quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Infraero contratará 300 funcionários para Guarulhos

A Infraero anunciou ontem a contratação imediata de cerca de 300 funcionários para lugares chaves, como a operação de aparelhos de raio X e a verificação de passaportes, no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos. As informações são da Globonews.

A Infraero terá de pedir autorização do Ministério Público para a contratação.

Na terça-feira, representantes das companhias aéreas se reuniram em São Paulo para pedir o apoio da Justiça na melhora da infra-estrutura do aeroporto de Guarulhos.

Fonte: Terra

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Avião da Varig arremete ao pousar em Congonhas

Um avião da Varig arremeteu ao pousar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, nesta terça-feira. Segundo a Globonews, o piloto decidiu arremeter devido ao vento forte. Após a manobra, o piloto conseguiu pousar com sucesso.

A assessoria de imprensa da Varig informou que não tinha informações sobre o vôo que havia feito a manobra. A Infraero em Congonhas alegou que não há nenhum problema com os pousos no aeroporto e que arremeter é um processo normal, principalmente em condições meteorológicas desfavoráveis.

Assista a reportagem da Globonews: CLIQUE AQUI

Fonte: Terra

Aéreas regionais Trip e Total querem fundir operações

A paulista Trip Linhas Aéreas e a mineira Total Linhas Aéreas protocolaram nesta terça-feira na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pedido de incorporação das operações regulares de passageiros da Total pela Trip.

Juntas as empresas atendem a 60 cidades do País com previsão de alcançarem 70 em 2008. As companhias operam 17 aeronaves de até 70 lugares e esperam alcançar frota de 39 aparelhos nos próximos três anos.

A Trip pertence aos grupos Águia Branca e Caprioli, com negócios no setor de transporte rodoviário. Em outubro, a Trip ficou com participação de mercado nacional de 0,58% e a Total com 0,60%, segundo dados da Anac.

Fonte: Reuters News

Fumaça faz avião que ia para o Peru pousar em Guayaquil

Um avião que ia para o Peru aterrissou hoje no aeroporto da cidade litorânea de Guayaquil após o piloto relatar fumaça em sua cabine, informou o ministro de Transporte e Obras Públicas do Equador, Héctor Villagrán.

Ele não quis dizer o nome da companhia internacional e disse à emissora "Ecuavisa" que o piloto de uma aeronave que sobrevoava o território equatoriano reportou ao aeroporto de Guayaquil (oeste) que detectou "fumaça na cabine".

Segundo o ministro, após o anúncio foram adotadas "todas as medidas de segurança".

"(O avião) Aterrissou sem novidade. Isto também destaca tanto o trabalho do aeroporto de Guayaquil como da Direção de Aviação Civil (DAC)", acrescentou.

Apesar de ainda não haver detalhes oficiais sobre o caso, a emissora de rádio CRE Satelital afirmou que o avião pertencia à American Airlines e que pousou por volta das 1h30 (4h30 de Brasília) no aeroporto José Joaquín de Olmedo, de Guayaquil.

Fonte: EFE

Embraer vende 20 jatos Phenom para indiana Invision Projects

A Embraer anunciou nesta terça-feira que fechou contrato para a venda de 20 aviões de sua nova família de jatos executivos Phenom para a indiana Invision Projects.

O valor do negócio, considerando os preços de tabela, é de US$ 69,4 milhões e o início das entregas está previsto para agosto de 2010.

A companhia indiana comprou 18 jatos Phenom 100, para quatro passageiros, e dois Phenom 300, que comportam até nove ocupantes.

Fonte: Invertia

Avião pousa em Munique após ameaça de bomba

Um avião grego fez um pouso de emergência em Munique, com cem pessoas a bordo, após receber uma ameaça de bomba, informou hoje a polícia alemã. O avião tinha partido de Paris e ia para Atenas. A ameaça foi feita por meio de uma ligação telefônica para um posto de controle aéreo em Reims, na França.

Quando a ameaça foi recebida, o avião - com 93 passageiros e sete membros da tripulação - já estava sobrevoando a cidade austríaca de Innsbruck e o piloto optou por aterrissar em Munique.

