sábado, 19 de setembro de 2009

Foto do Dia

O velho sentinela em ação

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O Ilyushin Il-18D, prefixo RA-75478, da Força Aérea da Rússia, fotografado em Chkalovsky (CKL / UUMU), Rússia, em setembro de 2009

Foto:
Max Bryansky - Russian AviaPhoto Team

Boeing 747 da Lufthansa em voo para Nova Iorque retorna a Frankfurt devido a vazamento de óleo

Um Boeing B747 da Lufthansa que efetuava neste sábado (19) à tarde um voo para Nova Iorque, com 334 passageiros a bordo, regressou a Frankfurt quando já se encontrava na metade da viagem, devido a um vazamento de óleo num dos quatro motores, segundo a companhia.

A Lufthansa sublinhou que passageiros e tripulantes não estiveram em perigo e que o avião aterrissou em Frankfurt sem problemas.

A companhia também informou que os passageiros desse voo reiniciariam a viagem para Nova Iorque na noite de sábado.

Ann Curry, reporter da estação de televisão norte-americana NBC, que se encontrava a bordo, comunicou que a voz do piloto era "tensa".

As notícias dão conta que o avião sobrevoava a Groenlândia quando o piloto dediciu voltar para Frankfurt a despeito de que a aeronave poderia ter prosseguido viagem para Nova Iorque com apenas três motores.

Fonte: PressTur (Portugal)

Agesul divulga licitação para obras no Aeroporto Municipal Santa Maria, em Campo Grande (MS)

A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) divulgou na quinta-feira (17) o resultado da licitação para as obras de infraestrutura no Aeródromo Municipal Santa Maria, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A proposta da empresa vencedora tem o valor de R$ 14.746.112,19.

Do total de recursos, 85% (R$ 12.631.908,82) virão do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa), e 15% (R$ 2.229,160,38) são investimentos do governo do Estado. A inclusão desse aeródromo e de outros no Profaa é resultado de articulações desencadeadas desde 2007 pelo governador André Puccinelli, visando dotar 16 municípios pólos de aeroportos estruturados e homologados pela Infraero e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Podem ser incluídos no Programa aeródromos de propriedade dos governos municipal ou estadual.

Em agosto, o Ministério da Defesa publicou portaria destinando R$ 6.378.183,62 da primeira etapa do Plano de Investimentos de 2009, do Profaa, para o aeródromo Santa Maria. Os recursos representam o montante federal a ser repassado neste ano. As obras previstas incluem reforma e ampliação da pista de pouso/decolagem; reforma e ampliação da pista de táxi; reforma e ampliação do pátio de aeronaves; construção de cerca de proteção; construção e implantação do acesso à Secção de Contra Incêndio (Secinc). Conforme a secretaria estadual de Obras Públicas e Transportes (Seop), a obra no aeroporto começa ainda este ano.

Na mesma portaria de agosto, foi destinado R$ 1.502.982,82 para o aeroporto de Porto Murtinho, para serem aplicados na conclusão do convênio firmado em 2006 com o governo do Estado. Segundo a Seop, as obras no aeródromo já estão na fase final. No total, foram investidos R$ 15,8 milhões de recursos na reforma e ampliação desse aeroporto. (Com informações da assessoria)

Fonte: Jefferson Gonçalves (Capital News) - Foto: Google Maps

Neste ano, foram registradas mais de 500 colisões de aviões e aves

Aeroportos do Galeão e de Guarulhos notificaram maioria dos acidentes.

No Recife, lixão atrai urubus e garças em rota usada pelas aeronaves.




Urubus, garças e outras aves que vivem perto dos aeroportos colocam em risco a aviação no Brasil. Só neste ano, foram registradas mais de 500 colisões entre aviões e pássaros.

Um avião foi atingido por um urubu logo depois de decolar do aeroporto do Recife. O choque comprometeu o sistema de pressurização.

Os pilotos sabem que este tipo de ameaça com asas, bicos e penas pode surgir do seu, de repente. As aves podem parecer inofensivas, mas, numa colisão, o estrago é enorme.

Fotos registram o resultado: a fuselagem é danificada como se fosse frágil e um urubu chega a rasgar a asa de um avião. "Elas [aves] podem até derrubar a aeronave, causar um acidente aeronáutico", diz o coronel João Carlos Bienick.

O número é preocupante. Segundo o Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, só neste ano, no Brasil, foram registradas 507 colisões entre aves e aviões. E a quantidade não revela a real dimensão do perigo. Os próprios especialistas calculam que apenas 30% desses acidentes são notificados.

O aeroporto do Galeão, no Rio, apresenta o maior número de colisões neste ano: 46. Guarulhos, em São Paulo, vem logo depois com 43. No Recife, foram dez.

O perigo é conhecido. Um lixão na capital pernambucana atrai centenas de urubus e garças. São centenas que ficam na rota mais usada pelos aviões que chegam ao terminal. A área de segurança aeroportuária prevê um raio de 20 quilômetros de distância de qualquer fator de atração de aves. E o lixão está a seis quilômetros.

Em Fernando de Noronha, o risco é provocado pelas garças. Em uma decisão inédita, 500 delas foram eliminadas com uma injeção letal, em dezembro de 2007. Mas a espécie invasora voltou a crescer e será necessária outra estratégia. Os ninhos devem ser retirados até o fim do ano e os ovos, quebrados.

