segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Para ver cometa nesta noite, observador deve olhar para o leste; saiba mais

Pegue um binóculo, olhe para o leste - onde nasce o Sol - e procure por Saturno, que tem um brilho bastante proeminente no céu. Estas são as principais dicas dos astrônomos para observar o cometa Lulin, que poderá ser visto com brilho máximo na madrugada de hoje para amanhã.

É possível, porém improvável, que o cometa fique visível a olho nu, principalmente em locais muito iluminados - é melhor recorrer a binóculos ou lunetas de boa qualidade.

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"De cidades grandes, provavelmente será muito difícil observá-lo a olho nu. Digo provavelmente porque as variações do brilho de um cometa não têm sua determinação com muita precisão. Pode ocorrer uma explosão repentina e o brilho aumentar muito, embora isto não seja muito comum", afirma Rundsthen Vasques de Nader, astrônomo do Observatório do Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Lulin estará bem próximo de Saturno, na constelação de Leão - nessa época, o planeta fica visível por volta das 20h30, como um objeto vermelho-alaranjado, maior que as estrelas em volta e não que "pisca". No céu, a coloração do cometa deve ser de um branco esverdeado, devido a sua composição química: compostos de carbono e cianogênio, um gás tóxico.

O cometa atinge nesta terça-feira (24) a sua máxima aproximação da Terra, ficando a cerca de 60 milhões de km, bem próximo para os padrões astronômicos, menos de metade da distância entre a Terra e o Sol.

Lulin, que oficialmente se chama C/2007 N3, foi descoberto em 2008 por Quanzhi Ye, da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou (China), com base em imagens produzidas no Observatório Lulin, em Taiwan - daí vem seu nome "popular".

Sua órbita, ao contrário do que ocorre na maioria dos cometas, é no sentido horário. Esta é a primeira passagem de Lulin perto do Sol, dizem astrônomos, porque ele ainda preserva a maior parte dos seus gases.

Fontes: Folha Online / Associated Press

Cometa "na contramão" será visível na Terra hoje

O cometa Lulin, esverdeado, rápido, vindo de longe, circulando no sentido oposto ao dos planetas e com duas caudas, poderá ser visto no céu com brilho máximo na madrugada de hoje para amanhã, com ajuda de binóculos. Vale a pena: ele não deve voltar por aqui nos próximos milhões de anos.

Já era possível ver o Lulin aumentando o seu brilho no céu havia alguns dias, mas ele atinge agora a sua aproximação máxima com a Terra. Estará a cerca de 60 milhões de quilômetros, menos de metade da distância entre a Terra e o Sol.

Para observar o astro errante no seu momento mais luminoso, será necessário estar em um lugar com céu limpo e longe das luzes da cidade. A Lua, pelo menos, deve colaborar: estará no fim da fase minguante e não ofuscará a observação.

Cometa Lulin poderá ser visto com ajuda de binóculos, nesta madrugada; ele estará a cerca de 60 milhões de km

Se as condições forem favoráveis, será possível ver o cometa a olho nu. Ter um binóculo à mão é recomendável. Mas é melhor não contar com o bom tempo: o Sol aparece hoje entre nuvens no país inteiro e pancadas de chuva podem acontecer. Na noite de hoje, o cometa aparecerá perto de Saturno.

Deixando poeira

Quando um cometa se aproxima do Sol, o calor vaporiza a sua crosta de gelo e poeira, que deixa um rastro conhecido como cauda. Segundo Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional, a cauda nada mais é, portanto, do que "poeira deixada para trás".

O vento solar, que é uma corrente de partículas carregadas que o Sol emite, joga esses gases para fora de maneira perpendicular à órbita. Quem olha da Terra para o Lulin, então, vê duas caudas. Mas Tasso Napoleão, diretor da Rede de Astronomia Observacional, diz que, no caso de Lulin, é apenas "uma ilusão de ótica, uma questão de ângulo". "A cauda, na verdade, é uma só", completa.

O Lulin circula em sentido oposto ao dos planetas em torno do Sol. Como a Terra está indo na direção contrária à do cometa, a velocidade aparente do astro será alta. Estima-se que, todos os dias, ele esteja se deslocando cinco graus no horizonte. Isso significa que, se você esticar seu braço em direção ao céu e olhar para sua mão com os dedos juntos, o cometa percorrerá o espaço de três dedos, aproximadamente.

Quem observar o Lulin com bastante paciência, portanto, poderá percebê-lo se movendo em relação às estrelas.

Cometas podem voltar com frequências que variam de algumas dezenas até milhões de anos. Os cometas de período mais curto - como o Halley, que visita a Terra a cada 76 anos - vêm de um lugar chamado cinturão de Kuiper (pronuncia-se "kóiper"), a mesma região do planeta-anão Plutão.

Outros cometas, de período longo, como Lulin, vêm de uma região orbital bem mais distante: a Nuvem de Oort, a 50 mil unidades astronômicas (o mesmo que 50 mil vezes a distância entre a Terra e o Sol). Isso significa que, se a Terra estivesse a um metro do Sol, a Nuvem de Oort estaria a 50 quilômetros (o cinturão de Kuiper estaria a algumas dezenas de metros). Por isso, os cometas de lá, depois de passarem por aqui, demoram para voltar. O Lulin é um deles e leva milhões de anos para completar uma órbita.

O cometa foi visto pela primeira vez em julho de 2007, por observadores asiáticos.

A Nasa (agência espacial dos EUA) apontou o telescópio espacial Swift para o Lulin a fim de tentar entender melhor a sua composição química e encontrar mais pistas sobre a origem dos cometas e do Sistema Solar. Cometas são de grande interesse para isso, pois acredita-se que sua composição seja semelhante à de corpos que vagavam no espaço antes da formação dos planetas.


Fontes: Folha Online / G1 - Imagens: Jack Newton/Arquivo Pessoal

Como funciona um velocímetro em um avião?

Leia como funciona um velocímetro em um avião em:

http://viagem.hsw.uol.com.br/questao597.htm

Quando os aviões se cansam

Parte da fuselagem desaparece no ar e expõe um problema que os engenheiros aeronáuticos aprendem a prevenir: a fadiga dos materiais. A segurança da estrutura, para eles, está acima de tudo.

