terça-feira, 7 de julho de 2009

Conheça o protótipo do avião solar

Ele tem asas do tamanho das de um Boeing 747, mas pesa menos que um carro pequeno – e é totalmente movido pela energia solar.

O aventureiro Bertrand Piccard criou o protótipo do “Solar Impulse” (Impulso Solar), e quer fazer história com o primeiro voo ao redor do mundo com um veículo do tipo. Piccard afirma que o avião definitivo poderá viajar dia e noite usando 12 mil células solares, baterias recarregáveis de lítio e quatro motores elétricos.

“Ontem era um sonho, hoje é um avião, e amanhã será uma representação das energias renováveis”, disse Piccard na inauguração do protótipo. Ele co-pilotou em 1999 a primeira viagem ao redor do mundo em um balão. O avião passará por uma série de testes pelos próximos dois anos, e um novo avião será construído em 2012 para a grande viagem. O projeto tem um orçamento de 70 milhões de Euros – aproximadamente 190 milhões de Reais.

Com o motor produzindo aproximadamente 40 cavalos-vapor, o avião vai voar a uma velocidade parecida com a de pedestres, de 35 quilômetros por hora. Diferentemente da viagem de balão feita por Piccard, a viagem ao redor do mundo com o novo avião vai exigir paradas. “O avião é bem pequeno. 36 horas de viagem já é um desafio, testa a sua paciência”, afirma Piccard, se referindo ao pequeno tamanho da cabine do avião.

Uma coisa que o avião não irá agüentar é enfrentar tempo fechado: os painéis solares não necessários para vôos diurnos e para carregar as baterias de lítio do avião, que dependem da luz do sol. “Evitaremos situações turbulentas. Evitaremos também chuva, porque não é possível coletar energia suficiente neste tipo de clima.”, afirma Piccard. “O desafio será encontrar uma rota favorável”, completa.

Ele também chama a atenção que o avião deve servir como inspiração para inventores: “Se um avião é capaz se voar dia e noite sem combustíveis, movido somente pela energia solar, ninguém pode dizer que não é possível fazer o mesmo com carros, sistemas de ar condicionado e computadores”.


Fonte: Cezar Ribas (HypeScience) - Fotos: MSNBC

França investiga "buraco negro" em controle aéreo após queda de Airbus

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, denunciou nesta terça-feira a existência de "buracos negros" no controle de tráfego aéreo e afirmou que especialistas estão investigando formas de evitar as falhas na supervisão de voos no oceano Atlântico, pouco mais de um mês depois do acidente com o voo 447 da Air France que deixou 228 mortos.

O Airbus A330 da empresa aérea saiu no dia 31 de maio do Rio com destino a Paris e caiu no oceano Atlântico pouco depois de passar por Fernando de Noronha (PE). As primeiras investigações indicam que a aeronave não se partiu no ar, e sim caiu inteira nas águas.

O ministro de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e o ministro de Cooperação, Alain Joyandet, foram a Dacar nesta terça-feira para se reunir com as autoridades do Senegal e discutir como garantir que "não há mais buracos negros" no controle de tráfego aéreo.

"É normal haver tais falhas", disse Sarkozy, em entrevista coletiva ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois países colaboram nas investigações sobre as causas do acidente.

O investigador de acidentes aéreos francês Alain Bouillard afirmou na semana passada que os controladores de tráfego aéreo de Dacar nunca foram oficialmente denominados pelas autoridades brasileiras para realizar a supervisão do voo em seu espaço aéreo.

A Força Aérea Brasileira afirmou anteriormente que avisou o Senegal que o voo 447 da Air France entraria em seu espaço aéreo às 23h20 do dia 31 de maio e que, sob acordo de ambas as nações, os controladores precisariam apenas informar os colegas senegaleses de que o voo deveria chegar neste horário. Aos senegaleses caberia iniciar um contato caso o voo não chegasse.

Contudo, a Agência de Segurança em Navegação Aérea para África e Madagascar, conhecida como Asecna, negou a informação e disse ser responsabilidade do Brasil contatar os controladores em Dacar para confirmar a chegada do avião.

Bouillard afirmou que descobrir quem era responsável por supervisionar o voo 447 faz parte da investigação, mas não sugeriu que possa haver contribuído com a queda.

O presidente Lula tentou minimizar o discurso e afirmou que ele também passou pela zona sem supervisão no oceano Atlântico. "Depois que se sai do espaço aéreo brasileiro, não há comunicação com ninguém", disse.

"Eu vi por mim mesmo que há um buraco", completou aos repórteres, ressaltando que, contudo, ainda não se sabe a causa do acidente.

Lula também rebateu as acusações da França de que os especialistas não estavam divulgando informações sobre as autópsias das vítimas.

"Não há nada a esconder", disse.

A busca por mais corpos foi suspensa, mas autoridades francesas, escocesas e americanas continuam procurando a caixa-preta - que podem ter pistas cruciais sobre o que aconteceu com o voo 447.

Fonte: Associated Press via Folha Online

Pane no balizamento da pista atrasa voos em Caxias (RS)

Passageiros esperam uma hora para decolagem no aeroporto de Caxias

Pane elétrica foi a causa da demora

Na noite desta segunda-feira, 61 passageiros de um voo da Gol, operado pela Varig, esperaram uma hora para a decolagem no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. O voo para São Paulo estava marcado para decolar às 18h45min, mas só saiu do chão por volta das 19h50min.

O motivo da demora foi uma pane elétrica no balizamento da pista, segundo o administrador do aeroporto, Henrique Elustondo. Os passageiros aguardaram o conserto dentro do avião.

