domingo, 24 de agosto de 2008

Outro avião da Spanair interrompe o vôo por problemas técnicos

Um avião MD-82 da companhia aérea espanhola Spanair interrompeu seu vôo entre Barcelona e o arquipélago das Canárias após um incidente técnico sem gravidade, declarou neste domingo a companhia, quatro dias após o acidente de um de seus MD-82 em Madri.

O avião teve de aterrissar na manhã deste domingo em Málaga, na Andaluzia (sul), depois que o piloto informou um incidente.

"São incidentes que acontecem regularmente, é a vida diária de todas as companhias", declarou um porta-voz da Spanair, sem indicar a natureza do problema.
O avião que apresentou defeito neste domingo é um MD-82, o mesmo modelo que caiu na quarta-feira.

Os 141 passageiros foram levados para um hotel para pegar outro avião na segunda-feira.

Na véspera, um Boeing 747 da companhia Virgin Atlantic que saiu de Londres com destino a Barbados regressou ao aeroporto de London Gatwick pouco depois de decolar por causas ainda não explicadas.

No mesmo dia, um avião da easyJet com 130 passageiros a bordo, cobrindo a rota Londres-Cagliari (Sardenha, Itália), fez um pouso de emergência em Nice, sul da França, porque a tripulação detectou fumaça na cabine do piloto.

Na quarta-feira passada, em Madri, o MD 82 da Spanair que devia voar de Madri a Las Palmas, no arquipélago das Canárias, bateu e pegou fogo, matando 154 pessoas e 18 feridos, na maior catástrofe aérea na Espanha em 25 anos.

O processo de identificação das vítimas de Madri deve demorar mais do que se pensava por causa do estado de muitos corpos, segundo o ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba.

Na véspera, o ministro havia declarado que a maioria dos corpos das vítimas seria identificada até este domingo, destacando que cerca de 60 pessoas já havia sido identificadas.

"Temos que ter certeza de que o que dizemos às famílias é a verdade", explicou.

O governo mobilizou legistas especializados do ministério da Justiça para colher DNA das vítimas mais prejudicadas fisicamente.

Enquanto isso, os familiares dos 154 mortos se impacientam por não receber explicações satisfatórias sobre o sucedido e pretendem se reunir para estudar a criação de uma associação de vítimas.

Os familiares se reuniram na sexta-feira com a vice-presidente do governo, María Teresa Fernández de la Vega, e depois com os dirigentes da companhia Spanair.

Fonte: France Presse

Avião britânico movido à energia solar bate recorde de permanência no ar

Modelo, não tripulado, sobrevoou o deserto do Arizona por 82h37min.

O Zephyr-6 pesa 30 quilos e pode ser usado com fins militares.


Um avião de fabricação britânica que funciona com energia solar bateu o recorde mundial extra-oficial de permanência no ar, com o tempo de 82h37min.

O Zephyr-6, sem tripulação, conseguiu se manter em vôo no deserto do Arizona com a ajuda de pilhas carregadas com luz solar, informa hoje a emissora "BBC", que afirma que o aparelho pode ser ideal para tarefas militares de reconhecimento.

O vôo foi realizado em uma base do Exército dos Estados Unidos no Arizona, onde o Zephyr-6 quebrou o atual recorde mundial de um vôo não-tripulado estabelecido pelo avião americano Global Hawk, de 30h24min.

Em declarações à "BBC", Chris Kelleher, membro da firma britânica de defesa e pesquisa QinetiQ, responsável pela fabricação do aparelho, disse que os aviões oferecem mais vantagens que os tradicionais.

"A vantagem principal é a continuidade, que pode ficar ali o tempo todo", afirmou Kelleher.

O teste do avião, realizado entre 28 e 31 de julho passado, não é oficial, porque a QinetiQ não envolveu a Federação Aeronáutica Internacional, organismo que regula os esportes aéreos e que dá o sinal verde a todas as tentativas de marcar recordes.

O Departamento de Defesa americano financiou o teste através do chamado Programa Conjunto de Demonstração Tecnológica (JCTD, em inglês), porque busca novas tecnologias para dar apoio a suas tropas em terra.

"Achamos que o Zephyr está perto de ser um sistema operacional, desejamos que seja nos próximos dois anos", disse Kelleher.

O Zephyr, de 30 quilos e montado com fibra ultraleve, foi guiado por meio de controle remoto até alcançar uma altitude de 18 quilômetros e depois voou com piloto automático e mediante comunicações via satélite.

Segundo a "BBC", o Zephyr comprovou que pode suportar temperaturas extremas, desde os 45 graus Celsius em nível do solo no deserto do Arizona até os 70 graus abaixo de zero, ao alcançar uma altitude de 18 quilômetros.

Fontes: G1 / EFE

Avião cai na pista de aeroporto da Colômbia

Um grande susto viveram os 25 passageiros do avião de Havilland Canada DHC-8, da companhia Aires Colombia que fazia o vôo 051, rota Curacao – Barranquilla, no momento da aterrissagem às 5:15 da tarde de sábado (23), na Colômbia.

O Centro de Coordenação Aeroportuária disse que o trem de pouso direito da aeronave se partiu.
Segundo informações de passageiros, a a fuselagem do avião raspava no pavimento e espalhava fagulhas fogo nas janelas.

