sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Gol fecha indenizações com 32 das 154 famílias

Na véspera de completar um ano do acidente com o vôo 1907, em Mato Grosso, a Gol Transportes Aéreos informou hoje, por meio de nota, que fechou 32 acordos de indenização com famílias de vítimas até agora. No acidente, 154 pessoas morreram. Em carta enviada às famílias das vítimas ontem, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, afirmou que permanece empenhado em "minorar a dor dos parentes".

A empresa, no entanto, alegou que não vai divulgar os valores já negociados, para preservar a privacidade e a segurança dos familiares. No total, 82 pessoas foram beneficiadas.

A companhia informou que, desde o dia do acidente, não deixou de prestar apoio aos familiares das vítimas. Segundo a Gol, 210 pessoas foram atendidas pelo plano de saúde oferecido pela empresa, que tinha duração de um ano. Apesar a assistência psicológica será mantida por mais um ano, de acordo com a companhia.

Na carta enviada às famílias, o presidente da Gol convocou ainda os parentes a participarem de uma cerimônia em homenagem aos mortos, que acontecerá amanhã, às 15h30, no Jardim Botânico de Brasília. A empresa informou que os familiares que quiserem participar da celebração contarão com os meios necessários para deslocar-se até a capital federal.

Fonte: Terra

Missa lembra um ano de acidente com Boeing da Gol

Pelo menos 80 pessoas participaram no começo da noite de ontem da missa em homenagem aos mortos do acidente do vôo 1907 da Gol, que completa um ano no sábado. A cerimônia aconteceu na Igreja do Rosário, bairro do Castelo, em Campinas (SP).

O encontro reuniu familiares e amigos das 5 vitimas residentes na região de Campinas. Os parentes devem embarcar a Brasília na sexta, onde outras homenagens vão lembrar o primeiro ano da tragédia aérea com o Boeing que caiu na floresta fechada de Mato Grosso, matando 154 pessoas.

A Força Aérea Brasileira (FAB) já disponibilizou um avião cargueiro que realizará um sobrevôo com parentes na área do acidente para uma chuva de pétalas de rosas.

"Faremos um missa na Serra do Cachimbo. Na Fazenda Jarinã foi até erguida uma capela. Estamos todos emocionados com tudo isso", disse Angelita De Marchi, presidente da Associação de Familiares e Amigos do Vôo 1907 da Gol. Ela é viúva de Plinio Siqueira Junior.

Também participaram da missa parentes e conhecidos de José Antonio Barato, Gustavo Cabrerizo, Marilena Bovi e Michel Rondini.

Fonte: Terra

Air New Zealand anuncia primeiro vôo de teste com biocombustível

A Air New Zealand anunciou hoje que o primeiro vôo comercial de teste com um Boeing 747 movido a biocombustíveis será no fim de 2008 ou início de 2009.

Em comunicado, a companhia aérea neozelandesa informou que assinará um memorando de entendimento com a Boeing e a Rolls Royce, que fabricará os quatro motores do avião. Um deles será alimentado por uma mistura de biocombustível e querosene. Os outros três funcionarão com o combustível normal.

Rob Fyfe, executivo-chefe da Air New Zealand, disse que a empresa pretende formar uma das frotas de aviões mais novas do mundo, "mais tecnologicamente avançada, com maior eficiência no uso dos combustíveis e mais respeitosa para o meio ambiente".

A companhia quer continuar pesquisando combustíveis alternativos, acrescentou. A Air New Zealand foi fundada em 1940 e tem uma participação estatal de 76%.

Fonte: Terra

Avião teria provocado queda de prédio no Rio

Um prédio de três andares desabou, na noite desta quinta-feira, na rua Navarro da Costa, entre as ruas Xavier Curado e Frei Sampaio, em Marechal Hermes, no subúrbio do Rio. Moradores da região disseram que uma aeronave de pequeno porte teria passado bem próxima ao imóvel, que teria desabado com a força do deslocamento de ar. Os Bombeiros informaram que duas pessoas morreram e sete ficaram feridas.

As primeiras informações do Corpo de Bombeiros davam conta de que moradores do bairro teriam ligado informando que um avião da Força Aérea Brasileira teria atingido o prédio. No imóvel funcionavam uma igreja e uma creche, onde estariam pelo menos 20 pessoas.

O local do desabamento fica a 300 m da base aérea do Campo dos Afonsos. Uma retroescavadeira da prefeitura e cerca de 30 homens do Exército colaboram na retirada dos escombros do prédio. A rua Navarro da Costa foi interditada e teve o fornecimento de energia cortado.

A FAB informou que nenhum acidente envolvendo uma aeronave militar ou civil foi registrado nesta quinta-feira. A Aeronáutica informou ainda que não acredita na hipótese de que um deslocamento de ar teria provocado o acidente, mas que o caso será apurado.

Bombeiros de Realengo, Guadalupe, Campinho, Méier e Quartel Central estão no local, assim como várias ambulâncias.

Fontes: Terra/O Dia

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jovem sobrevive a -60° C em trem de pouso de avião

Um adolescente russo voou durante duas horas no trem de pouso de um avião entre a cidade de Perm, nos Urais, e Moscou. Andrei Shcherbakov, 15 anos, teve problemas de circulação nas mãos em função da temperatura de até -60°C que enfrentou, mas já está melhor.

Segundo os médicos que estão cuidando dele, embora deva permanecer hospitalizado, o jovem não terá que se submeter a uma amputação. "Não pensamos em amputar. A circulação de sangue em suas mãos melhorou", disse Liudmila Nefedova, subdiretora do hospital infantil de Perm.