Fonte: Juliana Almeida (Pioneiro) - Foto: Daniela Xu

Famílias do voo 447 recorrem a franceses por indenizações

Grupo vai se unir com franceses e alemães que também perderam familiares no acidente da Air France

A Associação Brasileira das Famílias das Vítimas do acidente com o voo 447 da Air France no dia 31 de maio vai unir forças com as famílias francesas e alemãs. Quatro representantes da associação passaram uma semana em Paris conversando sobre o melhor caminho para não só discutir os valores das indenizações quanto para acompanhar as investigações sobre as causas do acidente. Na maior catástrofe da história da Air France morreram 228 pessoas, entre elas 61 franceses, 58 brasileiros e 26 alemães.

"O resultado da viagem foi muito bom. Nós fomos lá para interagir com associação das famílias das vítimas francesas. A partir de agora vamos trocar informações durante o longo processo de reparação e investigação", explica Nelson Marinho, representante da associação brasileira, que perdeu o filho, Nélson Marinho Filho, de 40 anos, na tragédia.

No encontro com Christophe Guillot-Noël, presidente da associação francesa, Marinho descobriu que as famílias da França recebem mais apoio do que os brasileiros. "Aqui não conseguimos nem que o governo nos amparasse no sentido de providenciar documentos já que tem corpos que não vão aparecer. O do meu filho, por exemplo."

Na viagem, os brasileiros conheceram o escritório de advocacia Podhurst Orseck, com sede nos Estados Unidos, e filial em Paris, especializado em acidentes aéreos. Marinho vai contratar o escritório para cuidar do caso do seu filho. "Pelas minhas pesquisas só um escritório internacional tem capacidade de negociar neste caso. Temos um longo caminho a percorrer. " O maior medo de Nelson Marinho e de outros familiares das vítimas é não descobrir as causas da queda do avião.

Em Paris, ele teve um encontro no Bureau d'Enquête et Analyses, órgão do governo francês que investiga o acidente. Na quinta-feira passada, o escritório divulgou seu primeiro relatório, mas ainda não tem pista do que provocou a queda do avião que fazia o trajeto Rio-Paris.

"Não saber o que aconteceu é desesperador para as famílias. E quando se trata de dinheiro, tudo fica mais complicado. Às vezes me faz até pensar que tem gente que torce para que as caixas-pretas não apareçam. Mas as três associações juntas vão pressionar para saber o que aconteceu." No dia 18, Marinho deve ir a Berlim para um encontro da associação das famílias alemãs.

Marinho foi a Paris por um companhia aérea brasileira. Foi e voltou checando a velocidade do Airbus 330 ( o mesmo do acidente) pelo monitor que exibe aos passageiros os dados do voo. "Passei na ida e na volta pelo lugar onde está o corpo do meu filho. Estou em pedaços."

Fonte: Estadão.com.br

Investigação sobre acidente em Comores deve ser longa

A busca por um avião iemenita que caiu em águas profundas perto de Comores pode demorar mais que o imaginado, disse o embaixador francês no arquipélago do oceano Índico na segunda-feira.

Uma adolescente sobreviveu e outras 152 pessoas são dadas como mortas depois que um Airbus A310-300, da companhia aérea iemenita, caiu no mar na última terça-feira enquanto tentava aterrissar em meio ao mau tempo. As equipes de resgate cancelaram a procura por sobreviventes.

"A busca pode levar mais tempo do que estimamos inicialmente. Comores não tem mapas do fundo do mar", disse o embaixador Luc Hallade a jornalistas na capital Moroni.

Ele disse que a França estava enviando um barco para ajudar a determinar a profundidade de onde estariam os destroços e quais eram os equipamentos necessários para chegar à fuselagem - mas a embarcação não chegaria antes de uma semana.

As autoridades afirmam que a causa do acidente permanece desconhecida. Investigadores franceses disseram no domingo que detectaram um sinal das caixas-pretas, que devem conter informações para ajudar a esclarecer o que aconteceu.

Militares franceses e norte-americanos não conseguiram encontrar nenhum corpo, aumentando a especulação de que a maioria dos mortos permanece presa na fuselagem submersa do avião do vôo IY 626.

"A busca infrutífera por corpos...nos leva a assumir que os passageiros permaneceram presos dentro da aeronave", disse o chefe do Exército de Comores, coronel Ismael Moegni Daho.

"A busca por sobreviventes, conduzida por uma equipe norte-americana que fez mais de 20 voos sobre a área, foi abandonada e a operação agora está centralizada na localização e resgate dos destroços e das caixas-pretas", disse ele.

A única sobrevivente do acidente, uma garota de 14 anos, ficou mais de 12 horas no mar agitado segurando-se em um destroço que estava flutuando. Ela fraturou a clavícula e teve cortes e queimaduras.

Fonte: Ahmed Ali Amir (Reuters) via G1

Passageiro faz reparo em avião e evita atraso de oito horas

Diante da possibilidade de um atraso de oito horas num voo entre a Espanha e a Escócia, devido a um problema técnico, um passageiro de um voo da empresa aérea Thomas Cook, mecânico profissional, decidiu se oferecer para reparar a aeronave, um Boeing 757-200.

O problema em causa provocaria um atraso de mais de oito horas no voo TXC 9641, da Thomas Cook, porque seria necessário transportar um engenheiro do Reino Unido para a Espanha, informa a BBC.

Um passageiro identificou-se então como engenheiro de aviões, devidamente qualificado, e ofereceu-se para consertar o defeito.

Resolvido o problema, o avião pôde deixar a ilha de Menorca no sábado (4) e aterrissar em Glasgow, com um atraso de apenas 35 minutos.

Uma porta-voz da Thomas Cook disse que a companhia seguiu procedimentos rigorosos de segurança para confirmar que o passageiro possuía a qualificação necessária para trabalhar no Boeing 757-200.

