quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Ouvimos um grande estrondo", diz brasileiro que trabalha em obra do aeroporto de Trípoli

Funcionários brasileiros da construtora Odebrecht que trabalham nas obras de ampliação do aeroporto de Trípoli, na Líbia, presenciaram o acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira (12). O avião transportava 93 passageiros e 11 tripulantes e deveria pousar em Trípoli às 6h10 no horário local (1h10 de Brasília), mas caiu a cerca de 100 metros da cabeceira da pista do aeroporto. Um holandês de 10 anos foi resgatado com vida.

O brasileiro Erick Marcel, que trabalha na administração da construtora em Trípoli, disse que muitos colegas viram o acidente. “Como nosso turno é de 24 horas, muitos viram o acidente. Na hora que o avião caiu eles escutaram fortes estrondos. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu. O avião caiu bem perto da pista”, disse em entrevista ao UOL Notícias.

De acordo com Marcel, que está na Líbia há um ano e meio os brasileiros trabalham na construção de dois novos terminais do aeroporto de Trípoli. O administrador disse que a polícia isolou a área do acidente para evitar a atuação de curiosos. “Existem muitos curiosos. As pessoas estão fora de si”, afirmou.

Ainda segundo o brasileiro, aparentemente a pista do aeroporto não tem problemas de infraestrutura ou de sinalização. “Pelo que a gente consegue ver, a estrutura de pista não tem nenhum problema. Já desembarquei durante o dia e à noite e nunca percebi algum problema”, disse.

Marcel também acha difícil que o tempo tenha influenciado na queda da aeronave. “O céu está super aberto, o verão está começando. Nessa época o sol costuma nascer por volta de 5h30. Hoje, não houve sinal da ocorrência de tempestades de areia, nem houve rajadas de vento”, acrescentou.

"A cerca de 500 metros do local do acidente há um condomínio onde vivem cerca de 100 brasileiros que trabalham em uma construtora brasileira aqui em Trípoli", disse Marcel.



Fonte: Guilherme Balza (UOL Notícias) - Foto: AP

Acidente na Líbia é o quarto maior em um ano

Queda de Airbus da Afriqiyah Airways matou 103 pessoas; uma criança sobreviveu

O acidente com o Airbus A330 da Afriqiyah Airways que caiu no aeroporto de Trípoli, na Líbia, nesta quarta-feira (12), matando 103 pessoas, é o sexto grande desastre aéreo em menos de um ano e o quarto maior em número de vítimas no mesmo período. Um menino holandês de 10 anos seria o único sobrevivente da tragédia.

No último dia 10 de abril, o avião do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, caiu na Rússia, matando o governante e mais 95 pessoas, a maioria políticos e militares de alto escalão.

A aeronave, um Tupolev TU-154M, caiu quando tentava pousar no aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia. De acordo com testemunhas, as condições do tempo eram desfavoráveis no momento do acidente, com uma espessa névoa cobrindo a pista de aterrissagem. Autoridades suspeitam que um erro do piloto causou a tragédia.

No dia 25 de janeiro, um Boeing 737-800 da companhia área Ethiopian Airlines caiu no mar Mediterrâneo, com 90 pessoas a bordo, logo após decolar do aeroporto de Beirute, no Líbano. Nenhum dos ocupantes sobreviveu.

As causas da queda do avião etíope ainda estão sendo investigadas, mas o presidente do Líbano, Michel Sleimane, descartou a possibilidade de atentado terrorista.

No dia 15 de julho de 2009, um Tupolev Tu-154M da Caspian Airlines, com 168 pessoas a bordo, caiu quando sobrevoava a cidade iraniana de Qazvin, 150 km a noroeste de Teerã. Todos os ocupantes morreram.

Autoridades iranianas disseram que aeronave teve problemas técnicos e pegou fogo antes de cair, abrindo uma cratera no chão. A versão foi confirmada por testemunhas em terra.

Apenas 15 dias antes, no dia 30 de junho de 2009, um Airbus A310 da Yemenia Airways caiu no mar das ilhas Comores após tentar pousar sem sucesso no aeroporto local. Uma adolescente de 14 anos foi a única sobrevivente entre os 153 ocupantes da aeronave.

No início do mesmo mês, no dia 1º de junho de 2009, um Airbus A330 da companhia Francesa Air France caiu no oceano Atlântico, perto das ilhas brasileiras de Fernando de Noronha, quando fazia a rota entre Rio de Janeiro de Paris. Todos os 228 ocupantes morreram.

