segunda-feira, 16 de março de 2009

Obstáculo impediu queda de aeronave sobre shopping de Goiânia, diz MP

O avião pilotado por Kléber Barbosa da Silva, de 31 anos, só não caiu em cima do shopping Flamboyant, em Goiânia, porque uma árvore ou algum outro tipo de obstáculo impediu que alcançasse o maior centro de compras da cidade, segundo o procurador da República Raphael Perissé. Na avaliação do procurador, a intenção de Kléber só não foi concretizada por sorte. ( TV GLobo: veja imagens gravadas pela câmera do shopping ) O avião caiu no estacionamento do shopping no início da noite da última quinta-feira.

- A princípio, os peritos dizem que não foi pane seca. A aeronave colidiu com alguma coisa, que pode ser uma árvore. Tudo indica que ele queria mesmo atingir o shopping e não obteve êxito. Ele disse que queria fazer algo bem pior. Se tivesse conseguido, a tragédia seria ainda maior - diz o procurador.

Segundo Perissé, a conversa que Kléber teve com o sargento Adão da Mota Corrêa, tio da mulher dele, Érika Corrêa dos Santos, mostra que a intenção dele era provocar um acidente de grandes proporções. A íntegra da gravação foi requisitada pelo Ministério Público Federal, que abriu inquérito civil público para apurar a ação da Força Aérea Brasileira (FAB) no episódio.

Várias manobras perigosas foram feitas antes de o avião cair.

Cerca de 10 mil pessoas estavam no shopping no momento em que a aeronave caiu no estacionamento, destruindo 23 veículos. Os únicos mortos foram o próprio Kléber e a filha dele, Penélope, de 5 anos, levada junto na aeronave. Ninguém se feriu.

- Pelo que sabemos da conversa dele com o tio da mulher, que é um militar, a intenção dele era se suicidar em grande estilo - diz o procurador.

É justamente o fato de a intenção não ter sido concretizada por sorte que levou o procurador a abrir o inquérito. O procurador quer saber não só se o protocolo de procedimentos para este tipo de ação foi seguido como se as regras atuais são suficientes para proteger o espaço aéreo das cidades brasileiras.

- A Aeronáutica se manifestou dizendo que o Mirage decolou para proteger Brasília, não Goiânia. Uma cidade como Goiânia não merece proteção aérea? Queremos entender qual é esta diretriz - pergunta o procurador.

Perissé requisitou a gravação da conversa entre o piloto do Mirage da FAB e a torre, para saber exatamente quais foram as orientações de procedimento para o caso. O MP quer saber como o pouso do avião roubado por Kléber no Aeroclube de Luiziânia poderia ter sido interceptado antes de chegar a uma cidade de grande porte. Requisitou ainda os procedimentos de aluguel do aeroclube, pois suspeita que não foi feito sequer um cadastro antes de permitir acesso de Kléber ao avião, onde o piloto acabou rendido.

- Desde que o avião decolou do aeroclube havia um trecho descampado grande. O percurso foi de 180 km até Goiânia - afirma.

O prazo para entrega das gravações ao Ministério Público Federal é de 15 dias. Segundo Perissé, a investigação será paralela à da Aeronáutica, que quando estiver pronta será anexada.

Kléber era procurado por estupro de uma menina de 13 anos em Aparecida de Goiânia e tinha passagens pela polícia por mais quatro crime s. Antes de roubar o avião, agrediu a mulher com extintor de incêndio e a jogou para fora do carro em uma rodovia.

Em nota, a Aeronáutica informou na noite de quinta-feira que assim que foi notificado o roubo o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) ordenou a imediata decolagem de aeronaves em alerta de defesa aérea.

Segundo a nota, o acompanhamento por caças da FAB aconteceu durante todo o tempo em que o PT-VFI permaneceu em vôo, inicialmente, por um Mirage 2000 e, posteriormente, por um avião T-27 Tucano.Por medida de segurança, pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto de Goiânia e até o momento em que a a aeronave colidiu com o solo, "os órgãos de controle de tráfego aéreo e os pilotos da FAB que acompanharam a aeronave roubada não conseguiram contato-rádio com o piloto do PT-VFI". Os procedimentos, diz a nota, foram acompanhados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Fonte: O Globo - Foto: Reprodução TV Globo/O Popular

Sete anos após 11/9, indenizações geram dúvidas em parentes

Depois dos ataques terroristas do 11 de setembro, milhares de pessoas precisavam encarar uma difícil e desconfortável decisão nos Estados Unidos. O Congresso criou um fundo especial para indenizar os sobreviventes e as famílias das vítimas, mas determinou que os beneficiários dessas indenizações deviam abrir mão do direito de processar linhas aéreas, aeroportos, empresas de segurança e outras entidades.

As pessoas que tinham direito a indenização precisavam decidir se aceitavam um pagamento rápido e garantido com o dinheiro do Congresso ou arriscavam a sorte nos tribunais, possivelmente enfrentado táticas hostis, demoras e o risco de derrota.

Por isso, não surpreende que a maioria tenha por fim decidido aceitar o dinheiro do fundo, que pagou mais de US$ 7 bilhões aos sobreviventes de mais de 2,88 mil pessoas mortas e milhares de outras que saíram feridas dos atentados.

Agora, passados mais de sete anos dos ataques, um novo relatório judicial sugere que a pequena minoria que optou por seguir caminho próprio e recorrer à Justiça se saiu melhor: 93 dos 96 processos abertos foram encerrados por acordos, de valor médio de US$ 5 milhões, ou mais de duas vezes o equivalente ao pagamento médio oferecido pelo fundo especial.

No entanto, calcular custos e benefícios nunca é fácil quando há vidas em questão. O efeito do relatório, divulgado na semana passada pelo juiz federal Alvin Hellerstein, do distrito sul de Nova York, que supervisionou os processos, chama a atenção quanto à variedade de metas -dinheiro, respostas, justiça, paz de espírito - que os sobreviventes e os parentes das vítimas fatais precisavam considerar depois de sofrerem perdas tão graves.