Fonte: G1 (com informações do Jornal Hoje)

Empreiteira é obrigada a refazer pista do aeroporto de Marechal Thaumaturgo (AC)

No mapa do Acre, a localização do município de Marechal Thaumaturgo

A empresa recebeu mais de R$ 2,5 milhões do Governo Federal para executar as obras de pavimentação e ampliação da pista do aeroporto de Marechal Thaumaturgo, no vale do Juruá, no ano 2008. Como a obra executa foi de péssima qualidade, agora a empresa teve que refazer a obra este ano, depois das denúncias dos deputados Luiz Calixto (PSL) e Antônia Sales (PMDB) na tribuna da Assembléia Legislativa.

Reforçando com isso, as denúncias dos pilotos e autoridades daquele município que já reclamavam do péssimo estado que se encontrava a pista. “Na época, fomos ver o real estado em que se encontrava o aeroporto, e verificamos os buracos, que ofereciam perigo para as operações de pouso e decolagem. Para uma obra que tinha sido inaugurada a menos de três meses e estava em estado precário como o que presenciamos. Tivemos certeza que a empresa realizou uma reforma de fachada e sem compromisso com a segurança das pessoas que utilizam o aeroporto para se interligar com os demais municípios” explicou Antônia Sales.

Este ano, a empresa teve que refazer todo o trabalho de reforma e ampliação da pista em Marechal Thaumaturgo. As aeronaves com destino ao município estão usando parte da pista para efetuarem seus procedimentos de pouso e decolagem. “Um dos pilotos que não quis se identificar, disse que todo o trabalho de terraplanagem pode ser visto. Quando fizeram pela a primeira vez, não vimos quase esse trabalho de compactação antes de começarem a colocar o asfalto. Esperamos que agora seja uma obra que agüente alguns verão e inverno”, frisou o piloto.

Depois da denuncia recebida pelo Ministério Público Federal, e mandada para a Polícia Federal realizar o inquérito e fazer a fiscalização necessária. A empresa que recebeu para reformar os aeroportos de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, teve que refazer os trabalhos realizados em Thaumaturgo. A fiscalização e o inquérito construído, fez com que a própria empresa, começasse a reconstrução da pista e ampliação como estava especificada no projeto.

Depois que ficou sabendo da decisão, a deputada Antônia Sales foi fiscalizar os trabalhos que estavam sendo realizados na reconstrução da pista como planejada em projeto. “Nós parlamentares temos que está constantemente fiscalizando esses tipos de obras. Pude comprovar agora, que as obras estão em andamento. Esperamos que dessa vez, a estrutura possa aguentar muito mais tempo, oferecendo segurança em todos procedimentos de pouso e decolagem” destacou.

De acordo com a Assessoria do MPF, a representação chegou até o órgão, que imediatamente encaminho as informações e documentos para a Polícia Federal instaurar o inquérito para as investigações. Mesmo ainda não tendo recebido o resultado do inquérito. A empresa está refazendo toda a reconstrução da pista do aeroporto do município de Thaumaturgo.

Fonte: oriobranco.net - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu

Brigadeiro afirma ter socado mesa em reação a Amaral

O major-brigadeiro da reserva Antonio Hugo Pereira Chaves, demitido do cargo de diretor de Transporte Espacial de Licenciamento da Agência Espacial Brasileira (AEB) depois de brigar com o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, explicou aos colegas da Aeronáutica que sua atitude no episódio "foi uma reação necessária, visando a colocar uma pessoa arrogante e desequilibrada no seu devido lugar".

Pereira Chaves, chamado pelos amigos de "brigadeiro fogueteiro" por ser considerado um dos maiores especialistas em foguetes da Força Aérea, enviou uma mensagem por email para colegas do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) com a sua versão sobre a briga. Ele se desentendeu com Roberto Amaral, atual diretor-geral brasileiro da binacional Alcântara Cyclone Space, durante reunião para discutir os atrasos do projeto de lançamento do primeiro foguete de teste da empresa, o Cyclone 4, previsto para dezembro do ano que vem, conforme revelou Merval Pereira em sua coluna.

Brigadeiro diz que Amaral tentou "ganhar no grito"

No email, única manifestação pública do oficial sobre o episódio, o major-brigadeiro disse que, embora tenha o costume de somente ficar observando as conversas pela internet, se sentia agora no dever de esclarecer o que aconteceu. Segundo ele, na reunião que deveria ter caráter técnico, Amaral teria elevado o tom da discussão e tentado "ganhar no grito".

- Minha reação foi, também, elevar o tom de voz quando ele escandalosamente bateu na mesa. Eu repeti o gesto. Ele gritou um palavrão (filho da puta) e segurou um copo com água, mas antes que conseguisse arremessá-lo em mim (eu sempre fui rápido no gatilho), levou um banho, caindo sentando na cadeira e ainda proferindo palavrões - escreveu Chaves.

Destino de quilombolas é uma das razões de divergência

Uma das razões da briga seria a divergência entre Chaves e Amaral sobre o destino a ser dado às comunidades tradicionais (quilombolas e indígenas) que ocupam áreas da base de lançamentos. A AEB, porém, não divulgou o motivo oficial da saída do brigadeiro.