As causas da tragédia ainda estão sendo investigadas. Equipes de resgate francesas tentam recuperar os destroços e as caixas-pretas do fundo do oceano. Os primeiros relatórios indicam, no entanto, que uma falha nos sensores de velocidade da aeronave pode ter contribuído para o acidente.

Fonte: R7 - Foto: AFP

TAM recebe avião da Airbus para voos internacionais

A companhia aérea TAM recebeu na sexta-feira a primeira das duas aeronaves A330 encomendadas à fábrica da Airbus em Toulouse (França). O avião, configurado com 223 assentos para passageiros, será usado em voos internacionais de longo curso.

A entrega da segunda unidade está prevista para o início de junho, elevando a frota da empresa para 137 aeronaves, sendo 130 modelos da Airbus e sete da Boeing. O plano da TAM é fechar o ano com 148 aviões.

De acordo com a companhia, os dois novos aviões vão operar inicialmente voos fretados para a África do Sul, de forma a atender à demanda gerada pela realização da Copa do Mundo no país. Depois, serão utilizados em voos extras para Orlando (Estados Unidos) na alta temporada.

A partir de agosto, essas unidades serão integradas à malha aérea da TAM para operar novos voos regulares às cidades de Frankfurt (Alemanha) e Londres (Inglaterra) a partir do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.

"O recebimento dos novos aviões faz parte da política da TAM de operar uma frota com baixa idade média - seis anos, uma das mais jovens do mundo -, assegurando mais conforto aos passageiros", informa a companhia.

Fonte: Eduardo Laguna (Valor Online) - Foto: Paulo Tadeu

MT: Anac investiga queda de peça de Boeing cargueiro em decolagem

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta quarta-feira que um avião cargueiro, modelo Boeing 727-200F, prefixo PR-RLJ (foto), perdeu parte da carenagem (peça de revestimento) ao decolar do aeroporto de Cuiabá (MT), na última sexta-feira.

Segundo a Anac, a peça foi enviada para análise e a empresa Rio Linhas Aéreas, notificada. A carenagem caiu em uma rua no trajeto entre o aeroporto e o centro de Cuiabá, sem causar danos. O avião fazia a rota entre a capital mato-grossense e São Paulo.

A Rio Linhas Aéreas, que tem sede em Curitiba (PR), afirmou que tomou conhecimento do caso na segunda-feira, por comunicação da Anac. Segundo a empresa, a peça que se desprendeu na decolagem é metálica e tem 20cm de altura por 60cm de largura.

Ela teria se soltado de perto do freio aerodinâmico, mas sua falta não teria interferido no funcionamento do avião. Uma investigação interna está sendo feita para revelar porque a peça caiu. Os dados devem ser apresentados à Anac na próxima segunda-feira, segundo a empresa dona do avião, que ressaltou que a manutenção estava em dia.

Fonte: Terra - Foto: André Bonacin (Panoramio)

Russos são detidos por suspeita de plano para sequestrar avião em Berlim

Dois russos foram detidos nesta quarta-feira no aeroporto de Tegel, na capital alemã, Berlim, após suspeitas de que eles planejassem sequestrar um avião que partia em direção a Moscou.

Uma testemunha alertou a polícia após ouvir um diálogo dos dois na fila de embarque da empresa aérea Air Berlin.

Os detalhes da conversa, em russo, não foram revelados, embora a imprensa alemã especule que eles falassem sobre o sequestro de jatos para Moscou.

Um porta-voz da polícia disse que a testemunha ficou com a impressão de que "um sequestro tinha sido planejado".

Todos os 130 passageiros do voo foram questionados e a maioria embarcou em voos posteriores a Moscou.

Ambos os detidos, de 49 e 26 anos de idade, tinham licença de piloto.

Fonte: BBC Brasil via O Globo - Foto: AP

Novas buscas por caixas-pretas de avião da Air France fracassam

As buscas pelas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France - que em junho de 2009 caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo - em uma nova região fracassaram, anunciou nesta quarta-feira em Paris o BEA (departamento de investigações e análises), órgão francês encarregado das operações.

"Depois de ter efetuado uma cobertura ótima no conjunto da região, a BEA decidiu retomar as buscas em uma região localizada a noroeste da última posição conhecida", informou a BEA ao explicar que a busca não teve êxito até agora.

O navio norueguês "Seabed Worker" prevê dirigir-se para essa área durante a noite. Ali foi inicialmente efetuada a tarefa de busca das caixas-pretas da aeronave que em 1 de junho de 2009 caiu no Atlântico quando voava entre Rio de Janeiro e Paris.

