domingo, 12 de outubro de 2008

Medvedev elogia lançamento de míssil balístico russo

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, elogiou neste sábado (11) o bem-sucedido lançamento de teste de um míssil balístico intercontinental e disse que não serão poupados recursos para a criação de novos tipos de armamento.

O míssil Sineva, lançado pelo submarino nuclear "Tula" no mar de Barents, atingiu um alvo situado na parte equatorial do oceano Pacífico, após percorrer 11.547 quilômetros.

"É o melhor resultado obtido com este míssil balístico", disse Medvedev, durante um encontro com a tripulação do porta-aviões "Admiral Kuznetsov", a bordo do qual presenciou as manobras da Frota do Norte russa, informaram as agências.

Segundo o presidente russo, o lançamento bem-sucedido do míssil Sineva é "um trabalho preliminar bastante significativo, que visa ao futuro". Medvedev também ressaltou que "ninguém nunca obteve esses resultados: 11,5 mil quilômetros".

Isso mostra que "as perspectivas para o míssil balístico Sineva são boas", segundo Medvedev.

"Pela primeira vez na história da Marinha russa, o lançamento não tinha como alvo o polígono de Kura, na península de Kamchatka, mas a parte equatorial do Pacífico", disse o porta-voz da força naval russa, o capitão de navio Igor Digalo.

O presidente russo também disse que o Estado não poupará recursos para a criação de novos tipos de armamento, nem para a garantia de condições sociais para os soldados.

"A modernização das Forças Armadas da Rússia busca dois objetivos principais: criar uma imagem totalmente nova das Forças Armadas e novos tipos de armas. (Queremos) tê-las prontas para o combate e utilizá-las na prática", disse.

Medvedev qualificou de "extremamente importante" esta finalidade "de manter a capacidade militar" das Forças Armadas russas.

O segundo objetivo é a "criação de condições sociais normais para os soldados", ressaltou, e lembrou que as unidades militares em disposição permanente receberão salários mais altos a partir de janeiro de 2009.

"Será uma quantidade digna, comparável à que se paga em países desenvolvidos", disse.

Além disso, prometeu que o Estado continuará criando infra-estruturas sociais para os soldados, como a construção de cidades militares e escolas, além de ter declarado que, "para isso, também não se deve poupar recursos".

Medvedev pediu ao Ministério da Defesa que crie um programa para a construção de porta-aviões, a fim de começar sua fabricação nos próximos dois anos.

Lembrou que a construção desses navios leva uma média de cinco anos, motivo pelo qual só serão percebidos alguns resultados entre 2013 e 2015.

"Nos anos 90, perdemos muito, não construímos nada. É necessário reconstituir a base da fabricação de porta-aviões e, propriamente dito, de toda a Marinha", disse. Medvedev também lembrou que já estão sendo fabricados novos submarinos.

Fonte: EFE - Foto: RIA Novosti

Aniversário da Barreira do Inferno

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno

Encerrando a programação para as comemorações dos 43 anos do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), foi realizada ontem pela manhã, no pátio interno da organização, uma cerimônia oficial para homenagear militares do Centro, por tempo de serviço prestado à Força Aérea Brasileira e o título de membro honorário ao prefeito de Parnamirim Agnelo Alves, ao presidente da Infraero Sérgio Maurício Brito Gaudezi e ao Chefe da Mobile Rocket Base, a agência espacial alemã, Peter Edward Turner.

Estavam presentes à solenidade autoridades locais como o Prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves e membros da Força Aérea Brasileira, como o diretor da Barreira do Inferno, o Coronel Aviador Renato Gonçalves Martins e o Comandante-Geral de Tecnologia Aerospacial - CTA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos Alberto Pires Rolla. Aviões da FAB sobrevoaram o local durante a cerimônia, em saudação aos homenageados e autoridades presentes. Após a entrega das condecorações, A história da Organização foi lida em um emocionado texto produzido pelo Diretor do CLBI.

Foram entregues medalhas de bronze, prata e ouro aos militares que completaram 10, 20, 30, 40, e 50 anos de bons serviços prestados à FAB e pela dedicação ao trabalho, aliado a uma conduta exemplar. Segundo a Assessoria de Comunicação da CLBI, a entrega dessas medalhas simboliza o reconhecimento do trabalho desses profissionais, cuja própria história de vida se entrelaça à trajetória do Centro.

O prefeito de Parnamirim Agnelo Alves recebeu o título de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira, homenagem concedida a cidadãos brasileiros e estrangeiros que prestam ajuda valiosa ao Comando da Aeronática. A honra foi concedida em reconhecimento ao apoio da prefeitura de Parnamirim na firmação de um convênio com o CLBI para a criação do Centro de Cultura Espacial e de Informações Turísticas da Barreira do Inferno, com a finalidade de resgatar a memória e preservar o patrimônio, além de permitir ao público em geral tomar conhecimento da missão e das atividades desenvolvidas no Centro.

‘‘Como cidadão, estou extremamente feliz em receber esse título, e como prefeito, estou orgulhoso por poder compartilhar esse momento com a população de Parnamirim, maior merecedora dessa honraria. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é de importância fundamental para o Programa Espacial Brasileiro e o fato de ser situado em Parnamirim, contribui bastante para o desenvolvimento da cidade’’, afirma Agnelo Alves.

Homenageado pela sua contribuição para a modernização do Centro e por impulsionar o desenvolvimento da atividade espacial no país, o presidente da INFRAERO, Sérgio Maurício Brito Gaudenzi, revela que a luta por recursos para a área ainda está longe de acabar. ‘‘O brasil hoje se encontra entre os países de destaque na atividade espacial. Contudo, precisamos obter mais recursos para colocá-lo no seleto grupo de elite. A Barreira do Inferno, pioneira no programa brasileiro, exerce papel fundamental nesse processo’’, revela Gaudenzi.