A Aeronáutica Civil assumiu as investigações para estabelecer as causas da falha no trem de pouso.

O acidente não deixou feridos.

O Aeroporto Ernesto Cortissoz de Barranquilla permaneceu fechado por mais de 10 horas.

Fontes: Terra (Colômbia) / ASN - Fotos: Diario El Heraldo de Barranquilla

Avião de pequeno porte cai na Guatemala

Bombeiros falam em dez mortos e quatro feridos.

Causas do acidente ainda são desconhecidas.

Equipe de resgate transporta um sobrevivente

A queda de um avião Cessna 208 Caravan I, prefixo TG-JCS, na Guatemala, neste domingo (24), deixou dez mortos e quatro feridos, segundo informações do corpo de bombeiros. O acidente aconteceu na localidade de El Puente, Teculután, leste do país. Cinco das 10 pessoas que morreram eram turistas americanos, disse uma fonte oficial.

A aeronave levava um grupo de pessoas do aeroporto internacional La Aurora para Estor, no departamento caribenho de Izabal. Segundo a Aviação Civil, o aparelho pertence à empresa Aero Ruta Maya. De acordo com as primeiras informações, o pequeno avião teria apresentado falha em um dos motores e acabou caindo, incendiando-se com o impacto. Os quatro sobreviventes, que sofreram sérias queimaduras, foram levados a um hospital em Zacapa.

Fontes: G1 / ASN - Foto: AP - Atualizado em 25/08/08 às 11:17 hs.

Governo do Quirguistão confirma 71 mortes em acidente aéreo

Entre passageiros estavam integrantes de um time de basquete colegial.

Segundo Ministério de Emergência, número de sobreviventes chega a 25.

Mapa mostra onde ocorreu o acidente, na capital do Quirguistão

Roza Daudova, porta-voz do governo do Quirguistão, afirmou que o acidente com o avião Boeing 737-219, prefixo EX-311, da empresa iraniana Itek Air, neste domingo (24) deixou 71 mortos. Entre os passageiros estavam 17 integrantes de um time de basquete de um colégio da capital Bishkek, onde a aeronave caiu.

A mesma informação foi divulgada por Yelena Bayalinova, porta-voz do Ministério da Saúde, que anteriormente havia falado em 87 mortos. “Setenta e uma pessoas morreram e mais de dez foram hospitalizadas no Instituto de Traumatologia, duas delas em estado muito grave", declarou a porta-voz, citando o ministro Marat Mambetov.

O número total de passageiros ainda não foi divulgado oficialmente e também há controvérsias sobre a quantidade de sobreviventes. Roza Daudova afirma que 24 pessoas sobreviveram, enquanto o Ministério de Situações de Emergência afirma que esse número chega a 25.

O avião de passageiros Boeing-737 caiu logo após decolar, em Bishkek, a cinco quilômetros do aeroporto internacional de Manas, situado a 30 quilômetros da capital do país. Um funcionário do aeroporto afirmou que o acidente aconteceu logo depois de um membro da tripulação reportar um problema técnico no vôo, dez minutos após a decolagem. Por isso, comunicou que a aeronave retornaria.

As versões sobre a causa do acidente se dividem em falha no motor, problemas no sistema de controle e descompressão.

Resgate

Pelo menos 14 dos sobreviventes foram levados ao hospital, dois em estado crítico, afirmou a porta-voz do Ministério da Saúde. A base aérea da coalizão antiterrorista liderada pelos Estados Unidos para o Afeganistão, localizada também em Manas, disse ter enviado uma equipe de resgate ao local, atendendo a um pedido de ajuda do governo.

Segundo as informações do aeroporto, o vôo era operado por uma companhia local, a Itek-Air, e se dirigia a Moscou. O destino também é controverso, pois algumas agências dizem que o avião tinha o Irã como destino. A Itek-Air foi proibida de operar no espaço aéreo da União Européia por não atender às exigências de segurança da aviação.

O Quirguistão é um país pobre e montanhoso a oeste da China. Bishkek, a capital e maior cidade do país, tem população de 1 milhão de habitantes.

Fontes: G1 / ASN / AP / EFE / France Presse / Reuters

Turista que tirava fotos no final de pista é atingido por avião e morre

Um turista americano que tirava fotografias de aviões foi atingido e morta por um avião que decolava do aeroporto em St. Barthelemy, em Guadalupe, na quarta-feira (20).

O fotógrafo estava em pé na praia, na área próxima ao final da pista 10, quando foi atingido na cabeça pelo trem de pouso de um avião da Tropical Airlines.

O homem de 40 anos de idade foi levado de helicóptero para o Hospital Universitário de Point-with-Pitre/Abymes onde morrer mais tarde.

Na foto: St. Barthelemy é um aeroporto famoso pelas passagens baixas dos aviões e ao lado de uma praia localizada a poucos metros da pista.

Fontes: JetPhotos - Foto: Paolo Rossini

Avião cai em campo de golfe na Flórida (EUA)

O avião Cessna 150, prefixo N65436, registrado para a empresa Ormond Beach Aviation, partiu do Aeroporto Municipal de Ormond Beach, na Flórida (EUA) para um vôo de uma hora, de formação, com um estudante e o instrutor bordo neste sábado (23).

Após voar por uma hora, a aeronave retornou para o Aeroporto de Ormond Beach para um treino de pouso e decolagem rápida (touch and go).

