sábado, 13 de março de 2010

Falcão robô está sendo testado para afugentar pássaros do Aeroporto Tom Jobim

Modelo de falcão robô da empresa White Flight Brasil

Para afastar os urubus das rotas dos aviões que operam no Aeroporto Internacional Tom Jobim, a Infraero contratou os serviços de um falcão robô. Em teste há uma semana, o aeromodelo (pequeno avião operado por controle remoto) travestido simula o comportamento de uma ave de rapina e dá rasantes para espantar os pássaros. Ainda que incipientes, os primeiros resultados são positivos: já diminuiu a presença de urubus e quero-queros nos arredores das pistas.

O superintendente do aeroporto, André Luis Marques, afirmou ainda ser necessário mais um tempo de testes para ter noção da real eficácia do invento.

- Os pássaros precisam se sentir ameaçados diariamente para não retornarem. Precisam se sentir intimidados - explicou.

O Tom Jobim, como vários aeroportos do país, enfrenta problemas com a presença das aves, que podem se chocar com os aviões. Nos dois primeiros meses deste ano foram registradas quatro ocorrências desse tipo. Nesses acidentes, as aves colidem com as turbinas, com as asas dos aviões e até com as cabines dos comandantes.

O falcão robô, uma engenhoca italiana, foi testado ano passado no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. O equipamento funcionou bem do ponto de vista de seu manuseio. No quesito dispersão de aves, o falcão apresentou resultado eficaz para afastar as principais espécies existentes no local, como quero-quero, carcará, pombo, biguá, maria-faceira e socó. Mas, em relação aos urubus, não foi obtido resultado satisfatório, segundo relatório técnico.

Os testes são acompanhados por um ornitólogo. Se o aparelho for aprovado, a fabricante será contratada como prestadora de serviço.

Fonte: Evandro Éboli (O Globo)

Expansão do Centro de Manutenção da GOL em Confins

Com investimentos de R$ 65 milhões, a expansão do Centro de Manutenção da GOL próximo ao aeroporto internacional de Confins, em Minas Gerais, será mostrada na próxima semana, dia 18, com solenidade na qual estarão o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, o Vice-Presidente Técnico Fernando Rockert de Magalhães, recepcionando autoridades, entre as quais o governador mineiro Aécio Neves e a presidente da Anac, Solange Vieira.

Ao lado direito da Linha Verde para quem sai do aeroporto internacional em direção a Belo Horizonte, o Centro desperta natural atenção desde o início de suas operações, em 2005. Ali são realizados os serviços de manutenção preventiva e pesada de fuselagem, pintura de aeronaves e configuração interna de toda a frota combinada GOL e Varig. Com a expansão, ele passa a ocupar área útil de 107.220 mil m2.

O pátio original foi ampliado em 20 mil m2 e o Centro ganhou um novo hangar, escritórios, almoxarifado, depósitos e áreas de apoio, totalizando outros 28.100 mil metros quadrados.

Um dos marcos no desenvolvimento da região metropolitana de Belo Horizonte, empregando cerca de 350 colaboradores diretos e 70 indiretos, além de desenvolvimento de projetos sociais e de responsabilidade ambiental, o Centro de Manutenção da GOL vai mostrar o seu crescimento físico e operacional com a visita técnica e cerimônia de inauguração.

Fonte: Brasilturis - Fotos: lagoasanta.com.br / gradesdepiso.net

Família francesa pede equiparação no caso do acidente do AF447

A família francesa de uma aeromoça da Air France morta no acidente do voo AF447, que caiu no oceano Atlântico em junho de 2009 matando todos os passageiros e tripulantes, pediu à justiça francesa que se equipare com a do Brasil.

O juiz brasileiro Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou na quinta-feira a companhia aérea Air France a pagar 2,04 milhões de reais por danos morais à família de uma vítima do acidente, ocorrido em 1º de junho de 2009 quando o avião seguia para Paris, após decolar do Rio de Janeiro.

Na França, a família da aeromoça Carla Mar Amado, de 31 anos, anunciou, após a condenação da Air France no Brasil, que pedirá que a justiça francesa se coloque no mesmo nível da brasileira.

"Não pode haver duas justiças: uma justiça brasileira corajosa e uma justiça francesa medrosa", afirmou à AFP Jean Claude Giudicelli, advogado da família da vítima, residente no sul da França.

Segundo o advogado, a família da jovem não esconde o mal-estar frente à "lentidão das investigações" e ante "uma verdade que já é conhecida".

"A verdade não está no fundo do mar, está no relatório que questiona os sensores (de velocidade) Pitot".

O juiz brasileiro acusou a Air France de "conduta negligente".

Na quinta-feira, o Escritório de Investigações e Análises (BEA), organismo francês encarregado da investigação técnica, anunciou o adiamento da retomada das buscas das caixas pretas devido a "dificuldades administrativas e técnicas".

No acidente morreram 216 passageiros e 12 tripulantes. Muitas famílias abriram processos, as últimas em novembro passado, quando parentes de oito vítimas foram à justiça de dois estados dos Estados Unidos.

Fonte: AFP

Crise fez lucro bruto da Infraero cair 40% em 2009

Segundo o relatório financeiro e patrimonial da Infraero, em 2009, foram investidos R$ 425,4 milhões, um aumento de 6,6% em relação a 2008. Desse total, R$ 219,4 milhões referem-se a obras e R$ 206 milhões a equipamentos.

“Esses investimentos foram realizados na construção ou modernização dos aeroportos da Infraero, oferecendo, dessa forma, mais conforto aos passageiros e maior segurança às operações”, destacou o diretor financeiro da Infraero, Mauro Pacheco.

O lucro bruto da estatal foi de R$ 358,9 milhões ante R$ 600,6 milhões, uma queda de 40,2%. Este resultado foi impactado principalmente pela queda das receitas dos terminais de carga, em função da redução das importações, da ordem de 20%. Além disso, houve diminuição no movimento de aeronaves e de passageiros internacionais, com perda de 3,2% e 1,2%, respectivamente.

O baixo desempenho da Infraero em 2009 foi amenizada pela retomada das operações domésticas, que registraram aumento de 15% na movimentação de passageiros e 8,5% no movimento de aeronaves. Vale destacar que os valores das tarifas nesses segmentos são inferiores aos valores das operações internacionais.

As principais obras realizada pela Infraero em 2009 foram a modernização do Terminal 1 e o avanço nas obras para conclusão do Terminal 2 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim (RJ), a conclusão do Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul (AC), do Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Boa Vista/Atlas Brasil Cantanhade (RR), e do Terminal de Logística de Carga do Aeroporto Internacional de Fortaleza/Pinto Martins (CE).

Fonte: Portal Panrotas

Airbus carrega fuselagem de novo avião militar até a Espanha

Parte da fuselagem do novo avião militar da Airbus, o A400M, foi colocada nesta sexta-feira dentro do cargueiro Super Beluga da companhia em Bremen, na Alemanha, com destino a Sevilha, na Espanha, onde continuará a fase de produção da aeronave.

