quarta-feira, 3 de março de 2010

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Aeronaves raras e exóticas! Dois Ilyushin Il-18V anteriormente pertencentes ao "Leninets Scientific Research Institute" e equipados para teste de radar no Aeroporto Internacional Djibouti-Ambouli (JIB/HDAM), em Djibouti, em setembro de 1993. Eles ainda têm a parte externa da antena. A Daallo Airlines os utilizam neste momento como aviões de passageiros. Em primeiro plano a aeronave prefixo RA75804. A segunda é a RA75713.

Foto: T. Laurent (Airliners.net)

Avião faz pouso forçado em zona rural de MT e piloto fica ferido

Um avião caiu no Sítio Boa Esperança, de propriedade de Gilmar Cequetti de Oliveira, na estrada do PA Jatobazinho, há cerca de 20km da cidade de Água Boa, no Vale do Araguaia. De acordo com a Planeta Aviação, com sede em Jataí (GO), a empresa disse que o avião Embraer EMB-201A Ipanema, prefixo PT-GGB, pertence ao piloto Junior Marcelo dos Santos, que trabalhava nas regiões de Água Boa e Canarana.

O piloto do avião fez o pouso forçado em uma área de pastagem após um matagal e teve prejuízos de grande monta. A família Oliveira, proprietária da terra, disse que o avião deverá ser rebocado ainda hoje do local.

A queda do avião agrícola no Pa Jatobazinho preocupou pilotos de avião agrícola na cidade de Canarana. Segundo o repórter Rafael Govari do Jornal "O Pioneiro", de Canarana, Junior Marcelo dos Santos é conhecido no meio da aviação agrícola na região. Havia preocupação com o sumiço do piloto, uma vez que ninguém sabia do seu paradeiro até agora pela manhã.

O avião PT GGB teria decolado do aeroporto de Canarana na terça-feira a tarde. Ninguém sabia informar o trajeto do avião. Apesar do acidente, o piloto passa bem de saúde, tendo apenas um corte superficial no rosto.

Fonte: Inácio Roberto (Jornal Interativo) via 24 Horas News

Avaria em avião da SATA reteve 250 turistas portugueses na Rep. Dominicana

Os mais de 200 turistas portugueses que estiveram retidos cerca de 40 horas na República Dominicana devido a uma avaria num avião da SATA, já estão a caminho de Portugal.

«Na madrugada de segunda-feira quando o avião se preparava para levantar voo em direcção a Lisboa foi detectada uma divergência nos sistemas de leitura a bordo», explicou à TSF o Relações Públicas da SATA, José Gamboa.

Uma avaria que obrigou à chamada de um mecânico de Lisboa até Punta Cana e que motivou o atraso na viagem de regresso.

O responsável da companhia aérea garantiu, no entanto, que a situação já está resolvida e que os turistas portugueses deveriam aterrissar no aeroporto da Portela, em Lisboa, nesta quarta-feira, às 15:00 (hora local).

Fonte: A Bola (Portugal)

'King Kong' marciano dá 'rolê' pelo planeta vermelho

Imagem captada por veículo deixa cientistas com pulga atrás da orelha

Os cientistas da Nasa têm um veículo-robô para analisar a superfície de Marte. Nesta segunda (1º), em vez de acharem novas pistas de água no planeta vermelho, os astrônomos encontraram o semblante de uma estranha criatura caminhando sobre os rochedos: um gorila gigante, fazendo pose de conquistador do lugar.

A foto do King Kong marciano deixou o povo intrigado. O pesquisador britânico Nigel Cooper, 43 anos, que estuda imagens tiradas pela Nasa e postadas na web, afirmou, convicto:

- Trata-se de um bicho estranho, sem dúvida. Estou convencido de que há vida em Marte, afirmou Cooper ao jornal The Sun.

Não é a primeira vez que surge um ser assombroso entre as imagens captadas pela Nasa. Nunca na história desse planeta apareceu um King Kong, macaqueando com desenvoltura.

A Nasa desmentiu o episódio. Teorias da conspiração já circulam pela internet. Uma delas especula que Marte é o verdadeiro Planeta dos Macacos. A doutora Zira não quis comentar o caso.

Fonte: R7 - Imagem: The Sun

Plataforma de observação da estação espacial entra em operação

Ao primeiro olhar, pode parecer que a Agência Espacial Americana(Nasa) está tentando construir uma espaçonave igual ao Millenium Falcon, mas a nova "cabine de pilotagem" na verdade funciona como uma varanda da frente para os astronautas que estão a bordo da Estação Espacial Internacional.

A parte frontal tem uma cúpula que integra um novo módulo montado na estação espacial durante a atual missão do ônibus espacial Endeavour. As sete janelas da cúpula foram abertas integralmente pela primeira vez na manhã da última quarta-feira, oferecendo aos astronautas vistas deslumbrantes do deserto do Saara (ou será que são do planeta Tatooine?)

Essa nova plataforma de observação oferecerá aos passageiros da estação espacial vistas panorâmicas da Terra, bem como de astronautas que estejam realizando caminhadas espaciais em torno da estação, espaçonaves em rota de aproximação ou corpos celestes.

A cúpula também servirá como estação robotizada de controle para a estação espacial. Os tripulantes nela posicionados serão capazes de operar braços robotizados a fim de conduzir atividades do lado de fora da estação em modo remoto, ou auxiliar os astronautas envolvidos em caminhadas pelo espaço.

Tranquilidade na estação espacial

A nova cúpula de observação da estação espacial é parte de um módulo mais amplo chamado Tranquility. O módulo Tranquility, de US$ 380 milhões, oferece mais espaço à tripulação da estação espacial e abrigará muitos sistemas de controle ambiental e de serviços essenciais da estação.

O Tranquility também servirá de base para o sistema Colbert, ou "correia externa de resistência e transporte combinado de carga", cujo nome é tanto um acrônimo quanto uma homenagem ao apresentador de TV Stephen Colbert. Ainda que o astro de televisão tenha vencido no voto popular o concurso que valeu ao sistema o seu nome, a Nasa mesmo preferiu batizar o módulo de Tranquility, em referência ao Mar da Tranquilidade, o local do primeiro pouso lunar humano, na missão Apollo 11.