A BEA informou que "a exploração da nova região de buscas depois das tarefas da Marinha Nacional (francesa)" tinha continuado a "um ritmo que precisou ser reduzido devido a problemas técnicos".

Na quinta-feira, o ministério da Defesa francês anunciou que as caixas-pretas do Airbur A330 da Air France tinham sido localizadas em uma região nova do "tamanho de Paris, onde relevo submarino assemelha-se à Cordilheira dos Andes", a uma profundidade de 3.600 metros.

A BEA tinha antecipado que nesta quarta-feira faria um balanço sobre os resultados e se estes fossem infrutíferos, "estenderia um pouco o perímetro das buscas".

Até agora, a BEA considerou que um mau funcionamento das sondas Pitot (sensores de velocidade), feitas pela empresa Thales, era "um dos fatores" do acidente.

Esse órgão considera que apenas as caixas-pretas permitirão compreender as causas exatas da tragédia.

Fonte: AFP

Avião da TAM é atingido por pássaro durante pouso no Pará

Uma aeronave que fazia o voo 3871 da TAM foi impedida de seguir viagem na tarde desta terça-feira (11), em Marabá, a 485 km de Belém, no Pará. O voo, que partiu de Belém às 14h15m com destino a Brasília, fez escala na cidade. O avião foi atingido por um pássaro quando se aproximava do aeroporto de Marabá e, por isso, precisou ficar no município paraense para passar por manutenção.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da companhia aérea, a continuação do voo foi cancelada e os passageiros acomodados em hotéis para decolar nesta quarta-feira, em voos da empresa e de outras companhias. O voo estava previsto para pousar em Brasília às 17h30m.

Fonte: Portal ORM via O Globo

Mais informações sobre o acidente na Líbia

O Airbus A330-202, prefixo 5A-ONG, da Afriqiyah Airways, realizando o voo 8U-771 de Joanesburgo, na África do Sul, para Trípoli, na Líbia, com 93 passageiros e 11 tripulantes, estava na abordagem à pista de 09 do Aeroporto Internacional de Trípoli (Tarrabalus/Idris) (TIP/HLLT), quando caiu próximo a pista, aproximadamente às 06:10 (hora local - 04:10 Z), desta quarta-feira (12).

O mesmo Airbus A330 envolvido no acidente, fotografado em 09.09.09, no Aeroporto de Trípoli, 10 anos após a data 09.09.1999, que que forma o logo da empresa aérea Afriqiyah Airways, que lembra a data da reunião extraordinária da OUA (Organização da União Africana), realizada em Sirte, Líbia, em que o líder líbio Muammar al-Gaddafi solicitou a criação da União Africana (UA)

O avião ficou completamente destruído, sem que houvesse incêndio após o impacto.

Inicialmente, o aeroporto havia relatado 105 mortes (94 passageiros e 11 tripulantes).

O avião partiu às 21h37min de Joanesburgo (hora local - 19:37 Z) e deveria chegar às 06:20 (hora local - 04:20 Z).

A Afriqiyah Airways confirmou o seu voo 8U-771 transportando 93 passageiros e 11 tripulantes caiu na chegada em Tripoli.

O Aeroporto Internacional de Tripoli não tem um sistema de aterrissagem por instrumentos e a pista 09 tem equipamentos VOR e NDB não confiáveis em operação.

A Airbus confirmou que o Airbus A330-202, de prefixo 5A-ONG (c/n 1024) estava envolvido no acidente do voo 8U-771, informando que a aeronave havia acumulado 1.600 horas de voo em 420 ciclos. O avião caiu nos limites da curta pista 09 do Aeroporto de Trípoli.

O BEA francês enviou dois investigadores a a Airbus especialistas para Tripoli para participarem do inquérito a ser realizado pela Autoridade de Aviação Civil da Líbia.

Fonte: Aviation Herald - Mapa: Cortesia/Google Earth - Foto: Chris Smith Photography (Airliners.net)

Fotos do acidente com o avião na Líbia


Fotos: AP / AFP / Reuters

Queda de avião na Líbia mata 103 das 104 pessoas a bordo

Menino é único a sobreviver a queda de avião que matou 103 na Líbia.

Ministério do Transporte confirmou mortes de todos os demais a bordo.

Airbus vinha da África do Sul e tentava pousar em Trípolí.




Um Airbus de uma empresa líbia caiu nesta quarta-feira (12) quando tentava pousar em Trípoli, capital da Líbia, matando 103 das 104 pessoas que estavam a bordo. Um garoto holandês de 10 anos foi o único sobrevivente, segundo o ministro líbio de Transportes.