Durante a subida de retomada, o avião perdeu potência a uma altitude entre 300 a 400 pés. O avião fez uma aterrissagem de emergência num campo de golfe em Riverbend atingindo algumas árvores.

Os dois ocupantes saíram ilesos.

Fonte: ASN

Parentes das vítimas questionam Spanair por liberar avião acidentado

Companhia garantiu que está em condições de lidar com pagamento de indenizações.

Familiares cobram prazos reais para identificação dos corpos.

Os familiares das vítimas do acidente aéreo da última quarta-feira (20), no aeroporto de Madri, insistiram nas últimas horas em pedir explicações à companhia Spanair sobre as razões que levaram a empresa a autorizar a decolagem do aparelho, apesar de terem detectado uma avaria no mesmo horas antes.

As famílias das vítimas e representantes da Spanair participaram de uma reunião na qual, segundo disseram à Agência Efe fontes presentes ao encontro, parentes quiseram saber especialmente por que o avião tentou decolar apesar dos erros detectados anteriormente.

Representando a Spanair esteve o vice-diretor da companhia, Javier Mendoza, que explicou que o comandante, falecido no acidente, detectou um mau funcionamento do aquecedor da sonda que mede a temperatura tanto em terra como em vôo, um instrumento que deve ser desativado automaticamente em terra.

Como o mecanismo automático falhou e a sonda seguia ativada, o piloto optou por retornar às oficinas de manutenção.

A citada sonda alimenta o computador que controla alguns parâmetros do motor, admitiu Mendoza, que, no entanto, expressou dúvidas sobre se o problema pode estar relacionado com o acidente.

Durante 33 minutos, a aeronave foi revisada por um mecânico de 41 anos e com experiência de mais de 20, que optou, como prevêem os procedimentos habituais, pelo desligamento do aquecedor.

Segundo Mendoza, "foi feito o que tinha que ser feito" na revisão que motivou o retorno da aeronave às oficinas de manutenção.

"Uma só causa nunca provoca um acidente aéreo. É sempre uma série de causas", acrescentou Mendoza, que defendeu ainda o alto índice de segurança de sua companhia e do modelo de avião acidentado, um McDonnell Douglas de 15 anos.

O modelo, disse, tem um índice de 0,26 acidente por cada milhão de horas de vôo, um dos mais baixos da aviação comercial.

O vice-diretor da Spanair também garantiu que a companhia está em condições de lidar com o pagamento de indenizações pelo acidente e que tratará de fazer chegar o mais rápido possível às famílias os celulares e utensílios pessoais resgatados no local da catástrofe.

Em nome dos familiares das vítimas, Ismael Rodríguez, amigo de um dos falecidos no acidente, disse que o que os parentes querem é que existam "prazos reais" no tempo de espera de identificação dos corpos, pois a demora na comprovação do DNA está provocando tensões.

Rodríguez lembrou que após a tragédia foi assegurado oficialmente que em um prazo de até 48 horas depois do acidente já teriam sido realizadas todas as identificações.

Lamentou ainda que até agora o número de identificações chegue a apenas 60, quatro dias depois da tragédia.

"Vai demorar mais do que esperávamos", reconheceram fontes da Defesa Civil espanhola.

Fonte: EFE

Morre um dos 19 sobreviventes do acidente aéreo em Madri

Com isso, sobe para 154 o número de vítimas do vôo JK 5022.

Estado de outros dois sobreviventes é ‘muito grave’, segundo hospital.



Maria Luisa Estevez Gonzalez, 31, morreu na noite deste sábado (23) no hospital La Paz, em Madri, onde estava internada com queimaduras em 72% do corpo. Ela estava entre os 19 sobreviventes do acidente aéreo de quarta-feira (20) no aeroporto de Madri que, agora, soma 154 mortos.

“Seu estado era grave e só nos resta dar apoio à família”, afirmou o médico Carlos Malo, segundo a CNN. Outros dois sobreviventes apresentam estado “muito grave”, de acordo com informações do hospital.

O governo espanhol afirmou neste sábado que pretende concluir em 24 horas a identificação da maioria das cem vítimas ainda não reconhecidas. Assim informou o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, que visitou em um hospital da capital espanhola alguns dos feridos na tragédia. Rubalcaba disse ainda que os trabalhos de verificação por DNA tiveram início e permitirão a identificação da maioria dos mortos no acidente de quarta-feira.

Análises de impressões digitais já permitiram identificar 59 das vítimas, incluindo o brasileiro Ronaldo Gomes Silva, que ia viajar em lua-de-mel.

"Estamos trabalhando o mais rápido possível, tanto a Polícia como a Guarda civil e o Instituto Médico Legal", declarou o ministro, que preferiu não se manifestar sobre o mal-estar entre os parentes dos mortos e a companhia aérea Spanair, acusada de esconder informações sobre as causas da tragédia. Segundo ele, o governo está empenhado em acabar o mais rápido possível com os trabalhos de identificação. "No fim, saberemos o que aconteceu. Devemos isso às vítimas", disse.

Apoio psicológico

As famílias das vítimas do acidente aéreo que ainda esperam a identificação de seus entes queridos estão extenuadas, após vários dias de espera e incerteza. Segundo Daniel Rodríguez, chefe da equipe da Cruz Vermelha que dá apoio psicológico aos parentes, que destacou que "a incerteza e o cansaço estão fazendo um estrago" nestas pessoas após três dias de sofrimento pela tragédia.