No aeroporto, foi mobilizado um grande esquema de segurança quando o avião aterrissou nesta segunda-feira à noite, e os passageiros foram levados para um terminal especial, onde foram interrogados.

Tanto o avião quanto as bagagens foram revistados em busca de explosivos com a ajuda de cães da Polícia, mas nenhuma bomba foi encontrada. Por volta da manhã de hoje, o avião retomou o vôo com rumo a Atenas.

Fonte: EFE

Companhia aérea do Iêmen encomenda dez A350

A Yemenia, cujo capital pertence em 51% ao governo iemenita e em 49% ao reino

A companhia aérea Yemenia fez um pedido de 10 aviões A350 à Airbus, por um valor de dois bilhões de dólares ao preço de catálogo do modelo, que é de US$ 199,3 milhões a unidade.

A Yemenia, cujo capital pertence em 51% ao governo iemenita e em 49% ao reino saudita, possui seis Airbus e três Boeing 737-800.

Fonte: AFP

Nova Varig retoma vôos entre Argentina e Brasil

A companhia aérea brasileira VRG, que opera a marca Varig, anunciou nesta segunda-feira a retomada dos vôos diários à Argentina a partir desta terça-feira. Até o fim do ano, chegarão a 98 os vôos semanais entre Buenos Aires e diversas cidades brasileiras. Por enquanto, a nova Varig cobrirá com 28 vôos por semana seu serviço entre a capital argentina e São Paulo e Rio de Janeiro.

A partir do próximo dia 3 de dezembro, a freqüência semanal será de 42 decolagens, acrescentou a companhia em comunicado.

Sete dias depois a VRG disponibilizará 28 vôos semanais para unir Buenos Aires a Brasília, Florianópolis, Porto Alegre e Recife. "Atualmente existe um intenso intercâmbio comercial entre Brasil e Argentina. Com o início de vôos a Buenos Aires atenderemos a uma grande demanda de clientes que necessitam realizar viagens de negócios entre esses países", disse o diretor comercial da VRG, Lincoln Amano.

A Varig voa internacionalmente a Bogotá, Caracas, Frankfurt, Londres, Paris e Roma. Em setembro último, o Governo da Argentina autorizou as operações no país da VRG, empresa criada após a quebra de Varig e controlada pela Gol.

Fonte: Invertia

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Airbus vende cem aviões à DAE Capital de Dubai por mais de US$ 11 bilhões

A fabricante de aeronaves européia Airbus anunciou hoje que assinou um contrato com a companhia de fretamento com opção de compra ("leasing") DAE Capital de Dubai para a venda de cem aviões, cujo valor a preço de catálogo chega a US$ 11,3 bilhões.

A Airbus anunciou ainda que fechou contratos com as empresas sauditas Air Arabia e Saudi Arabian Airlines, por um total de 56 aeronaves de um corredor A320 que, a preço de catálogo, superam os US$ 5,07 bilhões.

O acordo com a Saudi Arabian Airlines inclui 22 aviões A320 e permite à companhia saudita aumentar esse número em oito unidades. Esta é a primeira encomenda da empresa à construtora européia em quase 20 anos.

O contrato assinado com a Air Arabia estipula a venda de 34 unidades do mesmo tipo de aeronave de um só corredor, com opções para 15 aviões suplementares.

O protocolo de acordo assinado com a DAE Capital, filial da Dubai Aerospace Enterprise (DAE), compreende 70 aviões da mesma família do A320 (formada pelos A318, A319, A320 e A321) e 30 do novo modelo A350, indicou a Airbus em comunicado.

Os acordos foram assinados por ocasião do Dubai AirShow 2007, salão aeronáutico que começou no domingo nos Emirados Árabes Unidos.

O preço de catálogo das aeronaves da família A320 é, em média, de US$ 62,9 milhões cada, enquanto o do A350 é de US$ 230 milhões.

"Investimos na frota mais avançada disponível no mercado, que oferecerá a nossos clientes uma competitividade sem igual que permitirá responder às suas demandas", disse o presidente da DAE, o xeque Ahmed Bin Saeed al-Maktoum, explicando por que optou pelo A320 e pelo A350.