A médica acrescentou que o adolescente, que viajou 1,3 mil km no trem de pouso de um Boeing-737, permanecerá no hospital por no mínimo mais três semanas.

Funcionários do aeroporto descobriram o adolescente apenas quando o rapaz desceu da asa do avião e foi para a pista de aterrissagem, cambaleando pelo caminho.

Uma discussão com a família teria motivado o jovem a sair de casa e ir para uma vila próxima, onde morava a avó. Chegando lá, o adolescente teria decidido seguir viagem, pegando uma carona que o deixou no aeroporto. As autoridades não sabem como ele teria subido até o trem de pouso do avião sem ser visto.

Fonte: Agência RIA Novosti

TAM e Infraero serão inspecionadas, diz FAB

A Aeronáutica determinou que seja realizada uma vistoria especial de segurança de vôo na TAM e nas instalações da Infraero em Congonhas (zona sul de São Paulo) para avaliar quais as condições que podem ter contribuído para o acidente do vôo 3054 em julho, que deixou 199 mortos.

A recomendação está entre 18 medidas propostas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e aprovadas pela FAB na semana passada, após dois meses de investigação.

Além das vistorias, a investigação focou nas condições de uso das duas pistas do aeroporto de Congonhas, um indicativo de que condições de risco foram detectadas.

As recomendações são datadas de 17 de setembro e não trazem justificativas ligadas à investigação, que é sigilosa.

No entanto, o Cenipa tem obrigação de propor medidas preliminares, mesmo antes de suas conclusões finais, sempre que uma situação de risco é detectada.

A "vistoria de segurança de vôo especial", segundo a legislação aeronáutica, é específica para casos de acidentes e visa reavaliar as condições existentes ou verificar se há novas condições de insegurança.

Ela também pode ser realizada se houver indícios de falhas na segurança de vôo, alterações em procedimentos e treinamento ou sinais de "circunstâncias comportamentais adversas nos tripulantes".

A Folha procurou a TAM sobre a questão na noite de ontem, mas não houve posicionamento oficial devido ao horário. Porém, a empresa afirma que as vistorias são normais depois de um acidente.

Condições da pista

No caso da vistoria na Infraero, uma das hipóteses é a investigação sobre o procedimento usado para verificar as condições da pista pouco antes do acidente, a pedido da torre de controle, que registrou queixas de asfalto escorregadio de outros pilotos naquele dia. Na ocasião, o técnico não desceu do carro para fazer a checagem.

À TAM também foi recomendado "enfatizar" aos tripulantes o uso correto dos manetes em caso de reversor inoperante -a caixa-preta do acidente registra que a alavanca direita foi "esquecida" em ponto de aceleração, o que impediu a frenagem correta do A-320 em Congonhas.

Fonte: Folha Online

Confira os principais fatos após a queda do Boeing da Gol

Veja o que aconteceu depois do acidente que causou a morte de 154 pessoas.Queda do avião, em Mato Grosso, desencadeou série de problemas no setor aéreo.

29/09/2006 – O jato Legacy choca-se no ar com o Boeing da Gol, no dia 29 de setembro de 2006. A aeronave partiu de Manaus às 15h35 e tinha Brasília como destino, onde deveria chegar às 18h12. Equipes de busca passaram a noite à procura de sinais do acidente. A Gol divulga nota informando que 155 pessoas estavam no Boeing, entre tripulação e passageiros.
30/09/2006 – Equipe de buscas localiza os primeiros corpos na mata. Parte da caixa-preta do Boeing é encontrada danificada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulga nota de pêsames às famílias e decreta luto de três dias.
01/10/2006 – Parentes das vítimas fazem protesto em Brasília. Eles reclamam da falta de informações sobre o caso. O delegado Luciano Inácio da Silva, responsável pelo inquérito da Polícia Civil de Mato Grosso, quer confrontar depoimentos dos pilotos do Legacy, Jan Paul Paladino e Joe Lepore, com o dos controladores de vôo.
03/10/2006 – Ministério Público pede a retenção dos passaportes dos pilotos do Legacy.

05/10/2006 – Polícia Federal cumpre pedido do MP para reter os passaporte dos pilotos do Legacy, que negam ter desligado transponder (equipamento que sinaliza a aproximação de outras aeronaves). Realizada missa em homenagem às vítimas do acidente na Igreja Dom Bosco, em Brasília. Gol confirma que o número de vítimas é 154 vítimas e não 155, como havia informado em nota anterior.
07/10/2006 – Identificado o corpo de Décio Chaves Júnior, piloto do Boeing.
08/10/2006 – Enterrado piloto do Boeing no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Mais de 300 pessoas acompanharam a cerimônia. Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que as caixas-pretas do Boeing 737-800 da Gol apresentam danos, o que deve atrapalhar o processo de investigação sobre as causas do acidente.
09/10/2006 – Parentes das vítimas anunciam que vão criar associação para acompanhar e cobrar resultados das investigações sobre o acidente.
10/10/2006 – Aeronáutica informa que 113 corpos de vítimas já foram identificados.
11/10/2006 – Em novo balanço, Aeronáutica divulga que 134 corpos de vítimas já estão identificados.
13/10/2006 – Depois de duas semanas de busca, restam quatro corpos para identificação.
14/10/2006 – Cães farejadores são acionados para ajudar na busca dos corpos das vítimas que ainda estão no local do acidente.
18/10/2006 – Aeronáutica desmente desmobilização da busca dos corpos não encontrados.
19/10/2006 – Identificada penúltima vítima. Aeronáutica divulga que peritos em caça-minas vão ao local da queda para procurar cilindro de voz da caixa-preta.
23/10/2006 – Gol faz primeira reunião com parentes das vítimas para fazer cadastro das famílias.
24/10/2006 – Cilindro de voz da caixa-preta do Boeing é encontrado.
26/10/2006 – Famílias cobram acesso às informações da caixa-preta.

