família. Sobreviveu, mas com queimaduras graves. Cichan criou um site que funciona como memorial de vítimas de acidentes de aviação. No site pode ler-se que apesar de não se lembrar bem do acidente, não há um dia que não recorde as pessoas que viajavam no voo 255.

Vesna Vulovic (fotos) sobreviveu a uma queda de 10 mil metros quando o avião McDonnell Douglas DC-9-32, prefixo YU-AHT, da Jugoslovenski Aerotransport - JAT, onde trabalhava como comissária de bordo explodiu no ar sobre a República Checa. Morreram os 23 passageiros e 4 tripulantes no voo 364, entre a Dinamarca e a Sérvia. O mergulho, que consta no livro de recordes do Guinness, aconteceu no dia 26 de janeiro de 1972. Vulcovic foi sagrada heroína no bloco soviético. Há quem defenda que o acontecimento foi fabricado. A primeira coisa que pediu quando foi encontrada foi um cigarro.


Juliane Koepcke (fotos) tinha 17 anos quando o avião Lockheed L-188A Electra, prefixo OB-R-941, da LANSA, em que viajava com a mãe se caiu sobre a Floresta Amazônica, em Puerto Inca, no Peru. No voo 508 entre Lima e Pucalpa (ambas no Peru) morreram 91 pessoas no acidente (85 passageiros e seis tripulantes) que aconteceu no dia 24 de dezembro de 1971. Sobreviveu 10 dias, entre piranhas e crocodilos, com uma clavícula quebrada e várias lacerações graves até receber auxílio. Hoje é bibliotecária em Munique, na Alemanha.

Em 16 de dezembro de 1960, dois jatos de passageiros colidiram em Nova Iorque. O único sobrevivente foi Stephen Baltz, um menino de Illinois (foto acima), na época com apenas 11 anos. Apesar de ter falecido no dia seguinte, devido às graves queimaduras e excesso de fumaça inalada, ainda conseguiu descrever o acidente entre o avião que viajava, Douglas DC-8-11, prefixo N8013U, da United Airlines (77 passageiros e sete tripulantes mortos), e o Lockheed L-1049 Super Constellation, prefixo N6907C, da TWA - Trans World Airlines, (39 passageiros e cinco tripulantes). Outras seis pessoas morreram em solo.

Clique aqui e assista reportagem sobre esse acidente (em inglês).

Por: Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos - com informações de Visão (Portugal) e ASN - Fotos: metro.co.uk / dailymail.co.uk / AP / AirDisaster.com / Christian Volpati / Jutarnji.hr / Civil Aeronautics Board (CAB) / baaa-acro.com

Sobrevivente é informado que família morreu em queda de avião na Líbia

Garoto de 9 anos foi o único a sair vivo de acidente na última quarta-feira.

O garoto holandês de nove anos de idade que foi o único sobrevivente de um acidente de avião que matou 103 pessoas na Líbia, na última quarta-feira, foi informado nesta sexta-feira que seus pais e seu irmão morreram no incidente.

"Nesta manhã, nós explicamos para Ruben exatamente o que aconteceu", afirmaram os familiares do garoto Ruben van Assow por meio de um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Holanda.

"Ele sabe que seus pais e seu irmão morreram", disseram o tio e a tia do garoto, que afirmaram que, agora, "a família inteira cuidará do futuro de Ruben".

Ainda segundo o comunicado, o garoto passa bem, "considerando as circunstâncias" e, apesar de dormir muito, está lúcido quando acordado.

"Ele bebeu um pouco (de água) e viu flores e brinquedos".

"O período que se segue será difícil para nós. Esperamos que a imprensa respeite nossa privacidade".

Acidente

Ruben estava no Airbus 330 da Afriqiyah Airways que caiu pouco antes de chegar ao aeroporto de Trípoli, capital da Líbia, na última quarta-feira.

Ele voltava de férias na África do Sul com seus pais, Trudy e Patrick van Assow, e seu irmão mais velho, Enzo. A família celebrava o aniversário de doze anos e meio do matrimônio do casal, um costume holandês.

Após o acidente, Ruben foi encontrado ainda respirando pelas equipes de resgate e passou por uma cirurgia por ter tido múltiplas fraturas nas pernas.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Holanda, Ruben voltará ao seu país natal neste sábado, acompanhado dos tios e de um médico.

O local onde irá pousar o avião que levará o garoto até a Holanda não foi informado para evitar a presença da imprensa.