Cerca de 30 psicólogos e agentes de saúde continuam ao lado dos familiares, hospedados em um hotel próximo ao aeroporto, para tratar de mitigar sua dor, aos quais se somaram voluntários da Spanair, companhia aérea proprietária do avião.

Rodríguez informou que na ilha de Grande Canária, lugar de destino do avião acidentado, será mantido um dispositivo psicológico para apoiar também as pessoas que recebam ou acompanhem os corpos dos falecidos no momento da mudança.

Impagável

Luis Ojeda, sobrinho de um dos falecidos, qualificou de "impagável" o trabalho destas pessoas e disse que, graças a eles, muitos dos que estão lá não desmoronam por completo.

Ojeda expressou a queixa de muitos parentes sobre o tratamento dado pela Spanair, com cujos responsáveis mantiveram na sexta-feira uma reunião que durou apenas 10 minutos, e expressou seu ceticismo sobre os resultados de uma nova reunião prevista para este sábado.

Após a primeira reunião, os afetados expressaram seu descontentamento pela demora na divulgação da lista de passageiros, assim como pela desinformação existente sobre as causas do acidente.

Os familiares descartaram criar uma associação de vítimas e declararam que agora só querem receber os corpos de seus entes queridos para levá-los a seus lugares de origem.

O advogado Ismael Rodríguez, amigo de outro falecido, expressou suas dúvidas sobre a viabilidade de uma associação, levando em conta que os afetados moram em diferentes cidades. Rodríguez destacou que, antes de pensar em associações, os ânimos dos parentes têm que se acalmar e relatou que em reunião que mantiveram entre eles "houve insultos".

Vítima brasileira

O corpo do brasileiro Ronaldo Gomes Silva, uma das vítimas do acidente, foi identificado por impressão digital, informou ao G1 o irmão da vítima, Rodinaldo Gomes Silva. Segundo ele, ainda há possibilidade de um exame de DNA, que ainda não teve o resultado divulgado. O corpo da esposa de Ronaldo, Yanina Celis Dibowsky, será reconhecido pela arcada dentária.

Rodinaldo informou que a família decidiu cremar o corpo de Ronaldo. "Até pela falta de tempo, decidimos pela cremação. Agora estamos vendo a possibilidade da vinda de familiares até Madri", explicou.

Em entrevista ao G1 assim que chegou a Madri, Rodinaldo contou que só soube da morte do irmão na manhã desta quinta quando recebeu um telefonema de uma ex-namorada que mora atualmente na Espanha. "Um amigo meu de São Paulo entrou em contato com ela pelo Orkut e ela me telefonou para dar a notícia", disse.

Fontes: G1 / Globonews

sábado, 23 de agosto de 2008

Vôo é desviado para Genebra após ameaça de bomba

A empresa aérea Swiss International disse neste sábado (23) que o vôo LX2114, de Zurique a Málaga, foi desviado para Genebra após uma ameaça de bomba.

Nenhum dos 141 passageiros a bordo ficou ferido no procedimento, que ocorreu às 15h05 (11h05 em Brasília), depois que o aparelho, um Airbus A320-214, prefixo HB-IJH , desse meia volta quando estava voando sobre a França, informou Philippe Roy, porta-voz do aeroporto internacional de Genebra.

O alerta de bomba tinha sido recebido por telefone 20 minutos antes na companhia helvécia em Zurique, e "procedia da Espanha", disse à agência suíça ATS Franco Cullotti, porta-voz da Swiss, referindo-se concretamente a esse vôo.

O avião ficou parado no meio da pista e os passageiros foram retirados mediante as rampas de emergência, e, em seguida, foram levados a uma sala de espera.

O aparelho foi retirado da pista e desde as 17h50 (13h50 em Brasília) está sendo examinado pelos serviços de desativação de explosivos, sem que qualquer artefato tenha sido encontrado até agora, disse Roy.

A pista do aeroporto esteve fechada durante uma hora e meia, e oito vôos foram cancelados ou desviados à cidade francesa de Lyon. Os passageiros afetados poderão voar hoje à noite em um outro vôo com destino a Málaga.

Fonte: EFE - Foto: DPTS Association

Avião com problemas técnicos faz pouso de emergência em Londres

Aeronave já tinha uma hora de vôo quando problema foi detectado.

Apesar do susto, todos os passageiros estão bem.

Um Boeing 747 da companhia Virgin Atlantic, com 320 passafeiros a bordo, foi obrigado a fazer um pouso de emergência no aeroporto de Gatwick, em Londres, às 11:08 (hora local) depois que o piloto detectou um problema técnico durante o vôo, informou um porta-voz do terminal aéreo.

Apesar do susto, todos os passageiros estão bem, destacou o porta-voz.

A aeronave, que havia decolado de Gatwick e seguia para a ilha caribenha de Barbados (vôo VS029) , retornou ao aeroporto britânico assim que o comandante percebeu o problema.

Segundo a "BBC", o avião já tinha uma hora de vôo quando o contratempo foi detectado.

Fontes: EFE / BBC

Cabine enche de fumaça e avião faz pouso de emergência na França


O piloto e o co-piloto da aeronave foram hospitalizados.

