quinta-feira, 25 de março de 2010

Em troca de caças, Saab pode construir fábrica no Brasil

CEO da empresa, Ake Svensson, diz que Brasil poderá vender aviões de transporte

O CEO da Saab, Ake Svensson, disse nesta quinta-feira (25) em São Paulo que, caso o governo brasileiro opte pelos caças Gripen NG, da Suécia, a empresa pode construir uma fábrica no Brasil. Svensson diz que a nova instalação, que seria provavelmente localizada em São Bernardo do Campo, poderia fabricar aeronaves e carros.

De acordo com o executivo, a Suécia busca um parceiro e não um cliente. Além da Saab, disputam o contrato para a venda de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) a francesa Dassault, com os caças Rafale, e a norte-americana Boeing, com os F-18 Super Hornet, numa transação que pode chegar a R$ 10 bilhões.

Para Svensson, mais do que transferência, a Suécia oferece uma oportunidade de desenvolvimento conjunto de tecnologia.

- Nossa melhor oferta foi feita. Oferecemos um pacote completo no qual não estamos apenas colocando um produto no Brasil, mas confiando no Brasil como um parceiro. Temos uma ótima proposta financeira, um produto que supera as necessidades brasileiras e a garantia de apoio do Estado da Suécia. Não podemos ser mais fortes do que isso.

Svensson disse ainda que a Aeronáutica sueca precisa de aviões de transporte, dando a entender que uma escolha brasileira pelos Gripen NG poderia facilitar uma escolha da Suécia por aviões da Embraer. A parceria poderia resultar ainda, diz Svensson, na venda de aeronaves para a África do Sul, que utiliza os caças suecos Gripen.

Svensson afirmou que o momento atual é ideal para que o Brasil e a Suécia façam um “acordo perfeito”.

- Nós queremos casar e ser felizes por muito tempo.

Como um antecedente que conta a favor da parceria, Svensson citou o Sivam (sistema de radares da Amazônia), que foi desenvolvido em conjunto pelos dois países.

Entre as vantagens da aeronave sueca estão seu preço, cerca de metade do Rafale, francês, e a transferência – ou desenvolvimento, conforme Svensson - de tecnologia, uma vez que, dizem os suecos, grande parte das aeronaves seria fabricada no Brasil. Já como desvantagens pesam o fato de o Gripen NG ter apenas um motor e utilizar componentes que não são fabricados no país, o que poderia resultar em limitações caso o Brasil queira comercializar o produto no futuro.

Svensson participou nesta quinta de um debate sobre interação de alta tecnologia entre o Brasil e a Suécia. Também presente ao evento, o rei do país europeu, Carl Gustaf, não falou sobre os caças. Amanhã, o rei deve visitar a fábrica da Embraer em São José dos Campos.

Fonte: Gabriel Mestieri (R7)

Brasil ganha nova companhia aérea: Whitejets

O Brasil vai ganhar uma nova companhia aérea. Trata-se da Whitejets, companhia aérea fundada pelo empresário José Manuel Antunes, que opera seu primeiro voo em 5 de junho entre Viracopos, no interior de São Paulo, e Varadero, em Cuba.

O segundo voo será entre Viracopos, Punta Cana e Cancun. As viagens serão feitas a bordo de um A310, com capacidade para 225 pessoas na classe econômica e 12 na executiva. O avião está desde 31 de janeiro no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, fazendo o check C e terminando detalhes de pintura.

O curioso da companhia é que ela vai operar apenas para destinos internacionais, por meio de fretamentos com operadoras – serão 14 no total. “Não vamos vender diretamente para o público final”, explicou o diretor. “Estamos entrando no mercado brasileiro e não queremos roubar o lugar de ninguém. Estamos trazendo para o Brasil e para o mundo um novo conceito para acrescentar e não dividir o mercado”, acrescentou. Em uma primeira fase a companhia aérea voará apenas para a região do Caribe, mas em 2011 estão previstos voos para Estados Unidos e Europa.

Para comercializar os voos e negociar com os operadores, José Manuel Antunes firmou uma parceria com o Grupo Omni Aviação, que defende os interesses da Whitejets Portugal, e criou a operadora Club Vip Tur (www.clubvip-tur.com). “Seremos uma empresa 100% brasileira. Até o final de 2010 chegará a nossa segunda aeronave e, em 2011, a terceira. Todos Airbus A310”, afirmou.

Fonte: Portal Panrotas

Voo 447: retomadas as buscas da caixa-preta

A terceira e provavelmente última fase de buscas das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico em 31 de maio do ano passado terá início no próximo domingo (28). Os dois navios - Anne Candies (Estados Unidos) e Seabed Worker (Noruega - foto acima) - que irão auxiliar nas investigações já estão no Recife. Segundo o Escritório de Investigações e Análise (BEA), órgão francês que investiga o acidente, o principal objetivo é encontrar a caixa-preta da aeronave. Sem o equipamento, será impossível identificar as reais causas do acidente. O avião, que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, caiu a cerca de 1.500 km do Recife, matando as 228 pessoas a bordo. Às 23h14 do dia 31 de maio, a aeronave emitiu uma mensagem automática de despressurização e pane elétrica. As últimas buscas foram interrompidas em agosto do ano passado.

Segundo Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, esta etapa é considerada a mais importante. Os dois navios trazem o que há de mais moderno em tecnologia - três robôs submersíveis teleguiados remotamente com localizadores sonares que podem fazer buscas em até quatro mil metros de profundidade. A área de busca também foi reduzida em até dez vezes, ficando restrita a dois mil quilômetros quadrados. A estimativa é de que essa fase dure cerca de 32 dias. "A área do acidente é muito acidentada, o que dificulta as buscas, mas estamos otimistas", afirmou Jean-Paul.