OPERAÇÃO PARELHAS

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno realiza entre os dias 13 e 26 desse mês a Operação Parelhas, lançando um foguete do tipo SBAT-70, sem carga explosiva. Batizada Parelhas em homenagem à cidade potiguar, a operação será executada com a finalidade de aprimorar o comportamento operacional de todo o pessoal envolvido, desde coordenadores de estação a técnicos.
Treinamento parecido aconteceu em setembro, na Operação Natal, que mobilizou 126 pessoas.

Saiba mais

O Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI) foi criado em 12 de outubro de 1965, como a primeira base de lançamentos de foguetes do Brasil. O município de Parnamirim foi escolhido para sediar o centro após uma rigorosa seleção que avaliou critérios como o índice pluviométrico, demográfico, fácil acesso e proximidade de um campo de pouso de grande porte. As outras localidades cogitadas para abrigar o centro de lançamento foram Fernando de Noronha (PE) e Aracati (CE).

O lançamento do primeiro foguete, chamado NIKE–APACHE, aconteceu em 15 de dezembro de 1965, a partir de uma plataforma da Barreira do Inferno, inaugurando oficialmente a era espacial do Brasil. A carga útil do NIKE—APACHE teve por missão a coleta de dados para possibilitar estudos sobre a densidade atmosférica.

No CLBI, já foram lançados mais de 400 foguetes, desde os pequenos foguetes de sondagem meteriológica, do tipo LOKI, até veículos de alta performance, da classe Castor-Lance. Atualmente, fazem parte das atividades da base o rastreamento do veículo lançador Ariane, em conjunto com o Centro Espacial Guianês no (Kourou, Guiana Francesa), a continuação dos testes e experimentos de interesse do comando da Aeronáutica, e a disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos da Marinha e do Exército Brasileiro, visando o incremento da cooperação entre as Forças Armadas.

Fonte: Diário de Natal - Foto: CLBI

Alpinista brasileiro Niclevicz comenta o acidente de avião no Nepal

A pista de pouso de Lukla, ainda de terra, em agosto de 1991, ocasião em que Niclevicz tentou escalar o Everest pela primeira vez

Avião Twin Otter da Yeti Airlines, na pista de pouso de Lukla, em abril de 2008, asfaltada, chamada agora de Aeroporto Tenzing-Hillary

O acidente que aconteceu em Lukla na manhã de quarta-feira, dia 8 de outubro, foi com um avião Twin Otter da Yeti Airlines, empresa que já utilizei diversas vezes, pois um de seus diretores é o dono da Thamserku Trekking, agência que organiza as minhas expedições ao Himalaia desde 1991.

O Twin Otter é um dos aviões mais robustos que existem, muito utilizado nas regiões polares e em áreas montanhosas. Além de diversos vôos que já fiz com este aparelho no Himalaia, também já o utilizei na escalada do Monte Vinson, a maior montanha da Antártida, e para voar da Islândia até a Groenlândia, na ocasião em que escalei as duas maiores montanhas do Ártico.

Como geralmente acontece com os vôos que partem de Kathmandu para Lukla, o Twin Otter decolou bem cedo, para evitar a formação das nuvens, às 6:51, e acabou se chocando com o solo às 7:31, incendiando-se em seguida, apenas a 50 metros antes de tocar a cabeceira do aeroporto. Momentos antes, dois outros vôos da Yeti Airlines haviam pousado em Lukla sem nenhum problema.

Segundo as autoridades, morreram no acidente: 12 alemães, 2 australianos, 2 nepaleses, o co-piloto e uma aeromoça. Apenas o piloto do avião sobreviveu, porém se encontra em estado grave. A causa de acidente foi provavelmente a má visibilidade devido a neblina, pouco se via além dos 400m.

A pista de pouso de Lukla foi renomeada em janeiro deste ano como “Aeroporto Tenzing-Hillary”, em homenagem aos conquistadores do Everest. Está a 2.860m de altitude, a 250Km de Kathmandu, e a 60Km do Everest. É a porta de entrada para a região nepalesa do Everest, que chega a receber até 35 mil visitantes por ano, principalmente durante a primavera (abril e maio) e outono (setembro e outubro), quando o tempo é mais estável, propício para escaladas e caminhadas na região.

É sempre um desafio pousar ou decolar em Lukla, a pista de pouso, com 527m metros de extensão, tem 12º de inclinação! Quem pousa se depara com uma rampa inclinada, o avião acaba parando no alto de uma subida! Quem decola acaba pegando embalo ladeira abaixo, deixando de tocar a pista poucos metros antes de um abismo de 700m!

A primeira vez que aterrissei em Lukla foi em agosto de 1991, e foi um tremendo susto, pois a pista ainda era de terra. Lembro do barulho quanto tocamos o solo cheio de pedras soltas, e de como chacoalhava a aeronave. Dois meses antes um Twin Otter da Royal Nepal Airlines também tinha se despedaçado na hora do pouso, matando 17 pessoas.

A ultima vez que estive em Lukla foi este ano, quando estávamos a caminho do Makalu, fomos até lá em um Twin Otter da Yeti Airlines, e então seguimos até o acampamento-base em um grande helicóptero russo. O pouso, a 4.800m, na base do Makalu, foi um grande susto! Se você ainda não viu as imagens vale a pena conferir: http://www.niclevicz.com.br/filme.wmv.

Se você for para o Himalaia, lembre que voar no ar rarefeito é perigoso, o ar não tem tanta densidade, é difícil estabilizar a aeronave, principalmente se o tempo estiver ruim. Não pressione a tripulação, tenha paciência e espere o tempo melhorar!