Segundo o presidente da fabricante européia, Tom Enders, a encomenda "representa um sinal de confiança nos aviões da Airbus".

No domingo, a empresa anunciou que fechou o maior contrato de sua história em termos de valor, de US$ 20,2 bilhões a preço de catálogo, com a venda de onze unidades do gigante A380 e 70 aviões A350 à companhia Emirates, que estava em dúvidas sobre se optava pela companhia européia ou pela americana Boeing.

Segundo o jornal francês "La Tribune", o número de encomendas da Airbus em 2007 pode chegar a 1.200.

Fonte: EFE

Príncipe saudita compra primeiro modelo "particular" do avião gigante A380

Walid bin Talal bin Abdul Aziz al-Saud é o primeiro comprador particular da aeronave. Compra foi assinada nesta segunda-feira em feira de aviação em Dubai.

O príncipe assina compra do A380, o lado do executives da Airbus Tom Enders (esquerda) e John Leahy. (Foto: AFP)

O bilionário príncipe saudita Walid bin Talal bin Abdul Aziz al-Saud assinou nesta segunda-feira (12), durante uma feira de aviação em Dubai, nos Emirados Árabes, o pedido para a compra de um Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo. O monarca foi o primeiro comprador particular da aeronave.

A compra já havia sido anunciada no início do ano pela Airbus. A identidade do comprador, no entanto, era desconhecida até esta segunda-feira. Na ocasião, o diretor comercial do fabricante europeu, John Leahy, havia informado apenas que o comprador não era "originário da Europa, nem dos Estados Unidos". O "palácio voador", de 73 metros de comprimento, terá o interior decorado por uma empresa norte-americana.

Fonte: G1

Feira aérea reúne 140 aviões de 50 países em Dubai

"Dubai AirShow", nos Emirados Árabes, é a maior feira aérea do Oriente Médio.

Brasileira Embraer vai apresentar o jato executivo "Legacy 600"

Visitantes do "Dubai AirShow 2007", feira com cerca de 140 aviões, de comerciais a militares (Karim Sahib / AFP)

Mais de 900 expositores de 50 países do planeta, como Boeing, Airbus e Embraer, participam a partir de hoje da "Dubai AirShow", a maior feira aérea do Oriente Médio, com a esperança de anunciar um número recorde de negócios.

A décima edição da "Dubai AirShow" foi inaugurada hoje no centro de exposições do aeroporto de Dubai, onde serão exibidos durante cinco dias cerca de 140 aviões comerciais e militares, segundo os organizadores.

A brasileira Embraer usará a feira para promover sua linha de jatos executivos e comerciais, além de apresentar o jato executivo "Legacy 600".

"O mercado do Oriente Médio tem se mostrado muito receptivo à nossa linha de jatos executivos", afirmou em comunicado Luís Carlos Affonso, vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Executiva.

A Emirates Airways anunciou há dois dias sua intenção de adquirir 100 aviões, mas informou que ainda estuda se comprará o "Boeing 787" ou o "Airbus 350".

"The Red Arrows", equipe da força aérea britânica, em exibição na "Dubai AirShow 2007" (Karim Sahib /AFP)

Fonte: G1

Embraer vende 7 jatos executivos para Al Jaber Aviation

A Embraer anunciou nesta segunda-feira que vendeu 7 jatos executivos para a companhia aérea Al Jaber Aviation, num valor total a preço de tabela de 265,57 milhões de dólares.

A companhia aérea comprou cinco Lineage 1000, com capacidade para e dois Legacy 600. O anúncio foi feito durante a feira de aviação Dubai Air Show.

A companhia brasileira informou que a empresa árabe tem ainda opções para aquisição de outros dois Lineage 1000 e mais um Legacy 600, o que pode elevar o valor do contrato para 376,88 milhões de dólares.

No fim de semana, a Embraer anunciou acordos de até 1 bilhão de dólares com as companhias aéreas Virgin Nigeria, Globalia e Falcon Aviation.