Com o Tranquility firmemente fixado à estação espacial, a Nasa reporta que o observatório orbital está agora 90% completo.

Abrindo as persianas da estação espacial

Nicholas Patrick e Robert Behnken foram os astronautas da Nasa que removeram as 'persianas' das sete janelas da cúpula. Durante uma missão externa de cerca de dois horas de caminhada espacial, os dois removeram mantos isolantes e rebites de fixação, que protegeram "a maior janela do espaço" durante o lançamento do Endeavour, em 8 de janeiro.

Kathryn Hire, uma das especialistas a bordo do ônibus espacial, congratulou os dois astronautas "por terem aberto a cortina de uma nova janela para o mundo", de acordo com a rede de notícias CNN.

A Argélia vista da cúpula

Uma das primeiras imagens observadas por meio da cúpula recentemente instalada da estação especial foram as águas azuis do Mar Mediterrâneo ao largo da costa da Argélia.

Também na quarta-feira, o presidente Barack Obama falou por rádio com a tripulação da estação espacial e com os astronautas visitantes do ônibus espacial, para lhes dizer que seu "compromisso para com a Nasa não vacilará", e, acompanhado por um grupo de crianças de escolas locais, lhes fazer perguntas sobre o voo espacial.

"O trabalho maravilhoso que está sendo realizado na Estação Espacial Internacional é testemunho da engenhosidade humana e testemunho da extraordinária coragem e competência que vocês oferecem", disse Obama em sua conversa com os tripulantes, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

Em troca, os astronautas confirmaram, a pedido do presidente, que era mesmo possível ver a Muralha da China do espaço; e disseram que o mesmo valia para a ponte Golden Gate e o Grand Canyon.

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Fonte: The New York Times via Terra - Foto: Nasa/Divulgação

Nasa lançará satélite para observar clima da Terra

Os Estados Unidos lançarão nesta quinta-feira o último de sua série de satélites meteorológicos de alta tecnologia, que observará o desenvolvimento de tempestades e as condições climáticas na Terra a partir do espaço.

A janela de lançamento para o Geostationary Operational Environmental Satellite-P (GOES-P) será aberta às 27H17 GMT de quinta-feira e se fechará uma hora depois, indicou a agência espacial americana em um comunicado.

Um foguete Delta IV levará o satélite até sua órbita, a cerca de 35.406 km da superfície terrestre.

A partir do espaço, o GOES-P coletará e enviará à Terra dados que serão utilizados por cientistas para controlar o clima, realizar previsões e emitir advertências sobre incidentes meteorológicos.

O primeiro satélite GOES foi lançado em 1975. GOES-P é o último em uma recente geração de satélites meteorológicos americanos.

Fonte: AFP - Foto: Jack Pfaller/NASA

Aeronáutica divulga edital com 493 vagas de sargento

A Aeronáutica já publicou o edital do próximo exame de admissão aos Estágios de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS), que visa preencher 493 vagas para as turmas 1 e 2 de 2011.

As oportunidades estão distribuídas entre as seguintes especialidades: eletrônica, administração, enfermagem, eletricidade, sistemas de informação, laboratório, música (flauta, clarineta, saxofone, trompa, teclado e bateria), pavimentação, radiologia e topografia.

As remunerações podem variar de R$ 2.061 a R$ 2.910.

Para participar, os candidatos devem ser solteiros, ter idade máxima de 24 anos, ensino médio completo e curso técnico na área desejada - exceto para música, que pede registro emitido pela Ordem dos Músicos do Brasil.

O período de inscrições ficará aberto entre 10h do dia 24 de março e 15h do dia 20 de abril. Os interessados poderão garantir participação nos sites do Comando da Aeronáutica (www.fab.mil.br) ou da EEAR (www.eear.aer.mil.br). A taxa é de R$ 50.

O processo seletivo será composto por exames de escolaridade e de conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação de condicionamento físico e prova prática de especialidade.

As provas escritas serão aplicadas no dia 12 de junho, nas cidades de Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Pirassununga (SP), São José dos Campos (SP), Canoas (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO).

EAGS

O estágio, ministrado pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), tem duração de 24 semanas e é realizado em Guaratinguetá (SP), em regime de internato, abrangendo instruções no campo militar técnico-especializado.

O aluno do EAGS fará jus à remuneração fixada em lei, além de alimentação, alojamento, fardamento, assistência médico-hospitalar e dentária.

O militar que concluir o estágio com aproveitamento será promovido à graduação de terceiro-sargento.

Fonte: Jornal dos Concursos

Controladores do aeroporto JFK deixaram menino orientar aviões

Os controladores aéreos do aeroporto John F. Kennedy, de Nova York, deixaram uma criança monitorar, pelo rádio, a decolagem de vários aviões, até serem suspensos pela autoridade aeronáutica americana.

"Esta conduta não é aceitável e não demonstra o tipo de profissionalismo que esperamos de todos os empregados da Associação Federal da Aviação", indicou nesta quarta-feira à AFP seu porta-voz, Jim Peters.



O diálogo entre a torre de controle e o avião do voo 171 da companhia aérea Jet Blue foi captado em uma tarde de fevereiro pelo canal de televisão Fox de Boston, que o divulgou e desencadeou a polêmica.

"Jet Blue 171, tem autorização para decolar", diz a voz infantil falando com os pilotos do avião, que esperavam autorização para partir do aeroporto JFK com destino a Sacramento (Califórnia).

"Estamos saindo Jet Blue 171, um bom trabalho", responde o piloto, rindo, ao jovem controlador aéreo.

Em outra conversa, ouve-se o menino dar autorização ao voo 195 da mesma companhia, com destino a Las Vegas (Nevada), e depois a um voo internacional, falando com um piloto da Aeroméxico.

"MX 403, contato de saída, adeus!", diz o menino. "Contato de saída Aeroméxico 403. Adeus!", responde o piloto da aeronave mexicana, antes de decolar com destino à Cidade do México.

Da torre de controle, ouve-se a voz do adulto que parece acompanhar o menino comentar com um dos pilotos: "isto é o que acontece quando as crianças não vão à escola".

A FAA informou que abriu uma investigação para apurar o caso.