Kenneth Feinberg, o administrador especial que se encarregou de gerir o Fundo de Indenização de Vítimas do governo, declarou em entrevista que comparar os acordos extrajudiciais obtidos nos processos aos pagamentos mais rápidos feitos pelo fundo não tinha propósito.

As pessoas que decidiram recorrer a processos, tiveram de pagar custas e honorários de advogados, e esperaram anos por dinheiro que poderiam ter recebido mais cedo e investido. "Eu me surpreenderia caso eles tenham conseguido um resultado financeiro melhor ou mais satisfação psicológica do que se tivessem recorrido ao fundo", ele disse.

"Nós encorajamos as pessoas a tentar deixar para trás o que perderam", diz. "Melhor superar o acontecido. Casar de novo. Refazer a vida. Não viver com isso durante cinco ou 10 anos".

Mas Donald Migliori, um advogado cujo escritório cuidou de cerca de 60 processos e de 40 indenizações pelo fundo, disse que não havia dúvida de quem em média, as vítimas que optaram pelos processos se saíram melhor, financeiramente, do que as que aceitaram dinheiro do fundo de indenização. "Pode-se comparar esses números de maneira absoluta", ele disse.

Migliori alega que Feinberg "vendeu a idéia do Fundo de Compensação a Vítimas recorrendo ao medo, e usando a sugestão de que as pessoas não poderiam se sair melhor do que aquilo".

Feinberg descarta a crítica. "Isso é conversa de advogado", ele diz. Muitas famílias optaram pelo fundo porque este oferecia uma solução relativamente rápida - o processo se completava em 33 meses.

Herbet Nass, advogado que representou os pais de Ingeborg Lariby, 42 anos, gerente administrativa que trabalhava no World Trade Center, disse que seus clientes desejavam encerrar o caso o mais rápido que pudessem. "Eles jamais tiveram o dinheiro como motivação", afirma. "Mesmo que acreditassem ser possível conseguir o dobro do que obtiveram do fundo, isso não teria importado para eles".

Gillian Hadfield, professor de Direito na Universidade do Sul da Califórnia, pesquisou cerca de 140 pessoas que perderam parentes em função dos ataques e que tinham direito de solicitar indenizações ao fundo, como parte de um estudo publicado no ano passado sobre os fatores determinantes na escolha entre recorrer ao fundo ou à Justiça, pelas vítimas.

Ela diz que muita gente optou pela indenização do fundo devido a necessidades financeiras prementes, como a perda de um arrimo de família, mas que posteriormente sentiram diversas emoções negativas - "esconforto, arrependimento, vergonha, raiva" - por não terem aberto processos, o que poderia ter provido mais informações, forçado as responsabilidades a se tornarem mais claras e promovido maiores mudanças.

Uma viúva sofreu grande desconforto ao imaginar se recorrer ao fundo poderia representar desserviço ao seu marido e às famílias de outras vítimas, porque um processo parecia ser a única maneira de descobrir por que os ataques aconteceram, disse Ralph Sbrogna, advogado da vítima, de Worcester, Massachusetts.

Ele disse que a mulher também temia que as famílias que optassem pela Justiça pudessem perder e terminar sem nada. A viúva terminou por aceitar um pagamento do fundo, diz ele, "a bem de seus filhos" - para obter o que pudesse para garantir a educação e o futuro deles.

Mas para alguns daqueles que decidiram recorrer a processos, o medo de uma derrota judicial nunca foi preocupação.

"Isso nunca representou um risco para mim, porque meu objetivo nunca foi o de obter mais dinheiro", disse Julie Sweeney Roth, que processou a United Airlines e outros acusados pela morte de seu marido, Brian Sweeney, 38, que estava a bordo do voo 175 quando o avião colidiu com a torre sul do World Trade Center.

"Eu queria saber o motivo, e de que modo isso aconteceu ao nosso país", disse Roth. "De abrir um processo e solicitar indenização em dinheiro é o caminho para isso, então é o que farei".

Mas ela declarou que o processo judicial se tornou opressivo, e que ela aceitou um acordo para encerrá-lo dois anos atrás, depois de se casar de novo. "Eu levei minha vida adiante" diz, confiante em que outras pessoas "levariam a disputa até o fim para obter as respostas que todos merecemos"

Em seu relatório, o juiz Hellerstein resumia a situação dos processos, abertos em nome de 96 vítimas - 85 por responsabilidade judicial em casos de morte e 11 por ferimentos.

Ele apontou que algumas famílias de vítimas de alta renda optaram pela Justiça porque acreditavam que o fundo não as indenizaria adequadamente. O pagamento médio do fundo em caso de morte era de US$ 2,1 milhão por vítima.

O juiz disse que tomou providências para assegurar a lisura dos processos, limitando os honorários de advogados a 15% do valor de qualquer acordo e garantindo que "partes assemelhadas possam esperar pagamentos assemelhados".

Hellerstein chegou a rejeitar quatro acordos extrajudiciais, em valores que variavam entre US$ 5,5 milhões e US$ 8 milhões, por serem "altos demais".

O juiz diz que o procedimento foi muito melhorado quando ele indicou uma mediadora, Sheila Birnbaum, sócia do escritório de advocacia Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom. Com a ajuda de seu colega, Thomas Fox, ela ajudou a resolver 72 casos.

Birnbaum declarou em entrevista que o valor dos acordos foi influenciado por fatores como renda, situação familiar e leis estaduais para esse tipo de caso, mas acrescentou que "em última análise, tudo gira em torno da oferta que é feita e daquilo que as pessoas aceitam".

Desmond Barry, do escritório de advocacia Condon & Forsyth, que representou os acusados, se recusou a comentar, limitando-se a dizer que os acordos foram fechados sem admissão de responsabilidade judicial ou de qualquer delito. Os termos dos acordos requerem que os montantes recebidos sejam mantidos em sigilo.