Especialistas internacionais estarão a bordo dos navios, entre eles técnicos da Airbus e da Air France e investigadores dos Estados Unidos, Alemanha e Noruega. Autoridades brasileiras não participarão diretamente das buscas. A nova fase custará 10 milhões de euros e será financiada em partes iguais pela Air France e pela Airbus, construtor do A330.

As causas do acidente com o voo 447 ainda são desconhecidas. O último relatório técnico, divulgado no dia 17 de dezembro, indicou falhas nas chamadas sondas pitot, que medem a velocidade das aeronaves em voo, mas descartou que o problema tenha sido a causa do acidente. De acordo com o investigador-chefe da operação, Alain Bouillard, até hoje não há registro de que a caixa-preta de um avião tenha sido encontrada tanto tempo depois do acidente. Caso o equipamento seja achado, será um episódio único. Nesse caso, o artefato será imediatamente enviado para a França.

Veja Imagens do resgate de vítimas e destroços do Voo 447.

Fonte: Inês Calado (JC Online) - Foto: Hélia Scheppa (JC Imagens)

Atribuem a erro humano acidente de aviação em Honduras

Um erro do piloto foi a causa do acidente de avião da companhia TACA ocorrido em maio de 2008 no aeroporto de Toncontín, da capital hondureña, assinala um relatório difundido hoje aqui.

O Airbus A-320, que cobria a rota San Salvador-Tegucigalpa com 124 passageiros a bordo, aterrissou a metade da pista e depois caiu em uma avenida muito transitada, com o saldo de cinco mortos e 80 feridos.

Segundo a comissão salvadorenha que pesquisou a tragédia, a responsabilidade foi do piloto César D Antonio por ter tomado a decisão de aterrissar apesar da chuva e de um denso nevoeiro.

"Ainda quando a torre de controle lhe dê uma indicação, se ele considera que as condições são demasiado perigosas, está em sua decisão não aterrissar", disse René Rodríguez, chefe da equipe que elaborou o relatório.

No acidente morreram o piloto, o copiloto, o presidente do Banco Centroamericano de Integração Econômica e outras duas pessoas que passavam pelo lugar.

O aeroporto de Toncontín é considerado um dos mais perigosos do continente por estar localizado entre colinas e devido à pouca extensão de sua pista.

Fonte: Prensa Latina

OMC: Airbus recebeu subsídios indevidos para superjumbo

A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu na terça-feira que a fabricante de aviões europeia Airbus recebeu subsídios indevidos para seu superjumbo A380, de US$ 13 bilhões, e várias outras aeronaves, prejudicando a Boeing, sua rival americana, anunciaram integrantes do setor nos Estados Unidos e Europa.

A decisão confirma o veredicto provisório de setembro de uma queixa de longa data dos Estados Unidos sobre o apoio europeu à Airbus.

A Boeing sustenta que os subsídios ajudaram a Airbus a superá-la em 2003, tornando-se a maior fabricante de aviões do mundo. A Boeing espera que a decisão possa ajudá-la a se recuperar quando seu 787 Dreamliner chegar ao mercado.

A decisão ocorreu em meio à tensão crescente de queixas europeias de protecionismo na competição do Pentágono por um contrato de cerca de US$ 35 bilhões a US$ 40 bilhões para aviões-tanque de reabastecimento da Força Aérea americana, o mais recente atrito entre as companhias.

Os líderes europeus se irritaram quando a Northrop Grumman, parceira da empresa que controla a Airbus, abandonou a licitação do avião-tanque, deixando a Boeing como aparente vencedora.

A empresa que controla a Airbus, a European Aeronautic Defense and Space Co., anunciou inicialmente que se retiraria, mas depois pediu ao Pentágono mais tempo para estudar a licitação. Do lado americano, a descoberta mais crucial foi que a maioria dos empréstimos dos governos europeus para o desenvolvimento do jato de passageiros A380 configurava subsídios proibidos. Os empréstimos, chamados de "auxílio de lançamento", são considerados indevidos se fornecidos a taxas inferiores às de mercado.

O deputado democrata Norm Dicks (Washington) disse que a organização de comércio também havia descoberto que a Europa forneceu subsídios indevidos para todas as grandes aeronaves comerciais da Airbus, inclusive cinco outras séries de jatos - A300, A310, A330 e A340.

Em nota na terça-feira, a Airbus confirmou que o painel da OMC havia entendido que os empréstimos continham "um certo elemento de subsídio". A Airbus disse que não vai deixar de usar empréstimos de governos em geral.

Mas advogados comerciais disseram que o auxílio de lançamento é legal apenas se os empréstimos forem feitos a taxas de mercado.

A organização de comércio também descobriu que o auxílio para o A380 tinha o objetivo de incentivar as exportações. Sob as regras da OMC, tais subsídios precisam ser encerrados "sem demora". Os europeus terão mais tempo para interromper qualquer auxílio sendo pago para modelos antigos. A Airbus pode entrar com recurso, e o caso, iniciado há quase seis anos, vai provavelmente se arrastar por muitos meses ainda.

A OMC também analisa uma queixa europeia de que a Boeing se beneficiou indevidamente de subsídios de seus negócios militares. A Airbus disse na nota que "a resolução será finalmente descoberta apenas em negociações transatlânticas".

A Airbus também declarou que a OMC havia rejeitado 70% dos argumentos específicos feitos pelos Estados Unidos. Mas a Boeing disse no passado que, nos pontos cruciais, apenas um dos vários argumentos precisaria ser aceito para o painel entender que houve subsídio injusto.

A Boeing espera que uma vitória nesse caso pressione a Europa a eliminar os subsídios ao A350, um grande jato de passageiros sendo desenvolvido para competir com o avião mais importante da Boeing, o novo 787 Dreamliner, feito de compostos de carbono.

A decisão da organização não se aplica formalmente aos cerca de US$ 4,3 bilhões de empréstimos europeus prometidos para o desenvolvimento do A350, já que os trabalhos na aeronave não haviam começado quando a queixa foi formalizada. A Airbus disse na terça-feira que a decisão não afetaria esse financiamento.