O Airbus A330-200 estava em operação desde setembro do ano passado e voava de Johannesburgo, na África do Sul, rumo à capital líbia, quando caiu por volta das 6h locais (1h de Brasília).

Autoridades holandesas confirmaram que 61 turistas do país morreram no acidente. Autoridades locais disseram que havia 22 líbios a bordo, mas não foram reveladas as identidades dos demais mortos.

"Todo mundo está morto, exceto uma criança", disse o ministro líbio de Transportes, Mohamed Zidan. O avião levava 93 passageiros e 11 tripulantes. A aeronave era operada pela companhia líbia Afriqiyah Airways.

O ministro disse que os investigadores estavam tentando descobrir a causa do acidente, mas descartou a hipótese de terrorismo. O sobrevivente está ferido, mas não corre risco de vida. "A criança está em boas condições e foi hospitalizada para exames", disse o ministro.

Imagens de TV do menino sobrevivente

Informações

A Afriqiyah Airways forneceu dois números de telefones para que familiares possam buscar informações: 0213341181 (na Líbia) e +442033552737 (ligação internacional).

A Airbus também se manifestou: "A Airbus fornecerá assistência técnica total para as autoridades responsáveis pela investigação do acidente com o Bureau d'Enquête et d'Analyse (BEA)".

Mapa mostra o local do acidente, na Líbia

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Foto: Abdel Meguid al-Fergany (AP) / Arte/G1

Mudanças em aeroportos ficarão para 2011, diz Anac

Proposta da agência está em análise pelo Ministério da Defesa e pela Casa Civil

Mercado cresce acima de 20% pelo décimo mês; agência cita descompasso entre demanda de clientes e oferta aeroportuária


A decisão sobre o modelo de gestão dos aeroportos deverá ficar para o próximo governo, disse ontem a presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Vieira.

Caso a decisão seja tomada em 2011, o novo governo deverá definir se a administração de aeroportos no país deve ficar a cargo da iniciativa privada, permanecer sob a gestão de uma empresa estatal, a Infraero, ou passar a ser feita em parcerias público-privadas.

Segundo especialistas, a definição de um modelo é essencial para viabilizar investimentos antes da Copa e dos Jogos Olímpicos. Questionada sobre o impacto da demora do governo, Vieira disse que dependerá da velocidade das obras.

Vieira participou ontem de seminário sobre infraestrutura promovido pelo "Valor Econômico" no Rio. Segundo a presidente da agência, é preciso discutir se o monopólio na administração dos aeroportos é o modelo mais adequado e se deve ficar a cargo de empresa pública, que tem restrições para investimentos e contratações.

"Quando a gente pensa em manter uma empresa pública operando com características de setor privado, a gente tem de ter em mente que nunca vai conseguir a eficiência de uma empresa privada porque ela tem limitações burocráticas".

Os números da agência evidenciam o crescimento da demanda. Com maior acesso a crédito e passagens mais em conta, o fluxo de passageiros no mercado doméstico teve alta maior que 20% em dez meses.

A TAM continua a liderar em participação de mercado, com 42,13%, seguida pela Gol, com 40,69%. Empresas com uma fatia menor do mercado registraram crescimento expressivo no fluxo de passageiros. A Webjet teve alta de 96%, e a Azul, de 89%, na comparação com abril do ano passado.

Sem investimentos compatíveis em infraestrutura, os terminais de passageiros começam a ficar saturados. "As empresas estão fazendo milagre, criando voos noturnos adicionais, mas há sinais de estrangulamento em alguns aeroportos", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação.

O aumento da demanda sem investimento em infraestrutura não interfere apenas no conforto do passageiro. Para as companhias aéreas, ela pode resultar em restrições ao uso de aeroportos, nos moldes do que ocorre em Congonhas.

A agência realiza estudos para definir quais outros aeroportos poderão ficar saturados.

Segundo Vieira, desde o ano passado o crescimento no uso dos aeroportos não é mais centrado em São Paulo, e sim no Rio de Janeiro e em Brasília.

De janeiro a abril, as companhias brasileiras têm alta de 32% na demanda ante igual período do ano passado.

Fonte: Janaina Lage e Samantha Lima (Folha de S.Paulo)

Balão cai perto do Aeroporto Santos Dumont

Um balão caiu na Baía de Guanabara perto da pista do Aeroporto Santos Dumont. Por medida de segurança, a Infraero suspendeu por alguns minutos as operações no aeroporto. No entanto, os vôos não sofreram atrasos.

