segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Rivais China e Taiwan iniciam serviço direto postal e aéreo

As rivais China e Taiwan vão iniciar serviços diretos postais e de transporte aéreo e marítimo pela primeira vez desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

A China reivindica a soberania sobre Taiwan desde 1949 e quer trazer a ilha sob seu controle, à força se necessário. Mas as relações entre as duas regiões melhoraram desde que o presidente Ma Ying-jeou, de boas relações com a China, assumiu o governo de Taiwan no início deste ano.

Negociações em junho e em novembro resultaram em acordos sobre transporte e serviços postais, cujo objetivo é reduzir custos de cerca de 750 mil investidores de Taiwan na China e impulsionar a ilha a acompanhar o rápido crescimento da economia chinesa.

Xu Shiquan, vice-presidente executivo da National Society of Taiwan Studies, disse que a realização de "ligações diretas" marca um avanço nas relações entre as regiões.

"Isso vai impulsionar enormemente as estreitas relações comerciais e as mudanças civis", divulgou a agência de notícias Xinhua como citação de Shiquan.

O transporte direto, os serviços postais e o comércio foram interrompidos após a fundação da República Popular da China em 1949.

Sobre o acordo de transporte aéreo direto, as duas partes vão lançar um serviço de vôo fretado de cargas entre dois aeroportos da China, Pudong em Xangai e Guangzhou, e dois em Taiwan, Taoyuan e Kaohsiung.

Haverá 60 vôos de cargas de ida e volta por mês, divididos uniformemente entre companhias aéreas da China e de Taiwan.

Além disso, as duas regiões vão inaugurar vôos fretados regulares de passageiros, que costumavam ser realizados somente aos finais de semana e durante os quatro maiores eventos tradicionais da região.

Fonte: Reuters

Angola inaugura vôos diretos para a China

Angola inaugurou os primeiros vôos diretos com a China, que está enviando milhares de trabalhadores para a reconstrução da economia africana de crescimento mais rápido, rica em petróleo, depois de 27 anos de uma guerra civil devastadora.

O primeiro vôo direto entre o aeroporto Quatro de Fevereiro de Luanda e o aeroporto internacional de Pequim decolou sábado. O vôo, de 14 horas, acontecerá duas vezes por semana.

O dinheiro e a mão-de-obra da China desempenham um papel essencial na reconstrução de Angola desde o fim da guerra em 2002. Milhares de chineses trabalham em projetos de construção ao longo de todo o país africano.

Em 2007, as autoridades angolanas concederam mais de 22.000 vistos a cidadãos chineses.

Analistas acreditam que a antiga colônia portuguesa dispõe de linhas de crédito com a China que superam quatro bilhões de dólares.

Angola, maior produtor africano de petróleo, à frente da Nigéria, é o principal fornecedor de combustível para a China.

Fonte: France Presse

O buraco negro é outro

Por Eliane Cantanhêde

O relatório oficial da Aeronáutica sobre o acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que matou 154 pessoas em 29 de setembro de 2006, inocentou completamente o sistema de radares e de equipamentos do controle aéreo brasileiro. Mas condenou a operação desse sistema. "Buraco negro" nos céus brasileiros, como acusavam os controladores em autodefesa, não há. Mas "buraco negro" no trabalho das pessoas há e muito.

Pelo relatório, que também acusa os pilotos norte-americanos do Legacy de despreparo para voar num jato novo e nos céus brasileiros, o nosso sistema de tráfego aéreo é "deficiente de coordenação" e tem "escassez de pessoal". Esses são bons motivos, mas não os únicos, para explicar a verdadeira lambança dos controladores de vôo naquele dia fatídico.

Um jovem de Brasília nem sequer se deu ao trabalho de ler o plano de vôo do Legacy e passou a informação de qualquer jeito. Um maduro e tarimbado de São José dos Campos (SP) sabia que o plano de vôo previa três altitudes, mas deu de ombros e repassou uma só, como recebera de Brasília, para os pilotos. E ainda fez um "link" entre uma só e o destino final do Brasil, o aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus. Os pilotos simplesmente trocaram o plano do papel pelo plano autorizado e foram em frente sempre a 37 mil pés. Durante bom tempo, na contramão!

Quando passaram por Brasília, onde deveriam mudar a altitude na primeira vez, não o fizeram. O controlador que deveria ver não viu. E o pior: outro controlador deveria ter mudado a freqüência de rádio, já que o Legacy mudara o "setor", do sul para o norte. Não fez. Não cumpriu sua obrigação.

Conclusão: além de não corrigirem a altitude na hora certa, os controladores também não tiveram como corrigir depois porque inviabilizaram a comunicação via rádio com a aeronave, que passou a ser um míssil perdido no ar.

Para completar, os pilotos não tinham feito o dever de casa e tiraram a atenção do vôo para fazer algo básico: calcular o peso do aparelho no aeroporto de Manaus, com base na fuselagem, nos ocupantes e no combustível. Enquanto um fazia contas no laptop, o outro digitou dois ou mais números, por mais de 20 segundos, numa "caixinha" que acomoda o transponder e o back-up de outros dados --como o de combustível.

Na tentativa de apurar o nível de combustível, eles acabaram botando o transponder em "stand-by", incapaz de detectar a vinda do Boeing em sentido contrário e, portanto, de acionar o TCAS, o sistema que alerta os pilotos do perigo, por meios visuais e sonoros, e indica a manobra evasiva necessária.

Ainda por cima, o jato viajava em regime especial, o RVSM, que permite uma distância menor entre aeronaves no ar. Em qualquer suspeita de perigo, o procedimento imediato é cancelar o RVSM e aumentar a distância para os padrões tradicionais e mais prudentes. Mas o controlador de Manaus, que "recebeu" o Legacy do Cindacta (Brasília), quando ele ultrapassou a área Nabol do mapa aeronáutico, simplesmente não fez essa recomendação.

Sem rádio, sem transponder, sem diligência, sem preparo e na contramão... bem, deu no que deu.