No email o oficial conta ainda que, após fracassar na primeira tentativa, Amaral teria conseguido arremessar o copo e a água, molhando a calça e o sapato do militar.

- Na sequência, levantou-se (Amaral) gritando os mesmos palavrões e foi seguro pelos funcionários.

O major-brigadeiro Chaves, que escreveu o email antes de saber que seria exonerado, encerrou a mensagem dizendo que gostaria de deixar claro que a sua participação no programa espacial era totalmente idealista: "Vim para Brasília pensando em poder ajudar a reconstruir o programa e espero ainda poder contribuir para isso".

Roberto Amaral divulgou, na íntegra, a carta que enviou ao jornalista Merval Pereira, de O Globo, a respeito dos acontecimentos envolvendo o brigadeiro Chaves. Amaral confirma a versão de que Chaves já havia se desentendido anteriormente com o presidente da AEB, Carlos Ganem. No entanto, nega a existência do que chama de "detalhes rocambolescos", afirmando que se encontrava a pelo menos dez metros de distância de Chaves.

A íntegra da carta está publicada no site da Alcântara Cyclone Space.

Fontes: Chico Otavio (O Globo) / Paula Rothman (INFO Online)

Brigadeiro briga com ex-ministro do PSB e é demitido

Antonio Hugo Pereira Chaves perde posto na Agência Espacial depois de entrar em choque com Roberto Amaral

Base de lançamento da AEB em Alcântara

O Palácio do Planalto acatou o pedido do presidente de honra do PSB, Roberto Amaral, e publicou no Diário Oficial desta quinta-feira, 10, a demissão do major brigadeiro da reserva Antonio Hugo Pereira Chaves do cargo de diretor de Transporte Espacial de Licenciamento da Agência Espacial Brasileira.

Chaves se desentendeu com Roberto Amaral, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e atual diretor-geral brasileiro da binacional Alcântara Cyclone Space, durante reunião na semana passada, quando se discutiam os atrasos do projeto de lançamento do primeiro foguete de teste da empresa, o Cyclone 4, previsto para dezembro do ano que vem.

A discussão entre o ex-ministro e o brigadeiro foi áspera. Chaves e Amaral chegaram a esmurrar a mesa, até que o diretor da Cyclone xingou o major-brigadeiro, que, irritado, jogou um copo de água em Amaral.

Esta é a segunda vitória de Amaral e do PSB nos últimos dias. No início da semana, o Diário Oficial também publicou o aumento de capital da empresa, criada pelos governos do Brasil e da Ucrânia, em R$ 140 milhões. O capital era de R$ 347 milhões e passou para R$ 486 milhões.

Amaral não conseguiu ainda, no entanto, convencer a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a incluir as obras de construção da nova base de lançamento de Alcântara no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que agilizaria a liberação de verbas.

O projeto do lançamento do foguete está atrasado. Durante a discussão, Roberto Amaral teria atribuído o atraso do projeto e consequente adiamento do lançamento do foguete de teste às dificuldades causadas por desentendimentos com setores ambientais que cuidam da regularização da área, assim como pelos quilombolas que habitam Alcântara, no Maranhão, que reivindicam parte da área. Já o brigadeiro atribuiu os atrasos a gastos de recursos públicos de maneira inadequada e má gerência.

O pedido de demissão do brigadeiro foi levado por Sérgio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia, que substituiu Amaral no cargo, também sustentado pelo PSB.

Fonte: Estadão - Foto: IAE/FAB

Governo pode estender prazo para propostas sobre caças

Depois da polêmica em torno da compra bilionária de caças no mercado internacional, o governo não descarta a possibilidade de adiar os prazos de entrega das propostas e análises das ofertas, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

"Segunda é o prazo para entregar e a Aeronáutica pode resolver estender prazo", disse a jornalistas Jobim.

Empresas de três países estão na disputa: Boeing, dos Estados Unidos, Dassault, da França, e a Saab, da Suécia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia indicado durante a visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao Brasil, no começo deste mês, que o país compraria os caças Rafale, produzidos pela França.

A disputa pela encomenda ficou mais acirrada depois que os suecos disseram que o preço do caça francês era o dobro do avião produzido pela Saab.

"Desconheço a proposta. Cada dia com a sua agonia", disse Jobim em tom de ironia. "Isso parece aquela história de venda casada: compre uma garrafa de cerveja e leva para casa 4 guaranás", acrescentou

O ministro chegou a dizer que a França era favorita na disputa, e que a decisão seria política, mas nesta sexta-feira, afirmou que a escolha será técnica e depende do aval da Aeronáutica.

Fonte: Rodrigo Viga Gaier (Reuters/Brasil Online) via O Globo

Campos (RJ) debate revitalização do aeroporto

É comum que o avião de 19 lugares da Team voe com ocupação de 60% das cadeiras nos dias de quarta a sexta-feira

O Município de Campos, no Norte Fluminense, tem um dos poucos aeroportos com licença para atuar como terminal de cargas alfandegado no estado. Mas o Aeroporto Bartholomeu Lizandro, localizado a poucos metros da BR 101-Norte — um importante corredor de escoamento de produtos para o Rio de Janeiro e o Espírito Santo —, não movimentou mais do que três cargas desde que se tornou alfandegado. Para revitalizar a unidade e a transformar um “porto seco”, a prefeita Rosinha Garotinho montou grupo técnico de discussão com a Infraero, que administra o Bartholomeu Lizandro por concessão. “O aeroporto tem que dar suporte a projetos estruturantes”, diz Rosinha, que conseguiu, este ano, a retomada das linhas aéreas no local.