Hellerstein escreveu ter encorajado os litigantes a recorrer ao fundo e "obter uma boa indenização - talvez não a melhor, mas não seria preciso provar coisa alguma para obtê-la".

O juiz sabia por experiência que "processos judiciais não são muito efetivos em demonstrar às pessoas quais eram os verdadeiros problemas". Hellerstein escreveu que "eles não são boas ferramentas de investigação".

Fonte: Benjamin Weiser (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci - Terra

Falha na sinalização da pista suspende pousos e decolagens em Salvador

Os pousos e decolagens na pista principal do Aeroporto Internacional de Salvador têm funcionamento normal na manhã deste domingo (15). Uma pane no sistema de iluminação suspendeu os voos por cerca de três horas na noite de sábado (14).

Os passageiros de pelo menos sete voos foram prejudicados, enquanto a equipe de manutenção da Infraero trabalhava para identificar as causas do problema. A pista auxiliar destinada a aviões pequenos não teve o funcionamento afetado.

De acordo com a Infraero, três voos tiveram que ser redirecionados para os aeroportos de Aracaju e Recife e outros quatro aguardaram condições para deixar a capital baiana e seguir viagem para Guarulhos (SP), Fortaleza e Brasília.

Passageiros reclamaram da divergência entre as informações passadas pelas companhias aéreas e pela Infraero e informaram que mais voos foram prejudicados.

Pane na iluminação

O apagão nas luzes dispostas ao longo da área destinada ao trânsito das aeronaves, na pista principal, teve início por volta das 19h. A iluminação permite aos pilotos identificar o local exato para realizar os pousos e decolagens com segurança.

A iluminação só foi normalizada por volta das 22h. Em nota oficial, a Infraero disse apenas que os problemas foram ocasionados por 'problemas técnicos em seu balizamento luminoso'.

Fonte: Correio da Bahia - Foto: Carlos Casaes (Agência A Tarde)

Discovery decola rumo à estação espacial internacional com mais de um mês de atraso

O ônibus espacial Discovery parte rumo ao espaço

O ônibus espacial Discovery decolou com sucesso neste domingo para uma missão na Estação Espacial Internacional, com mais de um mês de atraso por problemas no sistema de combustível. O lançamento aconteceu na hora programada, às 20h43 (horário de Brasília)

A nave ficará no espaço por 13 dias, um a menos que o previsto inicialmente, e seus tripulantes farão três caminhadas no espaço, ao invés das quatro programadas anteriormente. Durante a missão, será entregue um jogo de painéis solares de 300 milhões de dólares e um novo destilador para o sistema de reciclagem de urina da estação. Os painéis estão dentro de um módulo de 16 toneladas que irá completar a estrutura principal exterior de 11 segmentos da Estação Espacial Internacional.

A tripulação da Discovery para esta missão é formada por sete homens e inclui o japonês Koichi Wakata, veterano de duas viagens em ônibus espacial

O lançamento estava programado para a quarta-feira da semana passada, mas foi adiado para que o ônibus espacial recebesse reparos devido a um vazamento de combustível. Os engenheiros da Nasa instalaram novos lacres em uma válvula do tanque para resolver o problema. O vazamento foi descoberto quando técnicos que trabalhavam na plataforma de lançamento começavam a encher o tanque do ônibus com 1,9 milhão de litros de hidrogênio líquido e oxigênio líquido.

A tripulação é formada por sete homens e inclui o japonês Koichi Wakata, veterano de duas viagens em ônibus espaciais que será deixado na estação espacial para trabalhar como engenheiro de vôo após a partida do Discovery. Ele substituirá a astronauta da Nasa Sandra Magnus, que está em órbita desde novembro.

Projeto de US$ 100 bilhões de 16 países, a estação vem sendo construída há mais de uma década a 350 quilômetros acima da Terra. A agência espacial dos EUA ainda tem nove vôos para finalizar a montagem, assim como um serviço final no telescópio espacial Hubble, antes de aposentar a frota de ônibus espaciais no ano que vem.

Fonte: O Globo - Fotos: Scott Andrews / Reuters

domingo, 15 de março de 2009

Imagens mostram rasante de avião roubado em GO

Vizinho filmou passagem do avião com o celular.

Pai e filha morreram em queda de avião em estacionamento de shopping.




No dia da tragédia com um monomotor em Goiânia, um vizinho de Kleber Barbosa da Silva filmou com o celular o instante em que o avião passou a poucos metros do prédio onde morava. Especialistas ainda tentam entender como o seqüestrador conseguiu decolar com a aeronave e manobrá-la.

As imagens foram feitas por um vizinho de Kleber, o homem que roubou um avião e caiu com ele e a filha de cinco anos no estacionamento do maior shopping de Goiânia.

O delegado que ouviu o piloto do aeroclube de Luziânia, onde o avião foi roubado, diz que Kleber escolheu o modelo em que queria voar e demonstrou ter algum conhecimento do funcionamento de uma aeronave.

"O Kléber fez perguntas inclusive usando termos técnicos demonstrando conhecimento mesmo que vulgar sobre o voo, perguntando inclusive como era feita a distribuiçãode combustível", diz o delegado Fabiano Medeiros.

As manobras perigosas feitas por Kleber no céu de Goiânia foram repetidas em um simulador de vôo: os rasantes, a passagem perto da torre de controle do aeroporto e o zigue zague entre os prédios e a queda. Situações que nenhum piloto experiente arriscaria.

"Ele deu sorte no começo, as pessoas também. Mas no final ele deu azar. Não sabia nem os procedimentos normais troca de combustíveis de asa", diz Márcio Amaral, criador do simulador.

O dono da aeronave roubada por Kleber disse que um dos dois tanques ainda tinha combustível quando o monomotor caiu. Neste tipo de avião, é o piloto que determina qual tanque fornece combustível durante o voo. Os investigadores trabalham com duas hipóteses para explicar a tragédia: ou Kleber não conseguiu transferir a captação de gasolina de um tanque para o outro, ou simplesmente conduziu o avião rumo ao chão.