27/10/2006 - Controladores de vôo fazem operação-padrão em protesto contra as condições de trabalho e provocam atrasos nos aeroportos de Porto Alegre; Galeão (RJ); Congonhas e Guarulhos (SP), Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Londrina (PR).
06/11/2006 – Família de vítima do acidente aciona Justiça norte-americana contra empresas Boeing (fabricante do avião da Gol); Honeywell (fabricante do transponder); e ExcelAire (proprietária do jato Legacy).
12/11/2006 - Cinco operadores da torre de Brasília faltam ao trabalho e provocam atrasos em todo o país.

14/11/2006 – Advogados dos pilotos do Legacy entram com habeas corpus. Instituto de Medicina Legal divulga que a maioria dos passageiros do vôo 1907 da Gol morreu no choque do avião com o solo.
16/11/2006 – Aeronáutica divulga relatório preliminar sobre o acidente. O documento relata informações básicas sobre os vôos e as comunicações por rádio. Sem apresentar conclusões, informa que os dados das caixas-pretas das duas aeronaves serão analisados.
17/11/2006 – Equipes da Força Aérea Brasileira encerram o trabalho de localização da última vítima do acidente no Mato Grosso.
22/11/2006 – Indentificado o corpo de Marcelo Paixão, última vítima do acidente que ainda estava desaparecida. A confirmação da identidade foi feita pelo Instituto de Medicina Legal por meio de exame de DNA.
23/11/2006 – Controladores de vôo prestam depoimento à Polícia Federal de Mato Grosso.
26/11/2006 – Parentes das vítimas oficializam a associação das famílias em cartório de Brasília.
29/11/2006 – Advogados de outras famílias de vítimas entram com nova ação nos Estados Unidos.
06/12/2006 – Polícia Federal entrega passaporte dos pilotos do Legacy.
08/12/2007 - Os pilotos Jan Paul Paladino e Joe Lepore retornam aos Estados Unidos depois de serem indiciados pela Polícia Federal.
13/12/2006 – Encerrado prazo para conclusão de inquérito da Polícia Federal. Delegado pede prorrogação por 60 dias.
14/12/2006 – Relatório da Polícia Federal conclui que as torres de controle de tráfego aéreo de São José dos Campos e de Brasília tiveram responsabilidade parcial sobre o acidente.

21/12/2006 - Novos atrasos nos aeroportos. Revoltados, passageiros provocam tumulto e quebra-quebra.

22/12/2007 - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) investiga a TAM por prática de overbooking (venda de passagens em número superior ao de vagas em vôos). Conforme a Anac, fica constatado que ''o foco dos transtornos estava centrado no sistema de reservas e operações da companhia''.

27/12/2006 - Passageiros invadem a pista do aeroporto de Cumbica para protestar.
04/01/2007 - TAM é condenada a indenizar um passageiro em R$ 1,1 mil por danos morais por causa da prática de overbooking. Decisão é tomada pelo Quinto Juizado Especial Cível de Brasília, que se baseou no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal para chegar à sentença.

12/01/2007 – Objetos das vítimas começam a ser devolvidos às famílias pelo Ministério Público de Brasília.

16/02/2007 - Atrasos atingem mais de 300 dos vôos no carnaval.
07/03/2007 - O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anuncia a criação da CPI do Apagão Aéreo. O pedido de CPI é assinado por 211 deputados, 40 a mais do que o mínimo necessário.
08/03/2007 - Liderada pelo PT, a base do governo consegue suspender temporariamente a CPI da Crise Aérea. A oposição recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para poder instalar a comissão.
21/03/2007 - Depois de duas semanas de disputa política, a base do governo vence a oposição e aprova no plenário da Câmara dos Deputados o recurso do PT que arquiva a instalação da CPI da Crise Aérea. São 308 votos a favor do recurso, 141 contrários e duas abstenções.
29/03/2007 - Ministério Público Federal encerra entrega dos pertences de vítimas do acidente.

30/03/2007 - Controladores de vôo de Manaus iniciam 'operação-padrão' e no Cindacta-1, em Brasília, tem início uma paralisação. Atrasos atingem 49 aeroportos no país.

31/03/2007 - Controladores de vôo cruzam os braços. Os 49 aeroportos comerciais fecham para decolagens. Segundo a Infraero, apenas pousos são autorizados.

25/04/2007 – Polícia Federal pede prorrogação de inquérito sobre o acidente com o Boeing da Gol. O requerimento de criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado é lido em plenário. No mesmo dia, em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, por 11 votos a zero, a instalação da CPI da Crise Aérea na Câmara dos Deputados.