Rosinha lembra que no início do ano não havia nem mesmo uma linha aérea operando no local. Hoje, a realidade já é outra: ainda no mês de janeiro, a prefeita Rosinha Garotinho se reuniu com a empresa Team Linhas Aéreas para que iniciasse suas atividades, com voos diários, ida e volta, nos destinos Campos-Rio (com escala em Macaé), e Campos-Vitória. O primeiro voo aconteceu no dia 2 de fevereiro. “Agora, estamos mantendo encontros com os representantes da Infraero para que o Bartholomeu complete nossa infraestrutura”, cita a prefeita.
A fixação de agenda positiva para o aeroporto está levando a prefeita a buscar contato direto com a Infraero:

Rosinha trouxe a Campos, em 8 de maio, o então presidente da empresa, o tenente brigadeiro do ar Cleonilson Nicácio Silva, que conheceu as instalações do Bartholomeu e detalhes do potencial do município. “Mostramos a nova realidade da região, em que o complexo portuário de Farol-Barra do Furado já tem R$ 2,5 bilhões de investimentos confirmados, e o Porto de Açu, com aporte de R$ 3 bilhões. Citamos a Lei Rosinha, que tem atraído indústrias, em conjunto com as ações do Fundecam”, pontuou.

O aeroporto é localizado numa área de 957.347,97 m² às margens da BR-101, no trecho que liga Campos a Vitória. Ele complementa a estrutura do município, que tem uma localização privilegiada, pela proximidade com os grandes centros consumidores, como também pelo aspecto da atuação da Petrobras e de empresas offshore na região. Na linha da retomada do desenvolvimento do aeroporto, a Team decidiu aumentar o número de voos, devido à grande procura.

Fonte: O Dia Online - Foto: Infraero

Obras no Aeroporto Leite Lopes serão entregues inacabadas

Reforma no terminal de passageiros deve estar concluída até janeiro do próximo ano, mas local será usado já em outubro

A ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), será entregue na segunda quinzena de outubro, mas as obras no local devem estar prontas somente em dezembro, prazo que ainda pode ser esticado para janeiro de 2010.

A previsão inicial era de que a obra - com etapas de ampliação e reforma - fosse concluída até o final deste ano.

O superintendente do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Sérgio Augusto de Arruda Camargo esteve em Ribeirão na sexta-feira para vistoriar a ampliação do terminal de passageiros e não permitiu fotos do local.

"Construímos a ala nova e passaremos para lá as companhias aéreas, lanchonete, embarque e desembarque, ainda em condições não definitivas. Faremos, então, a reforma do terminal atual e tudo voltará para cá para concluir a ampliação", explicou o superintendente.

Fonte: A Cidade - Foto: Tribuna de Ribeirão

A disputa Globo versus Record agora em outros ares

O Global Express e o G550: comprados pelos donos da Record e da Globo por 45 milhões de dólares cada um - Fotos divulgação

Além da briga por ibope, está em curso outra competição entre Globo e Record (ou, mais especificamente, Igreja Universal): quem tem o melhor jato? Neste momento estão chegando ao Brasil os novos aviões de Roberto Irineu Marinho e de Edir Macedo.

Céu azul - Marinho: mais um avião no hangar - Foto: Flavio Florido/Folha Imagem

Marinho, que já é dono de três Falcons (modelos 7X, 900 e 2000), receberá um Gulfstream G550 – um jato transcontinental, onde cabem até dezoito passageiros.

Para o chefe da Universal (que já tem um Falcon 2000 e um Citation X) está pousando na pista um Global Express, um jato da Bombardier equipado com dois banheiros (um deles com ducha).

Nas nuvens - Macedo: jato com ducha - Foto: José Patricio/AE


Os jatos dos donos da Globo e da Record são zero-quilômetro e custam 45 milhões de dólares cada um.

Qual é o melhor? Segundo quem entende do riscado, eles são semelhantes. O G550, por exemplo, tem mais autonomia de voo; e o Global é mais largo. Em resumo, se no ibope Macedo ainda está anos-luz atrás de Marinho, nos céus eles estão juntos.

Fonte: Lauro Jardim - Radar (Veja.com)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Foto do Dia

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North American P-51D Mustang
Prefixo: F-AZSB
Local: Hahnweide 2009, Alemanha
Data: 05.09.2009
Fotógrafo:
Lars Gerigk

STJ decidirá se mantém ou reforma decisão que decretou falência da Transbrasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidirá, dentro de duas semanas, se mantém ou reforma a decisão da segunda instância da Justiça paulista que decretou a falência da Transbrasil. Um pedido de vista interrompeu nesta terça-feira o julgamento dos recursos em que a companhia, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e a Fundação Transbrasil pedem a anulação da decisão relativa à quebra.