Segundo a Thomas Cook, o engenheiro trabalha para outra companhia aérea, a Thomsonfly, que tem um contrato de manutenção com a Thomas Cook.

"Quando eles anunciaram que havia um problema técnico, ele apresentou-se e disse quem era", afirmou a porta-voz. "Confirmamos o seu registo profissional e verificamos que ele era quem dizia ser".

A porta-voz agradeceu ao passageiro pelo esforço que evitou o atraso do voo. "Estamos muitos gratos que ele estivesse no voo naquele dia".

Fonte: BBC / SOL (Portugal)

Queda de helicóptero mata 3 soldados no sul afegão

Pelo menos três soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), morreram na queda do helicóptero em que viajavam no sul do Afeganistão, informaram hoje fontes militares.

Dois soldados canadenses e um britânico morreram no acidente, que aconteceu ontem quando o helicóptero tentava aterrissar na província de Zabul, a nordeste da cidade de Kandahar. A informação é do Ministério da Defesa de ambos os países.

Outros três militares canadenses ficaram feridos no incidente e foram levados a um centro médico da Isaf, explicou o Ministério da Defesa do Canadá.

Segundo a mesma fonte, foi aberta uma investigação para determinar as causas do acidente, já que não ocorreu devido a um ataque inimigo.

O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou também hoje a morte do soldado britânico na queda do helicóptero.

Fonte: EFE via UOL Notícias

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Japão flagra 4 fraudadores de sistema biométrico de identificação em aeroporto

Funcionários da imigração do aeroporto internacional de Narita, em Tóquio, revelaram que desde janeiro de 2009 quatro pessoas tentaram entrar ilegalmente no Japão burlando o sistema biométrico de identificação.

Oficial da Imigração do Aeroporto Internacional de Narita demonstra o sistema de identificação biométrica para a mídia em novembro de 2007

Os infratores alteraram cirurgicamente suas impressões digitais originais. O objetivo era enganar o sistema de autenticação do aeroporto, baseado em impressões digitais e projetado para detectar estrangeiros com histórico de deportação do Japão.

As quatro pessoas foram flagradas porque suas cirurgias tinham imperfeições e acionaram um alarme nos escâners de dedos no balcão da imigração. Isso levou as autoridades a buscar reconhecimento facial, comparando os dados datiloscópicos com as fotos dos suspeitos.

Autoridades japonesas aumentaram o rigor dos procedimentos de entrada logo no início do ano após o relato do primeiro caso de tentativa de entrada ilegal burlando sistema similar no aeroporto de Aomori, em 2008. Na ocasião, uma mulher que havia sido anteriormente deportada por estar com seu visto vencido conseguira entrar no país usando uma fita adesiva especial em seus dedos.

Os quatro suspeitos barrados em Narita foram presos e revelaram aos investigadores que suas impressões digitais foram alteradas por cirurgias realizadas na China, onde cada um pagou o equivalente a US$ 734 aos cirurgiões. As autoridades suspeitam do envolvimento de grupos organizados chineses de tráfico de imigrantes ilegais.

O sistema de identificação biométrica foi introduzido no Japão em novembro de 2007 como parte de medidas antiterrorismo instauradas após a revisão da lei de imigração daquele país, que exige que se fotografe o rosto e grave as impressões digitais de estrangeiros maiores de 16 anos para confrontação com um banco de dados de deportados e procurados pela polícia.

Fonte: The Japan Times Online via O Globo - Foto: Kiodo

Terminal de Logística de Carga do Aeroporto Afonso Pena comemora 35 anos

Engana-se quem pensa que ao se falar de Terminal de Carga está-se lidando apenas com objetos, números, “coisas” inanimadas, enfim. Que não há vidas envolvidas. Pelo contrário: há sempre muitas pessoas, sem as quais uma carga não deixaria sua origem para chegar ao seu destino.

Pessoas estão presentes quando é preciso descarregar a aeronave, tirando os volumes dos “pallets” - estrados para produtos. Pessoas estão presentes para dirigir as empilhadeiras quando os volumes são levados até o armazém. E são pessoas que manuseiam os computadores nos modernos programas que identificam as cargas e as deixam seguras em seus locais de depósito, até que outras pessoas as venham retirar. E quando a carga sai dos armazéns, vai até as mãos de mais pessoas. Vai gerar empregos e riquezas, alimentando, suprindo a sociedade.

Em 1974, a Infraero enxergou a importância desta cadeia, acreditando na possibilidade de ter uma área exclusiva à movimentação cargueira. Foi inaugurado, então, no Aeroporto Internacional Afonso Pena/Curitiba, no dia 1° de julho, o primeiro TECA (Terminal de Cargas) da Infraero. O primeiro dos 34 hoje denominados Terminais de Logística de Carga existentes no Brasil.

A Infraero exerce a atividade de fiel-depositária, ou seja, fica legalmente responsável por produtos e bens de terceiros nas operações de carga, descarga, movimentação, armazenamento ou passagem, guardando-os sob sua custódia enquanto não são liberados. Também atua como um elo de integração entre os órgãos anuentes do TECA, como ANVISA, Ministério da Agricultura, Polícia Federal, Receitas Federal e Estadual, junto aos despachantes de cargas e o público em geral, os quais utilizam o modal aéreo.

A área do Terminal que hoje é de 12 mil m2 está em fase de reforma e ampliação. Após o prazo de execução da obra, que é de 14 meses, a ampliação será de 5 mil m2 e o investimento em torno de R$10,6 milhões.

A receita do Terminal de Cargas no Afonso Pena representa hoje aproximadamente 30% da receita anual do Aeroporto de Curitiba. Considerando o total de R$73,25 milhões, isto significa o equivalente a mais de R$24,36 milhões por ano. O TECA Afonso Pena é o 5° mais importante da rede Infraero.