Com a investigação concluída, dois anos depois, inclusive com peritos norte-americanos e canadenses, todo o acidente fica unicamente nas mãos da Justiça. A palavra agora é com ela. Enquanto a gente reza para que os controladores estejam mais espertos e mais bem preparados e não haja pilotos estrangeiros voando de qualquer jeito por aí. Aqui não é a casa da mãe Joana.

Afinal, Natal, Ano Novo, férias, Carnaval, tudo está chegando. Segurança é bom e a gente gosta.

Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997, e comenta governos, política interna e externa, defesa, área social e comportamento. Foi colunista do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo, além de diretora de redação das sucursais de O Globo, Gazeta Mercantil e da própria Folha em Brasília.

Ônibus mais caro que avião

Passagens aéreas para alguns trechos, como Salvador e Fortaleza, saem mais em conta

Quem quer viajar e acha que só tem condições de pagar passagem de ônibus pode ter uma surpresa. Para alguns destinos, o trajeto de avião pode sair até mais em conta. Confira um exemplo: Rio-Salvador no dia 2 de fevereiro, pela Gol, custa a partir de R$ 188, com taxa de embarque já incluída. A Itapemirim cobra, no ônibus comum, R$ 220,50, fora a despesa do passageiro nas paradas com alimentação, em uma viagem de 25 horas.

Superpromoções da Gol acontecem, geralmente, pela Internet. No caso da TAM, também ocorre no balcão. Quanto mais antecedência, maior a chance de encontrar passagens aéreas mais baratas. As tarifas são determinadas pela disponibilidade de assentos e os descontos são limitados. Ou seja, a cada acesso à informação (site ou balcão) o valor pode mudar, dependendo da procura. Apesar de mais difícil, há casos em que, mesmo em cima da hora, o aéreo supera o rodoviário.

Em uma simulação feita pelo DIA no site da TAM (www.tam.com.br), o trecho Rio-Salvador, com escala, saía, no mínimo, por R$ 239 mais a taxa de R$ 19,60, cobrada pela Infraero. Ou seja, R$ 258,60. De ônibus, a passagem custava por R$ 220,50 (ônibus comum) e R$ 249 (semi-leito). Na conta do passageiro do rodoviário, um custo a mais: segundo a Itapemirim, gasta-se R$ 50 a mais, em média, nas paradas até a capital baiana, elevando para R$ 270,50 e R$ 308,60, respectivamente o valor.

UM DIA FAZ DIFERENÇA

Para Fortaleza, também há diferenças. No dia 2 de fevereiro, uma passagem, pela Gol (www.voegol.com.br) para a capital do Ceará tinha preço mínimo de R$ 239, mais taxa de R$ 19,62. De ônibus, pela Itapemirim, era R$ 334,50 e pela Penha, R$ 334. Fora os gastos com refeições em 46 horas de viagem.

Na pesquisa, deve-se fazer diversas simulações. Um dia a mais ou a menos pode resultar em economia imensa. No início da semana costuma ser mais barato. Companhias aéreas, como algumas rodoviárias, parcelam nos cartões de crédito sem juros.

Apesar das promoções, o gerente nacional de vendas da Itapemirim, Emílio Martins, não acredita na concorrência. “No caso do ônibus, não há discriminação. Toda passagem tem o mesmo preço, mesmo em cima da hora do embarque. Essa salada de frutas, eu não faço”, diz. Martins conta uma das atrações do rodoviário: “Tem a paisagem. É cortesia da casa”.

Na rodoviária, mais de 1 milhão no feriadão

A babá Luciene Souza Santos, 30 anos, planeja passar o Natal e o Ano Novo com a família na Bahia. No trajeto Rio-Vitória da Conquista (R$ 153,50), são mais de 20 horas de viagem, adicionadas a sete paradas, em que a jovem gasta em média R$ 10 por lanche. Luciene ficou surpresa com o custo do trajeto aéreo para Salvador, em preços promocionais. E se animou para uma próxima viagem: “Não tinha idéia de que a compra antecipada da passagem de avião podia ficar mais em conta”.

Fora promoção, a passagem de ônibus ainda é bem mais barata que a de avião. A partir da próxima sexta-feira, a Rodoviária Novo Rio estima um movimento de quase 1 milhão de passageiros até o Réveillon. Em todo o feriado, serão 33 mil ônibus regulares e 7.500 extras.

RÉVEILLON SALVO NO RIO

A preocupação quanto ao Réveillon diminuiu no Rio. Segundo o presidente da seção Rio da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Luís Strauss, a ocupação em alguns hotéis já chega a 100%. Em outros está acima de 80%. Entidades ligadas ao turismo fizeram campanha para atrair o turista nacional para a cidade, depois de o estrangeiro ter reduzido a compra de pacotes, com a crise financeira internacional.

Segundo Strauss, as promoções das passagens aéreas para destinos nacionais incrementaram as vendas, em época de crise. “Quando a Gol e a Varig se somaram começaram a colocar mais ofertas de vôos. Esse aumento é melhor para o usuário”, diz. O presidente da Abav lembra que tem passageiro viajando pela primeira vez de avião: “Em dois anos, houve um aumento de 2 milhões de passageiros. As classes emergentes ajudaram nesse crescimento”.

Fonte: O Dia Online

Avião faz pouso de emergência na Filadélfia (EUA)

Um avião fez uma aterrissagem de emergência no Aeroporto Internacional da Filadélfia depois de apresentar problemas nos trens de aterrissagem no domingo (14) à noite.

O jato regional Bombardier CRJ-200 da US Airways Express operado pela Air Wisconsin, prefixo N407AW estava viajando de Norfolk, Virginia para Filadélfia (vôo ZW-3918/US-3918) quando sua tripulação relatou uma situação de emergência depois de observar que o trem de pouso esquerdo não funcionava corretamente.

A tripulação tentou resolver a questão no ar, mas não foi bem sucedida. Eles então prosseguiram para fazer uma aterrissagem de emergência.

"O avião aterrissou utilizando o trem de pouso direito", disse o tenente Michael Grant, do Corpo de Bombeiros da Filadélfia.

Havia apenas três tripulantes a bordo da aeronave.