O Boeing 737 da Aloha Airlines decolou do aeroporto da cidade de Hilo, no arquipélago do Havaí, naquele 28 de abril de 1988, e tudo levava a crer que seria mais uma breve viagem de rotina até Honolulu, numa ilha próxima. Alguns dos noventa passageiros reclamaram um pouco da turbulência no início do voo, mas, minutos depois, olhavam já com impaciência o sinal luminoso que mandava manter os cintos de segurança atados. Santo mandamento. Pois, assim que o avião, com dezenove anos de uso, nivelou a 7 000 metros, a altitude prevista de voo, ouviu-se um forte estrondo e, subitamente, o teto da primeira classe desapareceu no ar deixando um rombo de 6 metros na fuselagem acima e ao lado da fileira de assentos. Quase no mesmo instante, uma comissária, de pé no corredor, foi sugada para fora. O número de vítimas poderia ter sido maior, não fosse a perícia do piloto em fazer um pouso de emergência num aeroporto próximo; todos os passageiros e o restante da tripulação se salvaram.

O acidente, por suas características, dramatizou um problema que há 36 anos vem tirando o sono dos responsáveis pela segurança do transporte aéreo. Em janeiro de 1954, de fato, um Havilland Comet, da família dos primeiros jatos comerciais, pertencente à hoje extinta companhia inglesa BOAC, explodiu no ar quando fazia a rota Roma-Londres. As investigações mostraram que o avião, embora não fosse idoso, apresentava sinais de desgaste por culpa da concepção falha do modelo e da inexistência de certos testes, hoje em dia obrigatórios.

O atestado de óbito do Comet registrou como causa da morte uma doença implacável, até então desconhecida, que recebeu o nome fadiga de materiais e passou a fazer parte do vocabulário dos engenheiros aeronáuticos. Significa que, submetidos a esforços variáveis durante muito tempo, metais, plásticos e alguns tipos de madeira podem se romper subitamente, mesmo que o esforço com que estejam arcando naquele momento seja suportável. No caso do velho Comet, o desgaste na fuselagem trincou a ponta de uma das janelas, o que desencadeou a tragédia. Nas décadas seguintes, cientistas e engenheiros se debruçaram sobre as pranchetas na tentativa de evitar a repetição desse problema. Mas como, evidentemente não é possível blindar um avião feito um tanque de guerra, porque ele não sairia do chão, acidentes causados por fadiga de materiais continuam a engrossar as estatísticas dos desastres aéreos. Mesmo porque, jatos como o Boeing 737,o 727 e o DC-9, este da McDonnell Douglas, todos em operação há mais de vinte anos, apropriados para viagens curtas e médias, envelhecem rápido: as freqüentes decolagens e pousos provocam mais estresse na estrutura do que nos wide-bodies, geralmente utilizados em percursos maiores. Nem estes, porém, estão imunes ao problema. No ano passado, uma falha na trava da porta de um Jumbo 747 da empresa americana United Airlines, com dezoito anos de uso, provocou um rombo de 12 metros na fuselagem e a morte de nove passageiros. No caso da havaiana Aloha Airlines, ficou provado que parte da carcaça do Boeing 737 não agüentou o dano da fadiga acumulada de 35 000 horas de vôo, o equivalente, para os materiais, a 90 000 decolagens.

Nos tempos pioneiros, as lendárias máquinas voadoras não ofereciam dores-de-cabeça desse tipo. Afinal, o que iria corresponder à fuselagem neles não passava de uma armação de madeira normalmente reforçada com fios de aço e cantoneiras. Naqueles mais pesados que o ar, que certamente não eram projetados para durar vinte ou trinta anos, piloto e motor ficavam desconfortavelmente assentados sobre a asa inferior. Mais aperfeiçoados, os aviões de madeira continuaram a existir até os primeiros tempos da Segunda Guerra Mundial, quando os caças soviéticos Lavotchkin La-5 e La-7, feitos com esse material, deram muito trabalho aos alemães. Mas, em geral, a partir da década de 30, com o desenvolvimento das chapas de alumínio, o metal tornou-se componente obrigatório do revestimento dos aviões.

Apareceram os bimotores e trimotores metálicos, como o Junker Ju-52, alemão, e os americanos Douglas DC-2 e DC-3 este último, o equipamento mais bem-sucedido da história da aviação, que ainda presta serviços em rincões perdidos do mundo.

Sob esse aspecto, não há novidades no ar. Os modernos aviões de transporte comercial, independente de tamanho, apresentam a mesma estrutura da época do inesquecível DC-3 e as ligas de alumínio continuam suportando a maior parte do esforço sobre a fuselagem. Embora sem a resistência do aço ou do titânio usados para reforçar lugares críticos, como o enquadramento das portas , tais ligas se moldam facilmente e possuem, no jargão dos engenheiros, maior tenacidade à fratura. Isso significa que a fuselagem constituída de uma pele de alumínio, mesmo afetada por uma trinca, demora mais para se romper. Depois da pele, vêm os ossos, por assim dizer. Formados de ligas longitudinais (as longarinas) e de anéis (as cavernas), naturalmente também em alumínio, dão estabilidade ao avião e distribuem a pressão pela fuselagem inteira. Por isso mesmo, as longarinas e as cavernas mais reforçadas ficam nas junções das asas, onde sempre é maior o esforço a que é submetido o material

Como um gigantesco brinquedo de montar, essa armação está presa por dezenas de milhares de rebites. Cerca de 90 000 deles entram por exemplo na construção do Brasília, o turboélice para trinta passageiros da Embraer. Com tanto metal, não há como impedir a fadiga e a corrosão à medida que as estruturas envelhecem. Os técnicos costumam dizer que tais problemas estão para as aeronaves como a arteriosclerose para o homem. Mas a geriatria aeronáutica é assim mesmo que se chama a técnica de prolongar a vida útil dos aviões , conhecendo os dados vitais e a ficha clínica dos aparelhos pode pelo menos prever e controlar o desenvolvimento dessas doenças da terceira idade. E acidentes como o da Aloha Airlines oferecem o consolo de multiplicar as pesquisas sobre o assunto numa época em que muitos modelos em operação se aproximam dos limites de longevidade. O engenheiro aeronáutico Antônio Carlos Vieira Victorazzo, da Embraer, que estuda e trabalha com estruturas de aeronaves, explica que, para cada projetista envolvido com a aerodinâmica de um aparelho, existem três outros preocupados com a carcaça. Eles passam centenas de horas estipulando as regras segundo as quais os futuros modelos poderão voar. Os projetos devem conter obrigatoriamente informações sobre a carga exata durante as manobras, sob rajadas de vento, nos pousos e decolagens e em velocidade máxima. Isso vale para cada parte da superfície do aparelho", explica Victorazzo. "Muitas vezes, componentes estruturais são testados até serem destruídos, para se ter certeza de que suportam o esforço em voo, assim como muitas chapas de metal tomam banhos de água salgada para se avaliar a proteção contra a corrosão."