Investigações

O avião - que levava 93 passageiros e 11 tripulantes - caiu quando chegava da cidade de Johannesburgo, na África do Sul, na manhã de quarta-feira.

As autoridades ainda investigam as causas do acidente e as caixas-pretas da aeronave foram enviadas para a França para serem examinadas.

Especialistas de Holanda, França, África do Sul e Estados Unidos estão na Líbia para auxiliarem nas investigações.

Autoridades forenses da Holanda também estão no país para ajudar na identificação das vítimas, que eram em sua maioria holandesas.

Fonte: BBC Brasil via Estadão

Transferência de tecnologia impede parceria com Rússia

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua viagem à Rússia, disse hoje que o fato de os russos não aceitarem transferência de tecnologia dificulta a parceria militar entre os dois países. A Rússia ficou de fora do processo de seleção aberto pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a compra de 36 caças porque não preenchia o principal requisito da escolha, que é a transferência de tecnologia.

Agora, quando os dois governos começaram a negociar um novo acordo de cooperação que poderia incluir negócios nesta área, os russos ofereceram ao Brasil parceria na construção de um avião de quinta geração, desde que pudessem fornecer à FAB os caças Sukoi. "Sem chance", declarou o ministro Jobim ao ser questionado se havia alguma possibilidade de novas discussões sobre isso. "A desclassificação deles do FX2 foi por causa disso (falta de transferência de tecnologia)", comentou.

Jobim também não estabeleceu prazo para entrega de sua exposição de motivos ao presidente Lula, com a escolha que considera mais adequada à FAB. A preferência é pelo caça francês Rafale, que concorre com o F-18 Super Hornet, da Boeing, e com o Gripen, da sueca Saab. Depois de receber o relatório de Jobim, Lula pretende convocar o Conselho de Defesa para aprovar a escolha brasileira.

Durante visita à Rússia, foi assinado um plano de ação para a agenda bilateral que prevê maior cooperação entre os dois países no setor. Segundo Jobim, no entanto, não há o fechamento de novos negócios.

Lula deixou Moscou no final desta tarde, depois de permanecer menos de 24 horas no país, na sua quarta viagem à Rússia. O presidente seguiu para o Catar e, amanhã à noite já desembarcará em Teerã, no Irã.

Fonte: Tânia Monteiro (Agência Estado)

Polícia alemã examina avião após ameaça de bomba

A polícia da Alemanha informou hoje (14) que estava examinando um avião que partiu da capital da Letônia, Riga, para Berlim (voo BT-217), após a companhia aérea Blue Line (voando em nome da Air Baltic) receber uma ameaça de bomba anônima.

No Fokker 100, prefixo F-GNLG (foto acima) a tripulação e seus 74 passageiros foram mantidos em uma zona de segurança especial no aeroporto Tegel, na capital alemã, informou um porta-voz da polícia local.

As forças especiais revistaram o avião e as bagagens, não encontrando vestígios de explosivos.

O avião partiu para seu voo de regresso com um atraso de 2,5 horas, os passageiros receberam a sua bagagem com um atraso de três horas.

Fontes: Agência Estado / Aviation Herald - Foto (07.03.10): Simon Brygg - Ostersund Photography (Airliners.net)

Ruben van Assow foi o único sobrevivente de acidente na Líbia. Confira outros casos

Alguns interpretam como uma intervenção divina, outros veem como uma obra do destino ou pura sorte ser o único sobrevivente de um acidente aéreo. Ruben van Assow, o menino holandês, que escapou da morte no desastre com o avião da Afriqiyah Airways na terça-feira, que deixou 103 mortos, sofreu fraturas nas pernas. Detalhes sobre como ele conseguiu sair vivo do desastre ainda não são conhecidos, mas sua sobrevivência já foi chamada de milagre pelo presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek.

A maior parte dos casos de pessoas que conseguem sobreviver é atribuído a circunstâncias únicas. Em algumas situações há o componente da determinação do indivíduo envolvido. Alguns sobreviventes, apesar de serem considerados sortudos, sofreram consequências físicas e psicológicas. Abaixo relacionamos uma seleção de sobreviventes únicos de desastres aéreos nas últimas décadas.