Bombeiros dizem que 'problema elétrico' pode ter causado incidente.

Um Boeing 737 da companhia de vôos de baixo custo Easyjet que seguia de Londres para a Sardenha teve que aterrissar em Nice, no leste da França, depois que a cabine de comando ficou cheia de fumaça.

O piloto e o co-piloto da aeronave foram hospitalizados por causa da exposição à fumaça. Já os 130 passageiros que estavam a bordo do avião não sofreram danos.

Segundo a companhia, todos foram evacuados do aparelho e levados ao terminal do aeroporto local, onde ficariam à espera de um outro vôo. As causas do incidente não foram divulgadas.

É provável que um "problema elétrico" tenha provocado o incidente, informaram os bombeiros. "Quando os socorros chegaram, já não havia mais fumaça", destacaram.

O porta-voz do aeroporto, Philippe Bellissent, afirmou à AFP que o avião não voltará a decolar antes que a causa do incidente seja determinada.

Fontes: AP / EFE

TCU aponta 14 falhas de controle aéreo brasileiro

Ministério da Defesa não quis comentar e Aeronáutica disse não ter recebido documento

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 14 falhas no sistema X-4000, utilizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) no gerenciamento do tráfego aéreo do País. O relatório de 83 páginas confirma grande parte dos supostos erros apontados por controladores após a colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que deixou 154 mortos em setembro de 2006.

Embora reconheçam que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) tem condições de avaliar eventuais panes no sistema, os auditores do TCU concluíram que "as falhas encontradas podem comprometer, de modo isolado ou em conjunto com outros fatores, a segurança dos vôos, o que torna necessária a adoção de medidas para corrigi-las". O comando da Aeronáutica informou que não recebeu o relatório e, portanto, não teria como fazer comentários. O Ministério da Defesa também disse que não se pronunciaria.

O TCU encontrou falhas e desconformidades de todos os tipos. Desde erros operacionais, como alvos falsos, múltiplos ou duplicados na tela dos radares, até falta de padronização no treinamento dos controladores. Outro aspecto abordado pelos auditores diz respeito à falta de peças de reposição e descumprimento do contrato de manutenção do sistema, sob a responsabilidade da Fundação de Aplicações Críticas Atech. "O contrato prevê que o prazo máximo para correção de defeitos é de cinco dias úteis. No entanto, há casos de defeitos que levaram mais de 30 dias para serem corrigidos", afirma o TCU. "Os fatos apurados caracterizam que houve descumprimento do contrato. Dessa forma, o Decea deve aplicar as sanções cabíveis."

O diretor de Defesa da Atech, Cláudio José Rodrigues Carvas, rebateu as observações feitas pelo TCU. Segundo ele, as equipes de manutenção espalhadas pelo País oferecem suporte 24 horas à FAB. Sobre as falhas identificadas pelos auditores, afirmou que o sistema "foi elaborado de acordo com requisitos técnicos e operacionais estabelecidos pela Aeronáutica". "É com base nisso que a FAB treina seus controladores. O sistema funciona bem e está em constante evolução." O relatório do TCU tem caráter apenas propositivo.

Fonte: Agência Estado

Spanair pode pagar 21 mi de euros em indenizações, diz jornal

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Se ficar comprovado que a companhia aérea Spanair foi responsável pelo acidente aéreo que aconteceu na quarta-feira (20) no aeroporto de Barajas, em Madri (Espanha), as famílias das 153 pessoas que morreram e das 19 que ficaram feridas terão direito a uma indenização de ao menos 127 mil euros cada uma, de acordo com o jornal "El Mundo".

Somadas, as quantias chegariam a 21,8 milhões de euros.

Conforme a publicação, uma norma do Parlamento Europeu sobre a responsabilidade das companhias aéreas em acidentes determina que, em casos de lesão ou morte - e de culpa da empresa -, não podem ser contestados pedidos de indenização de até 100 mil DGE - unidade de quantia que equivale a aproximadamente 1,26 euro, ainda de acordo com o "El Mundo". O valor mínimo a ser pedido, portanto, seria de 127 mil euros por família.

Ontem (21), em entrevista coletiva, executivos da Spanair negaram qualquer culpa imediata pelo acidente.

O avião acidentado chegou a levantar vôo por volta das 13h (horário local), mas retornou a Barajas porque a tripulação percebeu que havia um superaquecimento de uma válvula de ar que alimenta o sistema. O problema foi consertado, e o avião decolou novamente, às 14h45. Logo em seguida, a aeronave caiu ao lado da pista de Barajas e pegou fogo.

Para os executivos, o superaquecimento nada teve a ver com a queda do avião, e o conserto realizado estava de acordo com os manuais do equipamento.

Vídeo

De acordo com o jornal espanhol "El País", um vídeo feito pela Anea (empresa que administra aeroportos espanhóis) revelou que não houve incêndio no motor esquerdo do avião logo após a decolagem. O incêndio foi notificado por testemunhas, no dia da tragédia; e uma mulher que sobreviveu também teria afirmado a parentes que ouviu uma "forte explosão".

No vídeo, não há indícios de fogo nem de explosão. O relato do "El País" informa que, pelas imagens, o avião decola, retorna à pista - devido, provavelmente, a uma perda de potência - e, depois de voar mais alguns metros, cai para a direita.