Um grande abraço,

Waldemar Niclevicz
http://www.niclevicz.com.br

Fonte: Altamontanha.com

sábado, 11 de outubro de 2008

Ataque aéreo no Paquistão deixa três mortos

Vítimas eram supostos militantes islâmicos.

É o segundo ataque do tipo dos EUA na semana.


Aviões dos Estados Unidos dispararam dois mísseis neste sábado (11) contra supostos militantes da al Qaeda e do Talibã no Paquistão, matando três pessoas, disseram testemunhas e autoridades de inteligência. Este foi o segundo ataque do tipo na região tribal do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão, nesta semana.

"Os mísseis foram disparados com um intervalo de um minuto", disse a testemunha da Reuters de Miranshahm, a maior cidade do Waziristão do Norte. "Eles causaram explosões gigantescas. Eu vi chamas subindo ao céu depois da explosão."

Vítimas

Uma autoridade de inteligência disse que três pessoas foram mortas no ataque que atingiu uma casa no bairro conhecido como Machis Colony.

"Três pessoas foram mortas. Nós não sabemos se eles são militantes ou civis", disse uma autoridade de inteligência na região à Reuters.

Seis pessoas, incluindo três combatentes árabes ligados ao al Qaeda, foram mortos em um ataque similar, próximo a Miranshah, na noite de quinta-feira.

Mísseis

Desde o início de setembro os Estados Unidos realizaram pelo menos dez disparos com mísseis, e um comando de ataque com alvos militares em áreas tribais do Paquistão.

O Paquistão condenou estes ataques e um porta-voz do ministério de Relações Exteriores do Paquistão disse anteriormente no sábado que esses ataques não serão úteis nem aos Estados Unidos nem ao Paquistão.

"Tais ataques fomentarão sentimentos anti-americanos, o que não será benéfico nem para nós nem para os Estados Unidos", disse o porta-voz, Mohammad Sadiq.

Fonte: Reuters

Sobrevoando a Cordilheira dos Andes

Os Aranha registram imagens lindas da Cordilheira dos Andes. Assista ao vídeo exclusivo dos Aranha.



Fonte: Programa Caldeirão do Hulk (Sábado, 11/10/2008)

Embraer acumula no ano entrega de 145 aeronaves até o 3º trimestre

Número é 34% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

No trimestre, foram 48 entregas.

A Embraer divulgou nesta sexta-feira (10) ter entregue 48 aeronaves no terceiro trimestre do ano, uma unidade acima das 47 entregues em igual período de 2007.

O número leva o acumulado do ano a 145 entregas, com alta de 34% sobre o mesmo período de ano passado.

A companhia manteve a expectativa de entregar entre 195 e 200 aeronaves em todo o ano, além de entre 10 e 15 jatos Phenom 100.

Entre os 48 aviões entregues entre julho e setembro estavam 37 jatos para aviação comercial, nove jatos executivos e duas aeronaves para as áreas de defesa e governo, segundo comunicado da empresa.

Fonte: Reuters

Boeing e sindicato vão retomar negociações sobre greve

A Boeing confirmou que irá retomar as negociações com o sindicato que representa seus metalúrgicos para tentar chegar a um acordo e dar fim a uma greve que já entrou em seu segundo mês. Toda a produção de aeronaves foi suspensa por conta da paralisação, o que tem irritado empresas aéreas clientes que serão afetadas pelos atrasos nas entregas dos aviões adquiridos. Segundo o sindicato, a greve já custou US$ 3,36 bilhões em vendas e lucro à fabricante de aviões.

"Mantivemos as linhas de comunicação abertas e concordamos em conduzir negociações adicionais com a participação de um mediador federal", afirmou o vice-presidente de Recursos Humanos da Boeing, Doug Kight. "Estamos interessados em analisar se há um caminho para resolver as divergências e para chegar a um acordo que terá de nos permitir continuar competitivos e oferecer a flexibilidade para administrar nossos negócios", acrescentou.

Um dos motivos fundamentais para a paralisação dos trabalhadores é sua insatisfação com a intenção da Boeing de manter aberta a porta para levar para fora dos EUA mais e mais etapas da produção de aviões, o que afetaria o número de trabalhadores no país.

Embora o canal de negociação tenha sido reaberto, ainda não foi marcada uma data para as próximas conversas entre empresa e sindicalistas. A paralisação teve início no último dia 6 de setembro.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Foguete que levará tripulantes à ISS é instalado

A Soyuz TMA-13 pronta para a decolagem na Base de Lançamentos de Baikonur - Clique na imagem para vê-la em tamanho maior

O foguete Soyuz-FG, que colocará em órbita a nave "Soyuz TMA-13", com três tripulantes a bordo rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), foi instalado hoje na rampa de lançamento da base de Baikonur, no Cazaquistão.

O lançamento do foguete com a nave russa está previsto para às 11h01 de Moscou (4h01 de Brasília) do próximo dia 12.

A "Soyuz TMA-13" transportará para a plataforma orbital a missão número 18, integrada pelo cosmonauta russo Yuri Lonchakov e o americano Michael Fincke, assim como pelo sexto turista espacial, o milionário Richard Garriott, filho do ex-astronauta Owen Garriott.

O turista espacial, diretor-adjunto da agência de turismo espacial Space Adventures, desembolsou cerca de US$ 30 milhões para sua viagem de 12 dias ao espaço, nove deles a bordo da ISS.

Garriott voltará à Terra em 24 de outubro junto com a tripulação da ISS na nave "Soyuz TMA-12".

A plataforma orbital elevou no último dia 3 sua altura em 1,25km para o acoplamento da nave russa.

A manobra foi realizada em regime automático por ordem do computador da ISS, mediante a ignição durante cinco minutos dos propulsores do cargueiro Progress-65, acoplado à estação.