"É muito difícil fazer governos mudarem seus métodos", disse Richard L. Aboulafia, analista de aviação do Teal Group. "Você pode condená-los por uma coisa e eles acham um jeito diferente de alcançar o mesmo objetivo."

Mas a decisão pode armar os apoiadores da Boeing que tentam impedir no Congresso americano que o Pentágono dê mais tempo à companhia europeia na licitação do avião-tanque.

A senadora Patty Murray, democrata de Washington que liderou os esforços para iniciar o caso, disse na terça-feira que, devido à decisão, "agora não é a hora de atrasar ainda mais essa competição".

A decisão pode significar que a Airbus deverá ser obrigada a refinanciar alguns de seus empréstimos a juros baixos em termos comerciais. Sob os atuais termos, a Airbus faz pagamentos à medida que entrega os aviões aos compradores.

Brasil, Canadá, China e Japão - todos membros da Organização Mundial do Comércio com indústrias de aeronaves - observam o caso para ver se serão afetados por algum precedente estabelecido pelo julgamento. Assim como a Rússia, que negocia para entrar na organização desde 1995. Os cinco países investiram quantias significativas de dinheiro público e alguns esperam competir com a Boeing e a Airbus no mercado de jatos de 150 a 200 assentos.

Fonte: Christopher Drew e Nicola Clark (The New York Times) - Amy Traduções via Terra

Terroristas querem explodir peitos em avião

Nova técnica já estaria sendo testada por radicais siliconadas

Vale tudo para embarcar com explosivos no avião. Até dar uma turbinada no peito de militantes terroristas.

Cirurgiões plásticos do Paquistão já estariam operando suicidas dispostas a colocar um implante cheio de explosivos para arrebentar um avião, dizem especialistas.

Apenas uma pequena quantidade de tetranitrato de pentaeritrina colocado em uma prótese nos seios poderia explodir um avião.

O pior é que é quase impossível detectar este tipo de silicone do eixo do mal nos aeroportos.

Segundo o especialista Joseph Farah, em entrevista ao tabloide britânico The Sun, as mulheres dispostas a dar uma turbinada no visual e a destruir aviões já estão sendo recrutadas pela Al Qaeda.

Os cirurgiões podem também colocar explosivo nas nádegas das militantes.

O serviço de inteligência do Reino Unido já teria interceptado conversas de terroristas no Paquistão e no Iêmen acertando detalhes das cirurgias.

Fonte: R7 - Foto: Getty Images

Apesar de crise, Israel e EUA assinam acordo para compra de aviões militares

Israel e Estados Unidos assinaram um acordo para a compra de aviões militares apesar da crise política relacionada à expansão das colônias judaicas em Jerusalém Oriental, informa a edição digital do jornal "Ha'aretz".

Segundo o veículo, na terça-feira, no mesmo momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava na Casa Branca com o presidente americano, Barack Obama, o Pentágono e o Ministério da Defesa de Israel selavam o acordo.

Israel adquirirá três novos aviões C-130J Super Hercules, fabricados pela empresa americana Lockheed Martin, numa compra de US$ 210 milhões.

As aeronaves serão construídas de acordo com as necessidades israelenses em matéria de defesa e incluem um grande número de sistemas fabricados pela indústria militar israelense.

O acordo será financiado com fundos da ajuda externa americana. O Pentágono emitirá um anúncio formal sobre o mesmo ainda hoje.

Além disso, EUA e Israel ainda não chegaram a um acordo em relação à aquisição de outro avião da empresa Lockheed Martin por parte do Estado judeu.

Seria um F-35, que custa US$ 3 bilhões, mas não se sabe quando o acordo será fechado. Caso isso venha a ocorrer, Israel poderia receber o avião em 2014, segundo o "Ha'aretz".

Fonte: EFE via G1

Relatório sobre caças deve ser entregue a Lula até a Páscoa, diz Jobim

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, espera entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a Semana Santa o relatório com as indicações para a escolha do caça que vai ser usado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

" O trabalho está na consultoria jurídica do Ministério da Defesa, fazendo o exame jurídico da legalidade de todo o procedimento para que depois eu faça a exposição de motivos ao presidente. Com isso, eu creio que pela Páscoa eu terei condições de apresentar ao presidente a exposição de motivos " , disse Jobim, que participou do seminário "O cenário global de segurança", promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Jobim acrescentou que o relatório conterá a sugestão para escolha de um dos concorrentes e fixará parâmetros para o prosseguimento das negociações com o eventual escolhido.

O ministro reiterou diversas vezes que a escolha ainda não foi feita e que a principal questão envolve o pacote tecnológico envolvido no processo, com a capacitação da indústria nacional e a transferência de tecnologia.

Questionado sobre a existência de uma relação anterior com os militares franceses - que já têm um acordo para o Brasil para o desenvolvimento de submarinos -, Jobim afirmou que isso não significa a vitória francesa por antecipação na concorrência dos aviões.

" Temos experiência com eles. Isso tudo não significa que seja a decisão final " , frisou.

Além da francesa Dassault, que concorre com o caça Rafale, estão na disputa a sueca Saab, com o avião Gripen NG, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet.

Fonte: Rafael Rosas (Valor Online) via O Globo

Estreante, brasileiro é punido no treino do Mundial de corrida aérea

O brasileiro Adilson Kindlemann, 36 anos, não começou bem o primeiro treino-livre do Mundial de corrida aérea (Red Bull Air Race), nesta quinta-feira, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Ainda em adaptação, o piloto acabou desclassificado por causar uma espécie de instabilidade na aeronave.

Kindlemann participou da sessão oficial de treinos exibindo um novo visual em seu avião MXS-R, agora pintado nas cores verde e amarela. O líder da sessão foi o atual campeão mundial, o inglês Paul Bonhomme. Seu arquirrival austríaco, Hannes Arch, campeão de 2008, acabou em quarto, atrás ainda do inglês Nigel Lamb e do francês Nicolas Ivanoff.

