quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Pane seca foi decisiva para queda de avião, diz "Anac" colombiana

As autoridades colombianas confirmaram, nesta quarta-feira (30), que o avião da delegação da Chapecoense voava com menos combustível do que mínimo exigido pela lei. Em uma concorrida coletiva de imprensa, o órgão que avalia as causas do acidente explicou que trabalha com a teoria de que a "pane seca" deu origem ao problema elétrico que acabou por derrubar a aeronave, em uma tragédia que matou 71 pessoas e feriu outras seis.

As conclusões preliminares apresentadas à imprensa partem da constatação de que não havia combustível nos destroços e da gravação das conversas entre a torre de controle e o avião da operadora boliviana Lamia, que carregava a delegação da Chapecoense e jornalistas que cobririam a final da Copa Sul-Americana.

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"Uma das hipóteses que trabalhamos é que [o avião] não contava com combustível e que, por isso, tenha apagado subitamente os motores. Motores são a fonte elétrica. Você pode ter uma turbina adicional, mas se não tinha combustível, vai ter uma pane elétrica", afirmou Fredy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Aeronáutica Civil da Colômbia, órgão com funções semelhantes às da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), agência que regula voos no Brasil.

"As normas internacionais exigem que qualquer aeronave deve viajar com combustível suficiente para chegar ao aeroporto de destino, mais 30 minutos e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, que é o combustível reserva. Neste caso, lamentavelmente, a aeronave não contava com combustível suficiente. Vamos investigar para saber por que a tripulação não contava com combustível suficiente", completou ele, em entrevista coletiva nesta noite. Bonilla também relatou a sequência de acontecimentos que levaram à queda da aeronave da Chapecoense. Ao se aproximar do aeroporto de Medellín, havia outros dois voos com preferência de aterrissagem, um deles um de carreira da VivaColombia que tinha declarado emergência por um vazamento de combustível.

O piloto da Lamia disse não ter problema algum e deu meia volta para esperar sua vez. Em cima da hora, então, ele avisa a torre de controle que está com pouco combustível, declara emergência, pane elétrica e cai. Bonilla afirmou que o aeroporto ainda tentou contornar a situação, passando o avião à frente na fila de preferência, mas já era tarde.

Autoridades da Bolívia também já haviam sugerido pane seca


Trata-se da confirmação de uma informação já passada pela autoridade aeronáutica da Bolívia, país de operação da Lamia, empresa dona e controladora da aeronave que caiu. O voo trágico saiu de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e tinha destino ao aeroporto internacional de Medellín, mas caiu em uma região montanhosa de seus arredores.

Nesta quarta-feira, mais cedo, o UOL Esporte já havia revelado que o avião voava com menos combustível do que o exigido pela lei boliviana.

Para cumprir os regulamentos de tráfego aéreo da Bolívia, a aeronave deveria ter combustível nos tanques para voar, no mínimo, por mais uma hora. A regulamentação de aviação civil boliviana prevê que, além do combustível necessário para fazer a rota prevista, aviões a jato tenham uma reserva da mais 5% (no Brasil são 10%) do tempo total de viagem, o necessário para chegar a um aeroporto de alternativa e o suficiente para outros 30 minutos de voo.

Fonte: Gustavo Franceschini (do UOL, em Medellín (Colômbia)) - Imagem: Estadão

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Nossos sentimentos


Nossas condolências ao povo de Chapecó e à valorosa torcida da Chapecoense, bem como parentes e amigos dos mortos na tragédia.


Lista de ocupantes do avião acidentado

Veja, abaixo, a relação das pessoas que estavam a bordo:
— Delegação da Chapecoense

Alan Luciano Ruschel (lateral): primeiro a ser resgatado, o atleta foi levado para o Hospital de La Ceral. De acordo com o Bom Dia Brasil, o jogador chegou em estado de choque e perguntando pela família. Ruschel teve múltiplas fraturas nos braços e nas pernas e também uma lesão na coluna (região lombar). Trabalha-se com a possibilidade de que a medula tenha sido atingida. Ele passou por cirurgia.