Uma comissão formada por sete técnicos investiga o acidente. Segundo eles, as primeiras conclusões só deverão aparecer após algumas semanas "ou até meses".

Nesta sexta-feira, o vôo da Spanair das 13h Madri-Las Palmas, operado sob o código JK 5022, mudou e passa a ser o JK 5024.

Corpos

Desde o acidente, legistas conseguiram identificar 50 mortos. Os outros 103 deverão ser identificados por meio de exames de DNA. O funeral das vítimas do acidente será no dia 1º de setembro próximo, na Catedral da Almudena, oficiado pelo cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco.

Quanto às 19 pessoas feridas no acidente aéreo, o boletim divulgado na manhã desta sexta indica que existem três muito graves, uma grave, quatro estáveis dentro da gravidade, duas graves com evolução propícia, oito em observação com evolução propícia e uma com ferimentos leves.

Fonte: Folha Online

Nasa destrói foguete experimental que levava dois satélites

O lançamento

A explosão

A Nasa, a agência espacial americana, informou hoje que um foguete experimental que levava dois satélites de pesquisas teve que ser destruído por causa de um defeito quando foi lançado nesta sexta-feira (22) pela manhã.

O foguete suborbital da empresa Alliant Techsystems, que levava dois satélites descritos pela Nasa como "experimentos hipersônicos", tinha se desprendido da Instalação de Vôo Wallops na Virgínia, informou a agência espacial, que acrescentou que a destruição não causou ferimentos em ninguém, nem danos.

"Acredita-se que a maior parte dos restos do foguete tenha caído no oceano Atlântico", afirmou a agência. "Mas há alguns relatos, ainda não confirmados, de que foram vistos pedaços em terra", acrescentou.

Esses pedaços do foguete e dos satélites "podem ser tóxicos", advertiu a Nasa, que pediu às pessoas de que, caso os encontrem, não toquem neles e que avisem sobre sua localização ao Centro de Operações de Emergência em Wallops.

A Nasa expressou sua "decepção por esta falha", e explicou que a anomalia ocorreu cerca de 27 minutos depois do lançamento, mas que as causas não foram determinadas.

Fonte: EFE - Fotos: NASA

Aposentadoria de aviões vai economizar US$ 1,35 bi em manutenção

As companhias aéreas mundiais vão economizar US$ 1,35 bilhão por ano em manutenção de aeronaves por conta da retirada de operação de seus aviões mais antigos. Pouco eficientes no consumo de combustíveis, esses aviões se tornaram inviáveis economicamente num cenário de alto preço do petróleo, afirma a consultoria AeroStrategy. Embora boa notícia para as companhias, que buscam reduzir seus custos, essa aposentadoria de aeronaves tem impacto direto sobre a indústria de manutenção, reparo e atualização de aviões (MRO, na sigla em inglês).

Nos últimos meses, mais de 25 companhias anunciaram a aposentadoria de aeronaves, num total de 610 aparelhos - ou 3,2% da frota mundial em atividade. De acordo com a consultoria, 67% desses aviões são modelos mais antigos das famílias 737 da Boeing, MD-80 e DC-9 da McDonnell Douglas (hoje parte da Boeing). O levantamento da AeroStrategy mostra ainda que perto de 80% desses aviões operam em frotas baseadas na América do Norte.

A economia para as companhias aéreas, porém, significa a perda de cerca de 3% na receita total da indústria de MRO. Anualmente, segundo a AeroStrategy, as empresas desse ramo giram US$ 45 bilhões.

Segundo a consultoria, caso os preços do petróleo se mantenham em alta, um total de 1200 aeronaves pode ser retirado de serviço. Isso reduziria os gastos anuais com manutenção em US$ 2,8 bilhões, uma retração de 6% ante a média atual.

Pelas contas da AeroStrategy, o ritmo anual de crescimento na indústria de MRO cairá dos atuais 3,1% em média para 2,2% por ano nos próximos dois anos.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Para vender caças, Boeing aceita repassar tecnologia

Com discurso mais agressivo e se comprometendo a vencer as barreiras americanas que restringem a transferência de tecnologia, a Boeing Company apresentou à Força Aérea Brasileira (FAB), no último dia 30, a proposta de venda de 20 a 36 caças F/A-18E/F Super Hornet, para o programa FX-2 de substituição dos atuais supersônicos brasileiros destinados a missões de superioridade aérea.

EVOLUÇÃO

"Houve uma evolução nas negociações. O governo dos Estados Unidos está dando suporte e apoio necessário, enquanto estamos aqui apresentando a nossa proposta à FAB. Será uma venda governo a governo", afirmou à Agência Estado Bob Gower, vice-presidente dos programas F/A-18 e EA-18 da Boeing Integrated Defense Systems. "Vai haver, sim, a transferência de tecnologia e integração de armas e equipamentos pretendidas pelo Ministério da Defesa."

Gower frisou que a empresa oferece um amplo pacote de contrapartida tecnológica, com a promessa de repasse de evoluções que sejam aplicadas ao F-18 E/F nos EUA.

PROPOSTAS

Em junho, a FAB expediu solicitação de informações para recebimento de propostas de seis concorrentes para venda de até 36 caças para o Brasil, lote inicial de uma frota que pode chegar 120 aeronaves com as quais a Aeronáutica pretende substituir, até 2025, seus aviões de combate. Pela ordem, primeiro serão substituídos os Mirages 2000C/B, depois os F-5EM e, por último, os A-1 AMX.