Fonte: G1, com informações do Jornal Nacional

Nasa prevê lançar nave Discovery neste domingo

A Nasa finaliza os preparativos para lançar neste domingo a nave espacial "Discovery", pois acredita que reparará a tempo o vazamento em um de seus condutos de hidrogênio que atrasou a decolagem.

O processo que levará ao lançamento começará às 11h18 (hora de Brasília), quando os técnicos comecem a encher o tanque externo de combustível e oxigênio. O decolagem está previsto para as 20h43.

A Nasa se viu obrigada a adiá-la em cinco ocasiões, o que forçou a cortar a duração da missão em um dia e agora será apens de 13.

Também esses problemas reduziram as caminhadas espaciais de quatro para três, acrescentou a agência.

O comandante Lee Archambault lidera uma tripulação de sete pessoas, que também inclui o astronauta japonês Koichi Wakata.

Segundo a agência de prospecção espacial, os meteorologistas preveem 80% de condições aceitáveis para o lançamento hoje.

A decisão de levar adiante / antecipe o decolagem foi anunciada este sábado em entrevista coletiva, depois que a Nasa constatou o avanço dos consertos da avaria que tinha obrigado a atrasá-lo.

Fonte: EFE via G1

Avião planador cai em Balsa Nova

A aeronave caiu na cabeceira da pista do Aeroclube dos Planadores.

Um acidente com um planador, ontem, em Balsa Nova, município localizado a 60 quilômetros a oeste de Curitiba, causou ferimentos no piloto que o conduzia. De acordo com o Corpo de Bombeiros em Campo Largo, por volta das 14h50, a aeronave, de prefixo PT-PFO, estava em procedimento de pouso, quando perdeu estabilidade e caiu próximo à cabeceira da pista do Aeroclube de Planadores do local.

O piloto, Luís Ivan Vasconcellos, de 72 anos, estava consciente e foi encaminhado de helicóptero ao hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, onde foi internado com algumas fraturas e escoriações. No final da tarde de ontem, o procedimento cirúrgico a que ele foi submetido já havia terminado e ele passava bem, conforme informações do hospital.

Segundo um dos membros do Aeroclube, Lucas Stange - que não estava no local -, o piloto é experiente e treinava para um campeonato. Ele acredita que, por estar próximo à pista, provavelmente o condutor tentou forçar ao máximo o pouso no local, o que explicaria o acidente próximo à cabeceira. A perda de altitude, para ele, pode ter sido causada por falta de corrente térmica ascendente, usada pelos planadores para sustentar o voo.

Stange explica que os pousos fora da pista são relativamente comuns nessa modalidade. "Em 12 anos de voo, já fiz dois pousos assim. O planador foi feito para suportar esses pousos. Quando isso acontece, o piloto pode até desmontar o avião para transportá-lo", explica, ressaltando que o voo a vela - como é conhecida a modalidade - é um dos esportes aeronáuticos mais seguros.

Conforme informações do site da Federação Brasileira de Voo a Vela (FBVV), a maioria dos planadores decola com auxílio de um avião rebocador, que o leva a uma altura adequada para voo. Existem, também, planadores equipados com motor, usado nas decolagens e também para evitar pousos fora da pista. A aeronave envolvida no acidente de ontem, de madeira e feita em Curitiba, não tinha motor.

Fonte: Helio Miguel (Paraná Online) - Foto: Anderson Tozato

Avião que caiu em shopping em Goiás quase atingiu Airbus

O avião que caiu no estacionamento de um shopping, matando pai e filha, quase atingiu um airbus que taxiava no aeroporto de Goiânia.

A Força Aérea Brasileira disse que não vai comentar se houve falha de segurança no aeroporto de Goiânia, nem os riscos para os passageiros do airbus. A FAB afirmou que aguarda o laudo técnico.

Fonte: Silas Santos (band.com.br)

TAP faz falso voo para levar Sócrates a Cabo Verde

Executivo não quis fretar avião

Passageiros que não constassem da comitiva impedidos de entrar

É inédito. A TAP criou uma nova forma de operação para as viagens com elementos do Governo. Aconteceu no voo TP-2215, Lisboa-Cidade da Praia, que na noite de quarta-feira transportou o primeiro-ministro e mais 129 pessoas até Cabo Verde, avança o «Expresso».

Cabo Verde: Governos acordam linha de crédito nas renováveis

O gabinete de José Sócrates recusou-se a fretar um avião por ser mais caro e a TAP resolveu o problema: criou um voo comercial extra, mas impediu o acesso de passageiros que não constassem da comitiva oficial.

O improviso é tal que a TAP nem sequer cumpriu a obrigação de aviso prévio ao Instituto Nacional de Aviação Civil. A exigência legal foi contornada atribuindo à viagem um estatuto de Estado-como consta no plano de voo a que o mesmo jornal teve acesso-e que, na prática, isenta a TAP de cumprir aquele requisito e até de pagar taxas aeroportuárias.

Recorde-se que, tudo isto acontece numa altura em que a TAP apresenta o seu maior prejuízo da última década, com perdas que atingem os 200 milhões de euros, no que se refere a 2008, e depois de anunciar medidas de contenção de custos.

Fonte: Agência Financeira (Portugal)

Aéreas cobram "pechincha" por passagens para manter demanda

Bruce Hedlund, que pilota Boeings 767 em rotas transcontinentais nos Estados Unidos para uma das grandes linhas aéreas do país, é um daqueles pilotos afáveis que gostam de receber os passageiros à porta do avião e cumprimentá-los.

Certa noite recente, um homem entrou em seu vôo sem escalas de Miami a San Francisco carregando um bolo cremoso comprado em uma das lojas do terminal. "Eu estava com um pouco de fome, e por isso brinquei com o sujeito e perguntei se podia comer o doce", conta Hedlund. "Só se você me pagar US$ 3", respondeu o passageiro, fingindo indignação.