30 de junho de 2009 - Bahina Bakari, uma francesa de 13 anos, foi a única sobrevivente do voo A310 da Yemenia Airways que ia de Sanaa para Comoros. O avião caiu no Oceano Índico matando 152 pessoas. Bakari foi lançada ao mar e ficou agarrada a um pedaço dos destroços da aeronave durante nove horas. Ele sofreu uma fratura na clavícula e cortes no rosto

24 de dezembro de 2007 - Quando um pequeno Cessna levando quatro americanos caiu em uma floresta remota no Panamá, Francesca Lewis, de 13 anos, foi encontrada viva dois dias depois de equipes de resgate terem finalmente alcançado os destroços. Vestindo somente short e camiseta, ela teve hipotermia e quebrou um braço. Sua sobrevivência às baixas temperaturas se deveu ao monte de bagagem que caiu sobre ela

8 de julho de 2003 - Mohammed el-Fateh Osman, um sudanês de 2 anos foi saudado pelo ministro da aviação do país como um "milagre escrito por Deus" depois de sobreviver à queda do Boeing 737 em Porto Sudão que matou 115 pessoas. O menino, que sofreu queimaduras, foi encontrado deitado em uma árvore caída por um nômade.

11 de janeiro de 1995 - Erica Delgado, de 9 anos, perdeu os pais e o irmão caçula entre as 51 vítimas da queda de um avião DC-9 Intercontinental Airlines perto de Bogotá, na Colômbia, mas conseguiu escapar ilesa da morte após sua queda ter sido amortecida por um monte de algas. Encontrada por um fazendeiro, ela disse que Deus pediu para ficar lá até que uma ajuda chegasse. Erika se tornou ma celebridade conhecida na Colômbia como "pequena miss milagre".

16 de agosto de 1987 - Logo após decolar de Detroit, em Michigan, o voo 255 da Northwest Airlines caiu nos subúrbios de Romulusa e matou 156 pessoas a bordo e duas em terra. Cecelia Cichan, de 4 anos, que viajava com a família, sobreviveu mas teve extensas queimaduras.

26 de janeiro de 1972 - A aeromoça sérvia Vesna Vulovic sobreviveu a uma queda de 10 mil metros quando a aeronave em que viajava explodiu no ar, o que a colocou no "Livro dos recordes". Vesna se tornou uma heroína da Guerra Fria no Bloco Soviético, apesar de alguns acharem que a façanha tenha sido fabricada como parte de um acobertamento oficial.

24 de dezembro de 1971 - Juliane Koepcke tinha 17 anos quando o turbopropulsor da Lockeed em que viajava com a mãe caiu na Floresta Amazônica, matando 91 pessoas. Koepcke descreveu que caiu a uma altura de três quilômetos. Koepcke quebrou a clavícula, teve ferimentos na cabeça e várias fissuras. Ela passou dez dias atravessando rios infestados por piranhas e crocodilos para conseguir segurança.

16 de dezembro de 1960 - Stephen Baltz, de 11 anos de Illinois, foi o único sobrevivente quando dois jatos colidiram sobre Nova York. Seis pessoas morreram em terra, 83 a bordo de um avião da United Airlines e outros 44 no voo da TWA. Baltz, que estava no voo da United Airlines, sofreu queimaduras e inalou fumaça, mas conseguiu descrever o acidente antes de morrer, um dia depois.

Fonte: O Globo - Foto: Reuters

Menino que sobreviveu a acidente de avião na Líbia pode ir para casa no fim de semana

Autoridades afirmaram nesta sexta-feira que o menino holandês único sobrevivente do avião que caiu na Líbia na quarta-feira pode ir para casa, na Holanda, já no sábado. Ruben Van Assouw, de 9 anos, foi encontrado por uma equipe de resgate, ainda em seu acento e com o cinto de segurança, preso nos destroços do voo 8u771 da Afriqiyah Airways que caiu com 93 passageiros e 11 tripulantes a bordo. Ruben viajava com os pais, Trudy and Patrick van Assouw, e o irmão Enzo, de 11 anos. (Veja mais imagens do sobrevivente)

- O quadro é estável. Ele está bem. Não está piorando. Está progredindo bem - disse o ortopedista Sadig Bendala, um dos principais médicos da equipe que cuida do menino.

O menino foi submetido a uma cirurgia de quatro horas e meia para reparar as múltiplas fraturas sofridas nas pernas.

Bendala acrescentou que diversos fatos podem ter sido decisivos para a sobrevivência do menino, inclusive o assento em que ele estava no avião.

- É algo de Deus, Ele queria que ele (o menino) vivesse mais - acrescentou o ortopedista.