“O circuito é apertado demais para o meu avião, que é muito rápido”, brincou o brasileiro. “Na verdade, são várias novidades para mim. Quero usar esses treinos para aprender passo-a-passo. Cada sessão é uma oportunidade para ganhar experiência, voando sempre com segurança”, completou Kindlemann.

Nesta sexta-feira, às 10h (3h em Brasília), Adilson disputa o treino de classificação que leva os 10 melhores direto para a corrida, no sábado, no mesmo horário. Os cinco eliminados na sexta-feira disputam uma repescagem no sábado pela manhã, e os dois melhores prosseguem para a disputa principal.

Antes de viajar para os Emirados Árabes, Kindlemann enfrentou uma temporada na gelada Wilkesboro, na Carolina do Norte (EUA), onde manteve uma rotina diária e pesada de treinos. “A temperatura média era de 2 ºC, com muito vento. O que mais atrapalhou o treinamento foi a turbulência”, lembrou.

A competição terá oito etapas. Depois de Abu Dhabi, o Mundial segue para Perth (Austrália) em 18 de abril, antes de chegar ao Brasil. No Rio de Janeiro, os treinos de classificação acontecem no sábado 8 de maio e a corrida no domingo, 9 de maio. Em seguida, segue para Windsor (Canadá), do dia 6 de junho e para uma inédita etapa em Nova York duas semanas depois, no dia 20 de junho.

Outra novidade será a primeira etapa disputada sobre um autódromo convencional, no dia 8 de agosto, no EuroSpeedway, em Lausitz, Alemanha. A temporada continua com o retorno a Budapeste na Hungria (20 de agosto), e será encerrada com mais um novo destino: Lisboa, em Portugal, no dia 5 de setembro.

Fonte: UOL Esporte - Foto: Red Bull Divulgação

Temporada 2010 da Red Bull Air Race começa em Abu Dhabi

Foram meses de ansiedade e espera, finalmente dissipados na tarde dessa quinta-feira (25/3) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes: o brasileiro Adilson Kindlemann, paulista de 36 anos, já faz parte oficialmente da elite de pilotos do Red Bull Air Race, o Mundial de Corrida Aérea.

Kindlemann participou da sessão oficial de treinos exibindo um novo visual em seu avião MXS-R, agora pintado nas cores verde e amarela da Petrobras. Ainda se acostumando com as desafios de voar a quase 400km/h a poucos metros de altura, e sofrendo com o vento forte na baía de Abu Dhabi, Adilson acabou desclassificado por “estolar” (manobra em que o avião perde sustentação) na sessão de treinos dessa quinta.

O líder foi o atual campeão mundial, o inglês Paul Bonhomme. Seu arquirrival austríaco, Hannes Arch, campeão de 2008, acabou em quarto, atrás ainda do inglês Nigel Lamb e do francês Nicolas Ivanoff.

“O circuito é apertado demais para o meu avião, que é muito rápido”, brincou Adilson. “Na verdade”, prosseguiu, “são várias novidades para mim. Quero usar esses treinos para aprender passo-a-passo. Cada sessão é uma oportunidade para ganhar experiência, voando sempre com segurança”.

Amanhã (sexta), Adilson disputa o treino de classificação que leva os 10 melhores direto para a corrida, no sábado. Os cinco eliminados na sexta disputam uma repescagem no sábado pela manhã, e os dois melhores prosseguem para a disputa principal.

1º Treino livre – Red Bull Air Race Abu Dhabi:

1) Paul Bonhomme, GBR, 1:12.37
2) Nigel Lamb, GBR, 1:12.68 + 0.31
3) Nicolas Ivanoff, FRA, 1:12.87 + 0.50
4) Hannes Arch, AUT, 1:13.03 + 0.66
5) Matt Hall, AUS, 1:13.35 + 0.98
6) Yoshihide Muroya, JAP, 1:13.75 + 1.38
7) Kirby Chambliss, EUA, 1:14.57 + 2.20
8) Michael Goulian, EUA, 1:14.70 + 2.33
9) Pete McLeod, CAN, 1:17.18 + 4.81
10) Matthias Dolderer, ALE, 1:18.07 + 5.70
11) Peter Besenyei, HUN, 1:18.16 + 5.79
12) Sergey Rakhmanin, RUS, 1:18.49 + 6.12
13) Martin Sonka, TCH, 1:26.48 + 14.11
14) Alejandro Maclean, ESP, DQ
15) Adilson Kindlemann, BRA, DQ

Fonte: 360 Graus - Foto: Red Bull Divulgação

Bin Laden ameaça EUA se Khaled Sheikh Mohamed for executado

O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, ameaçou matar todos os americanos capturados por sua rede se Khaled Sheikh Mohammed, principal acusados dos atentados do 11 de setembro, e seus companheiros forem executados, informou nesta quinta-feira o canal Al-Jazeera.

Em mensagem destinada ao povo americano, Bin Laden afirma que o presidente Barack Obama "sugue a mesma política que seus antecessores", notadamente no Afeganistão, e denuncia a vontade da Casa Branca de "executar os heróis" Khaled Cheikh Mohammed e seus companheiros.

"O dia em que os Estados Unidos tomarem esta decisão, também estarão tomando a decisão de que qualquer um de vocês que caírem em nossas mãos serão executados", acrecenta a mensagem.

Também denunciou a política americana para o Oriente Médio: "os políticos da Casa Branca continuam exercendo a injustiça para conosco, principalmente ao apoiar os israelenses que ocupam nossa terra, a Palestina", disse ainda.

Na mensagem anterior do chefe da Al-Qaeda, difundida em 24 de janeiro, ele reivindicou o atentado fracassado contra o avião americano no dia de Natal, ameaçando os Estados Unidos com novos ataques se continuasse apoiando Israel.