Hedlund retrucou: "tudo bem, mas lembre-se de que dentro de duas horas eu ainda vou estar faminto, e quando eu decidir aterrissar o avião em El Paso para um sanduíche, vou dizer a todo mundo qual é o número de seu assento, para que os passageiros saibam o motivo da parada imprevista no Texas".

Hoje em dia, as viagens aéreas nos deixam ansiosos e tensos. Por isso, algum senso de humor quanto às tarifas e taxas adicionais é bem vindo, especialmente quando um piloto finge que só está disposto a trabalhar se alguém lhe der comida.

Mas as taxas certamente ocupam os pensamentos dos passageiros. Sim, o preço das passagens está uma pechincha em muitas rotas, porque a demanda dos passageiros vem caindo mais rápido do que as frenéticas medidas que as linhas aéreas vêm adotando para reduzir sua capacidade. E temos também aquilo que só pode ser descrito como onda de liquidações, em muitas rotas internacionais, para as quais as linhas aéreas ampliaram muito sua capacidade nos últimos anos, crentes em que o crescimento nas viagens de negócios internacionais jamais cessaria.

Eu sempre cuidei sozinho de minhas reservas, e o processo jamais foi mais complicado do que agora. Pode demorar uma hora, com a ajuda de um computador e de um bloco de anotações, para descobrir de que maneira chegar daqui até lá. Para determinar o preço real de uma viagem, talvez seja necessária mais uma hora, se considerarmos as múltiplas tarifas adicionais por embarque de bagagem, comer um sanduíche a bordo, conseguir um assento com um pouco mais de espaço, obter o direito de escolher seu lugar, garantir prioridade na fila para o próximo vôo caso você perca uma conexão, check-in na entrada e a multa por alterar uma reserva.

Tudo que desejo saber é como chegar onde quero e quanto isso me custará. Embora as linhas aéreas claramente esperem que eu passe o dia todo em uma viagem de, digamos, Fort Lauderdale, na Flórida, a Nashville, no Tennessee, com conexão em Houston ou Denver, não estou disposto a dedicar grande parte de ainda mais um dia para descobrir como comprar a passagem.

Por isso, fiquei contente com o surgimento do que parecia ser uma genuína inovação em termos de reservas, na semana passada, quando o TripAdvisor, o site de serviços gerais de viagens controlado pela Expedia, introduziu uma função de busca que separa rapidamente vôos e variáveis, incluindo tarifas, conexões e até mesmo a organização do espaço interno do avião, com dados extraídos de uma ampla gama de agências de reservas online, entre as quais os sites das linhas aéreas e sites como Travelocity, Hotwire e Expedia.

Como o popular site Kayak.com, o novo serviço de assistência em viagens da TripAdvisor reúne e classifica dados de sites de reservas, e um usuário pode, em seguida, usar os links oferecidos para comprar sua passagem. O Kayak e outros sites conhecidos como serviços de metabuscas têm redes leais de usuários. Mas o TripAdvisor alega que sua calculadora de tarifas totais, bastante fácil de usar, é um grande fator de diferenciação, em um momento no qual tarifas podem acrescentar custo significativo ao preço de uma passagem, e além disso criar muita confusão.

Eu já testei o sistema algumas vezes, e ele me impressionou. Além de informações básicas sobre custos de passagens, minhas prioridades ao reservar um vôo envolvem escolha de lugar (eu prefiro ir a pé do que viajar no assento do meio), conexão e o tempo total que um trajeto qualquer vai requerer. Tentei uma viagem genérica de ida e volta entre Houston e Seattle e recebi 1,1 mil opções de preço e horários (a variação nas conexões explica o número elevado de escolhas). A maioria das passagens custava entre US$ 320 e US$ 420, mas havia algumas com custo total perto de US$ 1,2 mil.

Clicando na área de "estimativa de tarifas", o usuário pode escolher entre diversos opcionais - fones de ouvido, refeições a bordo e embarcar bagagens ou não. A depender das escolhas, a gama de passagens em oferta se reduz, cada qual com seu preço específico. Ao clicar em um vôo determinado, é possível ver que assentos estão disponíveis. O sistema é rápido e fácil de usar. (Por favor me digam se concordam, especialmente em comparação com outros sites.)

"Estamos trazendo mais clareza ao mercado, com transparência completa", disse Bryan Salzburg, gerente geral de novas iniciativas na TripAdvisor. Mais claridade e transparência no mercado? Vamos esperar que isso se torne uma tendência.

Fonte: Joe Sharkey (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci - via Invertia

Aviação russa poderá fazer escala e reabastecer na Venezuela

Bombardeiros russos de longo alcance poderão fazer escala e reabastecer na Venezuela, segundo uma proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e estão prontos para fazer o mesmo em Cuba, se a Rússia chegar a um acordo com as autoridades da ilha, afirmou hoje um general russo.

Chávez autorizou os bombardeiros russos a fazer escala na base aeronaval da ilha caribenha de La Orchila durante suas missões no Atlântico e junto ao continente americano, disse Anatoli Zhijarev, chefe do Estado-Maior da Aviação Estratégica da Rússia.

"O presidente da Venezuela nos fez essa proposta, que poderemos aproveitar se houver a correspondente decisão política" do Kremlin, disse o general à agência "Interfax".

Zhijarev liderou a missão dos dois bombardeiros estratégicos russos TU-160 que, em setembro do ano passado, aterrissaram pela primeira vez na Venezuela e durante uma semana realizaram voos de teste no Caribe, em uma visita que Chávez qualificou de "gesto de fraternidade e apoio" que devia dar "mais segurança" a seu país.

O general acrescentou que os bombardeiros russos também poderiam fazer escala em Cuba, pois a ilha "dispõe de quatro ou cinco aeródromos com longas pistas de aterrissagem, de 4 mil metros".