Nesta semana, o grupo EADS, proprietário da Airbus, divulgou prejuízo de US$ 1,03 bilhão em consequência principalmente das medidas para cobrir os problemas com o avião militar A400M e com o Airbus A380.

O programa do A400M já consumiu cerca de 4,2 bilhões de euros e a primeira entrega está prevista para 2013. Sete países já confirmaram um total de 180 pedidos do avião militar.

Fonte: Terra - Fotos: AP

Falso alarme de bomba obriga Berlusconi a trocar de avião

Um falso alarme de bomba emitido na manhã deste sábado (13) obrigou o premier italiano, Silvio Berlusconi, a substituir o avião Airbus A319-115LR, prefixo I-ECJA, da Eurofly, no qual viajaria de Roma a Milão.

A informação foi confirmada por fontes ligadas à segurança do aeroporto de Ciampino, em Roma. Por volta das 9h30 locais (5h30 em Brasília), uma comunicação via rádio foi ouvida na frequência de serviço do aeroporto.

No áudio, dizia-se que havia uma bomba na aeronave que seria usada pelo primeiro-ministro. Uma inspeção foi imediatamente realizada, mas não se encontrou nenhum artefato.

As autoridades investigam a origem da comunicação. Passado o susto, o premier italiano embarcou em outro avião e chegou a Milão às 13h locais.

Fontes: eBand/Ansa - Foto: Thomas Posch - VAP (Airliners.net)

Não voltar à Lua será 'catastrófico', diz ex-astronauta

Barack Obama cancelou em fevereiro missão espacial da Nasa que previa volta ao satélite em 2020

Astronautas que já foram à Lua criticaram a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciada no mês passado, de cancelar as missões "Constellation" que promoveriam a volta ao satélite da Terra em 2020.

Em entrevista à BBC, Jim Lovell, o comandante da mal-fadada missão "Apollo 13" - que não conseguiu pousar na Lua por problemas técnicos - afirmou que a decisão de Obama vai ter "consequências catastróficas".

O último homem a pôr os pés na Lua, Eugene Cernan, classificou a decisão de "decepcionante".

As missões "Constellation" tinham sido aprovadas pelo ex-presidente George W. Bush, mas Obama decidiu cancelá-las por considerar o projeto caro demais, "atrasado e pouco inovador".

A agência espacial americana, a Nasa, já tinha investido US$ 9 bilhões no projeto (cerca de R$ 15 bilhões).

Mesmo com o cancelamento de "Constellation", a Nasa ainda pretende enviar astronautas à Lua, mas cada vez mais gente acha que isso jamais voltará a acontecer.

'Liderança moral'

O astronauta Eugene Cernan, que tocou a Lua com a Apollo 17 em 1972, disse que na época não pensou que fosse virar o último homem a pisar em solo lunar.

"Estou muito decepcionado por ainda ser o último homem na Lua. Pensei que fôssemos voltar lá muito antes", disse Cernan à BBC.

Para ele, a volta da Nasa ao satélite é uma responsabilidade para manter a liderança americano tanto na área tecnológica quanto moral.

Cernan diz se tratar de uma "busca por conhecimento". "A curiosidade é a essência da existência humana", disse à BBC.

Opinião parecida com a do comandante Jim Lovell, que considera que "as consequências não foram avaliadas" pelo governo.

"Pessoalmente, acho que as consequências sobre a nossa capacidade de explorar o espaço e sobre as vantagens que podemos obter por causa da tecnologia espacial vão ser catastróficas", disse Lovell.

Já o primeiro homem a ir à Lua, o célebre Neil Armstrong, que pousou com a Apollo 11 em julho de 1969, evitou críticas à decisão de Barack Obama.

Fonte: BBC Brasil via Estadão

Estudante mineiro que foi à Nasa cuidar da saúde dos astronautas conclui estágio

'Foi melhor do que eu esperava', conta Flávio.

Universitário cursa último ano na UFMG.


O estudante mineiro Flávio Henrique de Vasconcelos Alves (foto) voltou satisfeito do estágio que concluiu recentemente em um instituto ligado à Nasa (a agência espacial americana), nos Estados Unidos. Ele colaborou com o departamento responsável pela saúde dos astronautas.

Ainda em 2010, o universitário deve concluir curso de engenharia de controle e automação, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em dezembro de 2009, Flávio embarcou para Dallas, naquele país, rumo ao National Space Biomedical Research Institute, onde ficou cerca de dois meses. À época, ele explicou ao G1 que trabalharia com análise de sinais e desenvolvimento de ferramentas computacionais aplicadas à engenharia biomédica. Com base em material coletado durante exames médicos que os astronautas fizessem, participaria da elaboração dos cálculos que definiriam o tempo que cada um deles poderia ficar em uma missão espacial.

“No fim, acabei me envolvendo em mais projetos do que o programado incialmente”, contou. “A experiência foi muito melhor do que eu esperava. Eles me apresentaram desafios”.

Após desenvolver um software para a coleta de dados relativos à saúde dos astronautas, por sua iniciativa e que acabou sendo testado e implementado pelo departamento americano, o estudante foi convidado a tentar otimizar um outro programa. Ele teria que, em suma, trabalhar para que essa ferramenta reduzisse seu tempo de processamento. “Deu certo”, conta.

O professor Eduardo Mazoni, da UFMG, teve acesso às apresentações dos trabalhos do universitário. “Ele conseguiu otimização ‘dramática’”, classificou, sobre o resultado obtido pelo aluno em sua segunda tarefa. "Não estive lá, mas nos correspondemos por e-mail algumas vezes", conta.

Da experiência fora, surgiu a ideia para o trabalho de conclusão de curso do estudante neste ano: “quero trabalhar no desenvolvimento de um software simples, que possa ser utilizado em hospitais públicos e faça avaliações cardíacas, ou seja, que identifique os riscos de uma pessoa ter doenças no coração em um prazo de dois anos”.

Caminho até a Nasa

A oportunidade do estágio no instituto americano apareceu a partir do desenvolvimento de um trabalho que ele fez na Inglaterra sob a supervisão de um pesquisador da universidade de Oxford.

Flávio fez um intercâmbio pela UFMG no primeiro semestre de 2009, em Portugal, e enquanto esteve por lá enviou uma sugestão para o trabalho de um pesquisador inglês de Oxford, sobre análise de sinais biomédicos. “Ele gostou do que sugeri e me convidou para estudar por três semanas na Inglaterra. Lá, me deu uma tarefa e acabei desenvolvendo um trabalho com orientação dele”, contou o estudante.

Durante o período em que esteve na Inglaterra, Flávio descobriu as atividades do órgão ligado à Nasa e decidiu que batalharia por um estágio lá.

Após as experiências internacionais, o universitário faz questão de manter a humildade. “Não fiz nada de outro planeta”, diz. “Não quero que fique a impressão de genialidade. Sou um aluno que quer aprender e teve coragem de sair para o mundo”.

“O exemplo do Flávio mostra que esse tipo de experiência está ao alcance de qualquer aluno interessado. Basta saber aproveitar as oportunidades disponíveis e ter coragem para encará-las”, avalia Mazoni.