A Al Jaber Aviation receberá o primeiro Legacy 600 em fevereiro de 2009 e as entregas do Lineage 1000 estão programadas para começar em maio de 2010, informou a Embraer em comunicado. O Legacy 600 tem capacidade para até 13 passageiros e o Lineage 1000 comporta até 19 passageiros.

A Embraer divulgou na sexta-feira lucro de 306 milhões de reais no terceiro trimestre, contra 163,4 milhões de reais um ano antes. A empresa entregou no período 47 aviões ante 30 aeronaves no mesmo período de 2006.

Fonte: Reuters

Foguete chinês lança satélite de inspeção agrícola

Foguete parte levando o satélite chinês Yaogan III

Um foguete chinês Longa Marcha 4C foi lançado hoje levando ao espaço um satélite que vai avaliar os recursos agrícolas da China, além de tentar estimar o tamanho das safras.

O Yaogan III, que pesa 2,7 mil kg, partiu do Centro de Lançamento de Satélites Taiyuan, em Taiyuan, capital da província chinesa de Shanxi, no começo desta segunda-feira.

Fonte: Terra / Foto: AP

Embraer anuncia vendas de até US$ 1 bi em feira em Dubai

A Embraer anunciou no domingo durante a feira Dubai Air Show três acordos de vendas de aviões executivos e regionais para companhias aéreas que podem chegar a um valor total de cerca de US$ 1 bilhão.

A companhia, que na sexta-feira divulgou lucro de R$ 306 milhoões no terceiro trimestre, contra R$ 163,4 milhões registrados um ano antes, informou em comunicados que as vendas foram para as empresas Virgin Nigeria, Globalia e Falcon Aviation.

Com a Virgin Nigeria, a fabricante brasileira assinou acordo para a venda de 8 aviões Embraer 170 e dois modelo 190, incluindo opções para outros seis jatos 190 e direitos de compra para oito modelos 190 ou 195.

Segundo a companhia, o valor do pedido firme, segundo preços de tabela é de US$ 301 milhões, podendo atingir US$ 800 milhões, se todas opções e direitos de compra forem confirmados. A primeira entrega está programada para setembro de 2008.

Durante o evento em Dubai, a Embraer informou que o acordo com a Virgin Nigeria poderia chegar a US$ 811 milhões.

O acordo com a espanhola Globalia envolve a encomenda de 11 jatos executivos, sendo oito jatos Phenom 100, dois Phenom 300 e um Legacy 600. O valor total do negócio é de US$ 62,31 milhões. O Legacy tem entrega para abril do ano que vem e os jatos Phenom serão entregues a partir de outubro de 2008.

A fabricante brasileira ainda anunciou acordo para a venda de oito jatos executivos, sendo quatro aeronaves Phenom 300, três Legacy 600 e um Lineage 1000. O valor total da transação é de US$ 145,78 milhões, informou a companhia em comunicado. A Embraer entregou no terceiro trimestre 47 aviões ante 30 aeronaves no mesmo período do ano passado.

Fonte: Reuters News

Documento: árvores atrapalham Campo de Marte

Documento oficial da Aeronáutica indica que as árvores atrapalham a visão de parte da pista do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. O documento, chamado Rotaer, é um guia de consulta obrigatória para pilotos e co-pilotos segundo a Folha de S.Paulo. O Campo de Marte é o quinto aeroporto mais movimentado do País. Foi de lá que decolou o Learjet que caiu em uma região residencial em São Paulo, matando oito.

Pelo Rotaer, é proibido o pouso de aviões sem transponder no local. Há ainda a indicação de "interdição de 300 m da pista, nas proximidades da praça Campo de Bagatele por conta de obstáculos que atrapalham a movimentação de aeronaves.

Fonte: Terra

domingo, 11 de novembro de 2007

Airbus vende 11 unidades do gigante A380 à companhia Emirates

Airbus A380

Airbus A350

A fabricante de aeronaves européia Airbus fechou um contrato de grande valor com a companhia aérea Emirates, que encomendou 70 aviões do novo A350, além de 11 unidades do modelo gigante A380.