As equipes de emergência jogaram na pista uma espuma com retardante de incêndio. A tripulação foi evacuada e nenhuma lesão foi relatada.

O aeroporto ficou fechado por um breve período após o desembarque. Todos os vôos foram adiados, segundo funcionários do aeroporto.

As pistas - exceto a do incidente - foram reabertas às 18:30 hs.

Fontes: Philadelphia News / The Aviation Herald

Companhias fazem malabarismo para driblar crise

O frio de Illinois espantou os mais alto executivos da reunião anual de presidentes da Star Alliance, que aconteceu na semana passada em Chicago. E com eles, as boas notícias. Apesar do anúncio da entrada de uma nova parceira, a Brussels Airlines, foram os reflexos da crise financeira que nortearam as discussões.

A anfitriã, United Airlines, já havia anunciado uma redução de 15% a 20% em sua capacidade de vôos domésticos, além de cortes de 7 mil empregos, processo ainda em andamento. E quando os problemas não começam em casa, estão nos fornecedores. Durante o evento, o presidente da japonesa ANA, Mineo Yamamoto, recebeu a notícia de que os 50 aviões 787 encomendados a Boeing não serão entregues no prazo. Esta era a maior encomenda feita para a Boeing.

Os equipamentos já estavam com atraso de seis meses na entrega e agora, com a greve dos funcionários da Boeing, deverão ficar prontos apenas em 2010. "É tempo de negociar compensações", afirma Yamamoto, sem deixar claro se serão compensações financeiras.

A portuguesa TAP, uma das empresas estrangeiras com maior número de rotas para o Brasil, também não está passando ilesa pela crise. Segundo o presidente da empresa, Fernando Pinto, até outubro, a empresa já acumula uma perda de € 170 milhões, sendo que boa parte desse valor, só com as oscilações dos preços dos combustíveis.

"Sentimos muito o problema do petróleo. Até o ano passado, tínhamos feito compras no mercado futuro, mas devido a limitação de capital, desde o final de 2007, estamos quase sem proteção, por isso, pegamos praticamente toda a crise pagando o combustível no valor real. Isso é quase impossível de compensar", explica Pinto. A empresa, que cortou 8% de suas rotas na Europa tem ainda hoje 20% de combustível negociado no mercado futuro. Já a brasileira TAM, cujo presidente, David Barioni, não pode comparecer ao evento, por causa de uma reunião com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem 50% de seu consumo para 2009 ‘hedgeado’ a US$ 105 o barril.

Pinto acredita, porém, que as 28 empresas que participam do grupo da Star Alliance, têm mais chances de conseguir sobreviver ao longo do período de inverno, uma vez que o grupo realiza várias ações conjuntas, como compra de combustível e equipamentos, já com preços mais acessíveis. Inclusive, durante o evento, as empresas já definiram a meta de investimento para 2009.

"Discutimos muito o que fazer para enfrentar uma crise destas, mas a força da aliança vai gerar para o conjunto, US$ 1 bilhão em receita adicional, o que já é um efeito extraordinário no caixa das empresas", afirma Pinto.

Só para a TAP, os negócios oriundos da Star Alliance geraram no ano passado, em receita, cerca de € 37 milhões. "Como comparação, o lucro bruto da companhia em 2007 foi de € 30 milhões", afirma. Pinto, que comanda a TAP há oito anos, já era parceiro da Star Alliance quando foi presidente da Varig. "Na época, o crescimento de alimentação de vôos que tivemos em Guarulhos foi muito grande por causa da parceira e da, mesma forma, tivemos um bom aumento na distribuição de passageiros." Ele explica que o processo de entrada na Star Alliance não foi fácil, afinal, na época, a TAP participava do Qualy Flyer, grupo da Swissair. "Inclusive, eu vim para TAP a convite da Swissair", explica, que tinha interesse em comprar uma participação da companhia portuguesa.

Depois que a Swissair entrou em crise, o grupo se dissolveu. "O grande problema, é que a aliança dependia de uma empresa só, que estava interessada em fazer participações acionárias nas empresas participantes." Com a Star Alliance, o movimento tem sido contrário. A Lufthansa, uma das empresas mais capitalizadas do grupo, é que vem trazendo para dentro da aliança suas recentes aquisições, como a Brussels, na qual a empresa tem 45% de participação. Alem da Austrian, cuja aquisição foi anunciada recentemente.

A empresa austríaca vinha passando por um crescimento razoável nos últimos anos, mas sucumbiu aos efeitos do petróleo e da crise financeira. "Com a entrada da Lufthansa nos negócios, esperamos que a empresa volte a crescer e consiga manter o nível de emprego", afirma Alfred Otcsh, presidente da Austrian.

Fonte: Gazeta Mercantil (Caderno C - Pág. 1) - Obs: Regiane de Oliveira viajou a convite da TAM

Familiares aprovam desfecho do inquérito do vôo 3054

Os familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho do ano passado, no aeroporto de Congonhas ficaram satisfeitos com as conclusões do inquérito realizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo e com o encaminhamento que será enviado junto com a investigação que está sendo realizada pela Polícia Federal.

Eles passaram o último final de semana reunidos no Hotel Embaixador, na capital gaúcha, e ouviram o promotor Mário Luiz Sarrubbo, que recomendou o indiciamento de 11 pessoas como responsáveis pela morte dos 199 passageiros e tripulantes do vôo 3054, entre o aeroporto Salgado Filho e o de Congonhas.

Sarrubbo explicou aos familiares que retirou do inquérito policial os dois funcionários da Infraero que fizeram a medição do nível da água na pista de Congonhas, "porque apenas cumpriam ordens". Porém, em seu lugar, indicou três funcionários da TAM: Marco Aurélio Castro, diretor de segurança; Orlando Bombini Jr., chefe de pilotos; e Alex Frischmann, chefe do equipamento A320 na empresa.

Esta foi a 16ª reunião dos familiares das vítimas do vôo TAMJJ3054. Segundo Dario Scotti, presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (AFAVITAM). "Nos reunimos uma vez por mês para que este acidente não seja esquecido, e até serve como terapia para alguns de nós", explicou Scotti, lembrando que foram necessários 16 meses de investigações para que 11 pessoas fossem responsabilizadas de forma culposa (sem intenção) pela morte dos passageiros daquela viagem.