Segurança nunca é demais. Para evitar riscos, não se fabrica um protótipo, mas vários, todos eles forçados nas provas em terra e no ar a dar tudo que podem. Para começar, os modelos são testados nos famosos túneis de vento, que fornecem, entre outras coisas. informações sobre a distribuição da pressão do ar em diferentes condições de voo. Além de analisar o desempenho das aeronaves em condições extremas de temperatura e em frequências de vibração, as quais provavelmente nunca serão experimentadas nas operações normais, simula-se o número de voos diários efetivamente cumpridos nas companhias aéreas. Essas informações se acumulam nos computadores e mais tarde farão parte do currículo das naves.

Na esteira das conferências e seminários que se seguiram ao desastre da Aloha, os fabricantes começaram a estudar até a influência da poluição e da chuva ácida sobre a fuselagem. E não foi propriamente surpresa descobrir que os jatos que operam nas proximidades de Tóquio e São Paulo precisam de uma faxina mais rigorosa. A poluição está despertando suspeitas ainda mais inquietantes: há quem alerte para a hipótese de maior corrosão e envelhecimento dos metais expostos à radiação ultravioleta, com o esgarçamento da proteção proporcionada pela camada de ozônio. Ao mesmo tempo pesquisam-se novos materiais especialmente resistentes que possam, no futuro, substituir com vantagem as estruturas metálicas convencionais. Compostos de fibras de carbono (material de mil e uma utilidades, empregado, por exemplo, em raquetes de tênis) ajudam a emagrecer o A 320 e constituem os flapes inteiriços, de quase 9 metros de comprimento, que a Embraer está fabricando para os novos jatos americanos MD11. Se fossem de metal, esses flapes teriam não apenas um número maior de chapas, como também de rebites, multiplicando, portanto, os pontos potenciais de fadiga.

Por trás de todos esses estudos, esconde-se um conceito adotado obrigatoriamente pelos fabricantes e considerado o grande responsável pela segurança de voo. Trata-se da tolerância a danos (fail safe, em inglês), uma espécie de versão aeronáutica do dito a união faz a força. Assim, cada pequenino rebite, cada pedaço da fuselagem de um elefantino 747 são dimensionados para suportar o dobro da pressão normalmente sofrida durante sua vida. Se qualquer peça desse jogo de armar entrar em pane por algum motivo, as outras não podem substituí-la, mas têm força suficiente para sustentar o avião no ar. Orgulham-se os engenheiros da Embraer de que o Brasília foi desenhado para fazer um pouso normal, mesmo com um rombo de 80 centímetros na fuselagem.

Fundamentais também para a segurança das aeronaves são as inspeções obrigatórias antes de cada viagem e as mais minuciosas, a intervalos regulares de horas de voo. De posse dos manuais da indústria, os inspetores das companhias aéreas sabem quais os pontos críticos e têm condições de apanhar com a ajuda de uma variedade de instrumentos, desde lupas a emissores acústicos, passando pelos raios X as trincas microscópicas que podem surgir na fuselagem. Se houver uma suspeita, usa-se um líquido penetrante, capaz de denunciar a falha por microscópica que seja. "Quando se obedece a todas as regras do jogo, os problemas diminuem sensivelmente", lembra o engenheiro Victorazzo. "E, quando estes aparecem, devem-se a controles deficientes e verificações mal feitas." Novamente tomando como exemplo o acidente havaiano de 1988: ficou provado que a Aloha havia passado a hora de trocar as juntas, contrariando as recomendações da Boeing.

No pior desastre com uma única aeronave na história da aviação, ocorrido em 12/08/1985, morreram 520 pessoas. As investigações mostraram que a caverna de pressão traseira do aparelho, um Jumbo 747 da Japan Airlines, se rompeu devido a um reparo mal feito. O ar pressurizado da cabine entrou na cauda, arrebentando partes da fuselagem e danificando o sistema hidráulico. Segundo o relatório, a inspeção falhou ao não detectar a fadiga do metal.

O Boeing 747 da JAL sem a cauda

Tragédias como essa não desestimulam os especialistas. Como diz o engenheiro Victorazzo, que de avião entende tudo, menos pilotar, os desastres provocados por falhas estruturais são poucos. "Nos meus anos de serviço na Embraer não tive de lidar com nenhum", relata. "A gente que trabalha com isso sabe as precauções com segurança que existem por trás de cada aeronave e fica tranquila", informa sem se dar sequer o trabalho de bater na madeira para evitar a má sorte.

Fonte: Revista Super Interessante (número 12, ano 10 - 1.990)

Embraer mira renovação da frota da Aerolineas Argentinas

A Embraer analisa participar da renovação da frota da Aerolineas Argentinas como medida para driblar a crise financeira que também afeta o setor de fabricação de aviões.

Em entrevista ao jornal argentino "Clarín", o novo vice-presidente da empresa para a América Latina, Luis Hamilton Lima, considerou que a região, e particularmente a Argentina, pode ser um dos maiores mercados para os aviões comerciais e até militares da empresa.

"O mundo está em um momento de inflexão e as empresas aéreas não estão fora disso. É óbvio que os diretores revisam a demanda em função das previsões de transporte de passageiros. Os anos de 2009 e 2010 serão de transição na economia mundial", disse.