O pedido de vista foi feito pelo desembargador convocado Vasco Della Giustina, que informou que levará quinze dias para apreciar os recursos e levá-los novamente à Terceira Turma do STJ para continuação do julgamento. Até agora, dois ministros já manifestaram seu posicionamento sobre os pedidos: a relatora dos recursos, ministra Nancy Andrighi, e o ministro Massami Uyeda.

Os votos de ambos são divergentes. A relatora votou pelo não conhecimento dos recursos. O ministro Uyeda votou pelo provimento parcial deles. Se prevalecer o entendimento da primeira, o STJ não chegará a apreciar o mérito da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), portanto a decisão referente à falência estará mantida. Se a segunda posição for vitoriosa, o pedido de falência da empresa será julgado improcedente. Além de Vasco Della Giustina, também o desembargador convocado Paulo Furtado ainda não votou.

Em voto extenso proferido na sessão, a relatora dos recursos enfrentou, uma a uma, as alegações dos advogados dos recorrentes. Um dos pontos fundamentais dos recursos trata da discussão sobre a validade e a exigibilidade do título (uma nota promissória no valor de US$ 2,6 milhões) que deu origem ao pedido de falência da companhia aérea, em 2001. O documento pertence à General Eletric Capital Corporation, credora que pediu a quebra da empresa.

A defesa da Transbrasil alega no processo que, antes de a Justiça paulista decretar a falência, a empresa ingressou com uma ação judicial com o objetivo de obter a declaração de nulidade do título que viria a amparar o pedido de falência. A companhia alega que teria pago o valor devido à GE e que a Justiça de São Paulo teria de aguardar a conclusão dessa ação, que acabou sendo julgada procedente, para somente depois decidir pela decretação ou não da falência.

A nota promissória, sustenta a defesa, seria decorrente de um contrato no qual houve a renegociação da dívida da empresa com a GE e outros credores. Em razão desse novo acerto, teria ocorrido a novação da dívida, ou seja, a criação de uma nova obrigação em substituição à anterior. Com a fixação da nova obrigação, não se poderia alegar, segundo a defesa, a incidência do artigo 1º da antiga Lei de Falências (Decreto-Lei 7.661/45), cuja redação é a seguinte: “Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime a ação executiva.”

Para a relatora, o TJSP concluiu diferentemente no sentido de que não houve a novação da dívida. Na avaliação da ministra, para chegar à conclusão distinta do TJ estadual, o STJ teria que revolver provas, o que é vedado pela Súmula 7 do Tribunal. Por outro lado, ainda que isso fosse possível, concluiu a relatora que, mesmo que tivesse ocorrido a novação, o título permaneceria válido porque não houve a demonstração no processo do pagamento integral da dívida pela companhia e também o chamado depósito elisivo, feito para evitar a decretação da falência.

A divergência do ministro Massami Uyeda em relação ao entendimento da relatora iniciou-se exatamente nesse ponto. Para ele, houve a novação da dívida. De acordo com o magistrado, essa novação decorreu de um novo contrato de rescisão assinado pela empresa e seu credor, contrato que teria dado início a uma nova obrigação.

Segundo o ministro, a novação, associada a um pagamento parcial do débito com a GE feito pela Transbrasil, descaracterizou a liquidez da nota promissória. Por isso, concluiu ele, haveria relevante razão de direito para a companhia não pagar a nota e ajuizar a ação pedindo a nulidade do título.

O ministro Uyeda divergiu também da relatora em outros dois pontos. Um deles diz respeito à alegação de que, antes de decretar a falência, seria necessária uma intervenção prévia do Poder Executivo na empresa por se tratar de uma concessionária de serviço público em crise financeira que poderia ameaçar a segurança do transporte aéreo.

O outro ponto de divergência tratou da necessidade de o Ministério Público (MP) intervir em todas as fases do processo, mesmo antes da decretação da falência, por ser um assunto de interesse público. No caso, o MP só atuou após a decretação da quebra.

A Transbrasil não opera voos desde o final de 2000. Quando faliu, a empresa detinha 20% do mercado de transporte aéreo do país.

Fonte: Coordenadoria de Editoria e Imprensa (STJ)

Governo do Iêmen investiga ataque da aeronáutica que matou mais de 80

O governo do Iêmen anunciou, na quinta-feira, a criação de uma comissão para investigar relatos de que cerca de 85 pessoas morreram em um ataque da aeronáutica iemenita contra um campo de refugiados no noroeste do país na quarta-feira.

Segundo o governo, o ataque tinha como alvo rebeldes xiitas chamados de Houthis.

Relatos de testemunhas sugerem que as bombas, lançadas de aviões de guerra MIG 29, atingiram idosos, mulheres e crianças que buscavam refúgio e se escondiam em arbustos e árvores tentando escapar dos conflitos entre as tropas do governo e insurgentes xiitas.

O ministro das Relações Exteriores disse à BBC que as forças do governo não estão usando armas pesadas e jatos velozes de maneira indiscriminada que poderia colocar a vida de civis em perigo na batalha contra os rebeldes no norte do Iêmen.

Segundo o correspondente da BBC em Haradh Paul Wood, jornalistas locais afirmam que o local onde os refugiados estariam se escondendo fica perto de posições de artilharia dos rebeldes.