Fonte: Érica Polo (G1) - Foto: Arquivo Pessoal

Regra da Anac ignora inclinação de poltrona


A classificação das poltronas das aeronaves de acordo com a distância entre os assentos, definida anteontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não resolverá todo o desconforto vivido por passageiros. Como a Anac mediu a distância entre as poltronas na posição vertical para fazer a tabela de classificação, a inclinação não foi considerada.

De acordo com o engenheiro mecânico Reinaldo Sebastião Silva, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o grau de inclinação deveria ser considerado. "Quando a poltrona da frente reclina, geralmente o passageiro fica preso."

Segundo o engenheiro, considerando a distância de 73 centímetros, definida como a faixa A, e uma altura de 70 cm para a poltrona, uma inclinação de 30° corresponde à diminuição de 10 a 15 cm de espaço para o passageiro de trás, na altura do joelho. "O que eles estão fazendo (selo) é bom, mas não vai resolver definitivamente todos os problemas de espaço e desconforto dentro de um avião", avalia o professor.

Segundo a Anac, a inclinação não foi levada em conta porque varia de acordo com o tamanho e o tipo de assento. O órgão optou por definir a distância com a poltrona na vertical porque essa é a posição em que todos os passageiros são obrigados a viajar nos momentos de pouso e decolagem. "Nas outras etapas do voo, depende de cada passageiro reclinar a poltrona total ou parcialmente", informou a Anac, em nota. "Medir as poltronas na vertical é uma forma de uniformizar a medida para todos."

Na Azul, a inclinação corresponde a 10,16 cm, medida semelhante à considerada por Silva como desconfortável. A Gol informou que as poltronas são configuradas para permitir ângulo máximo de inclinação de 102° e as poltronas localizadas à frente das saídas de emergência têm inclinação restrita, para não bloquear a saída.

A TAM informou apenas que a configuração interna das aeronaves "segue os padrões internacionais das empresas que prezam pela qualidade de serviço".

PREÇOS VARIADOS

Na Gol, a distância média entre as poltronas de aeronaves de classe única fica entre 76 cm e 81 cm. A empresa afirmou que na classe Comfort, disponível nos voos operados pela Varig para Aruba, Bogotá e Caracas, o assento do meio é bloqueado e os braços dos demais se expandem para dar mais conforto - são 16 lugares disponíveis.

A tarifa nessa classe, porém, é diferente, segundo a empresa, porque, "além de mais espaço e privacidade a bordo, a Comfort oferece bônus de 150% no acúmulo de milhas Smiles, serviço de bordo com mais opções de pratos quentes, entretenimento de bordo e embarque e desembarque prioritário".

A distância entre as poltronas dos jatos Embraer 190 e 195, da frota da Azul, é de 79 cm. Nas cinco primeiras fileiras há o Espaço Azul, em que a distância entre poltronas é de 86 cm e o passageiro paga R$ 20 a mais pelo assento, por trecho. A companhia informou que não pretende fazer mudanças na estrutura da frota.

Fonte: Agência Estado via iG - Imagem: aerospaceweb.org

Anac estima crescimento de 17% em tráfego de passageiros em 2010

Apesar da perspectiva positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o mercado aéreo brasileiro deve crescer no mesmo patamar de 2009, cerca de 17 por cento, afirmou a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira.

Segundo ela, a perspectiva de passagens mais caras esse ano para recompor supostas perdas sofridas no ano da crise seria um limitador para uma expansão mais forte do mercado em 2010.

"A perspectiva hoje é que o percentual fique equivalente ao do ano passado porque tem uma variável que a gente não tem controle que é o preço", disse a presidente da Anac durante evento no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo levantamento do Banco Central, o PIB deve crescer 5,5 por cento em 2010, após queda de 0,2 por cento no ano passado.

Solange destacou que o mercado brasileiro começou o ano bastante aquecido e que os números de fevereiro mostraram um crescimento de quase 43 por cento na demanda doméstica ante o mesmo mês de 2009.

"Estamos apostando na casa dos 10 por cento esse ano em movimento de passageiros. Começamos bem", avaliou ela.

A presidente da Anac alertou que com o forte aumento da demanda aérea no Brasil é preciso investir pesado na infraestrutura aeportuária.

O presidente da Infraero, Murilo Barboza, anunciou no evento que a autarquia pretende investir até a Copa do Mundo de 2014 oito bilhões de reais nos aeroportos nacionais, sendo seis bilhões naqueles em que as cidades serão palcos de jogos e o restante nos demais.

"Temos que preparar a malha toda para a Copa do Mundo. Nosso maior desafio é o aumento da demanda aérea junto com os eventos como Copa, Copa das Confederações e Olimpíadas (de 2016)", disse o presidente da Infraero

Barboza anunciou que a instalação temporária de três módulos operacionais no aeroporto de Guarulhos (SP) aumentarão a capacidade em 3 milhões de passageiros ao ano.

O primeiro módulo provisório em Guarulhos será instalado em Guarulhos no ano que vem. "A estrutura pré-moldada vai dar uma folga importante em Guarulhos até que o terminal 3 seja concluído", afirmou Barboza.

O executivo disse que um módulo desse tipo já está operando em Florianópolis e outras estruturas semelhantes estão previstas para os aeroportos do Rio de Janeiro e Brasília.

Fonte: Rodrigo Viga Gaier (Reuters) via O Globo

Aeroportos terão módulos provisórios até obras da Copa

Antes da Copa do Mundo de 2014, alguns aeroportos como o de Guarulhos, em São Paulo, receberão módulos operacionais temporários como forma de aumentar a sua capacidade enquanto não ficam prontas as obras definitivas, informou o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Murilo Marques Barboza. Guarulhos terá três módulos operacionais com capacidade em conjunto para trabalhar com até três milhões de passageiros por ano. Os módulos em Guarulhos devem começar a operar, "sendo otimista, até janeiro (de 2011)", disse Barboza.

Previsto para estar pronto para a Copa de 2014, o novo terminal 3 de Guarulhos terá capacidade para quatro milhões de passageiros e deve ficar pronto para a Copa de 2014. A Infraero também pretende instalar módulos operacionais em outros aeroportos. Barboza citou que serão dois módulos para Brasília e que o Galeão, no Rio de Janeiro, e Viracopos, em Campinas, também estão entre os contemplados com a solução temporária.

Barboza observou que a Infraero já anunciou investimentos até 2014 de R$ 6 bilhões em aeroportos das 12 cidades sedes da Copa do Mundo no Brasil, com mais R$ 2 bilhões adicionais para outros aeroportos. Segundo Barboza, esses recursos serão suficientes e os aeroportos do País estarão prontos para o evento.

Mas, enquanto as obras não ficam prontas, serão utilizadas soluções provisórias para dar conta do aumento do mercado aéreo, como os módulos. "A Copa, os Jogos Militares, os eventos são passageiros, o nosso grande desafio é o aumento do movimento dos passageiros devido ao crescimento da economia. Como a economia está muito bem, as pessoas viajam mais. A taxa de ocupação dos aviões está de 60% a 65%", afirmou Barboza.