Ananias Eloi Castro Monteiro (meia): o jogador de 27 anos teve passagens pelo Bahia, Portuguesa, Cruzeiro, Palmeiras e Sport. LEIA MAIS

Arthur Brasiliano Maia (meia): o alagoano Arthur Brasiliano Maia, de 24 anos, era jogador do Vitória emprestado à Chapecoense. LEIA MAIS

Bruno Rangel Domingues (atacante): nascido em Campos dos Goytacazes (RJ), tinha 34 anos e passou por times como Paysandu e Joinville antes da Chapecoense. Maior artilheiro da história da Chapecoense, com 77 gols. LEIA MAIS

Aílton Cesar Junior Alves da Silva, o Canela (atacante): o jogador, conhecido como Canela, de 22 anos, nasceu em Matão (SP). Antes da Chapecoense, passou pelo Botafogo de Ribeirão Preto. LEIA MAIS

Cleber Santana Loureiro (meia): o capitão do time tem 36 anos iniciou a carreira no Sport (PE) e passou por Vitória, Santos, São Paulo, Atlético Paranaense, Avaí, Flamengo, Criciúma, o japonês Kashiwa Reysol, e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca. Nascido em Abreu e Lima, deixa dois filhos, um de 14 e outro de 11 anos. LEIA MAIS

Marcos Danilo Padilha (goleiro): o jogador de 31 anos foi resgatado com vida e levado ao hospital San Vicente Fundación. A Cruz Vermelha informou que Marcos Danilo não resistiu aos ferimentos e morreu. LEIA MAIS

Dener Assunção Braz (lateral): jogador nascido em Bagé (RS), de 25 anos, passou por clubes como Grêmio e Veranópolis. LEIA MAIS

Filipe José Machado (zagueiro): o atleta de 32 anos teve passagens por Internacional, Fluminense e clubes do exterior. LEIA MAIS

Jakson Ragnar Follmann (goleiro): foi resgatado com vida e levado ao hospital San Vicente Fundación. De acordo com o Bom Dia Brasil, o goleiro reserva teve uma perna amputada.

José Paiva, o Gil (volante): o jogador de 29 anos passou por clubes como Coritiba, Santo André, Vitória, Ponte Preta, Santa Cruz e Mogi Mirim. LEIA MAIS

Guilherme Gimenez de Souza, o Gimenez (lateral e volante): antes da Chapecoense, passou por Goiás e Botafogo de Ribeirão Preto, onde nasceu. Tinha 21 anos e deixa mulher e uma filha de dois anos. LEIA MAIS

Everton Kempes dos Santos Gonçalves (atacante): o jogador de 31 anos nasceu em de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, tem passagem pela Portuguesa, pelo Vitória, Ceará, América Mineiro, e pelos japoneses Cerezo Osaka e JEF United Ichihara Chiba. LEIA MAIS

Lucas Gomes da Silva (atacante): o jogador de 26 anos nasceu em Bragança, nordeste do Pará. Foi revelado pelo Bragantino, passou por São Raimundo-PA, Trem-AP, Castanhal-PA, Ananindeua-PA, Londrina, Sampaio Corrêa, Tuna Luso, Icasa e Fluminense. LEIA MAIS

Matheus Bitencourt da Silva, o Matheus Biteco (volante): o porto-alegrense de 21 anos era o caçula dos "irmãos Biteco" – o mais velho, Guilherme Biteco, é meia-atacante que atualmente está no Ceará. Matheus começou no Grêmio e jogou nas categorias de base da seleção brasileira. LEIA MAIS

Hélio Hermito Zampier Neto, o Neto (zagueiro): foi resgatado com vida e levado ao hospital. Segundo o Globo Esporte, o jogador estava consciente, mas com muitos ferimentos, principalmente no rosto. O Bom Dia Brasil informou que o estado do jogador é grave devido a um trauma cranioencefálico.

Sérgio Manoel Barbosa Santos (volante): o jogador de27 anoshavia chegado neste ano à Chapecoense. Antes, estava no Água Santa, no interior de São Paulo. Recentemente, ele marcou seu segundo gol pelo novo clube e comemorava a nova fase após lesões sérias.

William Thiego de Jesus, o Thiego (zagueiro): nascido em Aracaju, tinha 30 anos e despontou no Grêmio. Passou ainda pelo Kyoto Sanga, do Japão, Bahia, Ceará, Figueirense, e Khazar, do Azerbaijão, antes de finalmente chegar à Chapecoense. Thiego estava perto de acertar com o Santos para a próxima temporada.