O presidente da AFAVITAM disse ainda que todos ficaram satisfeitos com a unificação dos processos num só em nível federal. Durante o encontro, os familiares ainda ouviram as advogadas Adriana Burger e Laiana Elisa de Souza, da Defensoria Pública/RS, que os informou sobre o andamento da ação movida pelo PROCON/RS, cobrando a multa de R$1 milhão da empresa pela demora na divulgação da lista de passageiros.

A programação do encontro foi encerrada no domingo, com uma visita ao memorial construído pela AFAVITAM junto ao aeroporto Salgado Filho, e um culto ecumênico celebrado em memória das vítimas.

Fonte: Wálmaro Paz (Especial para O Estado de S. Paulo)

O Inimigo que vem do céu

Astrônomos de diversos países concordam: estamos na rota de milhares de asteróides que podem colidir com a Terra

Quem teme uma guerra devastadora, continente contra continente, humanos contra humanos, talvez nem imagina que o maior perigo pode vir de um céu extremamente estrelado. "Todos os dias, a Terra é bombardeada por cerca de seis mil asteróides. Pelos nossos cálculos, esse número irá aumentar exponencialmente para quase um milhão em 2020", declarou na semana passada, em Viena, o ex-astronauta da Nasa Russell Schweickart, presidente do Painel Internacional sobre a Redução da Ameaça de Asteróides (IPATM).

Com a autoridade de quem domina o assunto teoricamente, mas, também, de quem já esteve no espaço, ele complementou: "Muitos desses objetos cósmicos são pequenos e não representam perigo nenhum. É como um grão de areia atirado contra um vidro. Há, porém, um grupo de mil asteróides com mais de 150 quilômetros de largura, o suficiente para causar uma catástrofe mundial." Esse foi o discurso que abriu a conferência que reuniu a comunidade internacional de astronomia e astrofísica na apresentação do relatório Ameaças de Asteróides: uma Chamada para uma Resposta Global. Pode ser que, para o público leigo, Schweickart tenha sido até demasiadamente alarmista, mas o fato é que todos os cientistas anuíram com ele.

Não é à toa, portanto, que alguns deles insistiram em lembrar que na última vez em que um cometa, com as dimensões do estádio do Maracanã, entrou em rota de colisão com a Terra (1908) a Sibéria foi atingida com força equivalente à de duas mil bombas atômicas. E o estrago causado por esse astro, chamado Tunguska, correspondeu a dois mil quilômetros quadrados. "Se quisermos, podemos pensar em um estádio de futebol voando a 100 mil quilômetros por hora e despencando no coração de Tóquio, Nova York, Londres, Paris ou de qualquer outra grande metrópole do mundo?", disse Schweickart. "Pois bem, sem pavor nem alarde, eu acho que deveríamos pensar e nos prevenir." Segundo o relatório, o que antes era "suposição agora é certeza": a Terra pode ser atingida a qualquer momento.

Entre os nossos inimigos que vêm do céu está o asteróide Apophis (em grego significa "destruição"), malfeitor sideral que ostenta 500 metros de diâmetro e chegará próximo da órbita terrestre em 2029. Se ele se chocar, causará um impacto equivalente à explosão de 114 mil bombas atômicas. E a história de nosso planeta estará se repetindo: há aproximadamente 65 milhões de anos, um cometa se chocou contra a Terra, levando à extinção não somente os dinossauros, mas também 70% das espécies que viviam na Terra. As observações iniciais, feitas com telescópios de menor potência, indicam que qualquer asteróide com mais de 140 metros de diâmetro representa uma ameaça em potencial.

Mesmo que não nos atinjam, desintegrandose ao cruzar a atmosfera, tais bólidos podem provocar uma onda de choque suficiente para destruir um continente do tamanho da África. O problema é que as lentes dos telescópios atuais não conseguem captar a movimentação da maioria dos asteróides nos confins do Universo. "Estamos completamente despreparados. Quem fará a monitoração? Em quais informações iremos nos basear? Quais tecnologias de defesa serão aplicadas? Ironicamente, estamos em plena escuridão", disse Schweickart. Durante o congresso, a Agência Espacial Americana elaborou um documento no qual introduz o assunto de forma amena, mas no capítulo dedicado às conclusões torna-se bastante enfática: "O roblema pode ser maior do que se acredita." Segundo o observatório dos EUA, estima-se que haja 100 mil asteróides orbitando perigosamente a Terra, mas apenas quatro mil estão sendo monitorados.

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Para evitar uma tragédia, os cientistas apresentaram duas saídas: desviá-los ou destruí-los. Na primeira hipótese, seria disparado um projétil nuclear para o interior do astro com força suficiente para empurrá-lo em direção oposta, desviando sua rota - método já empregado pela Nasa na missão Deep Impact. A outra alternativa envolve a construção de uma gigantesca e potente nave espacial, no formato de escudo, que teria como tarefa se chocar contra o asteróide, moendo-o em pedaços. Nos dois planos corremos o risco de ter problemas devido aos estilhaços desses astros. Mas será bem mais fácil lidarmos com um inimigo de proporções menores e não com o asteróide inteiro e compacto.

Fonte: Luciana Sgarbi (Revista Isto É)

Hong Kong: Dois pilotos despedidos por tentarem levantar vôo da área de taxiway

Dois pilotos da Hong Kong Airlines foram despedidos depois de tentarem levantar voo de um taxiway do aeroporto da cidade, revelou o South China Morning Post.

Os dois pilotos, um indonésio e um argentino, só foram parados por um alerta de um controlador de tráfego aéreo que se apercebeu da grande velocidade do avião, um Boeing 737 com 122 passageiros e sete tripulantes a bordo.

O voo, que decorreu a 13 de Setembro, tinha como destino a cidade de Cheongju, na Coreia do Sul, acabaria por descolar após a tentativa abortada pelo controlador.

Os taxiways do aeroporto de Hong Kong prolongam-se a todo o comprimento da pista de descolagem e aterragem mas são mais estreitos e não possuem a iluminação verde do centro da pista.