Fonte: Correio Braziliense

Brasil abrirá licitação para comprar aviões de reabastecimento

Depois da escolha do modelo de caças que serão adquiridos para equipar a Força Aérea brasileira (o francês Rafale, o sueco Gripen ou o americano F-18 E/F), a Aeronáutica deve lançar outra licitação no mercado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

A abertura de concorrência prevê a compra de aviões para reabastecer, no ar, as próprias aeronaves de guerra que virão para o Brasil. Os aviões que hoje cumprem a missão são da década de 50 e estão entre os mais velhos do mundo para este tipo de serviço.

Fonte: Terra

Diretor-presidente de uma das empresas armamentistas brasileiras afirma que a aura de mistério é exigência dos estrangeiros

Olhando rapidamente, o prédio parece abandonado. O mato precisa ser aparado, as paredes externas não são pintadas há anos e estão descascando. No pátio, há apenas um Fiat Uno velho. Mas o diretor-presidente da ETR Indústria Mecânica Aeroespacial, Rubens Carlos Jacintho, garante que ali se fabrica motor para foguetes, bombas incendiárias e aéreas, lança-granadas e uma série de artefatos bélicos. “Entre os nossos clientes estão o Ministério da Defesa, os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além de governos latino-americanos”, ressalta Jacintho.

A ETR está localizada na periferia de São José dos Campos. Aparentemente, a fábrica está parada. Na Mectron, por exemplo, observa-se um entra e sai de funcionários a todo momento. Na ETR, depois de meia hora batendo palma no portão surge um segurança. O Correio pede para visitar a empresa, mas o funcionário dá a mesma desculpa que todas as empresas deram. “Aqui se desenvolve tecnologia e armas sob o mais absoluto sigilo.”

O diretor-presidente da ETR explica que nenhuma empresa que fabrica armas e munições de guerra permite que pessoas estranhas entrem na área de produção porque os clientes que as contratam exigem sigilo na hora da encomenda. “Aqui você pode entrar só para ver os laboratórios, isso se não estiverem sendo realizados ensaios. Desculpe, mas a empresa trata com clientes estrangeiros e eles são muito exigentes”, conta o relações públicas Regis Borges, da Mectron.

Acrílico

Na condição de anonimato, dois funcionários contaram como funciona a linha de produção da Companhia Brasileira de Cartuchos, a CBC. Boa parte dos 1,2 mil funcionários atua na linha de produção, dividida em seis turnos. A indústria funciona 24 horas por dia. Só para se uma das máquinas quebrar. Um operador III ganha R$ 5,3 mil por mês e trabalha operando as máquinas que enchem os cartuchos de pólvora.

Na linha de produção, segundo os funcionários, há uma série de medidas de segurança. Para evitar acidentes, os funcionários são protegidos por uma tela de acrílico que suporta até disparo à queima-roupa de calibre .38. Cada turno de 8h produz 680 mil cartuchos do mais variados calibres só no setor de armas curtas.

O número: 1,2 mil e o número de funcionários da CBC, maior fábrica de munição do país

Câmara atenta

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados pretende discutir amanhã a exportação brasileira de armas para países com conflitos étnicos e religiosos, como o Sri Lanka, onde até 100 mil pessoas foram mortas em conflitos étnicos, como mostrou ontem reportagem do Correio. Atualmente, o país fornece munição para sete nações em guerra. Segundo a presidente da comissão, deputada Iriny Lopes (PT-ES), o assunto ainda não foi tratado até pela falta de informações.

“A pauta de exportações brasileiras deve ser de conhecimento público. Não só o parlamento deve ter acesso, mas toda a população. Segundo ela, o país — que faz campanha pelo desarmamento — deveria centrar as atividades econômicas em outras frentes, como alimentos. “Sabemos o que significam essas armas e como aumentam o sofrimento de um povo”, afirmou a deputada, citando dados estatísticos de mortos por armas de fogo no Brasil.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil também deve colocar o assunto em pauta. Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, a complexidade do assunto e a repercussão da venda de armas para países em guerra e para o Irã exigem compreensão do tema. “É preciso esclarecer melhor à população essas questões.” O Congresso Nacional, segundo ele, tem papel fundamental nesse debate.

Para saber mais CBC, “mãe” e orgulho

No município de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, está a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), a maior fábrica de munição do país. Na cidade, todo mundo sabe o que a indústria fabrica e chega a ter orgulho da empresa, já que ela colabora com o desenvolvimento da região. “Eles fazem espingardas, rifles, carabinas e todo tipo de munição. A gente sabe que esse arsenal é usado em guerras e caças. Mas precisamos desenvolver a nossa região”, diz a vereadora Diva de Sousa.

A CBC é considerada uma empresa-mãe. Difícil encontrar um funcionário que fale mal do patrão. Ela dá refeição gratuita, leva e traz os funcionários em casa em ônibus de luxo e oferece um dos melhores planos de saúde do país.

O Correio só conseguiu entrevistar o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo José dos Santos, que é funcionário da CBC, depois que ele pediu autorização do departamento de Recursos Humanos da empresa. Quando foi comentado que boa parte da produção da empresa é usada para abater militares na guerra, Paulo José deu uma resposta prática. “Se não houvesse munição, haveria guerra do mesmo jeito. Os povos iriam para combate com espadas e flechas”, comenta.

Fonte: Ullisses Campbell e Alana Rizzo (Correio Braziliense)

Fábricas nacionais de armamentos usados em conflitos bélicos no exterior trabalham em regime de silêncio

Quem entra pela estrada de asfalto no quilômetro 14 da Rodovia dos Tamoios, no município de São José dos Campos, nem imagina o que a paisagem bucólica esconde. No meio da tranquilidade do campo está instalada uma das maiores fábricas de explosivos e munições do Brasil, a Avibras. A empresa de engenharia fabrica foguetes de longo alcance para abate de aviões, unidades de controle de fogo para derrubar helicópteros que voam em baixa altitude e mísseis que alcançam embarcações a 300km.

O povo que mora ao redor nem sonha com o material que é produzido por trás da muralha de 6m de altura protegida por cerca elétrica farpada e enrolada. A Avibras é uma das empresas brasileiras que alimenta um mercado milionário e polêmico. Na edição de ontem, o Correio mostrou que, na última década, o Brasil exportou, por US$ 17,8 milhões, um total de 777 toneladas de bombas, foguetes, mísseis e todo tipo de munição para países nos quais os embates armados mataram 1,3 milhão de pessoas.

A camponesa Maria de Paula Sodré, 45 anos, saiu do interior da Bahia em 1988 em busca de prosperidade em São José dos Campos. Conseguiu emprego na fazenda Porto Velho, de propriedade de um político da região. Todos os dias caminha por estradas vicinais da Rodovia dos Tamoios. Conhece a Avibras “de ouvir o povo falar”, mas nem sonhava que se tratava de uma fábrica de explosivos. “Já vi a carretas carregando caixas de ferros enormes, mas pensava que tinha naves espaciais lá dentro”, conta.

A unidade da Avibras que fabrica foguetes aeroespaciais também fica em São José dos Campos, mas a 30 quilômetros do local onde se desenvolvem explosivos de guerra. O terreno que a empresa escolheu para pesquisar tecnologia espacial fica atrás da Embraer, longe da área residencial. Nas duas fábricas, não se passa da portaria sem ser convidado. “Você não pode se aproximar porque a empresa está desenvolvendo um projeto secreto. Se quer fazer matéria sobre a fábrica de explosivo, tem que ir para outra unidade”, explica o sentinela na portaria da unidade aeroespacial.

Se no local onde se fabrica sondas espaciais não se passa da portaria, na unidade em que se montam foguetes para abate de aviões não se chega à primeira entrada. A presença de jornalistas com máquinas fotográficas mobiliza a segurança. Eles sequer deixam bater foto da fachada, alegando que se trata de local de segurança máxima. “Vocês não podem ficar nem na calçada da frente”, avisa o guarda particular.

Batas

São José dos Campos é o reduto das fábricas de bombas, mísseis e outros artefatos de guerra. A Mectron, localizada em área urbana, fabrica mísseis para abate de curta e longa distância e armas anticarro. O prédio é modesto para quem desenvolve tecnologia para armas de defesa. Assim como ocorre com a vizinhança da Avibras, os moradores da Mectron não sabem o que é construído do lado de dentro dos muros. “Moro aqui há 20 anos e não sei até hoje com o que esse pessoal mexe. Meu filho mais velho já foi lá pedir emprego, mas disseram que não tinha nada para ele”, conta Benedito Marciano, 52 anos. Ele mora ao lado da Mectron. “A vizinha me falou que eles fabricam bombas, mas não acredito porque já vi mulheres vestidas com bata de enfermeira entrando na empresa depois do almoço”, relata a dona de casa Maria Aparecida Marciano, 56, mulher de Benedito.

Fonte: Ullisses Campbell (Correio Braziliense)

Aeronáutica: MPF quer impedir exclusões de soropositivos e grávidas

O Ministério Público Federal em Alagoas ajuizou ação civil pública, com pedido de tutela antecipada, na Justiça Federal, para impedir a exigência da realização de exame Anti-HIV e de teste de gravidez no processo de admissão a cursos de formação da Aeronáutica, bem como a exclusão de soropositivos e grávidas. A formação é uma exigência prevista em etapa posterior às provas objetivas do concurso de abrangência nacional para vários cargos, cujo edital está em andamento.

Caso a Justiça Federal conceda a tutela antecipada, a Aeronáutica terá que reiniciar o prazo para as inscrições dos certames cujos exames de admissão se relacionam à adaptação de médicos, dentistas e farmacêuticos e de oficiais engenheiros, iniciadas dia 5 deste mês. Também terá que reabrir as inscrições dos certames cujos exames de admissão se referem ao estágio de adaptação à graduação de sargento e ao curso de formação de sargento, que se encerraram dia 20 de abril. Deverá ainda divulgar que não serão excluídos dos certames grávidas e candidatos (as) portadores de HIV.

A ação foi motivada pelo descumprimento de recomendação (nº04/2010) do procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Rodrigo Tenório, dirigida ao Departamento de Ensino da Aeronáutica para retificação de itens da Instrução Técnica das Inspeções de Saúde (que obrigam a realização dos exames). Na recomendação, expedida dia 16 de abril, o representante do MPF argumenta que a exigência da Aeronáutica fere dispositivos legais e configura discriminação, afrontando Constituição Federal ( art. 3º, incisos III e IV).

Ainda segundo o MPF, as exigências da Aeronáutica agrediram pelo menos cinco tratados internacionais: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, a Convenção sobre os Direitos da Criança, a Convenção nº 11 da Organização Internacional do Trabalho - OI, a Convenção Americana de Direitos Humanos, a Convenção Americana/Protocolo Adicional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e a própria Declaração Universal dos Direitos Humano.

No que se refere à exigência de teste de gravidez, o procurador da República argumenta ainda que, "se a Constituição prevê a licença gestante (art Art. 7º, inciso XVII), por óbvio admite que mulheres grávidas façam parte do quadro das forças armadas. Afinal, a licença gestante não se inicia no primeiro dia de gravidez. Diante da previsão constitucional, só resta às forças armadas se curvarem ao ingresso de grávidas".

Com relação à realização do exame Anti-HIV, o representante do MPF alagoano afirmou que a Aeronáutica também afrontou direitos e garantias fundamentais assegurados pelo 5º, "caput", X e XIII da Constiuição Federal, sobretudo no que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

Outro argumento utilizado pelo MPF é o fato de a própria União, por meio da Portaria Interministerial nº869, ter proibido, no âmbito do serviço público federal, a exigência de teste para detecção do vírus de imunodeficiência adquirida, tanto nos exames pré-admissionais quanto nos exames periódicos de saúde.

Fonte: Ascom MPF via Alagoas 24 horas

Adiado voo inaugural do trecho Goiânia/Palmas

Foi adiada para o próximo dia 24 a inauguração do trajeto aéreo entre Goiânia e Palmas, previsto inicialmente para a próxima segunda-feira, dia 17. O voo inaugural sairá de Goiânia às 10h27, com chegada às 12h05 em Palmas.

O trecho Goiânia-Palmas faz parte de um voo gerido pela Passaredo Linhas Aéreas que parte de Uberlândia, passa por São Paulo e chega a Goiânia. A aeronave, que será um jato, terá capacidade para 50 pessoas.

Fonte: Goiás Agora

Honeywell UOP eleita entre fornecedoras do ano da Boeing em 2009

A UOP LLC, empresa da Honeywell, foi selecionada como uma das fornecedoras do ano da Boeing em 2009. Uma das apenas 14 empresas escolhidas entre 10.500, a unidade de negócios UOP da Honeywell teve papel crucial no apoio ao programa de testes de voo e projetos de pesquisa com biocombustível da Boeing.

Em 2009, a UOP da Honeywell produziu biocombustível de fontes sustentáveis como algas, camelina e mamona para o programa de teste de voo Bio-SPK da Boeing em apoio aos testes de voos das empresas aéreas comerciais Air New Zealand, Continental Airlines, Japan Airlines e KLM Royal Dutch Airlines. A UOP da Honeywell aderiu à programação intensa de distribuição e contribuiu com iniciativas de teste e certificação de combustíveis, etapa essencial para o uso comercial de biocombustíveis na aviação.

"A unidade UOP da Honeywell demonstrou sólido suporte técnico e ao consumidor em relação às iniciativas de comercialização e programas de testes de voos com biocombustíveis sustentáveis", diz Billy Glover, diretor-gerente de estratégia ambiental da Boeing Commercial Airplanes. "Não poderíamos chegar até aqui sem a ajuda e a colaboração de nossos fornecedores e temos o prazer de reconhecer as empresas que nos deram tremendo suporte".

Fonte: Yahoo! Notícias

TAM ganha mercado e garante liderança mais folgada em abril

Após ver a Gol/Varig se aproximar e praticamente dividir a liderança do setor em março, a TAM ganhou participação no mercado doméstico de aviação e conseguiu abrir uma pequena folga em relação à sua principal concorrente durante o mês passado.

A diferença de market share entre as duas companhias aéreas, que foi de 0,31 ponto percentual em favor da TAM em março, subiu para 1,44 ponto percentual no mês passado. Enquanto a participação da TAM avançou de 41,75% para 42,13% de março para abril, a fatia da Gol/Varig recuou de 41,44% para 40,69%.

Os números foram divulgados hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que reportou crescimento de 23,48% na demanda por voos domésticos em abril, na comparação com igual período de 2009.

Atrás da TAM e da Gol nos voos domésticos de abril aparecem a Webjet (5,89%), a Azul (5,56%), a Avianca (novo nome da OceanAir que teve share de 2,45%) e a Trip (2,29%).

Segundo o balanço da agência, o tráfego de passageiros em voos domésticos no acumulado de janeiro a abril subiu 32,22%, enquanto a oferta de assentos nesse período subiu 20,21%.

Já nos voos internacionais operados por companhias brasileiras, a demanda recuou 0,22% e a oferta cedeu 4,63% em abril, ainda na comparação anual. A TAM teve participação de 85,37% nesse segmento, seguida pela Gol/Varig (14,42%).

A Anac ainda informou que a taxa de ocupação em voos domésticos ficou em 64,77% no mês passado, acima dos 62,97% de igual período no ano passado. Em voos internacionais, essa taxa subiu de 68,64% para 71,82% na mesma base de comparação.

Fonte: Eduardo Laguna (Valor Online) via O Globo

Agora, a taxa é para marcar assento no voo

Check-in Depois da cobrança para despachar mala e pelo lanche a bordo, empresas passaram a pedir adicional de quem quer escolher lugar ou ocupar os cobiçados bancos na fila de emergência

As companhias aéreas continuam tentando encontrar formas de cobrar mais dos passageiros. Agora, a principal experiência é em torno do quanto podem pedir para deixar o cliente marcar assentos nos voos - por enquanto, os valores variam de US$ 5 a US$ 50 nos trechos domésticos nos Estados Unidos.

São dois tipos de taxas. AirTran Airways e Sprit Arlines, por exemplo, querem de US$ 6 a US$ 20 adicionais para permitir que o passageiro possa decidir onde sentar. Caso contrário, a pessoa será alocada de forma randômica, no check-in. Já outras empresas decidiram cobrar pelos assentos cobiçados, aqueles com mais espaço para estender as pernas ou os localizados na parte da frente do avião.

Continental, Frontier, JetBlue, United e US Airways estão taxando os chamados assentos premium. E a British Airways decidiu fazer os dois tipos de cobrança. "Bancos perto da saída de emergência têm área para esticar a perna. Entendo que eles queiram vender esses locais", disse Matt Dimler, fundador do seatguru.com. O site ficou famoso por trazer mapas das aeronaves e dar dicas sobre os melhores assentos. Ele só não acha fazer sentido a cobrança para sentar na frente do avião. "Acho que não vale a pena pagar US$ 8 para isso. Qual seria a vantagem? Desembarcar mais rápido?"

A JetBlue batizou seus bancos premium como EML, sigla para "even more legroom" e promete que os clientes terão 10 centímetros a mais para estender a perna. Os valores estão sendo testados, mas ficam em torno de US$ 10 (voos curtos), US$ 25 (média distância) e US$ 40 (trechos longos, como de Nova York a Los Angeles). Recentemente, quando voei JetBlue, os únicos lugares sem cobrança extra eram no meio das filas.

A política das taxas está longe de ser clara na maioria das empresas. A Spirit Airlines só dá informações sobre isso depois que o cliente comprou a passagem. E representantes da Continental e da US Airways se recusam a revelar os tipos de assento pelos quais as companhias aéreas estão cobrando.

Fonte: Susan Stellin (The New York Times) via O Estado de S.Paulo