O presidente da Infraero citou ainda "determinação do ministro (da Defesa, Nelson) Jobim para minimizar os voos de e para Guarulhos e direcionar para o Rio de Janeiro". Ele comentou que "as empresas internacionais às vezes parecem que pensam que no Brasil só tem Guarulhos". Barboza concedeu entrevista após assinar protocolo de intenções para a instalação de juizados nos aeroportos das 12 cidades sede da Copa do Mundo.

Fonte: Adriana Chiarini (Agência Estado)

Aeroporto Ezeiza (Argentina) recebe 469.765 brasileiros em 2009

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo governo de Buenos Aires, 469.765 brasileiros desembarcaram no Aeroporto Internacional Ministro Pistarini-Ezeiza, situado a 35 km da cidade de Buenos Aires, na Argentina, durante 2009, ou seja, 66,8% do total de países vizinhos. Apenas em novembro passado, o aeroporto obteve uma alta de 22,9% em turistas do País.

Estatísticas

O estudo aponta também os bairros mais visitados da capital, sendo o Centro o primeiro colocado, com 33,7% do fluxo, seguido por Pueto Madero (23,9%); Recoleta (21,7%); San Telmo (18,5%); La Boca (17,4%). Palermo (13%) e Once (1,1%).

Já entre as principais atividades dos brasileiros, o primeiro lugar ficou com gastronomia (77,5%), seguida por compras (74,7%); passeios por conta própria (64,3%); espetáculos de tango (48,4%); city tours (41,8%); shows (20,3%); concertos (7,1%); discotecas e pubs (7,1%); esportes (5,5%); férias (5,5%) e feiras e congressos (5,5%), entre outras.

Por fim, o principal canal utilizado pelo turista brasileiro na organização das viagens foi a internet (42,4%), seguida por agências (25%); família/amigos (12%); folheteria (7,6%) e meios de comunicação de massa (1,1%).

Fonte: Portal Panrotas

Ampliação do aeroporto de Macaé depende do pré-sal no RJ

As obras de reforma e ampliação do Aeroporto de Macaé, considerado a maior base de apoio à exploração de petróleo nacional, estão previstas para começar no segundo semestre deste ano e vão atender à demanda de tráfego criada pela descoberta de petróleo e gás na camada pré-sal na Bacia de Campos. A informação é do superintendente da unidade, Hélio Batista.

Segundo o superintendente, a primeira obra será a construção de uma nova torre de controle e, em seguida, serão ampliados o pátio e o terminal de passageiros, num investimento total de R$ 77 milhões, até 2012. O valor previsto inicialmente, de R$ 120 milhões, foi reduzido após a revisão de cálculos dos gastos. Batista disse também que o cronograma está sendo obedecido e que, nesta primeira fase, estão sendo confeccionados os projetos.

“Ainda este mês, devem ser feitas as licitações para a contratação das empresas que realizarão os serviços. Essa etapa deve ser concluída neste primeiro semestre”, afirmou. As obras fazem parte do Plano de Investimentos da Superintendência Regional do Rio de Janeiro (SRRJ) da Infraero.

De acordo com estatísticas da Infraero, somente em janeiro deste ano, o aeroporto de Macaé registrou 4.807 voos com aeronaves domésticas e dois internacionais, entre pousos e decolagens; 29.600 passageiros, entre embarque e desembarque; e quase 23 toneladas de carga.

Fonte: Portal Panrotas - Foto: Arquivo/Secom

Infraero firma protocolo para implantar unidades judiciais em aeroportos

O presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Murilo Marques Barboza, assinou nesta sexta-feira (12), no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), protocolo de intenções para a instalação de unidades do Poder Judiciário nos aeroportos localizados em cidades-sede dos Jogos da Copa do Mundo de 2014.

As unidades na esfera da Justiça estadual e federal serão implantadas, principalmente, para solucionar casos relacionados ao direito do consumidor e à autorização de viagem para crianças e adolescentes.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o ministro do Esporte, Orlando Silva, a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Solange Paiva Vieira e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, estarão presentes à assinatura do documento.

Fonte: Agência Brasil via Correio Brasiliense

Presidente da Anac diz que aeroportos precisam de investimentos para atender a crescimento do setor aéreo

A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, disse ontem (12) que o Brasil precisa fazer investimentos na infraestrutura dos aeroportos para que possa suportar a expansão do setor aéreo. Segundo a diretora, o mercado deve registrar um crescimento de 10% em relação ao ano passado, quando já havia contabilizado um acréscimo de 17%.

“A gente está com boas expectativas, com altas taxas de crescimento. Ele cresceu 42% no mês passado [em relação ao mesmo período do ano anterior]. E a gente está com a expectativa de que esse ano seja igual ao ano anterior”, disse Solange Vieira, durante evento no Aeroporto Internacional do Galeão/Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

A presidente da Anac informou ainda que, até o final do ano, será feito um estudo nos principais aeroportos brasileiros para definir sua capacidade máxima. “A gente vai tentar agir preventivamente, sinalizando quais aeroportos estão próximos do limite”, afirmou.

Sobre os selos que as companhias aéreas terão que aderir para informar a distância entre os assentos da aeronave, Solange Vieira informou que o passageiro não terá qualquer custo adicional com a medida, que deverá começar a valer no prazo de um ano.

Fonte: Agência Brasil via Correio Braziliense

Viajantes elegem sala VIP do aeroporto de Lima a melhor do mundo

Salas de espera de aeroportos podem diminuir o cansaço de viagens, e a sala VIP da Sumaq no aeroporto internacional de Lima foi eleita a melhor do mundo em 2010 pelo programa independente de salas VIP em aeroportos Priority Pass.

A Priority Pass, maior programa de filiação do mundo que permite acesso a salas de espera de aeroportos a viajantes independentemente da classe de voo ou companhia aérea, entrevistou mais de 30 mil passageiros pelo mundo para escolher a sala de espera favorita entre uma lista de 600.

A sala VIP do Aeroporto Internacional Jorge Chávez no Peru ficou em primeiro lugar, recuperando sua posição de 2009, com viajantes elogiando os serviços executivos e salas de repouso com cobertores, travesseiros e chuveiros.

"Os prêmios refletem os padrões de serviço exemplares da sala VIP da Sumaq e de nosso outros premiados", disse Jonathan French, diretor de marca Priority Pass, em comunicado.

Por região, a Continental Presidents Club, no Terminal E do aeroporto de Houston, no Texas, foi eleita a melhor sala VIP da América do Norte, e o Panorama Loung, em Zurique, a melhor da Europa.

Na Ásia Pacífico, o KAL Lounge do Aeroporto Incheon, de Seoul, ficou em primeiro lugar, enquanto o Dilmun Lounge, no Barein, ficou no topo da lista para o Oriente Médio e África.