Os dois pilotos foram demitidos após uma investigação do departamento de aviação civil que recomendou ainda melhoramentos no sistema de iluminação e sinalização do aeroporto, um dos mais movimentados na Ásia.

Durante a investigação, o piloto afirmou não estar em manobras de descolagem mas admitiu a circulação em velocidade no taxiway.

A Hong Kong Airlines, integrada num grupo com a Hong Kong Express, voa para cerca de 30 cidades regionais a partir da antiga colónia britânica.

Fonte: Agência Lusa (Portugal)

Presidente da Infraero critica venda de aeroportos

A cinco dias de passar o cargo de presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) ao brigadeiro-do-ar e atual diretor de Operações da Infraero Cleonilson Nicácio Silva - a cerimônia está prevista para sexta-feira -, Sérgio Gaudenzi voltou a criticar duramente o projeto de privatização dos aeroportos brasileiros e explicou o motivo de seu pedido de demissão. "Eu disse ao ministro (da Defesa, Nelson Jobim): ''eu não vou ter entusiasmo nenhum em comandar um processo (as privatizações) com o qual eu não concordo''", afirma. "Como eu não sabotaria uma decisão do governo federal, achei por bem pedir meu afastamento."

Gaudenzi concorda que a Infraero é "altamente burocratizada" e que "funciona praticamente como uma autarquia", argumentos que ajudam a sustentar o projeto de privatização, mas afirma que a simples venda dos aeroportos "não é o caminho".

"Logo que cheguei (em agosto de 2007), vi a situação e sugeri a abertura de capital da empresa, algo da forma como funciona a Petrobras", conta o presidente demissionário. "Começamos a elaborar estudos que indicavam que essa seria uma boa alternativa para oxigenar a empresa, mas mantendo as decisões finais com o governo, em caso de problemas. Apesar disso, o governo decidiu seguir a linha da privatização."

De acordo com Gaudenzi, o modelo de venda dos aeroportos, em vez de melhorar a malha aeroviária, tende a colocar em risco boa parte da infra-estrutura do setor no País. "Hoje, administramos 67 aeroportos, dos quais dez dão lucro, dez operam em equilíbrio e 47 dão prejuízo", afirma. "Essa maioria é formada por aeroportos que não têm como deixar de ser deficitários e têm de continuar existindo."

"Em Tefé (AM), por exemplo, o aeroporto é praticamente a única forma de as pessoas chegarem e saírem", exemplifica. "Ao mesmo tempo em que ele não tem como dar lucro, precisa continuar operando, mas se você não tem recursos, ele começa a se deteriorar e a colocar em risco a operação. E esse processo tende a acontecer em todos os terminais."

Fonte: Agência Estado (14/12)

Embraer entrega 500º E-JET para a Regional, da França

Clique na imagem acima para baixar a versão em alta resolução

A Embraer alcançou neste sábado (13) um marco importante, com a entrega do seu 500º E-Jet, um EMBRAER 170, para a Regional – Compagnie Aérienne Européenne, da França.

A cerimônia de entrega acontece na sede da Empresa, em São José dos Campos, Brasil, apenas seis meses após a entrega do 400º E-Jet, em junho de 2008. A Regional, uma empresa subsidiária de propriedade da Air France, recebeu o seu primeiro EMBRAER 170 há três meses, em setembro de 2008.

“A entrega do E-Jet de número 500 é uma grande realização para a Embraer e estamos especialmente orgulhosos que o mesmo seja destinado aos nossos bons e leais amigos da Regional”, afirmou Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da Embraer. “Esse marco importante se realiza apenas quatro anos após o EMBRAER 170 entrar em serviço, enfatizando a excelente recepção mundial que essa família de jatos inovadora recebeu de 52 clientes em 35 países de cinco continentes”.

O EMBRAER 170 da Regional é configurado com 76 assentos, em um layout de classe única.

A companhia aérea francesa é o maior cliente da Embraer na Europa e atualmente possui 50 aeronaves da Embraer (seis EMBRAER 190, dois EMBRAER 170, 28 ERJ 145, nove ERJ 135 e cinco EMB 120 Brasilia) na sua frota.

“É uma honra especial para a Regional participar desta comemoração com os nossos amigos da Embraer, em São José dos Campos”, disse Jean-Yves Grosse, Presidente e CEO da Regional/ Air France. “Os E-Jets continuam a receber uma grande aceitação dos nossos clientes, pela sua cabine ampla e confortável, e nós ganhamos em eficiência operando o EMBRAER 190 e o EMBRAER 170, que nos propiciam uma grande flexibilidade, em face das mudanças do mercado”.

Em 30 de setembro de 2008, a Embraer possuía uma carteira de 865 pedidos firmes e 813 opções para a família de E-Jets. Com 500 aeronaves entregues até o momento, a família possui uma base ampla de 52 operadores em 35 países, em cinco continentes. A frota entregue acumula mais de 2,2 milhões de horas de vôo com uma excelente despachabilidade, tendo transportado mais de 100 milhões de passageiros.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Embraer

Arquivo de áudio com o último diálogo dos pilotos do GOL-1907 antes do choque com o Legacy

Áudio da tragédia da Gol em revista americana Vanity Fair revolta pilotos

Para ouvir o áudio, clique no link:

http://www.vanityfair.com/magazine/2009/01/air_crash200901

A poderosa Federação Internacional das Associações dos Pilotos Aéreos (Ialpa, em inglês), pediu hoje a proibição da divulgação de gravações nas cabines de comando de aviões envolvidos em acidentes, denunciando o uso para "diversão pública" da conhecida revista americana Vanity Fair, que está nas bancas com extensa intitulada "O diabo a 37 mil pés", com direito aos áudios dos últimos momentos antes do choque do boeing da Gol com o jatinho Legacy, em 2006, sobre a Amazônia, matando 154 pessoas.

O diálogo dos dois pilotos americanos e dos dois brasileiros está no site da revista. O áudio é de uma das duas caixas-pretas, e a VF justificou a publicação com "interesse jornalistísco, para documentar a matéria".