Khaled Sheikh Mohammed, cérebro confesso dos atentados que deixaram mais de 3.000 mortos nos Estados Unidos, e quatro cúmplices devem ser julgados numa data ainda não determinada num processo de direito comum ou em um tribunal militar de exceção.

Fonte: AFP

Pioneira da aviação morre aos 98 anos nos EUA

Elinor Smith ficou famosa ao voar sob pontes em Nova York aos 17 anos.

Ela pilotou pela última vez quando tinha 89 anos.

A pioneira da aviação Elinor Smith em foto em Roosevelt Field, Long Island, em foto de 1931. Elinor morrreu em 19 de março, aos 98 anos, em uma casa de repouso em Palo Alto. Ela é considerada uma das primeiras mulheres a pilotar avião, nos anos 1920, e estabeleceu vários recordos. Ela ficou famosa quando, aos 17 anos, voou sob as quatro pontes do East River, em Nova York. Ela fez seu último voo aos 89 anos.

Fonte: AP via G1 - Foto: AP

Defeitos em dois aviões no Aeroporto Tom Jobim irritam passageiros

Cancelamento de reunião de negócios, atraso na viagem de lua de mel, perda de diárias pagas em hotéis e locadoras de automóveis, calor e falta de informações foram as principais reclamações de passageiros que tiveram o voo (904 da American Airlines, do Rio para Miami) cancelado por dois dias consecutivos, na segunda e terça-feira, por problemas técnicos. O avião finalmente seguiu para Miami quarta à noite.

Na terça, outra aeronave também apresentou defeito no Aeroporto Internacional Tom Jobim: um voo da Gol com destino a Porto Alegre. Os passageiros tiveram que esperar embarcados, com as portas fechadas e sem ar-condicionado, como noticiou a coluna Gente Boa. Alguns chegaram a passar mal, como o ator Reginaldo Faria.

No voo para Porto Alegre, o ator Reginaldo Faria reclamou da forma como a Gol conduziu o problema, dizendo que os passageiros foram tratados como animais:
- Os passageiros ficaram trancados, revoltados, sem ar-condicionado, no maior calor. Comecei a passar mal. Várias pessoas também, inclusive uma cadeirante. Queríamos oxigênio. Foi um tremendo descaso da empresa, desconsideração muito grande, como se fôssemos gado, cachorro, porco.

Fonte: Cláudio Motta (O Globo)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lula diz que decisão sobre caças vai cumprir calendário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que existe um calendário de discussões sobre a compra dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) e que, diante disso, a visita do rei da Suécia, Carl Gustaf, ao Brasil hoje não "diminui nem aumenta" a dúvida sobre os caças.

"Estamos numa fase em que o ministro Jobim (ministro da Defesa, Nelson Jobim) está consultando as secretarias do próprio ministério da Defesa sobre estudo feito pela Aeronáutica. Depois disso, vai chegar às minhas mãos. Nós vamos analisar as propostas e aí eu vou tomar a decisão no momento adequado", disse o presidente.

Segundo Lula, este é um ano atípico, um ano eleitoral, e por isso é preciso "ter cuidado necessário". "Uma coisa dessa envergadura não pode ficar à mercê da especulação política. Então, é preciso ter muito cuidado, muito bom senso", disse, acrescentando que o governo quer conversar com todos os setores da sociedade.

"O ministro Jobim já tem autorização para conversar e, depois, nós vamos tomar a decisão, sem nenhum nervosismo, sem nenhum trauma". Lula ainda acrescentou que a questão da compra dos caças custa muito dinheiro e que não vai ser pago no seu governo. "Por isso, tenho de ter mais cuidado e responsabilidade".

Lobby

Durante almoço no Palácio do Itamaraty, o rei da Suécia Carl Gustaf aproveitou para reforçar o lobby da empresa sueca Saab, que é uma das interessadas em vender ao Brasil o caça Gripen. Ele disse que Brasil e Suécia têm capacidade de parcerias de alta tecnologia e inovação, especialmente na área de aeronáutica.

"Obviamente, o rei da Suécia faz o que fazem todas as pessoas que eu encontro. Eu vou encontrar o Medvedev (presidente da Rússia, Dmitri Medvedev), daqui a alguns dias, no encontro dos Brics, e o Medvedev vai me falar dos aviões russos. Eu vou encontrar daqui a pouco com o Obama (presidente dos Estados Unidos, Barack Obama) para discutir a questão nuclear, e ele vai falar do negócio dos aviões americanos. Eu vou encontrar com o Sarkozy (presidente da França, Nicola Sarkozy) e ele vai falar dos aviões. Cada um vai falando, a gente vai aprendendo. Quem sabe os preços vão caindo e quem sabe as coisas vão melhorando", disse o presidente Lula, em entrevista após o encontro com o rei da Suécia, no Itamaraty.

Lula acrescentou que o Brasil quer ter tecnologia e fabricar o avião no País. "Queremos que o Brasil seja inclusive, num futuro bem próximo, exportador desses aviões", completou. Questionado se o Brasil já tinha tomado uma decisão sobre qual caça será comprado, Lula disse: "Não, ainda não. Ainda não chegaram para mim os estudos definitivos. Então, depois de ouvir o conselho de Defesa, aí vou tomar a decisão".

Fonte: Tânia Monteiro e Leonencio Nossa (Agência Estado) - Imagem: Arquivo do Blog

Saab veicula propaganda de caça na TV

A companhia sueca Saab, que disputa a licitação por um contrato bilionário para o fornecimento de 36 caças à Força Aérea do Brasil, veiculou na noite desta quarta-feira um comercial no intervalo do Jornal Nacional, na TV Globo.

O anúncio dizia que "o Brasil vai produzir caças nacionais e exportá-los para todo o mundo", e mostrava o logotipo da empresa.