Porém, Lima vê na crise uma "grande oportunidade" para a Embraer. Segundo ele, a firma conta com o produto ideal para um mercado em retração, já que pode "substituir aeronaves de maior porte e adequar a oferta de assentos à demanda.

"Em países como Argentina, Brasil e México, com grandes distâncias, as companhias aéreas não perderão tráfego doméstico", comentou o diretor da firma, que tem os Estados Unidos como seus maiores clientes - com 60% da produção.

"Neste contexto, a Argentina é muito importante porque a Aerolineas Argentinas deve renovar sua frota de aeronaves na transição ao Governo argentino. Há um potencial de substituição que podemos realizar", explicou.

O Governo argentino reconheceu que manteve contatos com a Embraer desde o ano passado. Ainda há a possibilidade de a firma brasileira abrir uma instalação para fabricar peças na província de Córdoba, no centro da Argentina, com ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"A Embraer entra perfeitamente porque nossas aeronaves atendem uma faixa de mercado diferente à da Airbus. É uma faixa de 76 a 120 assentos. Em rotas de alta densidade é melhor um avião com maior capacidade, mas nossos aviões são complementares: permitem aumentar as freqüências onde a demanda é menor", apontou.

Fonte: EFE

Crise põe em risco projeto de ponta da Embraer

Não há momento bom para crise, mas este, que determinou as 4.200 demissões de funcionários feitas pela Embraer, não poderia ser pior para a empresa. A Embraer está batalhando parcerias internacionais para o desenvolvimento de um projeto militar ambicioso, o cargueiro e avião tanque C-390. O valor estimado da fase inicial do programa fica entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões.

O presidente da companhia, Frederico Curado, tinha a expectativa de anunciar os acordos ao longo do ano. Na sexta-feira, em São José dos Campos, um executivo ligado à vice-presidência para o mercado de defesa disse ao Estado que "a vida ficaria um pouco mais fácil" se o Comando da Aeronáutica confirmasse suas encomendas desse jato, "já anunciadas, mas não formalizadas".

Esse pacote é coisa de 22 unidades iniciais, ao custo de US$ 1,3 bilhão. A aviação militar precisa reforçar a frota de transporte rápido para atender ao conceito do Plano Estratégico de Defesa, apresentado em dezembro de 2008, que pretende ter Forças Armadas com grande poder de deslocamento.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, revelou a expectativa de receber os aviões a partir de 2015. O C-390 voa a 850 km/hora e leva 19 toneladas de carga útil. Abriga 64 paraquedistas equipados para combate ou 84 soldados de infantaria convencional, além de um arranjo para a retirada de feridos ou doentes em zonas de alto risco.

Um pedido firme da aeronáutica ajudaria a ofensiva comercial da companhia no segmento da nova geração de transportadores médios, um mercado que envolve 700 aeronaves em 77 países e não menos de US$ 13 bilhões em novos negócios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

Airbus reduz ritmo de produção

Com as incertezas geradas devido à crise econômica mundial a Airbus decidiu abrandar a partir de Outubro a produção dos aviões de médio curso A320 que passará de 36 para 34 aparelhos por mês.

A produção dos A330 e A340, que a empresa determinara em aumentar em dez aeronaves por mês até 2010 irá manter o nível actual de 8,5 aparelhos por mês renunciando assim ao aumento suplementar, previsto inicialmente.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Infraero registra atrasos em 5,5% do voos

A Infraero (estatal que administra os aeroportos no país) registrou, em balanço divulgado às 17h deste domingo, atrasos em 5,5% dos voos programados - o equivalente a 66 dos 1.193 programados a partir da 0h. Do total, 116 foram cancelados (9,7%).

O terminal com mais partidas em atraso era o de Guarulhos (Grande São Paulo), com 17 voos --o que representa 10,8% de um total de 158 voos previstos. Já o aeroporto de Congonhas (SP), apresentava dois voos atrasados de um total de 118.

Segundo informações da Infraero, o segundo aeroporto com maior número de atrasos era o de Galeão, no Rio de Janeiro. Aa estatal registrava atrasos em seis dos 107 voos programados até as 17h - 5,6% do total. Em Santos Dumont, também no Rio, havia apenas um voo atrasado de um total de 28.

No aeroporto internacional de Brasília, os passageiros encontravam três voos atrasados (3,5%) de um total de 85 programados.

A companhia aérea que mais registrava atrasos em seus voos programados era a TAM. De acordo com o balanço da Infraero, estavam atrasados 29 dos 519 voos programados até as 17h - o equivalente a 5,6% do total.

Fonte: Folha Online

Avião arremeteu por "indicação técnica no painel", diz TAM

Uma "indicação técnica no painel fez com que um avião arremetesse duas vezes na noite de sábado durante os procedimentos de aterrisagem em João Pessoa, na Paraíba, de acordo com a nota oficial divulgada neste domingo pela TAM.

A companhia informou que o pouso do voo JJ 3860 no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, na capital da Paraíba, ocorreu normalmente. Na nota, a TAM enfatizou que "a arremetida é um procedimento comum na aviação civil, realizado para garantir a segurança dos passageiros e tripulantes".

A aeronave foi encaminhada para manutenção, o que provocou o cancelamento do voo JJ 3861 (João Pessoa/ Recife/ Brasília), que seria feito com o mesmo equipamento. Os 117 passageiros receberam a assistência necessária e foram acomodados em outros voos da empresa, de acordo com a companhia aérea.

Fonte: Último Segundo (IG)

Avião da TAM tem problemas no trem de pouso ao aterrissar na Paraíba

Aeronave chegou a interditar pista antes de ser levada para pátio.

Passageiros com destino a Brasília foram acomodados em hotéis.


Avião apresenta problemas no trem de pouso na Paraíba

Um avião da TAM apresentou problemas no trem de pouso pouco antes de aterrissar no aeroporto Presidente Castro Pinto, em Bayeux (PB), na Região Metropolitana de João Pessoa, na tarde deste sábado (21).

A aeronave chegou a arremeter por duas vezes e, apenas na terceira tentativa de aterrissagem, o trem de pouso conseguiu ser ativado e o Airbus pousou.