Fontes: AFP / Globo News

MAIS

Ouça a conversa entre a Torre e os aviões:

Passageiros afetados por tremor no Chile embarcam aos poucos, mas prazo é incógnita

As companhias aéreas Gol, TAM e LAN Chile – operadoras de voos entre o Brasil e o país abalado pelo terremoto que matou mais de 800 pessoas – afirmaram nesta quarta-feira (3) que estão retomando “com restrições” os trabalhos no danificado aeroporto de Santiago, mas evitaram dar prazo para normalizar a situação.

O motivo da incerteza são os prejuízos causados pelo sismo no aeroporto Arturo Merino Benítez, na capital chilena, a sede da LAN – principal companhia aérea do país. Apenas voos permitidos por autoridades podem pousar ou decolar no local e ainda não há previsão sobre quando as viagens regulares serão retomadas sem necessidade de permissões especiais.

Nesta quarta-feira, seis voos da LAN transitaram entre Brasil e Chile – três em cada sentido. Nesses, a ocupação foi total nas viagens saídas de Rio de Janeiro e São Paulo, enquanto nas decolagens em Santiago a lotação foi de 47%.

“O maior número de passageiros está nos voos que partem do Rio e de São Paulo para Santiago. Da capital chilena para o Brasil, a oferta está se apresentando maior do que a procura, ou seja, o número de assentos é superior ao número de passageiros, contrariando informações a respeito das dificuldades encontradas por brasileiros para deixar aquele país”, divulgou a empresa no início da noite.

Para quinta-feira, a LAN espera manter os seis voos, mas não há garantia completa de que essas viagens serão feitas por conta das dificuldades na capital chilena. A torre de controle do aeroporto em Santiago foi danificada, e metade de um dos terminais está destruída por conta do abalo.

“As instalações do aeroporto estão seriamente danificadas e erguemos instalações provisórias, o que, junto de outras restrições operacionais que o aeroporto tem hoje, nos permite operar 20% dos voos que normalmente chegam e saem desse terminal aéreo”, afirmou a companhia aérea chilena.

A empresa, que teve como um dos donos o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, não venderá novas passagens para o período até 7 de março, quando espera que os prejudicados pelo terremoto de 27 de fevereiro já tenham sido embarcados. A LAN, apesar de não contar com lista de espera de passageiros, deixou a porta aberta para estender a proibição sobre a comercialização de bilhetes.

Os telefones da empresa para informações são 0300 788 0045 e 0800 761 0056 (Brasil) e 56 2 565-6498 (Chile).

Brasileiras

A Gol informou que um voo partiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 18h10 de hoje, levando 184 passageiros para a capital do Chile, Santiago. O avião faria escalas no aeroporto de Guarulhos às 20h00, em Buenos Aires às 22h30 e seguiria à capital chilena, onde deve aterrissar por volta da 01h45.

Na quinta-feira, a empresa trará passageiros de Santiago, decolando às 05h00, com escala em Buenos Aires às 06h50, e em seguida partindo para os aeroportos internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Gol não tem informações sobre pessoas que ainda não garantiram embarque para o trecho no Brasil e no Chile e diz não haver uma lista de espera nem previsão de normalização. “A companhia está mobilizada em todas as frentes para atender da melhor forma possível seus clientes. Assim que tiver dados confirmados, informará o público sobre outros voos especiais”, divulgou a empresa em nota.

A empresa forneceu o telefone xx56 2 571 4893 no Chile para que os interessados em retornar ao Brasil alertem sobre sua situação no país. A Gol disse também que não fez contato com todos os clientes porque muitos estão em trânsito. A companhia, assim como TAM e LAN Chile, está isentando os passageiros das taxas de remarcação.

A TAM informou que houve três voos nesta quarta-feira: um com 223 passageiros decolou de Guarulhos e pousou em Santiago às 4h36; outro decolou de Santiago e pousou à tarde em Guarulhos; e o terceiro, com 174 passageiros, sairá do aeroporto internacional de Cumbica no fim da noite e chegará à capital chilena na madrugada.

Também sem previsão de normalização das operações, a TAM informou que está arcando com custos de hospedagem e alimentação apenas dos clientes que estão em trânsito com bilhetes da empresa que não tenham saída marcada para São Paulo ou Rio de Janeiro nem para Santiago.

Passageiros de voos internacionais ou nacionais que façam suas viagens a outros locais por outras empresas e sejam clientes apenas no trecho São Paulo-Santiago não estão cobertos pela medida.

“Assim que for permitido, a TAM também vai realizar voos extras de e para Santiago, com aeronaves de grande porte como B777, A330 e B767, a fim de atender todos os passageiros no menor prazo possível”, informou a companhia aérea brasileira, que cancelou voos nos trajetos: Santiago/Guarulhos/Galeão, Guarulhos/Santiago, Santiago/Guarulhos e Galeão/Guarulhos/Santiago.

Para mais informações, os clientes da empresa no Brasil devem ligar para 4002 5700 (capitais) ou 0800 570 5700 (demais localidades). Para atendimento no Chile, o telefone é +56 2 6767 900.

Veja fotos da destruição no Chile.

Fonte: UOL Notícias

Embraer é a empresa que mais perdeu valor no Brasil

por Cristiane Correa

Dias atrás escrevi aqui sobre as empresas americanas que mais perderam valor de mercado, segundo um levantamento da revista Fortune. Pois fiquei curiosa para saber a quem caberia o título no Brasil. Pedi então à Economática que fizesse uma análise de quais as empresas brasileiras que mais perderam valor de mercado nos últimos cinco anos. Sabe quem está no topo da lista? A Embraer, que entre fevereiro de 2005 e fevereiro de 2010 perdeu praticamente metade de seu valor — despencou de 13,1 bilhões de reais para 6,9 bilhões de reais.