Nos últimos 10 anos, a quantidade de volumes manuseados no TECA Afonso Pena mais que dobrou, passando de 150.795 para 376.254 volumes por ano. A relação de peso das cargas também cresceu: de 8,86 mil toneladas, passou para 25,15 mil toneladas por ano. Aumentou 192,55%. Importações são maiores que exportações, fato explicado pelo grande parque industrial em toda região de Curitiba. As importações de peças e componentes atendem principalmente aos setores automobilístico e de eletro-eletrônicos.

Dentre as cargas pitorescas que passam pelo armazém, destacamos e exportação de um balão dirigível, caminhões da “Fórmula Truck”, bem como importações e exportações de carros de corrida da FIA e da “Fórmula Nissan”.

Em 2009, a Infraero instituiu o dia 1° de julho como o Dia da Logística de Carga, em homenagem ao pioneiro da rede, o Aeroporto Internacional Afonso Pena. É o reconhecimento pelos resultados alcançados com este negócio estratégico, que vem crescendo na participação comercial da empresa. No dia 03 de julho, às 09:00h, no Terminal de Logística de Cargas, fará a inauguração de uma placa que marca os 35 anos do TECA Afonso Pena.

Fonte: afonso_pena.cnpa@infraero.gov.br via Paranashop - Fotos: divulgação

Tap Cargo registra faturamento recorde em 2008

A Tap Cargo registrou em 2008 um faturamento recorde de 128 milhões de euros, que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. O mercado português foi responsável por cerca de um terço desta receita, fazendo com que a empresa mantivesse a posição de liderança em Portugal.

“A consolidação das operações regulares em voos cargueiros que a Tap Cargo semanalmente opera na Europa, a partir da Alemanha, da Bélgica e do Reino Unido, e que nos ajudam diariamente a alimentar os porões de carga dos 65 voos semanais que temos para o Brasil” é um dos fatos mais relevantes do movimento no ano passado, disse o diretor da empresa, José Anjos.

“Foram também ampliadas as operações em cargueiros Boeing 747 de Lisboa e do Porto com destino a Luanda, em Angola. A produção total da Tap em voos cargueiro aumentou 80% em relação ao ano anterior”, informou Anjos, destacando ainda “a inauguração do novo Terminal de Carga no Aeroporto de Lisboa, que oferece as condições necessárias mínimas para o processamento de carga aérea”.

Fonte: Claudio Schapochnik (Panrotas)

Fãs de aviação despedem-se da Expo Aero em São José dos Campos

Os apaixonados por aeronáutica puderam aproveitar o domingo (05) para visitar o último dia da Expo Aero, em São José dos Campos. Cerca de 120 empresas marcaram presença no evento, que apresentou também as novidades do setor.

Entre as aeronaves em exposição, algumas em especial chamaram a atenção, como um helicóptero utilizado pela Marinha brasileira. “É a primeira vez que eu venho [à feira]. Achei bem interessante. Dá para a gente ter uma noção da carreira de piloto, para quem quer seguir”, comenta um dos visitantes.

O público ainda pôde conferir as demonstrações de alguns modelos, como o Embraer 190. A tarde ainda contou com voos de helicópteros e aviões de acrobacias.

O estudante Lucas Paiva Souza, de Minas Gerais, ficou encantado: “É tudo muito bom. O mais legal são as acrobacias. Eu tenho um aeromodelo e até já ganhei uma competição em Itajubá (Minas Gerais). Pretendo ser piloto de avião comercial”.

Na edição do ano passado, foram contabilizados mais de R$ 60 milhões em intenções de compra.

Fonte: VNews - Foto: Reprodução/TV Vanguarda

Queda de avião faz dois mortos em Virgínia, nos EUA

Um pequeno avião caiu na manhã de domingo (5) no estado americano de Virgínia, causando a morte dos dois ocupantes.

O local do acidente

O avião Pilatus PC-12/45, prefixo N578DC, caiu em Rockbridge County, na Virgínia, depois de o piloto relatar uma falha nos equipamentos e ter desviado para o Aeroporto Regional de Lynchburg.

A aeronave havia decolado por volta das 7:30 (hora local) de Teterboro, em Nova Jersey com destino ao Aeroporto Executivo de Tampa, na Flórida. O avião caiu na Fazenda McCormick, que é propriedade da Universidade Virginia Tech.

O Pilatus PC-12 e o mapa do local do acidente


Fontes: TBO.com / The Roanoke Times - Foto: Eric Brady

Dois tripulantes feridos num acidente de avião a serviço da ONU em Darfur

Um acidente foi registrado hoje (segunda-feira, 6), no momento em que um avião alugado pelas Nações Unidas realizava a manobra de aterrissagem, visando o reabastecimento dos membros da força de paz em Darfur, provocando dois feridos entre os membros da tripulação.

A informação foi dada à imprenda pelos "capacetes azuis" que operam nesta região do oeste do Sudão, assolada por uma guerra civil.

O aparelho do tipo Antonov An-28, prefixo ST-TYB (foto acima), pertencente à companhia Supreme Global Services Solutions (Dinder Air) e alugado pela ONU, teve dificuldades de aterrissar em Saraf, no distrito de Kebkabiya, situado na província de Darfur-Norte, segundo um comunicado da Missão de Paz da ONU-União Africana em Darfur (MINUAD).

" O piloto e o co-piloto ficaram feridos. Não se registrou nenhum morto. O incidente está sendo objeto de um inquérito", sublinhou a Minuad.

Segundo as primeiras indicações, tratou-se de um problema ligado ao trem de aterrissagem, acrescentaram os "capacetes azuis".