Os pilotos concordam com a transcrição das gravações, mas consideram "desrepeito aos colegas e às famílias", divulgar na mídia seus momentos finais.

Na cabine do avião da Gol, o piloto e o co-piloto conversam longo tempo sobre banalidades, inclusive com uma aeromoça, ouvindo-se ao fundo intervenções de controladores, depois um estrondo e o disparo do alarme "Mayday", "Mayday".

Fonte: Associated Press

domingo, 14 de dezembro de 2008

Iberia cancela 15 vôos em novo dia de atrasos

A companhia aérea espanhola Iberia cancelou hoje 15 vôos, em uma dia em um dia no qual se repetiram os atrasos nas operações da empresa se registram há mais de uma semana, algo que a companhia atribui a uma "greve de zelo" (algo como uma operação padrão) não declarada dos pilotos.

Fontes de Iberia explicaram à Agência Efe que a companhia continua estudando os motivos dos atrasos de "cada um de seus vôos" para determinar se foram causados por "alterações do regime habitual de trabalho dos pilotos".

A desorganização das operações da companhia levou diversos passageiros a perder os vôos de conexão que tinham previsto tomar no aeroporto de Madri.

Nos últimos dias, a pontualidade dos vôos da Iberia caiu 30%, causando cancelamentos de vôos na programação, que se atribuem a uma suposta greve de zelo.

Fontes do Sindicato Espanhol de Pilotos de Linhas Aéreas (Sepla) negaram à Efe que nas assembléias realizadas pelos pilotos nos dias 4 e 12 tenham decidido iniciar uma greve de zelo e afirmaram que se tratam de atitudes individuais.

Na quarta-feira, a direção da Ibéria deve se reunir com os representantes do Sepla para retomar as negociações do Convênio coletivo, que estão estagnadas desde novembro.

Fonte: EFE

MPF investigará acidente da TAM sob segredo de justiça

As investigações sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, devem ser conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) sob segredo de Justiça no MPF, segundo informações divulgadas neste domingo (14) pelo procurador da República Rodrigo de Grandis.

Atualmente as investigações do acidente estão sendo feitas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. O anúncio da decisão foi feito pelo procurador da República durante reunião com familiares das vítimas do acidente, em Porto Alegre (RS).

Também participou dessas reuniões com os familiares das vítimas, o promotor do MP-SP Mario Luis Sarrubo, que acompanhou as investigações da Polícia Civil. 'Ele trouxe para nós a manifestação dele sobre o inquérito, onde ele aponta mais três pessoas responsáveis na companhia aérea TAM', segundo o presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott.

O representante da TAM ressaltou que já existe uma lista, que aponta 14 pessoas como responsáveis. Contudo, a Afavitam ainda vai continuar acompanhando as investigações, 'porque nós temos ainda investigações abertas sobre o acidente, nós queremos saber como temos ainda investigações abertas sobre o acidente, nós queremos saber como está a evolução dessa investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; vamos acompanhar isso até o fim', ressaltou Scott.

Os parentes das vítimas também continuam acompanhando as investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e prometem acompanhar toda a parte processual, numa 'jornada pela justiça'.

Fontes: Correio da Bahia / Agência Brasil

Ampliação da pista do Salgado Filho será discutida nesta segunda-feira

Com aumento em 920 metros, aeroporto poderá triplicar o movimento de carga.

Será realizada nesta segunda-fiera audiência pública para buscar soluções para o aumento da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho (foto). O encontro discutirá o licenciamento ambiental do projeto de ampliação. A reunião ocorre no saguão do Terminal de Passageiros 2 do Salgado Filho, a partir das 19 horas. O evento é promovido pelo Conselho de Infra-Estrutura da Fiergs.

Atualmente, Porto Alegre ocupa a 6ª colocação em número de passageiros e 10ª em movimento de cargas aéreas. Segundo o projeto, o aumento da pista é de 920 metros no sentido leste, passando para 3,2 mil metros de extensão, e o aumento na largura da pista será de 3 metros, chegando a 45.

A ampliação poderá triplicar o movimento de carga. O projeto tem esbarrado nas limitações físicas feitas por duas vilas. Segundo a Prefeitura da Capital, a remoção dos moradores na Vila Dique, onde estão localizadas o maior número de pessoas que moram ao redor do aeroporto, será feita a partir de fevereiro de 2009.

Fonte: Diário de Canoas - Foto: ccs-comatic

Jobim sugere monopólios em linhas aéreas de baixa demanda

O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse nesta sexta-feira que poderão ser adotadas medidas que garantam o monopólio a determinada empresa aérea em linhas com baixa demanda. Jobim defendeu a adoção de políticas de incentivo à aviação regional (em locais de baixa densidade) que compreendam menor liberalização do sistema e concessão de desonerações fiscais e incentivos do Estado.

"Entre os mecanismos possíveis, está conceder determinada linha para uma empresa e assegurar que naquela linha nenhuma outra empresa vai operar por um período tal, desde que aquela empresa opere nas condições estabelecidas no início, ou seja, com condições de segurança, regularidade e conforto. Para que aquela empresa crie um mercado", afirmou Jobim, que participou de seminário sobre concessões de aeroportos, promovido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Jobim ressaltou que o modelo da aviação regional tem que se diferenciar da aviação de grande porte - que tem vôos entre os principais mercados. No modelo dos grandes centros, as linhas são delineadas pelas companhias aéreas, de acordo com suas necessidades e possibilidades. Para o ministro, a aviação regional tem que ter regras diferentes, que não se pautariam exatamente pela concorrência, mas para garantir fluxo em determinadas regiões.

"Houve exemplo aqui no Brasil de uma empresa com linha na Amazônia que assegurava a rentabilidade de toda a companhia. A partir de um momento, outra empresa entrou na mesma linha, fez concorrência, baixou o preço, e a empresa que já estava teve que fechar sua linha", observou.

A necessidade de concessão de incentivos fiscais por parte dos governos também foi lembrada por Jobim. Segundo ele, muitos governadores que desejam a implementação de aeroportos e rotas em seus Estados precisam adotar medidas como a desoneração do ICMS e incentivos à compra de equipamentos para aviões para atrair investimentos.