Por que essa queda tão abrupta? O executivo Frederico Curado, que preside a Embraer desde 2007, definitivamente não tem tido sorte. A crise mundial que eclodiu em 2008 derrubou as encomendas das aeronaves. Paralelamente, o real se valorizou em relação ao dólar — um problemão para companhias com um perfil tão exportador quanto o da Embraer. Num cenário tão adverso, as iniciativas dos executivos da Embraer servem mais para estancar a sangria do que propriamente para levar a companhia de volta ao topo. No início do ano passado, Curado fez um inevitável ajuste da estrutura de custos da empresa, provocando a demissão de milhares de funcionários (leia aqui matéria publicada por EXAME à época). Além disso, a empresa vem investindo em novos produtos, como os jatos Phenom, para tentar atrair novos compradores. Para analistas, porém, enquanto o mercado mundial estiver desaquecido e o câmbio pender em favor do real, a Embraer continuará enfrentando problemas. “É difícil imaginar quando as ações da empresa vão voltar ao patamar de alguns anos atrás’, diz a analista Daniela Bretthauer, da corretora Raymond James.

Em tempo: a companhia que mais ganhou valor de mercado no mesmo período foi a Petrobras, que saltou de 115,3 bilhões de reais para 304,4 bilhões de reais.

Fonte: Blog Por Dentro das Empresas (Portal Exame - 09.02.10)

Embraer terá mais um ano de vendas escassas

Analistas e a própria empresa dizem que a recuperação na carteira de pedidos só deve ocorrer em 2011

Embraer 195: Empresa estuda remodelar avião para transportar até 130 passageiros e concorrer com Boeing e Airbus

Quem se prende à velocidade com que os jatos comerciais cruzam oceanos e alcançam outros continentes corre o risco de ignorar o básico: tudo se move lentamente na indústria da aviação. Ao contrário das montadoras, que despejam dezenas de modelos no mercado a cada ano, o lançamento de uma nova aeronave consome às vezes uma década - além de centenas de milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento. Já as companhias aéreas planejam com uma antecedência de enxadrista cada ampliação da frota, e qualquer imprevisto pode protelar por anos a conversão de uma opção de compra em pedido firme. Desde 2001, não faltaram motivos para jogar o setor na defensiva - de atentados terroristas à disparada do petróleo, passando, nos últimos dois anos, pela crise financeira mundial e pelo refluxo dos passageiros. Enquanto outros segmentos dão sinais de recuperação, a aviação civil ainda sofre prejuízos bilionários. E é esse o cenário que deve manter os negócios da Embraer em ritmo de taxiamento na pista por mais um ano. Analistas e a própria empresa admitem que as vendas só voltarão a decolar a partir de 2011.

"Não vejo um 2010 forte", afirma Mauro Kern, vice-presidente da Embraer, para aviação comercial. "A recuperação virá a partir do ano que vem". Apesar de investir na diversificação, com a entrada no mercado de jatos executivos e a busca de mais contratos no setor de defesa, os jatos comerciais continuam a ser o principal negócio da companhia - e devem responder, neste ano, por 57% do faturamento, segundo a corretora Link Investimentos. Por isso, tudo o que acontece com as companhias aéreas tem impacto direto na empresa. E não há boas notícias nessa área. Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), as companhias aéreas amargarão um prejuízo líquido de 5,6 bilhões de dólares em 2010. É verdade que, no ano passado, o rombo alcançou o dobro desse montante, mas as novas perdas são maiores que a projeção inicial de 3,8 bilhões. Se confirmadas, a indústria aérea mundial terá amargado literalmente uma década no vermelho. Entre 2000 e 2009, os prejuízos acumulados foram de 49,1 bilhões de dólares - ou quase 5 bilhões por ano.

Custos operacionais crescentes, prejuízos bilionários e retração global não animam ninguém a comprar mais aviões. Em todo o mundo, foram encomendados 656 jatos comerciais no ano passado - um tombo de 64% sobre 2008. Trata-se também do menor volume de vendas desde 2002, quando o mercado mundial movimentou 333 pedidos, segundo a Flight Global, uma publicação especializada no setor. A Embraer. não escapou à escassez de encomendas. A companhia viu sua carteira de pedidos firmes declinar de 426 jatos comerciais no quarto trimestre de 2008 para 265 em dezembro. Ou seja: o ritmo com que os novos pedidos chegaram não foi suficiente para repor as aeronaves que entregou no período. Os contratos mais relevantes que a empresa fechou no ano passado foram com a argentina Austral Líneas Aéreas, que encomendou 20 jatos EJ 190, e com a Oman Air, que pediu cinco EJ 175, além de assinar cinco opções de compra. Se nenhum novo pedido fosse fechado a partir de agora, a corretora Link calcula que a Embraer esgotaria sua carteira de encomendas em 2012.

Clientes na penúria

É claro que não se espera que a empresa fique de braços cruzados, vendo suas encomendas minguarem. Mas, para os especialistas, é muito difícil elas cresçam neste ano. "A carteira de pedidos firmes deve continuar caindo neste ano", afirma Felipe Rocha, analista de aviação da corretora Link. "Ela só deve voltar a crescer em 2011 ou 2012", diz. O fundamental para que isto aconteça é que seus clientes voltem a enxergar um horizonte sem nuvens, mas, por enquanto, alguns deixam os especialistas em alerta. A Japan Airlines, por exemplo, entrou em recuperação judicial no início do ano. A maior companhia aérea japonesa tem um contrato de pedidos firmes de 10 aeronaves da Embraer. Quatro ainda não foram entregues - e a brasileira torce para que os pedidos não sejam cancelados.

A alemã Lufthansa, quarta maior cliente da Embraer em pedidos firmes, também enfrenta tempos difíceis. Nos nove meses acumulados até setembro, o grupo registrou um prejuízo de 32 milhões de euros - ante um lucro de 529 milhões no mesmo período do ano anterior. Dos 30 aparelhos encomendados, 15 ainda não saíram da fábrica de São José dos Campos, no interior paulista. Em meados de 2009, a companhia anunciou um plano para cortar 1 bilhão de euros em custos até o fim de 2011. A empresa possui uma das maiores carteiras de pedidos entre as europeias, com 160 jatos a serem entregues até 2014 – num total de 16 bilhões de euros. As dificuldades em financiar as encomendas, porém, já leva a empresa a considerar o adiamento de algumas aeronaves. Por enquanto, a medida deve afetar apenas os aparelhos maiores, solicitados à Boeing e à Airbus.