A operação, que inicialmente devia ocorrer em 1º de outubro, mas foi adiada por causa da ameaça de uma colisão com lixo espacial, situou a plataforma orbital a uma altura de 353 quilômetros da superfície terrestre.

Fonte: EFE - Foto: Bill Ingalls (NASA)

Primeira missão de emergência à Ilha das Flores foi há 40 anos

No dia 15 de Outubro de 1968, um avião C-47 da Força Aérea Portuguesa partia da Base das Lajes rumo às Flores numa missão de emergência. A bordo ia uma equipa médica para operar uma cidadã francesa.

"A missão era urgente, não havia possibilidade de ir de navio. Devia ser preparado um avião e uma tripulação (de voluntários) para a missão", recorda o piloto Sobral Bastos.

Ainda hoje as ilhas mais pequenas e periféricas sentem mais fortemente os efeitos da insularidade. Imaginemos, então, como seria na década de 60, quando o Arquipélago estava muito longe dos níveis de desenvolvimento dos nossos dias. Já nessa altura, os militares da Força Aérea Portuguesa, estacionados na Base das Lajes [Terceira], encurtavam distâncias entre ilhas, salvavam vidas e acudiam a emergências. Uma dessas aconteceu no dia 15 de Outubro de 1968. O então Comandante da Zona Aérea dos Açores, coronel tirocinado Braz de Oliveira, e o Comandante da Base Aérea 4, coronel Telles Pereira, informaram o capitão piloto aviador Sobral Bastos que havia necessidade de enviar um avião C-47 à ilha das Flores para transportar a equipa médica, chefiada pelo Dr. Garrett, que ia operar uma cidadã francesa, com uma gravidez extra-uterina.

"A missão era urgente, não havia possibilidade de ir de navio. Devia ser preparado um avião e uma tripulação (de voluntários) para a missão. Nessa altura, era o piloto do quadro da Base que mais recentemente tinha vindo da Guiné e, portanto, com experiência em aterragens em pistas curtas e situações adversas de temperatura e humidade", recorda Sobral Bastos, hoje coronel piloto aviador na situação de reforma. "Tivemos ainda a sorte - conta - de se encontrar em missão na Base das Lajes uma tripulação vinda da Guiné para uma troca de aviões. Imediatamente o então Tenente Cartaxo se voluntarizou para integrar a tripulação, o que foi óptimo, dada a sua experiência mais recente".

A missão descolou a meio da tarde. Decorreu normalmente: "O tempo estava limpo nas Flores e o vento mais ou menos alinhado com a pista permitindo uma entrada directamente do mar para terra", lembra Manuel Themudo Sobral Bastos.

O tempo de voo foi de uma hora e trinta e cinco minutos para cada percurso, tendo descolado das Flores já ao pôr do sol: "Soubemos depois que a operação tinha corrido bem, tendo sido salva a vida da paciente. A equipa médica regressou dias depois num navio da Armada Portuguesa", pormenoriza.

De referir que naquela altura - 1968 - a pista das Flores ainda não estava terminada. Tinha 800 metros asfaltados, com valas laterais e no topo da pista. Tinha comunicações rádio e informação do vento. Normalmente o C-47 Dakota não usava pistas com menos de 1.000 metros. "Todos tínhamos confiança no avião e - perdoe-se a imodéstia da minha parte - na tripulação. Além disso era uma missão de salvamento e nós estávamos lá também para isso".

Características do C-47

Segundo o coronel piloto aviador (na situação de reforma), o C-47 é um avião bimotor (dois motores Pratt e Whitney de 14 cilindros radiais e uma potência de 1200 Hp cada), com uma velocidade de cruzeiro de 140 nós (260 km/h), autonomia de 2.600 km, desenvolvido para as Forças Aéreas com base no Douglas CD 3. É um avião de roda de cauda, muito utilizado nos últimos anos da II Guerra Mundial em missões de transporte pelas Forças Aéreas aliadas. Tem uma tripulação mínima de três elementos e uma carga máxima útil de 2.700 kg, peso máximo à descolagem de 14.000 kg e à aterragem de 11.800 kg. A versão DC 3 foi utilizada pela TAP nas suas linhas aéreas, inclusive para África.

Mais informação em http://www.lajes.af.mil

Fonte: Tibério Cabral (Expresso das Nove - Portugal)

GeoEye-1, o satélite do Google, manda sua primeira imagem da Terra

A primeira imagem enviada à terra pelo satélite GeoEye-1, patrocinado pelo Google, foi uma vista aérea da Universidade de Kutztown, na Pensilvânia.

Clique sobre a imagem para vê-la em tamanho maior

O GeoEye-1 é o satélite comercial com maior resolução do mundo e começou a funcionar nesta semana. As imagens foram coletadas na tarde do dia 7 de outubro, enquanto ele se movia do Pólo Norte para o Pólo Sul a uma órbita de 680,75 km de altura a 27.358,84 km/h. O satélite pode tirar fotos com resolução de até 41 cm, segundo a Wired.

O Google é o segundo maior parceiro na construção do satélite, junto com a Agência Nacional de Inteligência-Geoespacial dos EUA. O GeoEye-1, no entanto, não é um satélite espião, mas sim de imagens da Terra e as fotos tiradas pelo satélite serão vendidas para empresas interessadas.

Fonte: O Globo

Airbus no Champs-Elysées em comemoração ao centenário da indústria aeronáutica francesa

Para comemorar o centenário da indústria aeronáutica da França e, posteriormente, o centenário da GIFAS (Associação Francesa das Indústrias de Aviação), a Airbus está exibindo no Champs-Elysées e na Place de la Concorde, peças emblemáticas da Família Airbus, produzidas nas diversas fábricas da empresa na Europa.