O voo JJ 3860 partiu de Brasília com destino a João Pessoa e escala no Recife. Uma das pistas do aeroporto chegou a ser interditada para que fossem feitos reparos no avião. Segundo a Infraero, a aeronave foi depois rebocada para um pátio para manutenção.

Alguns passageiros que embarcariam na mesma aeronave com destino a Brasília foram de carro até o Recife para tentar pegar outro voo. Outros foram encaminhados a hotéis e devem ser embarcados em um voo para Brasília na madrugada de domingo (22).

Fonte: G1 / TV Cabo Branco - Foto: Reprodução (TV Cabo Branco)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Nasa volta a adiar lançamento do ônibus espacial Discovery

Ônibus espacial Discovery na base de lançamento do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida

O lançamento do ônibus espacial Discovery para a Estação Espacial Internacional (ISS), inicialmente previsto para 12 de fevereiro, foi novamente adiado, mas desta vez para uma data indeterminada, anunciaram na noite de sexta-feira os responsáveis pela missão.

A decisão foi anunciada após uma reunião da equipe encarregada dos preparativos, que considerou que ainda há incertezas sobre o funcionamento das válvulas que regulam o fluxo de hidrogênio entre os motores da nave e o tanque externo, o que requer testes adicionais.

"Queremos estar seguros de que estamos prontos para proceder o voo", disse Bill Gersteinmaier, administrador adjunto da Nasa encarregado dos programas espaciais, acrescentando que até quarta-feira a Nasa saberá "sem dúvida o que é preciso fazer".

O lançamento havia sido adiado anteriormente por uma semana, para o dia 19 de fevereiro, e depois para o dia 22, tendo sido novamente postergado para não antes do dia 27.

Trata-se do primeiro lançamento de um ônibus espacial em 2009.

Fonte: AFP

Embraer entrega primeiro jato Embraer 170 para a Fuji Dream Airlines

Companhia aérea japonesa receberá outra aeronave do mesmo modelo este ano

A Embraer entregou hoje o primeiro jato Embraer 170 para a Fuji Dream Airlines, do Japão, uma empresa do Grupo Suzuyo. A companhia aérea encomendou também outro Embraer 170, cuja entrega está programada para este ano. “O início das entregas a um novo cliente é sempre um desafio para nós. No caso específico da Fuji Dream é mais do que isso, pois estamos participando do nascimento de uma nova companhia aérea em um mercado altamente competitivo e exigente como o doJapão”, afirmou Mauro Kern, vice-presidenteeExecutivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial. “Temos orgulho de fazer parte desta iniciativa de negócios liderada por uma empresa aérea vibrante como a Fuji Dream.”

Este Embraer 170 da Fuji Dream acomoda confortavelmente 76 passageiros em classe única e operará a partir do Aeroporto Monte Fuji Shizuoka, no centro do Japão.

O Embraer 170, juntamente com o Embraer 175, o Embraer 190 e o Embraer 195,constituem a família dos E-Jets, que possuía 876 pedidos firmes e 810 opções em 31 de dezembro de 2008. Com mais de 500 aeronaves entregues, os E-Jets ultrapassaram 2,4 milhões de horas de vôo, transportando mais de 100 milhões de passageiros.

Perfil do Grupo Suzuyo - O Grupo Suzuyo iniciou suas atividades em 1801, no porto de Shimizu, localizado no centro do Japão. A companhia expandiu seus negócios, adaptando-se às mudanças, e agora possui mais de 130 empresas afiliadas. As atividades do grupo incluem uma malha logística que cobre o Japão, América do Norte, Europa e sudeste da Ásia, negociação e venda de energia, produtos alimentícios, construção e manutenção predial, bem como Tecnologia da Informação (TI), desenvolvimento regional, recursos humanos e outros serviços.

Como empresa-cidadã, o Grupo Suzuyo também está envolvido em atividades sociais e financia projetos de educação, cultura e bem-estar, incluindo a gestão de uma universidade científica e tecnológica e o patrocínio de um time de futebol profissional do Japão, o Shimizu S-Pulse.

A Fuji Dream Airlines foi criada em junho de 2008 para ser o braço de transporte aéreo do Grupo. Ao entrar no negócio de aviação, desenvolvendo a conveniência do Aeroporto Monte Fuji Shizuoka, o Grupo Suzuyo contribui para o desenvolvimento econômico de Shizuoka.

Sobre a Família Embraer 170/190 de E-Jets - A família Embraer 170/190 de E-Jets é composta por quatro jatos comerciais com 70 a 122 assentos, fruto de um projeto de engenharia avançado que apresenta desempenho destacado, grande economia operacional, baixo nível de emissão de poluentes e uma ampla cabine.

Os E-Jets têm velocidade de cruzeiro máxima de Mach 0,82, voam a uma altitude de até 12.497 metros (41.000 pés) e possuem alcance de 4.400 km (2.400 milhas náuticas). O alto grau de comunalidade entre as quatro aeronaves – Embraer 170, Embraer 175, Embraer 190 e Embraer 195 – resulta em excepcional redução nos custos de treinamento, manutenção e peças de reposição para os operadores. Outro destaque é o emprego da moderna tecnologia fly-by-wire, que aumenta a segurança operacional e reduz a carga de trabalho dos pilotos e o consumo de combustível.

A família de jatos Embraer 170/190 oferece conforto superior com o projeto da fuselagem em dupla-bolha, que inclui duas entradas principais para passageiros e duas portas de serviço, que minimizam o tempo de permanência em solo. Os E-Jets oferecem muito mais espaço ao passageiro que qualquer outra aeronave de tamanho equivalente.

Perfil

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.) é uma Empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, a Empresa mantém escritórios, instalações industriais e oficinas de serviços ao cliente no Brasil, Estados Unidos, França, Portugal, China e Cingapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves para os segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, e Defesa e Governo.

A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Em 31 de janeiro de 2009, a Embraer contava com 21.362 empregados – número que não inclui empregados de suas subsidiárias não-integrais OGMA e HEAI. Em 31 de dezembro de 2008, a carteira de pedidos firmes da Embraer totalizava US$ 20,9 bilhões.