Gower disse não temer a aproximação entre os governos brasileiro e francês - o presidente da França, Nicolas Sarkozy, visitará o País no fim do ano, quando serão assinados diversos acordos na área militar.

Fonte: Agência Estado

Estados Unidos abandonam as buscas por avião desaparecido no mar do Caribe

A Guarda Costeira dos Estados Unidos suspendeu nesta sexta-feira (22)as buscas do bimotor que desapareceu na segunda-feira dos radares do Aeroporto Las Américas, em Santo Domingo, na República Dominicana, momentos depois de decolar com destino a Porto Rico.

Pedro Jiménez, porta-voz do Instituto Dominicano de Aviación Civil (IDAC), informou que os trabalhos de resgate continuarão a cargo de unidades da Força Aérea Dominicana e da Marina de Guerra desse país.

"O avião Hércules e um helicóptero da Guarda Costeira dos EUA se retiraram hoja das buscas da aeronave", afirmou Jiménez.

Os esforços para encontrar o avião se concentram num raio seis milhas em águas do mar do Caribe, em frente a costa da capital dominicana.

A aeronave Cessna Citation 501, prefixo N223LC, com capacidade para seis passageiros estava ocupada unicamente pelo piloto, Antonio Fernández, de 67 anos, um norte americano residente em Dorado, povoado da costa norte de Porto Rico.

A aeronave desapareceu dos radares do terminal aéreo apenas dois ou três minutos após a decolagem, segundo asseguraram as autoridades de aviação dominicana.

Fonte: Soitu (Espanha)

VLS: cinco anos de uma tragédia

Monumento aos mortos do acidente do VLS, localizado nos jardins do Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), em São José dos Campos, SP. - Foto: Divulgação MAB

Na sexta-feira, dia 22 de agosto de 2003, as 13h26, 21 engenheiros e técnicos do CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), sediado em São José dos Campos, SP, morreram em uma explosão no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Estado do Maranhão, quando preparavam o lançamento de um protótipo do foguete de fabricação nacional, o VLS (Veículo Lançador de Satélites), previsto dentro das atividades do Programa Nacional de Atividades Espaciais.

O grupo de engenheiros e técnicos trabalhava nas instalações da plataforma de lançamento do foguete quando aconteceu a explosão e os seus corpos foram consumidos pelo calor e pelas chamas resultantes. Hoje passados cinco anos dessa tragédia, todos os atores ainda envolvidos são perdedores: os familiares das vítimas, o programa espacial brasileiro e a sociedade na sua concepção mais geral.

O VLS é um foguete considerado de pequeno porte, com 19,5 metros e peso aproximado de 50 toneladas. A sua principal missão é colocar em órbita, a uma distância média de 750 km da superfície terrestre, satélites de até 350 kg. O projeto original do VLS prevê o uso de combustível sólido nos seus propulsores.

Os atuais objetivos do programa espacial brasileiro foram delineados e consolidados a partir dos anos 80 do século passado e prevêem a autonomia nacional na produção de satélites e no seu lançamento ao espaço. A etapa de produção de satélites e o seu controle em solo já foi devidamente alcançada pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), localizado em São José dos Campos, nos anos 90.

Para que os objetivos iniciais do programa espacial brasileiro sejam plenamente atingidos falta ainda o lançamento com sucesso de um dos protótipos do VLS, levando ao espaço um satélite de fabricação nacional. As tentativas de lançamento de protótipos do VLS realizadas em 1977 e 1999 foram mal sucedidas. A explosão da plataforma, juntamente com um protótipo do VLS, em 2003, impediu a realização de outra tentativa de lançamento, que ocorreria três dias depois da tragédia.

O grupo de 21 engenheiros e técnicos trabalhavam nas instalações do CLA, preparando o protótipo do VLS para o lançamento, quando a ignição prematura de um dos motores do foguete, supostamente ocasionada por uma faísca elétrica, provocou a explosão e as mortes. Devido à explosão e ao calor das chamas pouca coisa restou dos 21 corpos; a estrutura da plataforma de lançamento e o protótipo do VLS transformaram-se em um amontoado de material retorcido.

Em ordem alfabética são os seguintes os nomes dos 21 engenheiros e técnicos perdidos na tragédia: Amintas Rocha Brito, Antonio Sérgio Cezarini, Carlos Alberto Pedrini, César Augusto Varejão, Daniel Faria Gonçalves, Eliseu Reinaldo Vieira, Gil César Marques, Gines Ananias Garcia, Jonas Barbosa Filho, José Aparecido Pinheiro, José Eduardo de Almeida, José Eduardo Pereira, José Pedro Peres da Silva, Luís Primon de Araújo, Mário César Levy, Massanobu Shimabukuro, Maurício Biella Valle, Roberto Tadashi Seguchi, Rodolfo Donizetti de Oliveira, Sidney Aparecido de Moraes, Walter Pereira Júnior. Um monumento aos mortos foi construído nos amplos jardins do Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), localizado no CTA, em São José dos Campos.