Segundo a Airbus, o preço de catálogo das aeronaves adquiridas dentro desta encomenda, anunciada hoje durante o Dubai AirShow 2007 que começou hoje na capital dos Emirados Árabes Unidos, é de US$ 20,2 bilhões.

O contrato inclui 50 unidades da versão 900 do Airbus A350 e 20 da versão 1000 (a de maior capacidade), e confirma uma opção por oito unidades do A380 que tinham sido objeto de um acordo inicial em junho, às quais se acrescentam outras três da versão gigante com capacidade para 555 passageiros.

A Emirates, que é o principal comprador do A380 (já solicitou 58 aviões), também assinou opções que poderiam elevar a encomenda até um total de 131 aeronaves.

O acordo foi assinado no Dubai AirShow 2007 pelo presidente da companhia, Ahmed Bin Saeed al-Maktoum, e o presidente da Airbus, Tom Enders.

Maktoum disse que "o A350 e o A380 terão um papel importante nos planos de crescimento da Emirates e de Dubai".

Sobre o novo avião da Airbus, ele ressaltou que a escolha "faz sentido" para uma companhia aérea como a Emirates, voltada às tecnologias do século XXI, e afirmou que a aeronave "oferece as últimas conquistas em termos operacionais e ambientais", assim como o melhor conforto para os passageiros.

Em relação ao A380, o presidente da Emirates disse que a encomenda destas aeronaves cresceu para atingir os novos planos de expansão de Dubai, entre eles atrair 15 milhões de visitantes aos Emirados Árabes Unidos até 2012.

Enders comemorou a assinatura do contrato, pois a "Emirates está depositando uma grande confiança nos programas do A350 e do A380, do que nossa companhia e nós estamos profundamente orgulhosos".

O responsável da fabricante aeronáutica européia afirmou que seus aviões oferecem conforto aos passageiros e um consumo reduzido de combustível, o que "não é apenas bom para o sentido dos negócios, mas também para o meio ambiente".

Enders lembrou que o A350, avião de capacidade média e grande autonomia que deve estar pronto para começar a operar em 2013, possui um desenho inovador com uma fuselagem maior e mais alta, para oferecer mais espaço e conforto aos passageiros.

A Emirates havia indicado há meses que pretendia encomendar cerca de cem aviões para cobrir rotas de longa distância, e que estava em dúvidas entre o A350 da Airbus e o 787 da Boeing.

Os dirigentes da companhia haviam dito que se limitariam a uma das duas aeronaves, que não dividiriam a encomenda entre os dois grandes construtores aeronáuticos mundiais.

Fonte: Invertia

Valor de mercado e afetivo seguram vizinhos de aeroportos

Imóveis perto de Congonhas, Campo de Marte e Cumbica têm valorização em 5 anos.
Apesar da insegurança, vizinhos dos aeroportos resistem em deixar suas casas.

O barulho das turbinas das aeronaves e o clima de insegurança que se instaurou com a crise na aviação brasileira não impediram a valorização de imóveis que cercam os aeroportos de Congonhas (Zona Sul), Campo de Marte (Zona Norte) e Cumbica, na Grande São Paulo. Os últimos acidentes aéreos em São Paulo provocaram medo nos vizinhos dos aeroportos, mas não foram suficientes para convencê-los a pensar em mudança.




Moradores aprenderam a lidar com inconvenientes e hoje declaram que não arredam pé do lugar. “É consenso da família não mudar por causa de Campo de Marte. O desfile das escolas de samba no Anhembi incomoda mais do que o ruído dos aviões”, diz Alessandra Ferreira, vizinha há 15 anos desse aeroporto.

Nem mesmo o acidente no domingo passado (4) com um jato executivo que matou oito pessoas na Casa Verde (Zona Norte) fez com que ela titubeasse. Da sacada do apartamento, Alessandra viu a explosão do Learjet sobre as casas. “Pelo barulho, achei que fosse um avião fazendo acrobacias. Minha mãe viu o avião vindo na direção do meu prédio. Eu brinco que eu vou morrer de avião: ou um avião cai em cima de mim ou eu vou estar dentro dele, porque viajo muito”, diz a administradora de empresas.