A americana US Airways é a quinta maior cliente da Embraer, com 65 encomendas, das quais 12 ainda não foram entregues. A empresa vem enxugando sua oferta de assentos para reequilibrar as contas. No final do ano passado, por exemplo, a companhia comunicou que vai adiar, por três anos, a compra de 54 aparelhos da Airbus - mas não falou nada de protelar os aviões da brasileira, embora os analistas avaliem que isto seja possível. "O adiamento nas entregas desses aviões é bastante plausível", afirma Rocha, analista da Link.

Atualmente, 28 empresas mantêm pedidos firmes de jatos comerciais da Embraer. Seu maior cliente é David Neeleman. Juntas, as duas aéreas que fundou - a brasileira Azul e a americana Jetblue - aguardam a entrega de 87 aeronaves. Por enquanto, o empresário não dá sinais de preocupação para os brasileiros. Nos Estados Unidos, a Jetblue aposta cada vez mais em rotas para o Caribe - movimento que pode favorecer os aviões da brasileira. Já no Brasil, a Azul espera elevar sua frota para 21 unidades neste ano - o que significa a incorporação de seis jatos da Embraer.

Aviões usados

Sempre que uma empresa fecha um pedido firme de aviões, é estimulada a assinar também um contrato de opções de compra. A vantagem é que, caso decida converter uma opção em uma encomenda de fato, a empresa terá condições diferenciadas de pagamento e ganhará posições na "fila" de entrega. A Embraer terminou dezembro com 722 opções de compra. O volume também é menor que as 860 registradas um ano antes. Ao contrário dos pedidos firmes, a empresa não divulga as companhias e o número de opções de cada uma. O argumento é que a conversão de pedidos é muito volátil e a divulgação de detalhes poderia alimentar especulações. Para os especialistas, converter uma opção em venda firme também não será fácil neste ano pelos mesmos motivos que dificultam a venda de um avião novo. Neste caso, o que se espera é que as empresas adiem essa conversão para um momento mais propício.

Algo que pode atrapalhar tanto a venda de novos aviões quanto a conversão de opções em pedidos firmes é o mercado de aeronaves usadas. Como no setor automotivo, sempre que os consumidores ficam sem dinheiro para comprar um modelo zero quilômetro, o mercado de usados se aquece. Em outubro do ano passado, por exemplo, para quitar uma dívida de 35 milhões de dólares, a US Airways vendeu dez jatos Embraer, 190 para a Republic Airways. A compra de aeronaves usadas também atrapalha os negócios da Embraer. dentro do Brasil. "Se quiser ajudar a Embraer, o governo precisa restringir de algum modo a importação de aviões usados", afirma o consultor Paulo Bittencourt Sampaio, especialista em aviação.

Frota redimensionada

Com a crise, muitas companhias aéreas resolveram cortar a oferta de assentos para melhorar a taxa de ocupação e as margens. Nos Estados Unidos, 85% das rotas movimentam menos de 400 passageiros por dia. No Brasil, 88% delas são procuradas por menos de 300 pessoas diariamente. Na Ásia, essa porcentagem é de 80%. Premidas pelos custos, as companhias perceberam que não faz sentido colocar no ar um Airbus ou um Boeing de mais de 200 lugares para atender essa clientela. Com aviões menores, é possível aumentar a freqüência diária dos vôos (o que dá mais opções de horário aos passageiros), melhorar a taxa de ocupação e pousar em aeroportos menores. Isso está aquecendo, aos poucos, a demanda por aviões médios - justamente o mercado da Embraer, cujos jatos comerciais têm de 30 a 120 assentos.

A United Airlines, por exemplo, aumentou o número de freqüências na rota Nova York/Chicago, ao mesmo tempo em que cortou a oferta de assentos de 2.040 para 1.920. Isto foi possível porque a companhia substituiu alguns Airbus 320 (cuja configuração normal é de 150 assentos) por jatos Embraer 170, que comportam até 88 pessoas. "O 'right sizing' é hoje a nossa maior força de vendas", afirma Kern, da Embraer. Dos 265 pedidos firmes em carteira, metade provém do redimensionamento das frotas.

A revisão das frotas também incentiva a Embraer, a estudar um passo ousado - e, para muitos, polêmico. Trata-se do eventual lançamento de uma versão estendida do Embraer 195. O modelo atual comporta até 118 passageiros, e a ideia é oferecer um jato de 130 lugares. A intenção já havia sido aventada em meados da década, mas não foi adiante por oposição do então presidente da companhia, Maurício Botelho. O motivo era simples: o aparelho concorreria diretamente com os modelos mais simples da Boeing e Airbus. Na época, Botelho chegou a afirmar publicamente que bater de frente com essas gigantes não seria nada bom para os negócios. Os planos, contudo, voltaram às mesas de reunião com o aquecimento do 'right sizing'. O alvo inicial seria a substituição de aeronaves MD-80, lançadas na década de 80 pela Douglas Aircraft e hoje sob responsabilidade da Boeing. Esses jatos têm capacidade de 130 a 172 passageiros. A decisão de lançar o Embraer 195X, como o projeto é chamado, só será tomada em meados de 2011.

Enquanto os brasileiros pensam em invadir o espaço aéreo das líderes do setor, também precisam se precaver contra incursões em seu próprio território. A partir de 2011 - justamente quando o mercado deve melhorar -, uma série de estreantes desafiará a Embraer no segmento de jatos de 30 a 120 assentos. A russa Sukhoi, a japonesa Mitsubishi e a chinesa AVIC 1 preparam-se para pôr no ar seus primeiros aviões. E, claro, sempre é bom lembrar da canadense Bombardier, a tradicional concorrente da empresa, que também guarda novidades.

O mau desempenho do setor de aviação corroeu o valor de mercado da Embraer. De acordo com o blog Por Dentro das Empresas, de EXAME, a empresa foi a que mais se desvalorizou na Bovespa nos últimos cinco anos: de 13,1 bilhões de reais para 6,9 bilhões. Segundo a Link, as ações ordinárias da empresa (EMBR3, com direito a voto) têm potencial de alta de 20% neste ano, para 11,80 reais. A valorização, porém, não é suficiente para livrar a companhia de uma receber, da corretora, uma recomendação de "underperform" (ou com potencial de alta abaixo da média de mercado). Para um setor acostumado a velocidades quase supersônicas, a recuperação da crise parece chegar de zepelim.