03/05/2007 – Falha de equipamento em cabine provoca acidente com o Boeing da Gol, diz Comitê Nacional de Segurança de Transportes (NTSB, em inglês). A CPI da Crise Aérea é instalada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
09/05/2007 – Força Aérea faz reconstituição do acidente da Gol. A Polícia Federal de Mato Grosso conclui o inquérito mantendo os indiciamentos dos pilotos do jato Legacy e sugere que as instâncias competentes investiguem e punam os controladores de vôo.
17/05/2007 – Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso recebe o relatório final da Polícia Federal. No mesmo dia, o Senado Federal instala a CPI do Apagão Aéreo.
19/05/2007 – Imagens dos radares do Cindacta-1, em Brasília, e também de Manaus (AM), no dia do acidente, mostram a colisão entre o jato Legacy com o avião da Gol. Segundo a Aeronáutica, não houve falha de visualização.
28/05/2007 - Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907 entrega abaixo-assinado ao ministro da Justiça, Tarso Genro, com pedido de empenho das autoridades na investigação e no julgamento do caso.
29/05/2007 – Discovery Channel lança o documentário "A tragédia do vôo 1907", que mostra os bastidores do acidente e a seqüência de fatos que causaram a queda do Boeing da Gol. Familiares ficaram emocionados e alguns tentaram barrar a exibição do filme. No mesmo dia, o memorial em homenagem às vítimas é inaugurado em Brasília.
30/05/2007 – Gol faz acordo com 23 famílias de vítimas do acidente.
01/06/2007 – O juiz federal Murilo Mendes, da Vara Única de Sinop (MT), acata a denúncia do Ministério Público Federal referente à tragédia do vôo 1907. O MPF denunciou os pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paul Paladino e quatro controladores de vôo do Cindacta-1 em Brasília por colocar a segurança aérea em risco.
25/06/2007 - O advogado criminalista Cláudio Pimentel, de São Paulo, que representa Rosane Gutjahr, viúva de Rolf Gutjahr, vítima do acidente com o Boeing da Gol, protocolou junto ao juiz federal de Sinop (MT), Murilo Mendes, o pedido para atuar como assistente de acusação no julgamento do caso. O pedido foi aceito.

02/07/2007 - O presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), o sargento Carlos Henrique Trifilio Moreira da Silva, é preso após ter dado entrevista à rádio "CBN".

06/07/2007 - O presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Wellington Rodrigues, também é preso. Em um e-mail enviado aos controladores de vôo na noite anterior, ele pede para que os colegas mantenham a "operacionalidade" durante a prisão administrativa de dez dias.

17/07/2007 - Um avião da TAM se choca contra prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e pega fogo. O acidente provoca a morte de 199 mortes e é o maior da aviação no país.

21/07/2007 - A pane do sistema de radares do Centro de Controle de Tráfego Aéreo de Manaus (AM), o Cindacta-4, causa atrasos nos vôos nos aeroportos do país.

24/07/2007 – Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907 teme que a queda do Airbus da Tam, ocorrido em julho deste ano, em São Paulo, provoque o esvaziamento da apuração do acidente com o Boeing da Gol, que caiu em Mato Grosso, em setembro de 2006.

25/07/2007 – O Palácio do Planalto confirma que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim vai assumir o Ministério da Defesa no lugar de Waldir Pires.

13/08/2007 - A Justiça Militar de Manaus determina a prisão preventiva de sete controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Manaus (Cindacta-4). A prisão é por tempo indeterminado.

14/08/2007 - O juiz federal Murilo Mendes envia um ofício à Câmara de Vereadores de Sinop (MT) para requisitar o plenário para interrogar os pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, no caso do acidente com o Boeing da Gol. As audiências estão previstas para acontecer no fim de agosto.

23/08/2007 - O juiz federal Murilo Mendes nega o pedido para que os pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino sejam ouvidos pela Justiça brasileira nos Estados Unidos.
27/08/2007 – Em Sinop (MT), acontece a primeira audiência da Justiça brasileira no processo sobre o acidente da Gol. O juiz federal Murilo Mendes intima os pilotos americanos Joe Lepore e Jan Paladino, que estavam no jato Legacy, a prestar depoimento em Mato Grosso, mas eles participam da audiência.

28/08/2007 - Justiça ouve os depoimentos dos controladores de vôo no centro de controle de tráfego aéreo de Brasília, o Cindacta-1, que trabalhavam no momento do acidente.

17/09/2007 - Familiares de vítimas do acidente com o avião da Gol pedem a intervenção dos deputados da CPI para obrigar a Gol a estender, por pelo menos mais um ano, o plano de saúde que paga. O plano expira no dia 30, depois de o desastre ter completado um ano. Segundo os parentes, alguns deles fazem tratamento psicológico e não podem ter descontinuidade.

25/09/2007 – O relatório final da CPI da Crise Aérea da Câmara dos Deputados não pede o indiciamento dos diretores ou do ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No documento, o relator, deputado Marco Maia (PT-RS), pede ao Ministério Público Federal que abra um processo investigatório para “aprofundar a investigação” e “determinar com precisão a responsabilidade dos membros da Anac” em relação ao caos aéreo. O texto pede o indiciamento do piloto e co-piloto do Legacy e dos controladores que trabalhavam no momento do acidente.
Fonte: G1

Acidente da Gol completa um ano e marca crise aérea

Boeing e jato Legacy se chocaram no ar e 154 pessoas morreram. Após a tragédia, problemas graves no controle de tráfego aéreo vieram à tona.

O acidente com o vôo 1907 da Gol, que deixou 154 mortos, completa um ano no próximo sábado (29). A tragédia marcou também o início de uma crise aérea sem precedentes na história do país. Nos últimos 12 meses, o país descobriu que o controle de tráfego aéreo tem problemas graves, que as rotas estão perigosamente concentradas em um aeroporto no meio da cidade de São Paulo e que a pista desse aeroporto é falha. Os passageiros sentiram na pele: filas, atrasos e cancelamentos viraram rotina.

Veja a cobertura completa do acidente

O Boeing da Gol se chocou no ar com um jato Legacy. O avião da companhia brasileira caiu em região de mata fechada ao Norte de Mato Grosso. Todos os ocupantes morreram. O Brasil acompanhou estarrecido o resgate dos corpos espalhados pela selva. Uma operação que durou 49 dias. O Legacy conseguiu pousar em uma base aérea no Sul do Pará. Os sete ocupantes não sofreram ferimentos.