Sobre a concessão de aeroportos, Jobim vislumbrou que o país terá um modelo misto, com a iniciativa privada bancando os investimentos nos aeroportos situados em grandes centros, que têm maior rentabilidade. É o caso por exemplo, da ampliação de Viracopos, em Campinas, e de um novo aeroporto em São Paulo.

"Vamos avaliar caso a caso. Para Viracopos, por exemplo, a melhor solução parece ser o setor privado. Vamos testar. A criação do novo aeroporto de São Paulo também. A iniciativa privada investe. Não há gastos, e há atendimento das necessidades", destacou.

O ministro ponderou que diferentes modelos poderiam ser adotados nas diversas regiões do país.

"Para alguns outros setores, pode-se estabelecer que fica com um aeroporto, e tem que cuidar de outros dois. Não há nenhum modelo ótimo ou bom a priori, existem modelos que poderão funcionar para uma área do país, e outros para determinada área", completou.

Fonte: Folha Online - Foto: ceraunavolta.wordpress.com

Equador recebe avião presidencial fabricado pela Embraer

Enquanto recorre à Câmara de Comércio Internacional para não pagar dívida de US$ 286,8 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente do Equador, Rafael Correa, recebeu neste sábado (13) o avião Legacy 600, fabricado Embraer, que usará em suas viagens.

Com a compra do avião, que será utilizada para viagens internas e internacionais, "se evitará o alto o custo de aluguel de aeronaves privadas, sobretudo para vôos internacionais", justificou o Governo equatoriano.

Outra das razões da compra, acrescentou a Presidência, foi a necessidade constante da comunicação presidencial, já que atualmente o governante, Rafael Correa, permanece "isolado nas viagens longos e este fator resulta prejudicial para as atividades do líder e para o Estado em geral".

O avião conta com internet e videoconferência, indicou a nota, especificando que o aspecto da segurança também foi levado em conta no momento de escolher a aeronave, "já que conta com a tecnologia mais moderna nesta área".

O ministro da Defesa, Javier Ponce, recebeu oficialmente a aeronave na qual chegaram Miguel Carvajal, vice-ministro da Defesa e Diego Jaramillo, secretário-geral da Presidência da República.

O Embraer Legacy 600 tem capacidade para 13 passageiros e sua velocidade máxima é de 840 km/h.

Seu alcance sem escalas é de 6.019 quilômetros, podendo ir de Quito ou Guayaquil a toda América do Sul e até o sul do Canadá sem escalas e à Europa com uma só escala, acrescentou a Presidência.

Fonte: EFE - Foto: Stahlkocher

Paquistão acusa Índia de violar seu espaço aéreo e Nova Délhi nega

O governo do Paquistão acusou a Índia de ter violado seu espaço aéreo, no momento em que o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, tenta mediar uma rápida intervenção diplomática para suavizar a crise entre as potências nucleares, depois dos atentados de Mumbai.

A Índia negou a acusação na manhã deste domingo e afirmou que nenhum avião do país sobrevoou o território paquistanês.

Nova Délhi acusa os 10 terroristas responsáveis pelos atentados de Mumbai de serem procedentes do Paquistão e exise que Islamabad extradite 40 terroristas.

Islamabad prendeu nos últimos dias várias pessoas ligadas ao Lashkar-e-Taiba (LeT), o grupo islamita extremista paquistanês acusado pela Índia, ao mesmo tempo que Nova Délhi descartou a possibilidade de um novo conflito com o Paquistão, país com o qual já travou três guerras desde a independência das duas nações, em 1947.

No entanto, a ministra da Informação do Paquistão, Sherry Rehman, afirmou que no sábado a aviação militar obrigou em duas ocasiões um avião militar indiano a retornar para a Índia.

O Exército paquistanês afirma que a aeronave indiana sobrevoou a parte administrada pelo Paquistão da Caxemira, uma região himalaia que os dois países disputam, e a cidade de Lahore.

Nova Délhi desmentiu categoricamente que tenha violado o espaço aéreo paquistanês.

"Não houve nenhuma violação do espaço aéreo, como nos acusam", declarou o porta-voz da aviação militar indiana, comandante Mahesh Upasani.

Fonte: AFP

Aeroporto dos Amarais está no pacote das privatizações

Governo do Estado de S. Paulo pretende transferir a gestão do aeroporto campineiro para a iniciativa privada

O Aeroporto dos Amarais, em Campinas, vai integrar um novo pacote de privatização do governo do Estado. Depois das estradas, o governo pretende transferir a administração dos 31 aeroportos estaduais espalhados pelo Interior à iniciativa privada, por meio de Parceria Público-Privada (PPP).

Nesta semana, o governo encaminhará o projeto ao Comitê Gestor de PPPs e a estimativa é de que as audiências públicas possam ter início em janeiro. Usuário dos Amarais esperam que a concessão traga investimentos ao aeródromo local, que até hoje, por falta de recursos, não pode ter pousos e decolagens noturnos porque a pista não é balizada, ou seja, não tem iluminação.

A intenção do governo é fazer as concessões por agrupamentos de aeroportos, de forma que aqueles com maior movimento possam “financiar” os deficitários. Amarais é um dos deficitários. No ano passado, 37.963 pousos e decolagens ocorreram no aeródromo de Campinas e 20.442 passageiros passaram pelo local. Em 2008, até outubro, as estatísticas do Departamento de Aviação Civil do Estado de São Paulo (Daesp) apontam para 37.772 pousos e decolagens, e 37.772 passageiros.

Apenas três aeroportos estaduais — Ribeirão Preto, São José dos Rio Preto e Presidente Prudente — são lucrativos. Todos os demais dão prejuízo. O governo entende que os aeroportos localizados no Interior promovem o desenvolvimento econômico regional, mas que é necessário desencadear ações visando diminuir o custo logístico de insumos e, assim, tornar o escoamento de produtos industrializados de alta tecnologia ainda mais eficiente. Para isso, é preciso investir em infra-estrutura que possibilite duplicar a participação do modal aeroviário no transporte de cargas. O governo acredita que a iniciativa privada poderá fazer isso com competência.