A investigação oficial do acidente concluiu que o incêndio da plataforma foi causado pela ignição antecipada de um dos propulsores do foguete, mas não indica exatamente o que provocou esta ignição. Textualmente, o relatório da investigação afirma que, "não foi identificada nenhuma falha ativa, ou seja, provocada por erro ou violação acidental ou intencional que tenham gerado resultados imediatos, dando início ao incêndio". Apontou também o relatório para problemas de ordem material tais como cabos elétricos sem blindagem na torre de lançamento e a falta de dispositivos mecânicos de segurança para controlar os mecanismos de acionamento dos motores do foguete.

Um relatório elaborado por uma comissão externa e independente, mostrou que havia no local da explosão no CLA um "ambiente de descuido" e também que o órgão responsável pelo lançamento do protótipo do VLS, tinha "uma cultura de segurança pouco sedimentada".

No final de 2003 o governo federal pagou uma indenização de R$ 100 mil para cada uma das 21 famílias das vítimas do acidente. Também indenizou o tratamento médico e psicológico dos familiares e despesas de educação dos filhos das vítimas. Insatisfeitos, os familiares procuraram a Justiça, reivindicando, em média, uma indenização de R$ 2 milhões. Algumas das ações propostas individualmente pelos familiares das vítimas já tiveram decisões favoráveis em primeira instância, mas que foram questionadas pela Advocacia Geral da União (AGU), com respeito ao valor pedido das indenizações. Segundo a AGU, "não há legislação específica que fixe parâmetros de indenização por danos materiais e morais aos servidores públicos estatutários, vitimados em acidente, como no presente caso".

Também os familiares dos mortos no acidente fundaram a Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente do VLS (ASFAVV). Essa associação defende a continuidade do projeto do VLS, busca na Justiça o direito de saber quem foram de fato os verdadeiros responsáveis pela tragédia ocorrida, e luta para "manter acessa a chama de humanidade", que os 21 engenheiros e técnicos falecidos deixaram a partir do seu trabalho interrompido no CLA.

A explosão acidental do VLS promoveu uma reformulação no projeto original do foguete. Após a tragédia falou-se em um novo lançamento do protótipo em 2006, previsão adiada depois para 2007 e outra vez não concretizada. Atualmente a data prevista para o próximo lançamento já foi deslocada para o ano 2012. A justificativa que tem sido apresentada para os diversos adiamentos prende-se a atrasos decorrentes da implantação de uma "nova cultura de segurança", que deixou os trabalhos mais lentos.

Segundo o editorial Atraso espacial, publicado no jornal Folha de S. Paulo, no último dia 20 de agosto, mesmo com tantos adiamentos, o "VLS, pedra angular do programa espacial brasileiro, prossegue firme no rastro de fracassos". E conclui o editorial: "o Brasil possui dimensões, recursos e massa crítica para justificar um programa espacial de verdade; (...) passa da hora de fazê-lo deslanchar".

Na ocasião quando observamos a passagem de cinco anos da grande tragédia que abateu o programa espacial brasileiro, os sentimentos a serem registrados são o pesar, o reconhecimento e a esperança. O pesar pelas vítimas que tiveram os seus sonhos e realizações frustradas; o reconhecimento pelo drama dos familiares das vítimas, ainda longe de terminar; a esperança de dias melhores para as famílias e pela continuidade do programa espacial, de óbvios benefícios para o Brasil. Nesse sentido, cabe aqui a lembrança de que "pequenos passos do homem podem resultar em grandes saltos para a humanidade".

FONTES DE CONSULTA:

Todos os dados e fatos mencionados no texto são amplamente conhecidos e divulgados, sendo já considerados de senso comum. Mais recentemente, estes dados e fatos foram divulgados em oportuna homenagem às vítimas da explosão do VLS, que foi publicada pelo jornal Valeparaibano, de São José dos Campos, com texto assinado pelo jornalista Alexandre Alves ("Vale lembra 5 anos da tragédia do VLS", 17/ago./2008); e em uma série de excelentes reportagens sobre o assunto, veiculadas pelo jornal "Folha de São Paulo" (de 17 a 20/ago./2008), na seção Ciência, assinadas por vários jornalistas (respectivamente: Fábio Amato, Rafael Garcia, Afra Balazina e Fábio Guibu). Uma documentação mais aprofundada sobre o ocorrido, com cópia de relatórios oficiais e análise de especialistas, pode ser encontrada, por exemplo, no sítio da Internet DEFESANET (http://www.defesanet.com.br/).

Agência Espacial Iraniana quer lançar astronauta em 10 anos

Chefe da agência espacial, Reza Taghipoor, diz que a data da missão será decidida no ano que vem

A TV estatal iraniana está noticiando que a agência espacial do país planeja mandar um astronauta ao espaço em 10 anos.

A reportagem cita o chefe da agência espacial, Reza Taghipoor, dizendo que a data da missão será decidida no ano que vem. Nenhum outro detalhe foi dado.

O anúncio desta quinta-feira, 21, é o segundo dos representantes da agência espacial em uma semana.

No domingo, 17, Taghipoor disse que o Irã lançou um foguete de teste capaz de colocar um satélite em órbita. Ele acrescentou que o foguete de dois estágios levou um equipamento que envia dados do vôo para o controle na Terra.

O país tem, há muito tempo, o objetivo de desenvolver seu programa espacial, gerando descontentamento entre líderes mundiais sobre seus programas nucleares e de mísseis balísticos.

Fonte: AP