Fonte: Portal Fator Brasil - Foto: Divulgação

Nasa pede sugestões para o nome de mais um módulo da ISS

O Módulo 3 (clique sobre a imagem para ampliá-la)

A Nasa convidou ontem o público para que sugira o nome que será dado ao Módulo 3 da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) que vai abrigar, entre outras coisas, novos banheiros para o posto orbital.

A Nasa quer ideias antes de o módulo de conexão e sua cúpula irem ao espaço e serem instalados na ISS, um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 países. O prazo para o envio de sugestões vence em 20 de março e a Nasa anunciará o nome ganhador em abril.

"O nome deve refletir o espírito de prospecção e cooperação que representa a estação espacial, e há de seguir a tradição iniciada com o Módulo 1 - batizado de "Unity" - e o Módulo 2 chamado de "Harmony".

De acordo com o programa da Nasa a nave espacial Endeavour levará o Módulo 3 para a ISS durante uma missão em dezembro de 2009.

Quando a cúpula for colocada em uma das seis escotilhas do módulo, vai oferecer aos astronautas "uma vista espetacular da Terra e de seu lar no espaço", segundo a Nasa.

"As seis janelas retangulares da cúpula e uma janela circular no teto mostrarão um panorama sem igual em qualquer outra nave espacial", acrescentou.

"Além de oferecer um lugar excelente para a observação e fotografia da Terra, a cúpula conterá um posto de trabalho robótico de onde os astronautas poderão controlar o braço da nave", informou a agência espacial.

Uma vez que o módulo for instalado, os tripulantes da ISS vão transferir para ele muitos dos sistemas de controle ambiental e sustento da vida que agora estão divididos entre outras áreas do laboratório espacial.

Entre esses sistemas está o de geração de oxigênio, que leva a água da estação, a separa em hidrogênio que é expelido ao espaço, e oxigênio que retorna para a cabina para os tripulantes respirem.

O sistema de revitalização de atmosfera controla os níveis de dióxido de carbono na estação e mantém a temperatura e a pressão atmosférica em níveis cômodos.

Outro equipamento que irá para o Módulo 3 é o sistema de recuperação de água e o processador de urina, que levam a água da ducha e dos vasos da ISS, a purificam e separam todos os elementos tóxicos de modo que a água seja potável para os tripulantes.

Além disso, o módulo vai abrigar também o compartimento de resíduos e higiene, que dá aos tripulantes espaço para que se banhem e usem os sanitários de modo que a estação processe a maior parte da água usada a bordo para usá-la novamente.

Isto reduzirá substancialmente a necessidade de voos de reabastecimento.

Tradicionalmente a Nasa e seus parceiros de outros países deram nomes a cada parte habitável da ISS. O laboratório americano se chama "Destiny", o europeu "Columbus" e o japonês "Kibo".

Os compartimentos de despressurização se chamam "Quest" e "Pirs"; os dois módulos construídos pela Rússia se chamam "Zvezda" e "Zarya".

Fonte: EFE via G1 - Foto: NASA

Lula sabia de demissões na Embraer desde segunda

Presidente foi informado por Luciano Coutinho

LEONARDO SOUZA
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia desde segunda-feira que a Embraer anunciaria uma grande demissão no seu quadro de pessoal.

Anteontem, quando a empresa de aviação oficializou o corte de 4.200 funcionários, Lula se disse indignado, segundo relato do presidente da CUT, Artur Henrique, e comunicou que convocaria uma reunião com ministros para tentar reverter as demissões.

Na segunda-feira, numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, na sede do Banco do Brasil em São Paulo, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, antecipou aos demais participantes que a situação da Embraer, por depender muito do mercado externo, era complicada por conta da crise internacional e que haveria "expressivas demissões".

Estavam na reunião o ministro José Múcio (Relações Institucionais), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os presidentes do Banco do Brasil e da CEF (Caixa Econômica Federal), Antônio de Lima Neto e Maria Fernanda Coelho, além de Henrique, da CUT, entre outros.

Na própria segunda-feira, Coutinho informou a Lula sobre as demissões na Embraer.Procurado pela Folha, o BNDES, por meio da assessoria, disse que Coutinho não se manifestaria sobre o assunto. O Palácio do Planalto também não se manifestou sobre o caso.

Na reunião do Conselhão, convocada para debater meios de aumentar a oferta de crédito no país, Coutinho disse que a Embraer alegou cancelamentos de pedidos de encomendas de avião para fazer um ajuste entre receita e despesa.

Coutinho teria dito também que o banco estudava uma forma de estimular as vendas da Embraer para companhias aéreas nacionais, como modo de compensar o encolhimento do mercado externo. A demissão na Embraer tomou parte do dia de Lula ontem, entre conversas com auxiliares e telefonemas para avaliar o impacto da decisão.

Otimismo

Lula reservou a próxima quarta para receber a direção da empresa e ouvir o motivo das demissões. Em reunião ontem, ele reclamou da medida da Embraer e disse, segundo interlocutores, que as demissões não ajudam em um momento em que o governo busca manter o otimismo. O presidente também avaliou que não há fatos que justifiquem os cortes e que o governo ajudou a capitalizar a empresa via BNDES.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem, em Recife, que o governo vai avaliar a situação da Embraer para verificar se há justificativa para as demissões na empresa.

"Não estamos confortáveis com o fato de que grandes empresas tiveram um período razoável e expressivo no Brasil, e a primeira decisão que tomam [diante da crise] é uma demissão", disse. "O governo, ao longo da semana que entra, depois da terça-feira do Carnaval, vai começar a avaliação a respeito dessa situação", disse Dilma.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo (Colaboraram Simone Iglesias, da Sucursal de Brasília, e a Agência Folha, em Recife)

Nasa contrata empresas para criar balão para voar em Marte

Sistema deve ter potencial para realizar amostragens atmosféricas e vídeos, inexistente nas missões atuais

A Nasa concedeu à Aurora Flight Sciences e sua parceira Vertigo Inc um contrato para a criação de um lançador autônomo de balões para ser operado na superfície de Marte. A Aurora prevê um sistema compacto e leve, que possa ser incluído em futuras sondas destinadas ao planeta vermelho, ampliando assim a missão com um pequeno veículo aéreo. O sistema deve ter potencial para realizar amostragens atmosféricas e vídeos, inexistente nas missões atuais.