Um oficial do governo afirmou que o ataque foi em resposta a uma ofensiva dos rebeldes que estariam atirando contra as tropas oficiais escondidos em meio aos refugiados

O líder local, xeque Mohammed Hassan, disse ao atender um funeral coletivo das vítimas, que a situação seria horrenda e pediu para que "quem quer que tenha sido responsável por isso, seja levado à Justiça".

Sem resposta

Porta-vozes do governo negam que existisse um campo de refugiados no local e afirmam que os mortos eram rebeldes.

Mas políticos da minoria xiita (a maioria no Iêmen é de muçulmanos sunitas) condenaram o ataque, dizendo que ele foi apenas mais um dos abusos contra a etnia.

Rebeldes Houthi desejam maior autonomia. O governo iemenita acusa os insurgentes de serem influenciados pelo Irã.

Já a minoria xiita acusa o governo de ser dominado pelos também sunitas da Arábia Saudita.

'Alarmante'

A Agência de Refugiados da ONU (Acnur) se disse "alarmada" pelos relatos e afirmou que o ocorrido reforça a necessidade de criação de corredores humanitários no norte do país para permitir a chegada de ajuda aos necessitados.

A ONU diz que o sofrimento de civis atingiu "níveis alarmantes" e que até agora não houve resposta a seu apelo de US$ 23.5 milhões para ajudar os refugiados.

Segundo muitos analistas, o Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, caminha rumo a se tornar um Estado falido.

Além da insurgência xiita, o governo combate a sunita Al Qaeda, piratas somalis em sua costa e lida com uma economia decadente, baseada em reservas cada vez menor de petróleo.

Recentemente os EUA prometeram uma nova ajuda de US$ 120 milhões.

Fonte: BBC Brasil via O Globo

Bombeiros fazem simulação de socorro a acidente aéreo no Aeroporto de Cascavel (PR)

Todo aparato de segurança foi montado, atendimento, ataduras, macas, oxigênio, viaturas tudo para preparar os atendentes

Aeroporto de Cascavel

Estamos acostumados a ver os socorristas do Siate e do Corpo de Bombeiros atender ocorrências em terra, mas e se as pessoas estiverem em perigo no ar?

Uma simulação de acidente com vítimas foi realizada na tarde de hoje (18), no aeroporto de Cascavel. Houve a explosão e ai os socorristas do aeroporto entraram em ação, o Siate do posto mais próximo e o caminhão pipa auxiliaram o salvamento.
Todo aparato de segurança foi montado, atendimento, ataduras, macas, oxigênio, viaturas tudo para preparar os atendentes para o caso de um acidente assim acontecer.

“É importante apesar do fluxo de aeronaves em nosso aeroporto serem pequenos, é importante a preparação para e caso aconteça uma acidente estejam em condições de atuar, o primeiro atendimento quem realiza são os funcionários e o efetivo que está aqui ”.

As vítimas estavam em três estágios como acontece em acidentes maiores, nesses casos são divididos em três cores, a verde para aqueles que tiveram ferimentos leves, o amarelo para aqueles que tiveram ferimentos moderados e inspiram cuidados e as vítimas que ficam na cor vermelha, em estado grave correndo risco de morte.

A ação faz parte das atividades que aconteceram durante toda essa semana no aeroporto, com o treinamento da brigada instalada aqui, funcionários da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) e das empresas que atendem no aeroporto.

Também será criado um Núcleo de Defesa Civil para amparar e prestar apoio a vítimas de catástrofes em todo o país. “Quando acontecer uma calamidade que a comunidade precisar de apoio, poderá contar com esse braço que será instalado aqui, para realizar o apoio”.

Acompanharam a simulação membros da defesa civil de cidades da região que fazem parte do Comdec (Comissão de Defesa Civil), acadêmicos da Unioeste e a diversos órgãos de imprensa.

Fonte: CGN Notícias - Foto: Alex Vieira da Silva

Obras do Aeroporto de Cacoal (RO) estão praticamente finalizadas

Foto de 17 de agosto, quando o Aeroporto de Cacoal recebia camada de asfalto no pátio de estacionamento das aeronaves

A obra está praticamente concluída. O estacionamento, o saguão e as obras de paisagismo estão na fase final. A pista com 2.100 metros é maior que a do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o que deve possibilitar segurança para pousos e decolagens.

No local foram investidos mais de R$ 16 milhões, grande parte do dinheiro através de emendas do ex deputado Nilton Capixaba, com contrapartida do Governo do Estado. O caminhão de combate a incêndio que ficará à disposição do aeroporto já foi adquirido e deverá chegar nos próximos meses.

Conforme o ex deputado Federal, as expectativas são boas. O aeroporto deve entrar em funcionamento até o início de novembro, quando deve acontecer o vôo inaugural. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), homologou o aeroporto no mês de junho. Desde então a pista está liberada para vôos de pequeno e médio porte.

Histórico do aeroporto

A obra do aeroporto foi iniciada em 2000. Ao longo de oito anos já foram investidos mais de R$ 16 milhões de reais, através de emendas do ex-deputado federal Nilton Capixaba. As obras, que ficaram paradas durante três anos por irregularidades no antigo processo de licitação, foram retomadas em maio do ano passado, após liberação do governador Ivo Cassol.