Fonte: Angop - - Foto: Vano

MAIS

DARFUR


Mapa do Sudão com a região de Darfur em destaque

Darfur (دار فور, ou "terra dos fur", em árabe) é uma região no extremo oeste do Sudão, na fronteira com a Líbia, o Chade e República Centro-Africana. Divide-se em três estados federais sudaneses: Garb Darfur (Darfur Ocidental), Djanub Darfur (Darfur do Sul) e Chamal Darfur (Darfur do Norte).

Com uma área de 503.180 km2 e uma população aproximada de 7 milhões de habitantes, Darfur caracteriza-se pelo baixo nível de desenvolvimento. Apenas 44,5% das crianças do sexo masculino e 33,3% das crianças de sexo feminino freqüentam a escola.

Três etnias são predominantes em Darfur: os fur, que emprestam o nome à região, os masalit e os zaghawa, em geral negros muçulmanos ou seguidores de outras religiões africanas.

A região é palco de um conflito decorrente de disputas entre as populações árabe e não-árabe, na franja sul do deserto do Saara. Os não-árabes, separatistas, são alvos de uma ação de extermínio empreendida por milícias árabes, denominadas janjaweed, que, por sua vez, são acusadas de receber apoio do governo sudanês.

O conflito já fez mais de 200 mil mortos e cerca de 2 milhões de refugiados desde 2001, em quatro anos de "inércia diplomática" entre os países do mundo. Segundo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, além das causas sociais, econômicas e políticas, o conflito e a grave crise humanitária decorrente têem sido intensificados por alteração climática que provocam períodos alternados de grande seca, ou chuvas e inundações no sul do Sudão, a partir da década de 1970.

Recentemente, a China tem sido alvo de críticas, por parte de organizações da sociedade civil em muitos países, pelo fato de defender na ONU, e em outros fóruns internacionais, a não-intervenção nos assuntos internos do Sudão. Enquanto isso, o comércio entre os dois países cresce exponencialmente.

Em 23 de abril de 2007 foi instituída a Autoridade Regional de Transição do Darfur (Transitional Darfur Regional Authority) que supervisionará a realização de um referendo nos três estados em 2010.

Fonte: Wikipédia - Mapa: ChrisO

Trem-bala toma lugar de avião

A experiência japonesa mostra que o trem-bala é altamente competitivo nos percursos entre 300 e 800 quilômetros

A experiência japonesa com os trens expressos de alta velocidade mostra que eles são altamente competitivos nos percursos entre 300 quilômetros e 800 quilômetros. Em distâncias menores, o automóvel e o ônibus ganham. Em percursos mais longos, o avião é mais vantajoso por causa da maior velocidade. O projeto do trem-bala brasileiro - que interessa a empresas japonesas - vai percorrer 511 quilômetros entre o Rio e Campinas.

Está, portanto, dentro da distância em que o trem-bala é considerado mais competitivo. Depois da instalação do trecho pioneiro do expresso japonês, os 515 quilômetros de Tóquio até Osaka, com uma estação em Nagoya, a 342 quilômetros da capital japonesa, os voos Tóquio a Nagoya desapareceram.

Fonte: Marta Watanabe (Valor Online)

No Rio, Feira Nacional de Aviação espera receber 50 mil

O Aeroporto Santos Dumont, no Rio, recebe nos próximos dias 24, 25 e 26 a Feira Nacional de Aviação Civil 2009. O objetivo do evento, que é gratuito e estará aberto ao grande público no sábado e domingo (25 e 26), é proporcionar lazer, diversão e informação sobre o segmento. A feira acontecerá no hangar do Terceiro Comando Aéreo Regional (III Comar). No dia da abertura são esperadas cerca de 1,5 mil crianças da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, além de autoridades dos Governos Federal, Estadual e Municipal.

Para esta edição – a segunda do encontro -, a expectativa é que 50 mil visitantes passem pelo centro de exposições. Mais de 30 aeronaves estarão expostas e empresas como Embraer, OceanAir, Tam, Gol, Azul e Webjet já confirmaram presença.

Programação:

• Exposição de aviões, planadores e helicópteros;
• Atividades lúdicas para o público infantil;
• Simuladores de voo;
• Atividades e exposições para o público geral;
• Exposição de escolas, universidades e aeroclubes.

Site do Evento: http://www.feiradeaviacaocivil.com.br/

Fontes: Panrotas / Site do Evento

Suspeita de nova gripe provoca confusão em aeroporto do Rio

Vinte pessoas deixaram de embarcar para Salvador.

Passageiro com suspeita da doença tinha autorização para viajar.




Uma suspeita de nova gripe provocou confusão no embarque de um voo da TAM no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio.

Vinte pessoas, entre elas seis crianças que iam para Salvador, deixaram de embarcar porque havia um passageiro com sintomas da doença no avião na tarde de domingo (5). Segundo integrantes do grupo, no momento do check in, funcionários da companhia orientaram aqueles que estavam do meio para o fim da aeronave a usar máscaras, por conta da proximidade com o suposto doente.

De acordo com a TAM, o passageiro com sintomas tinha uma declaração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para embarcar. A produção do Bom dia Rio não conseguiu contato com a Anvisa.

“Falaram que iam falar com o rapaz para o rapaz desistir do voo, tentar fazer com que ele desistisse e embarcasse em outro voo devido a essa quantidade de crianças, sendo que não foi dada essa posição pra gente, se ele desistiu ou não, O avião saiu, ou seja, ele não desistiu e a gente não sabe se falaram com ele”, disse uma passageira.

“Nós optamos por não embarcar, já que éramos um grupo que estava com crianças, com gestante e a gente não ia se colocar nesse risco”, falou outra passageira.

A TAM informou que todos os passageiros tiveram suas passagens remarcadas sem custos.