A Secretaria de Estado dos Transportes informou, pela assessoria de imprensa, que o projeto que prevê a licitação envolve todos os 31 aeroportos sob jurisdição do Departamento Aeroviário do Estado (Daesp). Preliminarmente, estuda-se o agrupamento desses aeroportos por região, liderados pelos de maior movimento, como os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

Pela proposta, o vencedor da PPP arcaria com a administração dos menores, dentro do mesmo lote. Segundo a Secretaria de Transportes o que é importante destacar nesse processo é o estabelecimento dessa parceria com o Estado. No modelo a ser adotado, em princípio, quem exigir a menor contrapartida do Estado será o ganhador.

Em caso de aprovação no Comitê Gestor, o projeto será tema a ser discutido também junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir do resultado, as audiências públicas estão previstas para janeiro do próximo ano, quando serão detalhados o projeto e o modelo a ser adotado.

O NÚMERO

1,2 mil METROS é a extensão da pista do Aeroporto dos Amarais

Presidente espera mais aviões e passageiros

Expectativa é de que investimentos tornem local alternativa a Congonhas

A privatização do Aeroporto dos Amarais poderá significar melhorias significativas no aeródromo e, com isso, atrair o movimento de aeronaves de pequeno e médio porte, e passageiros que hoje utilizam o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segundo o presidente do Aeroclube do Amarais, Fábio Peres.

O aeroclube é uma instituição filantrópica voltada ao desenvolvimento da aviação e uma de suas missões é a formação de pilotos. Ele existe desde 1939 e tem o comodato de uso de alguns hangares, da pista e áreas do aeroporto

A privatização desse aeródromo é vista com muita expectativa pelo presidente do aeroclube. Segundo, por falta de investimentos, não é possível fazer pousos e decolagem no período noturno porque a pista de 1,2 mil metros não é balizada, ou seja, não tem iluminação para poder operar à noite. “O aeroporto necessita de investimentos, precisa de pista balizada, cerca adequada, bombeiros, mas isso é muito custoso e, hoje, o que é arrecadado não é suficiente para suprir as necessidade”, disse Peres.

Em 2006, o governo anunciou investimentos de R$ 11 milhão nos Amarais, para a construção de acesso viário interno, implantação de balizamento noturno dos sistemas de pista, iluminação do pátio de aeronaves e farol rotativo.

O balizamento até hoje não saiu. Peres informou que a Prefeitura vai arcar com o custo da troca de postes, mas que o Estado ainda não liberou verbas para a iluminação noturna, que é cara, porque toda a fiação precisa ficar enterrada.

“Quem assumir os Amarais vai certamente torná-lo lucrativo e isso significa que os investimentos acontecerão”, disse o presidente. O aeroclube tem hoje cerca de 300 sócios e está com um programa de revitalização que inclui 12 aeronaves.

Fonte: Cosmo On Line - Foto: Hudson Sa

Simulador de vôo é réplica fiel de aeronave

Aluno concentrado na aula de simulação de vôo. Aprendiz encara condições adversas e se sente dentro de um verdadeiro avião

Voar sempre foi o sonho de praticamente todo garoto que, brincando no quintal de casa, ficou encantado com um avião cruzando o céu. E para concretizar esse sonho de menino, não é necessário nem tirar os pés do chão. Em Goiânia, no Aeroclube de Goiás, ao lado do Aeroporto Santa Genoveva, é possível conhecer o mundo sem sair do lugar, com o simulador de vôo DSV-Harpya Flight Training. Se, por acaso, ainda se sentir inseguro, ainda tem o direito de navegar ao lado de um co-piloto experiente. A única restrição é ter acima de dez anos.

Para fazer cumprir as rotas, os pilotos virtuais utilizam programas simuladores de vôo para computadores. O mais usado é o Flight Simulator 98, da Microsoft, associado a arquivos adicionados ao jogo. Toda essa aproximação com a realidade tem atraído muita gente leiga no assunto e, inclusive, vem sendo utilizado nos cursos de pilotagem. "A ferramenta desperta a vontade de estudar a ciência da aeronáutica, e melhora o desempenho na escola, na comunicação e na coordenação psicomotora", garante o proprietário da empresa Harpya, Jacir Silva, 67, que, há 10 anos, está no mercado prestando serviços na área da aviação goiana, ao lado do sócio Márcio Amaral, 56.

O simulador tem a mesma configuração de uma aeronave monomotora, com capacidade de navegar por instrumentos, e numa situação de chuva e pouca visibilidade, por exemplo, pode aproximar-se de um aeroporto orientado pelos equipamentos de ajuda ao pouso. Pode ser simulado também o vôo noturno, contra o sol, com ofuscamento da luz, sob chuva de granizo, rajadas e tesouras de vento e até as falhas de motor, pane seca (sem gasolina), nuvens, pôr do sol e até arrancamento de asas por excesso de velocidade. "Na cabeça do aluno, ele está voando e realizando as mesmas coordenadas de um piloto experiente", destacou Jacir.

Vôo simulado

Os simuladores de vôo existem desde o princípio da aviação e são imprescindíveis na formação e treinamento de pilotos. Existem diversos níveis de simuladores. Os mais simples podem ser mesmo o jogo Flight Simulator; os mais complexos são tão reais que o piloto pode sair direto do simulador e pilotar um avião sem nunca ter entrado em um, a não ser na cabine de simulação. "Quem não conhece o Flight Simulator acha que é um simples jogo de computador e acaba enjoando. Com o DSV-Harpya Flight Training, tudo fica mais próximo do real", confirma Jacir.

No Brasil, existem poucos lugares que possuem simuladores de grande porte. Na categoria de pequeno porte, o Aeroclube de Goiás é o único no Brasil que possui um que é considerado réplica fiel da aeronave. Esse atributo proporciona muito realismo ao treinamento, muita adrenalina e satisfação de voar em qualquer parte do mundo, mesmo que na virtualidade.

Fonte: Bruno Félix (Diário da Manhã)