As informações da caixa-preta do jatinho, confrontadas com o depoimento dos pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jan Paul Paladino, revelaram que o plano de vôo para o Legacy estabelecia que ele deveria voar de São José dos Campos (SP) até Brasília a 37 mil pés. A partir de Brasília, desceria para 36 mil pés. Mas o Legacy se manteve nos 37 mil - altitude onde, em sentido contrário, vinha o Boeing da Gol. A rota de colisão deveria ser alertada por um equipamento chamado transponder. Segundo a Aeronáutica, o transponder do Legacy estava desligado. Um ano depois, ainda há dúvidas sobre como isso aconteceu. Os pilotos do jato dizem que não desligaram o equipamento. A Agência de Aviação Americana alega que a Embraer, fabricante do Legacy, errou ao instalar um descanso de pé no painel, próximo ao transponder. Um esbarrão involuntário poderia desligar o equipamento ou até mesmo mudar freqüências de rádio. Segundo a Embraer, isso é possível, mas é improvável. A empresa brasileira joga a responsabilidade para a Honeywell, fabricante do equipamento, que já tem histórico de recall da peça.

Veja simulação sobre como ocorreu o choque entre os aviões (antes da divulgação oficial)

A reconstituição foi feita com base em informações de engenheiros de aviação.

Os pilotos do Legacy e quatro controladores de vôo do Cindacta-1 (Brasília) foram responsabilizados pelo acidente. Os seis são acusados de atentado contra a segurança de transporte aéreo, com agravante pelas mortes, conforme denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça. O acidente da Gol foi o segundo maior desastre aéreo registrado no país em número de vítimas. Em julho deste ano, mais um acidente chocou o país. Durante pouso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um avião da TAM não conseguiu frear e bateu no prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas. Os dois graves acidentes ocorridos em menos de um ano, somados à crise nos aeroportos e aos motins de controladores, foram determinantes para a queda do ministro da Defesa Waldir Pires e mudanças na cúpula da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Fonte: G1

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Fokker 100 da TAM quebra vidros do Diomício Freitas

O avião Fokker 100 da TAM quebrou os vidros da sala de espera do aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha (SC), ontem, dia 24.

O acidente aconteceu pelo excesso de aceleração das turbinhas do Fokker 100 que manobrava para decolar para Brasília.

Ninguém ficou ferido, mas o susto foi grande.

Em virtude do mau tempo a aeronave não pousou na cidade neste domingo, dia 23. Com isso o piloto precisou vir nesta manhã a Criciúma o que provocou atraso no vôo.

Fonte: Rádio Difusora (SC)

Avião cai com carga de 3,3 t de cocaína no México

Um avião, que saiu da Colômbia com uma carga de cerca de 3,3 t de cocaína, caiu na península de Yucatán, no sul do México, segundo informou nesta segunda-feira a agência Reuters.
A aeronave sofreu a queda logo após dois aviões do Exército mexicano detectarem sua entrada no território do país.

A polícia local informou que o avião se partiu em três. Pelo menos uma pessoa ficou ferida e outra foi detida pelas autoridades.

A América Central e o México são usados pelos cartéis colombianos como rota de transporte de drogas para os EUA, onde a droga é mais consumida no mundo.

Fonte: Terra
Foto: AFP

Embraer apresenta novos jatos executivos

A Embraer apresentou nesta segunda-feira novos conceitos dos jatos executivos midsize (MSJ) e midlight (MLJ, em Atlanta (EUA).

As aeronaves foram projetadas pela BMW Group DesignworksUSA, e tem 1,82 metro de altura de cabine, piso plano, galley equipada e lavatório traseiro com manutenção externa. O MSJ está sendo projetado para ter alcance de 5.186 km, com oito passageiros e velocidade de Mach 0,80.

Já o MLJ terá alcance de 4.260 km, com quatro passageiros, em regime de cruzeiro de longo alcance.

Fonte: Invertia

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Congonhas só terá vôos com distância menor que 1 mil km

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) protocolou hoje, às 11h03, no Ministério da Defesa, proposta de nova malha aérea conforme definido pela resolução número 6 de 20 de julho de 2007 do Conselho Nacional de Aviação (Conac). Não mais serão permitidos vôos a partir de Congonhas com raio superior a 1 mil quilômetros.


Além disso, não serão permitidas conexões e escalas naquele aeroporto, podendo tão somente, haver vôos ponto a ponto. A Anac vai monitorar contingências para os passageiros que compraram passagens anteriormente com previsão de conexão e escala em Congonhas com objetivo de fazer com que o usuário chegue ao seu destino com o mínimo de transtorno possível.

As seis empresas (Pantanal, Oceanair, BRA, VRG, TAM e Gol) que operam no Aeroporto Internacional de Congonhas entregaram suas propostas de malha à Anac.

A nova malha aérea feita pela Anac em conjunto com as empresas será analisada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) até o dia 10 de outubro. Com isso, a nova malha só deve passar a valer no final de outubro, já que depois de aprovada pelo Decea, será necessário dar publicidade às mudanças por 15 dias antes de implementá-las, por causa do acordo firmado com o Ministério Público de São Paulo.

As medidas da nova malha aérea mantêm a redução para 33 pousos e decolagens/hora para a aviação regular em Congonhas, como anteriormente determinado pela Anac.

Haverá também uma redução do fluxo de passageiros no Aeroporto de Congonhas. Se todas as companhias aéreas operarem com a totalidade de seus assentos vendidos - o que não ocorre normalmente - Congonhas terá 4,7 mil passageiros/hora, número inferior à sua capacidade que é de 5,1 mil.