Há um ano a empresa GM Engenharia assumiu a obra, foram feitos balizamento noturno, pista de pouso, pista de taxeamento, pátio para aeronaves, biruta e grupo gerador. Nesta etapa foram investidos R$ 2,7 milhões para a conclusão da pista de pouso e decolagem, além de R$ 227 mil para a urbanização e estacionamento, sendo 85% do investimento do governo federal, através do Comando da Aeronáutica, e 15% do governo do estado.

Fontes: Diário da Amazônia - Foto: rondonia.ro.gov.br

FBI investiga recado em avião que obrigou aterrissagem forçada em Miami

As autoridades americanas averiguam hoje um recado com a palavra "bomba" encontrado no interior de um voo da American Airlines com destino a Boston e que obrigou o avião a retornar ao aeroporto de Miami.

O Boeing 757-200, prefixo N666A, da American Airlines, que fazia o voo AA-1640 se dirigia ontem à noite para Boston procedente de Miami quando uma aeromoça encontrou em um banheiro um papel com a palavra "bomba" escrita, por isso que a tripulação decidiu retornar a Miami.

"A investigação continua e nossos especialistas estão processando a nota no laboratório", disse à Agência Efe Judith Orihuela, porta-voz do FBI.

Judith explicou que, uma vez que o avião aterrissou, tanto os passageiros como a bagagem foram revistados por scanner por agentes da Administração para a Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês).

Os passageiros e a tripulação partiram para seu lugar de destino esta manhã.


Fontes: EFE via G1 / Aviation Herald

Jobim debocha de proposta sueca para venda de avião

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ironizou nesta sexta-feira a proposta da Suécia de vender dois caças pelo preço de um da concorrência para as Forças Armadas Brasileiras. Ao comentar que só conhece a oferta pela imprensa, Jobim afirmou:

- É venda casada? Compra uma garrafa de cerveja e ganha quatro de guaraná? - afirmou o ministro após participar da cerimônia de lançamento do V Jogos Mundiais Militares no Forte São José, na Urca, que será realizado em 2011, no Rio.

Fonte: Luiz Ernesto Magalhães e Flávio Freire (O Globo) - Foto: O Globo

Comentário de Ricardo Noblat: Jobim disse que tomou conhecimento pela imprensa da proposta sueca, mas que precisa se debruçar melhor sobre ela. Nesse caso, por que ironizou a proposta?

Com tal comportamento como desejar que a concorrência para a compra de aviões militares não passe de encenação para legitimar o que já foi decidido a favor da França?

Fonte: Blog do Noblat

FAB e Embraer preferem caça da Boeing

Boeing F-18 Super Hornet

Como já se sabe, se depender do presidente Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a França - com quem o Brasil já fechou negócio para a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros - também deverá fornecer um pacote de 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira, a FAB, numa transação que pode variar entre 4 bilhões e 8 bilhões de reais.

Além do Rafale, fabricado pela Dassault, também estão na disputa os caças FA-18 Hornet, da americana Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Os três concorrentes devem apresentar uma nova rodada de propostas à FAB na próxima segunda-feira. A decisão do governo deve sair em outubro.

Mas ainda que não comentem a respeito - tanto a FAB, quanto a Embraer, que deverá participar da contrução dos caças e assimilar a transferência de tecnologia exigida do governo brasileiro do fornecedor - preferem o caça FA-18 Hornet, da Boeing.

Para a Embraer, a preferência pela Boeing é claramente comercial. De saída, a empresa brasileira participa de uma licitação de 100 aviões leves de combate, como o Super Tucano, para a Força Aérea Americana, que pretende usá-los em cenários de guerra de guerrilha, como no Afeganistão.

A decisão ianque sobre a compra, que pode alcançar 90 milhões de dólares, deve ser anunciada em 2010.

As duas transações são independentes. Mas se o Brasil optar pelo FA-18, a Embraer deverá contar com maior simpatia dos americanos pelos Super Tucanos.

Outro ponto importante para a Embraer é o interesse já manifesto pela Boeing em desenvolver com a empresa brasileira um avião cargueiro militar, o KC-390, também a ser vendido para as forças armadas brasileiras.

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a França gostaria de desenvolver um cargueiro com a Embraer. Mas acontece que a Airbus, que é sediada na França, já trabalha num projeto similar ao KC-390.

Já do ponto de vista da FAB, a preferência pela Boeing diz respeito à superioridade técnica do FA-18 sobre o próprio Rafale e o Gripen.

Aliás, nos últimos anos, o Rafale, que é fabricado pela Dassault, perdeu cinco disputas internacionais para o FA-18, em países como a Coreia.

Um dos trunfos do FA-18 é o seu sistema de radar AESA, desenvolvido pela Raytheon, que permite que o avião se torne invisível para o inimigo, que uma vez detectado pode ser fulminado antes mesmo de saber que estava sendo perseguido.

Além disso, para a FAB, a superioridade técnica da Boeing tem a ver com o sistema de navegação GPS.

Os americanos possuem a única constelação de satélites do mundo dotada da tecnologia. O GPS permite a localização exata de um objeto na superfície terrestre ou próximo dela, independente de condições meteorológicas ou de luminosidade.

Cabe ao Pentágono licenciar o uso do GPS para fins civis e militares em todo o mundo.

Logo, se comprar os Rafales, o Brasil continuará dependente dos americanos, ainda que indiretamente. A importação do GPS certamente tornará o pacote francês mais caro para o Brasil.