Fonte: Reuters via O Globo - Foto: elcomercio.pe

Nova busca das caixas-pretas do AF447 a partir de 25/3

A busca submarina das caixas-pretas do voo AF447, que caiu no mar em 1º de junho de 2009 com 228 pessoas quando fazia a viagem entre Rio de Janeiro e Paris, deve ser retomada no dia 25 de março, informa o site do jornal francês Le Figaro.

A terceira fase das buscas no mar estava prevista para meados de março, mas foi adiada por dificuldades administrativas e técnicas, assim como por condições climáticas desfavoráveis, anunciou na quinta-feira o Escritório de Investigações e Análises (BEA), organismo público francês responsável pela investigação da tragédia.

"Dificuldades administrativas e técnicas nos Estados Unidos, associadas a condições meteorológicas desfavoráveis, atrasam a chegada do (navio americano) 'Anne Candies' ao porto de Recife, de onde deve seguir para a zona de busca no Oceano Atlântico", informou o BEA.

Segundo o Le Figaro, o "Anne Candies" zarpou em 2 de março dos Estados Unidos e deve chegar a Recife no dia 23. Dois dias depois deve partir rumo à zona de buscas, sendo seguido em 27 de março pelo navio norueguês "Seabed Worker".

Procurado pela AFP, uma fonte do BEA afirmou que não poderia confirmar a informação.

A data definitiva será anunciada na segunda-feira, assim que estiverem disponíveis os dados meteorológicos completos do fim de semana, declarou a fonte.

Os dois navios tentarão encontrar os destroços do Airbus da Air France e os registros de voo (caixas-pretas), que podem permitir a compreensão dos motivos da tragédia, que matou 72 franceses e 58 brasileiros.

Em dezembro, o BEA reafirmou que o mau funcionamento das sondas Pitot (sensores de velocidade) era um dos fatores, mas não poderia ser a única causa do acidente. Apesar da afirmação, recomendou a mudança nas normas de certificação.

Meses antes, a construtora aeronáutica europeia Airbus, a Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) e a Agência Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) dos Estados Unidos determinaram às companhias aéreas a substituição das sondas Pitot fabricadas pelo grupo francês Thales dos Airbus A330 e A340 por dispositivos fabricados pela americana Goodrich.

Fonte: AFP

Um mercado em que o prejuízo é crônico

Para sobreviver, as empresas aéreas seguem cortando custos. Azar do passageiro

Quando a equipe de comissários de bordo anuncia pelo sistema de som a ordem para que os passageiros apertem os cintos, ela pode estar sugerindo algo mais que um mero procedimento de segurança. Salvo raríssimas exceções, as empresas aéreas, em qualquer lugar do mundo, têm pressionado os clientes para pagar cada vez mais por serviços cada vez mais espartanos. Poltronas apertadas, tarifas extras para despachar a bagagem ou carregá-la a bordo, refeições sem sabor nem substância são alguns dos procedimentos-padrão dos tempos atuais. Mas as companhias têm suas próprias justificativas para agir assim. O setor é tradicionalmente um dos mais deficitários da economia – e cortar custos é um imperativo para sobreviver. A turbulência é constante. De 1978 para cá, 183 companhias aéreas pediram falência nos Estados Unidos. No mundo, 27 deixaram de operar apenas em 2008, ano em que as empresas viram seu valor de mercado, negociado em Bolsas de Valores, cair pela metade. O prejuízo do setor foi de US$ 5 bilhões (leia o gráfico abaixo).

Há três motivos para a agrura financeira do setor: a redução do número de passageiros e da quantidade de carga transportada, o encolhimento do crédito e a oscilação do preço do petróleo. Com menos dinheiro no bolso, as pessoas – sobretudo na Europa, Ásia e América do Norte – estão cancelando as viagens, em especial as internacionais. Embora o número de passageiros tenha crescido 1,8% em 2008, os índices passaram a cair após o agravamento da crise, em outubro. Em dezembro, a redução de passageiros foi de 4,6%. Um outro termômetro do setor, o transporte de cargas encerrou o ano com queda de 4%. Em dezembro, a derrocada foi de 22,6%.

A alta no preço do petróleo provocou um rombo nas contas das empresas no primeiro semestre de 2008, quando o barril chegou a US$ 147. A queda para os US$ 40 atuais não foi capaz de amenizar os prejuí­zos, já que muitas companhias realizaram negócios no mercado futuro e terão de pagar preços elevados. É o que diz um relatório da International Air Transportation Association (Iata), entidade que reúne 230 companhias aéreas de todo o mundo. Steve Lott, porta-voz da Iata, afirma que o momento é o pior da história para o setor. “Quem não melhorar a eficiência vai ter um péssimo ano. Podemos ter muitas falências.”

O que fazer para melhorar a eficiência sem, obviamente, comprometer a segurança? As empresas low-cost (baixo custo, em inglês) parecem ter o plano de voo mais adequado: aumentar o número de voos de cada aeronave por dia, reduzir o tempo de permanência em solo, cobrar pelos lanchinhos e por bagagens extras. Uma iniciativa da companhia inglesa Ryanair está provocando polêmica. Qualquer bagagem extra de mão – até mesmo uma sacolinha do free shop – será taxada em 30 euros, ou aproximadamente R$ 80. Algumas empresas europeias estão cobrando mais pelos assentos no corredor. “É uma maneira de lucrar, já que esses lugares têm fácil acesso aos banheiros e permitem ao passageiro esticar as pernas”, diz Respício do Espírito Santo, professor de transportes aéreos da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Outra estratégia é apostar nas rotas domésticas, fora dos eixos principais. No Brasil, a tática está sendo adotada pela Azul. A companhia estreou no mercado no meio de dezembro e oferece tarifas menores que R$ 100 para trechos entre Campinas e outras cidades como Salvador, Curitiba e Vitória. “Queremos atrair com preços baixos os passageiros que tomavam ônibus”, afirma o fundador da Azul, David Neeleman.

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Fonte: Thiago Cid (Revista Época)

O que mudou depois do caos aéreo

Passageiros atarantados nos aeroportos, passagens caras, acidentes constantes. É possível dizer que a aviação brasileira está melhor?

EM OPERAÇÃO - Avião se aproxima de Congonhas, em São Paulo. A aviação brasileira saiu da UTI, mas não está saudável

Nos últimos dois anos, a aviação civil brasileira passou por mudanças bruscas de rota. Dois acidentes aéreos em um curto espaço de tempo colocaram o país no nada invejável topo do ranking mundial em número de vítimas. Com filas imensas nos aeroportos e atrasos acima de 50% nas decolagens, a recém-criada Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) perdeu credibilidade. Sua cúpula foi destituída em meio a denúncias de incompetência e corrupção. Também foram substituídos o ministro da Defesa e o presidente da Infraero, a estatal que cuida da manutenção dos principais aeroportos do país. Com tantas mudanças, era de esperar que parte do caos fosse resolvida. Na semana passada, a queda de um avião Bandeirante com 28 pessoas a bordo, num afluente do Rio Solimões, no Amazonas, evidenciou alguns dos graves problemas que a aviação brasileira ainda enfrenta. O que é necessário para acertar o rumo?