As peças expostas – o nariz de uma aeronave A380, a asa de uma A320, a seção frontal de uma A300, o sistema de entrada de ar do motor de uma A380 e o estabilizador vertical de uma A340 -, vieram todas de aeronaves que já estiveram em serviço, usadas agora para teste ou já aposentadas.

Além disso, a Airbus e sua holding, EADS, também participarão dessa exposição com um grande estande, dividido em várias áreas: - Uma área de exposição coberta apresentando a Família Airbus, a estrutura industrial da fabricante de aeronaves na Europa e no mundo, seu alto nível tecnológico e, acima de tudo, a sua abordagem eco-eficiente.

- Um anfiteatro exibindo vídeos mostrando as inovações da Airbus na área de pesquisa e desenvolvimento e iniciativas ambientalmente corretas (combustíveis alternativos, testes de vôo com combustível GTL, redução do peso da aeronave com o uso de materiais compostos, redução da poluição sonora, desmontagem e reciclagem da aeronave no fim de sua vida útil, etc).

A exposição vai até 12 de outubro de 2008.

O departamento de recursos humanos da Airbus também estará presente no estande da GIFAS promovendo treinamento e recrutamento.

A Airbus é uma empresa do grupo EADS.

Fonte: Fator Brasil

TAM terá corte de custos com entrada na Star Alliance

A entrada da TAM na Star Alliance possibilitará que a companhia brasileira se beneficie de acordos guarda-chuva firmados pelo grupo para compra de combustível, peças, gastos com mídia, entre outros itens, segundo informou hoje o CEO da Star Alliance, Jaan Albrecht.

O executivo ressaltou ainda que a entrada da TAM é importante para a aliança uma vez que aumenta o acesso das empresas parceiras do grupo ao Brasil, que na sua opinião é o País mais importante da América do Sul, responsável por mais de 30% das receitas geradas na região.

Segundo Albrecht, as negociações que culminaram na entrada da empresa na aliança levaram dois anos e deixarão disponíveis 36 novos destinos para as companhias que compõem a Star Alliance. "Hoje o Brasil já é servido por sete membros da Star Alliance e uma oitava deverá chegar dentro de 12 meses", disse, referindo-se à Turkish Airlines. O executivo afirmou ainda que o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, deverá se tornar o hub (principal centro de operação de vôo) da Star Alliance na América Latina.

Questionado sobre quanto a empresa conseguirá reduzir custos por conta da entrada na aliança, o presidente da TAM, David Barioni Neto, disse que os cálculos ainda estão sendo feitos. Durante cerimônia de assinatura da parceria, o executivo afirmou que este é um momento histórico para a empresa. "Há apenas oito anos a TAM era a quarta maior empresa do País. Hoje somos a primeira, com mais de 53% de participação no mercado interno, além de ocupar a posição de maior empresa aérea do Hemisfério Sul", destacou.

Segundo o executivo, a empresa, que realiza atualmente cerca de 800 vôos por dia, servindo 10 países, com atuação em 55 aeroportos, passará a oferecer aos seus clientes com a aliança 18 mil operações diárias, vôos para 130 países em 800 aeroportos. "Certamente amplia a musculatura da empresa", afirma.

Air Canada

O presidente da TAM informou ainda que a empresa firmou hoje seu primeiro acordo operacional de compartilhamento de vôos (code share) e de integração dos programas de fidelidade dentro do guarda-chuva da Star Alliance, com a Air Canada.

Crédito

O vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores da TAM, Líbano Miranda Barroso, informou que a companhia já tem crédito fechado para todas as aeronaves que serão incorporadas à frota neste ano. Para 2009, segundo ele, os contratos estão praticamente garantidos. As duas principais fontes de crédito da empresa são os órgãos de fomento Eximbank, dos Estados Unidos, e Export Credit Agency, da Europa.

Fonte: Beth Moreira (Agência Estado)

Ex-baterista do Blink 182, Travis Barker, afirma que odeia aviões

Após se recuperar parcialmente do acidente que sofreu no último dia 20, o ex-baterista do Blink 182 Travis Barker falou com a imprensa pela primeira vez.

O músico afirmou que odeia aviões, além de fazer outros desabafos. "Meu maior medo sempre foi um acidente aéreo. Como isso já aconteceu, estou grato por estar vivo. Só estou feliz por estar aqui. Eu odeio aviões", disse ele ao jornal US Weekly.

O baterista afirmou que assim que a aeronave caiu, já pegando fogo, ele e seu amigo DJ Am (os únicos sobreviventes) conseguiram escapar passando por uma das asas.

Por causa do ocorrido, eles tiveram queimaduras de segundo e terceiro graus, mas estão se tratando. "Estou ansioso para sair daqui, cirurgia após cirurgia. Estou fazendo o melhor que posso, mas tenho queimaduras no meu pé, cintura e mãos", comentou Travis.

"Uma das mãos está com queimaduras de segundo grau e a outra terceiro. Quero me recuperar o mais rápido possível parar voltar a tocar bateria e segurar meus filhos novamente", concluiu o músico.

Fonte: CifraClub - Foto: David Gabber (PR Photos)

Anistia Internacional da Espanha identifica 16 voos da CIA em Portugal

A seção espanhola da Anistia Internacional esta organização não governamental de defesa dos direitos humanos acaba de publicar um relatório em que escalpeliza a actuação das autoridades espanholas no quadro da luta antiterrorista lançada pelos EUA após o 11 de Setembro de 2001.

Dezasseis voos alegadamente usados pela CIA para o transporte de detidos no âmbito da luta anti-terrorista escalaram Portugal entre 2002 e 2005, segundo um relatório da secção espanhola da Amnistia Internacional (AI-Espanha) divulgado na quarta-feira (08).