Com essas medidas a Anac entende que haverá maior aproveitamento da infra-estrutura aeroportuária disponível, conciliando o equilíbrio entre os objetivos da indústria de transporte aéreo e a desejada regularidade, pontualidade e segurança das operações, atendendo, com isso, o interesse público e do usuário.

Veja os aeroportos que já possuem ligação com Congonhas:

São Paulo
Araçatuba, Araraquara, Bauru, Marília, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Guarulhos, São José dos Campos, Bauru e Presidente Prudente.
Rio de Janeiro
Galeão e Santos Dumont.
Rio Grande do Sul
Caxias do Sul, Porto Alegre e Passo Fundo.
Minas Gerais
Pampulha, Confins, Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia
Santa Catarina
Chapecó, Florianópolis, Joinville e Navegantes.
Paraná
Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.
Distrito Federal
Brasília.
Espírito Santo
Vitória
Goiás
Goiânia.
Mato Grosso do Sul
Campo Grande.

Fonte: Terra

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Fokker 100 da TAM aborta decolagem duas vezes em SC

Quarenta e três passageiros de uma aeronave Fokker 100 da TAM passaram por um susto nesta manhã no Aeroporto Diomício Freitas, localizado na cidade de Forquilhinha, no sul de Santa Catarina. Por duas vezes a aeronave tentou decolar, mas precisou abortar a operação por problemas técnicos.

Parte dos 43 passageiros teve de seguir para Florianópolis. O vôo 3072, que seguiria para a capital catarinense e depois para Brasília, foi cancelado pois o painel da aeronave apresentou problemas logo na primeira tentativa. Segundo informações da Infraero, os passageiros esperaram por duas horas no saguão do terminal. Eles embarcaram de novo para decolar, mas a segunda tentativa foi realizada também sem sucesso.

A assessoria de imprensa da TAM informou que o painel apontou a necessidade de uma manutenção preventiva não programada na aeronave. Parte dos passageiros que seguiriam a Brasília percorram os 190 quilômetros até Florianópolis de ônibus e depois seguiriam para o destino final no vôo JJ 3108, também da TAM. Segundo a companhia, o restante dos passageiros remarcou a passagem para amanhã.

Fonte: Terra

Boeing da BRA sofre avaria no Aeroporto de Salvador

Um Boeing 737-300 da BRA, que saiu ontem à noite de São Paulo para Natal, no Rio Grande do Norte, sofreu um problema no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Além de Salvador, o Boeing que levava 103 passageiros faria escala em João Pessoa, na Paraíba. De acordo com a BRA, o jato decolou normalmente do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, só apresentando problemas quando se preparava para levantar vôo em direção a João Pessoa.

Na decolagem, uma labareda de fogo foi vista na segunda turbina do aparelho. Assustados, 47 passageiros que viram o fogo não aceitaram prosseguir a viagem e pediram para descer. O piloto acabou abortando a decolagem e retornou para a área de desembarque.

A BRA informou que a labareda foi provocada por resíduo de combustível (querosene especial de aviação) na câmara de combustão.

A empresa garantiu também que esse problema não afeta o vôo, mas mesmo assim atendeu aos passageiros que não quiseram viajar. Os que residem em Salvador foram para suas casas e os demais foram hospedados em hotéis com as despesas pagas pela empresa aérea. Eles devem embarcar para Natal hoje, às 23 horas. Os outros passageiros que prosseguiram viagem chegaram à capital do Rio Grande do Norte durante a madrugada.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

TAM assina acordo para assistir parentes de vítimas do acidente com vôo 3054

A TAM assinou nesta quarta (19/9), na Secretaria de Justiça em São Paulo, um termo de compromisso com a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Procon, pelo qual se obriga a adotar providências necessárias a dar suporte aos familiares das 199 vítimas do acidente com o vôo 3054, ocorrido no dia 17 de julho, disponibilizando recursos para atendimento de necessidades físicas e psicológicas.

De acordo com a Defensoria, as obrigações assumidas pela empresa são relativas à informação, aos procedimentos de identificação, registro de óbito e inumação, ao transporte, alimentação e acomodação dos familiares para acompanhamento das investigações. Além disso, terá que prestar assistência médica, psicológica e psiquiátrica, por dois anos, a contar do dia 1º de outubro.

Em caso de descumprimento, a empresa está sujeita à multa de 30.000 UFIR’s. Os familiares poderão denunciar à Defensoria, ao MP ou ao Procon, que notificarão a empresa para que, em 10 dias, preste esclarecimentos.

Todas as despesas da TAM no cumprimento do termo de compromisso não serão deduzidas de futura indenização devida aos familiares das vítimas.

O termo prevê ainda modelos de recibos a serem usados pela empresa quando do pagamento de valores referentes a adiantamentos e seguro obrigatório RETA.

Acidente

O Airbus A-320 da TAM caiu na terça-feira (17/7) com 186 passageiros e pegou fogo após bater em um prédio da TAM Express em frente ao aeroporto de Congonhas. O acidente aconteceu com o vôo 3054, que partiu de Porto Alegre (RS) com destino a São Paulo, e causou a morte de 199 pessoas. Quatro delas não foram identificadas.

Fonte: Site Última Instância

terça-feira, 18 de setembro de 2007

CPI: Relatório sugere construção de 3º aeroporto em SP

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea da Câmara, elaborado pelo deputado Marco Maia (PT-RS), sugeriu a construção de um terceiro aeroporto no Estado de São Paulo.