Fonte: Márcio Juliboni (Portal Exame) - Foto: Divulgação/Embraer

Turkish Airlines faz a ligação direta São Paulo a Istambul

Desde o dia 1º a Turkish Airlines faz a ligação direta, sem escalas em Dacar (no Senegal), entre São Paulo e Istambul. Agora com vaos diretos a Turquia esta mais próxima dos brasileiros, já que o tempo de viagem cai para 13 horas. A média de ocupação dos voos que saem de São Paulo rumo a Istambul é de 90%. No ano passado, 20 mil brasileiros entraram na Turquia.

De olho nessa demanda, a Bon Voyage Operadora oferece pacotes personalizados em Atenas, Mykonos e Santorini, e roteiros pelas Ilhas Gregas repletos de cultura e diversão, passando por Creta, Ios, Lesvos, Milos, Naxos, Paros e Rhodes.

“O trabalho vai muito além da venda de passagens aéreas”, explica a diretora da empresa, Maria Angelica Novello Sztokman.

Fonte: Brasilturis

STJ autoriza a Anac a distribuir slots da Pantanal em Congonhas

A Agência Nacional de Aviação Civil (anac) informou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a Agência a distribuir os 61 slots (horários de pousos e decolagens) que a Pantanal operava no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Com a decisão, a Anac irá agendar uma nova data e reiniciar o processo de distribuição de 355 slots de Congonhas, suspenso em 3 de fevereiro por conta de um recurso apresentado pela companhia aérea.

Seis empresas estão inscritas para concorrer aos slots: NHT, Webjet e Azul, OceanAir, Gol/Varig e TAM. As três últimas já operam em Congonhas.

O julgamento de hoje havia sido iniciado pelo STJ na última quinta-feira (25), quando o relator do processo e presidente do Tribunal, ministro César Asfor Rocha, rejeitou o recurso apresentado pela empresa Pantanal, que está sendo comprada pela TAM. Em seguida, a ministra Nancy Andrighi pediu vista do processo e o julgamento foi retomado hoje.

"A decisão de hoje é importante porque confirma que uma companhia aérea não pode manter um espaço no aeroporto quando está prestando um serviço deficiente ao consumidor. Isso prejudica os passageiros e impede o aumento da concorrência no setor aéreo", afirmou em nota a presidente da Anac, Solange Paiva Vieira.

Entre os 61 slots que eram operados pela Pantanal, 40 são durante a semana, nos horários de maior movimento e, consequentemente, de maior interesse por parte das companhias aéreas.

"Mais empresas poderão voar em Congonhas, aumentando a oferta e as opções de tarifas para os passageiros. Sabemos que são poucos os slots disponíveis, mas o marco que se institui com a decisão do STJ abre espaço para uma cobrança maior na prestação de serviço das empresas aéreas", destacou Solange Vieira.

"Depois disso, vamos revisar a regulação atual e estudar outras formas de continuar incentivando a concorrência e a melhora na qualidade dos serviços."

Fonte: Téo Takar (Valor Online) via O Globo

Detido na Holanda falso piloto que comandaria avião com 101 passageiros

Um piloto sueco com uma licença comercial falsa foi detido na cabine de seu avião no aeroporto Schiphol, em Amsterdã, quando se preparava para levar 101 passageiros no avião Boeing 737-400, prefixo TC-TJC, da Corendon Airlines, no voo 7H-202 à Turquia, informou nesta quarta-feira a polícia da Holanda.

O sueco, de 41 anos, que estava no comando de um jato com destino a Ancara, voou durante 13 anos e tinha mais de 10 mil horas de voo utilizando documentos falsificados em companhias aéreas da Bélgica, Grã-Bretanha e Itália, disseram autoridades.

O piloto, cujo nome não foi revelado, teria expressado alívio quando foi desmascarado e suas credenciais, apreendidas.

A aeronave partiu - após a substituição do piloto - com um atraso de 75 minutos.

Fontes: Reed Stevenson (Reuters) via O Globo / Aviation Herald

Vídeo do acidente na Índia



Fonte: Globo News

Três morrem após acidente com avião de acrobacias na Índia

Três pessoas morreram hoje (3) depois que um avião militar se chocou contra um edifício durante uma exibição aérea na cidade de Hyderabad, no sul da Índia, informou uma fonte policial.

O comissário de Polícia A.K. Khan, citado pelas agências indianas, informou que o piloto e o copiloto do aparelho, um Surya Kiran MK-II de fabricação indiana, morreram. Uma pessoa em solo também faleceu após o prédio ser atingido pela aeronave.

Khan acrescentou que outras três pessoas que estavam no interior do edifício sofreram ferimentos e foram levadas a um hospital para receber cuidados.

As causas do acidente ainda são desconhecidas. No momento da colisão, milhares de pessoas assistiam a apresentação de acrobacias aéreas no evento India Aviation Show, do qual participava o aparelho acidentado.

As testemunhas explicaram que o avião, pertencente à Marinha indiana, perdeu altura após efetuar uma acrobacia e imediatamente depois deu várias voltas em espiral antes de bater em uma torre de comunicações no telhado do edifício.

Fontes: EFE via G1 / ASN / - Fotos: Agências

terça-feira, 2 de março de 2010

Entenda o que está em jogo na compra dos novos caças

O processo de seleção para a compra de 36 novos caças destinados à Força Aérea Brasileira (FAB) vem gerando uma série de polêmicas em torno de um negócio que pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres públicos.

Estão na competição o modelo Rafale, fabricado pela francesa Dassault; o Gripen NG, da sueca Saab e o FA-18 Hornet, da americana Boeing.

O Ministério da Defesa informou que já recebeu o relatório técnico feito pelo Comando da Aeronáutica, mas nenhum dos dois órgãos comenta o conteúdo do documento.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na terça-feira, o Gripen teria recebido a melhor pontuação no relatório, considerando preço e transferência de tecnologia.

Já a aeronave francesa, preferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estaria na terceira posição.