Tiago da Rocha

Josimar

Marcelo Augusto

Mateus Lucena dos Santos

Luiz Cezar Martins Cunha: membro da comissão técnica do clube

Sérgio Luis Ferreira de Jesus: massagista do clube

Anderson Donizette

Adriano Wulff Bitencourt: membro da comissão técnica do clube

Cleberson Fernando da Silva: membro da comissão técnica do clube

Emersson Fabio Di Domenico, o Chinho di Domenico: supervisor da Chapecoense

Eduardo Luiz Preuss, o Cadu: membro da comissão técnica do clube

Mauro Luiz Stumpf: vice-presidente de futebol da Chapecoense

Sandro Luiz Pallaoro: presidente da Chapecoense

Nilson Folle Junior: membro da diretoria do clube

Decio Sebastião Burtet Filho: membro da diretoria do clube

Jandir Bordignon: membro da diretoria do clube

Gilberto Pace Thomas: assessor de imprensa do clube

Mauro Dal Bello: membro da diretoria do clube

Edir Félix De Marco: membro da diretoria do clube

Daví Barela Dávi: empresário, viajava como convidado da direção do clube

Ricardo Philippi Porto: membro da diretoria do clube

Delfim Pádua Peixoto Filho: presidente da Federação Catarinense de Futebol
Luiz Carlos Saroli, o Caio Júnior (técnico): conhecido como Caio Júnior, ex-jogador com passagens por Grêmio, Internacional e Paraná, dentre outros, começou a carreira de técnico em 2000. Na função, passou por clubes como Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Bahia, Vitória e Criciúma
Anderson Roberto Martins, o Boião: preparador de goleiros
Eduardo de Castro Filho, o Duca: auxiliar técnico

Marcio Bestene Koury: médico do time

Anderson Rodrigues Paixão Araújo (preparador físico): com filho do ex-preparador físico Paulo Paixão, que integrou a comissão técnica do Brasil que conquistou a Copa do Mundo de 2002, Anderson tem 37 anos. LEIA MAIS
Luiz Felipe Grohs, o Pipe Grohs: analista de desempenho do time
Rafael Correa Gobbato: fisioterapeuta da equipe

— Profissionais de imprensa
Guilherme Marques, da Globo: repórter

Ari Ferreira de Araújo Júnior, o Ari Júnior, da Globo: o cinegrafista de 48 anos trabalhou na TV Anhanguera de fevereiro de 1996 a novembro de 1997. Desde então, trabalhava na TV Globo no Rio de Janeiro, onde integrava a equipe do programa Planeta Extremo. LEIA MAIS

Guilherme Laars, da Globo: produtor

Giovane Klein Victória, da RBS: repórter da RBS TV, afiliada da TV Globo, de Florianópolis

Bruno Mauri da Silva, da RBS: técnico da RBS, afiliada da TV Globo, de Florianópolis

Djalma Araújo Neto, da RBS: cinegrafista da RBS TV, afiliada da TV Globo, de Florianópolis

André Podiacki: repórter do jornal "Diário Catarinense"

Laion Espíndola, do Globo Esporte: repórter

Victorino Chermont, da Fox: repórter dos canais Fox Sports

Rodrigo Santana Gonçalves, da Fox: repórter cinematográfico dos canais Fox Sports

Devair Paschoalon, o Deva Pascovicci, da Fox: narrador dos canais Fox Sports

Lilacio Pereira Jr., da Fox: coordenador de transmissões externas dos canais Fox Sports

Paulo Clement, da Fox: jornalista ds canais Fox Sports

Mário Sérgio, da Fox: ex-jogador e ex-técnico de futebol, atualmente era comentarista nos canais Fox Sports.

Renan Agnolin: repórter da rádio Oeste Capital, de Chapecó

Fernando Schardong: narrador da rádio Chapecó

Edson Ebeliny: repórter setorista da Chapecoense pela Super Condá

Gelson Galiotto: narrador da rádio Super Condá, de Chapecó

Douglas Dorneles: repórter esportivo da Rádio Chapecó

Jacir Biavatti: comentarista esportivo da RIC TV; viajou para fazer cobertura a cobertura pela rádio Vang FM

Rafael Henzel: jornalista da rádio Oeste Capital, de Chapecó, foi resgatado com vida e levado ao Hospital de La Ceja. De acordo com o Bom Dia Brasil, ele teve lesões vertebrais mas sua condição é estável.


—Tripulação

Miguel Quiroga: piloto

Ovar Goytia: piloto

Sisy Arias: copiloto

Romel Vacaflores: assistente de voo

Ximena Suarez: auxiliar de voo foi resgatada com vida e levada à clínica Somer de Rionegro.

Alex Quispe

Gustavo Encina: representante da companhia aérea Lamia

Erwin Tumiri: técnico da aeronave, foi resgatado com vida e levado à clínica Somer de Rionegro.

Angel Lugo: técnico da aeronave
Fonte: G1

Fotos do local do acidente


Clique no link abaixo para ver a galeria de fotos sobre o acidente:

Como foi a acidente


Carta de aproximação para o Aeroporto de Medellín


Faz parte do procedimento de aproximação iniciar uma descida em “órbita” para interceptar o ILS (sistema de pouso por instrumentos).