O documento, sob o título "Destinos inconfessáveis, obrigações não cumpridas", centra-se especificamente no papel da "Espanha na 'guerra contra o terror'" desenvolvida pelos EUA após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 - utilizando informações e registos feitos pelas autoridades portuguesas. É nesse contexto que surge, e especificamente na transferência de prisioneiros entre diferentes países e ou para a base norte-americana de Guantanamo (Cuba), que a AI-Espanha surge uma listagem com aeroportos de partida, escala e destino alegadamente usados por aviões ao serviço da CIA onde surge Portugal.

Recorde-se que, em Junho passado, a Amnistia Internacional já tinha publicado um relatório sobre a matéria, intitulado "Estado de negação" e centrado no "papel da Europa na rendição e detenção secreta" de presumíveis terroristas.

A AI-Espanha, no anexo 4 do seu relatório, identifica 15 voos realizados por cinco aviões - com as matrículas N8213G, N50BH, N505LL, N219D e N1HC - que aterraram ou descolaram de Ponta Delgada, Porto, Faro e Lajes. Contudo, há um 16º voo, realizado por um aparelho a quem são atribuídas as matrículas N829MG e N259SK, que viajou de Barcelona para Santa Maria em 07 de Novembro de 2002.

De acordo com a referida lista de movimentos aéreos, 10 dos voos foram realizados por um único avião (N8213G) e sempre de ou para Ponta Delgada, entre 26 de Março de 2002 e 20 de Junho de 2006. Duas outras viagens foram efectuadas pelo avião com matrícula N219D, ambas para a base aérea das Lajes, a 03 de Outubro de 2004 (vindo de Sevilha) e em 17 de Maio de 2005 (Tenerife).

O N1HC chegou ao Porto a 05 de Maio de 2005 (vindo de Málaga), o N505LL deixou Ponta Delgada a 29 de Setembro de 2005 (para Barcelona) e o N50BH partiu de Faro em 16 de maio de 2003 (também para Barcelona).

No caso da Espanha, "a lista inclui voos identificados pelo Parlamento Europeu com origem e/ou destino suspeitos e sobre os quais a Amnistia Internacional também dispõe de informação; rotas dos aviões confirmadas pelas autoridades espanholas assim como movimentos de aviões que aparecem nas investigações realizadas em Portugal...", diz a AI-Espanha, inferindo que "as infra-estruturas aéreas espanholas estiveram plenamente integradas no funcionamento do programa de entregas extraordinárias e detenções secretas do Governo dos Estados Unidos".

Fonte: DN Online (Portugal) - Foto: Manuel Carlos Freire

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Gol fará eliminação gradual de Varig em vôos domésticos

Depois de um ano e meio cheio de dificuldades para reerguer a Varig, a Gol voltou atrás em seu plano inicial e desistiu de ter duas marcas com características e públicos diferentes para disputar o mercado aéreo brasileiro. A companhia vai adaptar todos seus vôos domésticos a um mesmo padrão que, embora vá incluir mais serviço de bordo e programa de milhagem, permanecerá bem mais próximo do modelo da Gol. Aos poucos, o nome Varig desaparecerá nos vôos nacionais e será mantido apenas em certas rotas na América do Sul.

Quando adquiriu a Varig, em abril de 2007, a Gol pretendia fazer da empresa o seu braço para fidelizar o público de negócios, com mais vôos diretos entre cidades e aviões com mais espaço entre as poltronas. Não mais. Os aviões antigos da Varig (Boeings 737-300) estão sendo substituídos por aeronaves novas que têm o mesmo número de poltronas e espaço entre elas que os da Gol: modelos 737-700, com 144 assentos, e 737-800, com 184 lugares. A malha de vôos, que foi combinada com a da Gol, prevê apenas alguns vôos diretos adicionais e não há foco primordial num público. À medida que os aviões entrarem em manutenção, o logotipo da Varig será substituído pelas cores e marca da Gol.

Nos vôos domésticos, a Gol fará mudanças pontuais na tentativa de atrair os passageiros eventualmente descontentes com o modelo de serviços minguados da empresa. Nas rotas com mais de duas horas de duração, seja em aviões da Gol ou da Varig, a empresa trocará a barrinha de cereais oferecida aos clientes por sanduíches e a compra de bilhetes dará milhas aos participantes do programa Smiles, que foi adquirido com a Varig. "É uma evolução natural para uma empresa que tem quase 40% do mercado nacional", diz Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol. "São itens que permitem ampliar o leque de público e gerar demanda", diz.

A diferença entre as marcas Gol e Varig poderá ser vista nos vôos internacionais. Aqueles com quatro ou mais horas de duração - a partir de São Paulo, Caracas, Santiago e Bogotá - serão feitos pela Varig, em aeronaves com duas classes: a econômica comum e a econômica mais confortável, que ocupará as primeiras quatro fileiras dos aviões e terá mais espaço entre as poltronas e entretenimento a bordo com aparelhos individuais portáteis. Nesses vôos de duração "média", a empresa vai oferecer refeições quentes. Já o modelo dos vôos domésticos vai imperar em outros oito destinos da América do Sul.

A partir de 19 de outubro, segundo o presidente da companhia, a nova malha entra em vigor "com mais coordenação, sem vôos sobrepostos". "Antes, havia vôos da Varig e da Gol nas mesmas rotas e nos mesmos horários e uma empresa era um peso para a outra", diz Oliveira Jr. A união das malhas foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em setembro. A nova malha terá cerca de 794 vôos por dia, acima da média de 740 dos últimos meses, quando a empresa cortou parte da capacidade.

A eliminação das sobreposições devem, segundo ele, permitir uma melhora das taxas de ocupação da Gol. A companhia também absorveu toda a estrutura administrativa da Varig. "Teremos ganhos de sinergia e escala que compensam qualquer eventual aumento de custo com serviço de bordo", diz.