Além da escolha entre as três empresas, o presidente tem ainda uma outra opção: não decidir sobre um vencedor, o que pode resultar no engavetamento do processo de seleção ou na transferência da decisão para o próximo governante.


Entenda o que está em jogo na compra dos caças.

Para que os caças serão usados?

A aquisição dos novos caças tem duas finalidades práticas: intensificar a patrulha da Amazônia e da faixa de mar do pré-sal. Os equipamentos estarão aptos a fazer interceptações aéreas e ataques em solo.

Além dos 36 caças previstos no processo de seleção atual (batizado de FX-2), a FAB pretende ainda fazer novas aquisições nos próximos 15 anos, chegando à marca de 120 aeronaves.

A ampliação do poderio militar brasileiro também está relacionada às intenções do país em reforçar sua influência política no cenário internacional.

O argumento é de que, com um aparato militar mais significativo, o país estaria melhor preparado para disputar uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas - uma das principais bandeiras da política externa brasileira.

Quais são as principais diferenças entre as três propostas?

As propostas não são idênticas, pois cada empresa teve liberdade para fazer sua própria oferta de preços, prazos e condições para transferência de tecnologia.

No caso da Saab, estima-se que o pacote tenha saído a um custo de R$ 5 bilhões, com o preço unitário da aeronave em torno de R$ 120 milhões, o mais baixo entre os três concorrentes.

O motivo seria o fato de a aeronave ser monomotor, mas segundo o fabricante, a questão não interfere na segurança ou no desempenho do equipamento, que pode atingir a velocidade de 2,4 mil quilômetros por hora.

Em declarações à imprensa no ano passado, porta-vozes da Saab disseram que a empresa está disposta a transferir tecnologia ao Brasil "sem restrições" e que o fato de seu caça ainda estar em processo de desenvolvimento abre espaço para parcerias com a indústria brasileira.

Quanto ao FA-18 Hornet, a estimativa é de que cada caça saia por cerca de R$ 170 milhões e o pacote completo por R$ 8 bilhões. Com duas turbinas, o caça pode atingir 2,1 mil quilômetros por hora.

Em nota divulgada no ano passado, a Boeing se comprometeu a adotar um modelo "inédito" de transferência de tecnologia ao Brasil, inclusive desenvolvendo as aeronaves em território brasileiro.

A Boeing vem tentando melhorar sua imagem junto à indústria militar brasileira. Há cinco anos, a empresa vetou a venda de aeronaves da Embraer à Venezuela, já que os equipamentos tinham componentes americanos.

O compromisso da Boeing no programa FX-2 foi também reforçado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em uma carta enviada ao Itamaraty, em agosto do ano passado.

O caça Dassault, por sua vez, chega a ser cotado por até R$ 240 milhões, o que pode levar seu pacote completo à cifra de R$ 10 bilhões.

Questionado sobre a diferença de preços, o ministro da Defesa da França, Hervé Morin, disse que o Rafale tem um desempenho melhor e comparou o caça francês uma Ferrari. A velocidade máxima da aeronave é de 2,4 mil quilômetros por hora.

A Dassault falou em transferir "100%" da tecnologia de seus caças para o Brasil, mas como seu produto já está totalmente desenvolvido, há duvidas quanto ao ganho que o acordo com a empresa francesa possa trazer ao país.

Outro fator que deverá pesar na escolha do governo brasileiro é o custo da hora/voo de cada aeronave, referente, por exemplo, a despesas com combustíveis, lubrificantes e consertos de sistemas desgastados ao longo dos anos.

De acordo com a experiência dos três concorrentes, estima-se um custo US$ 4 mil a hora/voo no caso do Gripen, de US$ 10 mil a US$ 14 mil para o Hornet e de US$ 14 mil no caso do Rafale.

Qual é o procedimento para a escolha da aeronave?

A aquisição dos caças não segue o procedimento de uma licitação tradicional, em que a empresa ganhadora é apontada por uma comissão, considerando preço e critérios técnicos.

No programa FX-2, por se tratar de um assunto de segurança nacional, a palavra final sobre o vencedor é do presidente da República.

Definida a empresa ganhadora, caberá ao Senado discutir os aspectos financeiros do negócio, aprovando ou não o financiamento, por exemplo.

O presidente da Frente da Parlamentar da Defesa Nacional, Raul Jungmann, diz que a Constituição brasileira confere ao Poder Executivo a prerrogativa de definir, sozinho, a empresa vencedora. Mas, segundo ele, "não é correto o presidente atropelar o processo".

Jungmann se refere ao fato de o presidente Lula ter anunciado, em setembro passado, que o governo brasileiro já estava "em negociação" com a Dassault - antes mesmo de a Aeronáutica ter concluído o relatório técnico.

Por que o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, preferem o caça francês?

Entre os principais argumentos do governo a favor do Rafale está a "parceria estratégica" com a França - um compromisso assinado no ano passado, entre os dois países, com o objetivo de "aprofundar" projetos conjuntos na área de segurança.

Em setembro passado, o Brasil anunciou a compra de 50 helicópteros e quatro submarinos de tecnologia francesa, no valor total de R$ 22 bilhões.

O governo francês, por sua vez, se comprometeu a adquirir dez aeronaves de transporte militar fabricadas pela brasileira Embraer.

Além disso, a França é um dos poucos países, entre as grandes potências, que defende uma vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa agora é de que o presidente Lula, junto com ministros e assessores da área, avaliem o relatório técnico da Aeronáutica juntamente com "outras questões, mais políticas", como a relação do Brasil com França, Estados Unidos e Suécia.

O presidente tem um prazo para tomar sua decisão?

Não. O presidente pode adiar o quanto quiser sua decisão - ou ainda, não decidir nada. Se isso acontecer, o processo de seleção pode ir para a gaveta ou ficar a cargo do próximo presidente.

Esse seria o pior cenário na visão dos militares, interessados na modernização de sua área. Na avaliação de uma fonte da Aeronáutica, uma indefinição pode "desmoralizar" o processo de seleção brasileiro, prejudicando negociações no futuro.

A expectativa entre os assessores do presidente é de que uma decisão, se realmente tomada, seja anunciada no início do ano, evitando um possível desgaste ao governo na fase de campanha eleitoral.