Muda estratégia de combate à doença

O Ministério da Saúde mudou a estratégia de combate à nova gripe. A determinação é de só fazer testes em pessoas que estejam em estado grave de saúde ou em quem tiver frequentado locais onde a doença foi registrada, como escolas ou empresas. A decisão foi tomada porque o índice de mortes é considerado baixo pelo Ministério, similar ao da gripe comum, que é de 0,1%.

O ministro José Gomes Temporão recomendou que a população procure os postos de saúde quando tiver os sintomas da doença. E os hospitais de referência só passariam a receber pacientes encaminhados pelos postos ou por um médico para fazer um teste.

No domingo (5), o Ministério da Saúde informou que foram confirmados mais 73 casos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil. As novas ocorrências estão localizadas nos estados de São Paulo (61), Pernambuco (4), Paraíba (2), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (2), Ceará (1) e Rio Grande do Norte (1). Com o total de casos, o número de infectados no Brasil chega a 885. O número de casos confirmados no estado do Rio já chega a 91.

Fonte: G1 (com informações do Bom Dia Rio)

Avião tenta pousar três vezes no Recife e vai para Maceió

Previsão de chegada da aeronave era 0h45 desta segunda-feira.

Voo só chegou por volta das 7h com passageiros vindos do Rio.


Uma aeronave da Gol enfrentou problemas para pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, na madrugada desta segunda-feira (6). Segundo a Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária (Infraero), o voo 1348 saiu do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite de domingo (5), e deveria pousar na capital pernambucana às 0h45, com 177 passageiros.

Passageiros ficam no saguão à espera de voo para o Recife

Ainda de acordo com a Infraero, chovia muito na região no horário do voo, mas a empresa informou que o aeroporto permaneceu aberto durante toda a madrugada e que todos os demais voos pousaram e decolaram sem problemas.

De acordo com os passageiros, o voo foi tranquilo até o momento em que o pouso no Recife foi anunciado. Segundo o comandante Jorge Miranda, a torre de controle havia informado que chovia muito, a pista estava escorregadia e muito molhada.

Por duas vezes seguidas, o avião tentou pousar e arremeteu. O piloto, então, avisou aos passageiros que tentaria pousar no aeroporto de Salvador. Alguns minutos depois, o piloto informou que iria para Maceió, onde pousou à 1h20. A aeronave foi abastecida e decolou para Recife outra vez às 2h20.

Ainda segundo os passageiros, cerca de meia hora depois, nova tentativa frustrada de pouso no Recife. O piloto subiu de novo, deu voltas sobre a cidade e decidiu retornar para Maceió, onde os passageiros desembarcaram às 3h40. Todos foram levados para a sala de espera com cartões informando que estavam "em trânsito".

Neste momento, a Gol informou aos passageiros que o voo estava cancelado e que haveria quatro ônibus disponíveis para o Recife a partir das 6h. Por conta das queixas dos passageiros, a companhia aérea mudou os planos e escalou uma tripulação para substituir a anterior. Um grupo de 15 pessoas decidiu ir de ônibus. O novo voo decolou por volta das 6h30 e pousou no Recife às 6h59, segundo a Infraero.

Outro lado

A alegação da empresa aérea apresentada aos passageiros no aeroporto foi de que o mau tempo impediu o pouso no Recife.

A Gol informou, por meio de nota, que as arremetidas e alterações de trajeto em virtude de más condições climáticas são procedimentos habituais nas operações aéreas. A Companhia lamenta que essas medidas causem desconforto aos passageiros, mas reitera que ações como essa visam a garantir a segurança operacional, item prioritário de sua política de gestão.

Fonte: G1 (com informações do pe360graus.com/Globo Nordeste) - Foto: Fabíola Blah (pe360graus.com)

Comandante: Airbus deve ser mais incisiva sobre equipamentos

O comandante Carlos Camacho, secretário de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, afirma que a fabricante de aviões Airbus "está deixando muitas perguntas sem respostas". Segundo ele, a empresa não está sendo incisiva nas recomendações às companhias aéreas. Três grandes acidentes ocorreram com aviões fabricados pela Airbus nos últimos dois anos: a aeronave da Yemenia Air, que caiu no Oceano Índico na noite da última segunda-feira; o voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 30 de maio; e o voo 3054 da TAM, que não conseguiu pousar em São Paulo em 2007 e colidiu contra um prédio.

"A Airbus precisa ser mais assertiva no que diz respeito aos boletins de manutenção. Quando deve ser mandatório (obrigatório) tem de sair com status de mandatório, e não desejável. Não adianta colocar tranca depois que a casa foi arrombada", diz Camacho.

O comandante citou dois casos que, para ele, deveriam ser obrigatórios para as companhias aéreas. O primeiro seria a instalação do software H2F3 nas aeronaves modelo A320. O programa dá um alarme sonoro e visual para o caso de erro de manuseio das manetes (alavancas que controlam a aceleração do avião). A posição errada do equipamento é uma das hipóteses das causas do acidente com o Airbus da TAM. Cento e noventa e nove pessoas morreram.

O segundo seria a substituição dos tubos pitot, sensores que medem a velocidade do avião e orientam os demais sistemas eletrônicos. A peça vem sendo substituída pelas companhias aéreas por recomendação da Airbus. Apesar disso, o A330 da Air France ainda voava com os antigos quando caiu no Atlântico, matando 228 pessoas. Erros de leitura nesses sensores são uma das causas investigadas no acidente.

Procurado pelo Terra no Rio de Janeiro, o consultor da Airbus no Brasil não foi localizado para comentar o assunto.

Lista verde

Camacho afirma que considera a aviação uma atividade de risco e que nem mesmo após os últimos acidentes deixaria de voar em um Airbus. Ele disse que, para viagens da família, não escolhe o fabricante, mas a companhia aérea.