Segundo Maia, o aeroporto deve absorver cerca de 748 mil operações de pousos e decolagens por ano e pode ficar pronto até 2015, tendo custo estimado em R$ 500 milhões. "Não chegou até essa CPI um estudo mais aprofundado, capaz de avaliar a opção mais adequada na ampliação de oferta de capacidade de infra-estrutura aeroportuária em São Paulo", disse Maia.

Maia afirmou ainda que, caso não seja construído um terceiro aeroporto no Estado, a capacidade aeroportuária de São Paulo ficará ainda mais saturada, já que os aeroportos de Congonhas, Cumbica, Viracopos e Campo de Marte recebem somados cerca de 25% do movimento de vôos do País.

Pelos cálculos do relator, com o reordenamento da malha aérea determinado pelo Conselho de Aviação Civil (Conac) serão necessários investimentos de R$ 1,864 bilhão em São Paulo. Além da construção de um terceiro terminal, o relator sugere ampliação de Cumbica e Viracopos.

Fonte: G1/Agência Câmara

TAM quer "minar nossas forças", dizem parentes de vítimas do vôo 3054

Parentes das vítimas do vôo JJ 3054 atacaram a TAM em um manifesto divulgado na tarde deste domingo. No texto, os familiares dizem que há informações desencontradas e diz que a empresa tenta "minar nossas forças, ao mesmo tempo em que tenta preservar sua imagem junto à opinião pública".

Os familiares estiveram reunidos ontem (15) e hoje em um hotel na zona sul de São Paulo para discutir a criação de uma associação, que terá como objetivo acompanhar de perto as investigações sobre a maior tragédia aérea do Brasil, que matou 199 pessoas em 17 de julho.

Sobre as causas do acidente, os parentes afirmam que pensam "se tratar de uma confluência de fatores, que vão da omissão dos órgãos governamentais à negligência da companhia aérea, dentro desta crise estrutural do setor aéreo que se arrasta há anos. Em outras palavras, a ganância pelo lucro causou mais uma tragédia no Brasil".

A assessoria de imprensa da TAM informou que a empresa não irá comentar o manifesto. A companhia aérea afirma que na próxima terça-feira será assinado o termo de compromisso entre a empresa, a Secretaria de Justiça, Ministério Público do Estado de São Paulo, Defensoria Pública do estado, Procon e representantes das famílias, para documentar a transparência nas informações.

A TAM diz que tem colaborado com os órgãos competentes que investigam as causas do acidente e declara ser de interesse da empresa esclarecer a tragédia.

Manifesto

Leia na íntegra o manifesto:

"Nós, familiares das vítimas do vôo TAM JJ 3054, reunidos nos dias 15 e 16 de setembro de 2007, em São Paulo (SP), vimos a público manifestar nossa indignação e nossa dor com a perda de nossos entes queridos, vitimados na tragédia ocorrida em 17 de julho de 2007.

No dia 17 de setembro, completam-se dois meses do desastre. Além do trauma gerado em nossas famílias, permanece a desinformação a respeito das causas da tragédia. Diante dessa situação, afirmamos:

1. A dor e a revolta não cessam. Famílias se desestruturaram e, para muitos, a vida perdeu o sentido. Alguns estão vivendo a base de medicamentos, largaram seus empregos e não fazem outra coisa a não ser lidar no dia-a-dia com a morte de seus familiares.

2. Os inúmeros relatos apresentados pelos familiares deixam claro que ainda há muitas informações desencontradas por parte da companhia aérea. Demandas semelhantes entre as famílias vêm sendo tratadas de formas distintas. Está claro que a TAM procura minar nossas forças, ao mesmo tempo em que tenta preservar sua imagem junto à opinião pública. Enquanto isso, as notícias divulgadas na imprensa revelam que ainda há aeronaves voando com problemas, os aeroportos permanecem sobrecarregados, e a fiscalização pelos órgãos competentes, da mesma forma, continua inadequada.

3. Sobre as causas que levaram a essa tragédia, sabemos se tratar de uma confluência de fatores, que vão da omissão dos órgãos governamentais à negligência da companhia aérea, dentro desta crise estrutural do setor aéreo que se arrasta há anos. Em outras palavras, a ganância pelo lucro causou mais uma tragédia no Brasil.

4. Neste momento, nosso maior objetivo é que as investigações sejam ágeis e transparentes e que todos os responsáveis sejam punidos, para que tragédias como essa não mais se repitam. É fundamental que este processo seja transparente e que as informações estejam disponíveis às autoridades policiais. É inadmissível que um verdadeiro crime como este termine em impunidade.

Tristes e certos de que não teremos nossos familiares de volta, esperamos que estas trágicas mortes sirvam, ao menos, para evitar que outras vidas sejam perdidas no Brasil, vítimas da omissão estatal e da ganância privada.

São Paulo, 16 de Setembro de 2007"
Fonte: Folha Online (Publicada em 16/09/2007)

Dois meses após acidente com vôo 3054, famílias ainda esperam corpo

18/09/2007

Dois meses após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, que deixou 199 mortos e tornou-se a maior tragédia da aviação brasileira, quatro famílias ainda vivem a dor da espera pelo reconhecimento dos corpos de seus parentes.

Oficialmente, a Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo diz que os peritos do IC (Instituto de Criminalística) ainda estão trabalhando no caso. Extra-oficialmente, alguns familiares contam que já ouviram dos próprios funcionários do instituto que não há mais nada a fazer.

Cansadas de aguardar, duas famílias decidiram fazer enterros simbólicos. No domingo passado, a comissária Michelle Leite, 26, única integrante da tripulação não-identificada pelos legistas, teve seus pertences sepultados no Cemitério do Carmo, em São Paulo.

Dois dias antes, a mamadeira e a mochila de Levi Ponce de Leão, um ano e oito meses, foram enterrados ao lado do corpo da mãe, Jamile, 21, identificado no dia 11 de agosto.