A estratégia de propaganda coincide com a vinda de uma delegação sueca, que chegou nesta terça-feira ao Brasil, encabeçada pelo rei Carl XVI Gustaf e a rainha Silvia, e na qual também está o ministro da Defesa Sten Tolgfors, além de vários empresários. Um deles é justamente Aake Svensson, presidente executivo da Saab. Svensson disse nesta quarta-feira que é muito difícil prever o resultado da licitação. "Sempre é uma decisão política", afirmou.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa afirmou que essa é uma "questão empresarial" que não tem nada a ver com a pasta, e que as outras empresas concorrentes também "estão em campanha" e publicaram anúncios em revista.

O avião Gripen da Saab disputa a licitação dos caças com o F18 da americana Boeing e o Rafale da francesa Dassault, favorito do governo brasileiro. Na semana passada o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os caças da francesa Dassault têm vantagem sobre os outros dois do ponto de vista de transferência de tecnologia.

Segundo a assessoria do Ministério, Jobim está avaliando informações adicionais que foram solicitadas à Saab e deve entregar um relatório ao presidente Lula no mês de abril indicando sua sugestão.

Fonte: Yahoo! Notícias (com agência EFE)

Funcionário de aeroporto britânico é acusado de espiar colega nua em scanner

Ele teria visto nudez com ajuda do aparelho e comentado sobre seios dela.

Ela se incomodou, denunciou-o e aumentou polêmica sobre os scanners.

Um funcionário da segurança do aeroporto britânico de Heathrow recebeu uma repreensão da polícia e enfrenta ação disciplinar por ter supostamente 'dado uma secada' em uma colega mulher usando um scanner corporal, disseram as autoridades nesta quarta-feira (24).

O funcionário, de 25 anos, fez comentários picantes depois que sua colega, Jo Margetson, de 29, inadvertidamente passou pelo scanner, que permite a visão do corpo por baixo das roupas, segundo o tabloide 'The Sun'.

Ela relatou que ele ficou olhando cuidadosamente para o monitor do aparelho enquanto ela passava. Depois, teria feito comentários picantes sobre o que viu, referindo-se aos seis da mulher.

Jo Margetson em foto publicada pelo 'Sun'

O caso aparentemente é o primeiro do gênero desde que os scanners começaram a ser usados em aeroportos britânicos, por questão de segurança, depois da tentativa de atentado em um avião que rumava à cidade americana de Detroit em 25 de dezembro do ano passado.

Margetson disse ao jornal que ficou "traumatizada" com o que aconteceu e denunciou o colega à polícia e aos seus chefes. Um porta-voz da empresa que cuida dos scanners disse que o caso vai ser investigado e, se necessário, pode haver punição.

Um porta-voz da Polícia Metropolitana disse que o funcionário recebeu uma repreensão.

O caso promete aumentar a polêmica sobre os scanners, cujos opositores consideram intrusivos demais.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução

Brasileiro faz primeiro treino para sua etapa de estreia no Air Race

Adilson Kindlemann pilotou em Abu Dhabi, local de abertura da temporada

Adilson Kindlemann faz seu primeiro treino a bordo do avião que vai guiar durante o Air Race 2009. O brasileiro estreia na competição neste fim de semana, em Abu Dhabi.

Fonte: Globoesporte.com - Foto: Getty Image

Nos EUA, empresa de segurança está na mira do MPF

O Ministério Público Federal dos Estados Unidos denunciou dois ex-altos funcionários da empresa de segurança privada Blackwater Worldwide, sob a alegação de terem mantido estocados ilegalmente rifles automáticos na sede da empresa, na Carolina do Norte. Trata-se da maior empresa de segurança privada do mundo, e cujo foco de atuação são os dignitários. As acusações do MPF resultam de uma operação realizada por agentes federais em 2008, que apreendeu 22 armas, entre elas 17 fuzis AK-47, na sede da empresa.

Segundo o site Findlaw, o Ministério da Justiça dos EUA também já revê acusações contra o ex-presidente Gary Jackson, contra ex-advogado da Blackwater, Andrew Howell, e contra um terceiro homem que costumava trabalhar no arsenal da empresa.

A empresa ganhou as manchetes do mundo quando trocou tiros com milícias no Iraque, numa batalha que deixou 17 pessoas mortas em Bagdá, em 2007. Agora sob um novo nome, Xe, a empresa está tentando ganhar a aprovação do Departamento de Defesa para treinar a polícia no Afeganistão. O contrato pode valer até US$ 1 bilhão, e já é investigado por congressistas dos EUA.

A Blackwater é baseada no estado da Carolina do Norte e engloba cinco pequenas companhias que conversam como vasos comunicantes: o Centro de Treinamento, Sistemas de Alvos e Focos, Consultoria de Segurança, Cães Adestrados, Assuntos Aéreos e Assuntos Marítimos. O dono é Erik Prince e o ex-presidente ora acusado, Gary Jackson, tem passado lustroso na Marinha dos EUA. Ambos gostam de tirar da internet o que falam deles e já passaram a borracha várias vezes em seus perfis constantes da enciclopédia Wikipédia.

A sede da empresa é um autêntico monolito de guerra: 24 quilômetros quadrados, esparramados nos condados de Camden e Currituck. Ali se ensina tudo o que há de mais útil na arte da guerra: desde o clássico “mano a mano”, e toda a pletora de lutas, até como se tornar um franco atirador de elite.

Hoje vista como o que há de mais moderno no mercado da guerra, a Blackwater USA foi criada em 1997, no intuito de gerar suporte militar. Acabou se tornando a principal empresa se segurança contratada pelos EUA para ajudar o país na invasão do Afeganistão. A Blackwater Security Consulting foi formada em 2002 e tocada por Jamie Smith, que se tornaria o primeiro diretor da Blackwater Consultoria em Segurança. Ele acabaria deixando a Blackwater em 2002, para pular para outra empresa, a SCG International Risk, uma das 60 empresas de segurança privada contratadas na Guerra do Iraque para guardar e vigiar instalações militares, treinar a nova polícia armada do Iraque e dar apoio para as forças de ocupação.