Camacho defende uma "lista verde" das companhias (as que seriam seguras e recomendadas para voar) e, a pedido do Terra, preparou uma nominata com cinco aéreas brasileiras. "Hoje, as cinco verdes seriam a Gol, a Ocean Air, a WebJet, a Azul e a TAM, nesta ordem", afirmou.

Fonte: Fabiana Leal (Terra)

Expo Aero Brasil traz oportunidade de negócios a empresas da região

O designer da BMW Klaus Tritschler, que é parceiro da Embraer

Palestras, exposições estáticas, voos experimentais, negócios e entretenimentos. O público que participou da 12ª Expo Aero Brasil (EAB), em São José dos Campos, pôde conferir tudo isso e um pouco mais durante os quatro dias de eventos.

A feira, considerada a maior da América Latina no segmento de aviação e defesa, contou com a participaçã de expositores nacionais e internacionais, consolidando o município como sede fixa do evento, que acontece anualmente, além de gerar oportunidades de negócio as empresas sediadas na região.

Com expectativa de US$ 36 milhões em negócios fechados, a feira contou com a participação de uma das gigantes do setor de aviação mundial, a brasileira Embraer, que anunciou nova parceria com o designer de interiores Klaus Tritschler, da BMW.

Tristschler será o responsável pelo projeto das novas aeronaves Legacy 450 / 500 e deverá utilizar a mesma metodologia implementada nos jatos Phenon 100 / 300, com janelas que propiciam ao passageiro ampla visão.

Durante a edição deste ano, a empresa Akaer, com sede em São José dos Campos, anunciou que irá fornecer partes do jato supersônico de última geração Gripen NG à sueca Saab.

De acordo com o presidente da empresa, César Augusto da Silva, a participação brasileira no projeto deve trazer um salto tecnológico às empresas nacionais, semelhante ao que ocorreu há duas décadas com o AMX.

Piloto faz demonstração de acrobacia aérea durante o evento

Apresentações de acrobacia com aviões e saltos com paraquedistas marcaram o último dia da feira, neste domingo, 5.

Fonte: AgoraVale - Fotos: Lucas Lacaz Ruiz (A13)

Guerra ao narcotráfico nas fronteiras de Rondônia

Reportagem Especial

Traficantes de cocaína que transportam a droga por avião para o Brasil, através da fronteira de Rondônia com a Bolívia, estão usando crianças como escudo contra os caças A 29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) que ameaçam abatê-los quando os interceptam no espaço aéreo brasileiro.

“Quando os pilotos da FAB advertem que irão abrir fogo contra os invasores se eles não obedecerem a ordem de pousar na pista brasileira mais próxima, os pilotos do narcotráfico mostram crianças junto às janelas dos aviões” – disse ao repórter uma fonte extra-oficial da Base Aérea de Porto Velho.

Segundo a fonte da FAB ouvida pelo repórter, os traficantes sabem que se mostrarem que têm criança a bordo, farão os pilotos dos caças brasileiros tirarem o dedo do gatilho das 2 metralhadoras “ponto 50" que os “A 29 Super Tucano” têm nas asas (cada metralhadora com 200 tiros.)

“Nenhum piloto da FAB atiraria num avião com crianças dentro (que são mais do que escudo, são reféns dos traficantes), nem o presidente Lula (que é quem dá a ordem de abrir fogo conforme a Lei do Abate) autorizaria a derrubada da aeronave” – disse o militar ouvido por MOMENTO.

Como os locais onde os traficantes despejam sua carga são próximos das margens fronteiriças dos rios Mamoré, Guaporé e Madeira, ou pontos remotos de sítios ou fazendas no interior do Estado, de difícil acesso por terra e longe das unidades policiais ou militares, o carregamento é rapidamente removido pelos comparsas que já os aguardam e fogem antes da chegada dos policiais.

Toneladas de pó

As apreensões de parte da cocaína introduzida no Brasil através de Rondônia é feita geralmente nas “bocas de fumo” das cidades do Estado. Um agente da Polícia Federal disse que para cada quilo de cocaína apreendido em Rondônia, dez quilos passaram pela fronteira e a maioria foi enviada para o Centro-Sul do Brasil, para a Europa e Ásia.

Uma estimativa extra-oficial indica que somente no primeiro semestre de 2009, as Polícias Federal e Estadual apreenderam aproximadamente 400 quilos em todo o Estado – “o que significa que cerca de quatro toneladas da droga passaram por Rondônia”, tradicional rota de tráfico de cocaína como reconhece a Polícia Federal.

Na tarde de 3 de junho passado, uma quarta-feira, quando dois caças “A 29 Super Tucano” forçaram um monomotor boliviano que voava sobre o Vale do Guaporé que transportava 176 kg de pasta-base de cocaína, a após duas rajadas de advertência de metralhadoras a pousar numa estrada vicinal, a cerca de 20 quilômetros da fronteira com a Bolíva – a Base Aérea de Porto Velho nada confirmou ou negou aos jornalistas.

As informações chegaram à imprensa através de fontes civis – especialmente do site de notícias de Porto Velho “Noticiaro.com”.

A nota não diz que em 3 de junho ocorreu, na verdade, a primeira captura que a FAB fez de um avião boliviano intato e a prisão, pelas autoridades brasileiras, poucas horas depois, de seus pilotos. Até agora, a FAB nunca derrubou nenhum avião intruso, mas já apreendeu pelo menos um deles recentemente em Rondônia – depois que foi abandonado e incendiado pelos traficantes após o pouso, e encontrado por lavradores que avisaram as autoridades.

Nas ocasiões anteriores – segundo a fonte que consultamos – em que a FAB deu tiros de advertência, os aviões intrusos estavam perto o bastante da fronteira e conseguiram fugir de volta ao céu boliviano antes de os caças brasileiros receberem a ordem presidencial de atirar para derrubar.