"Se houver a vontade política dos chefes de ambos os Estados, estamos prontos para voar até aquele país", disse o chefe da aviação estratégica russa, que em agosto de 2007 retomou, após uma interrupção de 15 anos, os voos de patrulha no Atlântico e em outras regiões distantes onde a Rússia diz ter "interesses estratégicos".

O presidente russo, Dmitri Medvedev, viajou no final do ano passado à Venezuela e Cuba, o que coincidiu com a primeira visita de navios da Marinha russa a ambos os países latino-americanos após o fim da Guerra Fria.

Fonte: EFE via G1

Força Aérea nega acidente com caça-bombardeiro em Teerã

O exército iraniano negou neste sábado que um avião de combate tenha se acidentado na sexta-feira no aeroporto de Mehrabad, no sul de Teerã, como informou a imprensa local.

"A Força Aérea nega plenamente estas informações da imprensa", afirmou o exército, em comunicado.

Na sexta-feira, a televisão oficial iraniana anunciou que um avião de combate do Exército iraniano tinha se acidentado no aeroporto em consequência de um problema técnico.

O aparelho, um caça-bombardeiro Su-24 de fabricação russa, pode ter caído por volta das 19h (0h30 de Brasília), disse a fonte, que citava a agência de notícias local Fars.

A imprensa acrescentou que o piloto e o co-piloto se salvaram após acionar os assentos ejetores.

Fonte: EFE via Terra

Pantanal conversa com TAM, Azule Trip; empresa quer arranjar venda

Companhia aérea entrou em recuperação judicial em janeiro; atrativo são slots em Congonhas


Depois de anunciar que será leiloada e negar qualquer negociação com a Trip Linhas Aéreas, a Pantanal, companhia que detém a concessão de explorar o espaço aéreo de Marília, anuncia que tem, sim, mantido conversas com grandes operadoras do setor.

Com intuito de arranjar a venda da empresa ou de sua capacidade de serviço, Pantanal tem feito contatos com a Tam, Azul e também com a Trip. Companhia quer definir os caminhos que serão tomados dentro do processo de recuperação judicial da empresa.

Isso porque, afogada em dívidas, Pantanal buscou na Justiça uma manobra legal para que os negócios da empresa, em crise econômica, pudessem ser viabilizados, evitando a falência, e agora precisa apresentar programa de como reavivará suas atividades, que pode ser ou não aceito pelos credores.

A conversa com as grandes empresas pode ampliar as chances de sucesso do plano e é confirmada pelo advogado da Pantanal, Thomas Müller. É ele o responsável pelo plano de recuperação judicial da companhia.

“A Pantanal tem buscado alternativas para apresentar seu plano de recuperação judicial aos credores. A companhia tem conversado com as três empresas no sentido de estabelecer parceria ou uma eventual aquisição”, explica.

Pantanal tem até abril para apresentar aos credores os planos de como irá proceder. Quando entrou com pedido de recuperação judicial, companhia estudava ser vendida integral ou parcialmente, em leilão que poderia ocorrer dentro de até dois anos.

Além dessa possibilidade, Pantanal trabalha agora com a potencialidade de uma venda de capacidade operacional, também conhecida como CPA (Capacity Purchase Agreement).

De acordo com o advogado, isso significaria à empresa operar voos usando seus slots (movimentos de pouso e decolagens) em Congonhas, no nome de outra companhia aérea. À Pantanal também seria permitido utilizar as aeronaves e a tripulação da própria companhia contratante.

Entretanto, as possibilidades estudadas pela empresa devem precisar passar por aval da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ou da Justiça.

Pantanal e Tam já ensaiaram negociações na década de 90 que, por fim, não aconteceram. Agora, segundo Müller, o interesse da companhia aérea na Pantanal cresceu após o pedido de recuperação. É que a venda de empresas nestas circunstâncias afasta a sucessão de dívidas tributárias, que estão estimadas em R$ 40 milhões.

Fonte: Jornal Diário

Aeroporto de Newark continua líder na lista de atrasos nos EUA

Apesar da melhora nacional, o aeroporto Newark Liberty International continua sendo o que apresenta o maior número de vôos atrasados, segundo o Record.

Um relatório emitido pelo Departamento de Transporte revelou que a média de vôos que chegam no horário em Newark era de 62%, o mais baixo dos 31 aeroportos mais movimentados da nação.

O vôo mais atrasado foi o da Comair Flight 6808, de Cincinnati para Newark, que atrasou 96% de todas as vezes. Os aeroportos da região de New York cortaram horários com o objetivo de aliviar o controle de tráfego aéreo, entretanto, os atrasos ainda custam à economia regional US$ 2.6 bilhões.

Especialistas no assunto acreditam que a redução dos serviços oferecidos pelas companhias aéreas, conseqüêntemente, ajudaram a diminuir os atrasos.

Fonte: Brazilian Voice - Foto: irvingtonremembered.org

Anac recebe pedidos de voos para Santos Dumont

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou hoje que as companhias aéreas já podem encaminhar para a agência pedidos de voos - horários de transporte - para o Aeroporto Santos Dumont, sem restrições de destino.

Em reunião realizada ontem pela Comissão de Coordenação de Linhas Aéreas Regulares (Comclar) foi definido que todas as empresas interessadas pudessem operar no aeroporto e que não houvesse concentração de mercado.

Dez empresas mostraram interesse: TAM, GOL/Varig, Webjet, OceanAir, Trip, NHT, Pantanal, Passaredo e Air Minas. Com os pedidos, os voos podem ser aprovados no máximo em 30 dias.

Fonte: InvestNews

Avião de combate iraniano cai no sul de Teerã

Um caça-bombardeiro se chocou com o solo por volta das 19h desta sexta (13).

Um avião de combate do Exército iraniano caiu na sexta-feira (13) no aeroporto de Mehrabad, no sul de Teerã, em virtude de um problema técnico, informaram fontes oficiais.