O Bandeirante, projetado para levar 19 passageiros e dois tripulantes, estava superlotado. Como sua decolagem pôde ser autorizada? Dois dias depois do acidente, a Anac anunciou que faria uma inspeção na Manaus Aerotáxi, empresa que havia fretado o avião. Segundo a Anac, durante a fiscalização anterior, feita em outubro, não foi encontrada nenhuma irregularidade nas seis aeronaves da empresa. Mas os relatos de sobreviventes – quatro pessoas deixaram o avião com vida – descrevem uma situação de aparente falha mecânica. Dos 24 mortos, 18 eram de uma mesma família. Sete crianças morreram.

Acidentes aéreos acontecem. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em 2008, 57 pessoas morreram em 24 acidentes aéreos no Brasil (houve outros 79 acidentes sem mortes). O número é bem menor que o dos dois anos anteriores. Em 2006, quando houve a colisão de um Boeing da Gol com um jato Legacy, o Cenipa registrou 215 vítimas. Em 2007, com a queda do Airbus da TAM, a maior tragédia da história da aviação brasileira, o total de mortes subiu para 270. Parece insignificante, se comparado às cerca de 36 mil mortes que o trânsito brasileiro provoca por ano ou aos 112 milhões de passageiros que, segundo a Infraero, embarcaram e desembarcaram nos aeroportos brasileiros no ano passado, em voos domésticos (99 milhões) e internacionais (13 milhões). Mas acidentes são o resultado de uma combinação de fatores, e prevenir que eles concorram para uma tragédia é obrigação dos órgãos públicos que controlam a aviação e das companhias que operam linhas aéreas.

Pelas evidências que se tem até agora, o acidente da semana passada permite suspeitar de que essas obrigações não foram inteiramente cumpridas. Na Amazônia, voar ainda envolve um grau de risco elevado.

O Bandeirante da Manaus Aerotáxi caiu a menos de 20 minutos do local onde deveria ter pousado. Sem mencionar nenhum problema técnico, o piloto César Grieger avisara à torre de controle que voltaria para Coari, seu ponto de partida. Chovia forte. Minutos depois do comunicado, Grieger tentou um pouso forçado na água, a 500 metros da cabeceira de uma pista de pouso abandonada. “A hélice parou, e, daí em diante, o avião só perdeu altitude até o impacto na água”, disse a passageira Ana Lúcia Laurea, de 43 anos, uma das quatro sobreviventes. Com o choque da queda, as poltronas do avião se deslocaram para a frente, prendendo os passageiros e dificultando a saída por uma porta de emergência na parte traseira. O avião afundou no Rio Manacapuru, a uma profundidade de 6 metros.

Das 18 pessoas da família que viajava para comemorar o aniversário do empresário amazonense Omar Melo Júnior, apenas duas sobreviveram: Erick da Costa, de 23 anos, e seu irmão Yan Liberal, de 9 anos. Yan escapou porque estava sentado no colo do irmão, que conseguiu levá-lo até a porta de emergência. Outra sobrevivente, Brenda Moraes, de 21 anos, contou que os passageiros não foram avisados sobre o problema, mas que era possível perceber a agitação do piloto. Na queda, Brenda perdeu os sentidos. “Quando acordei, a água já estava na minha cintura. E foi só o tempo de tirar o cinto. Eu não conseguia enxergar nada, mas fui guiada para abrir a porta.” Ela agarrou-se a um pedaço do avião que boiava. Cinco minutos depois, pescadores da região chegaram ao local para ajudar no resgate dos sobreviventes.

IMPACTO - Os destroços do Bandeirante que caiu no Rio Manacapuru, no Amazonas, e a multidão de 40 mil pessoas no velório das vítimas. Dezesseis pessoas da mesma família morreram no maior acidente aéreo desde 2007

O primeiro laudo sobre as causas do acidente com o Bandeirante deve ficar pronto em dez dias. Mas as conclusões definitivas poderão demorar até um ano. Como o Bandeirante não tem caixa-preta, o Cenipa vai analisar componentes da aeronave e o registro de voz dos pilotos.

A Aeronáutica trabalha com uma hipótese: o avião teria sofrido uma pane numa das turbinas e, devido ao excesso de peso, perdeu sustentação e caiu, afundando rapidamente. “Os ocupantes tiveram vários traumas leves com a queda, mas a principal causa das mortes foi afogamento”, diz José Onete, diretor do Instituto Médico Legal de Manaus. “Eles não tiveram tempo de sair do avião.” A Aeronáutica também investiga se o avião voava com querosene adulterado.

O empresário Omar Melo acusa a Manaus Aerotáxi de ter vendido cinco passagens extras para o voo que levaria sua família a Manaus. Ele pretende processar a empresa. A sobrevivente Ana Lúcia Laurea disse que não voou de carona – sua passagem teria sido comprada pela Prefeitura de Coari. “É comum companhias de táxi aéreo funcionarem como companhias regulares para vender passagens extras”, disse Camilo Barros, presidente da Associação da Região Norte de Parentes e Vítimas de Acidentes Aéreos.

A Manaus Aerotáxi admite que havia mais passageiros a bordo do que o limite estipulado pelo fabricante. Mas se defende, afirmando que o peso das crianças de colo não seria suficiente para exceder os 5,7 toneladas que o Bandeirante pode transportar. Havia, no entanto, crianças grandes viajando no colo de adultos, como o sobrevivente Yan, de 9 anos. “A Manaus Aerotáxi cobra um valor fechado pelo fretamento e não ganharia nada infringindo a segurança para colocar mais passageiros dentro do avião”, diz Paulo Roberto Pereira, porta-voz da empresa. A Anac permite um acréscimo de 30% de passageiros, desde que sejam crianças com no máximo 2 anos de idade. O sobrepeso pode não ter derrubado o avião, mas pode ter dificultado o pouso forçado após a pane em um dos motores.

O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Amazonas, Jorge Negreiros, afirma que se reuniu em outubro com o piloto César Grieger e outros quatro comandantes para ouvir reclamações sobre as condições de manutenção da Manaus Aerotáxi. “Os pilotos acabam aceitando as regras do jogo e colocando mais pessoas no avião para não desagradar à empresa e não perder o emprego”, diz Negreiros. O Sindicato dos Aeroviários do Amazonas registra uma média mensal de dez denúncias contra as companhias aéreas. Metade delas se refere a questões de segurança. Falta de fiscalização, pouca manutenção, excesso de carga e canibalização de peças estão entre os principais problemas.

Três dias depois do acidente com o avião da Manaus Aerotáxi, o diretor do Departamento Aeroportuário de Coari, Eufrázio Azevedo Filho, admitiu em uma entrevista que o aeroporto da cidade, administrado pela Prefeitura, não exercia nenhuma fiscalização sobre as aeronaves locais. O próprio aeroporto de Coari havia sido interditado por autoridades da Aeronáutica em 2006. “Aqui não adianta o piloto ou o empresário fazer tudo direito, porque você pode ter uma surpresa ruim quando pousar num aeroporto em condição precária”, disse a ÉPOCA um piloto de Manaus que pediu anonimato. Esse piloto perdeu a primeira mulher em um acidente aéreo.