Fonte: BBC Brasil via O Globo

Boeing e Saab ainda confiam em venda de caças ao Brasil, apesar da preferência do governo pelo Rafale da Dassault

O processo de escolha dos caças que substituirão a frota da Força Aérea Brasileira (FAB) se aproxima do fim, ao menos pelas declarações recentes do comando da Aeronáutica e do Ministério da Defesa. Duas das empresas finalistas na disputa expõem suas cartadas finais, a americana Boeing e a sueca Saab, enquanto a francesa Dassault, apontada como favorita, prefere aguardar a decisão brasileira com discrição.

O governo dos Estados Unidos elaborou uma agenda cheia de visitas de autoridades ao Brasil, como a da secretária de Estado, Hillary Clinton , que desembarcou no país nesta terça-feira, dias depois da chegada ao Rio de Janeiro de um porta-aviões americano trazendo a bordo alguns exemplares do F-18 Super Hornet da Boeing, candidato americano na licitação.

A Boeing acena com a possibilidade de realizar uma parceria com a brasileira Embraer, noiva mais cortejada entre as três concorrentes, para o desenvolvimento da próxima geração do Super Hornet.

- Nós vamos financiar a Embraer para fazer parte das fases de definição de exigências e da definição de conceitos desse programa - garantiu à Reuters o executivo da Boeing responsável pela proposta da empresa ao Brasil, Mike Coggins.

Segundo ele, uma parceria entre a Boeing e empresas brasileiras pode garantir acesso ao mercado dos EUA, país que tem orçamento anual na área de defesa de US$ 700 bilhões.

A Saab, que está na briga com o Gripen NG, já tinha como uma de suas principais bandeiras a parceria com a Embraer no desenvolvimento do caça, que ainda está em fase de projeto, e agora indica a possibilidade de comercialização conjunta do avião no mercado mundial.

A fabricante estima que os dois países - Brasil e Suécia - podem dividir um bolo de US$ 40 bilhões nos próximos 20 anos com o Gripen NG.

- O que nós propomos à Aeronáutica e ao governo brasileiro é o terceiro grande salto tecnológico da indústria aeronáutica brasileira - afirmou o diretor-geral da Saab no Brasil, Bengt Jáner, que diz que 40 % do desenvolvimento do caça seria feito no Brasil, ao lado da Embraer.

A Dassault, fabricante do Rafale e vista como favorita após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa, Nelson Jobim , indicando a preferência pela França, se mantém mais discreta.

Por meio de nota, afirmou que sua proposta inclui a transferência gradual da linha de montagem do Rafale ao Brasil e garantias de que o país será a plataforma de exportação do caça para a América Latina.

Sob orientação da FAB, a Embraer tem se recusado a comentar o programa para a compra de novos caças, conhecido como F-X2.

Na semana passada, o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, disse que o governo deve anunciar até o final de março a escolha do caça que será comprado pelo Brasil, após a entrega de relatório técnico ao governo. Nenhuma das três proponentes divulgou informações financeiras de suas propostas ao governo brasileiro, em um contrato estimado em bilhões de dólares.

Francês é o mais caro

O preço é apontado como grande obstáculo para que o país ainda não tenha anunciado a vitória do Rafale na disputa. O avião francês seria o mais caro, de acordo com especialistas.

Lula já garantiu que a decisão final do governo brasileiro levará em conta critérios políticos, e a França tem com o Brasil uma aliança estratégica que já resultou na compra de helicópteros militares e submarinos por Brasília.

Além disso, Paris apoia as pretensões brasileiras de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Jáner, da Saab, destacou que a fabricante sueca optou por seguir um "caminho independente" na disputa pelo contrato, afirmando que "não fazemos parte de um conselho da ONU".

Fonte: Reuters via O Globo

EUA recusam depoimento de participante dos ataques de 11/09

Zacarias Moussaoui (foto) disse que mentiu ao confessar ter ajudado no planejamento dos atentados de 2001

A Justiça dos Estados Unidos recusou nesta terça-feira, 02, um novo depoimento do terrorista Zacarias Moussaoui, que assumiu ter participado dos ataques de 11 de setembro.

O cidadão francês está cumprindo prisão perpétua após ter se declarado culpado por ter ajudado a planejar os ataques em Nova York.

Após ter recebido sua sentença, Moussaoui disse que mentiu quando afirmou ter conspirado para sequestrar um quinto avião durante os atentados terroristas de 2001.

Um grupo de três juízes do 4º Circuito da Corte de Apelos rejeitou seus pedidos de acesso às provas e de escolher um novo advogado.

Fonte: Associated Press via Estadão

NASA: Terremoto do Chile pode ter modificado o eixo de rotação terrestre

O potente terremoto de sábado ao largo do litoral chileno modificou provavelmente o eixo de rotação terrestre encurtando levemente os dias, informou nesta terça-feira um cientista da Nasa, a agência espacial americana.

Segundo os cálculos de Richard Gross, do Jet Propulsion Laboratory da Nasa na Califórnia, o eixo do planeta desviou 8 cm durante o fenômeno, de magnitude 8,8, informou a agência espacial em comunicado.

O Chile e os Andes vistos do ônibus espacial Columbia em 1994

Os dias terrestres duram 24 horas devido ao tempo que o planeta leva para completar a rotação em torno de seu eixo. A leve modificação deste eixo incide, então, sobre sua duração.

Se o eixo da Terra teve um desvio de 8 cm durante o sismo no Chile, isso corresponde a um encurtamento da duração do dia terrestre em 1,26 microssegundo, de acordo com cálculos de Gross. Um microssegundo representa um milionésimo de segundo, uma mudança quase imperceptível.

O terremoto de sábado desviou mais o eixo de rotação terrestre do que o de magnitude 9,1 ao longo da Indonésia que acarretou o tsunami devastador de 2004 na Ásia, segundo o cientista.

O motivo disso vem do fato de que a falha que esteve na origem do terremoto no Chile "tem um ângulo de penetração na crosta terrestre mais forte do que a responsável pelo sismo de Sumatra em 2004", isto é, maior capacidade de deslocar verticalmente a massa terrestre e a modificar seu eixo.

Fonte: AFP via G1 - Foto: NASA