Sequência de lançamento do balão (Clique sobre a imagem para ampliá-la)

Segundo nota da Aurora, a exploração de Marte com balões poderá cobrir uma porção da superfície maior Marte do que a acessível para as sondas de superfície, e oferece melhor resolução de imagens do que a dos satélites. Os balões podem ser usados para medir dados atmosféricos em diferentes altitudes e localidades de Marte.

De acordo com o gerente do projeto, George Kiwada, "um grande desafio é a possibilidade do revestimento ser danificado pelos ventos, rochas ou partes do equipamento."

O contrato se baseia no trabalho anterior da Aurora para a Nasa no desenvolvimento de um avião para Marte.

Fonte: estadão.com.br - Foto: Divulgação

Embraer demite 220 em Botucatu

Funcionários foram avisados da dispensa de última hora, empresa alega que motivo é a crise internacional

A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) demitiu 220 funcionários da empresa em Botucatu (100 quilômetros de Bauru). Os trabalhadores atuavam na área do “chão de fábrica” e foram avisados de última hora sobre as dispensas. O motivo alegado para a dispensa foi a crise financeira mundial.

O sindicato que representa os trabalhadores contestou a política da empresa e vai se reunir para discutir o assunto. A Força Sindical e o Conlutas, em conjunto com os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto, irão entrar na Justiça contra as demissões na Embraer. A ação judicial será ajuizada na quarta-feia no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas contra as 4.200 demissões anunciadas em todas as unidades da empresa de aeronave.

Os trabalhadores foram “pegos de surpresa” com a demissão na troca dos turnos na tarde da quarta-feira. De acordo com Abelardo Wanderlino da Costa Neto, vereador (PV) e vice-presidente do Sindiaeroespacial, não houve lealdade e democracia nas demissões, que foram feitas em cima da hora. “Não houve diálogo e a empresa não avisou nada”, lamentou.

Abelardo relatou que o sindicato vem buscando conversar com a empresa desde outubro do ano passado, mas sem resultados. Entre dezembro do ano passado e o começo deste mês, outros cerca de 80 funcionários foram dispensados aos poucos pela unidade botucatuense. “Eles não deram respostas. Havia excelentes profissionais que foram mandados embora, alguns com até dez anos na empresa”, disse. O sindicato calcula que as demissões ficaram em 13% na empresa local.

Na próxima quinta-feira, o sindicato pretende analisar a situação daqueles que foram demitidos. Neto quer confirmar se havia funcionários que estavam para se aposentar e se tinham alguma pendência de acidente de trabalho. Para o vice-presidente da organização que representa os trabalhadores, a empresa poderia ter adotado outra postura. “Poderia ter sido algo democrático, como a redução de salário com garantia de emprego (aprovado em assembléia) ou um programa de demissão voluntária”, explicou.

A Embraer, que tem unidade em São José dos Campos e Gavião Peixoto, não quis se manifestar sobre os desligamentos regionais em Botucatu. Em comunicado à imprensa, a empresa destacou que “como decorrência da crise sem precedentes que afeta a economia global, em particular o setor de transporte aéreo, tornou-se inevitável efetivar uma revisão de sua base de custos e de seu efetivo de pessoal, adequando-os à nova realidade de demanda por aeronaves comerciais e executivas”.

A Embraer destacou que, embora tenha sede no Brasil, depende fundamentalmente do mercado externo e do desempenho do mercado externo e da economia global – mais de 90% de suas receitas são provenientes de exportações, pouco se beneficiando, da resiliência que o mercado doméstico brasileiro vem demonstrando”. As demissões representam cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados da empresa, com exceção das subsidiárias OGMA (Portugal) e HEAI (China). A mão-de-obra dispensada se concentra nas áreas operacional, administrativa e lideranças, além da eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial.

A empresa também informou que reviu suas estimativas e previsão de investimentos para 2009. A Embraer lidera na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e é uma das maiores exportadoras brasileiras. Na empresa de Botucatu havia cerca de 2 mil funcionários, onde há produção do avião Ipanema, fabricação de peças, estruturas e cablagens para os jatos das famílias ERJ 145, Embraer 170/190 e Phenom, montagem da estrutura da fuselagem do Super Tucano e fabricação de ferramental. Preocupados com as demissões nas indústrias nos últimos meses, os subsecretários Antônio Carlos Stein (Comércio e Serviços), e Paulo Urbanavicius (Indústria) se reuniram com o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Botucatu, Moacir Fernandes. O prefeito de Botucatu, João Cury (PSDB), está preocupado com as demissões no município.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

Hubble pode ser abandonado por causa de colisão entre satélites

Manutenção do telescópio pode não ocorrer

O telescópio Hubble está prestes a ser abandonado mais uma vez. Graças à colisão ocorrida entre um satélite americano e um russo, o campo de detritos gerado pode impedir a manutenção do idoso telescópio.

A colisão entre um satélite de telecomunicações americano e um satélite russo desativado aconteceu no dia 10 de fevereiro deste ano. De acordo com o site Discovery, o desastre espacial provocou a formação de um cinturão de detritos com mais de 600 peças, que impedem que algumas rotinas sejam executadas pelas agências espaciais, uma vez que a velocidade dos detritos gira em torno dos 29.000 km por hora. De acordo com a NASA, a probabilidade de um acidente nessas condições é de 1 em 185, quando o mínimo aceito pela agência é de 1 em 200.

O acidente, que já atrasou o lançamento de uma missão marcada para o dia 22, também pode prejudicar a sobrevivência do telescópio Hubble, uma vez que a manutenção de seu maquinário não pode ser realizada. Se nada for feito, o telescópio poderá parar de funcionar em um ano ou dois, noticiou o site Wired.

A decisão da continuação ou do encerramento da missão de manutenção será divulgada em duas semanas. Se aprovada, a nave Atlantis deverá chegar ao Hubble em Maio deste ano.

O telescópio Hubble foi lançado ao espaço em 1990, e vem produzindo uma série de conteúdo de extrema importância para a Astronomia mundial. Há alguns anos, quase foi desativado, mas após um enorme abaixo assinado online, continuou na ativa.