Motivos diplomáticos

Esses incidentes não foram divulgados provavelmente por motivos diplomáticos. Outro suposto motivo para a divulgação do que aconteceu em 3 de junho foi o fato de que a interceptação, pouso e primeira captura de um avião de traficantes em solo brasileiro pelos caças “A 29 super Tucano” ocorreu ainda no clima de festa com que a FAB celebrava o recebimento do centésimo aparelho desse tipo de sua fabricante, a Embraer.

A festa havia ocorrido uma semana antes, dia 26 de maio, também uma terça-feira, com uma cerimônia com a presença do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, e de integrantes do Alto Comando da Aeronáutica.

O monomotor boliviano voava por volta das 16 horas a uma altitude de 1500 pés (500 metros) e foi considerado em tráfego irregular pela aeronave-radar E-99, um dos vários do Sindacta que permanecem voando dia e noite sobre a Amazônia, num constante revezamento, assim que atravessou a fronteira num ponto entre Guajará Mirim e Jacy Paraná, cidades a noroeste de Porto Velho entre 97 a 334 quilômetros desta Capital.

O E-99 imediatamente avisou a Base Aérea de Porto Velho e em seis minutos dois caças “ Super Tucano A-29” decolaram para a interceptação. O análista militar que nos informa, diz que os caças seguiram uma rota ao sul desta Capital para alcançar o intruso num ponto o mais distante possível da fronteira, para impedir a costumeira fuga para Bolívia.

O E-99 informou aos caças que o monomotor estava sobre o Vale do Guaporé na direção leste, no rumo de Alta Floresta d´Oeste (a 506 quilômetros ao sul de Porto Velho) voando a uma distância de aproximadamente 100 quilômetros, em linha reta do território boliviano (a oeste.)

Fuga na Mata

O monomotor já havia percorrido cerca de 200 quilômetros na direção de Alta Floresta. E, como sua velocidade é de 230 quilometros por hora, para escapar da FAB bastaria desviar a rota para oeste alcançar o território boliviano em menos de meia hora.

Mas os caças “A 29 Super Tucano” , impulsionados por um motor turbo-hélice Pratt & Whitney PT6A-68/3 de 1.600shp voam a 450 quilômetros por hora e em pouco mais de uma hora, desde a decolagem em Porto Velho estavam emparelhados ao boliviano.

Eles ordenaram ao intruso que desviasse sua rota para Cacoal, a cerca de 100 quilômetros (em linha reta) a nordeste de Alta Floresta. O boliviano desobedeceu e desviou o aparelho para a direção da fronteira. Embora advertido de que poderia ser abatido, o piloto dos traficantes desviou-se para a costumeira fuga para a Bolívia.

O piloto teimou em desobedecer as ordens que um piloto de um dos “A 29”repetia, em claro e objetivo espanhol, e continuou sua fuga até ser convencido pelas duas rajadas das metralhadoras ponto 50” a se render.

Pediu clemência e aterrissou numa estrada vicinal de Izidrolândia, distrito de Alta Floresta, a menos de 15 minutos de vôo do território boliviano. Seus dois ocupantes fugiram entrando na mata e foram presos depois pela polícia brasileira em Alta Floresta.

O uso de crianças como escudo são a única – “e revoltante”, como dizem outros militares ouvidos pelo repórter – forma de os aviões do narcotráfico na Amazônia enfrentarem os “A 29 Super Tucano” e se acredita que esta denúncia deverá causar repulsa e indignação no povo boliviano que não, aliás, não aprova ter seu país como um dos elos da indústria do narcotráfico internacional.

Os caças “A 29 Super Tucano” são a melhor arma da FAB contra o narcotráfico na Amazônia. Tão versáteis quanto os monomotores usados pelos traficantes, podem pousar em estradas e pistas precárias de terra, um diferencial frente aos caças à jato.

Além disso, cada “A 29 Super Tucano” pode carregar além de 2 metralhadoras .50" nas asas (cada uma com 200 tiros), mais 1.5 tonelada de armamento como bombas Mk81 e Mk82, lança foguetes SBAT-70/19 e LAU-68 ou até mesmo tanques de combustível extra para missões de longa duração.

Sua robustez e dimensões de 11,14m de envergadura de asas, 11,30m de envergadura proa-cauda e 3,97m de altura fazem o caça suportar até +7G ou -3.5G (os pilotos suportam tais níveis de força "G" com o auxílio de macacões pneumáticos que inflam nos momentos de maior força.)

O “A-29 Super Tucano” possui cabina pressurizada (permitindo vôos em 30 mil pés ou 10 mil metros) com sistema de geração de oxigênio (OBOGS) que extrai e filtra o oxigênio externo para uso da tripulação e, como é uma aeronave de combate, tem assentos ejetáveis.

A Base Aérea de Porto Velho dá a esta Capital um status de referência especial para a aviação militar, porque tem o mais completo simulador de vôo do Brasil para treinamento de pilotos de “A 29 Super Tucano” – tanto pilotos brasileiros como de outras nacionalidades. É tão real a simulação, que os pilotos que dela participam têm direito à licença de um dia concedida aos que participam de missões especiais verdadeiras.

A FAB se orgulha dos avançados sistemas de aviônica desse caça para interceptação e vigilância, “e garantia da soberania dos céus brasileiros nos locais mais hostis, presente principalmente em ações na Amazônia”.

Os “A 29 Super Tucano” são elogiados pelos norte-americanos como armas ideais para missões especiais, por sua performance e poder de fogo.

São usados por instituições de defesa aérea de vários países, como a Força Aérea da República Dominicana e a FAC (Força Aérea Colombiana). Os “A 29” são a arma mais letal dos colombianos na luta contra as FARC.

Fonte: Revista Momento Brasil, Edição 63