“O principal objetivo da Agência Nacional de Aviação Civil é melhorar a segurança”, diz Marcelo Guaranys, diretor da Superintendência de Serviços Técnicos e Relacionamento com o Usuário da Anac. A segurança é a questão central da aviação e implica em investimento direto do Estado, que fiscaliza pilotos, aeronaves e companhias, além de controlar o tráfego aéreo. Por isso, é assustador o resultado preliminar do programa de fiscalização Decolagem Certa, criado pela Anac em abril de 2008. Até janeiro deste ano, a Anac registrou 1.559 situações em que o piloto estava com habilitação irregular. A média é de cinco ocorrências por dia. O programa constatou que em 2.455 ocasiões as aeronaves fiscalizadas estavam com a Inspeção Anual de Manutenção vencida. Mesmo assim, apenas 256 autos de infração foram lavrados. Ainda que todos esses casos sejam restritos ao que se chama “aviação geral” (que inclui aviões executivos e os usados na agricultura), é alarmante. Afinal, os pilotos dessas aeronaves cruzam o mesmo espaço aéreo por onde circulam aviões de carreira, com centenas de passageiros a bordo. O acidente com o Boeing da Gol, em que 154 pessoas morreram, foi causado pela colisão, em plena rota, com um jato executivo que voava em sentido contrário, na mesma altitude. “Todas as aeronaves e pilotos precisam ser fiscalizados”, diz Guaranys. Mas, como é impossível verificar pessoalmente cada aeronave antes da decolagem, isso é feito de forma estatística, a partir da análise de dados fornecidos pelos aeroportos.

Além da segurança, a aviação brasileira enfrenta a baixa qualidade dos serviços prestados aos passageiros. Não é uma exclusividade do Brasil. Atrasos e cancelamentos de voos decorrem da explosão da demanda pelo transporte aéreo no mundo inteiro. No Brasil, porém, o desrespeito para com o passageiro ganhou nome e sobrenome: “caos aéreo”.

Sua aparição se deu logo após o acidente com o avião da Gol, em 2006. Começou com um movimento dos controladores de voo, revoltados com as condições de trabalho a que eram submetidos, e agravou-se por conta do overbooking (a venda de passagens em número superior à capacidade dos aviões, na previsão de que parte dos passageiros não comparecerá ao embarque) praticado pela TAM na véspera do Natal – justamente quando os atrasos e cancelamentos bateram recordes. O caos voltou a atacar no fim do ano passado, daquela vez tendo como vilã a Gol. No dia 20 de dezembro de 2008, a empresa chegou a registrar 60% de atraso em seus voos – o triplo do considerado aceitável pela Anac. Em nota, a Gol atribuiu os atrasos a problemas com o “sistema” da companhia nos dias 20 e 21 de dezembro. O mau tempo também teria prejudicado a pontualidade nos dias seguintes, segundo o comunicado da empresa. A Anac obrigou a Gol, então, a reforçar o atendimento aos passageiros nos horários de pico nos principais aeroportos do país. Mas o resultado não aliviou o transtorno para quem estava em terra. A porcentagem de voos atrasados nos aeroportos brasileiros em dezembro voltou a um patamar próximo do recorde anterior: 40%, contra 51% um ano antes. Em Brasília, a taxa foi ainda mais alta que em 2007, com 67% das partidas tendo saído com mais de 30 minutos de atraso. Apesar do esforço da Anac para reduzir os índices, a novela dos aeroportos teimava em manter os passageiros no chão.

A PROMESSA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, prometeu até mais espaço entre as poltronas. Ele agora espera a Casa Civil agir

Foi numa tentativa de evitar a permanência do caos aéreo que o presidente Lula nomeou Nelson Jobim para o Ministério da Defesa. Ele assumiu a pasta em meio a uma crise institucional do setor. Seu primeiro diagnóstico listou problemas que iam da falta de credibilidade da Anac à baixa concorrência entre as empresas, cujas tarifas eram mantidas altas por acordos e falta de competição. Como a gravidade da situação exigia atitudes enérgicas, Jobim foi enfático já no discurso de posse, em agosto de 2007: “Aja ou saia, faça ou vá embora”, afirmou.

Na CPI do Apagão Aéreo no Senado, o ministro afirmou que, para atender às determinações de segurança nos voos, as empresas aéreas seriam obrigadas a levar menos passageiros, reduzindo o número de poltronas e aumentando o espaço entre elas. “Já determinei à Anac a recomposição desse ‘espaço vital’, de forma que se respeite o usuário, e não o interesse exclusivo da empresa.” Num esforço ainda maior para mostrar que estava do lado dos passageiros, ele anunciou que a Anac aplicaria multas pesadas para punir atrasos.

Hoje, o discurso é bem mais ameno. A assessoria do ministro afirma que uma primeira proposta de projeto de lei que proteja os passageiros dos abusos das empresas no quesito pontualidade está em análise pela Casa Civil, em conjunto com os órgãos de defesa do consumidor.

De acordo com o ex-presidente da Infraero Sérgio Gaudenzi, a situação da aviação brasileira é bem melhor que em 2006. “Não se veem mais passageiros pulando balcões para botar o dedo na cara dos atendentes das empresas aéreas”, diz Gaudenzi. “E os atrasos, apesar de existirem, estão em níveis muito mais civilizados.” O passo que ainda falta dar, segundo Gaudenzi, é criar mecanismos que permitam punir as empresas que desrespeitam o consumidor. “É preciso dar um tranco. É preciso ser mais enérgico. As empresas não podem fazer os passageiros esperar muito”, diz.

Um obstáculo à melhoria da qualidade do serviço prestado é o duopólio TAM-Gol. As duas grandes empresas que dominam o setor se acomodaram por não ter de se esforçar para atrair passageiros. Um exemplo: o passageiro que compra pela TAM um voo São Paulo-Miami-São Paulo paga US$ 1.118. Se esse mesmo passageiro comprar pela TAM um voo Miami-São Paulo-Miami, ele paga US$ 750. A diferença é de 49% para um voo com a mesma companhia, os mesmos serviços e a mesma distância.

Para mudar essa situação e permitir que o passageiro pague um preço justo pelo serviço oferecido, a Anac tem duas estratégias. A primeira é incentivar a competição, liberando o preço das passagens, tanto as internacionais quanto as domésticas. Hoje, no Brasil, as empresas têm garantido um preço mínimo.

Nem as companhias nacionais nem as estrangeiras podem oferecer passagens com grandes descontos. A medida visa coibir o dumping, a prática predatória de reduzir os preços para forçar os concorrentes a fechar as portas. As empresas aéreas estrangeiras estão ansiosas pela liberação, pois poderiam tomar parte do mercado da TAM, que voa para os Estados Unidos e a Europa. Na primeira tentativa de regulamentar a livre competição, a Anac perdeu a batalha na Justiça. Mas pretende voltar à carga e aprovar a medida dentro de dois meses. A liberação das tarifas pode provocar uma redução nos preços no curto prazo, mas analistas entendem que essa redução seria temporária, até que as empresas estrangeiras dominassem o mercado e reajustassem o valor das passagens.