O executivo disse que haverá demissões no processo de fusão, mas não revelou o número exato. Também disse que a Gol está contratando em algumas áreas.

Fonte: Valor Online

Anac desativa postos de fiscalização em cinco aeroportos

Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União.

Medida atinge Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais.

A Agência Nacional de Aviação (Anac) desativou as Seções de Aviação Civil (SAC) de cinco aeroportos do país. A decisão entrou em vigor nesta sexta-feira (10), após a publicação no Diário Oficial da União (DOU).

A medida atinge os aeroportos de Jacarepaguá (RJ), Santos Dumont (RJ), Carlos Prates (MG), Petrolina (PE) e Ilhéus (BA).

Segundo a assessoria de imprensa da Anac, havia um grupo de estudo que estava reavaliando a funcionalidade das SACs em alguns aeroportos por baixa demanda, o que não justificaria a presença permanente de fiscais nas unidades. Por essa razão, a agência decidiu encerrar as atividades desses escritórios e realocar os profissionais para outros aeroportos onde há mais necessidade do trabalho de fiscalização.

Ainda de acordo com a assessoria da Anac, as SACs, apesar de não terem essa característica, serviam de pontos de apoio aos passageiros, que podiam buscar ajuda de fiscais da agência. As unidades funcionavam de acordo com o horário de cada aeroporto.

Fonte: G1

Balão pega fogo e mata uma pessoa em festival nos EUA

Festa internacional ocorre em Albuquerque, no Novo México.

Fogo em um dos balões deixou um morto e um ferido neste ano.

Balão pega fogo ao enroscar em fios de eletricidade durante a Festa Internacional de Balões de Albuquerque, no Novo México

O balão se despedaçou. O incidente deixou, segundo a agência Associated Press, um morto e um ferido

Fonte: Associated Press - Foto: Terri Bordelon (AP)

Nasa deve ficar cinco anos sem conseguir mandar gente para o espaço

Período deve ir de 2010 a 2015, à espera do sucessor do ônibus espacial.

Durante esses anos, americanos dependerão de parceria com a Rússia.


Cidade das Estrelas, na Rússia – esse lugar já foi lugar nenhum, uma base militar secreta a nordeste de Moscou que não aparecia em mapas. Lá a União Soviética treinava seus astronautas para lutar no mais alto campo de batalha da Guerra Fria: o espaço.

Mas hoje em dia, a Cidade das Estrelas é o lugar da duramente conquistada parceria orbital americana com a Rússia, onde astronautas treinam para voar a bordo da nave espacial Soyuz. E em dois anos ela será o único local a preparar o lançamento de astronautas de qualquer nação à Estação Espacial Internacional.

O hiato está chegando: de 2010, quando a Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e do Espaço) fechar o programa de transporte espacial (os ônibus espaciais), a 2015, para quando está programada a chegada da próxima geração de naves espaciais americanas, a Nasa não espera ter capacidade de vôo humano e dependerá da Rússia para chegar à estação de US$100 bilhões, comprando passagens na nave Soyuz como qualquer turista espacial.

Enquanto a Nasa comemora seu 50º aniversário neste mês, o plano da administração Bush de aposentar os três ônibus espaciais do país e trabalhar num retorno à Lua empurrou o programa espacial dos EUA para a política nacional e a controvérsia geopolítica.

Apoio, mas não solução

Os senadores John McCain e Barack Obama denunciaram a lacuna e divulgaram seu compromisso com o programa espacial enquanto viajavam pela Flórida, onde milhares de trabalhadores perderão seus empregos quando o programa dos ônibus terminar. E o antagonismo entre Estados Unidos e Rússia, sobre o conflito na Geórgia e outros assuntos, está nublando o futuro de uma parceria de 15 anos no espaço, precisamente quando a Nasa estará mais dependente da Rússia do que jamais esteve.

O administrador da NASA, Michael D. Griffin, declarou que a situação é “bastante grave”. Em mensagem de e-mail enviada a seus principais diretores em agosto, Griffin escreveu que “os acontecimentos se desdobraram de uma forma que torna clara a imprudência dos Estados Unidos ao adotar uma política de dependência deliberada de outra potência”.

Griffin está tão preocupado que ordenou que sua equipe estudasse voar com os velhos ônibus espaciais após 2010. Ele fez isso, conforme disse numa entrevista no mês passado, “cinco minutos após os russos invadirem a Geórgia, pois podia ver o que estava vindo.” Mas ele avisou que qualquer extensão seria cara e poderia atrasar ainda mais o retorno da NASA à lua e ameaçar o papel dos EUA como principal potência espacial.

No mês passado, a China conseguiu o terceiro lançamento de sucesso de sua nave Shenzhou VII e a primeira caminhada espacial por um de seus astronautas. O governo chinês disse esperar estabelecer uma estação espacial e eventualmente realizar um pouso na lua. Os Estados Unidos planejam retornar à lua em 2020, na melhor das hipóteses; alguns observadores acreditam que a China pode chegar lá antes.

Interrupções anteriores

Os Estados Unidos tiveram períodos nos quais seus astronautas não conseguiam alcançar o espaço: desde o fim do programa Apollo em 1975 ao início dos vôos dos ônibus espaciais em 1981, e depois da perda dos ônibus Challenger em 1986 e Columbia em 2003. Mas o intervalo que se aproxima pode ser o mais longo, caso o lançamento dos novos foguetes da Nasa fique muito atrasado.

A administração Bush escolheu sacrificar o acesso do país ao espaço por cinco anos e passar à próxima fase das viagens espaciais. Eles decidiram aposentar os ônibus e em janeiro de 2004 anunciaram uma ampla “visão da exploração do espaço.”