Os parentes de Ivalino Bonato, 54, ainda esperam, mas têm poucas esperanças. Já Eliane, a mulher de Andrei Mello, 42, não quer o corpo do marido. Prefere guardar a lembrança dele vivo.

A reportagem também procurou a assessoria de imprensa do IML (Instituto Médico Legal) para entrevistar os legistas e peritos que há 60 dias trabalham no caso.

O pedido foi negado com a alegação de que eles só falarão quando os trabalhos forem encerrados. Não há previsão para o término do trabalho, que analisa fragmentos de pele encontrados no local do acidente.

Neste momento, o laboratório de DNA do IC está analisando amostras diferentes dos mesmos tecidos encontrados. Cerca de 20 funcionários estão envolvidos no caso.

A TAM também diz que continua dando apoio aos parentes das vítimas. Segundo o último "Resumo de assistência às vítimas", divulgado pela empresa em 28 de agosto, 195 funerais tinham sido pagos, a um valor total de R$ 1,5 milhão.

Ainda segundo o relatório, 91 parentes tinham recebido da empresa adiantamentos de R$ 30 mil cada um.

A assessoria de imprensa da TAM afirmou que, no início da semana, 14 parentes ainda estavam acomodados em hotéis e que R$ 3,6 milhões tinham sido gastos em hospedagem e táxi.

Fonte: Folha Online (Publicada em 16/09/2007)

Helicóptero faz avião arremeter em Congonhas

Um Airbus A320 da TAM teve que arremeter nesta segunda-feira (17/09) no Aeroporto de Congonhas por causa da aproximação de um helicóptero.

O vôo 3210 partiu do aeroporto de Confins e ao chegar em Congonhas o piloto teve que arremeter por causa de um helicóptero que se encontrava nas proximidades.


Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo analisa o caso para apurar se houve irregularidades.


Fonte: Guilherme Braz (vc repórter)/Terra - Foto: Nelson Antoine (FP)

Piloto e ventos são o centro da investigação sobre acidente aéreo

18/09/2007

Fernando Mullor Grifol Bangcoc, 18 set (EFE). - As autoridades tailandesas da área de aviação civil apontam um erro do piloto como a causa do acidente aéreo de domingo, no qual morreram 91 pessoas, que estão sendo identificadas pelos legistas.

Os especialistas ainda aguardam o exame dos dados das duas caixas-pretas. A sua investigação se concentra até agora nas decisões que o piloto adotou durante a manobra de aterrissagem e suas comunicações com a torre de controle do aeroporto de Phuket, onde o avião bateu após deslizar pela pista.

O diretor-geral do departamento de Transporte Aéreo tailandês, Chaisak Angsuwan, confirmou que antes do pouso o piloto foi alertado pelos controladores para a presença de rajadas de vento que podiam desestabilizar o avião. Mas, mesmo assim, ele decidiu aterrissar.

"Aterrissando" foi a última palavra do piloto do avião da companhia tailandesa de baixo custo One-Two-Go, disse Angsuwan à imprensa após ouvir as gravações das conversas entre o capitão e a torre de controle.

"Foi tudo muito rápido. Apenas alguns minutos depois de o piloto falar com os controladores de tráfego, o avião caiu, e a fuselagem se inclinou para a direita", explicou o chefe do departamento de Transporte Aéreo, em entrevista coletiva.

O piloto indonésio morreu após o pouso. O avião se partiu em três após cair sobre um conjunto de árvores e muros. Houve várias explosões e então um incêndio.

A direção da companhia aérea Orient Thai Airlines, proprietária da One-Two-Go, também considera uma combinação do fator humano e rajadas de vento como causa mais provável do acidente.

O ministro dos Transportes, Theera Haocharoen, insistiu que o resultado definitivo da investigação depende da análise das caixas pretas do avião. As duas foram enviadas aos Estados Unidos para serem examinadas por especialistas, que deverão oferecer suas conclusões dentro de uma semana.

O McDonnell Douglas MD-82, um dos sete da frota da One-Two-Go, transportava 123 passageiros e sete tripulantes. Eles tinham partido de Bangcoc rumo à paradisíaca ilha de Phuket, cerca de 700 quilômetros o sudoeste da capital.

O Departamento de Meteorologia tailandês confirmou em comunicado que no domingo a província de Phuket foi afetada por fortes rajadas de vento. A cada meia hora o órgão informou à torre de controle do aeroporto as mudanças na direção do vento.

Enquanto isso, os legistas tailandeses informam que identificaram 53 corpos, entre eles 21 de estrangeiros. O chefe interino da Polícia, general Seripisuth Temiyavej, explicou que alguns deles estão quase totalmente carbonizados e serão identificados por testes de DNA e pela arcada dentária.

O Governo, liderado pelo primeiro-ministro interino, general Surayud Chulanont, se reuniu hoje para decidir sobre a ajuda econômica às famílias dos mortos e feridos no acidente.

Dos 91 mortos, 55 eram estrangeiros, confirmou ontem um porta-voz da companhia. O avião transportava turistas da Austrália, Alemanha, Estados Unidos, França, Irlanda, Irã, Israel, Reino Unido e Suécia.

Dezoito iranianos morreram, informou hoje o embaixador do Irã na Tailândia, Mohsen Pakain. O diplomata, citado pela agência de notícias "Fars", disse que também ficaram feridos seis iranianos.

Os analistas econômicos acreditam que o acidente terá um impacto nas companhias asiáticas de baixo custo. O setor pode sofrer uma queda de passageiros de cerca de 20%.

Fonte: Terra/EFE