A outra estratégia da Anac é fomentar a competição internamente, criando condições para que empresas hoje consideradas pequenas, como a OceanAir e a novata Azul, possam crescer. “A Azul se apresenta como uma empresa com grande potencial de crescimento no curto prazo”, diz Marcelo Guaranys, da Anac.

Enquanto o combate ao duopólio TAM-Gol está só começando, uma outra batalha ganha corpo nos bastidores da aviação: a possibilidade de abrir o capital da Infraero, a estatal que controla os aeroportos principais do país. Nos próximos dias, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará uma licitação para contratar a empresa de consultoria que será responsável pelo plano de reestruturação da Infraero. As primeiras avaliações da área técnica do BNDES concluíram que será necessário arrumar a casa antes de oferecer ações da estatal no mercado. Há ainda o temor de que a crise financeira espante os potenciais interessados em investir na empresa. Seja qual for o destino da Infraero, o Conselho Nacional de Desestatização já deu sinal verde para o processo de privatização de aeroportos.

Tornar a Infraero uma empresa privada traria, na visão dos defensores da ideia, recursos para modernizar e ampliar os aeroportos brasileiros. Esse pode ser um passo decisivo para acertar a rota da aviação civil brasileira. Enquanto isso não ocorre, algumas medidas simples, como as do quadro abaixo, poderiam ser adotadas para evitar acidentes como o da semana passada na Amazônia.

Fonte: Celso Masson e Andres Vera (com Murilo Ramos - Revista Época) - Fotos (na sequência): Caio Guatelli / Michell Mello / Eledilson Polares / Lula Marques

Justiça Militar inicia processo contra controladores de voo em Brasília

Militares denunciados por terem paralisado os serviços de controle do tráfego aéreo em março de 2007 começam a ser interrogados

A Justiça Militar iniciou nesta semana o processo contra 51 controladores de tráfego aéreo que, há três anos, participaram de uma paralisação levando ao caos aeroportos em todo o país. Insatisfeitos com as condições de trabalho, controladores de tráfego aéreo se recusaram a monitorar os aviões que cruzavam os céus do Brasil. No dia 30 de março de 2007, milhares de usuários de transporte aéreo se acotovelavam nos aeroportos sem poder embarcar nos voos. A suspensão de decolagens causou prejuízos incalculáveis a passageiros, companhias aéreas e à imagem do governo, que não soube administrar uma crise deflagrada por militares da Aeronáutica.

Denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM) por prática de motim e por deixar de prestar o serviço de controle aéreo, prerrogativa exclusiva do governo federal, os militares começaram a ser interrogados e a se defender. O objetivo final dos controladores envolvidos é tentar se livrar da expulsão da Aeronáutica e de penas de prisão que podem variar entre dois e oito anos. O início do processo é uma boa oportunidade para a população saber o que de fato ocorreu nos meses que antecederam a crise e o governo tomar providências para que o “apagão aéreo” não volte a atrapalhar a vida dos cidadãos. O crescente tráfego aéreo e a realização de eventos esportivos de porte mundial, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, reforçam a preocupação.

Indícios da crise que seria observada no primeiro semestre de 2007 foram notados logo após o acidente do Boeing da Gol com o Legacy em setembro de 2006, no qual 154 pessoas morreram. Sob a suspeita de terem responsabilidade na colisão aérea, controladores passaram a se queixar de uma jornada de trabalho supostamente extenuante e do sucateamento de equipamentos utilizados no monitoramento das aeronaves. Como forma de protesto, nos feriados de 12 de outubro e 2 de novembro, controladores aéreos aumentaram o espaçamento entre os voos e provocaram atrasos e filas nos aeroportos. Em março, pouco antes da paralisação, uma carta apócrifa com reivindicações dos controladores circulou entre os centros de controles do espaço aéreo. Foi o estopim para as paralisações.

De acordo com a promotora do MPM que cuida do caso, Ione Cruz, o movimento não teve por finalidade melhorar as condições do tráfego aéreo, mas sim obter dividendos somente para os controladores. “Foi um motim. Eles infringiram o Código Penal. Quebraram a hierarquia de forma vil”, afirma. “São responsáveis pela maior crise da aviação civil”, diz. Segundo Roberto Sobral, advogado de 30 dos acusados, sua estratégia será trancar a ação em curso com base na premissa de que a Aeronáutica sabia que haveria uma movimentação atípica. “O Comando poderia ter interferido e evitado toda aquele movimento. O que aconteceu foi a infiltração de agentes de confiança da Aeronáutica para causar tumultos e, depois, responsabilizar esses controladores que agora foram indiciados”, diz. Quanto à paralisação, Sobral afirma que o melhor mesmo foi suspender as decolagens porque o grande contingente de pessoas atrapalharia no controle de tráfego aéreo, que exige concentração.

Em um aspecto, tanto a defesa como a acusação concordam: o processo deverá ser moroso. Isso porque cada um dos 51 indiciados deverá contar com o direito de arrolar cinco testemunhas, o que daria mais de 250 pessoas a ser ouvidas por quem conduz o processo. Independentemente do resultado, as partes ainda podem recorrer ao Superior Tribunal Militar (STM) e, em última instância, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A promotora Ione Cruz ainda tenta incluir no processo 38 controladores de tráfego que haviam sido denunciados, mas excluídos pela Justiça Militar por considerar que não havia elementos suficientes contra eles. Em Manaus e em Curitiba também correm processos relativos a controladores que teriam aderido aos comandos supostamente originados em Brasília.

A crise em 2007 provocou discussões quanto ao modelo brasileiro de tráfego aéreo. No período, chegou-se a cogitar a possibilidade de desmilitarizar o serviço. A Casa Civil entrou na discussão. A secretária-executiva, Erenice Guerra, pediu sugestões de controladores aéreos, agora indiciados, para alterar o sistema. Mas depois do apagão aéreo, Erenice não voltou a tratar do assunto com os controladores. Em alguns países europeus e nos Estados Unidos, existem dois sistemas de controle: um dedicado à aviação civil e outro para a defesa aérea. O Comando da Aeronáutica defende o sistema atual. Afirma que países como França e Itália estão aderindo ao modelo integrado, adotado pelo Brasil. A Aeronáutica afirma ainda que o sistema de controle aéreo brasileiro é seguro. “A Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) nos colocou em segundo lugar no mundo com 95% de conformidade em procedimentos operacionais e de segurança, atrás do Canadá com uma diferença de apenas 1%”, diz.

A expectativa é que a crise do “apagão aéreo” e o processo envolvendo os 51 controladores sirva para eliminar gargalos daqui para a frente. A Aeronáutica afirma ter aprendido com o caos. Adota procedimentos de recrutamento, treinamento e aperfeiçoamento de forma mais adequada, além de investir apropriadamente no espaço aéreo brasileiro. Que assim seja e permaneça.

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Fonte: Murilo Ramos (Revista Época) - Foto: Divulgação