No Oriente Médio

Em março de 2004 a empresa passou a ganhar, mais polemicamente ainda, as manchetes dos jornais: quatro contratados da Blackwater, em esquema de freelancer, encarregados de zelar por carregamentos de comida, foram atacados e mortos em Fallujah, no Iraque. Seus corpos carbonizados foram dependurados, espancados e expostos à onipresença das câmeras da imprensa mundial. Uma dessas vítimas chegara até a dispor de certo nome na mídia dos EUA, Scott Helvenston, que era estrela do reality show Missões de Combate, um sucesso nas tevês americanas.

Em abril de 2005 outros seis freelancers da Blackwater morreram no Iraque, quando o helicóptero MI-8 em que estavam foi abatido por ataque da arma RPG. Os norte-americanos eram Robert Jason Gore, Luke Adam Petrik, Jason Obert, Steve McGovern, Erick Smith e David Patterson. Os três búlgaros abatidos eram Lyubomir Kostov, Georgi Naidenov e Stoyan Anchev. Kostov sobreviveu à queda, mas como naquelas terras nada é fácil, ele acabou sendo assassinado pelo mesmo iraquiano que dera o tiro de RPG no helicóptero.

Ultimamente, o trabalho mais polêmico da Blackwater USA foi fazer a segurança da cidade de New Orleans após o martírio deixado pela Furacão Katrina, em 2005. Face sua polêmica reputação, a empresa logo soltou comunicado repelindo fofocas, na época, referindo que suas ações em Nova Orleans se atinham a “ajudar em serviços aéreos, segurança, suportes humanitários e logística de transporte”.

Em março de 2006, o vice da Blackwater USA, Cofer Black, deixou claro, ainda que nas entrelinhas, numa conferência em Amã, na Jordânia, que a empresa estava se preparando para criar exércitos armados, no tamanho de um batalhão (entre 300 e mil homens sob o comando de um tenente-coronel), para operarem em “conflitos de baixa intensidade”. Tanto bastou para que a mídia passasse a dizer que decisões políticas, assim, passavam a estar nas mãos de corporações privadas — o que colocaria os EUA sob suspeição, ainda mais em tempos em que vigora o Patriotic Act.

Em 9 de abril de 2006 um artigo publicado no The Nation revelava as ações judiciais que familiares de mortos em combate moveram contra a Blackwater. Entre os jornalistas dos EUA, o pessoal da Blackwater é chamado de mercenário, soldado da fortuna, cowboy e war lowlives (algo como “marmanjos de guerra”).

Não há dúvida que o grupo suscita o ódio onde finca suas botinas. Mas como nessas situações sempre se encontra um jeitinho, via atalhos jurídicos, no Iraque não foi diferente: lá os Blackwaters são imunes a processos, inimputáveis, graças a mazelas impostas pelo CPA, ou Coalition Provisional Authority, que foi o nome dado, pós-invasão do Iraque, à coalizão entre EUA e Inglaterra, sobretudo. Citando a Resolução do Conselho de Segurança Número 1.483, de 2003, a CPA revestiu-se dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, entre 21 de abril de 2003 e 28 de junho de 2004. Nesse período, protegidos por essas figuras da lei, os Blackwaters pintaram e bordaram em Bagdá e pra lá de Bagdá.

Treinamentos

Tony Torres, um dos treinadores da Blackwater, gosta de ver seus homens treinarem com os rostos pintados de verde e tendo com suas submetralhadoras Berettas 9 milímetros a mesma liberdade com que suas línguas conhecem suas próprias bocas. Torres é um veterano dos fuzileiros navais dos EUA. A cada dia, ônibus e ônibus lotados de neófitos da guerra deixam a Estação Naval de Norfolk para um território de 5,2 mil acres, em Moyock, na Carolina do Norte. Lá, por exemplo, no ano de 2003, o governo despejou apenas numa temporada US$ 35,7 milhões para que naqueles campos santos da Blackwater fossem treinados 10 mil marujos de Virgínia, Texas, e da Califórnia. Mas a maioria dos contratos como esse, diz o presidente da Blacwater, Gary Jackson, é protegido pelo manto do segredo de estado.

Após os ataques de 11 de setembro, os negócios da Blackwater floresceram. Sabe-se que não só ela, como também suas concorrentes, fornecem a peso de ouro guardas e seguranças particulares para o presidente do Afeganistão, constroem campos de detenção para suspeitos de terrorismo, como na baía de Guantánamo, em Cuba (a 144 km de Miami), pilotam aviões armados, de reconhecimento, que tentam erradicar plantações de cocaína na Colômbia. Também, sabe-se, operam sistemas de inteligência e de comunicações no US Northern Command, no Colorado, o comando responsável pela coordenação da resposta a eventuais ataques contra os EUA. E, com a autorização do Depto. de Estado dos EUA, a Blackwater USA, também treina soldados e reorganiza exércitos na Nigéria, Bulgária, Taiwan e Guiné Equatorial.

Esses soldados também estão espalhados, prestando serviços de guerra e segurança, no Quatar, em Doha, no Kuait. E ajudam na manutenção de grandes trunfos da aviação de guerra dos EUA, como as aeronaves B-2, F-117 Stealth, helicópteros Apache, avião tanque KC-10, avião de reconhecimento U2. Na guerra para depor Saddam Husseim, estima-se que tenham sido empregados 20 mil homens agenciados pela Blackwater — ou seja, uma média de 1 civil mercenário para cada dez soldados de carreira, o que representa um aumento de dez vezes no emprego de soldados da fortuna em exércitos dos EUA, em relação à Guerra do Golfo, no comecinho dos anos 90.