A boa infra-estrutura e localização dos bairros que, ao longo das décadas passadas, “abraçaram” os aeroportos explicam a preferência, também captada pelo mercado imobiliário. Na região de Campo de Marte, o metro quadrado de novos apartamentos em Santana (Zona Norte) valorizou-se, em média, 27% nos últimos cinco anos, segundo levantamento da consultoria Amaral D’Ávila Engenharia de Avaliações.

No período, o bairro recebeu 43 novos prédios, de médio e alto padrão. Atualmente o metro quadrado custa, em média, R$ 3.085,25. Os valores, calculados com base em lançamentos imobiliários, passam a ser referência para os preços no bairro e variam conforme o número de quartos, localização e padrão dos condomínios.

Apesar das restrições de construção por causa da proximidade de Campo de Marte, o bairro de Casa Verde, na Zona Norte, também verificou aumento no preço dos novos imóveis – a alta foi de 30%, para R$ 2.357,46 o metro quadrado. “Os ruídos da vida moderna superam os inconvenientes da subida e descida de aviões. Não são os aeroportos que inibirão o interesse”, diz João Freire D’Ávila Neto, diretor técnico da consultoria.

Pânico

Os moradores atestam a avaliação dos especialistas. “Na época do acidente da TAM (em julho deste ano), bateu um pânico. Foi a primeira vez que pensei em sair de Moema. Depois fui esquecendo. O bairro é uma delícia. Tenho tudo à minha volta. Não sei se conseguiria morar em outro bairro”, diz a dona de casa Rosiris Araújo Jardim, de 51 anos, que da janela de seu apartamento em Moema (Zona Sul), viu o Airbus A320 ser consumido pelo fogo após se chocar em um prédio.

São essas facilidades do bairro que influenciam o preço de seus imóveis. Nos últimos cinco anos, o valor do metro quadrado dos novos empreendimentos cresceu 17%, para R$ 5.187,69. “Moema sempre está sempre os dez locais mais procurados de São Paulo para construção”, diz o consultor. A expansão do bairro, a partir dos anos 70, teve reflexos no vizinho Campo Belo, na Zona Sul, onde a valorização alcançou 26% (R$ 4.119,19 o metro quadrado).

Filme legendado

Entretanto, o acidente deixou “seqüelas” na dona de casa que vê as aeronaves passando a poucos metros do apartamento. “Vejo muitos aviões arremetendo. Causa desconforto. Às vezes fico parada, esperando que o avião faça a rota direitinho.”

Em mais de meio século morando no bairro, a presidente da Associação dos Moradores e Amigos de Moema, Lygia Horta, de 77 anos, aprendeu a distinguir os sons das turbinas das aeronaves e reage a qualquer “anormalidade”. “Se faz um barulho esquisito, corro para o jardim e para o quintal”, diz, bem humorada.

Moradores da área de aproximação de Congonhas também lidam com o excesso de decibéis. Dona Lygia trava desde os anos 80 uma verdadeira queda de braço com as autoridades aeronáuticas para que os vôos permaneçam proibidos das 23h às 6h. Para quem deseja se mudar para Moema, ela aconselha vidros duplo anti-ruído nas janelas.

No entorno do aeroporto de Guarulhos, o barulho também incomoda. “Os aviões passam arrancando as telhas. A gente só assiste a filme legendado. Eles também interferem na qualidade da imagem”, diz Edson Matos, de 53 anos, morador do bairro Bom Clima, a cerca de 3 km das pistas de Guarulhos.

O corretor de imóveis admite que já pensou em deixar o sobrado onde vive, na rota das aeronaves, mas a proximidade do trabalho e os serviços oferecidos na região pesaram mais na hora da decisão.

Cumbica, inaugurado em 1985, foi um dos propulsores do desenvolvimento de Guarulhos que não pára de crescer e se valorizar, dizem os especialistas. Em média, o metro quadrado dos novos imóveis desse município tiveram alta de 43% nos últimos cinco anos. O metro quadrado custa hoje, em média, R$ 2.222,13. Barulho? “Nem toda noite acordo com o ruído dos aviões. Você aprende a conviver com isso”, argumenta ele.