O aparelho, um caça-bombardeiro Su-24 de fabricação russa, se chocou com o solo por volta das 19h (0h30 de Brasília) desta sexta (13) , informou a agência de notícias local Fars.

Tanto o piloto como o copiloto da aeronave conseguiram se salvar ao ejetar seus assentos, disse a fonte, que não deu mais detalhes do ocorrido.

Fonte: EFE

MPF apura possíveis falhas de órgãos federais em queda de avião em GO

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) vai instaurar inquérito civil público para apurar se houve falhas de órgãos federais responsáveis pelo controle aéreo na queda de um avião monomotor em Goiânia, no começo da noite de quinta-feira. A aeronave Tupi, prefixo PT-VFI, caiu no estacionamento do Shopping Flamboyant, matando duas pessoas, o piloto e a sua filha de cinco anos.

Um dos objetivos do inquérito é saber se há falhas na segurança aérea brasileira, já que o avião foi roubado em Luziânia e viajou 180 quilômetros até Goiânia sem qualquer autorização.

O MPF quer saber se órgãos de controle aéreo, como o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controles de Tráfego Aéreo (Cindacta) e Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), teriam responsabilidades no episódio - especialmente, se houve negligência por parte de responsáveis pela segurança aérea, já que o piloto fez diversas manobras consideradas arriscadas antes de cair no shopping.

Fonte: O Globo

Para parentes, piloto de GO era 'tímido' e 'sistemático'

Kleber Barbosa da Silva, 31 anos, era um homem introvertido, sem amigos e econômico nos afetos à mulher, Erica, 23 anos, e à filha, Penélope, 5 anos. Estas características eram vistas apenas como as de um rapaz "tímido" e "sistemático" até o final da tarde de quinta-feira por parentes, quando agrediu a companheira, sequestrou a menina e roubou um avião monomotor, que acabou caindo no estacionamento de um shopping de Goiânia.

No enterro de Penélope na tarde de sexta-feira, o comportamento dele foi reavaliado e associado à exaustão a de um "psicopata", "louco" e "assassino", pelos mesmos parentes. Nenhuma pessoa da família relatou que Kleber tinha agredido fisicamente antes a mulher. Kleber e Erica viviam juntos há seis anos. Em 2004, nasceu a única filha do casal. "Nunca percebemos nada de estranho", contou Vanessa Lopes, prima de Erica. "Agora, ele não era um pai amoroso, de brincar com a filha, de fazer chamego."

Erica sempre foi uma mulher extrovertida e que gostava de conversar, contam amigas. A relação com Kleber, porém, era marcada por conflitos e dificuldades. Ele não trabalhava. Desde que passaram a morar juntos, os dois recebiam uma ajuda financeira da mãe de Kleber, que vive na Espanha. O casal e a criança chegaram a morar duas vezes no país europeu, em períodos de seis meses e um ano.

As amigas de Erica contam que ela sonhava com a independência do companheiro. Eles se conheceram numa escola de segundo grau da periferia, viviam na mesma faixa de renda - a classe média baixa -, mas se diferenciaram quando a mãe de Kleber se separou do marido e foi viver como imigrante na Espanha. O dinheiro recebido por Kleber não foi suficiente para manter uma boa relação em casa.

A relação do casal nos últimos seis meses era "conflituosa", disse um primo dela. "Kleber contou várias vezes que iria se matar e matar Erica e a filha", contou o parente. "Ele não era violento, mas sofria de depressão com frequência."

''Boato''

Valdemar Fernandes, tio de Erica, classificou como "boato" a versão divulgada por uma emissora de TV de que Kleber era violento. Ele diz que não consegue enxergar uma explicação para a tragédia analisando a situação financeira e o comportamento de Kleber. "Cientificamente, não tem explicação", disse.

Valdemar lembra que antes da tragédia, Kleber levou a mulher e a filha para um hotel de Caldas Novas, onde ficaram de quarta-feira até a manhã de sexta-feira da semana passada. "Antes de viajar, ele sacou todo dinheiro que estava na conta da Erica. Uma parte pagou o hotel e a outra comprou a arma usada para roubar o avião."

Enterro

Foi enterrada na tarde desta sexta-feira (13) a menina Penélope, de 5 anos. Cerca de 50 pessoas participaram do sepultamento da criança num cemitério público da periferia de Goiânia. A mãe, Erica Correia, 23 anos, agredida pelo marido horas antes da tragédia foi sedada pelos médicos e não acompanhou o enterro. Acompanhou apenas parte do velório. Kleber seria enterrado no início da noite de hoje num cemitério privado da cidade.

O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, ouviu hoje parentes e amigos da família de Erica. Ele pretende ouvir a mulher na próxima semana, quando deverá concluir as investigações e pedir o arquivamento do caso. "Pelo que ouvi, é o caso de um jovem sem emprego e sem objetivos", disse. A polícia não havia encontrado até a tarde desta sexta-feira a arma usada por Kleber nas ferragens do avião. Os destroços foram retirados do estacionamento do shopping no final da manhã de sexta-feira.

Fonte: Agência Estado

''Vou fazer pior'', disse Silva a PM após decolar

Tio de Erica, policial tentou evitar a tragédia ligando para sequestrador

O voo da morte de Kleber Barbosa da Silva, de 31 anos, e da filha Penélope, de 5 anos, foi anunciado por celular. Há 21 anos na PM de Goiás, o sargento Adão da Mota Correia, tio de Erica Correia, de 23 anos, mãe da menina, interceptou por telefone o sequestrador. O pai e a filha morreram às 18h15 de anteontem, ao cair no estacionamento do shopping mais movimentado de Goiânia, e foram sepultados ontem, em cemitério diferentes da capital.