Fonte: www.geek.com.br - Foto: spacetelescope.org

Avião com ministra a bordo perde roda em aterrissagem no Paraguai

O pequeno avião no qual viajava a ministra da Saúde do Paraguai, Esperanza Martínez, perdeu hoje (21) uma de suas rodas na aterrissagem e parou quando se chocou contra uma cerca, informaram fontes oficiais.

Apesar do susto, ninguém ficou ferido no incidente, no qual o trem de aterrissagem da aeronave das Forças Armadas perdeu a roda no aeroporto da cidade de Pilar, no extremo sul do país, a 380 quilômetros de Assunção.

A avaria fez com que o pequeno avião perdesse o controle e fosse parar em uma cerca do aeroporto de Pilar, onde a ministra inaugurou nesta sexta-feira obras de infraestrutura de centros médicos do Ministério da Saúde.

Fonte: EFE via Yahoo Notícias - Foto: ABC Digital

Guerrilha reivindica ataque aéreo "suicida" no Sri Lanka

A guerrilha dos Tigres de Libertação do Tâmil Eelam (LTTE) reivindicou hoje o ataque aéreo "suicida" que causou ontem à noite a morte de duas pessoas e feriu outras 50 na capital executiva do Sri Lanka, Colombo, anunciou hoje um site partidário dos rebeldes.

Os LTTE asseguraram que dois membros de seu esquadrão suicida, os Tigres Negros do Ar, pilotaram os dois aviões leves que fizeram o ataque.

Segundo o portal "Tamilnet", os alvos eram instalações da Força Aérea cingalesa no coração da capital e também a base militar de Katunayake, situada a cerca de 28 quilômetros de Colombo, junto ao aeroporto internacional.

Embora o site qualifique os ataques de "bem-sucedidos", o Exército assegura que os aviões fracassaram em seu objetivo graças à rápida ação da aviação e ao intenso fogo das baterias antiaéreas.

O "Tamilnet" publicou uma fotografia dos dois pilotos suicidas - o "coronel" Rupan e o "tenente-coronel" Siriththiran - junto ao líder supremo da guerrilha tâmil, Velupillai Prabhakaran, supostamente tirada pouco antes da missão.

Este é o sétimo ataque aéreo lançado pelos LTTE desde março de 2007, apesar de ser a primeira vez que os pequenos aviões não retornam a sua base no nordeste do país.

O bombardeio, um dos poucos com aviões que a guerrilha lançou no último ano sobre Colombo, aconteceu depois do anúncio do Exército do Sri Lanka de que teria cercado os rebeldes em Puthukkudiyirippu, seu último refúgio urbano, no norte da ilha.

Os LTTE controlam apenas 100 quilômetros quadrados no distrito de Mullaitivu, que tinha servido tradicionalmente como seu centro de operações e onde se encontram em meio ao cerca de 250 mil civis, segundo dados das organizações de ajuda.

A queda de Puthukkudiyirippu seria um forte golpe para os tâmeis, que perderam o controle de seus territórios no leste e norte do país devido a uma bem-sucedida ofensiva do Exército.

Aproximadamente 100 mil pessoas morreram desde que os LTTE iniciaram, há 25 anos, sua luta por um Estado independente no norte e leste cingalês, onde os tâmeis são maioria.

Fonte: EFE via G1

Nasa lancará primeira missão em busca de planetas parecidos com a Terra

A Agência Espacial Americana (Nasa) está pronta para lançar a sonda Kepler em sua primeira missão de busca de planetas fora de nosso sistema solar parecidos com a Terra e potencialmente habitáveis.

O lançamento do telescópio está previsto para 5 de março, às 22H48 local (03H48 GMT do dia 6) a partir da base de Cabo Cañaveral na Flórida (sudeste) a bordo de um foguete Delta II, informaram nesta quinta-feira os responsáveis pelo projeto.

Trata-se da primeira missão da Nasa para buscar planetas rochosos como a Terra, em órbita em torno de estrelas similares ao Sol, nem muito longe, nem muito perto, de maneira que sua temperatura possa permitir a existência de água na superfície, condição considerada essencial para o desenvolvimento da vida.

"Kepler é um elemento-chave nos esforços da Nasa para descobrir planetas nos quais se possa encontrar um ambiente similar ao terrestre", explicou, em uma coletiva, Jon Morse, diretor da divisão de astrofísica da agência espacial.

"O inventário de planetas que o Kepler deve realizar será de grande importância para a compreensão da frequência de planetas na mesma categoria do tamanho da Terra em nossa galáxia (a Via Láctea)", acrescentou.

Kepler permitirá, além disso, "preparar futuras missões que detectarão diretamente e estabelecerão as características destes planetas em órbita em torno de estrelas próximas", assegurou o cientista.

A missão Kepler, que custará quase 600 milhões de dólares, durará cerca de três anos e meio e analisará mais de 100.000 estrelas similares ao Sol na região das constelações de Cisne e Lira da Via Láctea.

A sonda encontrará provavelmente centenas de planetas do tamanho da Terra e maiores, mais ou menos distantes de sua estrela, segundo os encarregados do projeoto.

Se os planetas de tipo terrestre são frequentes na zona habitável de seu sistema solar, Kepler poderá descobrir dezenas deles.

Se, em compensação, estes planetas forem raros, a sonda talvez não encontre nenhum, indicando que a Terra seria uma exceção no Universo, indicou William Borucki, responsável científico da missão.

A Nasa batizou o telescópio de "Kepler" em homenagem ao astrônomo alemão do século XVII Johannes Kepler, que descobriu que os planetas giram em torno do Sol em elipses e não em círculos perfeitos.

Desde 1995, 337 exoplanetas (exteriores ao nosso sistema solar) foram descobertos em torno de estrelas, mas são muito maiores que a Terra e estão em lugares ou condições que tornam impossível a existência de vida.

CoRot, o satélite franco-europeu lançado em dezembro de 2006 com a missão de buscar exoplanetas perto de 90.000 estrelas, descobriu no início de fevereiro o menor desta categoria, com o dobro do tamanho da Terra. Mas sua temperatura é extremadamente elevada, por isso é impossível a existência de vida.

Fonte: AFP