Fonte: G1

Embraer assina acordo de US$ 811 mi com Virgin Nigeria

A Embraer acertou a venda de dez aeronaves para a Virgin Nigeria em um acordo que pode chegar a 811 milhões de dólares, afirmou a fabricante de aviões neste domingo.

A Virgin Nigeria concordou em comprar sete aviões Embraer 170 e três 190, anunciou em comunicado no Dubai Airshow.

O acordo dá à companhia aérea a opção de comprar mais seis 190 e o direito de adquirir oito aviões 190 e 195, segundo a empresa.

O acordo deve chegar a 811 milhões de dólares se todas as opções forem exercidas, afirmou a Embraer.

Fonte: John Irish (Reuters)

Embraer fecha acordo com Globalia e Falcon

A Embraer anunciou no domingo que assinou acordos para venda de 19 jatos como a Globalia, da Espanha, e a Falcon Aviation.

O acordo inclui os modelos Lineage 1000, Legacy e Phenom, afirmou um porta-voz.

O anúncio do acordo foi feito no primeiro dia do Dubai Air Show, que vai até quinta-feira.

Fonte: Jason Neely (Reuters)

Governo quer fim do duopólio TAM e Gol

O governo prepara medidas para acabar com o duopólio da TAM e da Gol, detentoras de 86% do mercado doméstico de aviação comercial. Capitaneada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a missão envolve a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae). Entusiasta do fortalecimento das empresas aéreas regionais, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, também aderiu à iniciativa.

A idéia do governo é aumentar a concorrência no setor a fim de reduzir o preço das passagens e aumentar o número de aeroportos atendidos pelas companhias aéreas. O acordo firmado na sexta-feira com a intervenção da Anac para que a OceanAir assumisse parte da operação da BRA é um exemplo do esforço para evitar que mais fatias do mercado caiam nas mãos das duas grandes empresas.

"O duopólio de TAM e Gol é altamente prejudicial, pois há a quebra do princípio da concorrência", criticou o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claudio Candiota.

Detentora da fama de dura no trato com o setor privado, reputação surgida quando foi secretária de Previdência Complementar no governo Fernando Henrique Cardoso, a economista Solange Vieira foi escolhida por Jobim para executar a operação. Atualmente, Solange ocupa a Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa. A intenção do ministro é indicá-la para a presidência da agência reguladora, cargo vago desde a renúncia de Milton Zuanazzi. Marcelo Guaranys, outro diretor da nova Anac, também é peça-chave no plano. Ex-funcionário da Seae, Guaranys possui especialização em direito econômico. Mantém contato com representantes das pequenas empresas aéreas.

"Por enquanto, as conversas com o governo ainda não avançaram. Estamos esperando que os novos diretores da Anac assumam", disse o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreos Regionais (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis. "A perpetuação da participação no mercado das companhias grandes é nítida. Se o governo não editar regras que protejam as empresas menores, a situação vai se acentuar. O governo precisa subsidiar por período determinado a criação de linhas regionais até o tráfego ser gerado".

Segundo pesquisa feita pela Anac em junho, a TAM detém 48% do mercado. Segunda maior companhia, a Gol tem 38,3%. Varig e BRA respondem, respectivamente, por 5,1% e 3,1% do transporte aéreo doméstico. Os outros 5,5% são divididos por OceanAir e demais empresas regionais. O efeito disso é a redução do número de aeroportos atendidos pelas empresas de transporte aéreo regular.

O estudo Liberalização econômica e universalização do acesso no transporte aéreo: É possível conciliar livre mercado com metas sociais e ainda evitar gargalos de infra-estrutura, de autoria de Alessandro Vinícius Marques de Oliveira, coordenador do Núcleo de Estudos de Competição e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), demonstra que a malha aérea brasileira chegou a ser integrada por mais de 300 cidades na década de 1960. Atualmente, os 15 principais aeroportos do país concentram cerca de 70% dos vôos.

"As empresas regionais fazem ligações diretas sem passar pelos hubs (centros de distribuição de vôos), com maiores freqüências", disse o presidente da Abetar.

Fonte: JB Online