Numa viatura, Adão conseguiu, por volta de 15 horas, o primeiro contato por celular com o sequestrador. Silva naquele momento estava com a filha no Vectra que possuía, numa estrada em direção à cidade de Luziânia. "Neste primeiro contato, eu já me assustei com a frieza dele", conta o policial. A voz era de uma pessoa tranquila. "Nunca vi coisa igual."

Meia hora depois, Silva disse, num segundo contato, que estava sobrevoando a Serrinha, setor nobre de Goiânia. "Não sabia que ele pilotava nem que era um doido, um potencial suicida", diz o tio de Erica. Adão imediatamente disse a Silva que Erica, retirada do Vectra e agredida com um extintor de incêndio horas antes, não tinha morrido e passava bem. "Você quer saber como está a sua mulher? Ela está bem, no hospital, sem risco", informou o PM, que se surpreendeu com a frase seguinte de Silva. "Então eu vou fazer uma m... pior."

Naquele momento, a cúpula da PM já acompanhava o caso. O policial, imediatamente, conseguiu um helicóptero da corporação. Com outros quatro colegas, tentou localizar o sequestrador pelos céus de Goiânia. Adão chegou a ver Silva indicar três vezes que pousaria na pista do Aeroporto Santa Genoveva, mas arremeteu o monomotor.

O Tupi chegou a passar a 2 metros da asa de um Airbus da TAM que aguardava o embarque de passageiros. "Ele estava brincando com a gente", relata Adão. "Era um louco, premeditou, planejou tudo." O espaço aéreo teve de ser fechado e Silva seguiu rumo ao Shopping Flamboyant. "Vi naquele momento que aconteceria o pior", afirma o policial. Foram 40 minutos do segundo e último contato até a queda do monomotor no centro de compras.

Adão relata ainda que não ouviu a voz de Penélope nos telefonemas. "Fica uma dor, uma sensação muito ruim", conta. "Tentei argumentar, falei de Deus, da vida, da família, da menina, mas não tinha volta. Fui profissional (nesse caso) até agora, segurei a barra, mas amanhã acho que vou explodir."

PREMEDITAÇÃO

Além do PM, o delegado Manoel Borges, da 8.ª DP de Goiânia, que investiga o caso, também considera que o sequestro e a queda foram premeditados, assim como o instrutor de voo atacado em Luziânia (mais informações na página C4). Borges acredita que Silva tomou a decisão após ser acusado de ter violentado sexualmente uma adolescente de 13 anos em Aparecida de Goiânia. A garota o denunciou no início da semana. A prisão seria pedida ontem. "Ele estava obstinado, decidido a se matar quando roubou o avião", disse o delegado.

Borges ainda aguarda o resultado de um exame toxicológico para saber se Silva consumiu algum tipo de droga, antes de deflagrar a série de ações que levaram às mortes. Ontem, o delegado ouviu parentes e amigos da família de Erica. Ele pretende ouvir a mulher na próxima semana, quando deverá concluir as investigações e pedir o arquivamento do inquérito. "Pelo que ouvi, é o caso de um jovem sem emprego e sem objetivos", disse, ainda sem levantar hipóteses sobre o que teria motivado a tragédia.

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) de Goiânia relataram ontem que nenhuma arma foi encontrada no estacionamento do shopping. O laudo final deverá ser divulgado em 30 dias. O sequestro do avião também está sendo investigado pela Policia Federal (PF), que abriu inquérito ontem. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou processo administrativo para apurar se houve falhas na segurança do aeroclube de Brasília em Luiziânia (GO). Foi de lá que Silva roubou o Tupi de prefixo PT-VFI. Inspetores de aviação civil realizaram nesta sexta-feira análises no local e entrevistaram os responsáveis. Não há previsão para a conclusão do processo.

Em torno dessa tragédia, há também outros dois inquéritos da Polícia Civil -um pela tentativa de assassinato de Erica por Silva e outro pelo homicídio da filha, Penélope. Com a morte do autor dos crimes, o caso será encerrado e arquivado, o mesmo acontecendo com a acusação de estupro existente na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.

Fonte: Leonencio Nossa (estadão.com.br)

Planos de Curitiba receber primeiro voo direto com Europa são adiados

Vice-governador e presidente do Comitê Executivo teria encontro com a TAP, mas posição da Fifa em postergar anúncio de subsedes faz negociação ficar estacionada

Curitiba poderia ter duas grandes notícias na próxima semana. A primeira de que será uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. A outra seria a possibilidade de ganhar o seu primeiro voo direto com a Europa, sem escalas. Entretanto, ambas vão ficar para o futuro, graças a posição da Fifa em adiar para o fim de maio a definição das cidades do Mundial no Brasil. Assim, o encontro entre Orlando Pessuti e dirigentes da TAP também foi cancelado.

O vice-governador do Paraná e presidente do Comitê Executivo de Curitiba para Assuntos da Copa de 2014 viajaria neste sábado e iniciaria a sua agenda europeia na segunda-feira em Lisboa, onde teria um importante encontro com a empresa portuguesa de transporte aéreo. Todavia, a reunião que pode dar à capital paranaense o seu primeiro voo entre o Aeroporto Internacional Afonso Pena e Lisboa foi postergada, para uma data a ser definida.

As negociações prosseguem em andamento, e Pessuti espera assinar os acordos que viabilizem o voo ainda neste primeiro semestre. O interesse da companhia portuguesa é grande, já que os diretores da TAP reconhecem que a vinda da Copa de 2014 para a Curitiba pode gerar um grande fluxo de turistas europeus para a cidade. Além desta visita em Portugal, o vice-governador passaria pela Itália e pela Suíça, onde acompanharia a decisão da Fifa.

Enquanto aguarda o andamento das negociações com a TAP e o anúncio das 12 subsedes do Mundial, Pessuti deve começar na próxima semana uma reformulação no Comitê Executivo, com a entrada de novas entidades e dirigentes de outras regiões do Paraná, como Foz do Iguaçu, Paranaguá, Maringá, Londrina e Ponta Grossa.

Fonte: Gazeta do Povo