Desde o início da década que a União Europeia analisa a construção de um sistema GPS próprio. Mas a proposta, que está longe de sair do papel, custaria pelo menos 20 bilhões de dólares.

Outro aspecto que até agora vem sendo ignorado por Lula e Jobim - mas que é de interesse dos comandantes brasileiros - é a transferência tecnológica enquanto treinamento.

Só um piloto muito bem treinado consegue um rendimento máximo em ação. E nesse quesito, mais uma vez os militares brasileiros tem mais intimidade com os americanos, que por sinal tem as forças armadas mais bem treinadas do mundo.

A discussão sobre transferência tecnológica dos caças está restrita à resistência americana em permitir que a tecnologia a ser cedida para o FA-18 Hornet no Brasil seja revendida para países indesejáveis para os EUA, como a Venezuela ou o Irã.

Os americanos já declararam que o Brasil não teria carta branca para revender os FA-18 "made in Brazil".

De forma explícita, a provável decisão brasileira em comprar os Rafales vai se apoiar nesse aspecto.

Mas de forma velada, a intenção do governo Lula em se alinhar à França tem a ver com a intenção de demonstrar aos nossos vizinhos latino-americanos independência em relação a Washington.

No governo brasileiro, o Itamaraty tem dado sinais de que essa seria uma resposta em boa hora à Casa Branca, poucos meses depois do anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia de combate ao narcotráfico.

O anúncio gerou uma enorme polêmica na Unasul, que reúne os países sul-americanos, com anti-americanistas notórios, como os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Corrêa, do Equador.

Com razão, o Brasil não gostou da maneira como os americanos trataram o tema, não consultando, ou pelo informando Brasília de antemão a respeito.

Mas para o bem da segurança nacional, da FAB e do contribuinte brasileiro - que vai pagar a conta - é preciso esclarecer todos os aspectos - geopolíticos, técnicos e comerciais - que cercam a maior compra de aviões militares pelo Brasil desde 1973.

Fonte: Portal Exame - Fotos do F-18 Super Hornet: Divulgação/Boeing

Tarifa aérea tem queda de 16,7% este ano

Queda nos preços do querosene para aviação, além do dólar e as promoções contribuíram para que passagens tivessem uma redução maior

Apenas em 2009 os preços das passagens aéreas já caíram 16,17% no país. No Recife, este percentual chega a - 12,84%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, divulgado na última semana.

Entre os fatores que contribuíram para a redução dos preços, os de maior impacto são a queda do preço do querosene para aviação (QAV) e da cotação do dólar, além da maior oferta de promoções.

"Não é possível falar em apenas um motivo para a redução dos preços das passagens, mas o primeiro é a acentuada queda no preço do combustível. O barril de petróleo, que no ano passado chegou a US$ 170, hoje está em torno de US$ 100. Essa redução responde por algo em torno de 10% desta variação nas taxas", explica o consultor do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) e ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Allemander Pereira Filho. Segundo o consultor, os gastos com combustível representam entre 30% e 40% dos custos das companhias aéreas.

Outro indicador é a cotação do dólar - que chegou a R$ 2,50 e atualmente oscila na faixa entre R$ 1,80 e R$ 1,90. A moeda norte-americana é usada na hora do pagamento do leasing das aeronaves, cujo aluguel chega a custar até US$ 250 mil por mês para as empresas, por avião.

Num ambiente de crise econômica e com o surto de gripe AH1N1, quando o número de viagens tende a ser reduzido, as empresas acabam adotando estratégias para atrair os consumidores, incluindo promoções e tarifas mais baixas para compras antecipadas. Tudo para diminuir o número de assentos vazios por viagem.

"As empresas sentiram o impacto da crise econômica e os efeitos da gripe e foram levadas a fazer promoções para estimularem as pessoas a viajar. É melhor fazer ofertas e manter as aeronaves ocupadas, mesmo ganhando um pouco menos, do que ter assentos vazios", ressalta o consultor, considerando que o crescimento da demanda por viagens, fará também os preços dos bilhetes se recuperarem.

Competição

Na esteira de todos estes componentes, a maior concorrência entre as companhias aéreas também aparece contribuindo para a redução dos preços das passagens. Entre 2008 e 2009, o surgimento da Azul e o crescimento de empresas como a Webjet, são exemplo de uma maior diversificação.

"O consumidor está realmente pagando menos pelos bilhetes aéreos. No Recife, este resultado se deveu à aplicação de uma variação maior de tarifas pela Gol, oferecendo melhores condições para quem planeja a viagem com antecedência", diz a coordenadora da Pesquisa de Indicadores de Preços do IBGE em Pernambuco, Fernanda Lins.

Para o mercado de agências de viagens, 2009 terminará com uma recuperação rápida dos percalços ocorridos no ano. "O pior da crise já passou e o susto da gripe também. Quando os clientes viram que o surto chegou ao Brasil, retomaram as viagens tomando os cuidados necessários. Acho que teremos um resultado muito bom no fim do ano", prevê a conselheira da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) em Pernambuco, Fátima Bezerra.

Fonte: Juliana Cavalcanti (Diário de Pernambuco) - Foto: Júlio Jacobina/DP/D. A Press