Segundo o plano, a Nasa pararia de usar a velha e insegura frota de ônibus espaciais e mudaria para um novo programa de lançamento, o Constellation, construído em torno de foguetes Ares e cápsulas Orion que são projetados para levar astronautas de volta à lua e até mesmo para explorar asteróides próximos da Terra e de Marte.

Para chegar de um programa ao outro sem inflar o orçamento anual de US$17 bilhões da Nasa, a administração decidiu desacelerar o programa dos ônibus espaciais e movimentar o Constellation. A decisão sempre foi considerada difícil, mas, nos últimos meses, a desaprovação pegou fogo. As campanhas presidenciais Republicana e Democrata, por exemplo, se comprometeram a manter a América voando.

A crescente tensão com a Rússia complica uma duradoura aliança internacional no espaço que ajudou a neutralizar a Guerra Fria, especialmente entre aqueles que serviram nas linhas de frente.

William M. Shepherd, o primeiro comandante da estação espacial e ex-membro dos SEALs da marinha americana, lembrou de que quando ele e seu colega de equipe Yuri Gidzenko orbitaram a Terra pela primeira vez, os dois guerreiros da Guerra Fria apontaram bases onde, anos antes, haviam treinado e esperado em alerta.

“Naquele momento percebi que não éramos mais um americano e um russo”, disse Shepherd. “Era algo que transcendia toda aquela tela.”

A parceria teve início nos anos 90, quando a União Soviética e sua economia entravam em ruínas, e o conhecimento russo para levar pessoas em órbita – ou bombas a destinos distantes – corria o risco de cair nas mãos de nações hostis. Como pagamento por ajudar a manter o programa espacial russo funcionando, dizia a lógica, os Estados Unidos limitariam a proliferação de armamentos. Na metade da década os americanos começaram a servir a bordo da estação espacial Mir, enquanto os Estados Unidos e a Rússia planejavam o que viria a se tornar a Estação Espacial Internacional.

Os primeiros dias foram marcados pela cautela. Mark Bowman, funcionário contratado na Rússia que hoje está de volta a Moscou como representante da NASA, diz que Korolev, onde fica o controle da missão, “era uma cidade fechada” quando ele chegou em 1993. “Estrangeiros não eram permitidos aqui”, diz Bowman.

A parceria, até agora, funciona

Hoje em dia, equipes de funcionários da Nasa vivem o ano todo na Rússia, e dúzias de outros chegam e vão para treinamentos, lançamentos e pousos.

Susan Eisenhower, especialista em relações EUA-Rússia e programas espaciais, diz que os russos, depois da perda do ônibus espacial Columbia, provaram que manteriam o seu lado do acordo ao continuar levando americanos à estação. “Quando não tínhamos escolha graças ao fracasso do ônibus espacial, os russos poderiam ter nos chantageado a respeito da tragédia e não o fizeram”, diz Eisenhower.

Vitaly Davidov, diretor-assistente da Roscosmos, a agência espacial russa, disse numa entrevista na base de controle da missão que a Rússia honraria seus compromissos de levar equipes à estação.

Isso não significa que a ida será fácil. Os Estados Unidos e a Rússia estão em desacordo sobre muitos assuntos comerciais e políticos. Mas Michael Krepon, que ajudou a fundar o Centro Henry L. Stimson, um instituto de políticas, disse que enquanto o monopólio espacial russo cria riscos, “existe uma norma de etiqueta muito antiga: não se brinca com a segurança de humanos no espaço.”

“Não acho que haverá dificuldades se o problema do hiato continuar”, diz Krepon. “Mas com certeza ficará mais caro.”

Fontes: G1 / New York Times

Passageiros de avião ficam feridos ao atravessar turbulência em Miami

Aeronave vinha da Argentina, segundo os bombeiros.

Pelo menos dois passageiros tiveram de ser hospitalizados.


Dois passageiros do vôo 908 procedente da Argentina ficaram feridos nesta sexta-feira (10) em turbulências registradas antes de o avião aterrissar no aeroporto internacional de Miami, informaram os bombeiros.

"Pelo menos duas pessoas tiveram que ser transferidas esta manhã a hospitais, onde recebem atendimento médico", disse Arnold Piedrahita, porta-voz dos bombeiros do condado de Miami-Dade.

Ele acrescentou que os ferimentos apresentados pelos passageiros eram menores e foram causados, disseram, por uma turbulência pela qual atravessou o avião da American Airlines no qual viajavam, um Boeing 777, antes de aterrissar.

Aparentemente, outros passageiros teriam ficado levemente feridos.

Fonte: EFE - Foto: Tim Chapman (Miami Herald)

Defeito nos flaps provocou acidente da Spanair, diz relatório

Relatório preliminar aponta que sistema de alerta não avisou piloto sobre falha.

Um defeito nos flaps teria causado o acidente com o avião da Spanair que matou 154 pessoas no dia 20 de agosto, em Madri, segundo um relatório preliminar divulgado nesta quinta-feira (9) na Espanha.

De acordo com o relatório, os flaps das asas do avião não estavam corretamente posicionados e o sistema de alertas da aeronave não avisou os pilotos.

O fato de os flaps não terem sido acionados teria impedido que o avião decolasse adequadamente. Este problema, que parece ter sido combinado com uma falha no sistema de alertas, teria provocado o acidente.

Os investigadores, que analisaram as gravações de voz e os registros de dados da aeronave, não encontraram evidências de defeitos prévios no avião e concluíram que ele só pegou fogo depois de atingir o solo.

O MD-82 atingiu uma altura de apenas 12 metros na decolagem antes de se chocar contra o solo e entrar em chamas.

O relatório não aponta culpados e afirma que os dois pilotos fizeram os testes de rotina antes de decolar.

Agora, um juiz deve decidir se alguém sera responsabilizado pelo pior acidente aéreo na Europa em duas décadas.

Fonte: BBC