Nesta sexta-feira, o embaixador holandês no Líbano pediu que o hospital El Khadra, onde o menino está sendo tratado em Trípoli, proíba a entrada de qualquer pessoa no quarto que não seja da equipe médica ou da família, após um jornal holandês ter conversado com Ruben através do telefone de uma das pessoas da equipe médica.

Autoridades disseram que Ruben ainda não sabe dos pais e do irmão, que ainda não foram confirmados como mortos, já que o trabalho de perícia ainda está no início.

Peritos holandeses trabalharão junto com líbios no trabalho de identificação nos corpos, que pode demorar até uma semana, segundo Ed Kronenburg, funcionário do ministério das Relações Exteriores.

Kronenburg manifestou certa preocupação com a proteção da área em que estão localizados os destroços.

- Tivemos a impressão de que qualquer pessoa pode entrar e caminhar pela área.



Fonte: O Globo (com Agências Internacionais) - Foto: AP

Aeronáutica recolhe motores de avião que caiu em Manaus

Quatro das seis vítimas do acidente foram veladas na Arena Amadeu Teixeira, em Manaus

O 4º Centro Regional de Investigação e Prevenção a Acidentes (Ceripa), órgão da Aeronáutica responsável por investigações de acidentes aéreos, recolheu na manhã desta sexta-feira as duas hélices e os dois motores do avião Seneca que caiu em um terreno baldio em Manaus matando seis pessoas. As máquinas foram levadas para a sede do 7º Comando Aéreo Regional (Comar) para ser feita a perícia técnica.

O laudo que deve apontar as possíveis causas do acidente, ocorrido por volta das 15h de ontem, tem 30 dias para ser apresentado com a possibilidade de ser estendido por mais 12 meses. "Nós estamos agora apenas esperando que a empresa proprietária da aeronave recolha o resto dos destroços da aeronave. Por enquanto, apenas os dois motores e as hélices servirão para a perícia dos técnicos do Ceripa", afirmou a Tenente Daniela, do 7º Comar.

O velório das vítimas ocorreu em locais separados. O piloto, Miguel Vaspeano Lepeco, foi velado em uma funerária no centro da cidade. O corpo da funcionária da secretaria de Educação, Eliana Pacheco Braga, foi levado para uma capela particular na zona oeste. Mas as outras quatro vítimas, entre elas a secretária de Educação do Amazonas, Cínthia Régia Gomes, foram veladas a partir das 8h na Arena Amadeu Teixeira, o maior ginásio da capital.

Segundo a Polícia Militar, pelo menos mil pessoas passaram no ginásio durante toda a manhã e o início da tarde. Enquanto centenas de coroas de flores chegavam ao velório, um grupo de músicos tocava marchas fúnebres. Pelo estado em que os corpos se encontravam, a maioria totalmente carbonizados, os caixões foram mantidos fechados, cobertos por bandeiras do estado do Amazonas.

Entre as demonstrações de solidariedade aos parentes e amigos dos mortos, a expectativa de como vai ser reorganizado o comando da Secretaria de Educação do Estado. "Essa tragédia pegou de surpresa todo mundo. Estamos muito consternados e vamos precisar nos reorganizar e encontrar um nome de liderança para assumir o cargo deixado pela secretária que era uma profunda conhecedora de todos os processos administrativos da Seduc", disse Rita Mara Garcia, gerente de ensino médio da Seduc.

O sepultamento das quatro vítimas foi previsto para o final da tarde, a maioria no cemitério Nossa Senhora de Aparecida, na zona oeste de Manaus. A assessoria da Seduc não divulgou informação oficial de como se dará a reorganização da secretaria com a morte da titular da pasta. Mas nesta sexta-feira, nenhuma escola da rede pública estadual de ensino teve aula em todo estado do Amazonas.

Fonte e foto: Arnoldo Santos/Especial para Terra

Laudo sobre acidente em AM deve sair em até 90 dias

Técnicos do Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos estiveram hoje no local onde um avião com seis pessoas caiu, em Manaus, e recolheram partes da fuselagem do avião. Um pequeno guindaste foi usado para recolher para um caminhão as partes maiores. O laudo sobre o acidente deve sair em até 90 dias.

Todas as seis pessoas morreram na queda do bimotor Sêneca, de prefixo PT-EJU (não um monomotor, de prefixo IPTUJ, como divulgado antes) da empresa Cleiton Taxi Aéreo. Entre os mortos, estava a secretária estadual de Educação, Cinthia Régia Gomes do Livramento. O avião caiu em um terreno baldio que faz fundos a várias casas, fica atrás de uma escola e a menos de 30 metros de um terminal de ônibus no bairro Zumbi, zona leste de Manaus.