Com essa gradual privatização das Forças Armadas dos EUA, estima-se que as empresas que fabricam armas também passem a cada vez lucrar mais: já se sabe que a cada ano se gasta US$ 100 bilhões nesse negócio, a maioria dessa bolada indo para as mãos de empresas que constam das 500 maiores da lista anual da revista Fortune, como Halliburton DynCorp, Lockheed Martin, e Raytheon (que nos vendeu o Sistema Integrado da Vigilância de Amazônia, o Sivam, pela bagatela de US$ 1,4 bilhão). “O surgimento dessa privatização da guerra é desastroso para a democracia”, nota Daniel Nelson, professor do Marshall European Center for Security Studies.

Os homens do governo aplaudem esses serviços: afinal de contas, dizem, em 1992, na Somália, quando os US Marines passaram a distribuir remédios e gêneros básicos para a população, a base dessas operações teve como logística as ações da empresa Brown & Root, apenas que 11 horas depois de ter sido contactada pelo governo, já desembarcava os caminhões no Porto de Mogadishu.

Estrela de Xerife

“To be deputized” é um termo que todos julgavam morto e enterrado desde os velhos tempos do também Velho Oeste e da Tombstone do Xerife Wyatt Earp. Ledo engano: hoje podem ser tranquilamente reeditadas aquelas regras do velho oeste, pelas quais, morto o xerife (como na música de Bob Marley regravada por Eric Clapton), a autoridade máxima local pode dar a estrela para quem for valente o suficiente. “To be deputized” é isso: ganhar uma estrela de Xerife sem ser autoridade.

A Blackwater USA protagonizou uma dessas inacreditáveis cenas, ano passado, quando passou a ajudar autoridades locais, em New Orleans, quando do ataque do furacão Katrina. A imprensa local denunciou que o governador da Louisiana estaria conferindo poderes legais para os mercenários da Blackwater, para que pudessem prender ou usar da força contra saqueadores e estupradores. De fato, homens e homens da Blackwater foram vistos na cidade ostentando lustrosos emblemas dourados, conferidos pelo Estado da Louisiana, como se fossem os xerifes mais novos do pedaço. Mercenários que serviram no Iraque, e na Colômbia combatendo as Farc-Ep, estavam em New Orleans, devidamente armados e documentados pelo governo estadual. Alguns deles tinham até sido seguranças particulares, em Bagdá, do embaxador note-americano ali, no pós-queda de Saddam Husseim, John Negroponte.

Esse tipo de permissão era então inédito em território norte-americano. O temor é que, como na mais criativa ficção de Hollywood, exércitos particulares possam estar dando as cartas da legalidade em quaisquer locais do mundo em que estejam operando. Aliás, isso não é muito diferente daquilo mostrado num filme de 102 minutos, lançado em 1987, e que muito sucesso fez em todo o mundo: Robocop, dirigido por Paul Verhoeven.

O filme conta a história de Alex Murph, um policial que atuava nas ruas de Detroit. Após uma perseguição aos suspeitos de um roubo a banco, Alex é atacado pela quadrilha do maníaco Clarence Bobicker. Dado oficialmente como morto, Alex é transformado pela OCP (Omini Produtos de Consumo), uma poderosa multinacional instalada em Detroit, em um moderno e poderoso cyborg de combate ao crime, batizado de Robocop. Robocop vira o paladino da lei e da ordem nas ruas da corrupta Detroit. Na sequência do filme, a OCP vira a dona de um poder paralelo, que dá as cartas legais e comanda a corrupção. Enfim: a OCP tinha sido “deputized”.

Fonte: Claudio Julio Tognolli (Conjur) - Imagem: abcnews.com

Crise obriga Romênia a comprar caças de segunda mão

A crise econômica obrigou a Romênia a modernizar sua Força Aérea com caças F-16 de segunda mão, o que permitirá ao país economizar dinheiro para sanear as contas públicas.

Nesta terça-feira, a imprensa romena informou que o Conselho Nacional de Defesa (CSAT) aprovou a compra de 24 caças F-16 usados por aproximadamente US$ 800 milhões. A aquisição de modelos novos do mesmo avião custaria cerca de quatro vezes mais.

"A Romênia não dispõe dos recursos financeiros necessários para comprar aviões novos", explicou a Presidência em nota sobre os caças que comprados para substituir os antiquados Mig-21 de fabricação soviética.

Para que a compra seja efetivada, o Parlamento ainda terá que ratificar a decisão do CSAT.

Segundo a agência "Mediafax", um dos potenciais vendedores são os Estados Unidos, já que a Romênia já conversou com os americanos sobre a possível compra de uma pequena frota de caças de segunda mão.

Fonte: EFE via EPA

Aéreas devem ter prejuízo de US$ 2,8 bi em 2010, prevê Iata

Companhias europeias sozinhas serão responsáveis por US$ 2,2 bilhões em perdas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que a indústria aérea global terá prejuízo de US$ 2,8 bilhões neste ano. As companhias europeias sozinhas serão responsáveis por US$ 2,2 bilhões em perdas.

Segundo Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata, as empresas aéreas da América Latina foram as únicas que registraram lucro no ano passado, com ganho de cerca de US$ 800 milhões. Para ele, a região será uma entre as duas que terão resultados positivos neste ano. As companhias da região da Ásia e do Pacífico também deverão ter lucro em 2010, de cerca de US$ 900 milhões.

As companhias da América do Norte deverão ter prejuízo na faixa de US$ 1,8 bilhão neste ano, enquanto as do Oriente Médio poderão perder US$ 400 milhões, segundo Bisignani.

As empresas aéreas, que sofreram fortemente em seguida aos ataques terroristas nos EUA em setembro de 2001, foram duramente atingidas pela crise econômica global nos últimos anos. Durante a década passada, a indústria aérea global perdeu US$ 50 bilhões, de acordo com a Iata.

Conforme as economias globais se firmarem e a demanda dos passageiros aumentar, porém, o setor poderá novamente ter lucros em 2011. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado