segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saiba mais: Fronteira bélica

O Paraná é a principal rota do tráfico de armas do país. Arsenal entra no Brasil pela Ponte da Amizade, rio e Lago de Itaipu

As brechas existentes na fiscalização dos 170 quilômetros do Lago de Itaipu, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, fazem do Paraná a principal rota do tráfico de armas e munições de todo o Brasil. Por ser uma porta de entrada de pistolas, cartuchos e fuzis, o estado contabiliza apreensões expressivas. Somente no ano passado, a Polícia Federal (PF) retirou de circulação 19.543 munições e 169 armas dos mais diversos calibres em todo o Paraná, o maior índice do país. Neste ano, a cena repete-se: no primeiro trimestre, a PF interceptou 8.846 munições, quase metade do total retido em 2009.

Segundo a PF, 95% das armas de grosso calibre usadas por organizações criminosas brasileiras entram no Brasil pelas fronteiras. Outros 5% são obtidos por meio de assaltos a quartéis e empresas de segurança, comuns no Rio de Janeiro. “Quando a gente aperta o cerco nas fronteiras, as quadrilhas procuraram aproveitar uma fragilidade nos quartéis e roubar armas”, afirma o delegado da Divisão de Combate ao Tráfico Ilícito de Armas da PF (Darmi), Reniton Serra.

Centenas de portos clandestinos situados ao longo do Lago de Itaipu e a facilidade que o crime organizado encontra para fazer a travessia de barcos na fronteira são alguns dos motivos que levam o Paraná a ser um epicentro bélico. “Nessa região existem pequenas embarcações e um comércio de mercadorias que transporta o que quiser. Pelos rios é mais fácil, eles encostam o barco em qualquer lugar. Colocam fuzis desmontados em algumas caixas dizendo que é cigarro contrabandeado”, diz. Segundo o delegado, geralmente as armas são desmontadas e transportadas junto a outras mercadorias, incluindo eletrônicos, informática e cigarros e até drogas. Também é comum os policiais apreenderem os artefatos bélicos em fundo falso de veículos. Por isso o trabalho de inteligência é feito em conjunto com a divisão de drogas e contrabando.

Do lado do Paraguai, venda de armas acontece em lojas de fachada

A maior parte das armas que cruzam a fronteira paranaense na mão de contrabandistas é de pequeno calibre, ou seja, pistolas e revólveres. No entanto, no histórico da região há registros de apreensões de fuzis, submetralhadoras de uso restrito das Forças Armadas e munições com potencial para derrubar helicópteros. No Brasil, de acordo com Serra, a PF apreende armas das mais diversas origens e tipos, inclusive do Exército boliviano.

Em uma só apreensão, em 2008, foi retido um arsenal de 26 armas escondidas no painel de um veículo. Entre o material estavam pistolas das marcas Jericho (Israel), Glock (Áustria), Ruger (EUA), Smith/Weson (EUA), Sig Sauer (Suíça) e Bersa (Argentina) com mira a laser, além de munição ponto 40. O arsenal foi avaliado em cerca de US$ 30 mil, aproximadamente R$ 52 mil.

Depois de transportadas pelo rio e pela Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, as armas e munições com destino a morros cariocas e favelas paulistas são carregadas em automóveis ou caminhões que passam por estradas vicinais paranaenses.

O chefe do núcleo de operações da PF em Foz do Iguaçu, Cléo Ma­­z­­zotti, diz que a intensificação das operações nos últimos anos foi a responsável pela liderança do Pa­­­raná no ranking de apreensões, apesar da movimentação existente na fronteira. “Há mais de mil qui­­­­lômetros de margem no lago difícil de fiscalizar e na Ponte da Amizade passam cerca de 30 mil a 40 mil pessoas (diariamente)” . Segun­­­do ele, as ações foram reforçadas na fronteira com a Operação Sen­­tinela, desencadeada em conjunto com outros órgãos de segurança.

Estatuto do Desarmamento

A repressão maior à entrada de armas clandestinas e a vigência do Estatuto do Desarmamento – que estabelece normas para o registro, posse e comercialização de armas de fogo – repercutiu no mercado negro. Segundo Serra, o preço da arma triplicou. Uma pistola antes adquirida por menos de R$ 1 mil hoje vale até R$ 4 mil, diz. Hoje existe até mesmo um mercado paralelo de locação de armas utilizado por assaltantes de bancos, diz o delegado.

É preciso integração para coibir armas

Na análise da coordenadora do Setor de Controle de Armas do Instituto Sou da Paz de São Paulo, Heather Sutton, duas iniciativas urgentes precisam ser implementadas para coibir o tráfico internacional de armas. A primeira um trabalho integrado entre a polícia brasileira e de outros países. A segunda seria a criação de um Tratado Inter­­­nacional para controlar o comércio de armas.

Segundo Heather, para fugir da legislação nacional, cidadãos brasileiros cruzam a fronteira e adquirem com facilidade armas no Paraguai, o que poderia ser evitado se houvesse um trabalho conjunto de fiscalização entre os dois países. Ela também defende a criação de um tratado internacional com a finalidade de rastrear as armas porque a maior parte tem origem no comércio legal. “A arma sai da legalidade, com isso é preciso controlar a partir da saída das fábricas e legislação internacional para padronizar regras para este comércio”, diz. Para ela, essa seria uma forma de começar a controlar a transferência de armas entre os países e diminuir o número de artefatos bélicos que entram no Brasil pelas fronteiras.

Heather lembra que mesmo com o ingresso de armas clandestinas pela fronteira, a maioria dos artefatos apreendidos no Brasil é de origem nacional. No estado de São Paulo, em 2008, as polícias estaduais tiraram de circulação 28 mil armas. Atrás do Paraná, São Paulo aparece em segundo lugar no ranking de apreensões da Polícia Federal por ser o estado de maior população do Brasil e com maior número de armas.

O Instituto Sou da Paz é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que há mais de 10 anos trabalha pela prevenção da violência no Brasil.

Fonte: Denise Paro (Gazeta do Povo) - Fotos: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Avião espião vai monitorar contrabandistas

Interceptar o contrabando, o tráfico de armas e de drogas durante a travessia nas fronteiras ainda é um desafio para a Polícia Federal (PF) em razão da extensão do território brasileiro e da falta de efetivo para controlá-lo – são 16,8 mil quilômetros de fronteira.

Pelo menos no Paraná, a promessa da PF é de que o gargalo da fiscalização deva diminuir quando o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) começar a ser usado. O avião sem piloto tem capacidade para monitorar a movimentação na fronteira e identificar veículos e barcos usados pelos contrabandistas. “Com o Vant vamos poder, em questão de horas, monitorar um estado inteiro”, diz o delegado da PF Reniton Serra. Ainda sem data para começar a operar, o ‘avião espião’ tem uma base no município de São Miguel do Iguaçu, a 45 quilômetros de Foz do Iguaçu. Hoje, o controle do tráfico de armas na fronteira é feito com o auxílio de lanchas e serviço de inteligência.

Com as informações do Vant, as autoridades esperam poder rastrear cargas ilícitas na entrada do território brasileiro. Essa seria uma forma de compensar a fragilidade da fiscalização existente no lado paraguaio, onde o comércio negro de armas é feito em lojas de fachada na Ciudad del Este e em Salto del Guaíra. As armas vendidas no comércio paraguaio são originadas no mercado negro existente em outros países.

Fonte: Gazeta do Povo - Fotos: Divulgação/Polícia Federal

Avião à célula de combustível

Quem não poderia faltar no pavilhão das energias alternativas da Feira de Hannover era o avião Antares DLR-H2, movido à célula de combustível (ou hidrogênio), espécie de bateria que libera energia a partir de reação química na água. Desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão, ele já fez vários sobrevoos.



Fonte: Affonso Ritter (Jornal do Comércio) - Foto: dpa - Vídeo: EFE via YouTube

Voo AF 447: Tradução da NT 34-029, nota interna da Air France

AIR FRANCE

MT.QB

NT 34-029 (nota técnica)

Data de Emissão: 20-Agosto-2008

Revisão: 01

Data:17-Setembro-2008

Página: 3/5

TÍTULO: Tratamento de incidentes com perda da indicações anemométricas (velocidade)

Autor: N (apagado)

Verificado por: M (apagado)

REFERÊNCIA: SIL 34-084

VÁLIDO PARA: Todos os aviões A330 e A340 das companhias Air France, ACI e KLM

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

O objetivo desta NT é reunir informações com a finalidade de confirmar a responsabilidade dos tubos de Pitot em casos de alarme da “NAV IAS DISCREPANCY”.

Quando esta nota foi redigida, haviam sido registrados um caso na Air Tahiti Nui (THT) e seis casos em A340 da Air France.

Estudos realizados pela Airbus em aeronaves dos modelos mostraram que a maioria dos eventos de discrepância de velocidade aérea resultaram da entrada de água entupimento nos Tubos Pitot Thales PN C16195AA.

Outra hipótese sendo investigada é a possível saturação dos Tubos de Pitots por cristais de gelo em voos de alta altitude.

Em condições específicas de voo, uma discrepância nas indicações de velocidade entre o sistema 1 (lado direito) e o sistema 2 (lado direito) ou até mesmo perda total de indicação de velocidade poderia surgir com o desligamento do piloto automático, auto thr off, etc…

Alertas associados:

- F/CTL ALTN LAW

- WINDSHEAR DETECT FAULT

- NAV IAS DISCREPANCY

- AUTO FLT AP OFF

- AUTO FLT A/THR OFF

Estes alertas característicos acontecem simultaneamente, o desligamento do piloto automático ocorre quando sistema 1 e 2 perdem suas indicações anemométricas.

A fim de isolar a causa dos tubos de pitot é necessário efetuar as seguintes ações de manutenção descritas abaixo:

AÇÕES DE MANUTENÇÃO

Os procedimentos devem ser executados na ordem descritas abaixo:

— Copie o formulário em anexo. Tratando-se de tripulação ainda estiver a bordo, solicite que completem as duas primeiras partes do questionário e preencham o “post-flight check result” apos executar as ações abaixo. Transmita esta informação para o eng. Fonda ATA 34.

— Verificar os Tubos de Pitot: AMM 34-11-15-200-801, atentar para os drenos.

— ADR bite test: AMM34-13-00-740-803 mais impressão do TSD e das falhas classe 3, transmita esta informação para o eng. Fonda ATA 34.

— As seguintes ações devem ser efetuadas se as indicações de IAS não voltarem ao funcionamento normal depois do incidente: AIR LEAK TES (teste de escapamento de ar), FLUSHING OR THE PITOT LINE (descarga do tubo Pitot), PROBES HEAT SYSTEM TEST (teste do sistema de aquecimento dos tubos Pitots) e TSM associado.

…. Página: 4/5

Após executar as ações de manutenção descritas acima, informar também os defeitos constatados no ATL ou em um Additional Work, por exemplo:

— O número de drenos entupidos

— O tipo de sujeira encontrada

— Etc…

IMPACTO OPERACIONAL

Nulo (nenhum)

AÇÃO CORRETIVA

— O novo modelo de tubo Pitot está disponível PN: C16195BA. Este PN encontra-se em processo de instalação na frota em pane.

Este novo modelo de tubo de pitot corrige os problemas com melhoria do escoamento da água pelo ladrão e nova implantação dos drenos.

FIM

Fonte: Antonio Ribeiro (Veja.com) - Imagem (clique sobre ela para ampliá-la): Reprodução

Astronauta coloca no twitter foto da cinquentenária Brasília

Quer saber como é a cinquentenária Brasília vista do espaço? Então veja a novo foto que o astronauta Soichi Noguchi, engenheiro da Nasa que faz parte da equipe que orbita a Terra na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), postou em seu twitter. Na semana passada, Noguchi fotografou a Europa coberta pelas cinzas do vulcão islandês, em que era possível perceber a extensão da nuvem de cinzas que tem criado um caos aéreo no continente.

O astronauta já postou fotos de diversos pontos da Terra, como a Amazônia, a Ponte Golden Gate e o Monte Kilimanjaro. Ele tem conexão de internet na estação e pode fazer o download das imagens em tempo real. No início do ano, o astronauta publicou uma foto de Salvador e disse que a imagem era do Rio. Graças aos seguidores do microblog, Soichi corrigiu as informações e publicou a foto correta algumas semanas depois.

Fonte: O Globo - Foto: Soichi Noguchi/ISS

MAIS

Relembre os fatos mais marcantes da história da capital federal.

Indiciados 20 acusados de liderar ataque a helicóptero da PM

Na madrugada do dia 17 de outubro do ano passado, 140 homens invadiram o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e travaram uma guerra que acabou com a derrubada de um helicóptero da Polícia Militar. Após seis meses de investigações e um inquérito de 800 páginas, dividido em quatro volumes, a Polícia Civil indiciou — por nomes e apelidos — 20 pessoas acusadas de liderar o ataque, que deixou 13 mortos e oito ônibus incendiados.

Todas responderão pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e associação para o tráfico. Em breve, o grupo deve ter a prisão solicitada à Justiça. Outras 20 pessoas estão sob investigação, mas a polícia ainda não confirmou suas participações na guerra, que durou sete horas.

O delegado Carlos Henrique Machado, da 25ª DP (Engenho Novo), identificou os comandantes dos bondes que atacaram o Morro dos Macacos e derrubaram o helicóptero. Fabiano Atanásio da Silva, o FB, da Vila Cruzeiro, e Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, da Favela da Chatuba, são acusados de chefiar homens armados que entraram no morro pela Rua Senador Nabuco.

Outro grupo, comandado por Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, e Ricardo Severo, o Faustão, entrou no morro pelo mesmo caminho. Já Alexander Mendes da Silva, o Polegar, Frank e Manteiguinha entraram pelas Ruas Jorge Rudge e São Francisco Xavier.

Também são acusados de participar da invasão Sandra Ferreira Gabriel, a Sandra Sapatão, André Anchieta Duarte, o Menininho, e Davi Moraes de Sá, o Paraíba. Além deles, foram indiciados Marcelo Fernando Veiga, o Piloto; Leandro Berçot, o Lacoste, já preso; Marcelo da Silva Soares, o Macarrão; Ilan Nogueira Sales, o Capoeira; dois marginais que são chamados de Bernard e Barata; e os bandidos conhecidos como Vasco, Flamengo e Nem Linguinha.

Fonte: Extra Online - Foto: Fabiano Rocha

São Pedro (SP): Bombeiros resgatam homem após salto de paraglider

Ele sofreu um acidente próximo à rampa de decolagem

Um homem teve que ser resgatado pelos bombeiros depois de saltar de paraglider em São Pedro, na região de Campinas, na tarde deste domingo (25).

Segundo os bombeiros, ele sofreu um acidente e precisou ser resgatado na encosta do morro, próximo à rampa de decolagem.

Equipes do helicóptero Águia, da Polícia Militar, e do Corpo de Bombeiros de Piracicaba utilizaram a técnica de rapel para retirar a vítima, que foi encaminhada para a Santa Casa de São Pedro e não corre risco de morte.

Fonte: EPTV - Imagem ilustrativa: trekearth.com

Sonda dada como perdida está de volta com amostra de asteroide

A sonda espacial japonesa Hayabusa, que se acreditava perdida, não apenas deu sinal de vida, como também deverá retornar à Terra no próximo dia 13 de Junho.

A Hayabusa foi a primeira sonda a ser enviada para pousar em um asteroide, coletar amostras e trazer essas amostras de volta à Terra.

A Hayabusa se tornará a primeira nave a retornar à Terra depois de pousar em um outro corpo celeste desde que o homem pousou na Lua, há mais de 40 anos. [Imagem: A. Ikeshita/MEF/ISAS]

Pouso no asteroide

Quando a sonda tocou o asteroide Itokawa, em Novembro de 2005, seu sistema de controle de altitude falhou e seus instrumentos relataram um vazamento de combustível.

Os problemas e as falhas de comunicação levaram a Agência Espacial Japonesa, a JAXA, a levantar dúvidas sobre se a sonda seria capaz de retornar à Terra.

Agora, em um comunicado que causou surpresa, a JAXA afirmou que a cápsula de retorno da Hayabusa cairá em um ponto remoto da Austrália no próximo dia 13 de Junho.

Marcas históricas

Devido aos problemas havidos durante o pouso, os cientistas não sabem se a cápsula de retorno está de fato trazendo amostras do asteroide.

De qualquer forma, a Hayabusa já se tornará a primeira nave a retornar à Terra depois de pousar em um outro corpo celeste desde que o homem pousou na Lua, há mais de 40 anos.

Se a cápsula de retorno da Hayabusa contiver amostras, ela segue o caminho do próprio projeto Apollo e da sonda Stardust, que mudou as teorias sobre a formação dos cometas ao trazer amostras da cauda do Wild 2.

Devido aos problemas havidos durante o pouso, os cientistas não sabem se a cápsula de retorno está de fato trazendo amostras do asteroide. [Imagem: Jaxa]

Missões de coleta de amostras

A NASA anunciou recentemente detalhes da missão Osiris-Rex, uma sonda robótica que deverá pousar no asteroide 1999 RQ36, coletar amostras e trazê-las de volta à Terra.

Muito mais próxima da realização, contudo, a sonda russa Fobos-Grunt deverá partir em 2011 para pousar na lua Fobos de Marte, coletar amostras e igualmente trazê-las para estudos.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Humanidade deve evitar contato com alienígenas, alerta físico britânico Stephen Hawking

"Os extraterrestres existem. Deixem-os sossegados."

Nova série de documentários do físico britânico reabre debate sobre o que esperar da vida fora da Terra

O renomado físico britânico Stephen Hawking (foto) sugeriu que os seres humanos devem evitar fazer contato com seres extraterrestres.

Em uma série de documentários a ser exibida em maio no Discovery Channel, Hawking diz que é "perfeitamente racional" acreditar que pode existir vida fora da Terra, mas adverte que os alienígenas podem simplesmente roubar os recursos do planeta e ir embora.

"Se os alienígenas nos visitassem, as consequências seriam semelhantes às (que aconteceram) quando (Cristóvão) Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos", afirma.

"Nós só temos que olhar para nós mesmos para ver como a vida inteligente pode evoluir para alguma coisa que não gostaríamos de encontrar."

No passado, foram enviadas sondas para o espaço levando artefatos com diagramas e desenhos mostrando a localização da Terra.

Hawking diz que a probabilidade matemática é de que existam seres vivos em outros lugares do universo mas "o verdadeiro desafio é imaginar como poderia ser a aparência dos alienígenas".

O programa especula sobre várias espécies de extraterrestres, inclusive herbívoros de duas patas e predadores semelhantes a lagartos.

Hawking admite, contudo, que a maior parte dos seres em outras partes do universo provavelmente não passará de micróbios.

Em uma série exibida recentemente na TV da BBC - Wonders of the Solar System (Maravilhas do Sistema Solar) - o físico britânico da Universidade de Manchester, Brian Cox, também sugeriu que pode haver vida em outra parte do nosso sistema solar.

Segundo Cox, pode haver organismos sob a camada de gelo que envolve Europa, uma das luas de Júpiter.

Ele afirmou que aumentam os indícios de que pode haver vida em Marte. "Nós só saberemos com certeza quando a próxima geração de naves espaciais, adaptadas para procurar vida, for lançada para as luas de Júpiter e as planícies áridas de Marte nas próximas décadas."

Veja trecho do documentário "O Universo de Stephen Hawking":




Fonte: BBC Brasil via O Globo - Foto: Dave Einsel/AP Photo

Aéreas devem ter prejuízo no trimestre por vulcão

Processo de recuperação das companhias internacionais desacelerou com crise na Europa; empresas brasileiras foram pouco afetadas

O processo de recuperação das companhias aéreas internacionais será prejudicado pelas perdas que elas sofreram com a restrição do espaço aéreo europeu na semana passada. A erupção do vulcão islandês Eyjafjallajökull levou as autoridades europeias a fechar boa parte do espaço aéreo. As perdas do setor somaram US$ 1,7 bilhão, 11% do prejuízo total das companhias áreas no ano passado, de acordo com estimativas da Associação Internacional de Transporte Aéreo.

“Dado o tamanho do prejuízo, com certeza o resultado do trimestre das companhias aéreas internacionais será afetado”, afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Para ele, a erupção do vulcão é mais um revés no caminho das aéreas internacionais. Elas registraram prejuízos totais R$ 9,4 bilhões em 2009 e ensaiavam uma recuperação de receita neste ano.

O prejuízo diários das aéreas com a restrição dos voos na Europa alcançou US$ 400 milhões, superando muitos ganhos e perdas das companhias em todo o ano passado. A Delta Airlines, por exemplo, registrou prejuízo de US$ 1,2 bilhão em 2009. TAM e Gol lucraram, respectivamente, US$ 771 milhões e US$ 493 milhões. Para Agostini, as companhias que operam na Europa ainda enfrentam a crise, já que os países do continente ainda apresentam problemas financeiros. "As pessoas viajam menos quando a economia vai mal", afirma o economista.

O analista de transportes da corretora Planner, Brian Moretti, também espera que a atividade do vulcão nos últimos dias traga números negativos para o balanço do segundo trimestre das companhias aéreas europeias. O resultado do ano, no entanto, depende da recuperação da economia mundial. “As restrições de voos ocorreram em apenas uma semana. A perspectiva é de melhores resultados no setor neste ano, puxado pela elevação dos PIBs [Produto Interno Bruto] dos países”, afirma o analista.

Companhias brasileiras

As restrições de operação nos aeroportos europeus devem afetar muito pouco o desempenhos das companhias aéreas brasileiras, segundo os analistas. A maioria das aéreas do País não voa para a Europa e concentra suas operações no mercado doméstico. A empresa brasileira com maior quantidade de voos para cidades europeias é a TAM, que oferece sete frequências diárias _14 voos de ida e volta.

Procurada pelo iG, a TAM informou que teve 56 voos cancelados em razão da erupção do vulcão na Islândia. A companhia não divulga seus prejuízos financeiros, mas informa que os voos cancelados representam apenas 2% do total de operações estimadas pela companhia para o mês de abril.

O balanço da companhia deve ser pouco afetado, justamente porque uma parte muito pequena dos voos da TAM foi prejudicada pelo vulcão, afirmam os analistas.

Fragilidade do setor

O episódio da semana passada mostra um despreparo tecnológico do setor de aviação para enfrentar eventos como a erupção de um vulcão. Antes de 2010, o Eyjafjallajökull entrou em atividade pela última vez em 1821 e continuou expelindo fumaça por dois anos. “Ninguém está preparado para este vulcão permanecer ativo”, diz Moretti.

Para ele, as regras atuais para os serviços aéreos penalizam as companhias por eventuais atrasos ou cancelamentos de voos mesmo em situações chamadas extraordinárias, ou seja, que independem da eficiência da empresa, como problemas climáticos. O deslocamento de aeronaves, o reembolso de passagens canceladas e o pagamento de diárias de hotéis para passageiros que não puderam voar são custos que recaem sobre o caixa das companhias. A ajuda governamental ao setor pode dar um fôlego para as empresas, mas dificilmente impedirá que elas fechem o trimestre no vermelho.

Fonte: Marina Gazzoni (iG)

São João da Barra (RJ) inaugura aeródromo e vai implantar escola de pilotagem

"Com ações assim, de interesse público, é que se constrói o futuro" ressaltou em sua fala o promotor de Justiça e piloto, Marcelo Lessa, na inauguração do Aeródromo de São João da Barra, localizado no Carrapicho, em Atafona, no Rio de Janeiro, na manhã de ontem, com a presença da prefeita Carla Machado, do vice-prefeito Dodozinho Mendonça, de autoridades locais, pilotos e população.

Com 580 metros de comprimento, seis metros de largura, 18 metros de aduelas e seis metros de diâmetros, respeitando rigorosamente a legislação ambiental, o Aeródromo já teve o requerimento de homologação enviado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O espaço possui área de manobra, área de estacionamento, hangar e base de comunicação. A área foi cedida em novembro do ano passado, por meio de um contrato de comodato, à Prefeitura de São João da Barra, por um período de cinco anos, renovável por mais cinco.

Segundo Luiz Rocha Pereira, piloto e proprietário da área, hoje só dois aeródromos homologados funcionam no Estado, um em Maricá e outro em Três Rios.

- Nossa homologação vai ser rápida. Seremos o terceiro aeródromo legalmente pronto para receber ultraleves e aviões de pequeno porte. Estamos apenas aguardando o prefixo da pista e qualquer aeronave dentro de nossos padrões poderá pousar aqui - comemora.

Luiz Rocha, que também é o piloto responsável pelo aeródromo, afirma que a prefeita Carla Machado nasceu para a construção de grandes obras.

- Ela é uma visionária. Demos o passo inicial para este diferencial econômico. Aqui poderemos acolher empresários de outros municípios e de outros estados. Tem um colega que saiu do Rio de Janeiro há uma hora e está aqui entre nós - ressalta.

Para a prefeita Carla Machado, este é um embrião para um empreendimento ainda maior no futuro. Na oportunidade, a chefe do executivo deu uma boa notícia para a população: "sempre nos preocupamos com qualificação e daremos mais um importante passo neste sentido com a criação de uma escola de pilotos com cursos básicos e avançados".

Carla acrescenta que o Aeródromo é mais uma opção de turismo de um município dotado de belezas naturais e culturais, além de ser mais uma alternativa viária para empresários que chegam para conhecer e trabalhar no Porto do Açu e principalmente um mecanismo de inclusão social e auto-estima para a localidade do Carrapicho, uma das mais humildes do município.

Marcelo Lessa disse que o Aeródromo de São João da Barra será um ponto de referência, consolidando a vocação turística do município.

- Além de entretenimento e lazer podemos focar em ações de saúde pública, como no controle da dengue, que já fazíamos, mas agora com mais estrutura e segurança - lembra, acrescentando que o governo da prefeita Carla Machado é de grande sensibilidade e exalta o pioneirismo do município com a passarela de acessibilidade e as cadeiras anfíbias para portadores de necessidades especiais, só agora mostrado pela novela global "Viver a Vida".


Fonte: Monitor Mercantil Digital - Foto: Divulgação/PMSJB - Mapa: Wikipédia

Polônia divulga na quarta-feira resultado da investigação sobre acidente aéreo do presidente

O porta-voz do governo polonês, Pawel Gras (foto), informou ontem que o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, divulgará o resultado preliminar da investigação sobre o acidente aéreo que matou o presidente do país, Lech Kaczynski.

A primeira fase da investigação já foi concluída, disse Gras. Especialistas da Polônia e da Rússia estudaram e analisaram o local da queda do avião em Smolensk, os dados meteorológicos locais, os destroços e a caixa preta da aeronave. Especialistas dos dois países ainda irão a Moscou para continuar as investigações.

O avião no qual estavam o presidente polonês, com a esposa, e altos dirigentes do país, caiu dia 10 de abril perto do aeroporto militar Severni, na cidade russa de Smolensk. No acidente, morreram as 96 pessoas que estavam à abordo, 88 passageiros e oito tripulantes.

Fonte: CRI - China Radio International - Foto: wprost.pl

EUA e Israel aprovam política de céus abertos

Os governos dos Estados Unidos e de Israel assinam em breve um acordo de céus abertos para suas companhias aéreas. As empresas de ambos os países poderão escolher rotas e destinos sem limites, baseando-se na demanda dos consumidores.

A quantidade de voos também será liberada, assim como as possibilidades de code-share entre as companhias.

Fonte: Portal Panrotas

Londres recebe primeiro voo comercial iraquiano após 20 anos

O primeiro voo comercial entre Bagdá, no Iraque, e Londres, Reino Unido, desde 1990 pousou na noite deste domingo no Aeroporto de Gatwick.



Os voos entre os dois países estavam proibidos desde a imposição de um embargo ao Iraque pela ONU (Organização das Nações Unidas).

O voo IA237 pousou às 23h08, após uma viagem de dez horas, com escala em Malmoe, na Suécia.

O Boeing 737-400 pertence à companhia Iraqi Airways. A partir de agora serão dois voos semanais, que passarão por Malmoe na ida e farão uma viagem direta na volta.

O voo inaugural estava previsto para 16 de Abril, mas foi adiado pela nuvem de cinzas vulcânicas procedente da Islândia que forçou o encerramento de boa parte do espaço aéreo europeu na semana passada.

Fonte: Angola Press - Vídeo: ITN News via YouTube

O perigo volta a rondar Congonhas

Redução de voos, logo após o acidente da TAM, fez número de passageiros cair 27,5%. De lá para cá, as medidas afrouxaram e índice mal chega a 20%

A morte das 199 pessoas do voo 3054 da TAM, que não conseguiu pousar no Aeroporto de Congonhas em julho de 2007 e acabou se chocando contra um prédio da empresa, foi apontada como uma tragédia anunciada. À época, problemas nas ranhuras da pista, falta de área de escape, chuva, proximidade de casas e prédios, e movimentação longe de parâmetros seguros foram alguns dos problemas apontados. Logo após o acidente, medidas duras de restrição de voos culminaram em redução de 27,5% de passageiros no terminal - caindo de 7,6 milhões para 5,5 milhões nos cinco primeiros meses de 2008, em relação a 2007. Aos poucos, as companhias conseguiram voltar a operar em Congonhas. Hoje, em comparação com antes do desastre, a redução de decolagens e pousos no terminal não chega a 20%.

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil mostram que a frequência semanal de slots (pousos e decolagens), em 2007, no Aeroporto de Congonhas, era 3.848. Atualmente, com três novas empresas que obtiveram licença recente para operar no terminal (Webjet, NHT e Azul), é de 3.178, uma queda de 17,4%, patamar adequado pelas autoridades do setor. O Ministério da Defesa informou que o movimento atende "as condições normais de operação do aeroporto" nos quesitos de segurança e conforto. A Anac ressaltou que limitar em 30 por hora os slots da aviação regular - que antes chegavam a pouco mais de 40 - e em quatro os de aeronaves particulares fez a diferença.

Especialistas, porém, não têm tanta certeza assim. O comandante Carlos Camacho, diretor de Segurança de Voo do Sindicato dos Aeronautas, destaca que o terminal continua de forma "crítica". "O fato de ser construído em morro, de não ter área de segurança, ter uma cidade ao redor, são características que agravam a situação. Sabe quantos mortos teriam, no acidente da TAM, caso o aeroporto fosse outro? Provavelmente nenhum, porque as condições em Congonhas não dão chance para o piloto reverter uma falha na aeronave", diz. Segundo ele, os passageiros também têmsua parcela de culpa.

A Defesa informou que, além da redução de slots, foram demarcadas áreas de escape nas duas pistas de Congonhas - 150 metros em cada cabeceira. Camacho classifica a medida de "virtual". "Para efeito de cálculo, isso pode ser considerado. Mas na realidade não há área nova caso uma aeronave tenha problemas. Hoje os aviões são muito modernos. Porém, é errado desprezar problemas de frenagem, hidráulica, motor, que em outras condições são contornáveis".

Fonte: Renata Mariz (Diário de Pernambuco) - Foto: Danilo Verpa/Folha Imagem (25/7/07)

RS: Taquara e Parobé estão no páreo para sediar novo aeroporto regional

Projeto que está sendo gestado, principalmente por lideranças do Vale do Sinos, poderá contemplar o Vale do Paranhana com a construção de um novo aeroporto, que surgiria como alternativa à saturação do Salgado Filho de Porto Alegre. Segundo as informações do jornal Panorama, pelo menos duas cidades da região se encontram no páreo para receber o empreendimento. São elas Taquara e Parobé, que dispõem de áreas, em suas zonas de divisa com o Vale do Sinos, consideradas adequadas à instalação de uma pista de aterrissagem e decolagem para aviões de transporte de carga e de passageiros.

Um dos envolvidos na iniciativa é o comandante de aviação civil Régis Brito, que possui residência em Taquara. Ele relatou que o projeto começou a tomar corpo a partir do envolvimento recente de um empresário de Novo Hamburgo e ganhou de representantes do Aeroclube e da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo, além da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS. Conforme Brito, vários encontros já aconteceram com prefeitos de toda a região, buscando o local ideal e a disposição municipal para receber o aeroporto.

Terminal teria pista inicial de quase dois quilômetros

Em linhas gerais, o projeto do novo aeroporto prevê a construção de um terminal com pista de um quilômetro e oitocentos metros, cuja extensão poderá ser ampliada para até três quilômetros numa etapa seguinte. Régis Brito informou ao Panorama que Taquara dispõe de uma área muito interessante para o empreendimento, embora um pouco distante do Vale do Sinos. Ele acrescenta que Parobé também possui uma aérea considerada adequada em todos os sentidos, aparentemente melhor que a de Taquara, mas a questão passará pelo crivo de empresas especializadas no assunto, que se basearão em critérios técnicos.

Brito confirmou que os prefeitos das duas cidades se mostraram muito receptivos ao projeto e que locais situados em outros municípios também estão sendo estudados. Comentou, por fim, que um ponto muito importante será a disposição das autoridades locais e da própria comunidade em geral no apoio à iniciativa.

Fonte: Jornal Panorama - Imagem: explorevale.com.br

Aeroporto Internacional da Islândia é reaberto nesta segunda-feira

O Aeroporto Internacional de Keflavik, o principal da Islândia, foi reaberto nesta segunda-feira, após três dias de fechamento por conta das nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão Eyjafjallajokull. O fenômeno causou um caos aéreo no norte da Europa durante a semana passada, com milhares de voos sendo cancelados.

Os pousos e decolagens em Keflavik foram suspensos na última sexta, quando as cinzas vulcânicas começaram a atingir a capital da ilha, Reykjavik. Os procedimentos aéreos não foram cancelados antes porque o vento estava empurrando a nuvem para o continente.

As últimas informações dão conta de que o vulcão ainda expelindo lava e formando cinzas, nas numa altura insuficiente para atrapalhar o funcionamento dos aeroportos.

Fonte: SRZD - Foto: bsia.co.uk

Homem que queria se encontrar com Obama é detido armado em aeroporto dos EUA

Um homem foi detido em um aeroporto da Carolina do Norte ao qual havia chegado armado com a intenção de se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama. O líder americano havia partido horas antes do terminal.

Joseph Sean McVey, de 23 anos e morador de Coshocton (estado de Ohio), será apresentado nesta segunda-feira em um tribunal de Asheville. Ele foi preso no domingo, depois de espalhar o terror entre as pessoas, segundo informou a polícia.

De acordo com autoridades, McVey comentou com funcionários do aeroporto que queria ver o presidente americano. A Casa Branca afirmou que a segurança de Obama não sofreu risco.

Não ficou esclarecido o que McVey desejava tratar com o presidente dos EUA.

Fonte: AP via O Globo

Vulcão causa perda de R$ 4 bi a turismo europeu

As nuvens de cinza vulcânica que geraram o caos aéreo em grande parte da Europa ainda geram milhões de prejuízo ao continente; o setor turístico contabilizou perdas na ordem de R$ 4 bilhões segundo estimativas secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai.

Rifai assinalou que as perdas potenciais para o setor do turismo no Velho Continente durante a última semana giraram em torno de US$ 400 milhões, o que representa R$ 705 milhões por dia.

O secretário também concordou com os cálculos divulgados pela Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata), que estimou as perdas diárias do setor aéreo em US$ 220 milhões [R$ 387 milhões] ao dia, o que representa US$ 1,7 bilhão [R$ 2,9 bilhões] desde que as autoridades aeronáuticas impuseram restrições aéreas em 15 de abril.

A presidência espanhola da União Europeia convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros de Transportes na qual irá propor a aceleração do calendário de adoção do céu único europeu.

Este projeto implica uma reorganização territorial e funcional do espaço aéreo europeu, no sentido de reduzir à metade os custos inerentes aos voos, triplicar a capacidade de tráfego aéreo e reduzir em 10% o impacto ambiental.

Fonte: DCI

Medidas para evitar novo caos aéreo

A nuvem de cinzas da Islândia pode estar se dissipando, mas os seus efeitos serão sentidos por muito tempo. Empresários e cientistas estão avaliando os danos e questionando por que tudo deu tão errado. Como é que a Europa poderia se preparar melhor para a próxima erupção?

A revista alemã Der Spiegel fez um levantamento do que está sendo preparado para evitar situações semelhantes no futuro. Confira:

Perigo iminente

Erupções vulcânicas podem ocorrer a qualquer momento. Por isso, as agências de controle de tráfego aéreo, companhias aéreas, aeroportos e passageiros deveriam estar preparados para o pior. Nos últimos séculos, por exemplo, as erupções do Eyjafjallajokull foram geralmente seguidas de erupções do Katla, o vulcão vizinho.

O risco das cinzas

Organizações de tráfego aéreo bateram cabeça sobre o real risco das cinzas vulcânicas para as aeronaves. Ninguém sabe com certeza qual é a concentração mínima de cinzas que obrigaria o fechamento do espaço aéreo. É preciso que meteorologistas tenham o conhecimento necessário e o equipamento apropriado para o estudo da nuvem de cinzas.

Novo seguro

As companhias aéreas têm seguros contra danos a aeronaves ou ferimentos e mortes de passageiros, mas não para protegê-las contra o tipo de cancelamento que a Europa experimentou nos últimos dias. As seguradoras estão considerando a criação de um seguro que cobrisse esses acontecimentos.

Assistência estatal

Certas companhias aéreas temem que sejam incapazes de arcar com os prejuízos do caos aéreo, e algumas delas estão até advertindo que poderão falir. Em vez de exigirem indenizações do governo, elas estão solicitando injeções financeiras governamentais.

Melhoria nas turbinas

A maioria dos especialistas acredita que existe um risco das cinzas vulcânicas danificarem as turbinas dos aviões, pelo menos teoricamente. O aperfeiçoamento dessa tecnologia é difícil, mas existem possibilidades. Uma opção seria filtrar o ar que adere às turbinas e expelir as impurezas do motor usando um efeito de centrífuga antes que as partículas entrassem na câmara de combustão ou tivessem contato com as lâminas das turbinas, onde elas poderiam provocar danos.

Tubulações entupidas

Aperfeiçoamentos das lâminas das turbinas, que possuem numerosos orifícios, também seriam possíveis. Dependendo da sua composição química, a cinza vulcânica pode derreter-se ao entrar na turbina. Esse efeito cria uma película fina de vidro derretido que é capaz de entupir o sistema de arrefecimento da turbina.

Controle único

Na Europa, cada país toma suas próprias decisões de como, quanto e onde os aviões podem voar. Os ministros dos Transportes da União Europeia só chegaram a um acordo quanto a um relaxamento das proibições de voos na segunda-feira. Por isso, ressurgiu a discussão sobre a criação do Single European Sky (SES, sigla em inglês para Céu Europeu Único), que organizaria o espaço aéreo e a navegação aérea em um nível europeu, em vez de nacional.

Os prejuízos

- Segundo a Associação de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), as companhias aéreas perderam um total de 1,3 bilhão de euros (R$ 3,1 bilhões) como resultado da nuvem de cinzas vulcânicas que encobriu a Europa.

- O Conselho de Aeroportos Internacionais (ACI) da Europa diz que os aeroportos tiveram o mesmo prejuízo por terem ficado fechados durante dias.

- Enquanto isso, agências do governo e companhias envolvidas com o controle do tráfego aéreo tiveram um prejuízo diário de 25 milhões de euros (R$ 59 milhões).

Fonte: Zero Hora