Segundo o governo estadual, os ocupantes eram um fotógrafo e quatro funcionários da Secretaria Estadual de Educação, que seguiam com a secretária para Maués, a 267 quilômetros de Manaus, para implantar um projeto pedagógico para escolas locais. O governador do Amazonas, Omar Aziz, decretou luto oficial no Estado por três dias por conta da morte dos servidores estaduais.

Segundo a empresa de táxi aéreo proprietária do avião, cerca de cinco minutos depois de decolar, o piloto avisou que estaria retornando ao aeroporto, sem dar maiores informações. O piloto, Miguel Vaspeano Lepeco, de 52 anos, tinha mais de 25 anos de experiência, segundo a empresa.

De acordo com os bombeiros, os corpos estavam entre total e parcialmente carbonizados. Relatos ouvidos pelos bombeiros indicam que o avião apresentou pane cerca de 15 minutos após decolar do Aeroclube de Manaus, distante cerca de 50 quilômetros do local do acidente.

Fonte: Liege Albuquerque (Agência Estado) - Foto: Michael Dantas/A Crítica/Agência Estado

Miguel Vaspiano, o menino que nasceu nas alturas acabou morrendo da mesma forma no acidente de ontem em Manaus

O PILOTO

Miguel Vaspiano Lepeco, um menino que no dia 17 de julho de 1957 fez com que a rotina do aeroporto Dr. Gastão Vidgal, na cidade de Maringá, no Paraná, mudasse de forma inusitada.

Naquele dia normal, uma aeronave DC-3, que pertencia à antiga Viação Aérea de São Paulo (VASP), estava chegando a cidade, quando um fato mudou completamente o trabalho dos comissários de bordo e tripulantes: um nascimento.

Sem nenhuma experiência em realizar partos, os comissários de bordo iniciaram o processo, no improviso mesmo. Com o desejo de que a espera da mãe para dar a luz ao menino fosse o mais rápido e menos doloroso possível.

Ao entrar no espaço aéreo da pequena Maringá, uma surpresa: nascia mais uma criança. Uma criança que não somente tinha um destino qualquer como as outras. Esta criança já tinha a sua vida traçada naquele mesmo exato momento: o destino de se tornar um piloto.

O fato tornou-se destaque em todos os jornais da região e, a sua mãe, contente com o esperado, começou a desembarcar da aeronave, descendo degrau por dregau, com os olhos cheios de alegria e com um rosto bem alegre e atenta aos movimentos da criança.

Aquele simples menino até teve no sobrenome um grande presente. A mistura se formou em Vaspiano, dando como homenagem à empresa onde teve seu nascimento.

A partir de então, começara sua vida servindo em nome da aviação até ontem, 13 de maio de 2010, onde Miguel Vaspiano Lepeco, terminava a sua vida da mesma forma que veio: através das alturas.

Por volta das 14h30, iniciava um procedimento rotineiro: transportar pessoas para outros lugares. Decolava do aeroclube de Manaus, levando junto uma comitiva de funcionários da Secretaria de Estado e Qualidade do Ensino do Amazonas (SEDUC), entre eles, a secretária de educação, Cínthia Régia.

Minutos depois de decolar do aeroclube, segundo informações, o comandante Vaspiano (como era conhecido), falou à torre que iria retornar à origem.

O destino estava traçado e o menino que nasceu nas alturas já não podia mudar o destino que foi colocado.

Ele tentou ainda pousar sobre a área do Colégio Salesiano Dom Bosco Leste, mas a aeronave estava em alta altitude e começava a perder altura rapidamente. Ainda tentou acionar o trem de pouso e pousar no lugar; mas era impossível fazer o procedimento.

A perícia que o comandante Maciano em escolher aquele lugar para miminizar a tragédia foi marcante. Caso aquele lugar não fosse usado, a aeronave poderia cair em várias casas ou até mesmo próximo ao Terminal 5.

Mas, aquele fato que mudou a rotina daquele aeroporto no dia 17 de julho de 1957, acabou reeacontecendo ao contrário no dia 13 de maio de 2010, onde, o menino que nasceu nas alturas, acabou deixando sua vida nas alturas.

Fonte: @jerryaraujo (com informações de Maringá Histórica) via manausemnoticias.com